Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Vocabulário
Sublinha
O Gigante Egoísta as palavras do
o
texto
cujo significad
Todas as tardes, quando vinham da escola, as crianças
desconheces
costumavam ir brincar para o jardim do Gigante. e pesquisa-o
Era um lindo e grande jardim, com relva verde muito no dicionário.
macia. Aqui e ali, no meio da relva, surgiam bonitas flores,
como estrelas, e havia doze pessegueiros que na primavera
irrompiam em delicadas flores cor de rosa e pérola, e no outono
davam abundantes frutos. Os pássaros poisavam nas árvores e
cantavam tão suavemente que as crianças costumavam parar os seus
jogos para os ouvirem. «Somos tão felizes, aqui!» — gritavam umas
às outras.
Um dia, o Gigante voltou. Ele tinha ido visitar o seu amigo
ogre da Cornualha e tinha ficado com ele durante sete anos.
[…] Quando chegou, viu as crianças a brincar no seu jardim.
«O que é que vocês estão aqui a fazer?» — gritou ele
com voz grossa, e as crianças fugiram.
«[…] Eu não permito que ninguém brinque no meu
jardim a não ser eu.»
Então, construiu um muro alto a toda a volta
do jardim e pôs um aviso.
QUEM ENTRAR
SERÁ CASTIGADO
TRABALHAMOS O VOCABULÁRIO
Ainda
RECORDA E APLICA O campo lexical e a família de palavras te lembras?
ical
Um campo lex
1 Preenche o quadro com palavras do campo lexical é um conjunto
da palavra «jardim». de palavras
com
relacionadas
a
Campo lexical de «jardim» uma área, um
ma
realidade ou u
Nomes comuns atividade.
(seres vivos Flores, … e
e objetos) Uma família d
palavras é um
Nomes comuns lavras
(pessoas)
Jardineiro, … conjunto de pa
sma
que têm a me
Verbos Passear, … origem.
Adjetivos Tranquilo, …
Unidade
TRABALHAMOS A ORTOGRAFIA
K (segundo a ordem alfabética, está a seguir ao J) W (segundo a ordem alfabética, está a seguir ao V)
Conclusões
A escrita do som z
O s lê-se z quando está entre vogais. Exemplo: «casas».
O z lê-se e escreve-se z, por exemplo, quando a palavra provém de um adjetivo.
Exemplo: «belo» — «beleza».
O x também pode ter o som z. Exemplo: «exercício».
ras?
TRABALHAMOS A ESCRITA Texto narrativo Ainda te lemb
e le m e n to s da narrativa
O s
PLANIFICA rsonagens,
são: ação, pe
po.
espaço e tem
O texto narrativo faz um relato de acontecimentos reais a narrativa
ou imaginários. A estrutura d
introdução
Qualquer texto narrativo deve respeitar uma série é definida pela
do problema,
de regras, tais como a existência dos elementos (apresentação
s p e rs o n a g e ns, do tempo
da narrativa e da estrutura da narrativa. da
pelo
e do espaço),
nto (os vários
1 Preenche o quadro seguinte com os elementos desenvolvime
história)
da narrativa do texto «O Gigante Egoísta». episódios da
são.
e pela conclu
Elementos da narrativa
Ação
principal
Personagens
secundárias
Espaço
Tempo
14
Unidade
AGORA ESCREVE...
1 Cria um texto narrativo com o título «Uma noite no jardim Repara que…
do Gigante». Mas, antes de começares, planifica a tua história pos
… alguns cam
preenchendo os quadros seguintes. se
dos quadros já
Elementos da narrativa encontram
preenchidos.
Ação Terás de os
a
respeitar na tu
principal
narrativa.
Personagens
secundárias
Espaço
Um
… que aparecia para recolher alimentos e levá-los para a sua toca.
rato…
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
2 Para escreveres o teu texto narrativo começa por fazer o seu rascunho.
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
Ainda te
RECORDA E APLICA As vogais/Os ditongos/Os dígrafos
lembras?
1 Completa este provérbio com as vogais e as consoantes Um ditongo
cia
em falta. é uma sequên
de duas vogais
«Qu s m a v t s m
que pertence
ba,
c lh t mp t d s.» à mesma síla
eu
formando o s
2 Lê as palavras seguintes: núcleo.
7 Há sons que se representam com duas letras (rr, ch, ss, lh, qu, nh, gu, …).
Como se chamam?
Unidade
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
Ainda
te lembras?
eias
As onomatop
as
são as palavr
que procuram
sons.
reproduzir os
3 Em cada um dos casos abaixo, muda a ordem das letras para formares novas
palavras e verifica o que fazem os diferentes valores de cada letra.
R O M A M E T E R S O C A
G R A S N A R I O A C
R E L I N C H A R B O
G U R E L Õ B A L I R
C U L A D R A R Z B A
C U L A D C O A X A R
ras?
Ainda te lemb
linha
Verso é cada
Cavalinho de pau de um poema
.
18
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
1
constituídas por sílabas. Lê os versos seguintes:
ras?
Ainda te lemb
«Vai a galope o cavaleiro e sem cessar a é um fonema ou
Um a síla b
galopando no ar sem mudar de lugar.
on ju n to d e fonemas que se
um c
E galopa e galopa e galopa, parado, c iam nu m a única emissão
pronun uma
e galopa sem fim nas tábuas do sobrado.» a tem sempre
de voz. A sílab
seu núcleo.
Afonso Lopes Vieira, vogal, que é o
Poesia portuguesa para crianças, Girassol
sem X
mudar
galopa
sobrado
galopando
20
Unidade
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
APRENDE
dissílabo
tá esdrúxula
aguda
monossílabo
ra
22
1 Lê o título do texto.
Pela leitura do título consegues perceber qual é o tema do texto? Porquê?
O título é o início de uma lengalenga. Procura-a na Internet e declama-a.
2 Observa a imagem.
Descreve as figuras da imagem. Há alguma particularidade
que tenha atraído a tua atenção? Qual?
Vocabulário
ionário
Procura no dic
o significado
Sola sapato rei rainha das palavras
do texto
azul.
O rei e a rainha de Bazalicão poderiam considerar-se destacadas a
as pessoas mais felizes deste mundo se o filho deles, muito
bonito e muito bondoso, não tivesse um nariz enorme, um nariz
com 7 quilómetros, 594 metros e 37 centímetros, isto é,
um nariz com mais de légua e meia de comprimento! Assim, o Luís
(era o nome dele) estava no seu palácio muito bem sentadinho,
e o nariz saía pela janela e ia por ali fora, transpondo vilas e até
rios, como se fosse uma ponte… […] Por um triz, o nariz do Luís,
se tivesse mais 23 centímetros, passava as fronteiras do reino
e entrava no país vizinho. Aquilo era quase uma autoestrada!
Um dos engenheiros de Bazalicão chegou mesmo a lembrar que
se deitasse o príncipe de papo para o ar, de forma que os melhores
equilibristas do país, trepando pelo nariz do príncipe, conseguissem
chegar à Lua e alugassem o Quarto Crescente, dada a falta
de casas que havia no reino. Mas teve de se desistir da ideia
porque a ponta do nariz esburacou o Céu e desatou a chover
a potes… Fez-se logo um remendo com uma nuvenzinha.
Passados dias, o pobre Luís quis dar um passeio.
E foi então, ao pôr do Sol, fora do palácio real, com o nariz
apoiado em mais de cinco mil pajens que marchavam uns
atrás dos outros com as mãos no ar, que se deu o grande
desastre. O nariz atravessou a fronteira e, zás!, o rei
do país vizinho deu logo ordem, perante aquela invasão,
para que amarrassem a ponta do nariz. Assim se fez,
mas sem grande êxito, porque o príncipe soltou um
28
Unidade
enormíssimo espirro, talvez porque lhe fizessem
cócegas no nariz, e tudo fugiu a sete pés.
Aquilo, porém, não ficou por ali, pois com o espirro levantou-se
uma terrível tempestade que levou pelos ares muitos telhados e fez
com que os navios da armada real quebrassem as amarras
e seguissem ao Deus-dará! […]
O rei, é claro, viu que era preciso tomar medidas. Estas medidas
não eram de comprimento, relativas ao tamanho do nariz.
Era preciso tomar medidas, quer dizer tomar providências, arranjar
uma solução para o caso. E mandou chamar então os Mágicos
Reais, Sabe-Tudo, Sabão-Real e Sabichão-Mor, que, pouco depois,
se apresentavam no palácio, com mil salamaleques […].
— Senhores Mágicos — disse-lhes o rei. — Ponham à prova
a sua sabedoria e digam-me qual é o processo de encurtar
o nariz do príncipe Luís.
— Cortar? — perguntou o Sabão-Real, que era um pouco
surdo.
— Encurtar, disse eu! Este curtar é com u e não
com o… — disse o Sabichão-Mor. […]
Os Mágicos tinham magicado! E então, no Aprende!
e
meio do maior silêncio, o Sabichão-Mor declarou: O hífen (-) pod
ra
— Majestade: acabamos ser usado pa
as,
ligar duas palavr
de ler nos astros que é preciso a
formando um
ir ao mar, numa pulga,
nova palavra.
buscar sardinha para Por exemplo,
o príncipe Luís… «deus-dará».
Adolfo Simões Müller,
Sola sapato rei rainha
e outras histórias,
Verbo, 1986 (texto adaptado
com supressões)
r
isa
TRABALHAMOS O VOCABULÁRIO qu
s
pe
os
Vam
1 As palavras «rei» e «rainha» representam títulos de nobreza.
Sublinha no quadro nomes relativos a títulos da nobreza.
Unidade
TRABALHAMOS A ORTOGRAFIA
1 «Nariz — Luís — triz — país» são palavras do texto que confirmam que o som is,
no fim de uma palavra, pode ter duas grafias. Faz uma lista de palavras terminadas
em «is» e «iz».
1.1 Agora faz um poema com rimas em «is» e «iz».
Exemplo:
Porque o rei assim quis
foi, ainda em pequenino,
o príncipe a Paris.
Chegou num dia o nariz
e no seguinte o petiz!
1.2 O mesmo acontece com as palavras Tomás/capataz;
freguês/cortez; nós/foz; adeus/luz, por exemplo.
Preenche a tabela seguindo os exemplos anteriores.
ás
az
ês
ez
ós
oz
us
uz
Conclusão
Completa a regra.
No fim de cada palavra, alguns sons que se leem da mesma maneira escrevem-se
de maneira diferente: ás ( ) e az ( ); ês ( )
e ez ( ); is ( ) e iz ( ); ós ( ) e oz ( );
us ( ) e uz ( ).
PLANIFICA
1 Observa as várias etapas que deverás seguir para fazeres um texto de opinião
do texto «Sola sapato rei rainha».
A B C
Identificação Biografia do autor Resumo
do texto Nasceu em Lisboa, O príncipe tinha o
Título: «Sola sapato em 1909. Foi jornalista nariz tão grande que
rei rainha». e trabalhou na rádio. atravessava o reino.
Autor: Adolfo Simões Escreveu livros para O rei chamou
Müller. crianças, contos e peças os mágicos para
e adaptou à BD algumas tentarem encurtar
Editora: Verbo. obras clássicas. (…) aquele nariz. (…)
34
Unidade
AGORA ESCREVE...
A B C
Identificação Biografia do autor Resumo
do texto
1 Que tipo de pessoas pode passar muito do seu tempo nos jardins?
Porquê?
2 Observa a imagem
principais do poema?
Ainda te
lembras?
Uma rima é a
sons
repetição dos
O tempo no jardim finais de dois
s.
ou mais verso
Estavam um velho e uma velha
m
Sentados Este poema te
ê?
Num banco de um jardim rimas? Porqu
À luz da tarde
A conversar:
— Lembras-te, Maria? Há quantos anos foi
Que viemos para este bairro?
— Eu sei lá, José! Já nem tem conta…
O vento repousava nas árvores do jardim
Espreguiçado
E os pássaros quase adormeciam
E uma lagartixa parou no chão admirada
Não sei de quê
E as flores dos canteiros ensonados pendiam das corolas
E os meninos parados no meio do escorrega
Sem gritar
Calados
O baloiço vazio
No ar suspenso
— Que horas são, Maria?
— Já é tarde…
Ambos se deram as mãos
Enrugadas, quase frias
E os meninos olhavam admirados calados
O que é que os meninos sabiam?
Pesquisa no dicionário o significado
Matilde Rosa Araújo,
Mistérios, Livros Horizonte, 1988
dos nomes «idoso» e «ancião».
Circunda as palavras do poema
que podes substituir por qualquer
36 uma destas duas.
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
ras?
APRENDE Os acentos gráficos Ainda te lemb
das
Palavras agu
nica
Os acentos gráficos assinalam sempre a sílaba tónica — a sílaba tó
nas palavras. é a última.
es
Palavras grav
As palavras esdrúxulas têm sempre acento gráfico. nica
— a sílaba tó
.
As palavras graves têm acento gráfico quando é a penúltima
xulas
terminam em l, n ou r. Palavras esdrú
nica
As palavras agudas têm acento gráfico quando — a sílaba tó
ltima.
terminam em a, e, o, em ou ens. é a antepenú
Os acentos gráficos são os seguintes:
APLICA Atenção!
O til (~) não
1 Circunda as palavras do quadro (que são todas agudas) mas
é um acento,
e acentua-as, se for necessário.
sim um sinal
crita.
auxiliar de es
sal fe seu bone mel so nu
pastel paz jornal dar re mau chimpanze armazens
3 As palavras esdrúxulas têm uma característica que as distingue das graves e das
agudas. Qual é? Faz uma lista de palavras esdrúxulas e afixa-a na tua sala.
38
Unidade
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
Ponto final
. Ponto
; Vírgula
, Dois pontos :
e vírgula
Separa períodos Indica uma Separa Introduzem
ou parágrafos pausa longa. elementos uma fala, uma
ou assinala Não pode de uma explicação
o final de um terminar uma enumeração ou uma
texto. frase. e marca uma enumeração.
pausa.
Ponto de
? Travessão — Reticências
… Ponto de
!
interrogação exclamação
Indica uma Introduz uma Marcam a Separa períodos
pergunta. fala. interrupção ou parágrafos
de uma fala ou assinala
deixando a ideia o final de um
inacabada. texto exprimindo
admiração.
APLICA
1 Lê o título do texto.
Conheces alguns nomes parecidos com estes?
O que têm de diferente em relação aos nomes que conheces?
Seguindo o exemplo, cria nomes para ti e para os teus colegas.
João-Flor e Joana-Amor
[…] Mano-Caracol tinha um chapéu: uma campainha azul
que lhe ficara enfiada nos pauzinhos, certa vez, quando passeava
numa trepadeira em flor. Sentiu-se tão elegante que nunca mais
o tirou. Aquele chapéu azul dava-lhe um ar diferente e chamavam-lhe
por isso: João-Flor.
Mana-Caracol levava a vida a suspirar, como se estivesse
apaixonada, tinha uma pequena mancha castanha em forma de
coração na parte superior da casca e o seu nome era: Joana-Amor.
João-Flor era um caracol muito viajado: já fora até à parte
mais alta duma laranjeira — que é um sítio onde poucos caracóis
se atrevem —, passeara, depois, agarrado numa folha de couve
e, por um triz, não ia sendo comido em cozido à portuguesa.
Em seguida, naufragara num alguidar de lavar hortaliças mas,
felizmente, fora atirado para um campo de relva verde […].
Cansado de ser importante e de conhecer lugares tão
perigosos […], decidiu ir visitar a irmã Caracol-Joana-Amor
e ficar a viver perto dela.
Foi um encontro muito bonito e estiveram quatro dias e quatro
noites a conversar, a matar saudades, pois a Joana-Amor nunca
saíra do mesmo sítio porque tinha vertigens e era muito medrosa.
Combinaram então nunca mais se separar e ficarem juntos
para sempre no tronco castanho, rugoso e antigo, da sua amiga
rar
árvore, longe de tudo o que fosse confusão, barulho.
mb
le
E longe, também, de certa vizinhança perigosa,
re
os
Unidade
TRABALHAMOS A LEITURA
João-Flor Joana-Amor
Características Características
físicas físicas
Características Características
psicológicas psicológicas
5 Porque era especialmente perigosa aquela folha de couve onde o caracol passeava?
8 Qual é a frase do texto que nos indica que os dois irmãos não se viam há muito tempo?
ras?
Ainda te lemb
ucional
Um texto instr
de ajudar
1 Lê o texto com atenção para aprenderes um truque tem o objetivo
zar uma
de magia. o leitor a reali
cesso.
tarefa com su
A magia dos dados Por isso, é org
anizado
em partes bem
Material: Três dados grandes iguais. terial
marcadas: ma
que são
Instruções: e instruções,
um
1. Pede ajuda a alguém da assistência. uma ação ou
ções que
conjunto de a
2. Mostra os dados. guidas na
devem ser se
ta.
3. Diz ao teu ajudante para baralhar os dados ordem propos
e empilhá-los enquanto tu estás de costas.
4. Vira-te para a plateia e diz que vais adivinhar a soma
dos valores das faces escondidas dos dados.
5. Observa as faces visíveis dos dados, faz
as contas mentalmente e diz o resultado.
6. Tira os dados um a um e pede ao teu assistente
que te ajude a somar os valores das faces ocultas.
Nota: O segredo deste truque é que a soma dos
valores das faces opostas de um dado é sempre 7.
Quando três dados são colocados uns sobre
os outros, têm cinco faces ocultas. Somando
o número dessas faces com o número da face
de cima do primeiro dado, resultará sempre 21.
Depois, é só subtrair a 21 o valor da face
de cima do primeiro dado.
Por exemplo, se o valor da face de cima
ler
do primeiro dado for 4, então, re
os
1 Lê o título do texto.
Parece-te que os nossos pés merecem uma homenagem? Porquê?
Explica como seria uma homenagem tua aos teus pés. O que farias?
Como farias?
TRABALHAMOS O VOCABULÁRIO
Andar pelo mundo perdido.
A. «Correr o mundo de lés a lés.» Viajar por todo o mundo.
Viajar pelo mundo a correr.
Os pés com botinhas de lã.
B. «Com pezinhos de lã.» Andar com passos pesados.
Andar sorrateiramente.
50
Unidade
TRABALHAMOS A ORTOGRAFIA
Conclusões
ma
Reescreve a primeira quadra do poe
com os verbos que fizerem sentido
54 no futuro do indicativo.
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
ras?
Ainda te lemb
«O João foi ao parque do Gerês e levou um prios
Os nomes pró ,
livro e uns binóculos. O livro era para ler a soas, animais
designam pes
história «O bando de pardais ataca de novo» jetos únicos.
lugares ou ob
ao seu amigo Bernardo, que tinha partido
muns
os óculos, e os binóculos eram para observar Os nomes co
s e objetos.
todos os pássaros que havia naquela floresta.» designam sere
ras?
3 Completa a frase seguinte. Ainda te lemb
muns
A palavra «bando» refere-se a um conjunto Os nomes co
nomes
de entidades do mesmo tipo e por isso é um coletivos (ou
ignam
nome comum . coletivos) des
seres ou
conjuntos de
e pertencem
4 Lê os nomes coletivos seguintes e completa de objetos qu
grupo.
as respetivas palavras, de modo a obteres o conjunto a um mesmo
de seres que corresponde a cada um.
bando a magote p
arquipélago i matilha c
cáfila c cardume p
vara p turma a
constelação e frota n
elenco a enxame a
56
Unidade
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
professor
ator
embaixador
padeiro
58
Vocabulário
Em casa do Pai Natal Procura
no dicionário
Nem quatro dias faltam para o Natal. o significado
— E tanto que fazer ainda — suspira a Rodolfa. das palavras
azul.
Está no armazém, rodeada por torres de livros, destacadas a
montanhas de bicicletas, bonecas em pirâmides, caixas
de jogos encasteladas.
— Nem quatro dias! Três e meio. E o Pai Natal, em vez de
ler as cartas e apartar os presentes, põe-se a ver televisão e a jogar
jogos no computador e a dormir sonecas. Há tempo, diz ele.
O Pai Natal aparece à porta do armazém.
— O que é que tu estás para aí a resmungar Rudi? —
pergunta, a abotoar o seu bonito casacão vermelho.
— Nada, nada! Vai sair, Pai Natal?
— Então não te lembras? Não me digas que te esqueceste
da festa de Natal dos Correios! Onde andas com essa cabeça?
— Festa de Natal? Tinha-me esquecido. Mas não posso ir.
— É pena. É o que dá deixar tudo para as últimas.
A Rodolfa engole em seco e até se engasga com a indignação.
— Glup, glup. Pai Natal! Pai Natal!
— Rudi, o teu problema — diz o Pai Natal — é que te
preocupas demasiado. Põe os olhos em mim.
A Rodolfa tira os óculos e fixa um olhar de rena
injustiçada no Pai Natal.
— E os presentes? — diz ela. — Sim, e as entregas
na noite de 24 de dezembro?
64
TRABALHAMOS O VOCABULÁRIO
1 Preenche o quadro seguinte com palavras que usarias para fazeres uma
apresentação oral sobre o Natal.
prendas cai
rabujar chifres
recordas vidros
Unidade
TRABALHAMOS A ORTOGRAFIA
pre prenda,
per perceber,
fra frango,
far farto,
dra Drácula,
dar guardar,
PLANIFICA
O quê?
Quem?
Quando?
Onde?
Como?
Porquê?
AGORA ESCREVE...
70
Unidade
2 Transforma a notícia que leste na página anterior numa história. Imagina tudo o que
ela não diz, seguindo as várias etapas de planificação, que se apresentam de seguida.
1.ª Preenche o quadro seguinte, que te auxiliará na planificação da introdução
do teu texto.
Características físicas
Personagem
principal Características
psicológicas
Características físicas
Personagens
secundárias Características
psicológicas
Espaço
Tempo
Vocabulário
ionário
Procura no dic
História antiga os vários sign
ificados
stacada
Era uma vez, lá na Judeia, um rei. da palavra de
a azul.
Feio bicho, de resto: ificados
Qual dos sign
Uma cara de burro sem cabresto se adapta me
lhor
E duas grandes tranças o?
à frase do text
A gente olhava, reparava e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia
Porque um dia,
O malvado, só por ter o poder de quem é rei,
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da nação.
Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu,
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no Inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
ler
re Miguel Torga,
s
o
Antologia poética,
Vam
72
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
definidos o,
Os Artigos
determinantes indefinidos um,
podem pertencer
a diferentes possessivos meu,
subclasses Determinantes
demonstrativos este,
74
Unidade
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
RECORDA E APLICA
ras?
1 Lê as frases seguintes. Ainda te lemb
dores
A. Eu recebi três chocolates. Os quantifica
am a
numerais indic
B. O meu irmão recebeu o dobro dos chocolates s elementos
quantidade do
que eu recebi. nados
que são desig
podem ser:
C. Dei um terço dos meus chocolates à minha pelos nomes e
ltiplicativos
prima Luísa. cardinais, mu
s.
1.1 Completa a frase. ou fracionário
Quantificadores numerais
Quádruplo (x4)
Seis (6)
Um décimo (1/10)
A B C
1.º Deverás saber qual é o objetivo da tua pesquisa (o que pretendes saber).
2.º Procura uma palavra-chave ou uma expressão que num motor de busca da
Internet te permita aceder aos sites que contêm a informação que te interessa.
76
78
7 Circunda no quadro seguinte os nomes dos objetos com que enfeitaram o pinheiro.
8 Achas que o pinheiro entende as razões por que o olham de modo especial?
Justifica a tua resposta com frases do texto.
11 Imagina que podes falar com este pinheiro. O que responderias à sua última pergunta?
6 Como se chamam as palavras que têm o mesmo som, mas que se escrevem
de forma diferente? Dá um exemplo.
ORTOGRAFIA
4 Por que razão as palavras «pedacinho», «percebi» e «nasci» têm um c com o som de s?
3 Pontua a seguinte frase: Luís vai buscar as fitas para o pinheiro pediu o pai
ESCRITA
IMAGEM
História de um papagaio
PERSONAGENS: Apresentador. Coro. Emigrante.
Grande Lavrador. Vários figurantes na feira da vila.
ADEREÇOS: O papagaio colado num pau pode ser recortado
em cartão, pintado e enfeitado com penas de galinha pintadas.
(Vem o Apresentador, solene, e escreve num painel ou quadro
da história.)
CORO (Pausadamente.): Do Brasil regressou à sua terra um
pobre emigrante. Como única riqueza trazia um papagaio…
(Aparece o Emigrante com uma mala e outros embrulhos.
Empoleirado numa vara, o papagaio.)
CORO: […] O homem tinha ensinado o papagaio a dizer:
PAPAGAIO: Não há dúvida! Não há dúvida!
CORO: Um dia o homem resolveu vender o papagaio.
Foi à feira da vila.
(O Apresentador desenha no quadro alguns
apontamentos da feira […].)
EMIGRANTE (Apregoando.): Quem quer comprar um
papagaio? Quem quer? Tenho aqui um papagaio fenomenal,
o mais inteligente de todos os papagaios. Duzentos mil
escudos por um papagaio! Só duzentos mil escudos e leva
um papagaio que fala como nenhum outro. Quem quer? […]
(O Emigrante passa por um grupo de homens que o olham
intrigados. Destaca-se um Grande Lavrador, com ar arrogante.
Trocista e armado em espertalhão, o Lavrador dirige-se ao
Emigrante.)
LAVRADOR: Mostra-me lá a tua mercadoria, homenzinho.
(O Emigrante mostra o papagaio, que o Lavrador mira,
fingindo indiferença.)
EMIGRANTE: Este papagaio vale uma fortuna, senhor, mas
eu estou disposto a vendê-lo apenas por duzentos mil escudos.
84
TRABALHAMOS O VOCABULÁRIO
espertalhão agressivo
Emigrante Lavrador
88
Unidade
TRABALHAMOS A ORTOGRAFIA
RECORDA an, en, in, on, un, am, em, im, om, um
jardim, pólen,
1 Lê o título do poema.
Alguma vez viste os pescadores que chegam do mar com o peixe que
capturam? Descreve o que viste e em especial como estavam os peixes.
Estavam «risonhos»?
2 Observa a imagem. Está adequada ao título? Porquê?
O peixe risonho
Três meninos vão ao mar Por fim, vem o dia
(ora vejam que tolice!) que o peixe pescado
com desejos de pescar sorria.
um peixe que lhes sorrisse. E logo é puxado
com toda a energia,
Um peixe pescaram pelos três
(tão gordo, assim, não havia!) à porfia.
e ao mar o deitaram,
pois não lhes sorria. Chegado ao convés,
ao ver-se de papão pró Sol,
Um peixe pescaram que feia careta o peixe lhes fez!
(tinha o rabo como a enguia!) E, sem hesitar,
e ao mar o deitaram, escapa ao anzol,
pois não lhes sorria. mergulha no mar!
Um peixe pescaram Era uma vez
(grandes olhos, grandes dentes três pescadores a chorar!
e barbatanas valentes)
António Couto Viana,
e ao mar o deitaram, Versos de Cacaracá,
pois não lhes sorria. Litexa Portugal, 1984
Um peixe pescaram
que tinha o focinho
em forma de espeto, de espada, de espinho,
que a todos feria:
e ao mar o deitaram,
pois não lhes sorria.
92
94
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
ras?
APRENDE Os adjetivos: qualificativos e numerais
Ainda te lemb
Os adjetivos
Os adjetivos qualificativos são importantes para são
descrever as características dos objetos, das entidades qualificativos
atribuem
ou das situações e mostram sentimentos ou emoções. palavras que
stica ou
uma caracterí
e a um
Geralmente surgem depois do nome que qualificam, uma qualidad
am (variam)
mas também podem surgir antes. nome. Flexion
m género
em número, e
Os adjetivos qualificativos flexionam (variam) em género e em grau.
e em número concordando com os nomes a que estão
associados.
Género Número
Unidade
APLICA
falador
português
francês
faminto
descuidado
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
Grau Exemplos
98
Unidade
APLICA
PLANIFICA
Aviso
Maio de 2012
Avisam-se todos os animais da floresta que nos últimos dias foi
vista a circular pelos caminhos da floresta uma raposa esfomeada.
Esta raposa já fez várias vítimas.
Devem ser tomados todos os cuidados necessários a uma
situação como esta.
Animais PROTEJAM-SE!
O conselho da floresta
Recado
Vou chegar atrasado à reunião dos animais da floresta de logo à tarde.
Tive de ir ao outro lado do lago para ajudar uma família que estava
em perigo.
Comecem a reunião sem mim, pois não sei quando chegarei.
Até logo,
Crocodilo Januário
100
Unidade
2 Depois de analisares os textos com atenção preenche o quadro seguinte, com
as conclusões sobre quais são as características de um aviso e as de um recado.
Observa o exemplo.
Recado Aviso
A linguagem é simples.
AGORA ESCREVE...
1 Escreve um recado e um aviso sobre aspetos da tua vida diária, mas não te
esqueças de cumprir as indicações que aprendeste: antes de iniciar o texto,
planifica-o copiando os quadros seguintes para o teu caderno e preenchendo-os.
Aviso
Data
Recado
A mensagem
Data
BLOCO 2 Viajar no mundo dos animais e das plantas 101
1 O que te sugere o título do texto? Terá alguma relação com o que podes
observar na imagem? Porquê?
2 Observando apenas a imagem, propõe um novo título para o texto.
3 Sabes como se chama o livro ou caderno onde escrevemos
os acontecimentos mais importantes da nossa vida em cada dia?
Também registas esses acontecimentos importantes? Onde?
Dia 12
À tarde foi o desfile ecológico.
Marchávamos «como soldados, para a guerra da paz»
segundo as palavras do setôr de Educação Física, que nos
ensinara a marcar passo.
Levávamos cartazes pintados por nós com slogans.
«Salvemos a Terra!»
104
Unidade
o
atr
te
Viva o verde, fora o lixo, ze
r
fa
vivam os homens e bichos.
os
Vam
Para salvar o ambiente,
cante tudo, minha gente!
TRABALHAMOS A LEITURA
Localização
temporal
Localização
espacial
Personagens e suas
características
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
O Rodrigo Os cantores
Os polícias A velhinha
106
TRABALHAMOS O VOCABULÁRIO
1 Sabendo que «desfile» significa ato ou efeito de desfilar, qual é o significado de:
Unidade
TRABALHAMOS A ORTOGRAFIA
RECORDA E APLICA
1 O quadro seguinte apresenta uma lista de palavras do texto «Dia 12» que têm
determinadas características ortográficas. Escreve a regra que justifica
a característica identificada em cada palavra. Repara no exemplo.
ambiente
pessoas
sempre
certa
torceu
cinta
2 Completa o quadro com palavras do texto «Dia 12» que tenham o som s,
organizando-as de acordo com as instruções. Repara no exemplo.
pran
cha cha
3.1 Escreve duas frases com pelo menos duas das palavras da lista.
BLOCO 2 Viajar no mundo dos animais e das plantas 109
Vocabulário
ionário
Procura no dic
da palavra
o significado
A amiga da China destacada a a
zul.
Tangerina que tanges
O Sol do meio-dia
És cara de menina
Com pintas de alegria.
ler
os
m
Va
112
Unidade
EXPLORAMOS O POEMA
As e a repetição de conferem
musicalidade e ritmo aos poemas.
Vocabulário
Para cada um seu modo de ver Procura no
DIZ O CARNEIRO: Que saltos tão altos eu dou pelo prado, dicionário
se a erva está tenra e o Sol é doirado! o significado
das palavras
DIZ O CAVALO: Trabalho é cansaço no pino do verão. cadas
do texto desta
Eu gosto do Sol, tão forte é que não! a azul e de ou
tras
DIZ A ABELHA: Que venham depressa o verão e o calor, eças.
que não conh
pra haver mel mais doce do pólen da flor!
DIZ O PORCO: Nos dias chuvosos escolho uma cama,
bem rica e bem fofa, nos charcos de lama!
DIZ O RATO: Com tempo de chuva, o gato (que bom!)
não sai da lareira, fazendo rom-rom!
DIZ O PATO: Plos meses de inverno dá gosto nadar
nos campos que a chuva transforma num mar!
DIZ A VACA: A mim não me importam o Sol e o frio,
se houver abundância de feno macio!
DIZ O MORCEGO: Oculto nas torres, enquanto o Sol dura,
eu fujo prà noite, se ela é escura!
DIZ O MOCHO: De noite abro as asas e os olhos também,
e vejo ao luar melhor que ninguém!
DIZ O GATO: À noite, se a Lua é minha aliada,
não há um só rato que escape à caçada!
DIZ A TOUPEIRA: Na cova em que vivo, há sempre alegria,
com Sol ou com chuva, de noite ou de dia!
António Couto Viana,
Versos de Cacaracá,
Litexa Portugal, 1984 (adaptado)
114
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
estes
meus
os
ela
116
Unidade
Aprende!
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA pessoais
Os pronomes
e, te, nos,
o, a, os, as, m
RECORDA Os pronomes pessoais ão formas
vos, lhe, lhes s
nomes
átonas dos pro
Observa os quadros seguintes. seja, têm a
pessoais, ou
nica fraca.
acentuação tó
Pronomes pessoais
Designam aquele que fala, aquele a quem se fala ou aquele de quem se fala
Número Pessoas
1.ª eu, me, mim, comigo
Singular 2.ª tu, te, ti, contigo
3.ª ele, ela, se, si, consigo, lhe, o, a
1.ª nós, nos, connosco
Plural 2.ª vós, vos, convosco
3.ª eles, elas, lhes, os, as
Datas
Horários
Preços
Adulto — 53,50 €.
Criança — 33,50 € (até aos 12 anos, inclusive).
Roteiro da CP: Rota das cerejas, disponível em www.cp.pt
118
Unidade
TRABALHAMOS A LEITURA
Horário Atividade
8:16
12:30
15:30
19:25
6 Pesquisa sobre a linha da CP que serve a cidade mais próxima da localidade onde
vives e elabora um roteiro semelhante ao da página anterior que chame a atenção
para as riquezas da região. Propõe visitas a lugares de interesse depois de te
informares sobre esse assunto (faz uma pesquisa na Internet visitando o site
do concelho onde vives). Não te esqueças de planificar e rever o teu roteiro.
BLOCO 2 Viajar no mundo dos animais e das plantas 119
Vocabulário
Os Zepeninos e nós Estes são
s
os significado
1 O planeta Zepeni, escondido, algures, numa
das palavras
curva do Universo imenso, à esquerda de quem sobe, o texto:
sublinhadas n
é muito pequenino. ; cautela;
trabalhadores
; altura;
2 Nenhum astrónomo da Terra ainda deu com ele, ajuizadamente
s.
mas existe. Não é invenção minha. transformaçõe
vras
3 Os habitantes de Zepeni estão muito desenvolvidos. Copia as pala
om os
Deslocam-se pelo espaço a velocidades incalculáveis, sublinhadas c
nificados,
respetivos sig
numa espécie de discos voadores do tamanho de rolhas s.
relacionando-o
de cortiça, porque os Zepeninos, a condizer com
o planeta onde vivem, não são de grande estatura.
Talvez do tamanho de joaninhas ou pouco mais ou menos.
4 Todos usam fatos luminosos, que lhes permitem
de um laguinho de jardim.
7 Com alguma prudência, três Zepeninos
desembarcaram.
8 — Este planeta não deve ser habitado —
122
TRABALHAMOS O VOCABULÁRIO
2 Faz a divisão silábica das novas palavras do exercício anterior e combina sílabas
para escreveres novas palavras.
4 Escreve frases em que uses a palavra «fundo» com os seus diferentes significados.
a) Significado 1: fundo — parte mais baixa ou profunda.
b) Significado 2: fundo — parte mais afastada de um espaço interior, em relação
à sua entrada, ou, num espaço exterior, a parte mais afastada.
c) Significado 3: fundo — profundo.
126
Unidade
TRABALHAMOS A ORTOGRAFIA
2 Completa o quadro com exemplos que podes procurar no teu livro. Podes começar
por fazer uma recolha no texto «Os Zepeninos e nós».
x = ch x=z x = ss x = cs
existe aproximar
Conclusões
1.1 Também tu, com certeza, já tiveste de realizar um relatório de uma visita
de estudo ou de um passeio escolar. Lê com muita atenção e copia para
o caderno as indicações de como escrever um relatório, para que, da próxima
vez, já o possas fazer com mais confiança.
128
Unidade
AGORA ESCREVE...
2 Depois de escreveres o rascunho do texto, faz a sua correção seguindo esta lista.
Dá um título ao texto/relatório.
Homens e Reinéis
portugueses que desenharam mapas
À medida que o Mundo se abria diante das caravelas teimosas,
foi-se tornando evidente que era necessário desenhá-lo, pois
a memória dos homens é curta e a imaginação prodigiosa. […]
Houve muito quem fizesse mapas. Os mais famosos,
porém, fizeram-nos em família. Lopo Homem e Pedro Reinel,
mestres de prestígio, admirados no País e no estrangeiro,
decerto exultaram ao reconhecer o seu talento reproduzido
nos filhos. Iniciaram-nos então na arte de desenhar o que
outros que não eles tinham visto.
O cheiro das tintas, a variedade dos instrumentos,
a graça do pergaminho desenrolando-se sobre a mesa, a voz
do pai a explicar em surdina que para ser exato há que
imaginar a Terra de cima para baixo e não de outra maneira,
tudo empurrou os rapazes para se tornarem grandes artistas.
Das mãos de Homens e Reinéis saíram cartas, mapas,
atlas e planisférios. Mesmo que os contornos pudessem
ainda não ser perfeitos, os seus traços fixaram para
sempre cada recanto do Mundo no seu lugar. E que volúpia
pôr ao alcance de todos o que antes só os deuses sabiam!
Concluída a representação de terras próximas ou longínquas,
levantavam-se da mesa saciados. Nenhum destes cartógrafos sentiu
necessidade de grandes viagens. Ficavam-se pela Europa. […]
Quatro séculos volvidos, Homens e Reinéis continuam
marcando presença na Europa, onde bibliotecas, museus
e palácios guardam ciosamente as obras que eles
produziram já com rigor, ainda com amor.
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada,
Portugal Histórias e Lendas, Caminho, 2001
132
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
1.ª — eu desenho
Singular 2.ª — tu
134
Unidade
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
Pretérito
Presente Pretérito Perfeito Futuro
Imperfeito
APLICA
Modo indicativo
Presente Pretérito Perfeito Pretérito Imperfeito Futuro
APLICA
Pretérito perfeito do indicativo
136
Unidade
Trabalhamos a gramática
Aprende!
gular
Um verbo irre
não
APRENDE Os verbos irregulares é aquele que
parte
mantém uma
em
o quadro seguinte estão conjugados verbos irregulares.
N igual (radical)
formas.
todas as suas
APLICA
PLANIFICA
A andorinha e o cisne
A andorinha acabara os seus preparativos de viagem.
Nervosa, ao pé de seus filhos, aguardava as companheiras, porque
a viagem era coletiva, e batia as asas como a querer certificar-se do seu bom
funcionamento. A uma curta distância, um cisne permanecia silencioso,
olhando para as águas que o sustinham. Nunca trocara palavras com ele,
porque o cisne jamais levantara a cabeça para a fixar e também porque não
podia perder o seu tempo a conversar com alguém que não lhe ligasse
importância. Mas desta vez, enquanto esperava as companheiras, resolveu,
para passar o tempo, dizer-lhe fosse o que fosse. E um pouco à toa principiou:
— Quer vir passear connosco?
— Não gosto de viajar.
— Por que razão meu amigo? Viajar encanta, instrui! Voar pelo azul!
Vermos raças diferentes, países, outras paisagens! Venha daí, há de gostar!
— Não insista, minha amiga.
— Quer dizer que não gosta de voar?
— Tenho o bom senso, felizmente, das minhas necessidades.
E acrescentou sem se mexer:
— Quem viaja pouco adianta. Tudo está dentro de nós.
António Botto, Contos, Livraria Bertrand, 1912
140
2 Por que razão alguns parágrafos do texto se iniciam com travessão (—)?
ESCRITA
IMAGEM
— Então de onde
é que vem o leite que
diariamente eu bebo?
— Do supermercado
da esquina!
146
Unidade
TRABALHAMOS A ORTOGRAFIA
PLANIFICA
O Rouxinol
Era uma vez um rouxinol muito vaidoso, que vivia em Mafra,
na Rua do Sabão. E todos os dias ia tomar banho ao rio. Mas, naquela
manhã, antes de o Rouxinol chegar ao rio, estiveram lá umas lavadeiras
a lavar uma roupa muito suja e usaram muita lixívia. E quando
o Rouxinol foi tomar banho, a lixívia fez com que as suas penas
ficassem brancas como a neve!
Quando ele se viu assim, foi esconder-se, cheio de vergonha.
E os outros rouxinóis, quando o viram, riram-se muito dele.
O pobre Rouxinol, assim que pôde, voou até uma escola e pediu aos
meninos que lá estavam que o pintassem de várias cores. Depois disse […].
— Nunca mais tomo banho! Nunca mais serei vaidoso!
E assim foi, nunca mais o Rouxinol foi para o rio e ficou com
aquelas lindas cores para todo o sempre.
José Viale Moutinho, 365 Histórias, Edições Asa, 2002 (adaptado com supressão)
1.1 Este texto pode ser a base para um texto novo. Vamos expandi-lo, ou seja,
aumentá-lo: escrever a mesma história acrescentando pormenores
e acontecimentos. Para isso, vamos formular algumas questões que
podemos colocar quando lemos o texto.
a) O Rouxinol vivia na Rua do Sabão.
Como era essa rua?
b) O Rouxinol ia todos os dias tomar banho ao rio.
Como era esse rio? Largo ou estreito?
c) As lavadeiras estiveram a lavar a roupa.
De quem era essa roupa? Seria delas ou elas
trabalhariam para outras pessoas?
d) O Rouxinol ficou branco.
Que cor tinha antes?
152
Bicicleta de recados
Na minha bicicleta de recados
eu vou pelos caminhos.
Pedalo nas palavras atravesso as cidades
bato às portas das casas e vêm os homens espantados
ouvir o meu recado ouvir a minha canção.
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
— O ciclista já
declarativa Faz uma afirmação.
chegou.
156
Unidade
APLICA
Tipos de frase
1. Frase declarativa 3. Frase exclamativa
2. Frase interrogativa 4. Frase imperativa
A. Vejam o ciclista!
B. O movimento na rua era difícil.
C. Ainda não viste tudo?
D. Os miúdos ficavam colados à janela.
E. Vamos embora daqui.
F. Já ouviram os recados?
G. As pessoas vieram à janela.
H. As ruas estão cheias de gente!
I. Temos de ir de bicicleta?
1.1 Altera a pontuação das frases de forma a que ganhem um sentido
diferente.
ras?
Ainda te lemb
2 Lê as frases com atenção e responde ao que
te é pedido. ser
A frase pode
A. O carteiro nunca esquecerá aquelas viagens ando
afirmativa, qu
de bicicleta.
exprime uma
negativa,
B. Os aldeões não ficavam indiferentes afirmação, e
e uma
ao ciclista atarefado. quando exprim
C. Na aldeia não havia qualquer loja nem negação.
supermercado aberto ao domingo.
D. Nada havia naquela viagem que interessasse.
2.1 Repara nas palavras destacadas. O que têm em comum?
2.2 Qual é a palavra mais usada para expressar uma negação?
2.3 No entanto, acabaste de descobrir outras.
Escreve-as.
2.4 Transforma as frases negativas em frases afirmativas.
BLOCO 3 Viajar no mundo dos outros 157
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
Atenção ao trânsito!
Unidade
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
APRENDE
Esta frase é uma frase simples, pois só tem um verbo, mas podemos transformá-la
numa frase complexa, a frase B, que tem dois verbos:
APLICA
Unidade
TRABALHAMOS A LEITURA
1 Na fatura que leste na página anterior, qual foi a reparação mais cara?
de habitação.
Vamo
A princesa e a ervilha
Ainda
Era uma vez um príncipe que queria casar
de lembras?
com uma princesa, mas com uma princesa autêntica. xto
Procura no te
Viajou, assim, por todo o mundo à procura duma que (s)
o(s) parágrafo
o fosse realmente, mas em todas que encontrou descobriu que está(ão)
ireto.
sempre alguma coisa que não lhe agradava. Princesas no discurso d
havia muitas; mas, quanto a considerá-las autênticas,
não fora capaz de decidir. Havia sempre algo que não era
duma princesa genuína. Regressou assim à pátria muito
triste, pois desejava ardentemente casar com uma princesa
deveras.
Uma noite, estalou uma tremenda tempestade.
Relampejava e trovejava, e caía chuva se Deus a dava!
Fazia um tempo horrível! Então, bateu alguém à porta
da cidade e o velho rei veio abri-la.
Era uma princesa que estava lá fora. Mas, Santo Deus,
em que estado a tinha posto a chuva e o mau tempo!
A água escorria-lhe dos cabelos, do vestido e do nariz
sobre os sapatos, que a vertiam por todos os lados.
Era uma verdadeira princesa, declarou ela.
164
TRABALHAMOS O VOCABULÁRIO
2 Seguindo o exemplo, forma adjetivos com o sufixo -ado a partir dos seguintes
nomes, como no exemplo.
fascínio — fascinado paixão —
fome — admiração —
espanto — amargura —
doce — delicadeza —
linda horrível
conhecer zanga
magnífico feia antónimos
fúria mascarado
disfarçado ignorar
168
Unidade
TRABALHAMOS A ORTOGRAFIA
A formação do feminino pode fazer-se com alterações especiais no final dos nomes.
Exemplos: ator atriz / imperador imperatriz.
APLICA
falador comilão rei
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
APLICA
170
Unidade
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
Podemos concluir que as palavras: bem, não, sim, muito, bastante determinam
ou intensificam o sentido do verbo — são advérbios.
Observa o quadro com alguns dos advérbios.
Advérbios
Afirmação Sim
Negação Não
APLICA
No comboio descendente
vinham todos à janela.
Uns calados para os outros
e os outros a dar-lhes trela.
No comboio descendente
de Cruz Quebrada a Palmela…
No comboio descendente
mas que grande reinação!
Uns dormindo, outros com sono,
e os outros nem sim nem não.
No comboio descendente
de Palmela a Portimão.
Fernando Pessoa,
Obra poética, III Volume,
Círculo de Leitores, 1986
174
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
1 Lê as frases seguintes.
A. As pessoas iam no comboio.
ras?
Ainda te lemb
B. Os seus amigos também os ajudaram. al é a
O grupo nomin
C. O Aníbal e a Odete viajaram sempre com a Claudina. que tem
parte da frase
to central
D. O maquinista não gostou daquelas atitudes. como elemen
m pronome
E. Os passageiros riam alto. um nome ou u
etc.).
(eu, ele, nós,
1.1 Separa os grupos nominal (sublinha-o a vermelho) léa
e verbal (sublinha-o a azul) de cada frase. O grupo verba
que tem
parte da frase
Exemplo: As pessoas iam no comboio. to central
como elemen
o verbo.
Grupo Grupo
nominal verbal
1.2 Substitui o grupo nominal de cada frase por um pronome.
Exemplo: O João foi ver os amigos. Ele foi ver os amigos.
As mulheres
As conversas
O maquinista
A Odete e o Aníbal
O comboio
Unidade
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
APLICA
Complemento
Sujeito Predicado
direto
PLANIFICA Aprende!
é uma
Um discurso
ideias,
1 Lê o excerto do discurso de Severn Suzuki, uma menina exposição de
oral,
de 12 anos, lido na ECO 92, no Rio de Janeiro, no Brasil. muitas vezes
rminado
sobre um dete
assunto.
«Olá, eu sou Severn Suzuki. […] Estou aqui para falar em nome
das gerações que estão para vir.
Eu estou aqui para defender as crianças de todo o mundo que
passam fome e cujos apelos não são ouvidos. […]
Eu gostaria de ser rica, e, se fosse, daria a todas as crianças de rua
alimentos, roupas, remédios, morada, amor e carinho...
[…] Sou apenas uma criança, mas mesmo assim sei que se todo
o dinheiro gasto nas guerras fosse utilizado para acabar com
a pobreza e para encontrar soluções para os problemas ambientais,
a Terra seria um lugar maravilhoso.
Na escola, desde o jardim da infância, os adultos ensinaram-nos
a sermos bem comportados. Ensinaram-nos a não lutar com as outras
crianças, a resolver as coisas da melhor maneira, a respeitar os
outros, a arrumar as nossas coisas, a não maltratar outras criaturas,
a partilhar e a não sermos mesquinhos...
ENTÃO, PORQUE FAZEM JUSTAMENTE O QUE NOS ENSINARAM A NÃO FAZER?!»
SEVERN SUZUKI, Buriti, Português 4, Moderna, 2010
3 Copia para o caderno a estratégia que ela usou para defender o seu pedido:
Vocabulário
Olha o passarinho! Lê o texto com
uma
atenção e faz
persoNAGeNs: O fotógrafo Alípio Pio Passarinho lista das pala
vras
e Dona Teresa Baronesa. eces.
que não conh
ACessÓrios: Cartaz; espanador ou pano do pó; Procura no
seus
máquina fotográfica de fotógrafo ambulante; cadeiras dicionário os
várias, uma das quais montada sobre pés soltos; significados.
máscaras (uma assustadora, outra de palhaço); máquina
de projeção de diapositivos.
CeNÁrio: Está um cartaz em destaque, com os seguintes
dizeres:
182
Unidade
9 Se fosses tu o fotógrafo, o que farias para fazer rir um cliente?
A A A T G O G A R G A L H A D A
L L O E Ç L V E Z C L I E N T E
Í O U R F O T O G R A F I A X E
P C H E A C C A D E I R A Q G A
I S U S I A Ã E R I S O N H A Z
O E P A R T I D A N Ç L V E X Z
E S P E T A C U L A R M E N T E
oralmente
tar
n
se
re
ap
Vamos
om
pr e e n de A persistência
c
Ouve e
Alípio era um bom profissional pois não desistia de fazer o seu melhor para
obter um bom resultado.
1. Reflete sobre esta atitude e pensa se na tua vida também tentas sempre fazer o teu melhor.
2. Apresenta aos teus colegas uma pequena exposição oral sobre o tema e justifica as tuas
opiniões, atitudes e opções. Questiona os teus colegas sobre as suas.
TRABALHAMOS O VOCABULÁRIO
RECORDA E APLICA
1 Identifica os elementos
da ilustração fazendo
corresponder os números
2
do desenho.
1
3 4
encenador cenário
5
3 Lê a frase seguinte.
«A face entristecida de Dona Teresa não agradava a Alípio.»
3.1 A palavra entristecida é formada com um prefixo e um sufixo.
Observa e completa o quadro seguinte.
in feliz mente
en rico ecer
a ar amaciar
noite ecer
a ar alistar
Unidade
TRABALHAMOS A ORTOGRAFIA
Regra Palavras
ras?
TRABALHAMOS A ESCRITA A fábula Ainda te lemb
um tipo
Uma fábula é
PLANIFICA m que muitas
de narrativa e
onagens são
vezes as pers
1 Lê o texto com atenção. presentam
animais que a
s humanas;
característica
A cigarra e a formiga os s e us defe ito s e qualidades.
a
m sempre um
Era uma vez uma cigarra que vivia contente As fábulas tê
d e m o ra l c ontida na sua
cantando no bosque, noite e dia sem parar e sem liçã o
se preocupar com o futuro. conclusão.
Um dia, encontrou uma formiguinha que
carregava, curvada e esforçada, uma enorme
folha. Perguntou-lhe:
— Formiguinha, porque trabalhas tanto?
No verão temos de nos divertir, cantar e bailar.
— Não, não, não! Nós, as formigas,
não temos tempo para diversões.
É preciso trabalhar agora para guardar
comida para o inverno.
Mas a cigarra não lhe deu ouvidos porque
o que importava era aproveitar a vida e gozar
cada dia sem pensar no amanhã.
Certo dia, o inverno chegou e, com a chuva,
com o vento e com a neve a cigarra tiritava
de frio e com as árvores nuas não tinha
o que comer. Desesperada, foi bater à porta
da formiga, pedindo abrigo e comida.
Foi então que apareceu a rainha
das formigas, que disse à cigarra:
— No mundo das formigas todos
trabalham e, se quiseres ficar connosco,
tens também de cumprir o teu dever:
toca e canta para nós.
nversar
co
s
La Fontaine,
o
m
Va
A cigarra e a formiga,
adaptado por Maria João Carvalho (inédito), 2012
1 Lê o título do texto.
Os filhos deste velho podem ser crianças? Porquê?
Do que poderá falar este poema?
192
Unidade
EXPLORAMOS O POEMA
9 Antes de morrer, o velho ouviu uma promessa dos filhos. Qual foi?
11 Num texto de dez linhas, explica de que forma o assunto do texto que leste está
relacionado com o provérbio:
«A união faz a força.»
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
Aprende!
Mãe, ão
O pai do Luís diz que estão abertas as inscrições Na comunicaç
escreve
para o próximo ano. Já sabias? escrita, quem
aquele
é o emissor e
etor.
Um beijinho, que lê é o rec
Joana
Comunicação
Enunciado Ainda
te lembras?
eto
O discurso dir
o exata
é a reproduçã
usadas
das palavras
3 Transforma em discurso indireto o diálogo da Joana com o Luís. num diálogo.
direto
O discurso in
4 que
Sublinha no texto «A cigarra e a formiga» as frases é o relato do
e.
no discurso direto. o locutor diss
Unidade
TRABALHAMOS A GRAMÁTICA
Conclusão
Quando nos dirigimos a pessoas da nossa idade ou com quem temos uma
relação próxima, usamos formas de tratamento informais (exemplo: bebes).
Quando nos dirigimos a pessoas mais velhas ou que não nos são próximas,
usamos formas de tratamento formais (exemplo: bebe).
A despedida
A senhora Rosa e o seu filho Luís tiveram de deixar, para sempre,
a sua casinha de aldeia. Foi num desses dias de primavera em que, no dizer
da senhora Rosa, o tempo estava «macio como seda». Aliás, ela nunca
dizia «Está bom tempo» ou «Está mau tempo», mas sim «O tempo está
a vir brandinho» quando, pela manhã, o Sol espreitava, tímido, entre
nuvens, ou «O tempo desabafa» quando chovia a potes. E sempre que dizia
«O tempo está macio como seda», isso significava que não havia calor
a mais, a claridade da luz não feria os olhos e a aragem soprava leve como
o frufru das sedas. E quando as árvores de fruto se cobriam
abundantemente de flores brancas e rosa ela avisava: «Estão noivas!».
E depois, quando se vergavam sob o peso dos frutos ainda verdes,
interrogava: «Como é que estas pobres árvores vão aguentar
com tanta filharada?»
Era assim a senhora Rosa, mãe do Luís. […]
Um viajante, que passasse diante daquela casinha de aldeia,
talvez não lhe achasse nada de especial […]. No entanto,
se o quintal não estivesse escondido nas traseiras, mas à vista,
na frente, o mesmo viajante ficaria maravilhado, pois
quintal mais bem tratado, com cada centímetro de terra
tão cuidadosamente aproveitado, não podia haver.
O quintal era, por assim dizer, o domínio
da senhora Rosa, que não só se encarregava de que
nunca faltassem em casa as couves, as cenouras,
a alface, as cebolas, a hortelã, a salsa e os coentros,
mas também de o colorir com flores, […].
O seu orgulho máximo eram a macieira,
a cerejeira, a ameixoeira e o pessegueiro para
os quais, no tempo em que floriam brancos
e cor-de-rosa, olhava com a mesma ternura com
que olhava, a cada passo, para o seu filho.
Ilse Losa, Na quinta das cerejeiras, Edições Asa, 2001 (texto com supressões)
196
4 Sublinha no texto…
a) … a azul uma frase afirmativa interrogativa.
b) … a verde uma frase negativa declarativa.
c) … a vermelho uma frase afirmativa imperativa.
ESCRITA
IMAGEM