A Estética, a partir de Alexandre Baumgarten (1714 – 1762), passou a ser
entendida de forma científica, mas fazendo a junção dos conceitos filosóficos que relacionavam a arte à esfera do sensível, em uma interpretação lógica da beleza, levando as obras de arte a serem vistas com racionalidade, porém sem menosprezar a sensibilidade. Na antiguidade, a filosofia da arte foi marcada pelos chamados “filósofos da natureza”, representados por dois grandes nomes: Platão e Aristóteles. A arte, para Platão, estava contida em dois mundos: o “Mundo das Ideias”, que estava diretamente ligada ao belo, ao bom e ao verdadeiro; e, ao “Mundo Sensível”, que é o mundo percebido pelos sentidos, e consiste em uma imitação dos objetos concebidos no mundo das ideias. Já para Aristóteles, as essências não se encontravam no mundo das ideias, mas contidas no mundo sensível.
Na idade Média, o pensamento de Santo Agostinho era de que a beleza
é o sinal da presença de Deus no mundo, nas coisas por Ele criadas e nas que são produtos da mão humana, como a arte. No pensamento de São Tomás de Aquino, voltado para o realismo de Aristóteles, a beleza está vinculada à existência e ação de Deus. Para ele, só Deus é a fonte de toda a verdade, bondade e beleza, nas suas manifestações e nos seres criados.
As ideias da Estética foram mudando a visão das obras de arte ao longo
do tempo. No século XVIII, Baumgarten trouxe a unificação da beleza e da sensibilidade em busca da verdade estética, contrapondo ao pensamento conceitual e abstrato das obras de arte da Antiguidade e da Idade Média. Baumgarten afirmou que a obra de arte é uma representação do belo pela percepção dos sentidos. Podemos reconhecer esse conceito, no projeto do Arquiteto Mies van der Rohe, para a casa Tugendhat. A referida obra, tem uma construção leve, na qual se percebe uma concepção de espaço aberta, que traduz o pensamento do estilo concebido pela arquitetura moderna.