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Bhaskara

A verdade sobre um dos mais famosos matemáticos da


história
Por : Elianderson S. Medrado de Santana

Bhaskara II, foi um famosos matemáticos ( além de ter trabalhado como astronomo e
geômetra ), conhecido também como Bhaskaracharya ( Traduzido para o português como “Bhaskara, o
professor” ), e leva o numerador “segundo”, para evitar confusão com outro matemático e astrônomo;
“Bhaskara I”. Segundo o seu trabalho “Siddhanta Shiromani” ( Considerado o principal de Bhaskara
II ) o mesmo cita que nasceu no ano de 1114 em Vijjadavida, e viveu entre a cadeia de montanhas de
Sahuadri ( Gates ocidentais ), que acredita-se ser a cidade de Patan em Chalisgaon, localizada na atual
região de Khandesh de Maharashtra, na Índia. Bhaskara veio de uma família de astrólogos indianos
tradicionais, sendo seu pai, um astromane de renome, chamado Mahesvara. Diante desse contexto, o
Bhaskara decidiu seguir a tradição familiar, porém, mostrando interesse também pela matemática e
astronomia. Bhaskara foi um dos maiores matemáticos do século XII ( 12 ), e o último que marcou a
época, além de ter sido o chefe de um observatório astronônimo da Índia, em Ujjain, escola de
matemática conceituada da épca. Bhaskaracharya morreu aos 71 anos de idade, ainda em Ujjain.
Ao contrário do que se pensa, a fórmula resolutiva da equação qadrática não foi desenvolvida
por Bhaskara, sendo que Bhaskara é atribuído à fórmula apenas no Brasil. A fórmula foi atribuída e
Bhaskara por volta de 1960.
O livro Siddhantasiromani foi escrito em 1150 e está dividido em duas partes: Goladhyaya-
Esfera Celeste e Granaganita-Matemática dos Planetas. Esses dois livros tratam sobre trigonometria e
matemática aplicada à astronomia. Nesta obra encontram-se a soma e diferença de senos de dois
ângulos, sendo representado da seguinte forma:
sen (a+b) = sen a. cos b + sen b . Cos a e sen (a -b) = sen a.cos b -sen b. cos a
Lilavati ( com o significado de formosa e bela, em sânscrito), é a sua obra mais importante e leva o
nome de sua filha. O livro foi escrito em forma de poema com 278 versos e possui finalidade lúdica, o
que pode parecer controvérso ao considerar outros trabalhos do mesmo, que são puramente
matemáticos. Este livro ganhou grande popularidade na Índia durante o tempo de Akbar (1556-1605).
Foi sob a ordem deste imperador que Abul Faizi, o poeta da corte, preparou a tradução integral, o
Tarjamah-i-Lilavati em 1587 d.C.. Refere-se a vários assuntos,tais como: sistema de numeração,
operações fundamentais, frações, regras de três simples e composta, misturas, porcentagem,
progressões, geometria e equações indeterminadas, ou diofantinas e quadráticas e também a equação de
Pell
Existe uma lenda em relação ao nome da obra, que diz:
“Lilavati era o nome da filha de Bhaskaracarya. Ao lançar o seu horóscopo, ele descobriu que o
momento auspicioso para o casamento seria uma hora específica em um determinado dia.
Bhaskaracarya marcou com o cilindro do tempo [os hindus mediam, calculavam e determinavam as
horas do dia com o auxílio de um cilindro colocado num vaso cheio d'água. Esse cilindro era aberto
apenas em cima e apresentava um pequeno orifício no centro da superfície da base para a entrada da
água a hora específica para o matrimônio. Quando tudo estava pronto e o cilindro do tempo iniciará a
marcar a hora propícia para o casamento, Lilavati, de repente, por curiosidade, inclinou-se sobre o
recipiente e uma pérola de seu vestido caiu no copo e bloqueou o buraco. A hora da sorte passou sem
que o cilindro marcasse. Bhaskarachaya acreditava que a única maneira de consolar a filha abatida, que
agora nunca iria se casar, era escrever-lhe um manual de matemática”.
Outro trabalho onde houve contribuição de Bhaskara, foi a equação de Pell-Fermat, uma
equação onde x e y são números inteiros e d um número natural: “ x² – dy² = 1”. A equação foi
nomeada pelo matemático John Pell, e foi estudada por Brahmagupta no século VII ( 7 ), e por Fermat
no século 17, além de Bhaskara.
Os seus principais trabalhos foram: Os já citados, Siddhanta Shiromani ( sobre astronomia ),
Lilavat, Bijaganita ( Um tratado sobre Algebra ), Vivarana , além de Vasanabhasya de Mitaksara,
Karanakutuhala ( ou Brahmatulya ) ( trabalhos sobre os quais não se sabe muito sobre ).

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