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GUIA PRÁTICO DE

PRESCRITORES
HABILITADOS E
PRESCRIÇÕES

VERSÃO II - ABRIL 2023


Este guia tem o objetivo de orientar os farmacêuticos magistrais quanto às normas

vigentes que versam sobre a regulamentação das categorias profissionais e

prescrição de preparações magistrais, publicadas por entidades de classe, órgãos

sanitários e pelo Poder Executivo, na forma de leis, resoluções, portarias ou códigos

de conselhos profissionais.

Elaboração:

Jaqueline Tiemi Watanabe – Coordenadora Técnica

Maria Aparecida Ferreira Soares – Consultora Técnica

Valéria Faggion – Equipe Técnica

Revisão:

Lúcia Helena Gonzaga Pinto – Gerente de Atendimento e Relacionamento

Vagner Miguel – Gerente de Projetos e Estudos

Equipe de Farmacêuticos:

Anna Paula Gabriel

Anny Buarque de Paula

Geovana Ferreira dos Santos

Luciane Bresciani Quirino

Tatiane Nakayama Bognar Berbert

Revisão final: Comunicação e Marketing Anfarmag

2° Edição – 2023

Revisada e ampliada

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 02


SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 05

QUEM ESTÁ HABILITADO A PRESCREVER 06

PRESCRIÇÃO E PESQUISA DE REGISTRO


DE PROFISSIONAL JUNTO AO RESPECTIVO
CONSELHO
• Médicos 08
• Médicos do Programa Mais Médicos e Programa
Mais Médicos pelo Brasil (PMMB) 10
• Cirurgiões-dentistas 11
• Médicos veterinários 15
• Farmacêuticos 16
• Biomédicos 18
• Nutricionistas 21
• Enfermeiros 24

• Fisioterapeutas 25
• Terapeutas ocupacionais 26

PROFISSIONAIS QUE NÃO POSSUEM


REGULAMENTAÇÃO SOBRE PRESCRIÇÃO
• Esteticistas 28
• Psicólogos 29

• Acupunturistas 29

• Podólogos 30

• Biólogos 30

ESPECIALIZAÇÃO / TÍTULO
DE PROFISSIONAIS 31

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 03


TELECONSULTA
• Telemedicina 35
• Telemedicina veterinária 36
• Telefarmácia 37

PRÁTICA DA HOMEOPATIA NA MEDICINA


HUMANA E VETERINÁRIA 38

PRESCRIÇÃO DE FITOTERÁPICOS 38

PRESCRIÇÕES: RESPONSABILIDADE
E FORMA DE PREENCHIMENTO 39

TIPOS DE PRESCRIÇÕES 40

PENALIDADES 46

REFERÊNCIAS 48

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 04


INTRODUÇÃO
Profissionais legalmente habilitados são aqueles devidamente inscritos
no respectivo conselho de classe e que, mediante regulamentação,
irão prescrever medicamentos, preparações magistrais, oficinais e
outros produtos para a saúde. As principais normas que versam sobre a
regulamentação das categorias profissionais e prescrição de preparações
magistrais estão elencadas durante e no final deste texto, e foram publicadas
por entidades de classe, órgãos sanitários e pelo Poder Executivo, na forma
de leis, resoluções, portarias ou códigos de conselhos profissionais.

Os códigos de ética e normas vigentes consideram que a prescrição


deve ser escrita de forma clara, legível e em vernáculo, sem rasuras e por
extenso. Atualmente também é permitida a digitação, com a utilização de
nomenclatura e sistema de pesos e medidas oficiais, possibilitando-se,
ainda, a emissão de receita digital (prescrição eletrônica).

As prescrições devem contemplar


• Nome da substância (de acordo com a Denominação Comum
Brasileira - DCB, Denominação Comum Internacional – DCI ou
nomenclatura botânica, com descrição de gênero e espécie quando
se tratar de insumos de origem vegetal);
• Dose/Concentração;
• Quantidade total da(s) substância(s) e respectiva(s) unidade(s);
• Forma farmacêutica;
• Via de administração e posologia;
• Duração do tratamento;
• Nome e endereço do paciente;
• Nome completo do prescritor, endereço e telefone (da instituição ou
clínica em que atua), de forma a possibilitar contato em caso de dúvidas
relacionadas à prescrição/farmacoterapia;

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 05


• Assinatura do prescritor e seu número de registro no conselho regional
de classe;
• Local e data da prescrição.

O que não pode ocorrer em prescrições


• Ilegibilidade;
• Emendas;
• Rasuras;
• Códigos ou símbolos;
• Falta de informação ou dados inconsistentes;
• Propagandas ou indicações de estabelecimentos.

NOTAS:
(i) recomenda-se que, na impossibilidade de esclarecer eventuais dúvidas
relacionadas aos receituários junto aos respectivos prescritores, não se
proceda ao aceite deles pelas farmácias. A Organização Mundial de Saúde
(OMS) estima que aproximadamente metade de todas as prescrições possui
algum tipo de erro que pode induzir a problemas aos usuários. Portanto,
é fundamental que o farmacêutico faça uma boa avaliação da prescrição
(independentemente se o produto for manipulado ou industrializado).
(ii) é direito do farmacêutico negar-se a realizar atos que sejam contrários
aos ditames da ciência, da ética e da técnica, comunicando o fato, quando
for o caso, ao usuário, a outros profissionais envolvidos e ao respectivo CRF
(Código de Ética Farmacêutica).

As prescrições de medicamentos, preparações magistrais e oficinais e outros


produtos para a saúde, no Brasil, somente são permitidas a profissionais
legalmente habilitados:

Médicos: Lei nº 12.842/2013, Decreto nº 20.931/1932 e Resolução CFM nº


2.217/2018 (prescrição apenas para uso humano);

Cirurgiões-dentistas: Lei nº 5.081/1966, Decreto nº 20.931/1932 e Resolução

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CFO nº 118/2012 (prescrição apenas para fins odontológicos);

Médicos-veterinários: Lei nº 5.517/1968, Decreto nº 20.931/1932 e Resolução


CFMV nº 1.138/2016 (prescrição apenas para uso veterinário);

Farmacêuticos: Decreto nº 20.377/1931, Decreto nº 20.931/1932 e Resolução


CFF nº 596/2014 (prescrição apenas para uso humano);

Nutricionistas: Lei 8.234/1991 e Resolução CFN nº 599/2018 (prescrição


apenas para uso humano, dentro do âmbito profissional);

Biomédicos: Lei nº 6.684/1979 e Resolução CFBM nº 198/2011 (prescrição


apenas para uso humano, dentro do âmbito profissional);

Enfermeiros: Lei nº 7.498/1986 e Resolução COFEN nº 564/2017 (prescrição


apenas para uso humano, dentro do âmbito profissional e mediante
protocolo/diretriz);

Fisioterapeutas: Decreto-Lei nº 938/1969 e Resolução COFFITO nº 424/2013


(prescrição apenas para uso humano, dentro do âmbito profissional);

Terapeutas ocupacionais: Decreto-Lei nº 938/1969 e Resolução COFFITO


nº 425/2013.

NOTA:
(i) demais categorias profissionais que não possuam regulamentação da
profissão (conselho de classe) ou regulamentação específica a respeito da
prescrição por seu órgão não poderão realizar prescrição de preparações
magistrais.

Todos os profissionais envolvidos com a prática da prescrição devem estar


inscritos nos seus respectivos conselhos regionais correspondentes para
terem o direito de prescrever, sempre dentro do seu âmbito profissional e
dentro de padrões éticos.

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 07


PRESCRIÇÃO E PESQUISA
DE REGISTRO DE
PROFISSIONAL JUNTO AO
RESPECTIVO CONSELHO
Para realizar a avaliação farmacêutica da prescrição de forma assertiva,
segundo as normas vigentes e de maneira a dirimir quaisquer dúvidas sobre
a regularização dos profissinais junto a conselhos de classe, o farmacêutico
pode verficar se eles estão com os registros ativos. Para isso, devem ser
conferidos os dados e o número do registro (a exemplo de CRM de médicos
ou RMS no Programa Mais Médicos/Programa Médicos pelo Brasil, nos sites
do Conselho Federal de Medicina e Ministério da Saúde, respectivamente).

Da mesma forma, pode-se buscar informações sobre os demais profissionais


nos sites correspondentes e de cada estado da federação. Orienta-se a
pesquisa em cada prescrição do profissional.

Os profissionais devem possuir receitas e/ou talonários específicos de


acordo com o tipo de medicamento, formulação ou produto a ser prescrito.
Frisa-se que tais receitas ou talonários não podem conter propaganda ou
indicação de estabelecimentos.

Médicos
A prescrição de um determinado medicamento ou produto só é realizada
pelo profissional após avaliação e diagnóstico de cada paciente, da forma
mais assertiva possível em relação à patologia ou ao mal que o acomete,
podendo ser um medicamento/produto industrializado ou manipulado. A
prescrição deverá conter a dose e a posologia adequadas e compatíveis
com a avaliação do paciente em relação às interações (medicamentosas e
outras).

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 08


Para os casos em que não se obtém resposta terapêutica satisfatória após o
início do uso e acompanhamento, o médico pode ajustar a dose ou alterar a
prescrição, mudando sua formulação, suas associações ou a posologia para
melhorar os resultados.

A Lei nº 3.268/1957, que regulamenta a profissão médica, e o Código de


Ética do Profissional Médico deixam claro que o exercício da Medicina só
é permitido a partir do registro do diploma de graduação médica, com
sua posterior inscrição no Conselho Regional de Medicina da jurisdição
competente. A partir desse registro, o médico pode exercer quaisquer
atividades na área de diagnóstico e tratamento, independentemente de título
de especialista. Assim, teoricamente, todo médico regularmente habilitado
em sua jurisdição pode exercer a medicina no ramo que conscientemente se
julgar capaz, respondendo, no entanto, ética e legalmente pelos resultados
atípicos e inadequados do ato médico praticado.

Veja dados do prescritor que uma receita deve conter:

Para consultar o cadastro do profissional, acesse a área do associado (soluções


técnicas e regulatórias – busca e pesquisas de prescritores) ou o Portal CFM.

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Médicos do Programa Mais Médicos
e Programa Médicos pelo Brasil
O Programa Mais Médicos foi criado por meio da Medida Provisória n°
621/2013 e regulamentada em outubro do mesmo ano pela Lei n° 12.871/2013,
com a finalidade de formar recursos humanos na área médica para o
Sistema Único de Saúde (SUS).

Já o Programa Médicos pelo Brasil foi instituído pela Lei nº 13.958/2019 e visa
incrementar a prestação de serviços médicos em locais de difícil provimento
ou de alta vulnerabilidade e fomentar a formação de médicos especialistas
no âmbito da atenção primária à saúde no SUS.

Os médicos dos referidos programas que não têm registro no conselho


de classe no Brasil (por terem formação no exterior), sejam brasileiros ou
estrangeiros, receberão autorização do Ministério da Saúde (RMS) para o
exercício da profissão exclusivamente no âmbito das ações previstas nos
programas e nas localidades indicadas pelo ministério. Isso quer dizer que
ele não pode atuar em outros serviços de saúde que não façam parte dos
Programas Mais Médicos ou Médicos pelo Brasil.

Todos os médicos que atendem na atenção básica do SUS estão habilitados,


podem e devem realizar consultas, fazer diagnósticos, prescrever
tratamentos e medicamentos, solicitar exames e emitir atestados, conforme
as orientações e normativas do SUS em âmbitos local e nacional.

Para consultar o cadastro do profissional (RMS), acesse a área do associado


(soluções técnicas e regulatórias – busca e pesquisas de prescritores) ou o
site do Ministério da Saúde.

Para os médicos graduados no Brasil que atendem nos programas acima,


consulte normalmente seu número de registro no portal do CFM.

Clique nos links abaixo para conferir algumas sugestões de formulações sob
prescrição médica:

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• Doenças autoimunes

• Hiperpigmentação

• Pele oleosa ou acneica

• Peles sensíveis

• Cuidados do homem

• Lipodistrofias e estrias dérmicas

• Dermatite seborreica

Cirurgiões-dentistas
A Lei nº 5.081/1966, que regula o exercício da Odontologia, determina no
art. 6, item II, que: “Compete ao cirurgião-dentista prescrever e aplicar
especialidades farmacêuticas de uso interno e externo, indicadas em
Odontologia”.

Os medicamentos ou formulações devem ser prescritos dentro da sua


especificidade e para uso odontológico apropriado. A Portaria SVS/MS
nº 344/1998, no que tange às substâncias sujeitas ao controle especial,
preconiza em seus artigos 38 e 55: “As prescrições por cirurgiões-dentistas
e médicos veterinários só poderão ser feitas para uso odontológico e
veterinário, respectivamente”.

Os medicamentos comuns na rotina da prescrição odontológica são:


antissépticos, analgésicos, anti-inflamatórios não esteroidais e antibióticos,
sendo este último atualmente regulamentados por meio da Resolução RDC
nº 471/2021 e prescritos em receituário simples em duas vias, ficando uma
via retida na farmácia.

Quanto aos medicamentos controlados pela Portaria SVS/MS nº 344/1998,


os benzodiazepínicos (lista B1, psicotrópicos prescritos em notificação de
receita “B”) são os mais utilizados para o controle da ansiedade na clínica
odontológica.

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Outros controlados também poderão ser utilizados:

• Analgésicos opioides, que podem ser agonistas fracos (codeína,


tramadol, propoxifeno, etc.) utilizados em dores de moderadas a intensas
causadas por pós-operatório nas cirurgias orais menores e extraorais; e
potentes (morfina) de boa eficácia no tratamento de pacientes com dor
oncológica, mista ou neuropática;

• Benzodiazepínicos (alprazolam, bromazepam e diazepam, etc.), que


apresentam ação ansiolítica, hipnótica e miorrelaxante, objetivando
realizar sedação consciente, indicados em pacientes acometidos de
intensa ansiedade;

• Antidepressivos (amitriptilina, imipramina, desipramina, paroxetina,


fluoxetina, mianserina, dexepina) e anticonvulsivantes (fenitoína, ácido
valproico, topiramato, lamotrigina, gabapentina, carbamazepina,
etc.) em dores neuropáticas (neuralgia do trigêmeo, neuropatia pós-
traumática, dores pós-herpética), doenças crônicas com disfunção da
articulação temporomandibular (ATM), síndrome da ardência bucal e
dores oncológicas, etc. As indicações devem sempre estar embasadas
em anamnese e diagnóstico preciso, individualizando a conduta no
manejo do paciente e com bom senso por parte do profissional;

• Analgésicos de ação central, como o tramadol e o dextropropoxifeno,


que constam na lista “A2”, mas que em doses inferiores a 100mg por
unidade posológica, ficam sujeitos a Receituário de Controle Especial,
de cor branca, em duas vias;

• Antidepressivos tricíclicos, pertencentes à lista “C1”, utilizados no


tratamento de dores neurogênicas, que costumam ser prescritos em
dosagens inferiores às usadas com ação antidepressiva. A gabapentina,
por exemplo, é usada em Odontologia para tratamento do bruxismo,
associada às desordens da ATM (Articulação Temporomandibular);

• Os medicamentos inibidores da COX-2, como o celecoxibe, eterocoxibe


e lumiracoxibe, também pertencentes à lista “C1” e prescritos no

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receituário de controle especial, são empregados como medicação pré
e pós-operatória em intervenções odontológicas e no tratamento da dor
em quadros inflamatórios agudos.

Geralmente, todos esses medicamentos prescritos pelos dentistas não


possuem indicação para uso crônico.

Deve-se considerar ainda a Resolução CFO nº 176/2016, que autoriza a


utilização da toxina botulínica e dos preenchedores faciais pelo cirurgião-
dentista, para fins terapêuticos funcionais e/ou estéticos, desde que não
extrapole sua área anatômica de atuação.

NOTA:

(i) a área anatômica de atuação clínico-cirúrgica do cirurgião-dentista é


superiormente ao osso hioide, até o limite do ponto násio (ossos próprios
de nariz) e anteriormente ao tragus, abrangendo estruturas anexas e afins.

Ainda, em 2019, foram publicadas duas resoluções a respeito do âmbito do


profissional:

Resolução CFO nº 198/2019: reconhece a harmonização orofacial como


especialidade odontológica e dá outras providências;

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Resolução CFO nº 199/2019: proíbe a realização de terapias denominadas de
modulação e/ou reposição e/ou suplementação e/ou fisiologia hormonal por
cirurgiões-dentistas fora da sua área de atuação e dá outras providências.

Já a Resolução CFO nº 230/2020 vedou a realização dos procedimentos,


bem como publicidade e propaganda, citados abaixo:

• alectomia;

• blefaroplastia;

• cirurgia de castanhares ou lifting de sobrancelhas;

• otoplastia;

• rinoplastia;

• ritidoplastia ou face lifting;

• micropigmentação de sobrancelhas e lábios;

• maquiagem definitiva;

• design de sobrancelhas;

• remoção de tatuagens faciais e de pescoço;

• rejuvenescimento de colo e mãos;

• tratamento de calvície e outras aplicações capilares.

Para consultar o cadastro do profissional, utilize o portal do Conselho de


Odontologia.

Clique nos links abaixo para conferir algumas sugestões de formulações


odontológicas:

• Enxaguatório bucal contendo peróxido de hidrogênio a 1%

• Afecções orofaríngeas

• Higiene bucal

• Odontogeriatria

• Clareamento dental

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Médicos-veterinários
O médico-veterinário é o profissional autorizado a exercer a Medicina
Veterinária, ocupando-se da saúde animal por meio da prevenção, controle,
erradicação e tratamento das doenças, traumatismos ou qualquer outro
agravo à saúde dos animais.

Os médicos-veterinários podem ser generalistas, isto é, (i) não especializados


em área específica, ou (ii) especialistas, quando especializados em alguma
área. O título de especialização para os médicos-veterinários depende da
realização de cursos próprios e outros critérios que deverão ser avaliados
por meio de prova escrita (critérios e modos de pontuação diferentes em
cada entidade).

Esses profissionais podem prescrever todos os tipos de medicamentos e


formulações, desde que direcionados unicamente para animais, indistintos
à raça.

Para a prescrição de substâncias sujeitas a controle especial, o profissional


veterinário deverá observar as exigências contidas na Instrução Normativa
nº 35/2017. Assim, além de possuir número de cadastro junto ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio do SIPEAGRO,
o médico-veterinário deverá utilizar as notificações de receita quando
da prescrição de produtos comerciais (industrializados) e utilizar seus
formulários usuais para prescrição de produtos manipulados.

NOTAS:

(i) segundo a referida norma, fica vedada a utilização da notificação de


receita veterinária para prescrição de preparação magistral veterinária
sujeita a controle especial.

(ii) acesse também as dicas e ideias, disponíveis na área do associado, que


abordam sobre os critérios de avaliação da prescrição veterinária.

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Clique no link abaixo para conferir algumas sugestões de fórmulas para uso
veterinário:

• Limpeza e higiene do pet

Farmacêuticos
O ato da prescrição farmacêutica, conforme Resolução CFF nº 586/2013,
pode ocorrer em diferentes estabelecimentos farmacêuticos, consultórios,
serviços e níveis de atenção à saúde, desde que respeitado o princípio da
confidencialidade e a privacidade do paciente no atendimento.

Compete ao farmacêutico a prescrição de medicamentos e outros produtos


com finalidade terapêutica cuja dispensação não exija prescrição médica,
incluindo medicamentos industrializados e preparações magistrais
— alopáticas ou dinamizadas —, plantas medicinais, drogas vegetais,
suplementos alimentares e outras categorias quando aprovadas pelo órgão
federal.

Somente poderão ser prescritos medicamentos que exijam prescrição


médica quando condicionados à existência de diagnóstico prévio e apenas
quando estiverem previstos em programas, protocolos, diretrizes ou

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normas técnicas aprovados para uso no âmbito de instituições de saúde ou
quando da formalização de acordos de colaboração com outros prescritores
ou instituições de saúde. Além disso, o farmacêutico deve possuir título
de especialista ou título de especialista profissional farmacêutico na área
clínica, reconhecidos pelo Conselho Regional de Farmácia de sua jurisdição.

O Conselho Federal de Farmácia emitiu, em 2017, a Resolução CFF nº 645/2017,


que regulamenta o farmacêutico legalmente habilitado em estética a fazer a
escolha autônoma para uso das substâncias listadas na tabela da respectiva
norma (tabela de substâncias utilizadas nos procedimentos estéticos por
farmacêuticos habilitados).

Já em 2018, foi publicada a Resolução CFF nº 661/2018, que estabelece


os requisitos necessários à dispensação e prescrição das categorias de
alimentos com venda permitida em drogarias, farmácias magistrais e
estabelecimentos comerciais de alimentos pelo farmacêutico, que incluem
os suplementos alimentares, alimentos para fins especiais, chás, produtos
apícolas, alimentos com alegações de propriedade funcional ou de saúde e
as preparações magistrais.

NOTAS:

(i) o farmacêutico pode encaminhar formalmente o paciente a outro


profissional quando detectar algo que foge de seu âmbito profissional.

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(ii) a Resolução CFF nº 720/2022 é a norma que dispõe sobre o registro,
nos Conselhos Regionais de Farmácia, de clínicas e de consultórios
farmacêuticos, e dá outras providências.

Para consultar o cadastro do profissional, utilize o portal do conselho de


farmácia da respectiva unidade federativa.

Clique nos links abaixo para conferir algumas sugestões para prescrição
farmacêutica:

• Prescrição farmacêutica

• Fitoterápicos para ansiedade e insônia

• Aminoácidos, minerais e vitaminas

• Hidratantes, ceratolíticos e cicatrizantes

• Antiacneicos

Biomédicos
O Conselho Federal de Biomedicina publicou a Resolução CFBM nº 241/2014,
que dispõe sobre atos do profissional biomédico com habilitação em
biomedicina estética e regulamenta a prescrição por este profissional para
fins estéticos.

Salientamos que o assunto se encontra em discussão na esfera judicial,


uma vez que o Conselho Federal de Medicina ingressou em anos anteriores
com ação para anulação dos efeitos da Resolução CFBM nº 241/2014, o qual
foi acatado pela Justiça Federal. Até o fechamento da revisão e atualização
desse guia, temos que o CFBM apresentou recurso solicitando efeito
suspensivo da sentença de primeiro grau, sem que houvesse avaliação do
mérito até o presente momento.

De toda forma, é válido comentar que a referida norma permitiu que o


biomédico que possuísse habilitação em Biomedicina Estética poderia

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 18


realizar a prescrição de substâncias e outros produtos para fins estéticos,
incluindo substâncias biológicas (toxina botulínica tipo A), substâncias
utilizadas na intradermoterapia (incluindo substâncias eutróficas,
venotróficas e lipolíticas), substâncias classificadas como correlatos de
uso injetável conforme definido pela Anvisa, preenchimentos dérmicos,
subcutâneos e supraperiostais (excetuando-se o polimetilmetacrilato
– PMMA), fitoterápicos, nutrientes (vitaminas, minerais, aminoácidos,
bioflavonoides, enzimas e lactobacilos), seguindo também as normatizações
da Anvisa.

Caberia ainda ao profissional biomédico, segundo a norma acima, a


prescrição de formulações magistrais ou de produtos de referência, de
cosméticos, cosmecêuticos, dermocosméticos, óleos essenciais e fármacos
de administração tópica dentro de sua esfera de atuação, bem como
peelings químicos, enzimáticos e biológicos, seguindo instruções da Anvisa
(art. 6º da Resolução CFBM nº 241/2014).

NOTA:

(i) deve-se considerar ainda que a Portaria SVS/MS nº 344/1998, que aprova o
Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle
especial, em sua última atualização, atribui privativamente ao profissional
médico, de forma clara e expressa, a prescrição do ácido retinóico (lista “C2”).

Em 2016, foi emitida pelo Conselho de Biomedicina a seguinte nota de


esclarecimento:

“NOTA DE ESCLARECIMENTO AOS BIOMÉDICOS ESTETAS

De acordo com a RDC nº 87, de 28 de junho de 2016, a ANVISA passa


a classificar as substâncias retinóicas como controladas, segundo o
fragmento abaixo:

‘LISTA – C2 LISTA DE SUBSTÂNCIAS RETINÓICAS (Sujeitas a


Notificação de Receita Especial)

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 19


ACITRETINA

ADAPALENO

BEXAROTENO

ISOTRETINOÍNA

TRETINOÍNA

ADENDO:

1) ficam também sob controle:

1.1. os sais, éteres, ésteres e isômeros das substâncias enumeradas


acima, sempre que seja possível a sua existência;

1.2. os sais de éteres, ésteres e isômeros das substâncias enumeradas


acima, sempre que seja possível a sua existência.

2) os medicamentos de uso tópico contendo as substâncias desta


lista ficam sujeitos a VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA SEM
RETENÇÃO DE RECEITA.’

Assim, a partir deste momento não é mais permitida a prescrição


de substâncias contidas nesta lista por Biomédicos Estetas.”
(destaque nosso) (Fonte: http://crbm5.gov.br/site/nota-de-
esclarecimento-aos-biomedicos-estetas/)

NOTAS:

(i) a nota de esclarecimento citada acima foi tirada do ar.

(ii) conforme mencionado anteriormente, a Resolução CFBM nº 241/2014


encontra-se com a vigência suspensa (ação judicial).

No que tange aos suplementos alimentares, foi publicada a Resolução CFBM


nº 348/2022, que dispõe sobre a responsabilidade técnica em fabricação,
comercialização e prescrição de suplementos alimentares. Temos que,
compete ao profissional Biomédico habilitado em Acupuntura ou em
Biomedicina Estética ou em Fisiologia do Esporte e da Prática do Exercício

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 20


Físico, a prescrição de suplementos alimentares, desde que sejam isentos
de orientação e prescrição médica.

Nutricionistas
De acordo com a Lei nº 8.234/1991, o nutricionista pode prescrever
suplementos nutricionais para completar a dieta habitual do paciente.

A Resolução CFN nº 656/2020, atualizada pela Resolução CFN nº 731/2022,


permite a prescrição de produtos acabados/industrializados ou manipulados
isentos de prescrição médica (incluindo medicamentos isentos de
prescrição à base de vitaminas, minerais, aminoácidos e proteínas). A
resolução também orienta sobre os limites superiores toleráveis de ingestão
(UL - Tolerable Upper Intake Levels), isto é, devem ser respeitados os níveis
máximos de segurança, regulamentados pela Anvisa, e, na falta destes,
os definidos como “Tolerable Upper Intake Levels” (UL), ou seja, Limite de
Ingestão Máxima Tolerável, sendo esse o maior nível de ingestão diária de
um nutriente que não cause efeitos adversos à saúde, além de acompanhar
as listas de constituintes autorizados para uso em suplementos alimentares
previstas nos anexos I e II da Instrução Normativa n° 28/2018 da Anvisa e
suas atualizações.

Outro ponto importante a ser observado é que na prescrição de enzimas,


deverá indicar a atividade enzimática em Unidades (U), e na de probiótico,
em Unidades Formadoras de Colônias (UFC).

Cabe ainda ao nutricionista prescrever fórmulas que contenham fitoterápicos,


de acordo com a Resolução CFN nº 680/2020, atualizada pela Resolução
CFN nº 731/2022, que regulamenta a prática da fitoterapia pelo nutricionista
e dá outras providências. Para a prática da fitoterapia, o nutricionista deve
observar que:

• Para a prescrição de plantas medicinais in natura e drogas vegetais,


na forma de infusão, decocção e maceração em água, é permitida a

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 21


todos os nutricionistas, ainda que sem certificado de pós-graduação em
fitoterapia ou título de especialista nessa área;

• A prescrição do que for diferente de infusão, decocção e maceração


em água, a partir de plantas medicinais in natura e drogas vegetais, ou
seja, de drogas vegetais em formas farmacêuticas, de medicamentos
fitoterápicos, de produtos tradicionais fitoterápicos e de preparações
magistrais de fitoterápicos é permitida ao nutricionista com habilitação
para Fitoterapia.

• Para a prescrição de drogas vegetais e derivados vegetais, em formas


farmacêuticas, que podem ser classificados como alimentos, novos
alimentos e ingredientes, e suplementos alimentares, não se exige
certificado de pós-graduação em fitoterapia ou título de especialista na
área.

Na prescrição, o receituário do nutricionista deve ser:

I. apresentado de forma clara para o entendimento e contemplar:

a. nomenclatura botânica, sendo opcional incluir a indicação do nome


popular;

b. parte utilizada;

c. forma de utilização e modo de preparo, no caso de plantas medicinais in


natura ou drogas vegetais, na forma de infusão, decocção ou maceração
em água;

d. forma ou meio de extração, a padronização do marcador da parte da


planta prescrita (sempre que disponível na literatura científica) e a forma
farmacêutica, no caso de drogas vegetais em formas farmacêuticas,
medicamentos fitoterápicos, produtos tradicionais fitoterápicos e de
preparações magistrais; e

e. via de administração e posologia.

II. datado e identificado com dados do paciente e do nutricionista (nome


completo, número de inscrição no CRN e meios de contato, tais como e-mail

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 22


e telefone institucionais);

III. carimbado e assinado pelo nutricionista;

IV. entregue pessoalmente ou enviado eletronicamente (digitalizado ou com


assinatura digital certificada) ao cliente/paciente/usuário, com confirmação
de recebimento, no momento da consulta ou posteriormente; e

V. adequadamente registrado em prontuário.

NOTA:

(i) entende-se a aplicação da fitoterapia pelo nutricionista na assistência


nutricional e dietoterápica, como o uso de plantas medicinais em suas
diferentes preparações, englobados plantas medicinais in natura, drogas
vegetais e derivados vegetais, com exceção de substâncias ativas isoladas
ou altamente purificadas, administradas exclusivamente pelas vias oral
e enteral, incluídas mucosa, sublingual e sondas enterais e excluída a via
anorretal.

Veja o e-book para nutricionistas – “Orientações Gerais da Resolução CFN


nº 656/2020”.

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 23


Enfermeiros
O enfermeiro, como profissional integrante da equipe de saúde, possui
respaldo ético-legal para prescrever determinados medicamentos, porém
dentro dos limites que a Lei do Exercício Profissional de Enfermagem (Lei nº
7.498/1986) impõe, bem como observadas as normatizações do Ministério
da Saúde e as resoluções do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN).

Assim, a prescrição por enfermeiro está limitada a medicamentos


previamente estabelecidos em programas de saúde pública e em rotinas
aprovadas pelas instituições de saúde. Vale observar que essa prescrição
não é autônoma, ou seja, o enfermeiro deve preceituar o medicamento que
foi previamente estabelecido pelos responsáveis coordenadores daqueles
programas, sabendo que o atendimento será no próprio estabelecimento.

Em 2022, foi aprovado pelo COFEN um parecer que confirma o entendimento


sobre a legalidade de prescrição de medicamentos tópicos manipulados
para tratamento de lesões de pele. A regulamentação específica sobre
prescrição de medicamentos manipulados em receituário próprio ainda
será proposta pelo conselho.

NOTA:

(i) até o fechamento da revisão e atualização desse guia, não foi publicada
regulamentação sobre o assunto.

Os profissionais de enfermagem devem ser orientados pelo COFEN para que


não pratiquem atos reservados aos profissionais médicos, em observância
à Portaria nº 648/GM/2006 do Ministério da Saúde, que aprova a Política
Nacional de Atenção Básica.

Já a Resolução COFEN nº 626/2020 apenas regulamenta a atuação do


enfermeiro na área estética, sendo permitida a realização de procedimentos
estéticos tais como carboxiterapia, drenagem linfática e micropigmentação.

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 24


Fisioterapeutas
Embora não haja, até o presente momento, uma norma que, de fato,
regulamente a prescrição pelo profissional fisioterapeuta, temos a Resolução
nº 424/2013 (COFFITO), que preconiza que é proibido ao profissional
“recomendar, prescrever e executar tratamento ou nele colaborar, quando
a) desnecessário; b) proibido por lei ou pela ética profissional”.

O Acórdão nº 611/2017, emitido pelo COFFITO, concorda com a utilização e


a indicação de substâncias isentas de prescrição médica pelo profissional
fisioterapeuta, quando em seu âmbito profissional e embasado em literatura
científica/uso tradicional. Assim, há precedente para utilização e indicação
de substâncias isentas de prescrição médica pelo fisioterapeuta. Ressalta-
se ainda que um acórdão expressa a concordância de um assunto por um
órgão colegiado, neste caso, pelos conselheiros do Conselho Federal de
Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), tratando-se de um conceito
diferente de resolução.

NOTAS:

(i) recomenda-se que o Acórdão seja arquivado no estabelecimento para


fins de justificativa caso haja questionamento pela autoridade sanitária.

(ii) após ingresso de ação pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul
(SIMERS), na qual se contestou as resoluções e outros atos do Conselho
Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) que, supostamente,
teriam invadido a esfera privativa dos médicos, a Primeira Turma do Superior
Tribunal de Justiça (STJ), ao julgar os embargos de declaração no REsp
1.592.450 (2022), por unanimidade, concluiu que é permitido ao fisioterapeuta
e ao terapeuta ocupacional diagnosticar doenças, prescrever tratamentos e
dar alta terapêutica. Entretanto, uma vez que ainda é possível a entrada de
recurso pelo Simers, o farmacêutico deve estar atento às atualizações quanto
ao assunto (principalmente se optar pelo atendimento da prescrição).

As atividades a serem praticadas pelo fisioterapeuta especialista em


dermatofuncional estão dispostas na Resolução COFFITO nº 394/2011.

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 25


Terapeuta Ocupacional
Também não há, para o profissional terapeuta ocupacional, norma que
regulamente a prescrição. A Resolução COFFITO nº 425/2013 estabelece que
é “proibido ao terapeuta ocupacional, nas respectivas áreas de atuação: (...)
recomendar, prescrever e executar tratamento ou nele colaborar, quando:
a) desnecessário; b) proibido por lei ou pela ética profissional; (...)”.

Em 2015, foi publicada a Resolução COFFITO nº 458/2015, que estabelece


que compete ao terapeuta ocupacional prescrever, orientar, executar e
desenvolver produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e
serviços de Tecnologia Assistiva, como elementos constituintes ao processo
de intervenção terapêutico ocupacional. Entre as atividades, poderá:

• Prescrever, orientar, executar programas e ações que utilizem


metodologias, práticas e serviços de Tecnologia Assistiva que favoreçam
a saúde, a qualidade do viver e a participação social das pessoas;

• Prescrever, desenvolver e confeccionar órteses, próteses e meios


auxiliares de locomoção, visando maximizar o processo de recuperação
do paciente, minimizar sequelas e prevenir deformidades;

• Prescrever, orientar, executar e desenvolver serviços de adequação


postural visando maximizar o desempenho ocupacional das pessoas
em seu cotidiano;

• Prescrever e desenvolver recursos para adequar unidades tecnológicas


e informatizadas de controle ambiental;

• Prescrever, orientar, executar e acompanhar, junto aos órgãos


competentes, programas e ações que promovam a adequação de
espaços públicos e privados, urbanos e rurais, de forma a favorecer a
acessibilidade desses ambientes e a locomoção das pessoas;

• Prescrever, desenvolver, orientar e promover adaptações estruturais


em ambientes domésticos, laborais, espaços públicos e de lazer.

Obs.: ver nota contida no tópico anterior (fisioterapeuta).

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 26


Quanto ao terapeuta holístico, deve-se considerar inicialmente que
essa categoria não está integrada a COFFITO. Há um Conselho de Auto
Regulamentação da Terapia Holística (sociedade civil, de base territorial
nacional, sem fins lucrativos, sem vínculos com o Governo ou com partidos
políticos, que desenvolve padrões técnicos, éticos e qualitativos, aos quais
os profissionais voluntariamente assumem o compromisso contratual de
cumprimento). Considerando o CBO deste profissional, temos:

“CBO 3221-25

Terapeuta holístico

(...)

Descrição Sumária

Aplicam procedimentos terapêuticos manipulativos, energéticos


e vibracionais para tratamentos de moléstias psico-neuro-
funcionais, músculo-esqueléticas e energéticas. tratam patologias
e deformidades podais através do uso de instrumental pérfuro-
cortante, medicamentos de uso tópico e órteses. para tanto, avaliam
disfunções fisiológicas, sistêmicas, energéticas e vibracionais através
de métodos das medicinas oriental e convencional. recomendam a
seus pacientes/clientes a prática de exercícios, o uso de essências
florais e fitoterápicos com o objetivo de reconduzir ao equilíbrio
energético, fisiológico e psico-orgânico.”

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 27


PROFISSIONAIS QUE NÃO
POSSUEM REGULAMENTAÇÃO
SOBRE PRESCRIÇÃO

Esteticistas
A profissão de esteticista foi reconhecida e regulamentada pela Lei nº
13.643, de 3 de abril de 2018, sem trazer previsão legal quanto à prescrição.
Não há vedação do uso de produtos manipulados nos tratamentos estéticos,
aplicados pelos profissionais esteticistas, quando prescritos por profissionais
habilitados.

“Art. 5º Compete ao Técnico em Estética:

I - executar procedimentos estéticos faciais, corporais e capilares,


utilizando como recursos de trabalho produtos cosméticos, técnicas
e equipamentos com registro na Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa);

II - solicitar, quando julgar necessário, parecer de outro profissional


que complemente a avaliação estética;

III - observar a prescrição médica ou fisioterápica apresentada pelo


cliente, ou solicitar, após exame da situação, avaliação médica ou
fisioterápica.

Art. 6º Compete ao Esteticista e Cosmetólogo, além das atividades


descritas no art. 5o desta Lei:

(...)

VI - observar a prescrição médica apresentada pelo cliente, ou


solicitar, após avaliação da situação, prévia prescrição médica ou
fisioterápica.”

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 28


Salvo melhor entendimento, o profissional farmacêutico também poderá,
no uso das suas atribuições, ser o responsável pela prescrição mediante
solicitações do profissional esteticista, haja vista que a Resolução CFF nº
586/2013 permite a prescrição farmacêutica mediante uma avaliação.

Psicólogos
O reconhecimento do curso de formação em Psicologia e regulamentação
da profissão de psicólogo constam na Lei nº 4.119, de 27 de agosto de 1962.

No art. 2º do Código de ética do Psicólogo temos:

“Art. 2º - Ao psicólogo é vedado:

(...)

f) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de


atendimento psicológico cujos procedimentos, técnicas e meios não
estejam regulamentados ou reconhecidos pela profissão;”

Não há regulamentação, por ora, da prescrição pelo profissional psicólogo.

Acupunturistas
Foi aprovado em 2019, pela Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei nº 1.549/2003, que
visa disciplinar o exercício profissional de acupuntura. O PL segue para
aprovação do Senado e posteriormente pela Presidência da República.

Atualmente, a prática da acupuntura ocorre por profissionais com pós-


graduação lato sensu ou stricto sensu ou especialização em acupuntura.
Assim, deve-se observar não somente a especialização, mas a graduação
inicial do profissional e a regulamentação envolvida para a confirmação do
atendimento da prescrição em questão.

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 29


Podólogos
A regulamentação do exercício da profissão de podólogo também se
encontra sob análise por meio do Projeto de Lei nº 151/2015.

De toda forma, foi emitido pelo Conselho Federal de Biomedicina a


Resolução CFBM nº 288/2018, que condiciona o exercício da profissão
de tecnólogos em podologia e de técnicos podólogos. Nesta, fica clara a
impossibilidade de prescrição pelo profissional podólogo.

“Art. 14 - O técnico podólogo e o tecnólogo em podologia


obrigatoriamente deverá exercer sua atividade, de acordo com a
biossegurança, higienizar local de trabalho, usar equipamento
de proteção individual - EPI, esterilizar instrumental, acondicionar
instrumentais cortantes para descarte, acondicionar lixo
contaminado para incineração em conformidade com a legislação,
e pertinente a execução dos procedimentos exclusivamente
relacionado ao procedimento, ficando vedado qualquer forma de
manipulação e/ou prescrição.”

Biólogos
Em 2020 foi publicada a Resolução nº 582/2020, pelo Conselho Federal
de Biologia (CFBio), que dispõe sobre a habilitação e atuação do Biólogo
em Saúde Estética e dá outras providências. A partir dela, o profissional
habilitado em Saúde Estética poderá praticar procedimentos, atividades e/
ou funções técnicas disponíveis aqui.

NOTA:

(i) não fica claro sobre a possibilidade da prescrição em si (regulamentação do


modelo e requisitos necessários para emissão da receita), uma vez que a norma
apenas estabelece a possibilidade da aquisição dos insumos necessários para
execução dos procedimentos, bem como cita a possibilidade da solicitação
de produtos prontos ou manipulados para uso profissional.

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 30


ESPECIALIZAÇÃO/TÍTULO
DE PROFISSIONAIS
Alguns conselhos de classe especificam sobre as titulações que seus
profissionais devam comprovar para efetuarem prescrições ou atividades
em determinadas categorias de produtos ou serviços por eles listados.

Título de especialista é um título que comprova a qualidade e a especial


relevância do currículo profissional numa determinada área, atribuídas pelos
conselhos de classe e pelas associações públicas profissionais.

Todo título de especialização deve ser registrado no conselho regional do


profissional.

O profissional não deve anunciar ou divulgar uma “especialização” que


não tenha obtido o registro no seu conselho de classe. Ressalte-se que
existem normas que determinam ao profissional divulgar os títulos de
especializações:

a) Decreto Lei nº 4.113, de 14 de fevereiro de 1942 – Regula a propaganda


de médicos, cirurgiões, dentistas, parteiras, massagistas, enfermeiros, de
casas de saúde e de estabelecimentos congêneres, e a de preparados
farmacêuticos. Proíbe o médico de anunciar o exercício de mais de duas
especialidades, sendo facultada a enumeração de doenças, órgãos ou
sistemas compreendidos na especialização;

b) Resolução CFO 195, de 29 de janeiro de 2019 – Autoriza o cirurgião-


dentista a realizar o registro, a inscrição e a divulgação de mais de duas
especialidades;

c) Resolução CFF nº 514, de 25 de novembro de 2009 – Dispõe sobre o


título de farmacêutico-bioquímico. Os cursos que são credenciados pelo
CFF poderão, após o término, ter o apostilamento na carteira profissional.
O farmacêutico que obtêm o certificado de um curso não credenciado

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 31


no CFF não poderá apostilar no CRF o título de especialista, por não
atender a Resolução CFF nº 444/2006;

d) Resolução CFF nº 623, de 29 de abril de 2016, atualizada pela


Resolução CFF nº 640/2017 – “Título de especialista em oncologia” –
farmacêutico;

e) Resolução do CFF nº 572, de 25 de abril de 2013 – Dispõe sobre a


regulamentação das especialidades farmacêuticas por linhas de atuação
(10 grupos): alimentos; análises clínico-laboratoriais; educação; farmácia;
farmácia hospitalar e clínica; farmácia industrial; gestão; práticas
integrativas e complementares; saúde pública; e toxicologia.

Alguns conselhos regionais também determinam que os profissionais só


podem divulgar apenas duas especialidades, e outros não tem divulgação
sobre o assunto. Por exemplo, a Resolução CFM nº 1.974/11 trata da
publicidade de assuntos médicos, incluindo especializações. Veja algumas
perguntas e respostas divulgadas pelo CFM.

Farmacêutico
Verificar se os especialistas que oferecem seus serviços específicos (em
estética, por exemplo) possuem títulos válidos, de acordo com os requisitos
estabelecidos pela Resolução CFF Nº 674/2019 e demais legislações vigentes.

Para efeito de registro de certificados e títulos na carteira profissional, estão


previstas 135 especialidades.

A consulta do profissional farmacêutico inscrito nos conselhos deve ser pelo


site de cada Conselho Regional de Farmácia. Para localizar um farmacêutico
especialista em oncologia, clique aqui.

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 32


Médico
Entenda os números de CRM

CRM é o número que o médico recebe para exercer a medicina, e o RQE é


a identificação que o especialista tem para que sua especialidade médica
seja reconhecida.

• Número seguido da letra ‘P’: inscrição provisória realizada em


atendimento a liminar;

• Número precedido da sigla ‘EME’: inscrição de estudante médico


estrangeiro;

• Número precedido do número ‘300’: inscrição de médico estrangeiro


com visto provisório.

No cadastro do médico temos:

• Especialidades/Áreas de Atuação: Médico sem especialidades


registradas;

• Especialidades/Áreas de Atuação: OFTALMOLOGIA - RQE Nº: 0000;

• Especialidades/Áreas de Atuação: DERMATOLOGIA - RQE Nº: 00000;

• Especialidades/Áreas de Atuação: MEDICINA DE FAMÍLIA E


COMUNIDADE - RQE Nº: 00000;

• Especialidades/Áreas de Atuação: CIRURGIA GERAL - RQE Nº: 00000.

Para saber se o médico possui registro de especialista, basta fazer uma


simples consulta no site do CFM e clicar no campo “Cidadão” e depois
“Busca por médico”.

Acesse o Manual de publicidade médica.

Médico-veterinário
O termo “especialista” na Medicina Veterinária e na Zootecnia é um título
homologado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) àquele

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 33


emitido por entidades que cumprem os requisitos da resolução que trata
sobre especialidades veterinárias (Resolução CFMV nº 935/2009) e que
devem estar habilitadas pelo Federal.

O médico-veterinário e o zootecnista poderão obter o registro de até dois


títulos de especialista no conselho regional em que possuírem inscrição
principal, conforme Resolução CFMV nº 935/2009.

Atualmente, existem 13 entidades habilitadas à concessão de título:


Homeopatia Veterinária; Patologia Veterinária; Oncologia Veterinária;
Dermatologia Veterinária; Acupuntura Veterinária; Cardiologia Veterinária;
Medicina Felina; Medicina Veterinária Legal; Anestesiologia Veterinária;
Oftalmologia Veterinária; Diagnóstico por Imagem; Medicina Veterinária
Intensiva; e Inspeção Higiênica Sanitária e Tecnológica de Produtos Animais,
Tecnologia de Produtos de Origem Animal e de Saúde Pública.

Os médicos-veterinários e zootecnistas que não possuem o título de


especialista devidamente registrado no Sistema CFMV/CRMVs estão
impedidos de se anunciarem como tal e podem sofrer sanções, além de
estarem mais vulneráveis a processos de má prática movidos por tutores
de animais.

Consulte o registro do médico veterinário junto ao conselho de classe pelo


link: Busca por Profissionais – CFMV.

Biomédico
Para o desenvolvimento de suas atividades, o biomédico deve ter o
reconhecimento de habilitação na área específica em que atua. Se sua
atividade não for compatível com sua habilitação, deve-se procurar o
Conselho Regional de Biomedicina para obter informações e ser orientado
sobre as providências necessárias para a situação ser regularizada.

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 34


Além disso, o desempenho de atividades sem a devida regulamentação
caracteriza exercício ilegal da profissão, o que é crime previsto na legislação
penal.

Nutricionista
Consulte o cadastro da nutricionista junto ao conselho de classe (CFN).
O nutricionista pode se especializar em várias áreas de sua escolha, que
podem ser: vigilância sanitária; auditoria em alimentação; nutrição esportiva;
nutrição geriátrica; fitoterapia nutricional; nutrição clínica etc.

NOTA:

(i) para esclarecimento, o profissional nutrólogo é um profissional médico


especialista em nutrologia e que não tem relação com o profissional
nutricionista.

TELECONSULTA
De forma geral, a teleconsulta consiste na aplicação da tecnologia para
enviar serviços de saúde à distância, conectando profissional/paciente ou
profissional/profissional com o intuito de fornecer serviços de interação,
prevenção, diagnóstico ou intervenção.

Telemedicina
Preconizada na Resolução CFM nº 2.314/2022, a telemedicina é definida
como o exercício da medicina mediado por Tecnologias Digitais, de
Informação e de Comunicação (TDICs), para fins de assistência, educação,
pesquisa, prevenção de doenças e lesões, gestão e promoção de saúde.

A telemedicina pode ser exercida nas seguintes modalidades de

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 35


teleatendimentos médicos:

• Teleconsulta;

• Teleinterconsulta;

• Telediagnóstico;

• Telecirurgia;

• Telemonitoramento ou televigilância;

• Teletriagem;

• Teleconsultoria.

Obs.: a definição de cada modalidade consta na Resolução CFM nº


2.314/2022.

A prestação de serviço de telemedicina, como um método assistencial


médico, em qualquer modalidade, deverá seguir os padrões normativos
e éticos usuais do atendimento presencial, inclusive em relação à
contraprestação financeira pelo serviço prestado. Ainda, ao médico é
assegurada a autonomia de decidir se utilizará ou não a telemedicina,
indicando o atendimento presencial sempre que entender necessário.

Telemedicina veterinária
A teleconsulta veterinária trata-se da modalidade de telemedicina veterinária
para realizar consulta médico veterinária a distância, por meio de tecnologia
de informação e comunicação, nos casos em que médico veterinário e
paciente não estejam localizados em um mesmo ambiente geográfico,
excetuados os casos de urgência e emergência.

A telemedicina veterinária abrange as modalidades de:

• Teleconsulta;

• Telemonitoramento;

• Teletriagem;

• Teleorientação;

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 36


• Teleinterconsulta; e

• Telediagnóstico.

Obs.: a definição de cada modalidade consta na Resolução CFMV nº


1.465/2022.

Telefarmácia
Entende-se a telefarmácia como o exercício da Farmácia Clínica mediado
por Tecnologia da Informação e de Comunicação (TIC), de forma remota,
em tempo real (síncrona) ou assíncrona, para fins de promoção, proteção,
monitoramento, recuperação da saúde, prevenção de doenças e de
outros problemas de saúde, bem como para a resolução de problemas
da farmacoterapia, para o uso racional de medicamentos e de outras
tecnologias em saúde

A Telefarmácia pode ser executada nas seguintes modalidades de


atendimento:

• Teleconsulta farmacêutica;

• Teleinterconsulta;

• Telemonitoramento ou televigilância;

• Teleconsultoria.

Obs.: informações complementares poderão ser visualizadas na Resolução


CFF nº 727/2022.

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 37


Caberá ao farmacêutico informar ao CRF de sua jurisdição as modalidades
e os serviços prestados por meio da telefarmácia, quando da solicitação da
Certidão de Regularidade (CR) ou da Anotação de Atividade Profissional do
Farmacêutico (AAPF).

PRÁTICA DA HOMEOPATIA
NA MEDICINA HUMANA
E VETERINÁRIA
A homeopatia prioriza o tratamento de cada organismo como único,
respeitando as suas particularidades. A conduta do profissional habilitado,
seja no tratamento humano ou veterinário, visa a individualização do paciente,
buscando ao máximo a forma de compreender o significado de saúde e
consequentemente de doença e sintomas apresentados, entendendo que
o que é digno de curar é o doente e não a patologia propriamente dita. A
prescrição deverá ocorrer em receituário comum, respeitando a legislação
vigente.

As preparações homeopáticas para uso veterinário deverão ser manipuladas


em conformidade com a Farmacopeia Homeopática Brasileira com potência
igual ou superior a 6CH ou 12DH. Observar ainda o anexo da Instrução
Normativa nº 41/2014 quando da manipulação de uso veterinário (Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA).

PRESCRIÇÃO DE FITOTERÁPICOS
Profissionais que podem prescrever
produtos fitoterápicos
• Médico;

• Nutricionista: somente pode prescrever fitoterápicos dentro do âmbito da

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 38


nutrição;

• Cirurgião-dentista: somente pode prescrever fitoterápicos dentro do


âmbito da odontologia;

• Médico veterinário: somente pode prescrever fitoterápicos dentro do


âmbito da medicina veterinária;

• Farmacêutico: pode prescrever fitoterápicos isentos de prescrição médica


para doenças de baixa gravidade e em atenção básica à saúde;

• Enfermeiro: pode prescrever, desde que faça curso reconhecido de no


mínimo 360 horas, o que corresponde à carga horária de cursos de pós-
graduação.

Profissionais legalmente habilitados


a recomendar fitoterápicos
• Terapeuta (técnicos em acupuntura, técnicos em quiropraxia e terapeutas
holísticos podem recomendar fitoterápicos somente de venda livre, não
manipulados);

• Fisioterapeuta (pode recomendar fitoterápicos presentes em farmacopeia


ou de venda livre).

PRESCRIÇÕES:
RESPONSABILIDADE, GUARDA
E FORMA DE PREENCHIMENTO
Todos os profissionais habilitados devem observar as regras para o
preenchimento dos dados das receitas e das notificações de receitas (esta
última quando aplicável) estabelecidas nas legislações sanitárias e de ética.
Válidas em todo território nacional.

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 39


TIPOS DE PRESCRIÇÕES
1 – Notificações de Receita “A”
Substâncias entorpecentes.

Analgésicos (dor), anestésicos.

Tarja preta: “Venda sob prescrição médica – Atenção, pode causar


dependência física ou psíquica”. A prescrição deve estar acompanhada do
receituário de controle especial.

2 – Notificações de Receita “B”


Substâncias psicotrópicas.

Tarja preta: “Venda sob prescrição médica – O abuso deste medicamento


pode causar dependência”. A prescrição deve estar acompanhada do
receituário de controle especial.

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 40


3 – Notificações de Receita “B2”
Anorexígenos.

Tarja preta: “Venda sob prescrição médica” – “O abuso deste medicamento


pode causar dependência”. A prescrição deve estar acompanhada do
receituário de controle especial e do “Termo de Responsabilidade do
Prescritor”.

4 – Receitas de Controle Especial


Antidepressivos, anticonvulsivantes, ansiolíticos e anestésicos em geral.

Tarja vermelha: “Venda sob prescrição médica – Só pode ser vendido com
retenção de receita”.

As substâncias listadas permitem sua aquisição mediante apresentação de


receita comum, em duas vias (Portaria SVS/MS nº 6/1999).

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 41


5 – Receitas com antimicrobianos
Não há modelo de receituário específico. A prescrição de antimicrobianos
deve ser em receituário do próprio prescritor habilitado ou do estabelecimento
de saúde, em duas vias.

6 – Receita/Notificação veterinária
Há dois tipos de notificação emitidas pelo Sipeagro:

(i) Notificação de Receita Veterinária destinada à prescrição de “produto


de uso veterinário” (industrializado) que contenha substância sujeita a
controle especial (IN nº 35/2017); e

(ii) Notificação de Aquisição por Médico Veterinário emitida para o


profissional cadastrado adquirir e utilizar esses produtos em procedimentos
clínicos, cirúrgicos, contenção e sedação.

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 42


O formulário de receita, sem modelo específico, é utilizado para as
preparações magistrais e oficinais. Deve conter, no mínimo:

I - Nome e endereço do proprietário do animal;

II - Dados do animal: nome do animal e espécie para a qual se destina a


prescrição;

III - Descrição da formulação contendo a forma farmacêutica, a quantidade,


as substâncias ativas e respectivas concentrações;

IV - Posologia e modo de usar;

V- Identificação do profissional prescritor com o número de registro no


respectivo conselho profissional, número de cadastro no MAPA, endereço
do seu consultório ou endereço da instituição a que pertence; e

VI - Local, data e assinatura do Médico Veterinário.

7 – Receita comum
A partir da publicação da Lei nº 13.732/2018, o receituário de medicamentos
passou a ter validade em todo o território nacional, independentemente
da unidade da Federação em que tenha sido emitido, inclusive o de
medicamentos sujeitos ao controle sanitário especial (receituário de controle
especial e notificação de receita), nos termos disciplinados em regulamento.

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 43


8 – Receita digital / Prescrição eletrônica
O documento original é mantido de forma eletrônica, podendo ser consultado
pelo arquivo em PDF, QR Code, link ou outra conforme orientação na receita.
Caberá ao farmacêutico a verificação/validação do documento antes do
atendimento (conferência da integridade, autenticidade e validade jurídica).
A prescrição eletrônica não se aplica às notificações de receitas “A” e “B”,
uma vez que dependem de prévia autorização e numeração pela vigilância
sanitária. Saiba mais sobre a receita digital/prescrição eletrônica.

Quadro para esclarecimentos


gerais sobre as prescrições

Uso humano

Tipo da notificação e
cor (retida na farmácia)
Listas /Notificação acompanhada Validade da Quantidade
de receita do receituário de prescrição máxima
controle especial
(via do paciente)

30 dias de
Listas A1, A2 e A3 Notificação “A” - amarela 30 dias
tratamento

60 dias de
Lista B1 Notificação “B” - azul 30 dias
tratamento

30 dias de
tratamento
Lista B2 Notificação “B2” - azul 30 dias
60 dias
(sibutramina)

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 44


Listas / Receituário
Cores e retenção da
de controle Validade da Quantidade
1ª via na farmácia e prescrição máxima
especial ou
2ª via do paciente
comum

60 dias de
Lista C1 Branca - com retenção 30 dias
tratamento

60 dias de
Lista C2 (interno) Branca - com retenção 30 dias
tratamento

Lista C2 (tópico) Branca - sem retenção - -

60 dias de
Lista C5 (interno) Branca - com retenção 30 dias
tratamento

Branca - com cópia


60 dias de
lista C5 (externo) da receita (física 30 dias
tratamento
ou escaneada)

Adendo das listas 60 dias de


Branca - com retenção 30 dias
A1, A2 e B1 tratamento

Antiparkinsonianos Até 6 meses de


Branca - com retenção 30 dias
e anticonvulsivantes tratamento

Listas / Receita Validade da


Cores prescrição
Quantidade máxima
comum

Essencialmente
Branca - retenção da ao tratamento.
2ª via na farmácia
Antimicrobianos 10 dias
Em caso de tratamento
Original do paciente prolongado o período
é de até 90 dias

Outros Branca - -

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 45


Uso veterinário

Listas / Receita Cores - Retenção Validade da


Quantidade máxima
veterinária da 2ª via prescrição

30 dias de
Notificação de
tratamento (uso
receita (medicamento Branca -
contínuo: até 180
industrializado)
dias de tratamento

30 dias de
Formulário usual Definida pelo
tratamento (uso
(preparação magistral profissional/ clínica/ -
contínuo: até 180
- controlado) unidade hospitalar
dias de tratamento

Definida pelo
Formulário usual
profissional/ clínica/ - -
(preparação magistral)
unidade hospitalar

PENALIDADES
Quando descumpridas as normas por qualquer dos profissionais
habilitados, eles ficam sujeitos a penalidades que somente são impostas
pelas autoridades sanitárias ou pelos conselhos de classes, após abertura
de processo administrativo ou ético. Na decisão final, a penalidade pode
ser desde um simples arquivamento ou advertência, multa ou, em última
instância, a perda do diploma.

Algumas irregularidades que podem ser encontradas quando da avaliação


da receita (prescrição):

• Letra ilegível que impeça a leitura perfeita do medicamento ou do


produto prescrito;

• Nome do insumo em forma de código ou símbolo cuja identificação


não seja possível por quaisquer estabelecimentos além de um
estabelecimento específico;

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 46


• Dose/concentração alta em comparação ao recomendado em
literaturas reconhecidas;

• Promover divulgação de especialidade que não foi registrada junto ao


conselho de classe;

• Prescrição de profissional fora do âmbito de sua profissão;

• Prescrição sem os dados exigidos pelas normas e/ou com rasuras;

• Código de Ética Médica e as normas do Conselho Federal de Medicina


(CFM) proíbem o médico de divulgar ser especialista, por meio de cartões
de visita, receituários, placas de consultório, convênios etc., sem que ele
tenha o Registro de Qualificação de Especialista expedido por um CRM;

• Avaliação das prescrições: importante ressaltar que, segundo Resolução


CFF nº 357/2001 e Resolução RDC nº 67/2007, a avaliação das prescrições
quanto aos aspectos técnicos e legais é uma atribuição conferida ao
farmacêutico durante a dispensação. Daí a importância de essa atividade
ser realizada de acordo com as normas vigentes, prevenindo quaisquer
penalizações pelo respectivo conselho de classe.

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 47


REFERÊNCIAS
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Medicina. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2013/Lei/L12842.htm. Acessado em: 05/01/2023.

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Odontologia. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-
1969/lei-5081-24-agosto-1966-364652-normaatualizada-pl.html. Acessado
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profissão de Médico Veterinário e cria os Conselhos Federal e Regionais de
Medicina Veterinária. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/
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de%20maio,1975%2C%20e%20da%20Lei%20n%C2%BA . Acessado em:
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altera as Leis nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, e nº 6.932, de 7 de julho de 1981,
e dá outras providências.

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farmacêutico, parteira e enfermeira, no Brasil, e estabelece penas. Disponível
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de 2013. Regula a prescrição farmacêutica e dá outras providências. Disponível
em: https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/586.pdf. Acessado em:
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para fins estéticos. Disponível em: http://cfbm.gov.br/legislacao/resolucao-
no-241-de-29-de-maio-de-2014/#:~:text=Disp%C3%B5e%20sobre%20
atos%20do%20profissional,este%20profissional%20para%20fins%20
est%C3%A9ticos. Acessado em: 05/01/2023.

BRASIL. Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Resolução


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Deontologia da Fisioterapia. Disponível em: https://www.coffito.gov.br/
nsite/?p=3187. Acessado em: 05/01/2023.

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de livre prescrição pelo fisioterapeuta. Disponível em: https://www.coffito.
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BRASIL. Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Resolução


COFFITO nº 425, de 8 de julho de 2013. Estabelece o Código de Ética e
Deontologiada da Terapia Ocupacional. Disponível em: https://www.coffito.
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12 de maio de 1998. Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e
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Acessado em: 05/01/2023.

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outubro de 2007. Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações
Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias. Disponível em: https://
bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2007/rdc0067_08_10_2007.
html. Acessado em: 05/01/2023.

Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 50


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Manipulação em Farmácias. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
saudelegis/anvisa/2008/res0087_21_11_2008.html. Acessado em: 05/01/2023.

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associação, listadas em Instrução Normativa específica. Disponível em: https://
www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-471-de-23-de-fevereiro-
de-2021-304923190 Acessado em: 05/01/2023.

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Nº 107, de 25 de novembro de 2021. Define a lista de substâncias classificadas
como antimicrobianos de uso sob prescrição, isoladas ou em associação, de
que trata a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 471, de 23 de fevereiro de
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IN_107_2021_.pdf/370035b2-351a-4f10-9648-e8c502a16030 Acessado em:
06/01/2023

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1465 DE 27/06/2022 - Federal - LegisWeb

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para a comercialização das substâncias sujeitas a controle especial, quando
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setembro-de-2017-19304747. Acessado em: 05/01/2023.

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Guia prático de prescritores habilitados e prescrições 53


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