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GIOVANNA STABILE – RA G309JJ6

INGRID CAROLINE BAPTISTA DE ANDRADE – RA G241452


RITA APARECIDA MARTINS PAES – RA G29DFF4
VITORIA EMANUELE DA SILVA SANTANA – RA N630FB6
YASMIN SOARES DE SOUZA – RA G2966A9

Curso: Enfermagem

APS (ATIVIDADES PRÁTICA SUPERVISIONADA)


PCPCSMCA – PRÁTICA CLÍNICA DO PROCESSO DE CUIDAR NA
SAÚDE DA MULHER, CRIANÇA E ADOLESCENTE

SÃO PAULO
2023
GIOVANNA STABILE – RA G309JJ6
INGRID CAROLINE BAPTISTA DE ANDRADE – RA G241452
RITA APARECIDA MARTINS PAES- RA G29DFF4
VITORIA EMANUELE DA SILVA SANTANA – RA N630FB6
YASMIN SOARES DE SOUZA – G2966A9

BRINQUEDO TERAPÊUTICO

Trabalho apresentado à disciplina: Prática


Clínica no Processo de Cuidar na Saúde da
Mulher, Criança e Adolescente.
Orientador: Prof. Raffaela Cassotta

SÃO PAULO
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4

2 BRINQUEDOS TERAPÊUTICOS .................................................................. 4

2.1 A importância do brincar para a criança .................................................... 6

3 CASO CLÍNICO.............................................................................................. 7

3.1 Exame físico .................................................................................................. 8

3.2 O brinquedo terapêutico e a aceitação da criança .................................... 9

4 VÍRUS INFLUENZA ..................................................................................... 10

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 12

ANEXOS ................................................................................................................. 13
1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho traz informações sobre brinquedos terapêuticos utilizados


no tratamento com crianças que possuem doenças crônicas e a importância deles no
tratamento. Também é apresentado o caso da Maria Eduarda Baptista Vargas.

A Maria Eduarda tem cinco anos, nascida em 07/07/2018, nascida na capital


de São Paulo de um parto cesárea. Atualmente está com 106 cm de altura e 20 kg,
sendo seu IMC 17,5 kg/m.

A criança e a mãe dirigiram-se para a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais


próxima para um exame de puericultura, que é um acompanhamento médico periódico
que visa a proteção e cuidado com as crianças e adolescentes, onde notou-se que
apesar da sua carteira de vacinação estar atualizada com todas as vacinas adequadas
de acordo com a sua idade, não foram aplicadas as das campanhas de vacinação de
2023.

A mãe de Maria Eduarda relata que ela possui certa resistência contra a
aplicação de vacinas e quaisquer outros procedimentos que envolvam agulhas. A UBS
decide, então, testar um brinquedo terapêutico para que haja maior aceitação da
criança durante a aplicação da vacina pendente contra o vírus da influenza.

No trabalho em questão será apresentado detalhes sobre o caso clínico


juntamente ao exame físico que foi realizado na Maria Eduarda, informações sobre o
vírus da influenza, a importância do brincar para a criança em desenvolvimento,
observações sobre brinquedos terapêuticos e sobre o que foi utilizado com a Maria
durante a aplicação da vacina.

2 BRINQUEDOS TERAPÊUTICOS

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No período de internação hospitalar, a criança passa por situações
estressantes e traumáticas causadas pelo medo, dor e o desconforto de um ambiente
desconhecido. É importante que haja um preparo emocional e psicológico com a
criança para este momento de internação utilizando brinquedos terapêuticos a fim de
minimizar qualquer tipo de sofrimento.
Existem três tipos de brinquedos terapêuticos: (SOUZA et al., 2012)¹
• Brinquedo terapêutico dramático: tem como objetivo permitir a criança
demonstrar as experiências que tem dificuldade em se expressar, com intuito
de aliviar a tensão, mostrar seus sentimentos, necessidades e medos
(VASSEY; MAHON, 1990)²
• Brinquedo terapêutico instrucional: é indicado para explicar e
preparar a criança sobre os procedimentos a que irá se submeter, com objetivo
de se envolver na situação, auxiliar sua compreensão a respeito do
procedimento a ser realizado (VASSEY; MAHON, 1990)²
• Brinquedo terapêutico capacitador de funções fisiológicas: é
utilizado para ensinar a criança com o autocuidado, conforme o seu
desenvolvimento, condições físicas e prepará-las para aceitar a sua nova
condição de vida (VASSEY; MAHON, 1990)²
O brincar é uma atividade própria da infância, no hospital funciona como um
facilitador na adesão ao tratamento e na comunicação do profissional com a criança.

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2.1 A importância do brincar para a criança

A criança é um ser com peculiaridades e necessidades especiais que devem


ser respeitadas e atendidas para que o processo de desenvolvimento do crescimento
característico desse período da vida seja atendido da melhor forma possível.

Ao consultar um dicionário, deparamo-nos com diversos significados para a


palavra brincar, e todos eles nos passam a ideia de diversão, distração,
agitação, faz de conta. A brincadeira é o lúdico em ação. Brincar é importante
em todas as fases da vida, mas na infância ele é ainda mais essencial: não é
apenas um entretenimento, mas, também, aprendizagem. A criança, ao
brincar, expressa sua linguagem por meio de gestos e atitudes, as quais
estão repletas de significados, visto que ela investe sua afetividade nessa
atividade. Por isso a brincadeira deve ser encarada como algo sério e que é
fundamental para o desenvolvimento infantil. (ROLYM; GUERRA;
TASSIGNY, 2008)³

A compreensão do brincar é muito importante e essencial para as pessoas que


cuidam da criança, devendo respeitar e valorizar tanto quanto a higiene, a
alimentação, exame físico, medicação, curativos e entre outros cuidados.

Conforme a sistematização da assistência à criança, o profissional deve prover


e promover a sua participação nos diferentes tipos de brincadeiras. Os profissionais
da saúde como enfermeiros e a sua equipe de enfermagem devem tomar essa
participação imprescindível para que as crianças não os relacionem apenas como
procedimentos desagradáveis e dolorosos, e estabeleçam uma relação de confiança
e amizade entre eles. É primordial considerar que o brincar representa uma
intervenção diagnóstica e terapêutica.

A utilização de atividades recreativas, de acordo com os entrevistados,


promove uma relação de confiança, tranquilidade e segurança, sendo que
estes estabeleceram um relacionamento afetivo mais estável com a criança
e a equipe de enfermagem. A partir daí, estabelece-se um canal um canal de
comunicação afetivo com a criança e o profissional, promovendo um vínculo
entre familiares, criança e equipe. (SOUZA et al., 2012)4

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3 CASO CLÍNICO

Maria Eduarda Baptista Valgas, cinco anos (07/07/2018), nascida de parto


cesárea, branca, natural de São Paulo, SP. Paciente compareceu junto de sua mãe
para uma consulta de puericultura com o enfermeiro na Unidade Básica de Saúde. A
mãe não apresenta queixas em relação à saúde de sua filha e seu desenvolvimento
neuro/motor está adequado para a idade.
A criança apresenta higidez e nenhuma anormalidade no exame físico. Ao
checar o cartão de vacina, percebe-se que está tudo em ordem e em conformidade
com o calendário vacinal de acordo com a idade. Entretanto, não há vacinas de
campanhas registradas em 2023. Sendo assim, é iniciada uma campanha pela UBS
contra o vírus influenza, trazendo a promoção e a prevenção da saúde.
Por se tratar de uma infecção viral, pode tornar-se fatal em pessoas que
pertencem a um grupo de alto risco, sendo participante desse grupo crianças. Após a
avaliação com o enfermeiro, ele recomendou que fosse encaminhada à sala de vacina
para atualizar o cartão vacinal e prevenir a criança de uma gripe fatal.

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3.1 Exame físico

Em exame físico nota-se que o pulso está em 98bpm, normotérmica com


35,6°C, eupneica com 24 rpm, altura de 106cm, peso de 20kg e IMC 17,5 kg/m².
Criança consciente, orientada, comunicando-se verbalmente. Está em
sobrepeso. A mãe relata que sofreu durante o período de amamentação pois não
produzia leite materno o suficiente, interferindo nas medidas antropométricas da
criança, deixando-a abaixo do padrão. Entretanto, em relação à altura, justifica-se
através da estatura dos pais, sendo a mãe com 158 cm e o pai com 173 cm. Trato
gastrointestinal funciona perfeitamente com eliminações urinárias presentes na cor
amarelo claro, evacuação presente na coloração marrom claro e odor fétido em forma
pastosa, sem dor à palpação abdominal.

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3.2 O brinquedo terapêutico e a aceitação da criança

O brinquedo terapêutico instrucional adequa-se ao caso clínico apresentado


com o principal objetivo de acolher e minimizar o medo e a ansiedade da criança,
sendo utilizado enquanto ela aguarda o procedimento. O ambiente hospitalar e sala
de vacinação causam receios na criança, uma vez que ela se depara com seringas,
agulhas, medicação, bolsa de soro etc., causando um desconforto e agitação nessa
situação. A enfermeira que a atendeu ofertou uma boneca de intenção de utilizá-la
como BT, servindo de distração e alívio da criança.
Durante o procedimento a criança segurou a boneca nos braços, a enfermeira
simulou o procedimento vacinal no brinquedo com dizeres de conforto e tranquilidade,
de forma lúdica, no geral, explicando para Maria Eduarda a necessidade da vacina
contra a gripe, que assim como a boneca pode ficar “dodói”, resfriada e fraca, ela
também pode e precisa de cuidados, passando para ela a segurança e conforto
necessários.
Maria Eduarda sentiu-se confiante, aceitando o procedimento ainda com a
boneca nos braços, sem medo ou aflição. Após a realização obteve um resultado
positivo, onde a criança entendeu a importância da imunização através do brinquedo
terapêutico, visando o brincar e uma boa ambientação hospitalar.
Diante do exposto, a utilização do BT instrucional se mostra eficaz no papel que
desempenha no tratamento e procedimentos com a criança; transformando uma
abordagem lúdica e admirável para os pacientes, com a participação da família.
Ademais, os brinquedos terapêuticos, além de diminuir o medo, auxiliam de modo
geral para a criança no ambiente hospitalar, no emocional e no cognitivo, visando o
conforto, bem-estar e educação dos pequenos.

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4 VÍRUS INFLUENZA

O vírus influenza é um patógeno respiratório humano que causa infecções


sazonais, endêmicas e pandemias periódicas. É um vírus envelopado de RNA de
cadeia simples de sentido negativo segmentado, de acordo com a Revista
Interdisciplinar em Ciências da Saúde e Biológicas (2019). Em 1918 uma pandemia
exterminou milhões de pessoas, conhecida como “gripe espanhola”, com um alto risco
de transmissão e fatalidade. Só em 1933, pela primeira vez, foi isolado o vírus dos
humanos, podendo, assim, facilitar os estudos e pesquisas para o antídoto.
De acordo com as pesquisas, os principais sintomas são calafrios, mal-estar,
cefaleia, mialgia, dor de garganta, dor nas juntas, prostração secreção nasal
excessiva e tosse seca. Trazendo complicações para pessoas em situação de alto
risco, como crianças, idosos, doenças pré-existentes como asma, DPOC, cardiopatias
etc.
A prevenção ocorre através da vacina. Além desta, uma boa higiene das mãos,
utilizar lenços descartáveis para uso nasal, evitar tocar mucosa, olhos, boca e nariz,
manter ambientes ventilados, evitando aglomerações e contato físico com outras
pessoas quando estiver contaminado pela gripe. Assim, evitando a disseminação da
doença e preservando o bem-estar de todos.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do trabalho apresentado, conclui-se que a utilização de brinquedos


terapêuticos facilita a adequação da criança com o tratamento, além de, como no caso
apresentado anteriormente, servir como forma educacional, já que o profissional da
saúde responsável pela aplicação do medicamento explica de forma simples e
entendível a importância do procedimento, sempre com cuidado, zelo e de forma
branda. Desta forma, a criança além de se familiarizar com o profissional, criando uma
conexão e respeito, ajuda com a aceitação do processo pelo qual ela irá passar.
De maneira simples e educativa, os brinquedos terapêuticos facilitam a adesão
do paciente infantil, educa, auxilia os profissionais da saúde, minimiza danos, traumas
e medos que possam gerar na criança, e ajuda na promoção da saúde.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERNANDA, Gatzke; ANDRADE, Vera Regina Medeiros. O VÍRUS INFLUENZA:


REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA. Santo Ângelo RS: 1Universidade
Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, 2019. Disponível em:
https://core.ac.uk/download/pdf/322642412.pdf. Acesso em: 18 out. 2023.

ROLIM, Amanda Alencar Machado; GUERRA, Siena Sales Freitas; TASSIGNY,


Mônica Mota. Uma leitura de Vygotsky sobre o brincar na aprendizagem e no
desenvolvimento infantil. Volume 23. ed. Fortaleza: Rev. Humanidades, 2008.
Disponível em: https://brincarbrincando.pbworks.com/f/brincar+_vygotsky.pdf.
Acesso em: 18 out. 2023.³

SOUZA, Luís Paulo Souza e; SILVA, Cássio Cardoso da; BRITO, Joélia Cristina
Antunes de; SANTOS, Ana Paula de Oliveira; FONSECA, Adélia Dayane
Guimarães; LOPES, Joanilva Ribeiro; SILVA, Carla Silvana de Oliveira; SOUZA, Ana
Augusta Maciel de. O Brinquedo Terapêutico e o lúdico na visão da equipe de
enfermagem. Montes Claros MG: Curso de Enfermagem da Universidade Estadual
de Montes Claros, 2012. Disponível em: https://repositorio.unip.br/wp-
content/uploads/2020/12/V30_n4_2012_p354a358.pdf. Acesso em: 18 out. 2023. 4

Souza LPS, Silva CC, Brito JCA, et al. O Brinquedo terapêutico e o lúdico na visão
da equipe de enfermagem. J Health Sci Inst. 2012;30(4):354-8.¹

Vessey JA, Mahon MM. Therapeutic play and the hospitalized child. J Pediatr Nurs
1990; 5(5): 328-33. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/reben/a/TyZjRj7bdcQxQm5bcPTbRZr/²

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ANEXOS

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