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211

Capítulo 18 .................. 8
Módulo 73 .............. 17
Módulo 74 .............. 20

212 Capítulo 19 ................ 24


Módulo 75 .............. 37

ica
Módulo 76 .............. 42
Módulo 77 ..............46
Módulo 78 .............. 49
át
em
at
M
S
FÍ Q

O
BI
LP
HO
GE
O
IS

AT
L
FI
SO
C

M
S
RE
1. Binômio de Newton 10
2. Organizador gráfico 16
Módulo 73 – Binômio de Newton 17
Módulo 74 – Fórmula do termo
geral do binômio de Newton 20

• Resolver problemas que envolvem o


binômio de Newton e o triângulo de
Pascal.
• Utilizar o binômio de Newton para
calcular potências de binômios.
• Determinar um termo de um binômio
sem efetuar o seu desenvolvimento.

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Números binomiais e
binômio de Newton - Parte II 18
9

O binômio de Newton é uma ferramenta usada no desenvolvimento de outros ramos da


matemática, como, por exemplo, no estudo sobre convergência de determinadas séries.
Em genética, no estudo de algumas heranças, há situações em que é necessária a
utilização do binômio de Newton. Na herança quantitativa, a distribuição, no triângulo de
Pascal, de fenótipos possíveis, derivados de cruzamentos entre heterozigotos, é dada pela
expressão n + 1, na qual n representa a quantidade de alelos dos resultados expressos na
linha do triângulo correspondente.
1. Binômio de Newton Analisando de forma parecida, uma vez determinados
18

os parênteses de onde será retirado x, automaticamente


A. Introdução determinam-se os parênteses do a. Há três parênteses para
211

A seguir é apresentado o desenvolvimento de algumas se escolherem dois dos quais será adotado a. Isso nos leva
potências naturais do binômio (x + a). Acompanhe. à combinação de 3 tomados dois a dois, C3,2, que é igual a 3.
Existem, portanto, 3 termos iguais a xa2, isto é, 3xa2.
(x + a)0 = 1 Por fim, só há mais um termo possível, que é aquele que
se encontra ao escolher a em cada um dos parênteses, que
(x + a)1 = x + a em termos de contagem seria o mesmo que contar a combi-
Matemática

nação 3 tomados 3 a 3, em que C3,3 é igual a 1. Sendo assim,


(x + a)2 = (x + a) (x + a) = x2 + xa + ax + a2 = x2 + 2xa + a2 só haverá um termo igual a a3.
Observe que, no caso do termo x3, em que só havia uma
(x + a)3 = (x + a) (x + a)2 = (x + a) ( x2 + 2xa + a2)= possibilidade, a contagem poderia ser feita combinando-se 3
tomados 0 a 0, pois essa é uma situação em que não seria
= x3 + 2x2a + xa2 + ax2 + 2xa2 + a3 = x3 + 3x2a + 3xa2 + a3 escolhida a parcela a.

Essas potências e seus respectivos resultados são al- Resumindo, a potência (x + a)3 pode ser encontrada da
guns exemplos que podem ser obtidos de outra forma, por seguinte forma:
meio de um teorema que se denomina binômio de Newton.
Matemática e suas Tecnologias

B. Teorema binomial ou binômio de Newton (x + a)3 = C3,0 ⋅ x3 + C3,1 ⋅ x2 ⋅ a + C3,2 ⋅ x ⋅ a2 + C3,3 ⋅ a3


Considere o produto (x + y) · (p + q + r) · (a + b + c + d).
Para desenvolvê-lo, é necessário aplicar diversas vezes a pro- Utilizando a notação de número binomial, tem-se que:
priedade distributiva.
Um termo desse produto é determinado quando se efe-
tua o produto de uma das parcelas do primeiro parênteses, (x + a)3 =  30 ⋅ x3 +  13 ⋅ x2 ⋅ a +  23 ⋅ x ⋅ a2 +  33 ⋅ a3
por uma das parcelas do segundo parênteses, e depois por
uma das parcelas do terceiro parênteses. Por exemplo, se no Em qualquer um dos termos, os expoentes de x e a po-
primeiro parênteses a escolha for x; no segundo, q; e no ter- dem ser expressos em função dos números que compõem o
ceiro, d, o termo será xqd. Outros exemplos de termos seriam: número binomial. Acompanhe.
xpa, yrc, yqb, xpa etc.
 3 ⋅ x3 =  3 ⋅ x3−0 ⋅ a0
Na potência (x + a)3 , aparece o produto (x + a)(x + a)(x + a).  0  0

Um dos termos da potência pode ser encontrado esco-


10

 3 ⋅ x2 ⋅ a =  3 ⋅ x3−1 ⋅ a1
lhendo-se x no primeiro parênteses, x no segundo parênteses  1  1
e x no terceiro parênteses, e o termo será x3.
Quantos termos iguais a x3 irão aparecer ao desenvolver a  3 ⋅ x ⋅ a2 =  3 ⋅ x3−2 ⋅ a2
propriedade distributiva?  2  2
Como só existe uma possibilidade de escolha do x em
cada parênteses, haverá somente um termo igual a x3.  3 ⋅ a3 =  3 ⋅ x3−3 ⋅ a3
Outro termo da potência pode ser encontrado escolhen-  3  3
do-se um x em dois dos parênteses e a no outro, termo esse
que será da forma x2a. A potência fica assim desenvolvida:
Quantos termos iguais a x2a são possíveis?
Nesse caso, é importante perceber que, uma vez escolhi- (x + a)3 =  30 ⋅ x3−0 ⋅ a0 +  13 ⋅ x3−1 ⋅ a1 +  23 ⋅ x3−2 ⋅ a2 +  33 ⋅ x3−3 ⋅ a3
dos os parênteses de onde será retirado o x, automaticamen-
te o parênteses de onde será escolhido o a fica determinado,
e vice-versa. Dessa forma, para contar quantos termos iguais Observe que, na igualdade anterior, substituindo e efe-
ax2a vão aparecer, basta contar de quantas formas é possí- tuando os cálculos, vem que:
vel determinar os parênteses para a escolha de a. Há três pa- (x + a)3 = x3 + 3x2a + 3xa2 + x3, a qual é a mesma igualda-
rênteses com a para ser escolhido um. A contagem será uma de encontrada na introdução.
combinação de 3 tomados um a um, isto é, C3,1, que é igual a 3. Considere agora a potência (x + a)4, que é o produto
Assim, haverá três termos iguais a x2a, ou seja, 3x2a. (x + a)(x + a)(x + a)(x + a).
Outra possibilidade de escolher um termo seria selecio- Os termos que aparecem na distributiva são: x4, x3a, x2a2,
nar x em um dos parênteses e a nos outros dois, sendo o ter- xa e a4.
3

mo obtido do tipo xa2. A quantidade de vezes em que cada termo aparecerá é


E quantos termos do tipo xa2 existem? igual à combinação de 4 tomados k a k, sendo k a quantidade
de escolhas da parcela a. As quantidades de cada termo estão
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apresentadas na tabela.
Quantidade de vezes Com os dados dessa tabela, a potência (x + a)n, onde x e

18
Termo
que aparece n são reais, e n é natural, é dada por:

211
C 4 ,0 =   = 1
4
x4
 0 ( x + a)n =  n0 ⋅ xn−0 ⋅a0 +  1n ⋅ xn−1 ⋅a1 +  2n ⋅ xn−2 ⋅a2 ++
 n  n  1 n−1  n n−n n
C 4 ,1 =   = 4
4 +   ⋅ xn−k ⋅ak + +  ⋅ x ⋅a +   ⋅ x ⋅a
x3a
1   k  n − 1  n

Matemática
O resultado anterior é conhecido como teorema binomial
C 4 ,2 =   = 6
4
x2a2
 2 ou binômio de Newton.
Os números binomiais que aparecem em cada termo são
denominados coeficientes binomiais.
C 4 ,3 =   = 4
4
xa3 O binômio de Newton anterior foi desenvolvido com os
 3
expoentes x na ordem decrescente e os expoentes de a na
ordem crescente. Caso fosse necessário desenvolver o binô-
C 4 ,4 =   = 1
4
a4 mio com os expoentes de x na ordem crescente e os de a na
 4
ordem decrescente, bastaria inverter as posições das parce-
las dentro dos parênteses, isto é, desenvolver a potência do

Matemática e suas Tecnologias


Com os dados dessa tabela, a potência (x + a)4 é dada binômio (a + x)n.
por:
Notas importantes
• O número de termos do desenvolvimento do binômio
( x + a)4 =  04 ⋅ x4−0 ⋅a0 +  14 ⋅ x4−1 ⋅a1 +  24 ⋅ x4−2 ⋅a2 + de Newton é (n+1).
• Em um termo qualquer, a soma dos expoentes é igual
 4  4
+   ⋅ x4−3 ⋅a3 +   ⋅ x4−4 ⋅a4 a n, expoente do binômio.
 3  4
• O coeficiente de qualquer termo é um número binomial
de número n e classe igual ao número de termos prece-
De forma geral, a potência (x + a)n é o produto de (x + a)
por (x + a) n vezes. dentes. Assim, o coeficiente do quinto termo é   .
n
Os termos que aparecem são: xn, xn–1a, xn–2a2, ..., xan–1e an.  4

Observe a tabela. • A soma dos coeficientes do binômio (x + a)n é encon-


trada fazendo-se as variáveis nos parênteses iguais
a 1, isto é, fazendo-se x = 1 e a = 1, que no binômio

11
Cn,0 =  
n
xn (a + x)n resulta em 2n.
 0
• O desenvolvimento do binômio de Newton pode ser
representado utilizando-se uma notação denominada
Cn,1 =  
n
xn–1a somatório. Observe:
 1
n
xn–2a2 Cn,2 =  
n
 2
(x + a)n = ∑  nk ⋅ xn−k ⋅ ak
k =0

 
Nessa simbologia, faz-se k = 0, encontrando o primeiro
termo. O símbolo de somatório é usado para indicar uma adi-
Cn,k =  
n
xn–kak ção. Em seguida, faz-se k = 1, acrescentando o símbolo da
 k
adição a seguir. Depois, faz-se k = 2 seguido do símbolo de
adição, e assim sucessivamente, até k = n. Isso levará a:
 

Cn,n−1 = 
n 
∑  k ⋅ x
n
xan–1
n  n ⋅ xn−0 ⋅ a0 +  n ⋅ xn−1 ⋅ a1 +  n ⋅ xn−2 ⋅ a2 +  +
 n − 1
n−k
⋅ ak =
k =0
 0  1  2
+   ⋅ xn−k ⋅ ak +  + 
n n  1 n−1  n n−n n
⋅ x ⋅a + ⋅ x ⋅a
 k  n − 1  n
Cn,n =  
n
an
 n
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211

Apesar de o nome do teorema ser uma referência a Newton, o que ele realizou, na verdade, foi uma melho-
ria nele, que até então era conhecido por teorema binomial tão importante à época em razão da colaboração no de-
senvolvimento do cálculo diferencial, apresentando expoentes negativos e racionais. Euclides (330 a.C–260 a.C),
por exemplo, sabia o desenvolvimento do quadrado da soma, do quadrado da diferença, do cubo da soma e do cubo da di-
ferença. Há indícios históricos do teorema binomial na China, no século XIII, como há também relatos do conhecimento do
teorema pelo matemático árabe Al Kashi, no século XV. Newton descobriu o desenvolvimento das potências para expoentes
Matemática

racionais e mencionou isto, em 1676, em cartas enviadas à Henry Oldenburg.


Matemática e suas Tecnologias

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Isaac Newton (1642-1727) foi um cientista inglês que teve êxito na área de física e matemática, com influências importantes
como astrônomo, alquimista, teólogo e filósofo natural.

C. Os coeficientes binomiais e o triângulo de Pascal


Os coeficientes dos termos do desenvolvimento do binômio de Newton são números binomiais cujos valores podem ser
12

encontrados diretamente do triângulo de Pascal. Por exemplo, considere (x + a)5.

( x + a)5 =  50 ⋅ x5−0 ⋅a0 +  15 ⋅ x5−1 ⋅a1 +  52 ⋅ x5−2 ⋅a2 +  53 ⋅ x5−3 ⋅a3 +  54 ⋅ x5−4 ⋅a4 +  55 ⋅ x5−5 ⋅a5

Observe o triângulo de Pascal até a linha de número 6.


1
1 1
1 2 1
1 3 3 1
1 4 6 4 1
1 5 10 10 5 1

Substituindo os binomiais pelos valores do triângulo de Pascal, segue que:

( x + a)5 = 1⋅ x5 ⋅a0 + 5⋅ x4 ⋅a1 + 10⋅ x3 ⋅a2 + 10⋅ x2 ⋅a3 + 5⋅ x1 ⋅a4 + 1⋅ x0 ⋅a5

(x + a)5 = x5 + 5 ⋅ x4 ⋅ a + 10 ⋅ x3 ⋅ a2 + 10 ⋅ x2 ⋅ a3 + 5 ⋅ x ⋅ a4 + a5
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APRENDER SEMPRE 1

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01.
Construir um triângulo de Pascal e, a partir dele, fazer o desenvolvimento de (x + a)6.

Resolução

linha 0 → 1

Matemática
linha 1 → 1 1

linha 2 → 1 2 1

linha 3 → 1 3 3 1

linha 4 → 1 4 6 4 1

linha 5 → 1 5 10 10 5 1

linha 6 → 1 6 15 20 15 6 1

Matemática e suas Tecnologias


(x + a)6 = x6 + 6ax5 + 15a2x4 + 20a3x3 + 15a4x2 + 6a5x + a6

02.
No desenvolvimento de (2x – 5)10, temos quantos termos?

Resolução
Como o expoente é 10, o total de termos é 10 + 1 = 11.

03. UEL-PR
Se a soma dos coeficientes do desenvolvimento do binômio (2x + y)n for igual a 243, então o número n será:
a. 12
b. 10
c. 8
d. 5
e. 3

13
Resolução
Soma dos coeficientes
(2 · 1 + 1)n = 243 ⇒ 3n = 243 ⇒ 3n = 35 ⇒ n = 5
Alternativa correta: D

04.

( )
4
1
Desenvolva o binômio x2 +
x
Resolução

( ) () () () () ()
4 0 1 2 3 4
1  4 4 1  4 3 1  4 2 1  4 1 1  4 0 1
x2 + =   ( x2 ) ⋅ +   ( x2 ) ⋅ +   ( x2 ) ⋅ +   ( x2 ) ⋅ +   ( x2 ) ⋅
x  0 x 1 x  2 x  3 x  4 x

( ) = 1⋅x ⋅1 + 4 ⋅x ⋅x
4
x2 + 1 8 6 −1
+ 6 ⋅ x4 ⋅ x −2 + 4 x2 ⋅ x −3 + 1 ⋅1 ⋅ x −4
x

( ) = x + 4 ⋅x + 6⋅x + 4 ⋅x
4
x2 + 1 8 5 2 −1
+ x −4
x
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D. Desenvolvimento de (x – a)n A tabela apresenta alguns termos do desenvolvimento
18

Para desenvolver (x – a)n, sem que se recorra a uma nova com sua respectiva posição.
fórmula, deve-se fazer uma mudança na maneira de se escre-
211

ver a potência para que apareça o sinal de adição em vez do Posição do termo Termo
sinal de subtração. Assim, a potência (x – a)n pode ser rees-
crita como [x + (–a)]n. 1o termo
 n ⋅ xn ⋅ a0
 0

APRENDER SEMPRE 2  n ⋅ xn−1 ⋅ a1


Matemática

2o termo  1
01.
Desenvolva o binômio (x – 1)5. 3o termo
 n ⋅ xn−2 ⋅ a2
 2
Resolução

(x − 1) =  x + ( −1)
5 5

Termo de posição (k+1)


 n ⋅ xn−k ⋅ ak
 k 

 5  5 1  5
 x + ( −1) =   x5 ⋅( −1) +   x4 ⋅( −1) +   x3 ⋅( −1
−1) +
5 0 2
Matemática e suas Tecnologias


 0  1  2
 5 3  5  5
+   x2 ⋅( −1) +   x1 ⋅( −1) +   x0 ⋅( −1)  n  ⋅ x1 ⋅ an−1
4 5

 3  4  5 Penúltimo  n − 1

 x + ( −1) = 1⋅ x5 ⋅1 + 5⋅ x4 ⋅( −1) + 10⋅ x3 ⋅1 +  n ⋅ x0 ⋅ an


5
Último  n
+ 10⋅⋅xx2 ⋅( −1) + 5⋅ x1 ⋅1 + 1⋅ x0 ⋅( −1)
O termo de posição (k+1) é denominado termo geral do
binômio de Newton e será representado por:
 x + ( −1) = x − 5 ⋅ x + 10 ⋅ x − 10 ⋅ x + 5 ⋅ x − 1
5
5 4 3 2

Tk +1 =   ⋅ xn−k ⋅ ak
n
(x − 1)5 = x5 − 5 ⋅ x4 + 10 ⋅ x3 − 10 ⋅ x2 + 5 ⋅ x − 1  k

Observe que a classe do número binomial não indica a


14

E. Fórmula do termo geral do posição do termo. A posição é indicada pelo número resultan-
binômio de Newton te da soma de 1 à classe do binomial.

Observe o desenvolvimento (x + a)n : O termo geral é usado quando não precisamos desenvol-
ver todo o binômio, interessando apenas um ou outro termo
específico do seu desenvolvimento.
( x + a)n =  0n ⋅ xn−0 ⋅a0 +  1n ⋅ xn−1 ⋅a1 +  2n ⋅ xn−2 ⋅a2 +…
 n  n  1 n−1  n n−n n  n
 +   ⋅ xn−k ⋅ak + …+  ⋅ x ⋅a +   ⋅ x ⋅a É importante destacar que   ⋅ xn−k ⋅ ak é o termo (k + 1)
 k  n − 1  n  k
do desenvolvimento quando há os expoentes de x em ordem
decrescente e os de a em ordem crescente.
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APRENDER SEMPRE 3

211
01.

( )
10
1
Considere o desenvolvimento do binômio 2x + segundo as potências decrescentes de x. A razão entre os coeficien-
2
tes do terceiro e quinto termos, nessa ordem, é igual a:

Matemática
a. 20
11

b. 21
10

c. 22
9

d. 23
8

Matemática e suas Tecnologias


e. 24
7
Resolução

( )
10
2x + 1
2

()
k
Tk + 1 =   (2x ) ⋅ 1
10 10–k

k 2
 10 10–k 1100–k –k
Tk + 1 =   2 ⋅ x ⋅ 2
k
Tk + 1 =   210–k ⋅ x10–k
10
k
10 ⋅ 9
T3 =   26 ⋅ x8 =
10
⋅6 4 x8 = 2 800 x8
64

15
 2 2
10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7
T5 =   22 ⋅ x6 =
10
⋅ 4x
4 x6 = 840 x6
 4 2⋅ 3⋅ 2⋅ 1
2 880 24
Razão ã o: =
840 7

Alternativa correta: E
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2. Organizador gráfico
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A. Números binomiais – Binômio de Newton


211
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Matemática

Análise combinatória

n–
k ·a
n x
n
Σ= 0 k
n = k
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+ a)
(x

Binômio de
Newton

Termo geral
n n–k k
Tk + 1 = ·x ·a
k
16

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Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
Módulo 73

18
Binômio de Newton

211
Exercícios de Aplicação
01. 03.

Matemática
Desenvolver: O valor numérico do polinômio
a. (a + b)0
b. (a + b)1
c. (a + b)2  4 x 4 +  4 x3y +  4 x2y2 +  4 xy3 +  4 y4 ,
 0  1  2  3  4
d. (a + b)3
e. (a + b)4
f. (a + b)n quando x = 2,1 e y = 3,9, é:
a. 250
Resolução
b. 1 296
a. (a + b)0 = 1 c. 4 499
b. (a + b)1 = a + b

Matemática e suas Tecnologias


d. 216
c. (a + b)2 = a2 + 2ab + b2 e. 231
d. (a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3
Resolução
e. (a + b) =   a4 b0 +   a3b1 +   a2b2 +
4 4 4 4
 0  1  2  4 x 4 +  4 x3 ⋅ y +  4 x2y2 +  4 xy3 +  4 y4 = x + y 4
 0  1  2  3  4 ( )
+   a1b3 +   a0b4
4 4
 3  4
Se x = 2,1 e y = 3,9, então:
(a + b)4 = a4 + 4a3b + 6a2b2 + 4ab3 + b3
(x + y)4 = (2,1 + 3,9)4 = 64 = 1 296
Alternativa correta: B
f. (a + b)n =  0n anb0 +  1n an–1b1 +  2n an–2b2 +  + Habilidade
+ 
n  1 n–1  n 0 n Utilizar o binômio de Newton para calcular potências de
a b +  a b
 n – 1  n binômios.

17
02.
Determine o valor de n na igualdade:

 n +  n +  n +  +  n  +  n = 4 096
 0  1  2  n – 1  n

Resolução

 n +  n +  n +  +  n  +  n =
 0  1  2  n – 1  n

=   ⋅ 1n ⋅ 10 +   ⋅ 1n–1 ⋅ 11 +   ⋅ 1n–2 ⋅ 12 +  +
n n n
 0  1  2
+ 
n 
⋅ 11 ⋅ 1n–1 +   ⋅ 10 ⋅ 1n = (1 + 1) = 2n
n n

 n – 1  n
2n = 4 096 ⇒ 2n = 212 ⇒ n = 12
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Exercícios Extras
18

04. ITA-SP 05. UFC-CE


A expressão (2 3 + 5 ) – (2 3 – 5 ) é igual a:
211

5 5

 n
O símbolo   indica a combinação de n objetos
 k
a. 2 630 5
()
20 k
k a k. O valor de x2 – y2 quando x = 420 ⋅ ∑   ⋅ 3 e
20
k 4
b. 2 690 5 k =0

()
Matemática

20 k
x = 520 ⋅ ∑   ⋅ 2
20
c. 2 712 5 é igual a:
k =0
 k 5
d. 1 584 15 a. 0 d. –25
b. –1 e. –125
e. 1 604 15 c. –5

Seu espaço
Sobre o módulo
Matemática e suas Tecnologias

Neste módulo, desenvolvemos um estudo sobre o binômio de Newton.


Alguns exercícios fazem uso do símbolo de somatório. Nesse sentido, é importante desenvolvê-lo, observando a correta
interpretação de seu significado por parte dos alunos.
Atentar para o fato de que o binômio desenvolvido no texto teórico utilizou os expoentes em ordem decrescente em relação
à primeira parcela e crescente em relação à segunda.
Quanto ao binômio apresentado com o sinal de diferença, enfatizar que não é necessário o uso de outra fórmula, bastando
fazer: ( x − a) =  x + ( −a) . Salientar que é necessário ficar atendo às potências negativas.
n n

Destacar como se determinam os expoentes das parcelas a partir dos números apresentados no coeficiente dos termos,
isto é, no número binomial  n .
 k

Bom trabalho!
18

EMI-16-130
Exercícios Propostos

18
Da teoria, leia os tópicos 1 A, B, C e D. 12.

211
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento O número (1,1)24 é:
a. igual a 3,4.
b. igual a 6,16.
06. c. igual a 8,18.
Dado o binômio (3x + 2)5, calcular: d. irracional.
a. a soma dos coeficientes binomiais; e. maior que 8,18.

Matemática
b. a soma dos coeficientes do desenvolvimento do binô-
mio. 13.
Sendo
07.
S =   +   ⋅ 3 +   ⋅ 32 +  +   ⋅ 39 +   ⋅ 310 ,
Considerando o binômio (2x – 1)4: 10 10 10 10 10
a. desenvolva-o;  0  1  2  9  10
b. encontre a soma dos coeficientes.
tem-se:
08. UECE a. S = 310
No desenvolvimento do binômio (2x + 3y)n há oito par- b. S = 210

Matemática e suas Tecnologias


celas (ou termos). A soma dos coeficientes desses termos é c. S = 1010
igual a: d. S = 45
a. 71 825 c. 72 815 e. S = 165
b. 72 185 d. 78 125
14.
09. UEPB Determine os números reais a e b de maneira que:
 n +  n +  n +  +  n = 8 191.
Suponha que  1  2  3  n  5  5 4
a –   ⋅ a ⋅ b +   ⋅ a3 ⋅ b2 –   ⋅ a2 ⋅ b3 +   ⋅ a ⋅ b4 – b5 = 32
5 5 5
  1  2  3  4
 a + b = 10
O valor de n será:
a. 14 d. 15
b. 12 e. 11 15.
c. 13 Calcule:
a.  10 710 +  10 79 +  10 78 +  +  10 7 +  10
10.  0   1   2   9   10
Desenvolva (2x – y)4.

19
4

∑  p ⋅ 2
4
b. 4 –p
⋅ (–3)p
11. p=0

O valor numérico do polinômio x4 – 4x3y + 6x2y2 – 4xy3 + y4, 16.


O valor da expressão:
1+ 6 6–1
quando x = e y= 4 , é igual a: P = 1 – 4 · sen2 x + 6 · sen4 x – 4 · sen6 x + sen8 x é igual a:
4
5 5 a. cos4 x
b. cos8 x
a. 2 2
4
d. c. sen 2x
5 5
d. 1
e. 0
2– 6
b. 3 e.
5 5

24
c.
5
EMI-16-130
Módulo 74
18

Fórmula do termo geral do binômio de Newton


211

Exercícios de Aplicação
01. 02. IFAL
Matemática

( ) ( )
6 t
1 3
Considere o binômio x + 2 . No desenvolvimento x2 + , t ∈, os coeficientes bi-
x x
Determine: nomiais do quarto e do décimo terceiro termos são iguais.
a. o termo médio;
b. o termo geral; Então, o termo independente de x é o:
c. o termo independente de x. a. décimo.
b. décimo primeiro.
Resolução
c. nono.
a. T3+1 =   ⋅ x3–6
6 d. décimo segundo.
 3
Matemática e suas Tecnologias

e. oitavo.
T4 = 6! ⋅ x–3 Resolução
3!3!
6 ⋅ 5 ⋅ 4 –3
T4 = ⋅x
(x + 3x )
t
3⋅ 2 2

T4 = 20 ⋅ x–3
()
k
Tk + 1 =   ⋅ ( x2 ) ⋅ 3
t t –k

 k x
 6
b. Tk +1 =  k  x6–k ⋅ ( x –2 )
k
 t  =  t  ⇒ t = 3 + 12 = 15
   3  12
Tk +1 =   ⋅ x6–3k
6
 k Assim:

()
k
Tk + 1 =   ( x2 )
15 15 –k 3
c. 6 – 3k = 0 ⇒ k = 2
k x
T2+1 =   ⋅ x0
6  15 30 – 2k k –k
 2 Tk + 1 =   x ⋅3 ⋅ x
20

k
T3 = 6!
Tk + 1 =   3k ⋅ x30 – 3k
15
4!2! k
6⋅5
T3 = 30 – 3k = 0 ⇒ k = 10 ⇒ 11o termo
2
T11 =   310 ⋅ x0
T3 = 15 15
 10

Alternativa correta: B

EMI-16-130
03. UFF-RJ

18
Povos diferentes com escrita e símbolos diferentes podem descobrir um mesmo resultado matemático. Por exemplo, a
figura a seguir ilustra o triângulo de Yang Yui, publicado na China, em 1303, que é equivalente ao triângulo de Pascal, proposto

211
por Blaise Pascal 352 anos depois.

Matemática
Matemática e suas Tecnologias
21
Na expressão algébrica

100
(x + 1)100 = a0 + a1 ⋅ x + a2 ⋅ x2 + + a99 ⋅ x99 + a100 ⋅ x100 = ∑a n ⋅ xn ,
n=0

o coeficiente a2 de x2 é igual a:
a. 2 c. 4 950 e. 2100
b. 100 d. 9 990
Resolução

Tp + 1 = 
100 100 – p p
x ⋅1
 p 
100 – p = 2 ⇔ p = 98, fazendo p = 98,
temos :
T99 = 
100 2
⋅ x ⋅ 198 ⇔ T = 4 950x2
 98 
Logo, o coeficiente de x2 é 4 950.
Alternativa correta: C
Habilidade
Determinar um termo de um binômio sem efetuar o seu desenvolvimento.
EMI-16-130
Exercícios Extras
18

04. Unirio-RJ 05. UFPE


211

( ) , quantas
No desenvolvimento de (x + y)n (com expoentes decres- 10
centes para x), a diferença entre os coeficientes do 3o e 2o No desenvolvimento binominal de 1 + 1
3
termos é igual a 54. Podemos afirmar que o termo médio é o:
a. 3o parcelas são números inteiros?
b. 4o
c. 5o
Matemática

d. 6o
e. 7o

Seu espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, apresentamos um estudo sobre o termo geral do desenvolvimento do binômio de Newton. Destacar o uso
da fórmula do termo geral do binômio, assegurando-se de que os alunos conseguem identificar cada elemento e sua função na
fórmula. Destacar também como se encontram os termos central e independente.
Matemática e suas Tecnologias

Bom trabalho!
22

EMI-16-130
Exercícios Propostos

18
Da teoria, leia o tópico 1 E. 13. UFPA

211
( ) , qual é o ter-
5
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento
No desenvolvimento do binômio x2 + 13
x
06. mo independente de x?
Calcule o 4o termo do desenvolvimento de (x + a2)7, orde- a. 2o
nado segundo potências decrescentes de x. b. 3o

Matemática
c. 4o
07. d. 5o
A respeito do binômio (x + 2y)10, assinale a afirmativa e. 6o
verdadeira.
a. O seu desenvolvimento tem 10 termos. 14. ITA-SP
b. O termo médio do seu desenvolvimento é o quinto. O termo independente de x no desenvolvimento do binô-
c. A soma do primeiro com o último termo é x10 + 1 024y10. 12
mio  3 x – 3 5x 
3
d. O terceiro termo do seu desenvolvimento, feito segun- é:
do os expoentes decrescentes de x, é 160x8y2.  5x 3 x

08.

Matemática e suas Tecnologias


a. 729 3 45

( ).
15
Considere o polinômio 1 – 4 x b. 972 3 15
x
a. Calcule o termo geral. c. 891 3 3
b. Calcule o termo em x–10. 5
c. Calcule o termo independente.
d. 376 3 5
09. FGV-SP 3
O termo independente de x do desenvolvimento de
e. 165 3 75
( )
12
x + 13 é:
x 15. Unifor-CE
a. 26
( ) ( ),
10 10
1 ⋅ x–1
b. 169 Relativamente ao desenvolvimento de x + x x
c. 220

23
d. 280 segundo as potências decrescentes de x, é verdade que:
e. 310 a. a soma dos coeficientes é igual a 220.
b. o coeficiente do termo central é igual a –210.
10. c. o termo central é independente de x.
No desenvolvimento (x + 3)8, determine: d. o número de parcelas é igual a 21.
a. o termo central; e. o termo independente de x é igual a 252.
b. o termo independente.
16. Unisa-SP
11.
( )
n
x + 1 , com n > 0, a
( )
6 No desenvolvimento do binômio
1 . x
Calcule o termo independente de x em x2 –
x
diferença entre os coeficientes do terceiro e segundo termos
12. é igual a 90. Nesse caso, o termo independente de x no de-
O quarto termo do desenvolvimento de (2x + y)8, feito se- senvolvimento é:
gundo os expoentes decrescentes de x, é igual a: a. o terceiro.
a. 56x5y3 b. o quarto.
b. 36x3y5 c. o sexto.
c. 1 792x5y3 d. o sétimo.
d. 1 792x3y5 e. o quinto.
e. 2 240x4y4
EMI-16-130
1. Probabilidade 26
2. Organizador gráfico 36
Módulo 75 – Probabilidade: definição 37
Módulo 76 – Probabilidade: propriedades
e auxílio da análise combinatória 42
Módulo 77 – Probabilidade da
união de eventos 46
Módulo 78 – Probabilidade condicional 49

• Identificar o espaço amostral


em situações-problema.
• Reconhecer o caráter aleatório de variáveis
em situações-problema.
• Resolver problemas que envolvem o cálculo
de probabilidade de eventos.

PIALHOVIK/ISTOCKPHOTOS -
RANPLETT/ISTOCKPHOTOS
Probabilidade – Parte I 19
25

A teoria de probabilidade tem aplicações diversas. Inicialmente, ela foi


usada nos questionamentos voltados aos jogos, como, por exemplo, de car-
tas e de dados. Posteriormente, ampliaram-se os usos e ela passou a ser apli-
cada para calcular a probabilidade de chover em determinado local ou para
verificar a possibilidade de certo candidato ganhar ou perder uma eleição.
1. Probabilidade Para sortear uma cesta de presentes para o Dia das Mães,
19

numa sala de aula, foram distribuídos 100 números distintos,


A. Introdução numerados de 1 a 100, dos quais um seria escolhido para
211

premiar o ganhador. Desses cem números, Antônio ficou com


5 e Bernardo, 2. É possível fazer uma comparação entre as
chances de cada um ganhar a cesta. Observe que, pelo fato de
Antônio ter 5 números e Bernardo 2, em termos de chances,
Antônio tem mais chances que Bernardo, embora não seja
possível sequer afirmar, com certeza, que um deles irá ga-
Matemática

nhar. É possível medir as chances de Antônio e Bernardo, ao


comparar a quantidade de números que eles têm com a quan-
tidade total da sala por meio de uma razão, isto é, no caso de
Antônio há cinco chances entre 100 ou, ainda, a chance dele
LEEZSNOW/ISTOCKPHOTOS

é 5 e a de Bernardo é 2 . Essas frações são também


100 100
conhecidas como as probabilidades de cada um deles ganhar
a cesta.
Matemática e suas Tecnologias

B. Experimentos aleatórios

© COMANICIU DAN DUMITRU | DREAMSTIME.COM


26

VERDUCCI2/ISTOCKPHOTOS

Há experimentos que, repetidos em condições idênticas, produzem basicamente os mesmos resultados. Diz-se que tais
experimentos são determinísticos, pois podem ser previstos dentro de certas condições. Por exemplo, ao jogar um objeto verti-
calmente para cima a partir de certa altura da superfície do solo, em determinado local e conhecida a velocidade inicial, pode-se
prever a altura máxima atingida por ele; outro exemplo é a possibilidade de, dentro de certas condições, saber a temperatura em
que a água passará do estado líquido para o estado sólido.
EMI-16-130
19
211
Matemática
HLUBOKI/ISTOCKPHOTOS

ZENTILIA / ISTOCK

Matemática e suas Tecnologias


BIBIGON / ISTOCK

Por outro lado, há experimentos que, repetidos nas mes- pela letra grega Ω (leia-se: ômega). O número de elementos
mas condições, produzem, em geral, resultados diferentes. do espaço amostral será indicado por n(Ω).

27
Diz-se que são experimentos aleatórios. Não podemos pre-
dizer seu resultado antes do término do experimento. Tais Exemplos
fenômenos ocorrem constantemente em nosso cotidiano, 1. Experimento aleatório: lançar uma moeda honesta
por exemplo: choverá daqui a dez dias? Quem vai ganhar a para cima e observar a face voltada para cima após
Mega-Sena? Ao lançar uma moeda honesta para cima, qual é seu repouso.
a face que ficará voltada para cima quando ela repousar em Espaço amostral: Ω = {cara, coroa}
uma superfície plana? Número de elementos do espaço amostral: n(Ω) = 2
A diversidade de possibilidades de resultados está ligada
à existência de várias causas que não se pode controlar, de- 2. Experimento aleatório: lançar um dado honesto, nu-
nominada acaso. merado de 1 a 6, sobre uma superfície plana e obser-
O nome aleatório vem do latim alea, que significa sorte. var o número indicado na face voltada para cima após
A teoria da probabilidade é um ramo da matemática que seu repouso.
estuda os experimentos ou fenômenos aleatórios, procuran- Espaço amostral: Ω = { 1, 2, 3, 4, 5, 6}
do desenvolver e encontrar modelos matemáticos para tais Número de elementos do espaço amostral: n(Ω) = 6
estudos.
3. Experimento aleatório: lançar duas moedas honestas
C. Espaço amostral e observar os resultados, em sequência, das faces
O estudo de probabilidade usado neste livro e nos se- voltadas para cima.
guintes utilizará, a menos que se mencione o contrário, ex- Denotando cara por C e coroa por K, segue que:
perimentos aleatórios equiprováveis, isto é, em que a chance espaço amostral: Ω = { (C,C) , (C,K), (K,C), (K,K) }
de cada resultado aparecer é a mesma, e também em experi- número de elementos do espaço amostral: n(Ω) = 4
mentos em que a quantidade de resultados possíveis é finita.
Embora o resultado de um experimento aleatório não pos- D. Evento
sa ser predito, é possível conhecer todos os resultados pos- Um subconjunto do espaço amostral é denominado
EMI-16-130

síveis do experimento. O conjunto formado por todos esses evento, e, para denotá-lo, serão usadas letras maiúsculas do
resultados é denominado espaço amostral e será denotado
nosso alfabeto. Para indicar, por exemplo, o número de ele- d. Como existem 2 números maiores que 4, temos
19

mentos de um evento A, será usado o símbolo n(A).


O evento constituído de um único elemento é chamado p = 2 = 1.
211

de evento elementar. 6 3
e. Todos os resultados possíveis são menores que 7. As-
Exemplos
6
1. Considere o espaço amostral: Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}. sim, p = = 1.
6
Evento A: ocorrer um número ímpar.
A = {1, 3, 5} f. Como todos os resultados são menores ou iguais a 6,
Matemática

Número de elementos do evento A: n(A) = 3


Evento B: ocorrer um número primo. temos p = 0 = 0.
6
B = {2, 3, 5}
Número de elementos do evento B: n(B) = 3

2. Considere o espaço amostral: Ω = { (C,C) , (C,K), (K,C),


(K,K) }.

HULTONARCHIVE/ISTOCKPHOTOS
Evento A: ocorrer somente caras.
A = {(C,C)}
Número de elementos do evento A: n(A) = 1
Matemática e suas Tecnologias

Evento B: ocorrer pelo menos uma cara.


B ={(C,C), (C,K), (K,C)}
Número de elementos do evento B: n(B) = 3

E. Definição de probabilidade
Em um experimento aleatório finito e equiprovável, consi-
dere que o número de elementos do espaço amostral é n(Ω)
e que um evento A tem o número de elementos dado por n(A).
Define-se a probabilidade de ocorrer o evento A como sendo
a razão entre o número de casos favoráveis que, em outras
palavras, é o número de elementos do evento e o número de
casos possíveis, que é o número de elementos do espaço
amostral. Girolamo Cardano (1501-1576), de origem italiana, foi
Probabilidade de ocorrer A: matemático, médico, astrólogo, filósofo e jogador. Publicou
uma obra intitulada Liber de ludo aleae, em que aparece a
número de casos favor áveis n(A)
P(A ) = = definição de probabilidade como sendo a razão entre nú-
28

número de casos possíveis n(Ω) mero de “casos favoráveis” por número de “casos possí-
veis”.
Exemplo
Joga-se, ao acaso, um dado honesto de seis faces nume-
© GEORGIOS KOLLIDAS | DREAMSTIME.COM

radas de 1 a 6 e lê-se o número da face voltada para cima.

a. Escreva o espaço amostral.


Nos itens, calcule a probabilidade de obter:
b. o número 1.
c. um número par.
d. um número maior que 4.
e. um número menor que 7.
f. um número maior que 6.

Resposta
a. Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
b. Como o número 1 aparece uma em 6 vezes possíveis,
1
temos p(1) = .
6
c. Como existem 3 números pares em 6 possíveis, te- Pierre-Simon Laplace (1749-1827), de origem france-
sa, foi matemático e astrônomo. Trabalhou a ideia de pro-
3 1
mos p(par ) = = . babilidade como sendo a razão entre o número de “casos
6 2
favoráveis” e o número de “casos possíveis”.
EMI-16-130
APRENDER SEMPRE

19
APRENDER SEMPRE 4
Resolução

211
01. De acordo com o gráfico, temos que apenas a peixaria
Uma urna contém 3 bolas brancas numeradas 1, 2 e V vende os peixes na temperatura ideal. Assim, a probabili-
3; 4 bolas verdes numeradas 4, 5, 6 e 7; e 3 bolas marrons
numeradas 8, 9 e 10. Uma bola será retirada ao acaso. Qual dade é 1 .
é a probabilidade de a bola retirada ser: 5
a. marcada com número par? Alternativa correta: D

Matemática
b. verde?
c. verde ou marcada com número par? 03.
d. verde e marcada com número par? Dois dados não viciados são lançados. A probabilidade
de se obter a soma de seus pontos igual ou maior que 5 é:
Resolução
5
a. O total de bolas na urna é 10, das quais 5 são pares. a. 5 d.
6 12
5 1
Assim, temos p(par
par ) = = .
10 2
b. 13 e. 1
18 2
b. Temos 4 bolas verdes em 10 possíveis. Assim,

Matemática e suas Tecnologias


4 2
p( verde
verde ) = = .
10 5 c. 2
3
c. Observe que temos: Resolução
• 10 bolas na urna; O espaço amostral é:
• 4 bolas verdes, das quais 2 são pares; U = {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1),...(6,6)}
• 1 bola branca par; e u(U) = 36
• 2 bolas marrons pares. Podemos representá-lo usando uma tabela, na qual os
pares ordenados, cuja soma dos elementos é maior que 5 ou
4 +1+2 7
Assim, p( verde par ) =
verde ou par = . igual a ele, serão selecionados com um X. Observe:
10 10
1 2 3 4 5 6
d. Das 4 bolas verdes, 2 são pares. Assim, 1
2 1
p( verde par ) = = .
verde e par 2
10 5 3
02. Enem 4

29
5
6
Temperatura do pescado nas peixarias
o
C
15 14,0 13,2
Dessa maneira, temos:
12 10,5 casos possíveis (espaço amostral) = 36 elementos;
9
8,9
30 = 5
casos favoráveis (soma maior que 5) = 30: P =
6
36 6
3 2,3
0
Alternativa correta: A
I II III IV V

Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (com adaptações).


F. Auxílio da análise combinatória
Uma das principais causas da degradação de peixes à probabilidade
frescos é a contaminação por bactérias. O gráfico apre-
senta resultados de um estudo acerca da temperatura Há problemas de probabilidade em que exibir o espaço
de peixes frescos vendidos em cinco peixarias. O ideal amostral e, às vezes, até mesmo exibir o evento envolvi-
é que esses peixes sejam vendidos com temperaturas do torna-se demasiadamente exaustivo devido à grande
entre 2 °C e 4 °C. Selecionando-se aleatoriamente uma quantidade de elementos, tanto do espaço amostral como
das cinco peixarias pesquisadas, a probabilidade de ela do evento. Como nos cálculos de probabilidade, é necessário
vender peixes frescos na condição ideal é igual a: apenas o conhecimento do número de elementos do espaço
1 amostral e do evento, as técnicas de contagem se tornam
1 1
a. 2 c. e. ferramentas extremamente úteis. Nesse sentido, suponha a
4 6
seguinte situação:
Uma moeda honesta é lançada 6 vezes em sequência e
1 1
EMI-16-130

b. d. são anotadas as faces voltadas para cima. Determine a proba-


3 5
bilidade de ocorrerem duas caras e quatro coroas.
Para exibir o espaço amostral, seria necessário apresen- Propriedades
19

tar todas as sequências com seis elementos tendo:


a. seis caras; a. Probabilidade de ocorrer o evento certo:
211

b. cinco caras e uma coroa;


c. quatro caras e duas coroas; n( Ω )
P (Ω) = =1
d. três caras e três coroas; n( Ω )
e. duas caras e quatro coroas;
f. uma cara e cinco coroas; b. Probabilidade de ocorrer o evento impossível:
g. seis coroas.
Matemática

n(∅ )
Observe que, dos itens b ao f, há permutações entre as P (∅ ) = = 0 =0
n( Ω ) n( Ω )
caras e coroas.
Se exibir esse espaço amostral é exaustivo, contá-lo, pelo
contrário, é muito rápido. c. Probabilidade de ocorrer o evento complementar A:
Como há apenas cara ou coroa, note que existem apenas
duas possíveis escolhas em cada lançamento do total de seis

lançamentos. Dessa forma, a contagem dos elementos do es-
paço amostral é dada por:
A
A
Matemática e suas Tecnologias

n(Ω) = 2 ⋅2 ⋅2 ⋅2 ⋅2 ⋅2 = 64

Por sua vez o evento A, que é a ocorrência de duas caras


e quatro coroas, pode ser contado fazendo-se permutação de
seis elementos com repetição de duas caras e de quatro co- O número de elementos do evento complementar A é
roas. Dessa forma, segue que: igual ao número de elementos do espaço amostral subtraído
do número de elementos de A.
n( A ) = P64 ,2 = 6! = 15
4!⋅2!
()
n A = n( Ω ) − n( A )
Assim, temos que a probabilidade pedida é:
n A ( ) = n( Ω ) − n( A ) = n( Ω ) − n( A ) = 1 − P ( A )
n( A ) 15 ()
P A =
n( Ω ) n( Ω ) n( Ω ) n( Ω )
P ( a) = =
n(Ω) 64
30

()
Portanto: P A = 1 − P ( A )
G. Propriedades de probabilidade
Há alguns eventos que possuem nomes especiais. d. 0 ≤ P ( A ) ≤ 1
a. Evento certo: é o próprio espaço amostral.
b. Evento impossível: é o conjunto vazio. Demonstração
c. Evento complementar
Dado um espaço amostral Ω e um evento A, denomina-se n(∅ ) ≤ n( A ) ≤ n( Ω )
evento complementar de A, denotado por A, a todos os elemen-
tos do espaço amostral que não pertencem ao conjunto A. n(∅ ) n( A ) n( Ω )
≤ ≤
n( Ω ) n( Ω ) n( Ω )

0 ≤ P (A) ≤ 1
A
A
EMI-16-130
APRENDER SEMPRE 5
APRENDER SEMPRE

19
01. 03. Unifesp

211
Dois dados são jogados simultaneamente. Calcule a Três dados honestos são lançados. A probabilidade de
probabilidade de que: que os três números sorteados possam ser posicionados
a. a soma das faces resulte em 7. para formar progressões aritméticas de razão 1 ou 2 é:
b. a soma das faces não resulte em 7.
7
a. 1 d.
36 36
Resolução

Matemática
Quando jogamos 2 dados de seis faces, temos
1 5
6 · 6 = 36 resultados possíveis. b. e.
9 18
a. A soma dos resultados será 7 quando tivermos 1 6,
6 + 1, 2 + 5, 5 + 2,3 + 4 e 4 + 3, num total de 6 casos.
c. 1
Assim, p(soma 7) = 6 = 1 . 6
36 6
Resolução
b. Como 6 resultados têm soma 7, segue que Temos um total de 63 = 216 resultados possíveis lan-
36 – 6 = 30 resultados têm soma diferente de 7. çando 3 dados.
Assim:
Assim, 30 = 5 .

Matemática e suas Tecnologias


• razão 1: (1, 2, 3), (2, 3, 4), (3, 4, 5), (4, 5, 6)
36 6 • razão 2: (1, 3, 5), (2, 4, 6)
Desse modo, temos 6 progressões distintas cujos ele-
02. mentos podem ser permutados, de modo que o total de
Três moedas são jogadas simultaneamente. casos favoráveis é 3! · 6 = 36 e a probabilidade é
a. Qual é a probabilidade de se obterem exatamente
duas caras? P = 36 = 1 .
b. Qual é a probabilidade de se obterem, pelo menos, 216 6
duas coroas? Alternativa correta: C

Resolução 04. Unirio-RJ


a. Chamando cara de C e coroa de K, o espaço amos- Numa máquina caça-níquel, cada resultado é formado
tral é dado por: por quaisquer três de cinco frutas diferentes, podendo ha-
Ω = {(C,C,C), (C,C,K), (C,K,C), (C,K,K), (K,K,K), ver repetição. Calcule a probabilidade de um resultado ter
(K,K,C), (K,C,K), (K,C,C)} duas frutas iguais e uma diferente.
Logo, n(Ω) = 8.

31
Resolução
Serão obtidas exatamente duas caras em (C,C,K), n(Ω) = 5 · 5 · 5 = 125
(C, K, C) e (K, C, C). Assim, sendo A o evento “obter Evento A: ocorrem duas frutas iguais e uma diferente.
exatamente duas caras”, temos que n(A) = 3. 1o modo:

Portanto, p(A) = 3 . n(A) =


5 1 4 5 4 1 4 5 1
= 60
8
b. Sendo B o evento “obter, pelo menos, duas coroas”,
temos que n(B) = 4, pois: 60
∴P(A) = = 0,48 = 48%
B = {(C,K,K), (K,K,K), (K,K,C), (K,C,K)} 125

4 =1
Portanto, p(B) = . 2o modo:
8 2
5 4 3 5 1 1
n(A) = = 65

(todos diferentes) (todos iguais)

P A=() 65
125
= 0,52

()
∴P ( A ) =1 – P A = 1 – 0,52 = 0,48 = 48%
EMI-16-130
H. Probabilidade da união de eventos
19

Suponha que em uma urna haja 10 bolinhas idênticas Pode-se dizer que: P ( A ∪ B) = P ( A ) + P (B) − P ( A ∩ B).
numeradas de 1 a 10. Uma bola é retirada aleatoriamente da
211

urna e observa-se seu número. Determine: Essa última igualdade é uma probabilidade denominada
a. o espaço amostral; probabilidade da união de eventos e será demonstrada a seguir.
b. o evento A: ocorrer um número múltiplo de 2; Demonstração
c. o evento B: ocorrer um número múltiplo de 3;
d. o eventos A e B: ocorrer um número múltiplo de 2 e 3;
e. o evento A ou B: ocorrer um número múltiplo de 2 ou 3. U
Matemática

Resolvendo. A B
A∩ B
a. O espaço amostral é o conjunto: Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,
8, 9, 10}.
b. O evento A é o conjunto: A = {2, 4, 6, 8, 10}.
c. O evento B é o conjunto: B = {3, 6, 9}.
d. O eventos A e B é o conjunto: A ∩ B = { 6 }.
e. O evento A ou B é o conjunto: A ∪ B = {2, 3, 4, 6, 8, 9, 10}. n ( A ∪B) = n( A ) + n(B) – n( A ∩B)
No item “d”, ocorreu uma situação denominada intersec- Assim :
ção de eventos e, no item “e”, uma união de eventos. n ( A ∪B) n( A ) n(B) n( A ∩B)
Matemática e suas Tecnologias

= + –
n( U) n( U) n( U) n( U)
H.1. Intersecção de eventos
Dados dois eventos, A e B, de um espaço amostral Ω,
define-se o evento intersecção, denotado por A ∩ B, como Ou seja:
sendo o evento constituído dos elementos que pertencem
simultaneamente ao evento A e ao evento B.
P ( A ∪B) = P ( A ) + P (B) – P ( A ∩B)
H.2. União de eventos
Dados dois eventos, A e B, de um espaço amostral Ω,
define-se o evento união, denotado por A ∪ B, como sendo
constituído dos elementos que pertencem simultaneamente Definição
ao evento A, ou ao evento B, ou simultaneamente aos dois A probabilidade da união dos eventos A e B é igual à
eventos. soma das probabilidades do evento A com a do evento B,
Retornando à situação apresentada anteriormente, de- subtraída pela probabilidade da intersecção dos eventos.
termine as probabilidades:
a. de ocorrer um número múltiplo de 2;
32

b. de ocorrer um número múltiplo de 3; H.3. Eventos mutuamente exclusivos


c. de ocorrer um número múltiplo de 2 e 3; Quando a intersecção dos eventos é vazia, diz-se que os
d. de ocorrer um número múltiplo de 2 ou 3. eventos são mutuamente exclusivos e, nesse caso, a proba-
bilidade da união é igual à soma das probabilidades de cada
Resolvendo. evento. Acompanhe:
n(Ω) = 10 Eventos mutuamente exclusivos:
a. n(A) = 5
A ∩ B = ∅ ⇒ P ( A ∩ B) = 0
P (A) = 5 = 1
10 2 P ( A ∪ B) = P ( A ) + P (B) − P ( A ∩ B)
b. n(B) = 3
P ( A ∪ B) = P ( A ) + P (B) − P (∅)
P (B) = 3
10 P ( A ∪ B) = P ( A ) + P (B) − P (∅)
c. n(A ∩ B) = 1
P ( A ∪ B) = P ( A ) + P (B) − 0
P ( A ∩B) = 1
10
Nota:
d. n(A ∪ B) = 7
No lugar de P ( A ∪ B), pode-se escrever P ( A ou B) e
P ( A ∪B) = 7 vice-versa.
10
No lugar de P ( A ∩ B), pode-se escrever P ( A e B) e
vice-versa.
EMI-16-130

Observe que: 7 = 5 + 3 − 1 .
10 10 10 10
19
APRENDER SEMPRE 6

211
01.
Ao lançarmos um dado comum e honesto, qual é a probabilidade de obtermos um resultado que seja par ou primo?

Resolução

par = {2, 4, 6} ⇒ P ( A ) = 3 = 1
A = par

Matemática
6 2
primo = {2, 3, 5} ⇒ P (B) = 3 = 1
B = primo
6 2
rimo = {2} ⇒
A ∩ B = par e pprim
⇒ P ( A ∩ B) = 1
6
A ∪ B = par ou primo = {2, 3, 4, 5, 6} ⇒
⇒ P ( A ∪ B) = 1 + 1 – 1 = 5
2 2 6 6

02. Unicamp-SP

Matemática e suas Tecnologias


Uma urna contém 50 bolas que se distinguem apenas pelas seguintes características:
• x delas são brancas e numeradas sequencialmente com números naturais de 1 a x;
• x + 1 delas são azuis e numeradas sequencialmente com números naturais de 1 a x + 1;
• x + 2 delas são amarelas e numeradas sequencialmente com números naturais de 1 a x + 2;
• x + 3 delas são verdes e numeradas sequencialmente de 1 a x + 3.
a. Qual é o valor numérico de x?
b. Qual é a probabilidade de ser retirada, ao acaso, uma bola azul ou uma bola com o número 12?

Resolução
a. x + (x + 1) + (x + 2) + (x + 3) = 50
4x = 44 ⇒ x = 11
 bola = 12
b. P 
 azul 50
P 
bola 3

33
=
 12  50
P 
bola  bola 1
∩ =
 azul  122  50
P = P 
bola bola
= P 
bola
+ P 
bola
– P 
bola bola
∪ ∩
 azul 12   azul 1 2 
12  azul 12 
P = 12 + 3 – 1 = 14 = 28%
50 50 50 50

03.
Numa peça de teatro, será sorteado um ingresso para a próxima peça a entrar em cartaz. No teatro, estão 60 homens e 80
mulheres (das quais 25 são mães). Qual é a probabilidade de a pessoa sorteada ser homem ou ser mãe?

Resolução

60 3
P (homeem
m) = =
140 7
25 5
P (mãe) = =
140 28
3 5 17
P (homem ou mãe) = P (hhom
em ou omem) + P (mãe
mããee) = + =
7 28 28

Observação
É notório que os conjuntos homem e mãe são mutuamente exclusivos.
EMI-16-130
I. Probabilidade condicional Note que, quando a probabilidade é condicional, há um
19

novo espaço amostral, formado exatamente pelos elementos


condicionantes, por isso os elementos do evento, que são os
211

casos favoráveis, têm de pertencer ao conjunto condicionante.


Para indicar a probabilidade de o evento A ocorrer, saben-
do que o evento B ocorreu, usa-se a notação P ( A / B) . Leia-se:
probabilidade de ocorrer A sabendo que ocorreu B.
No caso anterior, as representações seriam:
Matemática

a. P(Pedro / é do sexo feminino) = 0

b. P(Augusta / é do sexo feminino) = 1


32
Em geral, considere dois eventos, A e B, de um espaço
amostral Ω.
YELET/ISTOCKPHOTOS

Para calcular a probabilidade de ocorrer A, sabendo que


B ocorreu, é preciso perceber que há um espaço amostral, no
caso o conjunto B, pois é sabido que ele ocorreu.
Matemática e suas Tecnologias


Em uma sala de aula há 32 meninas e 13 meninos. Nes- A B
sa sala, uma companhia de teatro fez a propaganda de uma
peça e, em seguida, sorteou um ingresso para um dos alunos.
No processo do sorteio, foram colocados em uma urna papéis
com todos os nomes dos alunos e um dos integrantes da
peça, aleatoriamente, escolheu um deles. Para fazer um pou-
co de suspense, ele comentou: “a pessoa sorteada é do sexo
feminino”. A partir do instante em que foi feito esse comentá- Agora, os casos favoráveis não serão apenas elementos
rio, quais eram as probabilidades de: quaisquer de A, mas também serão elementos de B, uma vez
a. Pedro ser sorteado. que B está ocorrendo. Dessa forma, tais elementos perten-
b. Augusta ser sorteada. cem à intersecção de A e B.

Resolvendo. Ω
a. A partir do instante em que foi mencionado que “a A B
pessoa sorteada é do sexo feminino”, Pedro não tinha
34

mais chances de ganhar o ingresso, pois o evento para


sua ocorrência se tornou impossível.
b. No caso de Augusta, sendo ela do sexo feminino, era
uma possibilidade entre 32 possíveis, pois, ao se
mencionar “a pessoa sorteada é do sexo feminino”,
os 13 meninos da sala não fizeram mais parte do es- O cálculo da probabilidade de A, sabendo que ocorreu B,
paço amostral, sendo que um novo e reduzido espaço é dado por:
amostral foi constituído somente de meninas.Dessa
n o de casos favoráveis n( A ∩ B)
forma, a probabilidade de Augusta ganhar era:
P ( A / B) = =
n o de caso possíveis n(B)
P ( Augusta) = 1
32
n( A ∩ B)
Portanto: P ( A / B) =
Esse tipo de situação é conhecida como probabilidade n(B)
condicional, pois a probabilidade ficou condicionada ao co-
nhecimento prévio de que a pessoa era do sexo feminino. I.1. Probabilidade condicional em
Observe que houve alteração substancial no resultado, função de outras probabilidades
pois, no momento exato em que os nomes foram colocados n( A ∩ B)
na urna, as probabilidades de Pedro e Augusta ganharem Na fórmula P ( A / B) = , é possível fazer algumas
n(B)
eram, respectivamente, 1 e 1 . alterações e, em seguida, reescrevê-la utilizando somente
45 45
probabilidades. Acompanhe:
EMI-16-130
Em uma fração, está não se altera se o numerador e o denominador forem, simultaneamente, divididos por um mesmo nú-

19
mero não nulo. Na fórmula anterior, o numerador e o denominador serão divididos, simultaneamente, por nΩ. Assim, tem-se que:

 n( A ∩ B) 

211
 n( Ω ) 
P ( A / B) =  
 n(B) 
 n( Ω ) 
 
n( A ∩ B) n(B)

Matemática
Mas é a probabilidade de ocorrer a intersecção A ∩ B e é a probabilidade de ocorrer B. Dessa forma, vem que:
n( Ω ) n( Ω )

P ( A ∩ B)
P ( A / B) =
P (B)

Note que está sendo considerado que o evento B não é vazio.

APRENDER SEMPRE 7

Matemática e suas Tecnologias


01.
Retirando uma carta de um baralho comum, com 52 cartas, e sabendo-se que existem quatro naipes (ouros, paus, espa-
das e copas), cada um deles com 13 figuras diferentes (A, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, J, Q, K):
a. qual é a probabilidade de sair uma dama de ouros?
b. qual é a probabilidade de sair uma dama de ouros, sabendo que saiu uma carta de ouros?
c. qual é a probabilidade de sair uma dama de ouros, sabendo que saiu uma carta de paus?

Resolução
1
a. P =
52

1
b. Como saiu uma carta de ouros, temos 13 possibilidades. Destas, 1 representa uma dama. Assim, P = .
13

35
c. Se saiu uma carta de paus, é impossível sair uma dama de ouros. Assim, p = 0.

02.
Numa peça de teatro, será sorteado um ingresso para a próxima peça a entrar em cartaz. No teatro, estão 60 homens e
80 mulheres (das quais 25 são mães). Uma mulher foi sorteada. Qual é a probabilidade de ela ser uma das mães presentes
no teatro?

Resolução
Sendo A = mulher e B = mãe, a probabilidade de a pessoa sorteada ser mãe, sabendo que a pessoa sorteada é mulher, é:

25
P ( A ∩B) 140 25 5
P (B | A ) = = = =
P (A) 80 80 16
140
EMI-16-130
2. Organizador gráfico
19

A. Probabilidade – Parte I
211
MAXUSER/ISTOCKPHOTOS / PIALHOVIK/ISTOCKPHOTOS
Matemática

Probabilidade

)
∩B
P(A B)
P (
/B)=
) P(A
n(A ) B)
Ω (AU
Matemática e suas Tecnologias

=
(A) n
( P
P
Experimento Probabilidade
aleatório condicional
Espaço amostral Probabilidade da
Evento Definição união de eventos
Cálculos
Propriedades

Eventos
mutuamente
exclusivos
36

EMI-16-130

Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
Módulo 75

19
Probabilidade: definição

211
Exercícios de Aplicação
01. UPE 02. UFMG

Matemática
Para se ter ideia do perfil dos candidatos ao curso de Numa brincadeira, um dado, com faces numeradas de 1 a
Odontologia em um vestibular, 600 estudantes candidatos 6, será lançado por Cristiano e, depois, por Ronaldo. Será con-
a esse curso foram selecionados ao acaso e entrevistados, siderado vencedor aquele que obtiver o maior número como
sendo que, entre esses, 260 eram homens. Descobriu-se que resultado do lançamento. Se, nos dois lançamentos, for obti-
140 desses homens e 100 das mulheres entrevistadas já es- do o mesmo resultado, ocorrerá empate.
tavam cursando o Ensino Superior em outra instituição. Se um Com base nessas informações:
dos 600 estudantes entrevistados for selecionado ao acaso, a. calcule a probabilidade de ocorrer um empate;
a probabilidade de ele ser uma mulher que, no momento da b. calcule a probabilidade de Cristiano ser o vencedor.
entrevista, não estava cursando o Ensino Superior é igual a:
Resolução
a. 0,12
a.

Matemática e suas Tecnologias


b. 0,57
c. 0,40 Ronaldo
1 2 3 4 5 6
d. 0,70 Cristiano
e. 0,42 1 (1,1) (1,2) (1,3) (1,4) (1,5) (1,6)
2 (2,1) (2,2) (2,3) (2,4) (2,5) (2,6)
Resolução
3 (3,1) (3,2) (3,3) (3,4) (3,5) (3,6)
Não 4 (4,1) (4,2) (4,3) (4,4) (4,5) (4,6)
Cursando Total
cursando 5 (5,1) (5,2) (5,3) (5,4) (5,5) (5,6)
Homem 140 120 260 6 (6,1) (6,2) (6,3) (6,4) (6,5) (6,6)
Mulher 100 240 340
Empates: (1, 1); (2, 2); (3, 3); (4, 4); (5, 5); (6, 6)
Total 240 360 600
P (E ) = 6 = 1
Portanto, a probabilidade de o fato ocorrer é: 36 6
b. Cristiano será vencedor.
P ( A ) = 240 = 0, 40 (2, 1)

37
600
(3, 1) (3, 2)
Alternativa correta: C (4, 1) (4, 1) (4, 3)
(5, 1) (5, 2) (5, 3) (5, 4 )
(6, 1) (6, 2) (6, 3) (6, 4 ) (6, 5)
P ( V ) = 15 = 5
36 12
EMI-16-130
03. Enem
19

Uma fábrica de parafusos possui duas máquinas, I e II, para a produção de certo tipo de parafuso.
211

Em setembro, a máquina I produziu 54 do total de parafusos produzidos pela fábrica. Dos parafusos produzidos por essa
100
máquina, 25 eram defeituosos.
1000
Matemática

Por sua vez, 38 dos parafusos produzidos no mesmo mês pela máquina II eram defeituosos.
1000
O desempenho conjunto das duas máquinas é classificado conforme o quadro, em que P indica a probabilidade de um para-
fuso escolhido ao acaso ser defeituoso.
2
0≤P < Excelente
100
2 4
≤P < Bom
100 100
4 6
≤ P< Re gular
100 100
Matemática e suas Tecnologias

6 8
≤ P< Ruim
100 100
8
≤ P ≤ 1 Péssimo
100

O desempenho conjunto dessas máquinas, em setembro, pode ser classificado como:


a. excelente.
b. bom.
c. regular.
d. ruim.
e. péssimo.
Resolução
54
Máquina I:
100
25
38

Defeituosos:
1000
46
Máquina II:
100
38
Defeituosos:
1000
Supondo um lote de 1 000 peças, temos, para cada máquina:
Máquina 1: 54% de 1 000 peças = 540 peças

Defeituosas: 25 ⋅ 540 = 13,5


1 000
Máquina 2: 46% de 1 000 peças = 460 peças

Defeituosas: 38 ⋅ 460 = 17, 48


1 000
Razão entre peças defeituosas e total =

13,5 + 17,48 30, 98


= = 3, 098%
1 000 1 000
Alternativa correta: B
Habilidade
Resolver problemas que envolvem o cálculo de probabilidade de eventos.
EMI-16-130
Exercícios Extras

19
04. Enem 05. UEL-PR

211
José, Paulo e Antônio estão jogando dados não viciados, A superfície terrestre consiste de, aproximadamente, 70%
nos quais, em cada uma das seis faces, há um número de 1 de água e 30% de terra. Dois quintos da área de terra são de-
a 6. sertos ou regiões cobertas por gelo, um terço são pastagens,
Cada um deles jogará dois dados simultaneamente. José florestas ou montanhas, enquanto o restante é composto de
acredita que, após jogar seus dados, os números das faces áreas cultiváveis.
voltadas para cima lhe darão uma soma igual a 7. Já Paulo Se um dardo é arremessado aleatoriamente em um pla-

Matemática
acredita que sua soma será igual a 4 e Antônio acredita que nisfério, a probabilidade de ele se fixar em uma área:
sua soma será igual a 8. I. cultivável é de 25% da área total do planisfério.
Com essa escolha, quem tem a maior probabilidade de II. de pastagem, floresta ou montanha é de 10% da área
acertar sua respectiva soma é: total do planisfério.
a. Antônio, já que sua soma é a maior de todas as esco- III. com água é de 0,7 da área total do planisfério.
lhidas. IV. de deserto ou coberta por gelo é de 12% da área total
b. José e Antônio, já que há 6 possibilidades tanto para do planisfério.
a escolha de José quanto para a escolha de Antônio, e Assinale a alternativa correta.
há apenas 4 possibilidades para a escolha de Paulo. a. Somente as afirmativas I e II são corretas.
c. José e Antônio, já que há 3 possibilidades tanto para b. Somente as afirmativas I e III são corretas.

Matemática e suas Tecnologias


a escolha de José quanto para a escolha de Antônio, e c. Somente as afirmativas III e IV são corretas.
há apenas 2 possibilidades para a escolha de Paulo. d. Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
d. José, já que há 6 possibilidades para formar sua soma, e. Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
5 possibilidades para formar a soma de Antônio e ape-
nas 3 possibilidades para formar a soma de Paulo.
e. Paulo, já que sua soma é a menor de todas.

Seu espaço
Sobre o módulo
Este módulo introduz o estudo sobre probabilidade como a razão entre o número de casos favoráveis e o de casos possíveis.
É importante desenvolver o conteúdo exibindo os espaços amostrais e os eventos para que os alunos se habituem à lingua-
gem. O uso de combinatória nos cálculos do número de elementos do espaço amostral e/ou evento não será tratado aqui, uma
vez que é o conteúdo a ser abordado no próximo módulo.

39
Bom trabalho!

Estante
Boyer C. B. História da Matemática, Ed. Edgard Blücher.

Nele, encontra-se a história de diversos estudiosos de probabilidades.


EMI-16-130
Exercícios Propostos
19

Da teoria, leia os tópicos 1 A, B, C, D e E. d. 33,3%


211

Exercícios de tarefa reforço aprofundamento e. 50%

10.
06. Em um baralho comum, temos 4 naipes.
Um casal pretende ter 3 filhos. Sobre essa situação, res- Os naipes são: paus (♣, preto), copas (♥, vermelho), es-
ponda ao que se pede: padas (♠, preto) e ouros (♦, vermelho).
Matemática

a. Escreva o espaço amostral. Cada naipe possui 13 cartas.


b. Qual a probabilidade de que todos os três filhos sejam As cartas são: A (ás), 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, J (valete),
do mesmo sexo? Q (dama) e K (rei).
De um baralho comum, extrairemos uma carta ao acaso.
07. UEG-GO a. Determine o número de elementos do espaço amos-
O gráfico mostra a evolução da taxa de desemprego nos tral.
meses de junho de 2002 a 2011, para o conjunto das seis b. Qual é a probabilidade de a carta retirada ser de
regiões metropolitanas brasileiras abrangidas pela pesquisa. paus?
c. Qual é a probabilidade de a carta retirada ser um rei?
14,0 13,0 d. Qual é a probabilidade de a carta retirada ser um rei
11,6 11,7 10,4
Matemática e suas Tecnologias

12,0
de paus?
10,0 9,4 9,7
8,1
8,0 7,9 7,0 11. Fuvest-SP
6,2
6,0 Dois dados cúbicos, não viciados, com faces numeradas
4,0 de 1 a 6, serão lançados simultaneamente. A probabilidade
2,0 de que sejam sorteados dois números consecutivos, cuja
0,0 soma seja um número primo, é de:
20

20

20

20

20

20

20
20

20

20

2 4 2
02

03

04

05

06

07

08
09

10

11

a. c. e.
9 9 3
Escolhendo aleatoriamente um dos anos descritos no grá-
1 5
fico utilizado, a probabilidade de que no ano escolhido a taxa b. d.
3 9
de desemprego, no mês de junho, seja superior a 9,3% é igual a:
3 2 12. Unesp
a. c.
5 5
Em um condomínio residencial, há 120 casas e 230 ter-
40

renos sem edificações. Em um determinado mês, entre as


1 4
b. d. casas, 20% dos proprietários associados a cada casa estão
6 6
com as taxas de condomínio atrasadas, enquanto, entre os
proprietários associados a cada terreno, esse percentual é de
08. 10%. De posse de todos os boletos individuais de cobrança
Lança-se um dado de 6 faces numeradas de 1 a 6 e uma das taxas em atraso do mês, o administrador do empreendi-
moeda. Representando os lados da moeda por C = cara e K = co- mento escolhe um boleto ao acaso. A probabilidade de que o
roa, desenvolva as seguintes questões. boleto escolhido seja de um proprietário de terreno sem edi-
a. Escreva o espaço amostral. ficação é de:
b. Qual é a probabilidade de que, no experimento descri-
24
to, resulte cara na moeda e um número par no dado? a.
350
c. Qual é a probabilidade de que, no experimento descri-
to, resulte 1 ou 5 no dado?
24
b.
09. UFPR 47
André, Beatriz e João resolveram usar duas moedas co-
47
muns, não viciadas, para decidir quem irá lavar a louça do jan- c.
350
tar, lançando as duas moedas simultaneamente, uma única
vez. Se aparecerem duas coroas, André lavará a louça; se apa- 23
recerem duas caras, Beatriz lavará a louça; e se aparecerem d. 350
uma cara e uma coroa, João lavará a louça.
A probabilidade de que João venha a ser sorteado para
lavar a louça é de: e. 23
47
a. 25%
EMI-16-130

b. 27,5%
c. 30%
13. Enem 15. Unicamp-SP

19
Uma loja acompanhou o número de compradores de dois Um caixa eletrônico de certo banco dispõe apenas de cédu-
produtos, A e B, durante os meses de janeiro, fevereiro e mar- las de 20 e 50 reais. No caso de um saque de 400 reais, a proba-

211
ço de 2012. Com isso, obteve este gráfico: bilidade de o número de cédulas entregues ser ímpar é igual a:
90 1
80 a.
80 A 4
B
Número de compradores

70
60 2
b.

Matemática
60
5
50
40 2
30 c.
30 3
20 20
20
10 3
10 d.
5
0
Janeiro Fevereiro Março 16. Insper-SP
Os trens de determinada linha passam numa determi-
A loja sorteará um brinde entre os compradores do produ- nada estação, a cada 15 minutos, pontualmente. A probabi-

Matemática e suas Tecnologias


to A e outro brinde entre os compradores do produto B. lidade de que uma pessoa chegue à estação, em um instante
Qual a probabilidade de que os dois sorteados tenham qualquer do dia, e tenha de esperar mais de 10 minutos por
feito suas compras em fevereiro de 2012? um trem dessa linha é igual a:
1 5 7 1
a. c. 22 e. a.
20 15 4

3 6 1
b. d. b.
242 25 3

14. 1
c.
2
Lançam-se dois dados honestos com faces numeradas
de 1 a 6. Pede-se:
2
a. o espaço amostral desta experiência; d.
3
b. a probabilidade de que a soma obtida seja 10;
c. a probabilidade de se obterem dois números iguais.

41
3
e.
4
EMI-16-130
Módulo 76
19

Probabilidade: propriedades e auxílio da análise combinatória


211

Exercícios de Aplicação
01. Unicamp-SP 02. UERJ
Matemática

Dois prêmios iguais serão sorteados entre dez pessoas, Em uma sala, encontram-se dez halteres, distribuídos em
sendo sete mulheres e três homens. Admitindo que uma pes- cinco pares de cores diferentes. Os halteres de mesma massa
soa não possa ganhar os dois prêmios, responda às pergun- são da mesma cor. Seu armazenamento é denominado “per-
tas. feito” quando os halteres de mesma cor são colocados juntos.
a. De quantas maneiras diferentes os prêmios podem Nas figuras, podem-se observar dois exemplos de armazena-
ser distribuídos entre as dez pessoas? mento perfeito.
b. Qual é a probabilidade de que dois homens sejam pre-
miados?
c. Qual é a probabilidade de que ao menos uma mulher
receba um prêmio?
Matemática e suas Tecnologias

Resolução
a. 2 prêmios iguais → 10 pessoas { 7 mulheres
3 homens

10 ⋅ 9
(1o prêmio) (2o prêmio) = 10 ⋅ 9
= 45
2! 2! (Prêmios iguais)

3⋅ 2
b. P (2 homens premiados ) = 2! = 1
45 15
c. P (ao menos uma mulher ) = 1 – P (2 homens ) ⇒
⇒ 1 – 1 = 14
15 15
42

Arrumando-se ao acaso os dez halteres, a probabilidade


de que eles formem um armazenamento perfeito equivale a:
1 1
a. c.
5 040 252

1 1
b. d.
945 120

Resolução
Um armazenamento perfeito pode ser feito de P5 = 5!
modos. Além disso, os halteres podem ser armazenados de
P10(2,2,2,2,2) = 10!
maneiras. Portanto, a probabilida-
2! ⋅ 2! ⋅ 2! ⋅ 2! ⋅ 2!
de pedida é dada por:

5! 2 ⋅ 2⋅ 2⋅ 2⋅ 2
= = 1
10! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 945
2! ⋅ 2! ⋅ 2! ⋅ 2! ⋅ 2!
Alternativa correta: B
EMI-16-130
03. Enem Os dois apostadores com maiores probabilidades de se-

19
Considere o seguinte jogo de apostas: rem premiados são:
Numa cartela com 60 números disponíveis, um aposta- a. Caio e Eduardo.

211
dor escolhe de 6 a 10 números. Dentre os números disponí- b. Arthur e Eduardo.
veis, serão sorteados apenas 6. O apostador será premiado c. Bruno e Caio.
caso os 6 números sorteados estejam entre os números es- d. Arthur e Bruno.
colhidos por ele numa mesma cartela. e. Douglas e Eduardo.
O quadro apresenta o preço de cada cartela, de acordo
Resolução
com a quantidade de números escolhidos.

Matemática
Supondo que duas cartelas de um mesmo jogador não
Quantidade de números contenham seis números escolhidos iguais, segue-se que
Preço da cartela (R$) Arthur, Bruno, Caio, Douglas e Eduardo possuem, respectiva-
escolhidos em uma cartela
mente, as seguintes possibilidades de serem premiados:
6 2,00
250; 41 ⋅   + 4 = 291; 12 ⋅   + 10 = 346;
7 8
 6  6
7 12,00
4 ⋅   = 336 e 2 ⋅   = 420
9 10
 6  6
8 40,00
Portanto, como o número de casos possíveis para o resul-

Matemática e suas Tecnologias


9 125,00 tado do sorteio é o mesmo para todos, podemos concluir que
Caio e Eduardo são os que têm as maiores probabilidades de
10 250,00 serem premiados.
Alternativa correta: A
Cinco apostadores, cada um com R$ 500,00 para apostar,
Habilidade
fizeram as seguintes opções:
Arthur: 250 cartelas com 6 números escolhidos; Reconhecer o caráter aleatório de variáveis em situ-
Bruno: 41 cartelas com 7 números escolhidos e 4 carte- ações-problema.
las com 6 números escolhidos;
Caio: 12 cartelas com 8 números escolhidos e 10 cartelas
com 6 números escolhidos;
Douglas: 4 cartelas com 9 números escolhidos;
Eduardo: 2 cartelas com 10 números escolhidos.

Exercícios Extras

43
04. Fuvest-SP
O gamão é um jogo de tabuleiro muito antigo, para dois oponentes, que combina a sorte, em lances de dados, com estraté-
gia, no movimento das peças. Pelas regras adotadas, atualmente, no Brasil, o número total de casas que as peças de um jogador
podem avançar, numa dada jogada, é determinado pelo resultado do lançamento de dois dados. Esse número é igual à soma
dos valores obtidos nos dois dados, se esses valores forem diferentes entre si, e é igual ao dobro da soma, se os valores obtidos
nos dois dados forem iguais. Supondo que os dados não sejam viciados, a probabilidade de um jogador poder fazer suas peças
andarem pelo menos oito casas em uma jogada é:
1 17 19
a. c. e.
3 36 36

5 1
b. 12 d.
2

05. Unicamp-SP
Uma loteria sorteia três números distintos entre doze números possíveis.
a. Para uma aposta em três números, qual é a probabilidade de acerto?
b. Se a aposta em três números custa R$ 2,00, quanto deveria custar uma aposta em cinco números?
EMI-16-130
Seu espaço
19

Sobre o módulo
211

Neste módulo, o enfoque está na aplicação da propriedade do complementar, sendo práticada em situações do tipo “pelo
menos um”, além do auxílio das técnicas de contagem da análise combinatória.
É preciso cautela, pois há diversidade na escolha da técnica de contagem a ser utilizada para determinar o número de
elementos do espaço amostral ou de um evento.
Bom trabalho!
Matemática
Matemática e suas Tecnologias

Exercícios Propostos

Da teoria, leia os tópicos 1 F e G. 08.


Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Formam-se todos os números naturais de cinco algaris-
mos distintos com os algarismos 1, 2, 3, 4 e 5. Sorteando-se
um desses números, qual é a probabilidade de se obter um
06. UFF-RJ número par?
Dado um conjunto A, o conjunto das partes de A, denota-
do por P(A), é o conjunto cujos elementos são todos os sub- 09. PUC-RS
conjuntos de A. Considere todas as permutações de cinco letras da sigla
Se A tem 10 elementos, determine: PUCRS. Uma dessas permutações foi escolhida ao acaso. A
a. o número de subconjuntos de A que possuem exata- probabilidade de a permutação escolhida terminar com a letra
44

mente dois elementos; C e começar com letra P é:


b. a probabilidade de que, ao se escolher aleatoriamente 1 1
um elemento de P(A), esse seja um subconjunto de A a. 5 c. e. 6
12
com exatamente dois elementos.

07. FGV-SP 2 1
b. 5 d. 20
Um meteorito foi detectado por astrônomos nas proximi-
dades da Terra, e cálculos feitos mostraram que ele deveria
atingir a superfície em uma região deserta, com a forma de 10. UFU-MG
um retângulo ABCD. Sabe-se que a área da região S, que tem a Lança-se um dado não viciado e se observa o número
forma de um trapézio retângulo, mede 7 km². correspondente à face que caiu voltada para cima. Sejam a,
Expresse, em porcentagem, a probabilidade de o meteori- b e c, respectivamente, os valores observados em três lança-
to cair na região R ou na região T. mentos sucessivos. Se x = a · 102 + b · 10 + c, então a proba-
bilidade de esse número x de três algarismos ser divisível por
x 2x 2 ou por 5 é igual a:
D 8 3 C
8 9
a. 12 c.
12
R S T 4 km
7 10
b. 12 d.
12
A x B
6
x 11.
Numa sacola, foram colocadas 15 bolinhas do mesmo ta-
EMI-16-130

manho. Em cada uma, estava marcado um valor (de 1 a 15).


Uma bolinha será retirada, ao acaso. Qual é a probabilidade 15.

19
de: Dado um poliedro com 5 vértices e 6 faces triangulares,
a. sair um número menor que 5? escolhem-se ao acaso três de seus vértices.

211
b. não sair um número menor que 5?
v1
12. Vunesp
Numa certa região, uma operadora telefônica utiliza 8 dí-
gitos para designar seus números de telefones, sendo que o
primeiro é sempre 3, o segundo não pode ser 0 e o terceiro

Matemática
número é diferente do quarto. Escolhido um número ao aca- v4 v2
so, a probabilidade de os quatro últimos algarismos serem
v5
distintos entre si é:
63
a. 63 d. 1 250
125
v3
567 7
b. e.
1 250 125
A probabilidade de que os três vértices escolhidos per-
189 tençam à mesma face do poliedro é:

Matemática e suas Tecnologias


c. 1 250 6
3
a. c. 3 e. 35
10 5
13. FGV-SP
1 1
Num departamento de uma empresa há 5 funcionários: b. 6 d.
5
Alberto, Bernardo, César, Dolores e Eloísa. Dois funcionários
são sorteados simultaneamente para formar uma comissão.
A probabilidade de que Eloísa seja sorteada, e César não, vale: 16. ITA-SP
3 5 7 Seja Ω o espaço amostral que representa todos os resul-
a. 10 c. 12 e. 14 tados possíveis do lançamento simultâneo de três dados.
Se A ⊂ Ω é o evento para o qual a soma dos resultados
4 6 dos três dados é igual a 9 e B ⊂ Ω, o evento cuja soma dos
b. 11 d. 13 resultados é igual a 10, calcule:
a. n(Ω);
b. n(A) e n(B);
14. Ufpe c. P(A) e P(B).

45
Formando três pares, aleatoriamente, com Joaquim, Pe-
dro, Carlos, Maria, Joana e Beatriz, qual é a probabilidade de
Joaquim e Carlos formarem um par?
a. 0,1 c. 0,3 e. 0,5
b. 0,2 d. 0,4
EMI-16-130
Módulo 77
19

Probabilidade da união de eventos


211

Exercícios de Aplicação
01. 03. Fuvest-SP
Matemática

Dois eventos, A e B, de um espaço amostral Ω são tais que Ao lançar um dado muitas vezes, uma pessoa percebeu
P(A) = 0,5, P(B) = 0,3 e P(A ∩ B) = 0,1. Determine P(A ∪ B). que a face 6 saía com o dobro de frequência da face 1 e que as
outras faces saíam com a frequência esperada em um dado
Resolução
não viciado.
P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A B) Qual a frequência da face 1?
P(A ∪ B) = 0,5 + 0,3 – 0,1
P(A ∪ B) = 0,7 1 2
a. d.
3 9

2 1
b. e.
3 12
Matemática e suas Tecnologias

1
c.
9
Resolução
1
P(1) = x; P(6) = 2x; P(2) = P(3) = P(4) = P(5) =
6
P(1) + P(2) + P(3) + P(4) + P(5) + P(6) = 1

x + 1 + 1 + 1 + 1 + 2x = 1
6 6 6 6
3x = 2 ⇒ x = 1
6 9
∴P (1) = 1
9
Alternativa correta: C
Habilidade
46

Reconhecer o caráter aleatório de variáveis em situa-


ções-problema.
02.
Uma urna contém 5 bolas brancas, 3 bolas pretas e 2 bo-
las azuis. Uma bola é retirada ao acaso. Qual é a probabilidade
de ter saído uma bola branca ou azul?
Resolução
n(Ω) = 10
Evento A: sair bola branca
n(A) = 5
Evento B: sair bola azul
n(B) = 2
Observe que os eventos A e B são mutuamente exclusi-
vos, pois não há bola branca nem azul.

P(A ou B) = P(A) + P(B) – 0 (eventos mutuamente exclu-


sivos)
5 + 2
P(A ou B) =
10 10
7
P(A ou B) = 10
7
EMI-16-130

P(branca ou azul) =
10
Exercícios Extras

19
04. 05.

211
De um baralho comum de 52 cartas, retira-se aleatoria- O número de elementos de um conjunto A é N. A probabi-
mente uma carta. A probabilidade de a carta retirada ser uma lidade de N ser maior ou igual a k é 0,85. A probabilidade de
dama ou uma carta vermelha é: N ser menor ou igual a k é 0,20. Determine a probabilidade
1 de N = k.
7 1
a. c. e. 4
13 2

Matemática
1 1
b. d. 52
13

Seu espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, trabalharemos a probabilidade da união de eventos. Destaque que a soma das probabilidades de um evento
e do seu evento complementar resulta 100%.

Matemática e suas Tecnologias


Comentar e enfatizar eventos mutuamente exclusivos.
Bom trabalho!

47
Exercícios Propostos

Da teoria, leia os tópicos 1 H, H1, H2 e H3. 09.


Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Uma urna contém 10 bolas numeradas de 1 a 10. Uma
bola da urna é sorteada aleatoriamente. A probabilidade de a
bola sorteada ter um número ímpar ou primo é:
06. a. 30%
Dois eventos, A e B, de um espaço amostral Ω são tais que b. 40%
P(A) = 0,6, P(B) = 0,2 e P(A ∪ B) = 0,5. Determine P(A ∩ B). c. 50%
d. 60%
07. Unicamp-SP e. 90%
Considere o conjunto S = {n∈ | 20 ≤ n ≤ 500}. Escolhen-
do-se ao acaso um elemento S, qual a probabilidade de ele 10.
ser um múltiplo de 3 ou 7? Em relação aos estudos realizados sobre a preferência
das pessoas em relação a dois produtos, A e B, foi concluído
08.
1
Uma caixa contém 30 fichas numeradas de 1 a 30. Se que a probabilidade de a pessoa ter preferência por A é , por
3
uma das fichas for retirada ao acaso, qual é a probabilidade
de seu número: Bé 7 e por A e B é 2 . Determine a probabilidade pela ao
15 15
EMI-16-130

a. ser divisível por 3 e 5?


b. ser divisível por 3 ou 5? produto A ou B.
11. c. Qual é a probabilidade de uma pessoa, escolhida ao
19

Uma moeda viciada tem a probabilidade de sair cara igual acaso nesse grupo, ter pressão alta e excesso de peso?
ao dobro da probabilidade de sair coroa. Determine a probabi- d. Qual é a probabilidade de uma pessoa, escolhida ao
211

lidade de sair cara. acaso, ter pressão alta ou excesso de peso?


e. Qual é a probabilidade de uma pessoa, escolhida ao
12. acaso, ter excesso de peso ou peso normal?
Jogando-se simultaneamente dois dados comuns (de
seis faces numeradas de 1 a 6 cada um) e honestos, a pro- 15.
babilidade de que a soma dos pontos obtidos seja 3 ou 4 é: Retirando ao acaso uma carta de um baralho comum de
Matemática

52 cartas, qual a probabilidade de se obter:


1 5 7
a. c. e. a. uma dama.
12 36 36
b. um rei.
c. uma carta de copas.
1 1
b. d. d. um rei ou uma dama.
9 6
e. um rei ou uma carta de copas.

13. Cesgranrio-RJ 16. Vunesp


Dois eventos, A e B, são mutuamente exclusivos. Um jogo consiste num dispositivo eletrônico na forma de
Se P(A ∪ B) =1 e P(A) = 3P(B), então: um círculo dividido em 10 setores iguais numerados, como
Matemática e suas Tecnologias

a. P(B) = 0,25 mostra a figura.


b. P(B) = 0,33
c. P(A) = 0,8
d. P(B) = 0,4 10 1
e. P(A) = 0,45 9 2

14. 8 3
Um grupo de pessoas foi classificado quanto ao peso e à 7 4
pressão arterial , conforme mostrado no quadro: 6 5

Peso
Pressão
Excesso Normal Deficiente Total Em cada jogada, um único setor do círculo se ilumina.
Todos os setores com números pares têm a mesma probabi-
Alta 0,10 0,08 0,02 0,20
lidade de ocorrer, o mesmo acontecendo com os setores com
Normal 0,15 0,45 0,20 0,80 números ímpares. Além disso, a probabilidade de ocorrer o
número 3 é o dobro da probabilidade de ocorrer o número 4.
48

Total 0,25 0,53 0,22 1,00


Denotando por P(i) a probabilidade de, numa jogada, ocorrer
Com base nesses dados, responda às questões. o número i, determine:
a. Qual é a probabilidade de uma pessoa, escolhida ao a. P(3) e P(4);
acaso nesse grupo, ter excesso de peso? b. a probabilidade de, numa jogada, ocorrer um número
b. Qual é a probabilidade de uma pessoa, escolhida ao primo maior ou igual a 2.
acaso nesse grupo, ter pressão alta?

EMI-16-130
Módulo 78

19
Probabilidade condicional

211
Exercícios de Aplicação
01. Unicamp-SP 03. Enem

Matemática
O sangue humano costuma ser classificado em diversos Numa escola com 1 200 alunos, foi realizada uma pes-
grupos, sendo os sistemas ABO e Rh os métodos mais co- quisa sobre o conhecimento desses em duas línguas estran-
muns de classificação. A primeira tabela fornece o percentual geiras, inglês e espanhol.
da população brasileira com cada combinação de tipo sanguí- Nessa pesquisa, constatou-se que 600 alunos falam in-
neo e fator Rh. Já a segunda tabela indica o tipo de aglutinina glês, 500 falam espanhol e 300 não falam nenhum desses
e de aglutinogênio presentes em cada grupo sanguíneo. idiomas.
Escolhendo-se um aluno dessa escola ao acaso e sa-
Fator Rh bendo-se que ele não fala inglês, qual a probabilidade de que
Tipo esse aluno fale espanhol?
+ –
A 34% 8% 1 1 5

Matemática e suas Tecnologias


a. c. 4 e.
B 8% 2% 2 14
AB 2,5% 0,5% 5 5
b. 8 d. 6
O 36% 9%

Resolução
Tipo Aglutinogênios Aglutininas
A A Anti-B T
B B Anti-A I E
AB AeB Nenhuma
O Nenhum Anti-A e Anti-B 600 – x x 500 – x

Em um teste sanguíneo realizado no Brasil, detectou-se,


no sangue de um indivíduo, a presença de aglutinogênio A. 300
Nesse caso, a probabilidade de que o indivíduo tenha

49
sangue A+ é de cerca de: Seja: T – conjunto dos alunos do colégio.
a. 76% c. 81% n(T) = 1 200
b. 34% d. 39% I – conjunto dos alunos do colégio que falam inglês.
Resolução E – conjunto dos alunos do colégio que falam espanhol.
A probabilidade P de uma pessoa com aglutinogênio A ser T – (I ∪ E) – conjunto dos alunos do colégio que não fa-
A+ é: lam nenhuma das duas línguas.
Assim, (600 – x) + x + (500 – x) + 300 = 1 200
34% 34%
P= = ≈ 76% x = 200
34% + 8% + 2,5% + 0,5% 45%
A probabilidade pedida é:
Alternativa correta: A
300 1
P= =
02. 600 2
Dois eventos, A e B, de um espaço amostral são tais que: Alternativa correta: A
Habilidade
P(A e B) = 1 e P(B) = 1 . Resolver problemas que envolvem o cálculo de probabi-
3 2
lidade de eventos.
Determine P(A/B).
Resolução

P ( A / B) = =
()
1
P(A e B) 3 1 2 2
= ⋅ =
P(B)
()
1 3 1 3
2
P ( A / B) = 2
EMI-16-130

3
Exercícios Extras
19

04. 05. Vunesp


211

De um baralho de cartas comum com 52 cartas, sorteia- Duas máquinas, A e B, produzem juntas 5 000 peças em
-se uma delas aleatoriamente. um dia. A máquina A produz 2 000 peças, das quais 2% são
A probabilidade de se sortear um ás, sendo conhecido defeituosos. A máquina B produz as restantes 3 000 peças,
que a carta é vermelha, é: das quais 3% são defeituosos. Da produção total de um dia,
1 uma peça é escolhida ao acaso e, examinando-a, constatou-
1
a. 13 c. e. 2% -se que ela é defeituosa. Qual é a probabilidade de que essa
Matemática

2
peça escolhida tenha sido produzida pela máquina A?
2 1
b. 13 d.
52

Seu espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, apresentamos a probabilidade condicional, sendo que alguns exercícios podem ser resolvidos pelo conceito
Matemática e suas Tecnologias

P ( A e B)
e outros pelo uso da fórmula P ( A / B) = . Recomenda-se, contudo, não usar a forma multiplicativa, uma vez que esse
P (B)
assunto será abordado adiante.
Bom trabalho!
Estante
PEREIRA, Antônio L.Chaves e portas. Revista do Professor de Matemática. p.30-36. n. 76, 2011.
Esse artigo apresenta problemas interessantes envolvendo probabilidade condicional.
50

EMI-16-130
Exercícios Propostos

19
Da teoria, leia os tópicos 1 I e I1. 11. Vunesp

211
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Os 500 estudantes de um colégio responderam a uma
pergunta sobre qual era sua área de conhecimento preferida,
entre Exatas, Humanidades e Biológicas. As respostas foram
06. computadas e alguns dados foram colocados na tabela.
Um dado honesto numerado de 1 a 6 é lançado e obser-
Área Sexo
va-se a face voltada para cima. Qual é a probabilidade de o

Matemática
número observado ser par se é dado que o número é primo? Masculino (M) Feminino (F) Total
Exatas (E) 120 200
07. Fuvest-SP
Humanas (H) 80 125
Uma urna contém 5 bolas brancas e 3 bolas pretas. Três
Biológicas (B) 100 175
bolas são retiradas ao acaso, sucessivamente, sem reposi-
ção. Determine: Total 500
a. a probabilidade de que tenham sido retiradas 2 bolas
pretas e 1 bola branca; a. Sabendo que cada estudante escolheu uma única
b. a probabilidade de que tenham sido retiradas 2 bolas área, complete a tabela com os dados que estão fal-
pretas e 1 bola branca, sabendo-se que as três bolas tando.

Matemática e suas Tecnologias


retiradas não são da mesma cor. b. Um estudante é escolhido ao acaso. Sabendo-se que
é do sexo feminino, determine a probabilidade de
08. UFPR essa estudante preferir Humanidades ou Biológicas.
Para verificar a redução de efeitos colaterais de um novo
tratamento, pesquisadores ministraram a dois grupos distin- 12. Sistema COC
tos de voluntários o tratamento convencional e o novo trata- Duas empresas, X e Y, contrataram uma pesquisa de opi-
mento. Os resultados obtidos estão descritos na tabela: nião sobre a aceitação de um de seus produtos, o produto A
da empresa X e o produto B da empresa Y.
Apresentou efeitos colaterais Dos resultados da pesquisa, têm-se as seguintes conclu-
SIM NÃO sões.
• 1 500 pessoas foram pesquisadas.
Tratamento
54 41 • 800 delas preferem o produto A.
convencional
• 700 delas preferem o produto B.
Novo tratamento 51 34 • 300 pessoas não preferem nenhum dos produtos.
Escolhendo-se ao acaso uma das pessoas pesquisadas e
a. Qual a probabilidade de um voluntário, escolhido alea- sabendo que ela não prefere o produto A, qual é a probabilida-

51
toriamente dentre os participantes dessa pesquisa, de de ela preferir o produto B?
ter apresentado efeitos colaterais? 4 5 3
b. Qual a probabilidade de um voluntário ter sido sub- a. 7 c. e.
8 15
metido ao novo tratamento, dado que ele apresentou
efeitos colaterais?
7 8
b. d.
09. 15 15
Uma urna contém 7 bolas brancas e 6 bolas verdes. Duas
bolas são retiradas da urna de forma aleatória, sucessiva- 13. Sistema COC
mente e sem reposição. A probabilidade de a segunda bola Em uma fábrica, foi colocado em fase de teste um novo
ser verde, sabendo-se que a primeira também era verde, é: método de controle de qualidade de um produto. Após a im-
plantação, algum tempo depois, verificou-se que o método
7
6 c. e. 50% continha falhas. Surgiu um lote com 100 produtos, contendo
12
a. 13 8 produtos com defeito, porém, nesse lote, 2 produtos bons
foram classificados como defeituosos e 1 produto defeituoso
1
5 d. foi classificado como bom.
2
b. 12 Um produto desse lote foi escolhido ao acaso e verificou-
se que estava classificado como bom. A probabilidade de
10. esse produto estar defeituoso é:
Se P(A/B) = 0,3 e P(A e B) = 0,15, então P(B) é: 90 1 7
a. 5% a. 91 c. 91 e. 8
b. 10%
c. 15% 9
d. 35% b. 98 d. 10
91
EMI-16-130

e. 50%
14. Índice de
19

A tabela a seguir é resultado de uma pesquisa com 1 000 C S Total


ferro
pessoas que foram classificadas segundo o grupo sanguíneo
0<i<1 15 360 375
211

e o respectivo fator Rhesus.


1≤ i<2 30 270 300
A B AB O
2≤i≤3 15 60 75
Rh+ 380 60 50 350
Total 60 690 750
Rh– 70 30 10 50
Matemática

Disponível em: <exoplanets.org/metalicity.html. Adaptado.


Escolhida uma das pessoas ao acaso, qual é a probabili-
dade de seu grupo sanguíneo ser B se é conhecido que seu Utilizando a tabela, mostre que a probabilidade
fator Rhesus é Rh+? P(C|{1 ≤ i ≤ 3}) de uma estrela ter planetas, dado que
1 ≤ i ≤ 3, é 50% maior que a probabilidade P(C) de uma
15. Vunesp estrela ter planetas.
Astrônomos da Universidade da Califórnia fizeram um es-
tudo com cerca de 750 estrelas, sendo 60 delas com planetas 16. UFBA
e 690 sem planetas (dados aproximados), e constataram que Uma urna tem 5 bolas brancas, 3 bolas verdes e 4 bolas
as estrelas com maior índice de ferro (em relação ao índice azuis. Três bolas são retiradas ao acaso, sucessivamente e
do Sol) têm maior probabilidade de abrigar planetas. A tabela sem reposição. Determine a probabilidade de a terceira bola
Matemática e suas Tecnologias

mostra o número de estrelas com planetas (C) e sem plane- ter cor verde sabendo que a primeira bola era branca e a se-
tas (S), relativamente ao índice de ferro, denotado por i. gunda, azul.
52

EMI-16-130
211

212
Capítulo 16 ................54
Módulo 73 .............. 62
Módulo 74 ..............66

ica
Capítulo 17 ................ 70
Módulo 75 ..............83
Módulo 76 ..............87
át Módulo 77 .............. 91
m
Capítulo 18 ................94
Módulo 78 ............101
e
at
M
S
FÍ Q

O
BI
LP
HO
GE
O
IS

AT
L
FI
SO
C

M
S
RE
1. Prisma 56
2. Organizador gráfico 61
Módulo 73 – Prismas:
problemas sobre volume 62
Módulo 74 – Prismas regulares 66

• Identificar os vértices, as arestas e as


faces de um prisma.
• Reconhecer a planificação de cubos,
paralelepípedos retangulares e prismas
retos.
• Identificar prismas equivalentes
utilizando o princípio de Cavalieri.
• Calcular o volume de paralelepípedos
retangulares, cubos e prismas regulares.
• Calcular a área da superfície de
paralelepípedos retangulares, cubos e
prismas retos.
• Calcular o volume de prismas oblíquos.
• Resolver problemas que envolvam
relações métricas fundamentais
(comprimentos, áreas e volumes) de
prismas.
• Estabelecer relações entre diferentes
unidades de medida (comprimento,
massa, capacidade, área e volume).

LILU_FOTO / ISTOCK
Prismas 16
55

Iniciaremos o estudo dos prismas com os cubos e paralelepípedos.


Neste capítulo, analisaremos a geometria de outras formas de prismas.
1. Prisma Antes
16

A. Calculando volumes de prismas


4 cm
212

As medidas de volume fazem parte de nosso cotidiano


e são observadas, por exemplo, quando vamos aos super- 4 cm
mercados e notamos as embalagens dos produtos. Sabemos 4 cm
que a embalagem tem uma função extremamente importan- 15 cm
te para encantar os consumidores, mas também pode servir
para ludibriar, principalmente quanto ao volume ou quantida-
Matemática

Depois
de do produto que está sendo vendido.
Há, infelizmente, uma prática na qual os fabricantes
diminuem a embalagem, mas mantém os preços. Temos, 3 cm
então, uma elevação de preços que nem sempre é notada 3 cm
pelos consumidores. Desse modo, passa a existir uma in-
3 cm
flação além daquela divulgada pelos órgãos competentes. 15 cm

Leia o texto divulgado pelo Procon (Órgão de Proteção e


Defesa do Consumidor): Suponha ainda que a redução do conteúdo dessas caixas
ocorra na mesma proporção da redução de sua embalagem.
Matemática e suas Tecnologias

Para que o consumidor não seja prejudicado, por quanto


o produto deveria ser vendido, pensando-se numa redução
PLAINVIEW / ISTOCK

de preço proporcional à redução do conteúdo e da embala-


gem desse produto?

Para responder a esta pergunta, precisamos calcular a


Maquiagem de produtos porcentagem que indica em quanto o volume foi reduzido
ou, ainda, precisamos saber como se calcula o volume de um
Alguns fornecedores prisma qualquer.
utilizam mecanismos para Vamos inicialmente aceitar uma propriedade que será de-
aumentar o preço e iludir monstrada nos próximos itens (A.1 e A.2), a saber:
os consumidores. Quase 90
multas foram aplicadas nos O volume de um prisma é o produto da área da base pela
últimos seis anos. medida da altura.
56

Dessa maneira, para o prisma da embalagem inicial, o


volume Vi deve ser:
Vi = área da base (triângulo equilátero de lado 4 cm) · altura
42 3
Vi = ⋅ 15
Desde a estabilidade econômica, com a intro- 4
dução do Plano Real, alguns fornecedores pare- Vi = 60 3 cm3 ≈ 103,92 cm3
cem ter encontrado a solução para seus proble-
mas. Ao invés de aumentar os preços – um dos Já para o prisma da embalagem final, o volume Vf deve ser:
primeiros passos para afugentar o consumidor –,
optaram em diminuir a quantidade do produto. Vf = área da base (triângulo equilátero de lado 3 cm) · altura
Para a operação não gerar desgaste na ponta fi-
nal, davam um verdadeiro banho de loja na nova 32 3
Vf = ⋅ 15
embalagem. A prática, que prejudica a concor- 4
rência econômica e o consumidor, foi apelidada 135 3 3
Vf = cm ≈ 58,46 cm3
de “maquiagem de produtos”. 4
Disponível em: < http://www.procon.sp.gov.br/pdf/revista_procon_09.pdf>.
Assim, se o volume inicial representava 100% do pre-
Vamos ilustrar uma dessas situações com uma simulação. ço cobrado, proporcionalmente a nova embalagem deve
Suponha que um produto seja inicialmente vendido em uma representar;
embalagem que apresenta o formato de um prisma triangular
reto, com altura de 15 cm e bases que têm a forma de triângu- 103,92 cm3 l 100%
los equiláteros de lado 4 cm. Na tentativa de maquiar o produto, 58,46 cm3 l x
ele passa a ser vendido com o mesmo preço, porém as bases 100 ⋅ 58,46
x= ≈ 56,25%
EMI-16-130

de sua embalagem são diminuídas para triângulos equiláteros 103,92


de lado 3 cm:
Desse modo, com a nova embalagem venderam-se

16
56,25% do que era vendido inicialmente, verificando-se um A B
decréscimo de, aproximadamente, 43,74%.

212
Na sequência, com a apresentação do princípio de Cava-
lieri, passaremos a compreender melhor o cálculo do volume d B' d
A'
de um prisma.

A.1. Princípio de Cavalieri

Matemática
Consideremos um prisma pentagonal. Vamos seccioná-lo α
por planos paralelos de modo a dividi-lo em dez pequenos pris-
mas pentagonais com as mesmas bases e alturas. Como o volume de A é igual à soma dos volumes dos
pequenos sólidos A’ e o volume de B é igual à soma dos vo-
lumes dos pequenos sólidos B’, os sólidos A e B têm o mes-
mo volume.
Com base nesses conceitos, podemos estabelecer o
princípio de Cavalieri.
1
2
3 Sejam dois sólidos, A e B, cujas bases estejam contidas

Matemática e suas Tecnologias


4 num mesmo plano α. Se todo plano β, paralelo a α, inter-
5
6 ceptar A e B determinando secções de mesma área, então
7 os sólidos A e B terão o mesmo volume.
8
9
10

Nas figuras B e C seguintes, pode-se observar que os dez


prismas foram dispostos de diferentes modos, porém o volu-
me total do sólido permaneceu igual ao do prisma original. Bonaventura Cavalieri nas-

DEA PICTURE LIBRARY / DEAGOSTINI / GETTY IMAGE


ceu em Milão em 1598. Foi
aluno de Galileu e professor
da Universidade de Bolo-
nha, onde atuou até sua
morte em 1647. Deixou um
grande legado para a mate-

57
1 1
2 2 mática, a óptica e a astro-
3 3 nomia. Em 1635, publicou
4 4 Geometria indivisibilibus,
5 5
6 6 que contém o que conhe-
7 7 cemos hoje por princípio
8 8
de Cavalieri. Este princípio,
9 9
10 10
além de oferecer condições
para calcular com muito
mais facilidade áreas e vo-
Consideremos agora dois sólidos, A e B, cujas bases te- lumes, é um dos pilares para o que conhecemos hoje
nham a mesma área e estejam contidas num mesmo plano α. como cálculo integral.
Consideremos ainda que qualquer plano β paralelo a α inter-
cepte os dois sólidos em secções de mesma área.
A.2. Volume de um prisma qualquer
Consideremos um prisma de altura h e área da base B1 =
A B S e um paralelepípedo retângulo P2 de altura h e área da base
B2 = S.
Áreas
iguais
β P1 P2
α
B1 B2
Se seccionarmos os sólidos A e B por planos paralelos β h
a α, de modo que a distância entre cada par de planos seja
EMI-16-130

mínima, cada pequeno sólido formado em A terá o mesmo vo- B1 B2


lume do correspondente formado em B. α
Como as secções nos dois sólidos, por qualquer plano b
16

paralelo a α, apresentam a mesma área S, podemos garantir,


pelo princípio de Cavalieri, que o prisma P1 tem o mesmo volu-
212

me do paralelepípedo. Altura Medida da altura


do coincide com a
prisma das arestas
VP1 = VP2 laterais

Prisma oblíquo Prisma reto


Como Vp = B2 · h1 , ou seja, Vp2 = S · h, vem que Vp1 = S · h
Matemática

2
ou, em síntese:
Observação
É possível provar que o volume de qualquer prisma pode
V=S·h ser obtido multiplicando-se a área da secção reta pela medida
da aresta lateral do prisma.
Conclusão:

O volume de um prisma é o produto da área da base pela


medida da altura.

Matemática e suas Tecnologias

S
Uma revisão importante é de que a altura de um prisma
corresponde à distância entre os planos que contêm suas ba-
ses. Assim, trata-se da medida de um segmento de reta com
cada extremidade num desses planos e perpendicular a eles.
Se o prisma for reto, a medida da altura equivalerá à medida V=S·
da aresta lateral.

APRENDER SEMPRE 8

01. UFG-GO A área da base Sb do prisma será dada por:


O projeto Icedream é uma iniciativa que tem como 56
meta levar um iceberg das regiões geladas para abaste-
cer a sede de países áridos. A ideia do projeto é amarrar a 56 – 16 = 40
58

18
um iceberg tabular uma cinta e rebocá-lo com um navio.
A figura a seguir representa a forma que o iceberg tem no 52 52
momento em que é amarrado à cinta para ser rebocado.

56 16
12
Sb = (18 + 52) ⋅ 40 + 16 · 52 = 1 400 + 832 = 2 232
2
18
52
Portanto, Sb = 2 232 m2
16
O volume (V) de um prisma qualquer corresponde ao
produto da área da base (Sb) pela medida da altura (h).
Considerando que o iceberg é formado somente por
água potável e que, após o deslocamento, 10% do volume Então:
do bloco foi perdido, determine qual a quantidade de água V = Sb · h = 2 232 · 12 = 26 784
obtida transportando-se um iceberg com as dimensões, em
metros, indicadas na figura apresentada. Logo, V = 26 784 m3.

Resolução Como 10% do volume total são perdidos, temos:


Devemos, inicialmente, reconhecer que o sólido que re- 26 784 · 0,90 = 24 105,6
presenta o iceberg é um prisma cuja base é um polígono que
pode ser decomposto em um retângulo e um trapézio que Concluindo, a quantidade de água obtida equivale a
EMI-16-130

tem altura de 12 metros. 24 105,6 m³.


Resolução

16
02. Sistema COC
A figura a seguir representa um paralelepípedo reto E P F

212
retângulo ABCDEFGH de arestas medindo 10, 2 e 2 3, em
que M e N representam o ponto médio das arestas AB e CD,
respectivamente. Um plano MNPQ, secante às faces HEFG e H G 2 3
Q
ABCD, forma com a face ABCD um ângulo de 60o, dividindo,
D N
assim, o paralelepípedo em dois sólidos. O volume do sólido

2 3
C

2 3
que contém a face ADEH, obtido após a divisão pelo plano,é:

Matemática
60° 2
A 3 O 2 M 5 B
E P F

No triângulo OMQ, temos:


H G 2 3
Q 2 3 2 3
tg 60o = ⇒ OM = ⇒ OM = 2
D N OM 3
C
AO = 3 e OM = 2
60° 2
A 5 M 5 B Assim, o volume do sólido que contém a face ADEH é:

Matemática e suas Tecnologias


(5 + 3) ⋅ 2 3 
Vs =  ⋅ 2 ⇒ Vs = 16 3
a. 36 3 d. 18 3 2
b. 24 3 e. 16 3
c. 20 3 Alternativa correta: E

B. Principais prismas regulares


Sabendo que um prisma é regular quando é reto e
quando as bases são formadas por polígonos regulares,
vamos calcular a área e o volume dos principais prismas 6 cm
regulares.

B.1. Prisma triangular regular 4 cm

59
4 ⋅ 3
2
SB = ⇒ SB = 4 ⋅ 3 cm2
4
SL = 3 · 4 · 6 SL = 72 cm2
ST = 2 · SB + SL ⇒ ST = 2 · 4 3 + 72 ⇒
⇒ ST = 8 3 + 72 ⇒ ST = 8( 3+ p) cm2
H
a a V = SB · H
V = 4 3 · 6 ⇒ V = 24 3 cm3
a
B.2. Prisma hexagonal regular
Área da base (SB)
a2 ⋅ 3
SB =
4
(área de um triângulo equilátero)
Área lateral (SL) H
SL = 3 · a · H (3 retângulos)

Área total (Sr)


ST = 2 · SB + SL (soma das 2 bases e área lateral) a

Volume
a2 ⋅ 3
V = AB · H (área da base x altura) SB = 6 ⋅
4
a
Exemplo SL = 6 · a · H
EMI-16-130

Vamos determinar SB, SL, ST e V do prima triangular regular ST = 2 · SB + SL


a seguir. V = SB · H
Exemplo 32 ⋅ 3 27 3 2
16
SB = 6 ⋅ ⇒ SB = cm
Vamos determinar SB, SL, ST e V do prisma hexagonal regu- 4 2
lar abaixo a seguir. SL = 6 · 3 · 5 ⇒ SL = 90 cm 2
212

ST = 2 · SB + SL

ST = 2 · 27 3 + 90 ⇒ ST = 27 3 + 90 ⇒
5 cm 2
ST = 9 · (3 3 + 10) cm2
Matemática

V = SB · H
3 cm 27 3 135 3 3
V= ⋅5⇒V= cm
2 2

APRENDER SEMPRE 9
01. 02. UEL-PR
Matemática e suas Tecnologias

Calcule o volume, a área lateral e a área total do prisma Um arquiteto fez um projeto para construir colunas de
regular cuja planificação está representada a seguir: concreto que vão sustentar um viaduto. Cálculos mostram
que 10 colunas com a forma de um prisma triangular regular
2 de aresta de 1 metro por 10 metros de altura são suficientes
para sustentar o viaduto.
Se 1 metro cúbico de concreto custa R$ 200,00, qual
será o custo total das colunas?
2 2 2 2 2 2 a. R$ 1.000,00
b. Aproximadamente R$ 4.320,00
c. R$ 500,00
d. Aproximadamente R$ 8.650,00
8 8 8 8 8 8 8 e. Aproximadamente R$ 17.300,00

Resolução
60

Resolução 10 m
A planificação é de um prisma hexagonal regular. Assim,
a área da base Sb será dada por:
Sb = 6 · 2 3
2

4
Sb = 6 3 cm2
1m
As faces laterais são retângulos de dimensões 2 cm e
8 cm. Assim, a área lateral será dada por: Custo total de colunas:
SL = 6 · 2 · 8
C = 10 · 200 · 1 ⋅ 3 ·10
SL = 96 cm2 4
C = 5 000 · 1,73
O volume do prisma será dado por: C ≈ R$ 8.650,00 reais
V = Sb · h = 6 3 · 8
V = 48 3 cm3 Alternativa correta: D
EMI-16-130
2. Organizador gráfico

16
A. Prismas – Parte II

212
SCIENCE FACTION/SCIENCE

Matemática
Poliedros convexos

Matemática e suas Tecnologias


Prismas

Prismas Volume
regulares

Prisma triangular regular


Princípio de Cavalieri
Prisma quadrangular regular

61
Prisma hexagonal regular

Área da
superfície

Área da base

Área lateral

Área total

Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
EMI-16-130
Módulo 73
16

Prismas: problemas sobre volume


212

Exercícios de Aplicação
01. 02. FGV-SP
Matemática

O volume aproximado de um prisma oblíquo em que a A figura mostra a maquete do depósito a ser construído.
base é um quadrado de lado 5 cm, com arestas laterais me- A escala é 1 : 500, ou seja, na representação corresponde a
dindo 10 cm e formando com o plano da base um ângulo de 500 cm na realidade
60o, como representado a seguir, é maior, igual ou menor do Qual será a capacidade, em metros cúbicos, do depósito?
que 0,3 litro? Se necessário, utilize 3 ≈ 1,7.

10
60o 0,6 cm
Matemática e suas Tecnologias

0,9 cm 7,2 cm
5
5
3 cm
Resolução
Resolução

10 H Maquete
60o

5 0,6 cm
5
0,9 cm 7,2 cm
H 3 H
sen 60o = ⇒ = ⇒H=5 3 ⇒
10 2 10 3 cm
⇒ V = VB ⋅ H = 52 ⋅ 3 ⇒ V = 75 3
62

V ≈ 75 · 1,7 1 cm : 500 cm
V = 127,5 cm3
Real
Assim, temos que o volume aproximado é V = 127,5 cm3 =
= 0,1275 dm3 = 0,1275 litro, portanto o volume é menor que
0,3 litro.
300 cm = 3 m
4 500 cm = 4,5 m 3 600 cm = 36 m

1 500 cm = 15 m

I 3,0 m

II 4,5 m

15 m

Ab = AI + AII
Ab = 15 ⋅ 3 + 15 · 4,5
2
Ab = 90 m2
VReal = Ab · H
VReal = 90 · 36
VReal = 3 240 m3
EMI-16-130
03. Enem Resolução

16
Na alimentação de gado de corte, o processo 6m
de cortar a forragem, colocá-la no solo, com-

212
pactá-la e protegê-la com uma vedação deno- 2m
mina-se silagem. Os silos mais comuns são os
horizontais, cuja forma é a de um prisma reto b
trapezoidal, conforme mostrado na figura. 0,5 m de queda l1 m de altura
b l2 m de altura

Matemática
∴b=5m
h Ab =
(5 + 6) ⋅ 2
B 2
A b = 11 m2

C
B=6 h=2

b
C=20
Legenda:

Matemática e suas Tecnologias


b – largura do fundo b=5
B – largura do topo
C – comprimento do silo V = AB · H = 11 · 20 = 220 m3
h – altura do silo 1 tonelada l1 2 m3
x l1 220 m3
Considere um silo de 2 m de altura, 6 m de
largura de topo e 20 m de comprimento. Para x = 110 toneladas
cada metro de altura do silo, a largura do topo Alternativa correta: A
tem 0,5 m a mais do que a largura do fundo. Habilidade
Após a silagem, 1 tonelada de forragem ocupa Resolver problemas que envolvam relações métricas fun-
2 m3 desse tipo de silo. damentais (comprimentos, áreas e volumes) de prismas.
EMBRAPA. Gado de corte. Disponível em: < www.cnpgc.
embrapa.br>. Acesso em: 1 ago. 2012. Adaptado.

Após a silagem, a quantidade máxima de forragem que


cabe no silo, em toneladas, é:

63
a. 110
b. 125
c. 130
d. 220
e. 260

Exercícios Extras
04.
Uma piscina de forma retangular, de 50 m de comprimen-
to por 25 m de largura, está com água até 1 m de altura. Para
melhorar a qualidade da água, serão misturados 500 mL de
produto químico para 1 000 L de água. 1m
A quantidade desse produto, em litros, que será usada na 1,6 m
piscina, é:
a. 1 250 d. 250
b. 62,5 e. 625 1m
c. 125
1,4 m
05. UFPE
EMI-16-130

A estrutura a seguir é de uma casa de brinquedo e consiste Calcule o volume da estrutura, em dm3, e indique a soma
de um paralelepípedo retângulo acoplado a um prisma triangular. dos dígitos do valor obtido.
Seu espaço
16

Sobre o módulo Um site com informações sobre prismas e antiprismas, com


212

Apresentamos, neste módulo, problemas relacionados algumas animações e informações bastante interessantes.
principalmente a volumes dos prismas. Talvez seja importante
uma revisão sobre conversões de unidades de volume para que
<http://m3.ime.unicamp.br/recursos/1040>.
os alunos consigam relacioná-las de maneira consciente. A ha-
bilidade de reconhecer prismas e seus elementos é fundamen-
Matemática

tal para a resolução dos problemas. No exercício de aplicação Um vídeo que pode ser usado para introduzir o princípio
03, por exemplo, apresenta-se uma oportunidade para avaliar de Cavalieri.
essa habilidade, pois não reconhecer corretamente o prisma ou
sua altura pode ser um dos principais motivos de erro.
Na web

<http://www.es.iff.edu.br/poliedros/
apresentacao.html>.

Exercícios Propostos
Matemática e suas Tecnologias

Da teoria, leia os tópicos A.1 e A.2. 08. UFPE


Exercícios de tarefa reforço aprofundamento A figura abaixo ilustra um prisma ABCDEFGH de base re-
tangular e de dimensões 4 e 7. A face ABFE é perpendicular
ao plano da base do prisma e a face BCGF forma um ângulo
06. ESPM-SP de 30o com o plano da base do prisma. Qual é o volume do
No sólido representado a seguir, sabe-se que as faces prisma, se a aresta BF mede 6?
ABCD e BCFE são retângulos de áreas 6 cm2 e 10 cm2, respec-
H G
tivamente. O volume desse sólido é de: E
F
F

E
D
C
64

A B
D C
09. Unifor-CE
2 cm
A figura é um prisma oblíquo cuja base é um triângulo
A B equilátero de perímetro 18 cm.

a. 8 cm3 d. 16 cm3
b. 10 cm3 e. 24 cm3
c. 12 cm3

07. UFES 10 cm
O canal de um rio tem a forma de uma calha cujo corte
transversal é dado pela figura a seguir. O fundo e cada um dos
lados da seção transversal medem 4 metros. O canal é retilí- 60°
neo e tem 50 km de extensão.
O volume desse prisma, em centímetros cúbicos, é igual a:
a. 270 d. 45 2
4m 4m b. 135 e. 45
c. 45 3
60º 60º
4m 10. Univag-MT
Uma maleta térmica, utilizada para o transporte de ór-
O volume desse canal, em milhares de m3, é: gãos, possui altura h = 40 cm e volume de 40 litros. A base
a. 200 3 d. 500 3 da maleta tem a forma hexagonal formada por dois triângu-
EMI-16-130

b. 300 3 e. 600 3 los equiláteros de lado a e um retângulo de lados a e b, como


c. 400 3 mostra a figura.
Considerando a caixa mencionada no texto e o índice plu-

16
viométrico de 2 mm, o volume de água na caixa seria de:
h
a. 1 L d. 2,5 L

212
b. 1,5 L e. 3 L
a c. 2 L
b

Sabendo que 1 litro = 1 000 cm3 e considerando a = 20 cm 14. UFTM-MG


e 3 = 1,73 , é correto afirmar que o valor de b, em cm, é: A figura 1 representa um prisma obtido após a secção do
a. 15,6 c. 32,7 e. 32,4 paralelepípedo reto retângulo ADFCGJLI representado na figura 2.

Matemática
b. 15,4 d. 15,7 D E
D E F
11. Vunesp A
B A
B C
Considere o sólido da figura (em amarelo), construído a
J
partir de um prisma retangular reto. K J K
L
E G H G H I
C F Figura 1 Figura 2
B Sendo que: AB = BC = DE = EF e 4HI = 4KL = JL = 2JG = 2AG = x,
A G o volume do prisma representado na figura 1 é:
d. 5x

Matemática e suas Tecnologias


a. 5x3
3

32 8
b. 3x e. 3x
3 3
D
Se AB = 2 cm, AD = 10 cm, FG = 8 cm e BC = EF = x cm, o 16 4
c. 3x
3
volume do sólido, em cm3, é:
a. 4x (2x + 5) d. 4x2 (2 + 5x) 5
b. 4x (5x + 2) e. 4x2 (2x + 5) 15. Enem
c. 4 (5 + 2x) As torres Puerta de Europa são duas torres inclinadas
uma contra a outra, construídas numa avenida de Madri, na
12. Fameca-SP Espanha. A inclinação das torres é de 15o com a vertical e elas
A figura indica um paralelepípedo reto retângulo ABCDEFGH têm, cada uma, uma altura de 114 m (a altura é indicada na fi-
com AB = 12 cm, AD = 8 cm e AF = 9 cm. Esse paralelepípedo foi gura como o segmento AB). Estas torres são um bom exemplo
seccionado por um plano contendo a aresta DE e perpendicular de um prisma oblíquo de base quadrada e uma delas pode ser
às suas duas faces maiores, conforme indica a figura. observada na imagem.
E A
H

65
F P G

D C

A Q B
Sabendo que o plano de secção foi feito de forma que o
triângulo EFP seja isósceles, o volume do prisma DQBCHEPG,
em cm3, é igual a: B
a. 488 c. 720 e. 456
b. 532 d. 576 DisponíveI em: < www.fflckr.com>. Acesso em: 27 mar. 2012.
Utilizando 0,26 como valor aproximado para a tangente de
13. Sistema COC 15o e duas casas decimais nas operações, descobre-se que a
Leia o texto a seguir. área da base desse prédio ocupa na avenida um espaço:
a. menor que 100 m2.
Índice pluviométrico b. entre 100 m2 e 300 m2.
O índice pluviométrico refere-se à quantida- c. entre 300 m2 e 500 m2.
de de chuva por metro quadrado em determi- d. entre 500 m2 e 700 m2.
nado local e em determinado período. O índice e. maior que 700 m2.
é calculado em milímetros. Se dissermos que o
índice pluviométrico de um dia, em certo local, 16. Unicamp-SP
foi de 2 mm, significa que, se tivéssemos nesse Numa piscina em formato de paralelepípedo, as medidas
local uma caixa aberta, com 1 metro quadrado das arestas estão em progressão geométrica de razão q > 1.
de base, o nível da água dentro dela teria atingi- a. Determine o quociente entre o perímetro da face de
do 2 mm de altura naquele dia. maior área e o perímetro da face de menor área.
EMI-16-130

Disponível em: <http://www.saema.com.br/indice- b. Calcule o volume dessa piscina, considerando q = 2 e


pluviometrico.html>. Acesso em: 20 jul. 2013. a área total do paralelepípedo igual a 252 m2.
Módulo 74
16

Prismas regulares
212

Exercícios de Aplicação
01. 02. Unifor-CE
Matemática

Observe o prisma regular hexagonal ilustrado na figura a A área da base de um prisma triangular regular é 4 3m2
seguir. e sua altura é 3 m. A área lateral e o volume do prisma são,
respectivamente:
a. 8 3 m2 e 16 3 m3
b. 36 m2 e 4 3 m2
c. 12 m2 e 12 3 m3
d. 36 + 8 3 m2 e 24 3 m3
e. 36 m2 e 12 3 m3
Resolução
 2 3
Matemática e suas Tecnologias

B= 2 3
 4 ⇒ = 4 3 ⇒ = 4m
B = 4 3 4
A medida da aresta da base é 6 cm e a medida da altura é
10 cm. Assim, qual é o valor de sua área total e seu volume?
Resolução
ST = 36 · (3 3 + 10) cm2; V = 540 3 cm3

Área total:
62 ⋅ 3
ST = 2SB + SL = 2 ⋅ 6 ⋅ + 6 ⋅ 6 ⋅ 10 h=3m
4
ST = 12 ⋅ 9 ⋅ 3 + 360 = 108 3 + 360
ST = 36 ⋅ (3 3 + 10) cm2

Volume:
Área lateral = 3 · (3 · 4) = 36
V = SB ⋅ H
66

Área lateral = 36 m2
62 ⋅ 3
V= 6⋅ ⋅ 10 Volume = 3 · 4 3 = 12 3
4
V = 6 ⋅ 9 3 ⋅ 10 V = 12 3 m3
V = 540 3 cm3 Alternativa correta: E

EMI-16-130
03. UEPA Resolução

16
A natureza é uma fonte inesgotável de comu- Considerando x = 1 , temos que os volumes dos prismas
12
nicação de saberes necessários à sobrevivência
são dados, respectivamente, por:

212
da espécie humana, por exemplo, estudos de api-
cultores americanos comprovam que as abelhas
12 12
constituem uma sociedade organizada e que elas
sabem qual o formato do alvéolo que comporta
a maior quantidade de mel. 6 6
MARTINS, Paulo Roberto. A matemática na arte e na vida.

Matemática
São Paulo: Editora Livraria da Física, 2011. Adaptado. 4x 3x
12

Um professor de matemática, durante uma aula de geo-


6
metria, apresentou aos alunos 3 pedaços de cartolina, cada
um medindo 6 cm de largura e 12 cm de comprimento, dividi-
2x
dos em partes iguais, conforme figuras a seguir.
12x
12 12

V3 =
(4 x)2 3
⋅ 6 = 24 x2 3 =
3
cm3
6 6
4 6

Matemática e suas Tecnologias


3 3
V4 = (3x ) ⋅ 6 = 54 x2 =
2
cm
12 8
V6 = 6 ⋅
(2x)2 3
⋅6
6 = 36x2 3 =
3 3
cm
6 4 4

()
2 2
Temos imediatamente que V6 > V3 e como  3  > 3 >
 4  8
Disponível em: <Fonte: http://www.mat.uel.br/
geometrica/php/pdf/dg_malhas.pdf>.
2
>  3  ⇒ V6 > V4 > V3.
Dobrando os pedaços de cartolina nas posições indi-  6 
cadas, obtemos representações de prismas retos com as
mesmas áreas laterais e base triangular, quadrangular e he- Alternativa correta: B
xagonal. Sendo V3 o volume do prisma de base triangular, V4 Habilidade
o volume do prisma de base quadrangular e V6 o volume do Calcular o volume de paralelepípedos retangulares, de
prisma de base hexagonal, é correto afirmar que: cubos e de prismas regulares.
Adote 3 = 1,7

67
a. V3 < V6 < V4
b. V3 < V4 < V6
c. V4 < V3 < V6
d. V6 < V3 < V4
e. V6 < V4 < V3

Exercícios Extras
04. UFTM-MG a. 934 d. 865
Um rótulo de forma retangular (figura 1) será colado b. 1 150 e. 1 350
em toda a superfície lateral de um recipiente com a forma c. 650
de um prisma hexagonal regular (figura 2), sem haver su-
perposição. 05.
Considere um prisma hexagonal regular, com aresta da
base medindo 4 cm, altura 6 cm e as seguintes afirmativas.
Figura 2
Figura 1 I. Tem área da base igual a 4 3.
II. Tem área lateral igual a 144 cm2.
10 cm 10 cm III. Tem volume igual a 144 3.
É correto o que se afirma em:
a. I e II apenas.
36 cm b. I e III apenas.
c. II e III apenas.
EMI-16-130

Considerando 3 ≈ 1,73, é correto afirmar que a capaci- d. II apenas.


dade desse recipiente é, em mL, aproximadamente: e. I, II e III.
Seu espaço
16

Sobre o módulo Na web


212

Reservamos para este módulo questões relacionadas


aos principais prismas regulares de bases triangular, qua-
<http://m3.ime.unicamp.br/recursos/1042>.
drangular e hexagonal. Relacionar esses sólidos às suas
planificações e dominar bem a geometria dos triângulos equi-
láteros são habilidades importantes para a resolução das si- Um vídeo que contextualiza a geometria espacial dos
Matemática

tuações-problema. prismas hexagonais regulares.

Exercícios Propostos
Matemática e suas Tecnologias

Da teoria, leia os tópicos B.1 e B.2.


Exercícios de tarefa reforço aprofundamento

06. Ulbra-RS
Sejam dois prismas regulares de mesma altura h, o pri-
meiro de base triangular e o segundo de base hexagonal. Em
ambos os prismas, a aresta da base mede a. A razão entre o
volume do prisma triangular e o volume do prisma hexagonal é:
a. 648 3 m3 d. 96 3 m3
a. 1 b. 216 3 m3 e. 72 3 m3
2 c. 108 3m3
b. 1
3 09.
68

c. 1 Um recipiente na forma de um prisma reto de base qua-


4 drada, cuja área lateral é igual ao sêxtuplo da área da base,
d. 1 contém um determinado medicamento que ocupa 3 de sua
9 4
e. 1 capacidade total. Conforme prescrição médica, três doses
6 diárias desse medicamento, de 50 mL cada uma, deverão ser
ministradas a um paciente durantes seis dias. Nessas condi-
07. ções, é correto afirmar que, para ministrar a quantidade total
A planificação a seguir é de um prisma regular cuja altura prescrita, o medicamento contido nesse recipiente será:
é congruente às arestas da base que medem 2 cm. Qual o vo-
lume do prisma?

15 cm

x
x
a. insuficiente, faltando 125 mL.
08. b. insuficiente, faltando 100 mL.
Num prisma hexagonal regular reto, a área lateral é igual c. suficiente, não faltando nem restando medicamento.
ao triplo da área da base e a aresta lateral mede 9 cm. O volu- d. suficiente, restando ainda 125 mL.
EMI-16-130

me desse prisma é: e. suficiente, restando ainda 225 mL.


10. Sistema COC 14.

16
Uma indústria fabrica para uma empresa brindes pro- Um projeto original previa a construção de um reserva-
mocionais para agraciar seus clientes. Esses brindes têm a tório, cuja base ABCDEF, mostrada na figura, apresentava a

212
forma de um prisma hexagonal regular, com as seguintes ca- forma de um hexágono regular. Por razões técnicas, o projeto
racterísticas: original precisou ser modificado. Para tanto, o arquiteto uniu
• o segmento que une os vértices A e B mede 10 cm; os pontos médios de cada lado do hexágnono ABCDEF, esta-
• a altura h tem medida 5 cm. belecendo um novo hexágono regular GHIJLM, base do novo
reservatório, que terá 2 metros de largura.

Matemática
A G B
h
M H
F C
A B
L I
Para evidenciar o nome dessa empresa, envolveu-se
toda a área da superfície do sólido com papel contendo a sua E J D
logomarca. Considere que, ao envolver todo o sólido, não hou- 6m
ve perda nem sobreposição do papel. Assim, a quantidade de

Matemática e suas Tecnologias


papel utilizada para envolver a superfície do sólido, em cm2, é: Determine:
Adote: 3 = 1,7 a. a diferença entre a área da base do reservatório origi-
a. 950 nal e a área da base do novo reservatório;
b. 810 b. a capacidade do novo reservatório, que tem a forma
c. 695 de um prisma reto de base hexagonal regular.
d. 560
e. 555 15.
O sólido da figura I foi obtido, retirando-se de um prisma
11. FGV-SP triangular regular três prismas iguais, também triangulares e
Um prisma hexagonal tem duas faces hexagonais parale- regulares, cada um deles representado pela figura II. Se d = 5 x
las, as bases e seis faces laterais retangulares. 8
Quantas diagonais, não das faces, tem esse prisma? e o volume de cada cada prisma retirado é 3, então o volu-
a. 18 me desse sólido é igual a:
b. 19
c. 20 d
d. 21 Figura I

69
d
e. 22 d
12. FGV-SP d
O apótema de um hexágono regular (segmento perpendi-
cular que vai do centro do polígono até cada lado da mesma x
x
figura) mede 2. 2
O volume do prisma reto, de altura 10, e base no referido 3
hexágono é:
a. 50 3
b. 32 6 Figura II
c. 80 3
d. 60 3
x
e. 48 6 x
2
13. a. 12 3
Uma peça feita de ferro maciço tem a forma de um pris- b. 14 3
ma reto com 4 3 cm de altura. Sabendo-se que a base dessa c. 15 3
peça é um triangulo equilátero de 5 cm de lado e que a den- d. 16 3
sidade do ferro é 7,8 g/cm3, podemos afirmar que a massa da e. 19 3
peça, em gramas, é igual a:
a. 585 16. Unimontes-MG (adaptado)
b. 525 Considere um prisma de base hexagonal, cuja área lateral
c. 625 vale 180 cm2 e a medida da aresta da base é igual a um sexto
d. 685 da medida da altura mais duas unidades. Qual a altura desse
EMI-16-130

e. 700 prisma, em cm?


1. Pirâmides 72
2. Organizador gráfico 82
Módulo 75 – Pirâmides:
elementos e áreas 83
Módulo 76 – Pirâmides:
problemas sobre volume 87
Módulo 77 – Pirâmides: tetraedro 91

• Identificar os elementos de uma


pirâmide.
• Relacionar diferentes pirâmides com
suas planificações.
• Identificar a planificação de um
tetraedro trirretangular.
• Calcular o volume e a área da superfície
de pirâmides regulares.
• Calcular o volume e área da superfície do
tetraedro regular e do octaedro regular.
• Calcular a área da superfície e o volume
de um tetraedro trirretangular.
• Resolver problemas que envolvam rela-
ções métricas fundamentais (compri-
mentos, áreas e volumes) de pirâmides.

INTERLIGHT / ISTOCK
Pirâmides 17
71

Pirâmides são formas espaciais que sempre encantaram a


humanidade, despertando mistérios e lendas. Esse fascínio e
admiração contemplam as pirâmides construídas pelas civi-
lizações do Antigo Egito ou do Império Maia, até as modernas
edificações que contrastam com o histórico e antigo Palácio do
Louvre, onde está instalado o Museu do Louvre, em Paris.
1. Pirâmides Os blocos foram talhados com tanta precisão que, entre
17

eles, não se pode introduzir sequer uma agulha. A superfície


A. Pirâmides é feita de pedra calcária bem polida e de acabamento tão
212

Neste capítulo, continuaremos a estudar a geometria es- perfeito que é quase impossível ver a junção dos blocos.
pacial dos sólidos geométricos, enfatizando agora as pirâmi- Segundo o historiador grego Heródoto, para construí-la, tra-
des. A seguir, algumas representações de pirâmides: balharam 100 000 homens durante vinte anos.

GREAT PYRAMID – STOCK IMAGE


Matemática

Essa forma espacial é bastante conhecida, por isso torna-


se difícil não nos lembrarmos das pirâmides do Egito ao tra-
tarmos deste assunto. Uma dessas pirâmides é a de Quéops,
também chamada de Grande Pirâmide. Ela mede 250 metros
de cada lado, na base, e 160 metros de altura. Foram utiliza-
dos cerca de 2 milhões de blocos de pedra, a maior parte de-
Matemática e suas Tecnologias

les com peso médio de 2,5 toneladas. Pirâmide de Quéops

Os antigos egípcios transportaram pedras da pirâmide sobre a areia molhada.


Físicos da Universidade de Amsterdam descobriram que os antigos egípcios usavam um truque in-
teligente para tornar mais fácil o transporte de pedras pesadas para a construção das pirâmides e de
grandes estátuas. Eles utilizavam, de acordo com o estudo, uma espécie de trenó que deslizava em areia
umedecida, permitindo-lhes reduzir pela metade o número de trabalhadores necessários. Os pesquisa-
dores publicaram a descoberta na prestigiosa revista Physical Review Letters.
Os físicos construíram uma versão de laboratório do trenó egípcio em uma bandeja de areia. Eles de-
terminaram a força de tração necessária e a rigidez da areia em função da quantidade de água utilizada
para umedecer a areia.
Uma pintura de parede no túmulo de Djehutihotep mostra claramente uma pessoa em pé, na frente
do trenó puxado, derramando água sobre a areia.
Este estudo pode contribuir para a compreensão de problemas atuais que envolvem outros materiais
72

granulares como a areia, o carvão, o concreto e o asfalto.


Disponível em: < http://iop.uva.nl/news-events/content/2014/00/prl-egyptian-pyramids.html>.

A.1. Definição A.2. Elementos de uma pirâmide


Consideremos um plano α, uma região poligonal convexa
V (vértice)
S e um ponto V fora de α. Aresta
Pirâmide é a reunião de todos os segmentos com uma ex- lateral
tremidade em V e a outra na região poligonal S.
H (altura)
E
V
A D
S
Face B C Aresta
lateral da base
Base

• A região poligonal S é chamada base da pirâmide.


• O vértice da pirâmide é V.
• A altura da pirâmide é a distância de V ao plano da base.
• As arestas da base são os lados do polígono da base.
S • As arestas laterais são os segmentos com extremida-
des em V e nos vértices do polígono da base.
α
EMI-16-130

• As faces laterais são os triângulos determinados pelo


vértice V e cada uma das arestas da base.
A.3. Nomenclatura Quando uma pirâmide é reta, suas faces laterais são

17
Uma pirâmide é nomeada de acordo com a quantidade de triângulos isósceles congruentes, ou seja, todas as arestas
arestas na base. Exemplos: laterais são congruentes entre si.

212
Se a projeção ortogonal do vértice V não for sobre o centro
da base, dizemos que a pirâmide é oblíqua, como é o caso da
pirâmide representada a seguir, em que V' é a projeção orto-
gonal de seu vértice.

Matemática
V
Pirâmide quadrangular
Pirâmide triangular (tetraedro)

V'
Pirâmide
oblíqua

Matemática e suas Tecnologias


Pirâmide hexagonal A.6. Pirâmide regular
A.4. Secção transversal Uma pirâmide reta que possui um polígono regular na
Secção transversal de uma pirâmide é a intersecção des- base é chamada de pirâmide regular.
sa pirâmide com qualquer plano paralelo à sua base. A seguir, como exemplo, representamos uma pirâmide
Na figura a seguir, o polígono ABCDE, em destaque, é a hexagonal regular e algumas possíveis planificações. Neste
secção obtida pela intersecção do plano β com a pirâmide. O exemplo, temos uma pirâmide que cumpre as duas proprie-
plano β é paralelo ao plano α que contém a base da pirâmide. dades para ser regular, ou seja, tem na sua base um polígono
regular e é reta.
Note que, por ser reta, os triângulos que compõem sua
superfície lateral são isósceles.
B D
A C
B

73
Pirâmide hexagonal regular

A.5. Pirâmides retas e pirâmides oblíquas


Pirâmide reta é a que possui a projeção ortogonal do vér-
tice sobre o centro da base.
A pirâmide representada a seguir é reta e o ponto O é a
projeção ortogonal de seu vértice, o ponto V.
Planificação 1
V

O
EMI-16-130

Pirâmide hexagonal reta Planificação 2


A.7. Elementos de uma pirâmide regular divide a mediana na razão 2 : 1, portanto o apótema da base
17

I. Apótema de uma pirâmide regular corresponde à terça parte da mediana.


Chama-se apótema de uma pirâmide regular a altura (re-
A
212

lativa ao lado da base) de uma face lateral.


Na figura a seguir, m é a medida do apótema da pirâmide
2a
representada.

G
a
Matemática

m B C
 M 
2 2

Assim, como AM =  3 (altura do triângulo equilátero),


temos: 2

II. Apótema da base de uma pirâmide regular a + 2a =  3 ⇔3a =  3


Dá-se o nome de apótema da base de uma pirâmide regu- 2 2
lar ao apótema do polígono regular da base, que, na verdade,
é a distância do centro do polígono a cada um dos lados. ∴GM = a =  3 e AG = 2a =  3
6 3
Matemática e suas Tecnologias

Na representação a seguir, a corresponde à medida do


apótema da base.

O apotéma da base é igual a um terço da altura do triângulo


equilátero.

Sendo f a medida de uma aresta lateral, temos mais uma


a
possibilidade de destacar um triângulo retângulo, como re-
presentado a seguir:

B. Teorema de Pitágoras e as H
f
principais pirâmides regulares
De modo geral, o teorema de Pitágoras tem aplicação na
maioria dos problemas que envolvem pirâmides. Reconhecer 2a G 
os triângulos retângulos determinados pelos elementos das
74


pirâmides torna-se uma habilidade importantíssima. A seguir,
teremos exemplos de triângulos retângulos determinados pe- De onde vem a relação:
los elementos das principais pirâmides regulares.
f2 = H2 + (2a)2
B.1. Pirâmide triangular regular
Considere uma pirâmide triangular regular em que as
arestas da base medem , altura H, apótema da base a e apó-
tema da pirâmide m, como representado a seguir: APRENDER SEMPRE 10

V 01.
Determine a altura de uma pirâmide triangular regular
em que as arestas da base medem 12 cm e o apótema da
m C
H pirâmide 4 3 cm.

A Resolução
G a M Seja a pirâmide representada a seguir:
  V
2

m B
Os apótemas da base e da pirâmide e a altura determi- H
nam um triângulo retângulo, tornando válida a relação:
A
m2 = H2 + a2 G a M
12 12
EMI-16-130

Como a base da pirâmide é um triângulo equilátero de C


lado , temos que o ponto G é o baricentro desse triângulo e
É importante lembrar que o apótema de um quadrado cor-

17
A medida AM equivale à altura de um triângulo equilá- responde à metade de seu lado, ou seja, a = 
tero de lado 12 cm. Assim: 2
D C

212
 3 12 3
AM = = =6 3
3 2 a
Temos ainda que:

AM 6 3 A  B
a= ⇒ =2 3

Matemática
3 2
e a diagonal D é dada por D =  2.
Agora, usamos o teorema de Pitágoras no ∆VGM, co-
nhecendo o valor de m = 4 3. D C
D
2
V D 
( 4 3 ) = H + (2 3 )
2 2
2 2
2 2
42 ⋅ 3 = H2 + 22 ⋅ 3
4 3 A B
H 16 ⋅ 3 = H2 + 4 ⋅ 3
48 = H2 + 12

Matemática e suas Tecnologias


H2 = 36
G M H=6 APRENDER SEMPRE 11
2 3

Logo, a altura da pirâmide é 6 cm. 01.


Determine a medida das arestas laterais de uma pirâ-
mide quadrangular regular que tem as arestas da base me-
dindo 12 cm e altura 6 2 cm.
B.2. Pirâmide quadrangular regular
Seja uma pirâmide quadrangular regular em que m é a Resolução
medida de seu apótema, a a medida do apótema da base,  Seja a pirâmide representada a seguir:
a medida de uma aresta da base e H a medida da altura da
V
pirâmide, como representado a seguir:
f
V 6 2
H

75
D C

H m 12
O
D C A 12 B

a M A medida OC equivale à metade da diagonal AC da base.


Assim:
A  B D C
D
Temos, imediatamente, que: 2 D = 12 2
D 12
2 D=6 2
2
m2 = H2 + a2
A 12 B

Sendo f a medida de uma aresta lateral e D a medida da Agora, usamos o teorema de Pitágoras no ∆VOC.
diagonal da base, também temos:
f 2 = (6 2 ) + (6 2 )
2 2
V
2 2
V f 2 = 62 ⋅ 2 + 62 ⋅ 2
6 2 f f 2 = 36 ⋅ 2 + 36
36 ⋅ 2
f 2 = 72 + 72
f 2 = 144
O C
f D H 6 2 f = 12
C
D M Portanto, as arestas laterais da pirâmide medem 12 cm.
2
EMI-16-130

A  B
B.3. Pirâmide hexagonal regular
17

Seja a pirâmide hexagonal regular de altura com medida APRENDER SEMPRE 12


H, apótema m, apótema da base a e arestas da base , como
212

representado a seguir: 01.


Determine a medida das arestas da base de uma pirâ-
mide hexagonal regular em que a medida de seu apótema
é 13 cm e sua altura, 12 cm.
m
Resolução
Matemática

H
Seja a pirâmide representada a seguir de vértice V, cen-
tro da base O, ponto médio de uma de suas arestas da base
a
M e a o apótema da base:
 V

No triângulo retângulo em destaque, temos:


13 12

m2 = H2 + a2
M a O 
Matemática e suas Tecnologias


Também é importante lembrar que um hexágono regular
de lado  pode ser decomposto em seis triângulos equiláteros
de lado : No triângulo VOM em destaque, temos que:

132 = 122 + a2
13 12 169 = 144 + a2
 a2 = 169 – 144
 a2 = 25
a a=5

Assim, temos que a base da pirâmide é um hexágono
Portanto, o apótema da base equivale à altura de um des- regular de apótema com medida a = 5.
ses triângulos: Desse modo:
76

5=  3
2
 3 5  3 =110
a=
3 10
a = ⋅ 3 ⇔  = 10 3
3 3 3

Sendo f a medida das arestas laterais, também podemos C. Área lateral e área total de uma pirâmide
estabelecer que: A área lateral de uma pirâmide é a soma das áreas das
faces laterais. Assim, por exemplo, seja a planificação de uma
V pirâmide quadrangular representada a seguir:
A superfície em destaque corresponde à área lateral da
pirâmide.
f
H


f2 = H2 + 2
EMI-16-130
A área total de uma pirâmide é a soma da área lateral com D. Volume de uma pirâmide

17
a área da base. No caso do exemplo anterior, a área total seria Vimos, no capítulo anterior, que o volume de um prisma é
a soma das quatro áreas triangulares mais a área da base. dado pelo produto da área de sua base por sua altura.

212
Queremos mostrar agora que o volume de uma pirâmide
é a terça parte do volume do prisma de mesma base e altura.
Na figura a seguir, temos um prisma e uma pirâmide de
mesma base Sb e mesma altura H, em que VVABC e VABCDEV são os
volumes da pirâmide e do prisma, respectivamente.

Matemática
D E
V V

H H
APRENDER SEMPRE 13
01. A Sb B A Sb B
Calcule a área lateral e total de uma pirâmide qua- C C
drangular regular cujo apótema mede 5 cm e as arestas da
VVABC = Sb ⋅ H

Matemática e suas Tecnologias


base, 6 cm. VABCDEV = Sb · H
3
Resolução O volume de uma pirâmide é igual a um terço do produto
Seja a pirâmide representada a seguir: da área da base pela altura.
V SB ⋅ H
V=
3
5 De fato, note que podemos decompor o prisma da figura
D C acima em três pirâmides equivalentes, ou seja, de mesmo vo-
lume, como representado a seguir:
3 M
D E
A 6 B
V
Vamos determinar a área lateral e a área total da pirâ-
mide quadrangular regular acima.
Inicialmente, calculamos a área do ∆VBC.

77
V H

A B
5
C
Figura 1
B M 3 C
3
6

Note que o apótema da pirâmide é a altura do triângulo D E E
da face. V V
base x altura 6 ⋅ 5
S∆VBC = = = 15 V
2 2

Assim, a área lateral fica:


SL = 4 · S∆VBC H
SL = 4 · 15 ⇒ SL = 60 A A B

A área total fica: A B


ST = SB + SL
ST = 62 + 60 C
EMI-16-130

ST = 36 + 60 ⇒ ST = 96 Figura 2
Podemos notar que as pirâmides VABC e DVEA são equiva- APRENDER SEMPRE 14
17

lentes, pois têm a mesma área da base e mesma altura. As altu-


ras e as bases dessas pirâmides coincidem com as do prisma. 01.
212

Também podemos verificar que as pirâmides VADE e VABE Uma loja de artesanatos vende velas em formato de
também são equivalentes, pois os triângulos ADE e ABE são pirâmide quadrangular regular. Na embalagem do produ-
congruentes. É fácil perceber a congruência desses triângulos to, constam as seguintes informações:altura: 14 cm; lar-
na figura 1, em que o segmento AE divide o retângulo ABED nos gura: 12 cm; comprimento: 12 cm; massa: 700 g.
dois triângulos. Desse modo, os dois triângulos também são co-
planares e a altura das pirâmides VADE e VABE coincidem.
Matemática

Assim, temos que os volumes das pirâmides VABC, VADE 6


e VABE são iguais e o volume do prisma corresponde à soma
desses volumes. Logo, o volume de cada pirâmide é a terça 6 6
parte do volume do prisma.
Provamos que uma pirâmide triangular tem volume equiva- Disponível em: < http://img.elo7.com.br/product/
lente à terça parte do volume de um prisma triangular de mes- main/46E02D/vela-de-piramide.jgp>.
ma base e altura. Podemos também estender esse resultado a Desse modo, considerando homogêneo o material de
pirâmides de base qualquer, com a ajuda de um teorema que: fabricação, podemos calcular sua densidade, que é dada
pela razão entre a massa e o volume. Qual a densidade
Teorema aproximada deste material?
Matemática e suas Tecnologias

Duas pirâmides que têm alturas iguais e bases de áreas


iguais têm volumes iguais. Resolução
Já temos informada a massa da vela que é 700 g. Logo,
precisamos calcular o volume desta pirâmide que é qua-
O enunciado a seguir relaciona-se ao princípio de Cavalie- drangular regular.
ri, apresentado no capítulo anterior. A área da base é dada por SB = 12 cm · 12 cm = 144 cm2
Consideremos duas pirâmides de mesma altura h e com S ⋅ H 144 ⋅ 44
bases de mesma área SB, conforme a figura. Sejam S1 e S2 as Assim, o volume é: V = B = = 672 cm3
3 3
áreas das secções transversais que obtemos ao seccionar
os dois sólidos por um plano à distância h dos vértices das Com base nesses dados dados, temos que a densida-
pirâmides.
700 g
de d = m = ≈ 1,04 g/cm3.
v 672 cm3
S2
S1 02.
h Calcule o volume de uma pirâmide hexagonal regular,
78

H H
cuja aresta lateral mede 10 cm e o raio da circunferência
circunscrita à base mede 6 cm.

SB SB
Resolução
Pirâmide 1 Pirâmide 2

Temos que S1 e S2 são semelhantes a SB, uma vez que a razão


H
de semelhança é a mesma, pois estas secções estão à mesma 10
distância h dos vértices, S1 = S2. Então, pelo princípio de Cavalieri,
temos que as duas pirâmides têm volumes iguais. 6
Assim, uma pirâmide qualquer sempre será equivalente a
uma pirâmide triangular de mesma área da base e mesma al- A aresta da base mede 6 cm.
tura. Na figura a seguir, temos um exemplo em que a pirâmide
2 tem a mesma área da base SB e altura H da pirâmide 1, logo
são equivalentes.

1 2
102 + H2 + 62
H 100 = H2 + 36
H2 = 100 – 36 ⇒ H2 = 64 ⇒ H = 64 H = 8 cm
Assim, o volume v fica:
SB SB
1 1 62 3
V = ⋅ SB ⋅ H = ⋅ 6 ⋅ ⋅ 8 = 6 ⋅ 3 3 ⋅8

3 3 4
EMI-16-130

Portanto, para qualquer pirâmide, seu volume será dado V = 144 3 ccm 3

pela terça parte do produto da área da base pela altura.


E. Tetraedro 92 12H2 + 2

17
=
Tetraedro é um poliedro com quatro faces triangulares 12 12
ou, ainda, uma pirâmide de base triangular, como represen- 92 = 12H2 + 2
12H2 = 82

212
tado a seguir:
6H2 = 42
4 2
H2 =
6
um tetraedro 2 6
V regular H= ⋅
 6 6

Matemática
22 6
B A  B H=
 h 6
H  2a
  6
2 a
2 H=
2a G M 3
A 
G a M 
 
2
2 E.2. Área total de um tetraedro regular
C C
Tetraedro A área total (ST) de um tetraedro regular consiste na soma
retangular das áreas dos quatro triângulos equiláteros que o formam.

Desse modo, sobre qualquer face que apoiarmos este po- 2 3


ST = 4 ⋅
4

Matemática e suas Tecnologias


liedro, teremos uma pirâmide.
Sabemos que uma pirâmide regular tem que ser reta e ter, S T = 2 3
na base, um polígono regular. Entretanto, quando sabemos
que um tetraedro é regular, podemos afirmar que todas as E.3. Volume de tetraedro regular
quatro faces são triângulos equiláteros. Desse modo, todas Por se tratar de uma pirâmide, o volume do tetraedro equi-
as arestas de um tetraedro regular são congruentes entre si. vale à terça parte do produto da área da base pela altura do
Ele é também conhecido como um dos sólidos de Platão já tetraedro.
estudados em um dos capítulos anteriores.
1 1 2 3  6
V = ⋅ SB ⋅ H = ⋅ ⋅ =
E.1. Planificação e elementos de um tetraedro regular. 3 3 4 3
 ⋅ 3⋅⋅ 2 ⋅ 3
2
A seguir, apresentamos um tetraedro regular, seus ele- =
mentos e uma possível representação de sua planificação. Na 36
2
figura,  é a medida das arestas, G é o baricentro da base, H a 3 ⋅ 3 ⋅ 2 3 ⋅ 3 2 3 ⋅ 2
V= = , então V =
altura do tetraedro, h a altura de uma face lateral ou o apóte- 36 36 12
 3
ma do tetraedro e a o apótema da base. Note que AM = .

79
3
APRENDER SEMPRE 15
4
4
01. Fuvest-SP
H Calcule a área total, a altura e o volume de um tetraedro
2 regular cujas arestas medem 4 cm.

4 2 Resolução

 3
Então, GM = a = AM = , pois G é o baricentro e divide
3
a mediana AM na razão 2:1.

Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo VGM, pode-


mos determinar a medida H em função de :

h2 = H2 + a2
42 ⋅ 3
2 ST = 4 ⋅ S∆ = 4 ⋅ ⇔ ST = 16 3 ccm2
  3 2   3 4
 2  ⋅ H +  6   6 4 6
H= ⇔H= cm
2 ⋅ 3
2
2 ⋅ 3
2 3 3
= H2
+  ⋅ 2 4 ⋅ 2 64 ⋅ 2
3 3
22 62 V= = =
32 3 2 12 12 12
12
= H2 + 16 2 3
4 36 V= cm
EMI-16-130

32 2 3
=H +2
4 12
92 12H2 + 2
=
12 12
9 = 12H2 + 2
2
F. Octaedros regulares Desse modo:
17

Octaedros regulares são poliedros com oito faces trian-


1
gulares, sendo os triângulos equiláteros. Eles também foram V = 2 ⋅ ⋅ SB ⋅ H
3
212

apresentados em capítulo anterior no estudo sobre os polie-


2 2  2
dros de Platão. Aprofundaremos um pouco mais os estudos V = ⋅ ⋅
3 2
desse sólido, apoiados no que apresentamos sobre pirâmides. 3 2
V=
3
A
Matemática

  APRENDER SEMPRE 16
E
B D 01. Fuvest-SP
  Determinar a área total, a altura e o volume de um oc-
taedro regular de aresta com medida 3 cm.
F
Resolução
Podemos considerar estes sólidos como sendo formados
por duas pirâmides quadrangulares regulares congruentes, B C
sem a face que representa a base (quadrado BCDE), como D
A
Matemática e suas Tecnologias

ilustrado a seguir:

A F G

E H
 
 2 E 32 ⋅ 3
H=
2 ST = 8 ⋅ S∆ = 8 ⋅ = 2⋅9⋅ 3
B O D 4
 ST = 18 3 ccm2
C 
 2 3 2
H= ⇔H= cm
2 2
Observe, na figura anterior, que os quadrados ACFE, BCDE 2 3 2
V = 2 ⋅ Vp = ⋅ 32 ⋅
e ABFD são congruentes, logo possuem a mesma medida dos 3 2
lados, diagonais e áreas. Assim: V = 9 2 cm3

BD = CE = AF =  2
80

G. Tetraedro trirretangular
F.1. Área total do octaedro regular Observe o cubo ABCDEFGH ilustrado a seguir:
Podemos calcular a área total (ST) de um octaedro regular
B C
facilmente, pois sua área total é dada pela soma das áreas de
8 triângulos equiláteros de lado . Assim: A D

2 ⋅ 3
ST = 8 ⋅ F G
4
E H
F.2. Volume do octaedro regular
Podemos calcular facilmente o volume (V) de um oc- Podemos fazer um corte nesse cubo, passando um plano
taedro regular considerando que este é o dobro do volume inclinado como poderá ser notado adiante.
de uma pirâmide quadrangular regular, como a represen-
tada a seguir, pois duas dessas pirâmides justapostas for- B C
mam o octaedro. J
I D b
A a c
A F L G
3 3
E E H
B D
Note que o sólido IJLD é uma pirâmide triangular mui-
C
3 3
to especial, pois é formada por quatro faces triangulares:
tetraedro
EMI-16-130

F Esse tetraedro, no entanto, tem mais uma peculiaridade:


ele possui três faces na forma de triângulo retângulo. Veja:
J

17
I a D J
c b D b

212
I a D I a
L
J c
b
D
c L

Matemática
L cateto x cateto a ⋅ b
SB = =
2 2
Portanto, estamos diante de um tetraedro trirretangular.
• Volume (V)
G.1. Volume do tetraedro trirretangular
Como se trata de um tetraedro, para calcular seu volume 1 1 a⋅b
V = ⋅ SB ⋅ H = ⋅ ⋅c
podemos considerar qualquer uma das quatro faces como 3 3 2
a⋅b⋅c
base. Torna-se conveniente, porém, escolher um dos triân- V=
gulos retângulos para base, pois, dessa forma, a altura do te- 6
traedro ficará facilmente determinada, ou seja, será a aresta

Matemática e suas Tecnologias


perpendicular ao plano que contém a base escolhida. Assim, podemos concluir que o volume de um tetrae-
No exemplo anterior, escolhendo-se a como base o triân- dro trirretangular equivale à sexta parte do produto das
gulo IDJ, temos que o segmento DL será a altura relativa e, medidas das arestas concorrentes num mesmo ponto e
dessa maneira, segue o cálculo do volume: perpendiculares.

APRENDER SEMPRE 17
01. Ou ainda:
Calcule o volume de um tetraedro trirretangular em que
as arestas concorrentes num mesmo ponto e perpendicula-
res medem, respectivamente, 2 cm, 4 cm e 6 cm.
4
Resolução 2
Podemos considerar qualquer uma das quatro faces do 1 6⋅4
6 V= ⋅ ⋅2 = 8
tetraedro como base, porém, dependendo da escolha, po- 3 2
deremos ter dificuldades para determinar a altura relativa a

81
essa base.
Torna-se mais fácil considerar como base as faces de-
terminadas por duas arestas perpendiculares. Uma forma
possível é dada a seguir: Portanto, o volume é de 8 cm3.

02.
4 SB = 4 · 2 = 2 Em cada um dos vértices de um cubo de madeira, re-
2
2 corta-se uma pirâmide AMNP, em que M, N e P são os pon-
tos médios das arestas, como se vê na ilustração. Se V é o
6
volume do cubo, o volume do sólido que resta ao tirar as 8
pirâmides é igual a:

N
1 1 4 ⋅2
V = ⋅ SB ⋅ H = ⋅ ⋅6 = 8 M A
3 3 2
Outra possibilidade: P

4
2 a. V d. 5V
1 6⋅2 2 6
V= ⋅ ⋅4 = 8
6 3 2 b. V
3 e. V
3
4 8
EMI-16-130

c. V
2
3
Resolução
17

Seja a a medida da aresta do cubo. 1 1 1 a a a a


VP = ⋅ SB ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅
Temos: Vcubo = V = a3 3 3 2 2 2 2 2
212

Vamos determinar o volume da pirâmide AMNP. a3 V


VP = =
48 48
N
Assim, o volume do sólido depois de retiradas 8 pirâmi-
A a
M a 2 des é:
Matemática

2 a
8V V 5V
2 Vsólido = V − 8 VP = V − =V− =
48 6 6

P Alternativa correta: D

2. Organizador gráfico
A. Pirâmides
Matemática e suas Tecnologias
FACTION / LATINSTOCK

Poliedros convexos
82

Pirâmides

Volume

Obliqua Reta

Regular

Apótema da base

Apótema da pirâmide

Pirâmide triangular regular – Tetraedro regular Área da


superfície
Pirâmide quadrangular regular – octaedro regular

Tetraedro trirretangular
Área da base
Pirâmide hexagonal regular
Área lateral

Área total

Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
EMI-16-130
Módulo 75

17
Pirâmides: elementos e áreas

212
Exercícios de Aplicação
01. 02.

Matemática
Seja uma pirâmide regular de base quadrada de 10 cm de Na pirâmide hexagonal regular de vértice V, sabemos que
lado e altura 12 cm. Determine: a altura mede 8 cm e que o apótema da base, OM, mede 6 cm.
a. a medida do apótema da base;
b. a medida do apótema da pirâmide; V V
c. a área da base, a área lateral e a área total.
Resolução F E F E
a.
A D A D
O O
M M
B C B C

Matemática e suas Tecnologias


12

Determine:
a a. o lado da base;
10 cm b. a área da base;
c. o apótema da pirâmide.
10
a= =5
2 Resolução
a = 5 cm a.
b. O
6
12 m M

5
 3
6=

83
m2 = 122 + 52 2
m = 13 cm  = 4 3 cm

(4 3 ) ⋅ 3 =
2
c. SB = 102 2 ⋅ 3
b. SB = 6 ⋅ = 6⋅
SB = 10 cm2 4 4
2
10 ⋅ 13 6 ⋅ 42 ⋅ 3 ⋅ 3
SL = 4 ⋅ = = 6 ⋅ 4 ⋅3⋅ 3
2 4
SB = 72 3 cm2
SL = 260 cm2
ST = 100 cm2 + 260 cm2 = 360 cm c. V

8 m

O
6 M

m2 = 82 + 62
m = 10 cm
EMI-16-130
03. UEPA Resolução
17

As pirâmides comunicam, ainda hoje, os va- Segundo a lenda de Heródoto, a área da face é equivalen-
lores culturais de uma das civilizações mais intri- te ao quadrado da altura da pirâmide. Assim:
212

gantes da humanidade. Foram construídas para


a preservação do corpo do faraó. De acordo com
a lenda de Heródoto, as grandes pirâmides fo-
ram construídas de tal modo que a área da face H h
era igual ao quadrado da altura da pirâmide.
MARTINS, Paulo Roberto. A matemática na arte e na vida.
Matemática

a 2a
São Paulo: Editora Livraria da Física, 2011. Adaptado.

H2 = h2 – a2
Considere a pirâmide de base quadrada, cujo lado mede mas H2 = S
2a, a altura H e a altura da face h, construída segundo a lenda
logo S = h2 – a2 = (h + a)(h – a)
de Heródoto. Se S expressa a área da face da pirâmide, então
é correto afirmar que: Alternativa correta: B
a. S = (a + h) · (a – h) Habilidade
b. S = (h + a) · (h – a) Calcular o volume e a área da superfície de pirâmides re-
c. S = (a + h)2 gulares.
d. S = (h – a)2
Matemática e suas Tecnologias

e. S = a2 · h2
84

Exercícios Extras
04. Sistema COC a. um tetraedro não regular e uma pirâmide triangular.
Um estudante encontrou em um livro de geometria a pla- b. um tetraedro regular e um cubo.
nificação de dois sólidos que estão apresentados nas figuras c. um tetraedro regular e uma pirâmide triangular.
a seguir. d. um tetraedro não regular e uma pirâmide quadrangular.
e. um tetraedro regular e uma pirâmide quadrangular.
E
A
05.
D C Considere a pirâmide VABC, representada a seguir, em
P Q
que todas as suas arestas têm medida . Determine:
E E
V
A R A A B
Figura 1
E
Figura 2
C
Na mesma página, havia um texto que dizia: “A figura 1 é
a planificação de um sólido X e a figura 2 é a planificação de A M
um sólido Y”. G
Sabendo que, na figura 1, os triângulos PQR, APQ, APR
e AQR são equiláteros, e, na figura 2, a figura ABCD é um B
quadrado e os triângulos ABE, BCE, CDE e DAE são triângulos a. a área da base;
EMI-16-130

isósceles congruentes entre si, então os sólidos X e Y são, b. a área lateral;


respectivamente: c. a altura.
Seu espaço

17
Sobre o módulo

212
Iniciamos neste módulo o estudo da geometria espacial das pirâmides, apresentando seus elementos, planificações e a
importância da habilidade de relacionar seus elementos por meio do teorema de Pitágoras. Para tanto, torna-se também impor-
tante desenvolver a habilidade de reconhecer triângulos retângulos determinados pelos elementos da pirâmide.

Matemática
Exercícios Propostos

Da teoria, leia os tópicos 1, A, A.1, A.2, A.3, A.4, A.5, A.6, A.7 b. Determine a medida do apótema MG da base.

Matemática e suas Tecnologias


Exercícios de tarefa reforço aprofundamento
C
06.
Determine a medida da aresta lateral da pirâmide regular A
hexagonal abaixo, sabendo que a aresta da base mede 4 cm M
G
e a altura, 8 cm.

c. Determine a medida do apótema VM da pirâmide.

85
07.
É dada uma pirâmide triangular regular de aresta da base
igual a 12 cm e altura igual a 10 cm.
V C

A M
G

B
C

A M d. Determine a medida da aresta lateral VA da pirâmide.


G
V
B
a. Determine a medida da altura AM do triângulo da base.
C

C
A M
A M
G
EMI-16-130

B B
08. As figuras que podem ser faces laterais de prisma e pirâ-
17

Determine a medida da aresta lateral da pirâmide re- mide, respectivamente, são:


gular quadrangular abaixo, sabendo que a aresta da base a. círculo e triângulo.
212

mede 10 cm e a altura mede 2 11 cm. b. retângulo e losango.


c. losango e retângulo.
d. retângulo e triângulo.
e. pentágono e triângulo.

13. Ibmec-SP
Matemática

Em uma pirâmide quadrangular regular, a área lateral é o


dobro da área da base. Nesse caso, cada face lateral forma
com o plano da base um ângulo que mede:
a. 15o
09. UFTM-MG b. 30o
Sabe-se que a base de uma pirâmide regular é um qua- c. 45o
drado ABCD, cujas diagonais da base medem 24 2 cm cada d. 60o
uma. Sabe-se também que a distância de seu vértice V ao pla- e. 75o
no da base, indicado por h na figura, mede 16 cm.
14. Unicamp-SP
V
Matemática e suas Tecnologias

Considere a pirâmide reta de base quadrada, ilustrada na


figura a seguir, com lado da base b = 6 m e altura a:

h
D C

a
A B b
b
A área total dessa pirâmide, em cm2, é igual a:
a. 960 d. 1 536
b. 1 326 e. 576 b
c. 1 076 b
10.
86

O apótema da base de uma pirâmide pentagonal regular a. Encontre o valor de a de modo que a área de uma face
mede 9 cm e a altura da pirâmide, 12 cm. Calcule a medida do triangular seja igual a 15 m2.
apótema da pirâmide. b. Para a = 2 m, determine o raio da esfera circunscrita
à pirâmide.
11.
Se o apótema de uma pirâmide pentagonal regular mede 15.
12 cm e as arestas da base medem 10 cm, qual a medida de Em um tetraedro regular de lado a, a distância entre os
uma aresta lateral? pontos médios de duas arestas não adjacentes é igual a:
a. a 3 d. a 2
12. Sistema COC 2
A seguir, estão apresentadas cinco figuras planas. b. a 2 e. a 2
4
c. a 3
2

16.
Por uma pirâmide quadrangular regular passa um plano
paralelo à base, o qual determina uma secção transversal de
lados medindo 5 m e cuja distância ao vértice é de 6 m. Sa-
bendo que a altura da pirâmide é 8 m, quanto mede a aresta
da base?
EMI-16-130
Módulo 76

17
Pirâmides: problemas sobre volume

212
Exercícios de Aplicação
01. UFPE 02. UERJ

Matemática
Uma pirâmide hexagonal regular tem a medida da área da Um cristal com a forma de um prisma hexagonal regular,
base igual à metade da área lateral. Se a altura da pirâmide após ser cortado e polido, deu origem a um sólido de 12 faces
mede 6 cm, assinale o inteiro mais próximo do volume da pi- triangulares congruentes. Os vértices desse poliedro são os
râmide, em cm3. Dado: use a aproximação 3 ≈ 1,73. centros das faces do prisma, conforme representado na figura.
Resolução

Matemática e suas Tecnologias


m
Calcule a razão entre os volumes do sólido e do prisma.
Resolução
a A razão entre os volumes do sólido do prisma é V ’ = 1
V 4
Sendo a a medida da aresta da base e m o apótema da O poliedro é constituído de duas pirâmides hexagonais
pirâmide, temos: regulares e congruentes.
6 ⋅ am A altura de cada pirâmide é igual a metade da altura do prisma.
a2 3 2 a: medida da aresta da base do prisma.
6⋅ =
4 2 a': medida da aresta da base da pirâmide.
a 3= m a

Aplicando o teorema de Pitágoras, temos:


a’

87
a’
a 120°
2
a
2

( ) ( ) ( )( )
6 2 2
a a a a
m (a’)2 = 2
+
2
− 2 ⋅ ⋅ ⋅ cos 120o
2 2
(a’)2 = a4 + a4 + a4 ⇒ a’ = a 23
2 2 2
a 3
2
H : altura do prisma.
2
h: altura da pirâmide.
 a 3
+ 62 ⇒ (a 3 ) =
2 3a2 H
m2 =   + 36 ⇒ a = 4 h=
 2  4 2
Logo, o volume será dado por: B: área da base do prisma.
B' = área da base da pirâmide.
6⋅ a
2
3 ⋅6 36 ⋅ 4
2
3 A base do prisma é semelhante à base da pirâmide.

()
V= 4 = 4 = 48 3 ≈ 83 2 2
3 3 B a  2  4 B’ 3
= =  = ⇒ =
B’ a’  3 3 B 4
V: volume do prisma.
V': volume do sólido
2 ⋅ 1 ⋅ B’ ⋅ h
EMI-16-130

V 2 B’ h 2 3 1 V’ 1
= 3 = ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ ⇒ =
V’ B⋅H 3 B H 3 4 2 V 4
03. ESPM-SP Resolução.
17

A figura abaixo, formada por uma pirâmide regular e Densidade é a razão entre massa e volume. Já conhece-
um paralelepípedo reto retângulo, representa um peso de mos a densidade do objeto, logo, se calcularmos o volume,
teremos condições de determinar a massa.
212

papel feito de granito polido, em que as medidas são da-


das em centímetros. O volume total consiste na soma dos volumes do parale-
lepípedo e da pirâmide que o encima.

V = 4 · 4 · 1 + 4 ⋅ 4 ⋅ 3 = 32
3
Matemática

V = 32 cm3 = 32 · 10–6 m3
d = m 2 400 kg/m3 = m ⇒
3 v 32 ⋅ 10−6

⇒ m = 0,0768 kg = 76,8 g ≈ 77 g
Alternativa correta: A
Habilidade
1
Estabelecer relações entre diferentes unidades de medi-
da (comprimento, massa, capacidade, área e volume).
4
Matemática e suas Tecnologias

Se a densidade do granito utilizado é de 2 400 kg/m3, po-


demos afirmar que a massa desse objeto é aproximadamente
igual a:
a. 77 g
b. 85 g
c. 93 g
d. 65 g
e. 59 g
88

Exercícios Extras
04. Sistema COC 05.
O volume de uma pirâmide cuja base é um hexágono A pirâmide ABCD é obliqua de altura AH = 12 cm. Determi-
regular inscrito numa circunferência de raio 5 cm e que tem ne seu volume sabendo que a base é um triângulo equilátero.
por altura a mesma medida da maior diagonal do hexágono A
da base é:
a. 25 3 cm3
D
b. 125 cm3
c. 25 2 cm3
d. 125 2 cm3
EMI-16-130

e. 125 3 cm3 6 cm
C
H B
Seu espaço

17
Sobre o módulo Na web

212
Apresentamos, neste módulo, problemas sobre vo-
lume de pirâmides. Faz-se importante criar situações de
<http://m3.ime.unicamp.br/recursos/1039>.
aprendizagem em que os alunos poderão desenvolver
habilidades para relacionar unidades de medidas. Dessa
forma, eles poderão formular estratégias para trabalhar as Trata-se de um experimento que pode ajudar os alunos a

Matemática
informações dadas nos enunciados a fim de resolver si- compreenderem o princípio de Cavalieri, o volume de pirâmi-
tuações-problema. des e a reconhecerem algumas planificações.

Matemática e suas Tecnologias


Exercícios Propostos

Da teoria, leia os tópicos B, B.1, B.2, B.3, C e D. Se o volume da pirâmide for 1, então o volume do cubo será:
a. 2

89
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento
b. 3
c. 4
06. d. 6
Observe a pirâmide de vértice E e base retangular ABCD. e. 8
Determine a medida da altura EH dessa pirâmide sabendo
que seu volume é 56 cm3. 08.
A figura a seguir ilustra uma pirâmide reta de base na for-
E ma de um losango de diagonais 8 cm e 6 cm. Sabe-se ainda
que essa pirâmide possui 120 cm3 de volume.
D C

H
A 6 cm B

07. UFRGS-RS
Na figura abaixo, P é o centro da face superior de um cubo.
A pirâmide de base hachurada tem um de seus vértices em P.
a. Determine, então, o perímetro da base.
P b. Desenhe a altura dessa pirâmide e, em seguida, deter-
mine sua medida, em cm.

09. UFT-TO
EMI-16-130

A pirâmide a seguir foi construída com cubos maciços de


mesmas dimensões.
13. Mackenzie-SP
17

Em uma pirâmide regular, o número de arestas da base, a


medida da aresta da base e a altura são, nessa ordem, os três
212

primeiros termos de uma progressão aritmética, cujo primei-


ro termo é igual à razão. Se o trigésimo primeiro termo dessa
progressão é 93, o volume da pirâmide é:
a. 18 3 d. 9 3
b. 27 3 e. 12 3
c. 8 3
Matemática

14. Fuvest-SP
Considerando-se que, na construção da pirâmide, não fo- A esfera ε, de centro O e raio r > 0, é tangente ao plano
ram deixados espaços vazios em seu interior e que o volume a. O plano b é paralelo a a e contém O. Nessas condições, o
de cada cubo é 1 m3, pode-se afirmar que o volume total e a volume da pirâmide que tem como base um hexágono regular
altura desta pirâmide são, respectivamente: inscrito na intersecção de ε com b e, como vértice, um ponto
a. 5 m3 e 1 m d. 165 m3 e 5 m em a é igual a:
b. 25 m e 5 m
3
e. 625 m3 e 25 m
c. 125 m e 25 m
3
a. 3 r3 d. 7 3 r
3

4 16
10. FEI-SP
Matemática e suas Tecnologias

A base de uma pirâmide é um quadrado com 24 cm de b. 5 3 r


3
e. 3 r3
perímetro. Sabe-se que a razão entre a medida da altura da 16 2
pirâmide e a medida da aresta da base é igual a 2 . Nestas con-
3 c. 3 3 r
3

dições, o volume desta pirâmide é de: 8


a. 96 cm3 d. 28 cm3
b. 48 cm 3
e. 36 cm3 15. IME-RJ
c. 144 cm 3
Seja SABCD uma pirâmide, cuja base é um quadrilátero
convexo ABCD. A aresta SD é a altura da pirâmide. Sabe-se que
11. AB = BC = 5, AD = DC = 2, AC = 2 e SA + SB = 7. O volume da
Na figura, tem-se um cubo, onde M e N são pontos médios pirâmide é:
das arestas BC e CD, respectivamente. a. 5 d. 13
b. 7 e. 17
E H
c. 11
G
90

F
16. Fuvest-SP
A figura a seguir representa uma pirâmide de base
A D
triangular ABC e vértice V. Sabe-se que ABC e ABV são triân-
N
gulos equiláteros de lado  e que M é o ponto médio do
B M C  é 60°, então o
segmento AB. Se a medida do ângulo VMC
Sendo Vp o volume da pirâmide EAMN e Vc o volume do volume da pirâmide é:
V V
cubo, a relação p é:
Vc
d. 1
a. 1 4
8 e. 1
b. 1 3
6 A C
c. 1 60°
5
M

12. UECE B
Sejam X, Y e Z três pontos fixos distintos e não colinea-
3 3 3 3
res e P um ponto do espaço, vértice de uma pirâmide cuja a.  d. 
base é o triângulo XYZ e cuja medida do seu volume é 3 m3. O 4 16
conjunto de todos os pontos P que cumprem esta condição é
3 3 3 3
formado por: b.  e. 
a. duas retas paralelas. 8 18
b. um plano.
3 3
EMI-16-130

c. dois planos. c. 
12
d. exatamente dois pontos.
Módulo 77

17
Pirâmides: tetraedro

212
Exercícios de Aplicação
01. 03. FGV-SP

Matemática
01.Determine a área total, a altura e o volume de um te- Arestas opostas de um tetraedro são arestas que não têm
traedro regular de aresta 8 cm. ponto em comum. Um inseto anda sobre a superfície de um
tetraedro regular de aresta 10 cm partindo do ponto médio de
Resolução
uma aresta e indo para o ponto médio de uma aresta oposta
2 ⋅ 3 2 à aresta de onde partiu. Se o percurso foi feito pelo caminho
ST = 4 ⋅ =  ⋅ 3 = 82 3 = 64 3 mais curto possível, então o inseto percorreu a distância, em
4
ST = 64 3 cm2 centímetros, igual a:
a. 10 3
 6 8 6 b. 15
H= = c. 10 2
3 3

Matemática e suas Tecnologias


8 6 d. 10
H= cm
3 e. 5 3
2
2 ⋅ 2 82 ⋅ 2 8 ⋅ 8 ⋅ 2 16 2
V= = = = Resolução
12 12 4 ⋅3 3
Seja o tetraedro regular ABCD representado a seguir.
16 2 3
V= cm Suponha que o inseto tenha partido do ponto P e chegado
3
ao ponto Q, pontos médios respectivamente dos segmen-
tos AB e CD.

Q
02.
A D
Determine a área total e o volume de um octaedro regular

91
de aresta igual a 8 cm. P
Resolução B
Usando as fórmulas de octaedro regular, temos:
Planificando-se as faces ABC e BCD, teremos formado um
2 ⋅ 3 paralelogramo, como mostra imagem a seguir, em que o seg-
ST = 8 ⋅ = 22 ⋅ 3 = 2 ⋅ 82 3 = 128 3
4 mento PQ une os pontos médios dos lados paralelos AB e CD:
ST = 128 3 cm2
C
3 ⋅ 2 83 ⋅ 2 512 2 5
V= = =
3 3 3 10 Q
512 2 3 5
V= cm
3 A D
5
P 10
5
B

Logo, PQ = AC = BD = 10 cm.
Alternativa correta: D
Habilidade
Relacionar diferentes pirâmides com suas planificações.
EMI-16-130
Exercícios Extras
17

04. Sistema COC 05.


212

Se de um cubo com arestas medindo “a” retirarmos de Cada aresta de um tetraedro regular de vértices A, B, C e
todos os seus vértices um tetraedro em que três de suas D mede 1 dm. M é um ponto da aresta AB e N é um ponto da
arestas perpendiculares medem a conforme mostra a figura aresta CD.
3 A
a seguir, temos que o sólido resultante terá volume represen-
tado pela expressão:
Matemática

D
a. 161a d. 77a
3 3
B
162 81 N

b. a e. 81a
3 3
C
81 7 a. Calcule a área total da superfície do tetraedro.
b. Sabe-se que o menor valor possível para a distância
c. a
3
de M a N ocorre quando eles são pontos médios das
77 arestas. Obtenha o valor dessa distância mínima.
Matemática e suas Tecnologias

Seu espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, enfatizamos o estudo dos tetraedros e octaedros. Esses importantes sólidos, por serem poliedros de Pla-
tão, já foram apresentados anteriormente e têm suas propriedades e elementos relacionados a diversas situações-problema.
Reconhecer a altura de um tetraedro, estabelecer relações entre um prisma e um tetraedro e identificar suas planificações são
habilidades importantes para a resolução dos problemas.

Exercícios Propostos

Da teoria, leia os tópicos E, E.1, E.2, E.3, F, F.1, F.2, G e G.1. Os centros dos átomos de flúor correspondem aos vérti-
ces do octaedro e o centro do átomo de enxofre corresponde
92

Exercícios de tarefa reforço aprofundamento


ao centro desse sólido, como ilustra a figura a seguir.

06. Unifenas-MG
O estudo das pirâmides desenvolveu-se na Antiguidade.
Muitos modelos foram desenvolvidos, especialmente o da
pirâmide tetraédrica. Considerando um tetraedro regular de
aresta 2 metros, encontre a área lateral da pirâmide.
a. 3 3 cm2 d. 4 5 cm2
b. 4 5 m 2
e. 3 3 cm2
c. 5 2 m 2 Disponível em: < www.escuelaintegral.edu.uy>.

07. Considere que a distância entre o centro de um átomo de


o
Determine o volume do tetraedro ABCD a seguir, onde a flúor e o centro do átomo de enxofre seja igual a 1,53
o
A .
base é o triângulo retângulo BCD de catetos 4 cm e 6 cm e a Assim, a medida da aresta desse octaedro, em A , é, apro-
altura mede 5 cm. ximadamente, igual a:
A a. 1,53 c. 2,16 e. 2,83
b. 1,79 d. 2,62
C 09.
B Três das arestas de um cubo, com um vértice em comum,
são também arestas de um tetraedro. A razão entre o volume
D do tetraedro e o volume do cubo é:
a. 1 c. 2 e. 1
08. 8 9 3
EMI-16-130

A molécula do hexafluoreto de enxofre (SF6) tem a forma b. 1 d. 1


geométrica de um octaedro regular. 6 4
10. UFRJ a. 3 c. 1 e. 2

17
A pirâmide ABCD é tal que as faces ABC, ABD e ACD são 2
triângulos retângulos cujos catetos medem a. Considere o b. 3 d. 2

212
cubo de volume máximo contido em ABCD tal que um de seus
vértices seja o ponto A, como ilustra a figura a seguir. 14. ITA-SP
Um plano intercepta as arestas de um triedro trirretân-
D gulo de vértice V, determinando um triângulo ABC cujos lados
medem, respectivamente, 10, 17 e 5 cm. O volume, em
cm3, do sólido VABC é:

Matemática
a. 2 d. 6
b. 4 e. 5 10
C
c. 17

B 15. Unifesp
Determine a medida da aresta desse cubo em função de a. Na figura, ABCDEFGH é um paralelepípedo reto retângulo
e PQRE é um tetraedro regular de lado 6 cm, conforme indica a
11. ITA-SP figura. Sabe-se ainda que:
Seja ABCDEFGH um paralelepípedo de bases retangula- • P e R pertencem, respectivamente, às faces ABCD e
res ABCD e EFGH, em que A, B, C e D são, respectivamente, as EFGH;

Matemática e suas Tecnologias


projeções ortogonais de E, F, G e H. As medidas das arestas • Q pertence à aresta EH;
distintas AB, AD e AE constituem uma progressão aritmética • T é baricentro do triângulo ERQ e pertence à diagonal
cuja soma é 12 cm. Sabe-se que o volume da pirâmide ABCF é EG da face EFGH;
igual a 10 cm3. Calcule as medidas das arestas dos paralelepí- • FR é um arco de circunferência de centro E.
pedos, o volume e a área total de sua superfície.
A D
12. FGV-SP P
A figura representa a planificação de um poliedro. Sabe-se
B C
que B, C e D são quadrados de lado 1 cm; A, E e F são triângulos
retângulos isósceles; e G é um triângulo equilátero. O volume
do poliedro obtido a partir da planificação, em cm3, é igual a:
E H
T Q

A R
F G
B

93
 , em centímetros.
a. Calcule a medida do arco FR
C D E b. Calcule o volume do paralelepípedo ABCDEFGH, em cm3.

F 16. Fuvest-SP
G
P

a. 1 c. 3 e. 4
2 4 3 D
5 C
b. 2 d.
3 6

13. IME-RJ
Um plano corta um cubo com aresta de comprimento 1 A B
passando pelo ponto médio de três arestas concorrentes no
vértice A e formando uma pirâmide, conforme a figura a se- A base do tetraedro PABCD é o quadrado ABCD de lado ,
guir. Este processo é repetido para todos os vértices. As pi- contido no plano α. Sabe-se que a projeção ortogonal do vér-
râmides obtidas são agrupadas formando um octaedro cuja tice P no plano α está no semiplano de α determinado pela
área da superfície externa é igual a: reta BC e que não contém o lado AD. Além disso, a face BPC é
um triângulo isósceles de base BC cuja altura forma, com o
plano α, um ângulo θ, em que 0 < θ < π . Sendo PB =  2 ,
2 2
determine, em função de  e θ:
a. o volume do tetraedro PABCD;
EMI-16-130

b. a altura do triângulo APB relativa ao lado AB;


c. a altura do triângulo APD relativa ao lado AD.
1. Cilindros 96
2. Organizadorgráfico 100
Módulo 78 – Cilindros 101

• Reconhecer a planificação de cilindros


e cones.
• Calcular a área da superfície e o volume
de cilindros e cones circulares retos.
• Calcular o volume das partes de um
cilindro seccionado.
• Resolver problemas que envolvam
relações métricas fundamentais
(comprimentos, áreas e volumes)
de cilindros, cones e esferas.

ALEKSANDARGEORGIEV / ISTOCK
Cilindros, cones e esfera
– Parte I 18
95

A Torre de Pisa, na Itália, consiste em um corpo cilíndrico de alvenaria, rodeado por galerias com arcos
e colunas, encimado por uma torre de sino. É o resultado de uma longa história de construção sujeita a
séculos e inúmeras campanhas de restauro, destinadas, principalmente, a conter os perigos suscitados
pelo aparente colapso de declive.
Foi o local da famosa experiência de Galileu Galilei, que nasceu na cidade de Pisa. Perante uma mul-
tidão, ele deixou cair dois pedaços de metal, um deles mais pesado que o outro, para mostrar que eles
se chocariam contra o chão praticamente no mesmo instante. Com esta experiência, Galileu contradisse
Aristóteles, o qual defendia que o objeto mais pesado deveria cair muito mais rapidamente. A coragem de
Galileu em contradizer Aristóteles custou-lhe caro, trazendo-lhe muitos problemas, entre eles o fato de
ter de deixar sua cadeira de professor da Universidade de Pisa, em 1591.
1. Cilindros
18
Eixo
A. Cilindros Base
212

A.1. Definição
Considere α e β dois planos paralelos, um círculo C de Geratriz Altura
centro O e raio r contido em α e uma reta s secante a esses
planos. Chamamos de cilindro circular ou apenas cilindro ao
sólido geométrico formado pela reunião de todos os segmen-
Matemática

tos de reta paralelos à reta s com extremidades em um ponto Base


do círculo C e a outra em um ponto do plano β.

s B. Cilindro de revolução ou
cilindro circular reto

Suponha uma região retangular girando em torno de uma


reta que contém um de seus lados. Com o giro ou revolução
β completa dessa região retangular em torno do eixo, determi-
na-se um cilindro circular reto no espaço.
Matemática e suas Tecnologias

Eixo Eixo
A B
O
r
C
α
D C

Esse sólido geométrico está presente em nosso cotidia-


no. Podemos percebê-lo numa simples caneta, nos enca- Na figura anterior, a medida dos segmentos AB ou DC
namentos de uma construção e até em depósitos de com- equivale à medida do raio da base e de AD ou BC à medida da
bustíveis, pois, com esta geometria, os depósitos podem altura do cilindro.
armazenar mais volume e ter maior resistência.
B.1. Planificação e áreas em um cilindro circular reto
Considere que a superfície de um cilindro reto seja reves-
ZSTOIMENOV / ISTOCK

tida de papel. Podemos recortar suas duas bases circulares


96

e efetuar um corte ao longo de uma de suas geratrizes. Obte-


mos, assim, a planificação do cilindro.

Percebemos, dessa forma, que a superfície lateral de um


cilindro circular reto é equivalente a uma região retangular e as
dimensões desse retângulo são, respectivamente, a altura do
cilindro e o comprimento da circunferência de uma das bases.
Ou ainda:
A.2. Elementos de um cilindro
A seguir, listaremos os elementos de um cilindro, que são R
suas bases, eixo, geratriz e altura.
R
Bases: são os dois círculos que limitam o sólido, círculos
congruentes situados em planos paralelos. 2πR
Eixo: é a reta determinada pelos centros das bases do H
cilindro. R
Geratriz: é todo segmento paralelo ao eixo e com uma extre-
R
midade em cada circunferência do círculo da base.
EMI-16-130

Altura: é a distância entre os planos que contêm suas bases.


A área da base é dada pela área de um círculo de raio R.

18
APRENDER SEMPRE 19
SB = πR 2

212
01.
A área lateral é dada pela área de um retângulo de dimen- Calcule o volume aproximado, em litros, de um cilindro
sões 2πR e H. circular reto determinado pela rotação completa de um re-
tângulo de dimensões com medidas 3 cm e 10 cm, respec-
SL = 2πR · H tivamente, em torno do seu maior lado.

Matemática
A área total é dada pela soma das áreas das duas bases Resolução
com a área lateral. Ao girar o retângulo em torno de seu maior lado, obte-
mos o cilindro representado a seguir:
ST = 2 · SB + SL
3 3

APRENDER SEMPRE 18
10 10
01.
Determine a área lateral (SL), da base (SB) e a área

Matemática e suas Tecnologias


total (ST) de um cilindro circular reto cujo raio da base
mede 2 cm e altura 6 cm.
V = SB · H = π · 32 · 10
Resolução V = 90π cm3
Seja o cilindro representado a seguir: ≈ 90 · 3,14 mL = 282,6 mL = 0,2826 litro
2

6 C. Secções em um cilindro
C.1. Secção meridiana
2 A secção meridiana de um cilindro é a intersecção do ci-
lindro com um plano que contém o seu eixo.
Temos:
SB = πR2 = π · 22 = 4π ⇒ SB = 4π cm2 R R
SL = 2πR · h = 2π · 2 · 6 = 24π ⇒ SL = 24 cm2
ST = 2SB + SL = 2 · 4π + 24π = 32π ⇒ ST = 32π cm2

97
H

B.2. Volume de um cilindro


Consideremos um cilindro e um prisma de bases equiva-
lentes (áreas iguais) contidas nos mesmos planos paralelos
(alturas iguais).
Sendo B a área das bases e h a altura dos sólidos consi- Observe que, no caso do cilindro reto, a secção meridiana
derados, temos: é um retângulo em que uma de suas dimensões é o diâmetro
do círculo da base e a outra é a altura do cilindro.

C.2. Secção longitudinal


h A secção longitudinal de um cilindro é obtida pela inter-
Secções secção com um plano que contém o eixo do cilindro ou é pa-
β área = B ralelo a ele.
Bases
área = B
α

Um plano paralelo às bases, que secciona os dois sóli-


dos, determina neles secções transversais congruentes às
respectivas bases. Pelo princípio de Cavalieri, concluímos que
o cilindro e o prisma apresentam o mesmo volume.
Assim:
EMI-16-130

V = B · h = π· r2 · h
C.3. Secção transversal D. Cilindro equilátero
18

A secção transversal de um cilindro é obtida pela inter- Cilindro equilátero é um cilindro de revolução cuja secção
secção com um plano perpendicular ao eixo do cilindro. meridiana é um quadrado.
212

R R

H = 2R
Matemática

A secção transversal é um círculo congruente à base.

APRENDER SEMPRE 20
01. Enem
Uma empresa vende tanques de combustíveis de forma-
()
A relação área lateral por volume 2 dos tanques I, II e
R
to cilíndrico, em três tamanhos, com medidas indicadas nas fi-
guras. O preço do tanque é diretamente proporcional à medida
()
III é respectivamente: 1, 1 e . 2
3
Matemática e suas Tecnologias

da área da superfície lateral do tanque. O dono de um posto de Como o custo dos tanques, citado no enunciado, é pro-
combustível deseja encomendar um tanque com menor custo porcional à área lateral deles, o tanque que gera menor custo
por metro cúbico de capacidade de armazenamento. por m3 é o III.
Alternativa correta: D
4m 4m
6m 8m 02.
(I) (II) As projeções ortogonais de um cilindro sobre dois pon-
tos planos perpendiculares são um círculo e um quadrado.
6m Se o lado do quadrado é 10, qual é o volume do cilindro?
8m
(III) Resolução

Qual dos tanques deverá ser escolhido pelo dono do


posto? (Considere π ≅ 3.)
a. I, pela relação área/capacidade de armazenamento 10
de 1 .
98

3 10
b. I, pela relação área/capacidade de armazenamento
de 4 .
3
c. II, pela relação área/capacidade de armazenamento
de 3 .
4
d. III, pela relação área/capacidade de armazenamento
de 2 .
3 Observe que temos um cilindro equilátero, uma vez que
e. III, pela relação área/capacidade de armazenamento sua secção meridiana é um quadrado de lado 10.
de 7 . Assim:
12 H = 2R = 10
Resolução ∴ H = 10 e R = 5
As figuras abaixo representam tanques de combustível. Portanto, o volume do cilindro é:
V = VB · H = π · 52 · 10 = 250 π
I II III
03. Sistema COC
Uma fábrica produz latas metálicas na forma de um
6m 8m 8m cilindro reto, sendo que o rótulo delas, que é fabricado por
outra empresa, é uma folha retangular que, quando enrola-
da na superfície lateral da lata, dá uma volta completa, sem
deixar folgas, sem haver sobreposição e ocupando a altura
4m exata da lata, conforme ilustração a seguir.
4m 6m
EMI-16-130
a. 532 c. 841 e. 1 268

18
Lata antes de Rótulo Lata após
colocar o rótulo de papel colocar o rótulo 375 625 1 075
b. 675
d. 1 001

212
328
885
Resolução
Como é necessário manter a quantidade de material e o
produto é uma figura espacial, deve-se quantificar o material
Cada rótulo é uma folha retangular de altura h, igual à pelo volume usado.

Matemática
altura da lata, e comprimento c. Para manter a mesma quantidade de matéria-prima, o
A empresa que fabrica esses rótulos, uma vez fornecida volume novo e o antigo devem ser iguais.
a altura da lata, vende-os por comprimento, em rolos, com os Vantigo = Vnovo
rótulos picotados na medida exata, para não haver desper- π · (5)2 · h1 = π · (5,8)2 · h2
dício. Por exemplo: para rotular 10 latas, em que cada uma π · 25 · h1 = π · 33,64 h2
utiliza um rótulo de comprimento 2 cm, é necessário enco- 25 · h1 = 33,64 · h2
mendar um rolo de rótulos de comprimento 20 cm. h1 33,64 h1 3364 841
Sabendo que a fábrica produz latas de diâmetro d e ela = ⇒ = =
h2 25 h2 2500 625
vai rotular 1 500 latas, então o comprimento mínimo do rolo
de rótulos, em centímetros, a ser encomendado é: Alternativa correta: C

Matemática e suas Tecnologias


a. 100 πd d. 3 000 πd
b. 150 πd e. 5 000 πd 05. Sistema COC/Enem
c. 1 500 πd Uma indústria, fabrica para certo cliente embalagens
cilíndricas de diâmetro da base medindo 4 cm e altura
Resolução 32 cm. Com intenção de comercializar um novo produto, o
Como a lata é um cilindro reto, o rótulo, nas condições cliente pediu à indústria que fabricasse outro tipo de em-
do enunciado, é exatamente a superfície lateral do cilindro. balagem cilíndrica com a mesma capacidade da anterior,
Essa superfície tem a forma de um retângulo de altura igual porém com medidas do diâmetro da base e altura iguais.
à do cilindro e comprimento igual a 2πr, em que r é o raio da Para a indústria, o custo de cada embalagem do primeiro
base, mas é igual a πd, onde d é o diâmetro da base. tipo é de R$ 2,00.
Supondo-se que o custo da nova embalagem seja pro-
Superfície lateral Cilindro reto porcional ao material utilizado, uma vez que será usado o
r
mesmo tipo de matéria-prima, e que o produto usado para
fazer as emendas não sofra alterações no custo de uma
h embalagem para outra, o custo da nova embalagem deve
ser de aproximadamente:

99
a. R$ 1,40 d. R$ 2,25
2πr =πd b. R$ 1,80 e. R$ 2,50
Assim, no caso da lata em questão, cada rótulo terá com- c. R$ 2,00
primento πd. Resolução
Para rotular 1 500 latas, é necessário encomendar um Embalagem (I):
rolo de rótulos de comprimento 1 500 πd centímetros. Área da base: Abase = π · 22 cm2 = 4π cm2
Alternativa correta: C Área lateral: Alateral = 2π · 2 · 32 cm2 = 128π cm2
Área total: Atotal = (2 · 4π + 128π) cm2 = 136π cm2
04. Volume: V = π · 22 · 32 cm3 = 128π cm3
Uma fábrica produz, para um de seus clientes, descanso
para copos na forma de cilindro circular reto, conforme figura Nova embalagem:
a seguir. Volume: V = πR2 · 2R = 2πR3
2πR3 = 128π ⇒ R3 = 64 ⇒ R = 4 cm
Área da base: Abase = π · 42 cm2 = 16π cm2
Área lateral: Alateral = 2π · 4 · 8 cm2 = 64π cm2
Área total: Atotal = (2 · 16π + 64π) cm2 = 96π cm2
O raio da base dos descansos era, comumente, igual a 5
cm, porém, por uma mudança no gosto dos consumidores, o Custo proporcional:
cliente pediu à fábrica que aumentasse o raio da base para custo área total
5,8 cm, sem, contudo, alterar o preço do produto final. O úni- 2 l 136π
co modo que a fabrica encontrou para não alterar o preço e x l 96π
192
manter a quantidade de matéria-prima que vinha usando foi x · 136π = 192π ⇒ ≈ 1,41
136
modificar a altura de cada descanso.
Com base nessas informações, a razão entre a altura do x = R$ 1,41
EMI-16-130

descanso antigo e a altura do novo é: Alternativa correta: A


2. Organizadorgráfico
18

A. Cilindros, cones e esfera – Parte I


212
Matemática

Cilindros
Matemática e suas Tecnologias

R R

Classificação H R

2πR
Volume
R
Secção
Obliquo Área da superfície

Transversal
Área da base
Reto (ou de revolução)
100

Longitudinal Área lateral


Equilátero

Meridiana Área total

Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
EMI-16-130
Módulo 78

18
Cilindros

212
Exercícios de Aplicação
01. 02. UFTM-MG

Matemática
Considere um retângulo de dimensões 3 cm x 5 cm. Faça Em um laboratório, um reservatório, que contém um me-
o o que se pede. dicamento líquido, tem a forma de um cilindro circular reto,
a. Efetue uma rotação completa em torno de um dos la- com medidas internas de diâmetro D e comprimento L iguais
dos gerando um cilindro de revolução. Determine sua a 80 cm e 100 cm, respectivamente. O reservatório repousa
área lateral. sobre uma superfície plana e horizontal.
b. Agora, faça uma rotação completa ao redor do outro Diariamente, um funcionário verifica a quantidade de me-
lado, gerando um outro cilindro de revolução. Determi- dicamento no reservatório usando uma régua, que é inserida
ne sua área lateral. verticalmente até atingir a extremidade inferior do tanque,
c. O que você pode concluir a respeito dos resultados como mostra a figura.
obtidos? E se trocássemos os cálculos da área lateral

Matemática e suas Tecnologias


pelo cálculo do volume, o resultado seria análogo?
Resolução
1. 2. A B
D
5 5 60 cm
L
3 3
3 3 5 5

Nessas condições, determine:


SL1 = 2π · 3 · 5 = 30π cm2 SL2 = 2π · 5 · 3 = 30π cm2 a. a capacidade total aproximada, em litros, desse reser-
∴ as áreas laterais são iguais. vatório;
Calculando os dois volumes: b. a medida, em centímetros, da corda AB, representada
V1 = π · 32 · 5 = 45π cm3 na figura, indicando o nível horizontal do medicamen-
V2 = π · 52 · 3 = 75π cm3 to em relação à superfície.
∴ o cilindro 2 possui volume maior, pois o raio 5 cm é Resolução

101
maior que o raio 3 cm e, no cálculo do volume, o raio fica ao
quadrado.

A P B
D = 80 cm

20 cm
60 cm

O
40 cm L = 100 cm

a. Capacidade total aproximada:


Volume do cilindro:
Vtotal = πR2 · H ⇒ Vtotal = π(40)2 · 100
Vtotal = 160 000 π cm3 ⇒ Vtotal = 160 · π litros
b. Do triângulo OAP destacado na figura, temos:
OP = 20 cm
R = OA = 40 cm
Como o triângulo OAP é retângulo, temos:
(OA)2 = (OP)2 + (AP)2
(40)2 = (20)2 + (AP)2
(AP)2 = 1 600 – 400
(AP)2 = 1 200
AP = 1 200
EMI-16-130

AP = 20 3 cm
Portanto, 2 AP = AB = 40 3 cm
03. Enem Resolução
18

Uma empresa que organiza eventos de formatura confec- Calculando o comprimento da base do cilindro de madei-
ciona canudos de diplomas a partir de folhas de papel quadra- ra, temos:
d
212

das. Para que todos os canudos fiquem idênticos, cada folha C = 2π ⋅ → C = π ⋅ d


é enrolada em torno de um cilindro de madeira de diâmetro d 2
em centímetros, sem folga, dando-se 5 voltas completas em Como a folha dá 5 voltas completas em torno do cilindro,
torno de tal cilindro. Ao final, amarra-se um cordão no meio do o comprimento da folha de papel será 5πd
diploma, bem ajustado, para que não ocorra o desenrolamen- Alternativa correta: D
to, como ilustrado na figura.
Matemática

Habilidade
Resolver problemas que envolvam relações métricas
fundamentais (comprimentos, áreas e volumes) de cilindros,
cones e esferas.

Em seguida, retira-se o cilindro de madeira do meio do pa-


pel enrolado, finalizando a confecção do diploma.
Matemática e suas Tecnologias

Considere que a espessura da folha de papel original seja


desprezível.
Qual é a medida, em centímetros, do lado da folha de pa-
pel usado na confecção do diploma?
a. πd
b. 2πd
c. 4πd
d. 5πd
e. 0πd

Exercícios Extras
04. Enem 05. Vunesp
Num parque aquático existe uma piscina infantil na forma Por ter uma face aluminizada, a embalagem de leite “longa
de um cilindro circular reto, de 1 m de profundidade e volume vida” mostrou-se conveniente para ser utilizada como manta
102

igual a 12 m3, cuja base tem raio R e centro O. Deseja-se cons- para subcoberturas de telhados, com a vantagem de ser uma
truir uma ilha de lazer seca no interior dessa piscina, também solução ecológica que pode contribuir para que esse material
na forma de um cilindro circular reto, cuja base estará no fundo não seja jogado no lixo. Com a manta, que funciona como iso-
da piscina e com centro da base coincidindo com o centro do lante térmico, refletindo o calor do sol para cima, a casa fica
fundo da piscina, conforme a figura. O raio da ilha de lazer será mais confortável. Determine quantas caixinhas precisamos
r. Deseja-se que, após a construção dessa ilha, o espaço desti- para fazer uma manta (sem sobreposição) para uma casa que
nado à água na piscina tenha um volume de, no mínimo, 4 m3. tem um telhado retangular com 6,9 m de comprimento e 4,5 m
de largura, sabendo-se que a caixinha, ao ser desmontada (e
ter o fundo e o topo abertos), toma a forma aproximada de um
cilindro oco de 0,23 m de altura e 0,05 m de raio, de modo que,
ao ser cortado acompanhando sua altura, obtemos um retân-
Ilha de lazer gulo. Nos cálculos, use o valor aproximado π = 3.
O R 6,9 m
r

4,5 m
Piscina

Dimensões do telhado
Considere 3 como valor aproximado para π.
0,05 m
Para satisfazer as condições dadas, o raio máximo da ilha
de lazer r, em metros, estará mais próximo de:
a. 1,6 0,23 m
b. 1,7
c. 2,0
EMI-16-130

d. 3,0 Caixa Caixa


e. 3,8 desmontada
Seu espaço

18
Sobre o módulo Na web

212
Cilindros são sólidos cujas problematizações são mui-
to frequentes nos diversos exames nacionais. Reconhecer <https://pt.khanacademy.org/math/basic-geo/
basic-geo-volume-surface-area/basic-geo-
seus elementos, secções e relacionar sua planificação à re-
volumes/v/cylinder-volume-and-surface-area>.
solução de situações-problema certamente são habilidades
essenciais. Uma revisão sobre a geometria espacial de cilindros

Matemática
Matemática e suas Tecnologias
Exercícios Propostos

103
Da teoria, leia os tópicos A, A.1, A.2, B, B.1, B.2, C, C.1, C.2, C.3 e D. considere também que a espessura da altura da tampa e do
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento fundo são desprezíveis.
A área do rótulo é:
a. 2 000 · π mm2
06. Sistema COC/Enem b. 2 500 · π mm2
Um determinado produto líquido é embalado em reci- c. 3 000 · π mm2
pientes com o formato de um cilindro circular reto como o da d. 3 500 · π mm2
figura a seguir. e. 4 000 · π mm2
Embalagem com base circular
07. UFPR
As duas latas na figura a seguir possuem internamente o
formato de cilindros circulares retos, com as alturas e os diâ-
metros da base indicados. Sabendo que ambas as latas têm o
mesmo volume, qual o valor aproximado da altura h?
12 cm

16 cm

h
4 cm
Dimensões:
diâmetro da base circular: 200 mm
altura do recipiente: 10 mm
Considere um rótulo que dê exatamente uma volta com- a. 5 cm d. 7,11 cm
EMI-16-130

pleta na embalagem e ocupe 100% da superfície lateral e b. 6 cm e. 8,43 cm


c. 6,25 cm
08. 12. Fuvest-SP
18

Sabendo que o raio da base de um cilindro reto mede 2 cm Uma metalúrgica fabrica barris cilíndricos de dois tipos, A
e que a área da seção meridiana é 20 cm2, calcule a área da e B, cujas superfícies laterais são moldadas a partir de chapas
212

superfície total do cilindro. metálicas retangulares de lados a e 2a, soldando lados opostos
dessas chapas, conforme ilustrado a seguir. Se VA e VB indicam
09. Unifesp os volumes dos barris do tipo A e B, respectivamente, tem-se:
A figura indica algumas das dimensões de um bloco de
concreto formado a partir de um cilindro circular oblíquo, com Barril do tipo A
uma base no solo, e de um semicilindro.
Matemática

a a

1,2 m 2a
1,0 m

Barril do tipo B
Solo
Matemática e suas Tecnologias

Dado que o raio da circunferência da base do cilindro oblí-


quo mede 10 cm, o volume do bloco de concreto, em cm3, é: 2a 2a
a. 11 000 π d. 5 000 π
b. 10 000 π e. 1 100 π
c. 5 500 π
a
10. a. VA = 2VB d. VA = 4VB
Observe os retângulos I e II desenhados em um plano car- b. VB = 2VA e. VB = 4VA
tesiano ortogonal. c. VA = VB
y y 13. Sistema COC/Enem
P (2,4) P (2,4) P (5,4) Um tanque de álcool em uma usina tem o formato de um
cilindro circular reto, como o da figura abaixo. Considerando as
medidas internas desse tanque, sabe-se que a medida do raio
da base é equivalente a um terço da altura do tanque e que o
104

x x nível do volume de álcool depositado nesse tanque apresenta


altura equivalente a oito terços da medida do raio da base.
Retângulo I Retângulo II A razão entre o volume de álcool contido no tanque e sua
capacidade total é:
Determine os volumes dos sólidos obtidos pela rotação
de cada um dos retângulos ao redor do eixo y, o eixo das or-
denadas.

11.
Um copo com o formato de um cilindro circular reto, cujo
diâmetro interno mede 4 cm, está cheio de jacuba (suco de
sabor não identificável) até a borda. Inclinando esse corpo,
despeja-se o líquido nele contido até que atinja a marca que
dista da borda 16 cm. O volume do líquido despejado é:
π
16
cm
π

a. 8 d. 6
a. 16 cm 3 9 5
b. 20 cm3 b. 9 e. 1
c. 32 cm3 8 5
EMI-16-130

d. 64 cm3 c. 5
e. 80 cm3 7
14. Sistema COC/Enem 15. Sistema COC/Enem

18
Um reservatório de água de material transparente possui o Um fabricante de leite condensado comercializa seu pro-
formato de um cilindro circular reto e está instalado em uma sala, duto em dois tipos de embalagem. Uma das embalagens tem

212
com as bases na vertical, em relação ao plano do piso dessa sala. a forma de um cilindro circular reto (figura I) e a outra tem a
Para saber o volume de água presente no reservatório, forma de um paralelepípedo reto retângulo (figura II).
uma pessoa utiliza uma régua graduada anexada ao reser-
vatório. Essa régua foi confeccionada com base no estudo da Figura I Figura II
função que relaciona o volume v com a altura h, desde zero
até a altura total T.

Matemática
Dos gráficos a seguir, aquele que mais se aproxima do
gráfico dessa função é: 12 cm
8 cm
a. v

m
4c
7 cm 6,5 cm

Em determinado período, na promoção “oferta do dia”,

Matemática e suas Tecnologias


ambas as embalagens foram vendidas pelo mesmo preço.
0 T h
Considerando as medidas indicadas nas figuras, adotando 3
como valor aproximado de p e admitindo que cada uma das
b. v embalagens esteja totalmente preenchida com o produto, o
consumidor que optar, no período da oferta, pela embalagem
I em vez da embalagem II compra, aproximadamente:
a. 12% a menos do volume de leite condensado contido
na embalagem II.
b. 6% a menos do volume de leite condensado contido
na embalagem II.
c. 6% a mais do volume de leite condensado contido na
0 T h embalagem II.
d. 10% a mais do volume de leite condensado contido na
c. v embalagem II.
e. 12% a mais do volume de leite condensado contido na

105
embalagem II.

16. ESPM-SP
Um tanque, com a forma de um cilindro circular reto, tem
2,40 m de altura e raio da base igual a 2 m, estando com a
0 T h base apoiada num plano horizontal. Ao longo de uma geratriz
(vertical), de baixo para cima, esse tanque possui três tornei-
ras iguais, espaçadas de 60 cm, como mostra a figura a seguir.
d. v Cada torneira proporciona uma vazão de 20p litros por minutos.
Estando completamente cheio de água e abrindo-se as três tor-
neiras, o tempo necessário para o esgotamento completo do
tanque será de:
2m

0 T h

e. v 2,40 m
60 cm

60 cm

a. 2h40 d. 4h20
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b. 3h20 e. 4h40
0 T h
c. 3h40
106 Matemática e suas Tecnologias Matemática 212 18
Anotações

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