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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Revisão: 00
Coordenadores:
- Marcelo Ferreira da Silva
- Cristiano Flores da Silva
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Índice
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Quais os métodos de partida possíveis para motores 3, 6, 9 e 12 cabos? Qual a influência destes
métodos no torque do motor? .......................................................................................................................29
Como transformar um motor 12 cabos em 6 cabos para acionamento com chave estrela triângulo?
..............................................................................................................................................................................30
Quais as possíveis causas de falha em uma partida estrela triângulo?.............................................30
Qual a causa e como prevenir oxidação nos motores? ..........................................................................31
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Dados de Bobinagem ................................................................... 45
Como realizar a mudança de tensão em motores (rebobinamento)? ................................................................45
Como verificar dados de bobinagem no sistema WIREFRAME? ..........................................................................46
Como fazer cálculo para transformar a bobinagem de alumínio para cobre? ....................................................48
Qual o tempo e temperatura recomendado para cura do verniz ou resina de impregnação do bobinado? .....48
Como realizar a retirada da bobina de um estator para rebobinamento?..........................................................48
Dados de Placa............................................................................. 49
O que é “Fator de Potência” e qual sua influência na aplicação? .......................................................................49
O que é “Fator de Serviço”? O motor pode operar continuamente nesta condição? ........................................49
Qual a relação entre a corrente a vazio, corrente de partida e a corrente nominal do motor? 49
O que é e como é definido o grau de proteção dos motores elétricos? .............................................................49
Qual a relação entre frequência, número de pólos e rotação do motor? ...........................................................50
Qual o significado e quais são as classes de isolamento dos motores elétricos? ................................................50
Como transformar um motor 12 cabos em 6 cabos para acionamento com chave estrela triângulo?
..............................................................................................................................................................................51
O que são e quais são os regimes de serviço? .....................................................................................................51
Onde posso encontrar os dados do rolamento utilizado nos motores? .............................................................55
Qual a diferença admissível entre o peso real do motor e o valor indicado na placa? .......................................55
Qual a tolerância para variação da corrente nominal real do motor para o valor informado em placa? ...........56
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Como ensaiar motores com lubrificação Oil mist sem o sistema oil mist? .........................................................63
Quais são os fatores que podem influenciar durante as medições mecânicas com micrômetro feitas nos
componentes dos motores? ................................................................................................................................65
Como definir o centro magnético do rotor em um HGF com mancais de deslizamento? ..................................65
Garantia....................................................................................... 67
Como proceder quando o motor apresentar um problema de funcionamento dentro do prazo de garantia? .67
Como proceder com a garantia do motor em caso da necessidade de exportação?..........................................67
Manutenção e Modificação.......................................................... 70
Qual o plano de manutenção geral indicado para os motores? ..........................................................................70
Qual o procedimento para realizar a relubrificação do motor? ..........................................................................70
É recomendado realizar serviços de recuperação de componentes? .................................................................71
Quais os parâmetros que devem ser monitorados quando um motor elétrico (indução trifásico)
está operando? ................................................................................................................................................71
Quais os torques de aperto utilizado nas placas de bornes nas diferentes linhas de motores? .........................72
Quais os torques de aperto dos parafusos recomendados durante a montagem dos motores? .......................72
Qual o tempo e temperatura recomendado para cura do verniz ou resina de impregnação do bobinado? .....72
Como realizar a retirada da bobina de um estator para rebobinamento?..........................................................72
Quais os torques de aperto para os parafusos de fixação do motor na base?....................................................72
Qual a causa e como prevenir oxidação nos motores? ..........................................................................73
Quais os cuidados para substituir rolamentos de esferas por rolamentos de rolos (linhas W21 e
W22) ? ................................................................................................................................................................74
Motofreio .................................................................................... 75
Onde encontrar a alavanca de freio para freios com este dispositivo? ..............................................................75
O torque nominal do freio, indicado na sua especificação, é referido à velocidade nominal do motor?...........75
Em qual tensão de rede posso utilizar o freio que está instalado no motor? .....................................................75
Um freio 205 VCC pode ser acionado em 380V CA? ............................................................................................75
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Os certificados para motores de área classificada possuem validade? ...............................................................77
Qual a especificação e tipo de selante usado em motores NEMA Ex-d?.............................................................77
Quais os torques de aperto dos parafusos recomendados durante a montagem dos motores? .......................77
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Acionamento por Inversor de frequência
Qual é a rotação máxima e mínima admitida para um motor acionado por inversor de frequência?
As velocidades de rotação mínima e máxima para motores que operam acionados por inversor de frequência
demandam avaliação mecânica e elétrica.
Mecanicamente, não há limite de velocidade mínima. O limite de velocidade máxima para motores padrão (com
graxa Polyrex) pode ser consultado na tabela abaixo:
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Quais as causas, como identificar e como evitar passagem de corrente em rolamento?
O fenômeno de tensão induzida no eixo acomete principalmente máquinas grandes devido a características
intrínsecas de projeto e/ou quando estas são acionadas por inversores de frequência, com formas de onda não
senoidais.
A falha por passagem de corrente ocorre quando descargas elétricas ocorrem no rolamento, rompendo a isolação
do filme de graxa. Essas descargas dão origem a pequenas marcas nas pistas do rolamento e enegrecimento da
graxa. Essas características possibilitam a identificação do problema através da avaliação do próprio rolamento
danificado. Outra característica desse tipo de falha é o aumento do ruído (atrito metal-metal) no rolamento.
A figura abaixo mostra um rolamento danificado por passagem de corrente já em fase avançada.
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
A tampa isolada possui uma camada isolante entre o cubo e o corpo da tampa assegurando que não haverá
passagem de corrente nesse ponto.
Como padrão para os motores WEG, seja com uso de tampa ou rolamento isolado, no outro mancal é utilizado
escova de aterramento para interligar eletricamente a tampa com o eixo e proteger o rolamento (não isolado) do
outro mancal.
Em geral, economicamente os rolamentos isolados apresentam um valor mais elevado em comparação a uma
tampa isolada, que possui vida útil maior.
O motor normal pode operar com inversor de frequência sem redução da potência?
A necessidade ou não de redução de potência em motores que operam com inversor de frequência tem relação
direta com a faixa de frequência (velocidade) de operação do equipamento. Na condição de frequência nominal
até em torno de 83% desta, não há necessidade de redução de potência. Já para outras faixas de frequência
recomenda-se reduzir a potência do motor, de acordo com o gráfico abaixo:
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Quais são os critérios a serem adotados para uso do motor com inversor de frequência?
Na utilização de motores de indução trifásicos de baixa tensão com inversores de frequência devem ser
obedecidos os critérios da tabela a seguir, do contrário é recomendado a instalação de filtros entre o inversor e o
motor.
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Aplicação e Métodos de Partida
Quantas partidas por hora podem ser realizadas por um motor elétrico acionando um
equipamento qualquer?
Para os motores que possuem regime de serviço “S1”, que significa uso contínuo, a norma ABNT NBR 17094-1
para motores de indução trifásicos prevê que os motores devem ser capazes de suportar duas partidas
consecutivas a frio (com retorno ao repouso entre partidas) e uma partida a quente (após ter funcionado nas
condições nominais).
Em cada caso, uma (1) partida adicional é permitida somente se a temperatura do bobinado do motor antes da
partida não exceder a temperatura de equilíbrio térmico sob carga nominal.
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Um motor especificado para 50Hz pode ser ligado em uma rede 60Hz e vice-versa?
Motores trifásicos autoventilados com enrolamentos para 50 Hz poderão ser ligados também em rede de 60Hz.
Ligando o motor de 50 Hz, com a mesma tensão em 60 Hz:
- A potência do motor será a mesma;
- A corrente nominal á a mesma;
- A corrente de partida diminui em 17%;
- Cp/Cn diminui em 17%;
- Cm/Cn diminui em 17%;
- A velocidade nominal aumenta em 20%.
Nota: deverão ser observados os valores de potência requeridos, para motores que acionam equipamentos que
possuem conjugados variáveis com a rotação (ex: bombas, ventiladores, etc).
Se alterar a tensão proporcionalmente a frequência:
- Aumenta a potência do motor 20%;
- A corrente nominal é a mesma;
- A corrente de partida será aproximadamente a mesma;
- O conjugado de partida será aproximadamente o mesmo;
- O conjugado máximo será aproximadamente o mesmo;
- A rotação nominal aumenta 20%.
Não é recomendado o uso de motores autoventilados com enrolamentos para 60Hz operando em rede de 50Hz,
pois essa redução na velocidade de rotação terá como consequência o aumento da temperatura de operação.
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
O que são e quais são os regimes de serviço?
Regime de serviço é o grau de regularidade da carga a que o motor é submetido. Os motores normais são
projetados para regime contínuo (a carga é constante), por tempo indefinido e igual a potência nominal do motor.
A indicação do regime do motor deve ser feita pelo comprador, da forma mais exata possível. Nos casos em que
a carga não varia ou nos quais varia de forma previsível, o regime poderá ser indicado numericamente ou por
meio de gráficos que representam a variação em função de tempo das grandezas variáveis. Quando a sequência
real dos valores no tempo for indeterminada, deverá ser indicada uma sequência fictícia não menos severa que a
real.
Conforme a IEC 60034-1 os regimes de tipo e os símbolos alfanuméricos a eles atribuídos, são indicados a seguir:
Regime contínuo (S1) - Funcionamento à carga constante de duração suficiente para que se alcance o equilíbrio
térmico.
Regime S1
Regime de tempo limitado (S2) - Funcionamento à carga constante, durante certo tempo, inferior ao necessário
para atingir o equilíbrio térmico, seguido de um período de repouso de duração suficiente para restabelecer a
temperatura do motor dentro de + 2K em relação à temperatura do fluido refrigerante.
Regime S2
Regime intermitente periódico (S3) - Sequência de ciclos idênticos, cada qual incluindo um período de
funcionamento com carga constante e um período desenergizado e em repouso. Neste regime o ciclo é tal que a
corrente de partida não afeta de modo significativo a elevação de temperatura.
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Regime S3
Regime intermitente periódico com partidas (S4) - Sequência de ciclos de regime idênticos, cada qual consistindo
de um período de partida, um período de funcionamento a carga constante e um período de repouso, sendo tais
períodos muito curtos, para que se atinja o equilíbrio térmico.
Regime S4
Regime intermitente periódico com frenagem elétrica (S5) - Sequência de ciclos de regime idênticos, cada qual
consistindo de um período de partida, um período de funcionamento a carga constante, um período de frenagem
elétrica e um período desenergizado e em repouso, sendo tais períodos muito curtos para que se atinja o
equilíbrio térmico.
Regime S5
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Regime de funcionamento contínuo periódico com carga intermitente (S6) - Sequência de ciclos de regime
idênticos, cada qual consistindo de um período de funcionamento a carga constante e de um período de
funcionamento em vazio, não existindo período de repouso.
Regime S6
Regime de funcionamento contínuo periódico com frenagem elétrica (S7) - Sequência de ciclos de regimes
idênticos, cada qual consistindo de um período de partida, de um período de funcionamento a carga constante e
um período de frenagem elétrica, não existindo o período de repouso. Fator de duração do ciclo = 1.
Regime S7
Regime de funcionamento contínuo com mudança periódica na relação carga/velocidade de rotação (S8) -
Sequência de ciclos de regimes idênticos, cada ciclo consistindo de um período de partida e um período de
funcionamento a carga constante, correspondendo a uma determinada velocidade de rotação, seguidos de um
ou mais períodos de funcionamento a outras cargas constantes, correspondentes a diferentes velocidades de
rotação. Não existe período de repouso.
Regime S8
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Regime com variações não periódicas de carga e de velocidade (S9) - Regime no qual geralmente a carga e a
velocidade variam não periodicamente, dentro da faixa de funcionamento admissível, incluindo frequentemente
sobrecargas aplicadas que podem ser muito superiores à carga de referência.
Regime S9
Regime com cargas constantes distintas (S10) - Regime consistindo em um número específico de valores distintos
de cargas (ou cargas equivalentes) e, se aplicável, velocidade, sendo cada combinação carga/velocidade mantida
por um tempo suficiente para permitir que a máquina alcance o equilíbrio térmico. A carga mínima durante um
ciclo de regime pode ter o valor zero (funcionamento em vazio ou repouso desenergizado).
Regime S10
Regimes especiais - Onde a carga pode variar durante os períodos de funcionamento, existe reversão ou frenagem
por contra-corrente, etc., a escolha do motor adequado, deve ser feita mediante consulta à fábrica e depende de
uma descrição completa do ciclo:
Potência necessária para acionar a carga. Se a carga varia ciclicamente, deve-se fornecer um gráfico de carga x
tempo, como exemplificado na figura 7.15.
Conjugado resistente da carga.
Momento de inércia total (GD2 ou J) da máquina acionada, referida à sua rotação nominal.
Número de partidas, reversões, frenagens por contra-corrente, etc.
Duração dos períodos em carga e em repouso ou vazio.
O motor normal pode operar com inversor de frequência sem redução da potência?
A necessidade ou não de redução de potência em motores que operam com inversor de frequência tem relação
direta com a faixa de frequência (velocidade) de operação do equipamento. Na condição de frequência nominal
até em torno de 83% desta, não há necessidade de redução de potência. Já para outras faixas de frequência
recomenda-se reduzir a potência do motor, de acordo com o gráfico abaixo:
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Que tipo de rolamento é o mais recomendado para cada tipo de aplicação? Pode haver exceções?
A definição do modelo de rolamento a ser utilizado dependerá das características da carga aplicada, da forma
construtiva e das características do acionamento.
O rolamento padrão utilizado nos motores WEG é o rolamento de esferas, com dimensões e grau de proteção
proporcional ao tamanho do motor e ambiente em que será instalado.
Os limites de carga radial e axial suportados pelos rolamentos de esferas dos motores, de acordo com a rotação
e tamanho do motor, estão disponíveis para consulta no catálogo Técnico Mercado Brasil. Segue link, para
consulta ver item 5.2.1:
http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-w22-motor-trifasico-tecnico-mercado-brasil-50023622-catalogo-
portugues-br.pdf
Em situações onde a carga e/ou acoplamentos que geram esforços radiais ou axiais no eixo do motor, superiores
aos suportados pelo rolamento de esferas, será necessário especificar rolamentos dedicados.
Para esforços radiais elevados, se recomenda o uso de rolamento de rolos.
Para esforços axiais elevados, se recomenda o uso de rolamentos de contato angular.
Em operações com acionamento por inversores de frequência poderá ser especificado rolamento isolado.
Em alguns casos poderá ser utilizado mais de um rolamento no mesmo mancal do motor e com especificações
diferentes, dependendo das características de projeto do motor e/ou exigência da carga aplicada.
Em caso de dúvidas ou aplicações especiais recomendamos consultar a Fábrica.
Mais informações sobre o assunto estão disponíveis no Guia de Especificação de Motores Elétricos, disponível no
seguinte link: http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-guia-de-especificacao-de-motores-eletricos-50032749-
manual-portugues-br.pdf
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Qual o ajuste recomendado entre eixos e polias/acoplamentos?
A recomendação é que o ajuste de montagem entre eixo e acoplamento seja por interferência. A interferência
recomendada deve variar entre -0,015 e -0,025mm.
Num ajuste adequado o esforço mecânico fica distribuído entre a chaveta e toda a superfície do eixo, conforme
mostrado na primeira figura abaixo (condição correta). Com um ajuste inadequado (ajuste com folga) há o risco
de o esforço mecânico ficar concentrado apenas na chaveta, conforme mostrado na segunda figura abaixo
(condição incorreta).
Como realizar o cálculo de esforços no eixo para aplicação com polia e correia?
O cálculo que define se eixo e rolamento atendem aos esforços radiais gerados na aplicação, pode ser feito via
contato com a WEG, de posse das seguintes informações:
-Diâmetro primitivo da polia motora;
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-Largura da polia motora;
-Tipo de correia (plana lisa, trapezoidal - V);
-Peso da polia motora;
-Diâmetro da polia movida;
-Distância entre centros das polias;
-Cota X - distância do assento da polia no eixo até o centro da polia (ver figura abaixo).
Quais os cuidados para substituir rolamentos de esferas por rolamentos de rolos (linhas W21 e
W22) ?
A troca de rolamento de esferas por rolamento de rolos exige os seguintes cuidados:
- Conferir se as dimensões do novo rolamento estão de acordo com as dimensões do eixo e da tampa do motor;
- Manter os anéis de fixação do mancal dianteiro;
- Alterar os anéis de fixação do mancal traseiro para retirar folga axial existente em motores com rolamentos de
esferas (os novos anéis ficarão em contato com a pista externa do rolamento);
- Retirar as molas de pré-carga (ou arruelas onduladas).
Caso o motor originalmente não possua anel de fixação no mancal traseiro (carcaças abaixo da 225), este deverá
ser acrescentado e a tampa traseira deverá ser substituída para um projeto especial apta a montagem do anel e
sem espaço para arruela ondulada.
Na montagem com rolamento de rolos, a folga para dilatação térmica do motor, quando em operação, se dá na
pista do próprio rolamento de rolos. Assim, não se deve utilizar as molas de pré-carga.
Em caso de dúvidas recomendamos consultar a Fábrica.
Qual é a rotação máxima e mínima admitida para um motor acionado por inversor de frequência?
As velocidades de rotação mínima e máxima para motores que operam acionados por inversor de frequência
demandam avaliação mecânica e elétrica.
Mecanicamente, não há limite de velocidade mínima. O limite de velocidade máxima para motores padrão (com
graxa Polyrex) pode ser consultado na tabela abaixo:
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Quais os parâmetros que devem ser monitorados quando um motor elétrico (indução trifásico)
está operando?
Os principais parâmetros a serem monitorados para motores em operação são: corrente, tensão, temperatura
nos mancais, vibração e ruído. Para motores com sensores tipo PT100, instalados em mancais ou no bobinado, a
medição deve ser feita via esses sensores.
Recomendamos que seja feito monitoramento periódico e registro das medições realizadas. Em caso de valores
medidos acima dos dados especificados na placa de identificação ou fora de tolerância das normas aplicáveis,
recomendamos avaliar a aplicação e instalação. Se necessário entrar em contato com a WEG.
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- Severidade do ambiente;
- Níveis de tensão e variação aplicada nos terminais do motor;
- Procedimentos de manutenção adotados para o motor;
- Períodos de operação do motor;
- Carga aplicada no motor, entre outras.
Estes fatores não são controlados pelo fabricante do motor, tornando assim impossível que este estime um tempo
médio entre falhas para um determinado motor.
Em geral, o MTBF é usado por grandes empresas que possuem o registro destas situações e, através do histórico
de registro de falhas, é possível definir um MTBF para aplicações e processos específicos.
Com base nesta informação, realizando comparações com processos similares, estabelecendo um plano de
manutenção adequado e modificando algumas especificações do motor, o cliente poderá aumentar o MTBF de
sua aplicação.
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Outros testes e verificações que não constam nesta relação podem se fazer necessários, em função das
características específicas da instalação, aplicação e/ou do motor.
- Nos motores com mancais de rolamento com lubrificação a óleo deve ser assegurado:
- O nível correto de óleo do mancal. O mesmo deve estar na metade do visor;
- Que quando o motor for armazenado por período igual ou maior ao intervalo de troca de óleo, o óleo
deverá ser trocado antes da colocação em funcionamento;
- Nos motores com mancais de deslizamento deve ser assegurado:
- O nível correto de óleo do mancal. O mesmo deve estar na metade do visor;
- Que o motor não parte e nem opere com cargas radiais ou axiais;
- Que quando o motor for armazenado por período igual ou maior ao intervalo de troca de óleo, o óleo
deverá ser trocado antes da colocação em funcionamento;
- Nos motores monofásicos deve ser verificado:
- A análise da condição dos capacitores para motores monofásicos, se existirem. Para motores instalados
por um período superior a dois anos, mas que não entraram em operação, recomenda-se a substituição de seus
capacitores de partida;
Quais os procedimentos a serem adotados para efetuar a partida do motor?
Após todas as verificações antes do start up terem sido realizadas, seguir o procedimento a seguir para efetuar a
partida do motor:
- Ligar a máquina sem nenhuma carga (quando possível), acionando a chave de partida como se fosse um pulso,
verificando o sentido de rotação, a presença de ruído, vibração ou outra condição anormal de operação;
- Religar o motor, que deve partir e funcionar de maneira suave. Caso isso não ocorra, desligue o motor, verifique
novamente o sistema de montagem e conexões antes de uma nova partida.
- No caso de vibrações excessivas, verificar se os parafusos de fixação estão adequadamente apertados ou se a
vibração é proveniente de máquinas adjacentes. Verificar periodicamente a vibração;
- Operar o motor sob carga nominal por um pequeno período de tempo e comparar a corrente de operação com
a corrente indicada na placa de identificação;
-Recomenda-se ainda que algumas variáveis do motor sejam acompanhadas até seu equilíbrio térmico: corrente,
tensão, temperatura nos mancais e na superfície externa da carcaça, vibração e ruído;
- Recomenda-se que os valores de corrente e tensão sejam registrados no relatório de instalação.
Devido ao valor elevado da corrente de partida dos motores de indução, o tempo gasto na aceleração nas cargas
de inércia apreciável resulta na elevação rápida da temperatura do motor. Se o intervalo entre partidas sucessivas
for muito reduzido, isso resultará no aumento da temperatura nos enrolamentos, danificando-os ou reduzindo a
sua vida útil. Caso não seja especificado regime de serviço diferente de S1 / CONT. na placa de identificação do
motor, os motores estão aptos para:
- Duas partidas sucessivas, sendo a primeira feita com o motor frio, isto é, com seus enrolamentos na temperatura
ambiente e uma segunda partida logo a seguir, porém após o motor ter desacelerado até atingir seu repouso;
- Uma partida com o motor a quente, ou seja, com os enrolamentos na temperatura de regime.
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Quais os métodos de partida possíveis para motores 3, 6, 9 e 12 cabos? Qual a influência destes
métodos no torque do motor?
A tabela abaixo apresenta os possíveis métodos de partida para os motores, conforme a quantidade de cabos:
Métodos de partida
Direta:
- Maior corrente de partida;
- Torque de partida nominal conforme folha de dados;
- Menor tempo de aceleração;
- Maiores esforços mecânicos.
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- Permite partir cargas de elevada inércia com até 1,5 x a corrente nominal, mantendo o torque constante;
- Possibilidade de entrada monofásica e saída trifásica controlada;
- Para processos que precisem de maior precisão de velocidade, pode ser realimentado por encoder;
- Permite multiacionamento;
- Controle escalar (controle de velocidade) e vetorial (controle de velocidade e torque).
Como transformar um motor 12 cabos em 6 cabos para acionamento com chave estrela triângulo?
A transformação de motor 12 cabos para 6 cabos deve ser feita considerando a tensão de rede em que será
utilizado, seguindo as orientações abaixo:
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
- O motor deve estar corretamente especificado para ligação em triângulo na tensão da rede de alimentação;
- Conferir se as conexões estão corretas e bem fixadas em toda a instalação, inclusive motor;
- Conferir tensão da rede e equilíbrio entre as fases. Na ligação de maior tensão a partida deve ser com tensão
em torno de um terço da tensão nominal;
- A comutação entre as ligações deve ser realizada com rotação no mínimo de 80% da rotação nominal do motor;
- Durante a comutação o motor pode atingir pico de corrente próximo do valor com partida direta. Portanto, deve
ser limitado o tempo de comutação;
- Pode ser realizado teste de resistência de isolamento entre fases e entre fases e carcaça do motor para excluir
problema relacionado ao sistema isolante do bobinado.
Em caso de dúvidas entrar em contato com a WEG.
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Armazenamento e Transporte
Quais os cuidados com um motor em estoque?
- Se os motores não forem instalados imediatamente, recomenda-se armazená-los em local seco com umidade
relativa do ar de até 60%, com temperatura ambiente acima de 5 °C e abaixo de 40 °C, isento de poeira, vibrações,
gases, agentes corrosivos, com temperatura uniforme, em posição normal e sem apoiar sobre eles outros objetos.
Remova polias (caso existam) da ponta de eixo, e as mantenha livre e com graxa protetiva para evitar corrosão.
- Caso o motor possua resistência de aquecimento, esta deverá ser energizada sempre que o motor não estiver
em operação. Isto se aplica também para os casos em que o motor estiver instalado, porém fora de uso por um
longo período. Nestas situações, dependendo das condições do ambiente, poderá ocorrer condensação de água
no interior do motor, provocando queda na resistência de isolamento. Os motores devem ser armazenados de tal
modo que a drenagem seja facilitada.
- Todas as superfícies usinadas expostas (por exemplo, ponta de eixo e flange) são protegidas na fábrica por um
inibidor de oxidação temporário. Esta película protetora deve ser reaplicada periodicamente durante o período
de armazenagem (pelo menos a cada seis meses) ou quando for removida ou estiver deteriorada.
- Recomenda-se girar o eixo do motor pelo menos uma vez ao mês (manualmente, no mínimo cinco voltas,
deixando o eixo em posição diferente da original).
Obs.: caso o motor possua dispositivo de travamento do eixo, este deve ser retirado antes de girar o eixo e ser
recolocado novamente antes de transportar o motor.
- Motores verticais podem ser armazenados na posição vertical ou na posição horizontal.
- Para motores com rolamento aberto armazenados por mais de seis meses, os rolamentos devem ser
relubrificados, antes da entrada em operação.
Caso o motor permaneça armazenado por um período superior a dois anos, recomenda-se substituir os
rolamentos ou então estes devem ser removidos, lavados, inspecionados e relubrificados.
- Em motores com mancais de rolamento com lubrificação a óleo, o motor deve ser armazenado na sua posição
original de funcionamento e com óleo nos mancais. O nível do óleo deve ser respeitado, permanecendo na
metade do visor de nível.
Durante o período de armazenagem, deve-se retirar o dispositivo de travamento do eixo e, mensalmente,
rotacionar o eixo manualmente (cinco voltas), para recircular o óleo e conservar o mancal em boas condições.
Sendo necessário movimentar o motor, o dispositivo de travamento do eixo deve ser reinstalado.
Para motores armazenados por período igual ou superior ao intervalo de troca de óleo, o óleo deverá ser trocado,
antes da entrada em operação.
Caso o motor permaneça armazenado por um período maior que dois anos, recomenda-se substituir os
rolamentos ou então estes devem ser removidos, lavados, inspecionados e relubrificados.
O óleo dos mancais dos motores verticais é retirado para evitar vazamento durante o transporte. Após o
recebimento, os mancais devem ser lubrificados.
- Em motores com mancais de deslizamento o motor deve ser armazenado na sua posição original de
funcionamento, e com óleo nos mancais. O nível do óleo deve ser respeitado, permanecendo na metade do visor
de nível.
Durante o período de armazenagem, deve-se retirar o dispositivo de travamento do eixo e, mensalmente,
rotacionar o eixo manualmente (cinco voltas) (e a 30 rpm, no mínimo) para recircular o óleo e conservar o mancal
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
em boas condições de operação. Caso seja necessário movimentar o motor, o dispositivo de travamento do eixo
deve ser reinstalado.
Para motores armazenados por período igual ou superior ao intervalo de troca de óleo, o óleo deverá ser trocado,
antes da entrada em operação.
Caso o motor fique armazenado por um período maior que o intervalo de troca de óleo, ou não seja possível
rotacionar o eixo do motor, o óleo deve ser drenado e aplicada uma proteção anticorrosiva e desumidificadores.
- Recomenda-se medir periodicamente a resistência de isolamento dos motores, para assim avaliar as condições
de armazenamento sob o ponto de vista elétrico. Se forem observadas quedas nos valores de resistência de
isolamento, as condições do armazenamento devem ser analisadas, avaliadas e corrigidas, quando necessário.
Mais informações em: http://www.weg.net/files/products/WEG-iom-general-manual-of-electric-motors-
manual-general-de-iom-de-motores-electricos-manual-geral-de-iom-de-motores-electricos-50033244-manual-
english.pdf
Motores com rolamentos de rolos ou contato angular demandam cuidados especiais? Como testá-
los a vazio?
Sim, rolamentos com elementos rolantes cilíndricos ou esféricos de contato angular possuem caraterísticas
construtivas especiais para suportar elevadas cargas radiais ou axiais, respectivamente. Devido a isto, os seguintes
cuidados são necessários:
- Utilizar dispositivo de fixação do eixo quando o motor estiver sendo transportado, mesmo que seja dentro da
própria instalação, para evitar choques nos rolamentos;
- O teste a vazio prioritariamente deve ser realizado na forma construtiva do motor e sob as condições de
acoplamento para o qual foi especificado.
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
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Capacitores e Platinado
Qual a causa do “colamento” dos terminais do platinado?
O platinado utilizado em motores monofásicos funciona como um "interruptor", que tem a função de manter
ligada a alimentação na bobina auxiliar durante o período de aceleração do motor. Em torno de 75% da velocidade
nominal o contato do platinado com a bobina auxiliar é aberto e, nesse momento, pode ocorrer um faiscamento,
intrínseco a forma de operação do componente.
No entanto, em condições adversas de operação como, por exemplo, excesso de partidas em curto intervalo de
tempo, sobrecarga, subtensão ou mesmo eventual falha de um componente, o motor pode apresentar variação
da velocidade (aumento do escorregamento) e com isso, o contato do platinado com a bobina auxiliar pode fechar
novamente.
Nestas condições, podem ocorrer "repiques" e como consequência o "colamento" (solda no contato) do
platinado, devido ao aumento da corrente e da temperatura do componente.
Posso alterar os capacitores utilizados nos motores monofásicos?
Não é recomendado alterar a especificação de capacitores utilizados em motores monofásicos sem consulta
prévia a Fábrica, sejam eles de partida ou permanentes. Os projetos são testados e homologados para garantir o
melhor desempenho de acordo com a necessidade de cada aplicação, sendo assim, eventuais alterações sem
consulta podem gerar significativas mudanças no desempenho do motor e até mesmo acarretar problemas
durante operação.
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Carcaça, Aterramento e Forma construtiva
Aleta quebrada causa algum problema? Pode ser recuperada?
A principal função das aletas em um motor é de direcionar o ar vindo do ventilador, favorecendo a troca térmica
com ambiente, auxiliando deste modo na refrigeração do motor.
As aletas não possuem função mecânica no motor.
Caso o motor apresente uma grande quantidade de aletas danificadas, a troca térmica e direcionamento do fluxo
de ar no motor ficam comprometidos, elevando assim a temperatura do motor.
Danos pequenos, praticamente não influenciam na troca térmica com o ambiente, podendo o motor operar nesta
condição. Neste caso, recomenda-se apenas repintar a parte danificada para evitar corrosão.
Em caso de necessidade ou solicitação de recuperação, por não possuir função mecânica, uma aleta com uma
pequena parte danificada pode ser recuperada apenas com cola (específica para ferro fundido) ou então tendo
esta parte soldada novamente. A parte danificada também pode ser substituída por massa epóxi.
Quais são os valores de referência de temperatura para o motor? Como realizar as medições?
Temperaturas de referência
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Os testes realizados indicaram que a resistência medida entre a caixa de ligação e carcaça, isoladas pela borracha
de vedação e conectados pelos parafusos de fixação, apresentaram valores máximos de 10 miliohms.
De acordo com recomendações da norma IEEE 142 valores abaixo de 5 ohms são considerados totalmente
aceitáveis.
Posso instalar motores horizontais na vertical – o que muda para cada linha? W21, W22, HGF,
W40, W50.
Motores W21 e W22 projetados originalmente para posição horizontal, porém instalados na posição vertical (com
autorização da WEG) devem ter seu intervalo de relubrificação reduzido pela metade. É necessário avaliar se a
carga aplicada não ultrapassa o limite de carga suportada pelo rolamento.
Motores HGF, W40 e W50 projetados originalmente para posição horizontal, não podem ser instalados na posição
vertical sob risco de falha do rolamento por excesso de esforço axial nestes.
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Formas construtivas
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Corrente elétrica, Cabos de alimentação e Consumo de
energia
Como calcular o consumo de energia de um motor?
O consumo de energia relaciona a potência exigida pela carga em função do rendimento do motor, dado um
tempo de operação.
Considerando operação em condições nominais, pode-se tomar como referência o cálculo abaixo para definir o
consumo de energia:
Consumo de energia
O resultado deve ser multiplicado pelo número de horas em operação.
Quais as possíveis causas de corrente maior que a nominal no motor? O que verificar?
A corrente de operação é um dos indicadores para identificar se o motor está operando em condições normais.
Em caso de corrente acima do valor nominal da placa de identificação, cabe avaliação para identificar a causa raiz
e evitar redução da vida útil ou mesmo uma falha precoce. As causas mais comuns estão listadas abaixo:
- Sub ou sobre tensão;
- Cabos de ligação muito longos e mal dimensionados;
- Carga excessiva;
- Rotor travado;
Para identificar a causa raiz recomendamos avaliação completa da instalação com base nos pontos citados abaixo:
- Verificar se tensão de alimentação está de acordo com o esquema de ligação do motor e está equilibrada entre
as fases do motor;
- Verificar se a instalação está corretamente dimensionada com relação aos cabos, sistema de aterramento e
proteções para o sistema;
- Avaliar se o motor está corretamente dimensionado para a carga aplicada ao eixo e se houve alguma alteração
no processo;
- Avaliar se há histórico de falha na instalação que possa ter ocasionado travamento do eixo do motor;
- Avaliar se o regime de serviço do motor está de acordo com a necessidade do processo com relação a quantidade
de partidas e tempo em operação;
- Avaliar a forma de acionamento do motor e se há variação de velocidade, que possa acarretar aumento de
corrente em função das características da carga nessa condição;
- Avaliar se a resistência ôhmica do motor está equilibrada entre das fases;
- Avaliar corrente do motor operando a vazio;
- Avaliar se há histórico de manutenção do motor que possa estar ligado ao aumento de corrente.
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Qual a relação entre a corrente a vazio, corrente de partida e a corrente nominal do motor?
A corrente a vazio é a corrente medida nas fases do motor quando não há carga acoplada na ponta do eixo.
Representa a corrente de magnetização gerada no rotor a partir do campo magnético induzido pelo estator
bobinado do conjunto.
A corrente nominal representa a condição de operação a plena carga. Ela está representada na placa de
identificação e varia de acordo com tensão de alimentação também especificada na placa.
A corrente de partida é a corrente gerada durante o período de aceleração do motor, ou seja, quando o conjunto
motor + carga sai da inércia e atinge a velocidade nominal de operação. A corrente de partida pode atingir em
média 7 vezes a corrente nominal do motor e também aparece representada na placa de identificação pela
relação Ip/In (Corrente de partida sobre a nominal).
Identificar o maior dif calculado no item anterior, desprezando-se os sinais negativos, e calcular o percentual de
desequilíbrio:
% í = ∗ 100%
OBS: O desequilíbrio de corrente é calculado da mesma maneira, aplicando-se os valores de corrente nas fórmulas
acima.
Exemplo:
VR-S = 445V VS-T = 435V VT-R = 442V
Vm = (445 + 435 + 442) / 3 Vm= 440,67V
dif1 = 440,67 – 445 dif1= 4,33V (desprezando-se o sinal negativo)
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dif2 = 440,67 – 435 dif2= 5,67V
dif3 = 440,67 – 442 dif3= 1,33V (desprezando-se o sinal negativo)
% desequilíbrio = (5,67 / 440,67) * 100%
% desequilíbrio = 1,29%
IMPORTANTE: A norma ABNT 17094-1, em seu Anexo B, define que um motor elétrico poderá fornecer a potência
nominal desde que o desequilíbrio entre as tensões não ultrapasse 1%. Em sistemas elétricos em que o
desequilíbrio de tensões ultrapasse 1%, a potência exigida do motor deverá ser reduzida conforme tabela abaixo,
a qual foi extraída de um gráfico da Norma.
1% 0%
2% 4,9 %
3% 10 %
4% 16 %
5% 24 %
Registro de correntes
Posteriormente deve-se desconectar o motor e reconectá-lo transpondo as fases, conforme está mostrado na
figura abaixo. Observe que as três fases foram trocadas (transpostas) e o motor irá girar no mesmo sentido que
estava girando originalmente. É muito importante que a transposição seja feita na caixa de ligação do motor, e
não no painel. Então se deve medir e registrar as correntes IR1, IS2 e IT3.
Transposição de fases
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- Para se identificar onde está a fonte do desequilíbrio de corrente, deve-se comparar as correntes medidas antes
e após a transposição, da seguinte maneira:
- Se IR2=IR1, IS3=IS2 e IT1=IT3 fonte do desequilíbrio está no sistema elétrico;
- Se IR2=IS2, IS3=IT3 e IT1=IR1 fonte do desequilíbrio está no motor.
Salientamos que a experiência tem mostrado que normalmente a fonte do desequilíbrio de corrente não está no
motor, mas sim no sistema elétrico que alimenta o motor: desequilíbrio de tensão da rede, cargas monofásicas
ligadas de maneira desequilibrada no circuito trifásico, banco de capacitores com um ou mais elementos
defeituosos, cabos de alimentação muito longos, mau contato (conexões, chaves, contatores, etc.). Porém se
mesmo assim ficar comprovado que o motor é o responsável pelo desequilíbrio de corrente, ele deverá ser
inspecionado.
Deve-se medir a resistência do bobinado com as três fases abertas, utilizando um medidor adequado (ponte Kelvin
ou ponte de Wheatstone), procurando identificar um possível desequilíbrio entre as resistências. Pelo projeto os
motores podem admitir uma diferença de até um máximo de 3% entre a resistência de uma fase e a resistência
de outra fase. Caso haja uma diferença maior que 3%, deve-se abrir o motor e fazer-se uma inspeção para verificar
se não existem erros de ligação e/ou soldas defeituosas nas conexões, que sejam possíveis de corrigir. Se o
bobinado estiver perfeito, o motor deverá ser rebobinado, pois possivelmente o problema estará na própria
bobinagem do motor (diferença na quantidade de espiras e/ou na bitola dos fios).
Por que alguns motores possuem corrente a vazio equivalente ou até mesmo maior do que a
corrente nominal informada na placa?
Esta condição é intrínseca ao projeto do motor e geralmente ocorre em motores trifásicos de pequenas potências
ou em motores monofásicos, geralmente quando possuem capacitores permanentes e operação permanente da
bobina auxiliar. Está relacionado com os materiais utilizados no projeto, com as características do circuito
equivalente do motor e suas tolerâncias de cálculos.
Qual a possível causa do desarme do relé de proteção do motor, mesmo estando corretamente
dimensionado para o motor? (corrente inrush)
Problemas relacionados com desarme do relé instantâneo (tal como relé motor) podem estar relacionados com
o valor da corrente de Inrush gerada pelo motor na partida.
É sabido que sendo o motor um sistema indutivo deveria ser protegido com dispositivos de "tempo inverso" para
os quais estas correntes não causam nenhum problema. Mas como as vezes os clientes insistem em usar
dispositivos como o relé motor, devemos recomendar que regulem a característica instantânea para valores acima
dos valores de inrush.
Também conhecida por corrente transitória de energização inicial, está diretamente ligada a posição da onda de
tensão de alimentação senoidal, é uma corrente transitória intensa decorrente da presença de material
ferromagnético saturável sob fonte senoidal.
Esta corrente não causa propriamente algum mal, pois tem um período de duração muitíssimo curto (da ordem
de 1/2 ciclo a 1 ciclo). Com isto a energia que corresponde a este fenômeno é muito pequena, podendo ser
desprezada. Este efeito acontece em qualquer sistema indutivo tal como num motor e ocorre somente na partida,
no instante inicial de energização, portanto, não causando efeitos na temperatura, no balanceamento magnético,
etc. Para medir esta componente deve-se usar um medidor instantâneo de corrente, visto que pode ocorrer
somente na partida e durante um tempo extremamente curto. Considerando que a energia demandada por este
efeito é muito pequena, visto que o tempo de duração é muito curto, pode-se admitir valores relativamente altos
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(da ordem de 15 a 25 vezes a corrente nominal do motor ou 1,8 a 2,8 vezes a corrente de rotor bloqueado) sem
propriamente causar algum dano ao motor.
Qual o valor da corrente com o motor operando no fator de serviço?
O aumento momentâneo de carga de acordo com o fator de serviço do motor gera aumento da corrente de
operação. Em alguns casos o valor da corrente de operação no fator de serviço do motor é informado na placa de
identificação, através do código “IFS”/"SFA".
Para os casos em que a corrente no fator de serviço não está especificada na placa e os motores possuem FS até
1.25, pode-se estimar o valor da corrente nessa condição multiplicando a corrente nominal pelo percentual
excedente de carga aplicado na ponta de eixo do motor.
Por exemplo, motor com corrente nominal de 10A e FS 1.25, operando momentaneamente com 117% de carga
terá corrente estimada nessa condição de 10A x 1.17 = 11.7A.
Quais são os valores de referência de temperatura para o motor? Como realizar as medições?
Temperaturas de referência
Como definir a bitola dos cabos utilizados pelo cliente na alimentação, sensores e resistência de
aquecimento do motor?
A definição da bitola dos cabos que deverão ser utilizados na alimentação do motor e conexão dos sensores,
depende dos valores de corrente e tensão do motor (informados na placa de identificação), porém dependem
principalmente do local de instalação do motor e as características deste local.
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Informações como: modelo e corrente suportada pelo cabo, conduítes utilizados, distância entre motor e painel,
queda de tensão nesta distância, devem ser especificadas pelo cliente e delas dependem a correta definição da
bitola dos cabos.
Existem normas que definem a bitola dos cabos com base em alguns parâmetros específicos. Estas normas variam
de país para país. No Brasil, a norma de referência é a ABNT NBR – 5410:2004.
Recomenda-se avaliar a norma em vigência do local onde o motor será instalado e, com base nesta, definir os
cabos a serem utilizados.
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Dados de Bobinagem
Como realizar a mudança de tensão em motores (rebobinamento)?
Procedimento: Para fazer o cálculo de mudança de tensão, orientamos utilizar a tensão, de preferência, em
triangulo (∆), por exemplo:
- 220/380V, usar 220V;
- 380/660V, usar 380V;
- 220/380/440, usar 440V;
Obs.: As mudanças só ocorrem no número de espiras e na seção do fio (mm2), os demais dados permanecem
inalterados, como ligação, camada, passo, etc.
Equação para cálculo:
TN
1) NE . NEA
TA
TA
2) SF . SFA (mm 2 )
TN
Onde:
TA: Tensão Atual do Motor (V)
TN: Nova Tensão (V)
NEA: Número de Espiras Atual
NE: Número de Espiras para a Nova Tensão
SFA: Seção do Fio Atual (mm2) – Seção total
SF: Seção do Fio para Nova Tensão (mm2)
Exemplo:
Tensão de alimentação da rede é 220 V e o motor 380/660V.
Rebobinar:
TA: 380 NE
220
.38 22
380
NEA: 38 espiras 380
SF . 4,852 8,38 mm 2 3%
220
SFA: 4,852 mm2
Limete sup erior : 8,632
3 fios 17 AWG + 2 fio 18 AWG Limete inf erior : 8,12
Fazer as combinaçõe s para determinar a nova bitola
3 x 1,094 + 2x0,785 = 4,852
4x16 4x17
220/380
TN: 220
NE: 22 espiras
SF: 8,38mm2
Obs:
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Quando tensão diminui as espiras diminuem.
Quando tensão diminui a seção do fio aumenta (mm2).
Como verificar dados de bobinagem no sistema WIREFRAME?
Acesse o site http://www.myweg.net e digite o login e senha do Assistente Técnico.
Acesso ao MyWEG
Clique em Sistema de Bobinagem (WMO)
Sistema de bobinagem
Insira o número de série do motor ou material + data de fabricação e clique em “Pesquisa”.
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Os dados de bobinagem e dados gerais do motor serão apresentados na tela.
Clique em “Download relatório” para baixar os dados de bobinagem.
Dados de bobinagem
Clique em “Download diagrama de bobinagem” para verificar o diagrama de bobinagem do motor.
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Um PFD com os dados será mostrado. Este arquivo pode ser salvo.
Esquema de bobinagem
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Dados de Placa
O que é “Fator de Potência” e qual sua influência na aplicação?
O fator de potência, indicado por cos ϕ, onde ϕ é o ângulo de defasagem da tensão em relação a corrente, e a
relação entre a potência ativa (P) e a potência aparente (S).
Cos ϕ
Um motor não consome apenas potência ativa, que é depois convertida em trabalho mecânico e calor (perdas),
mas também potência reativa, necessária para magnetização e que não produz trabalho.
Visando otimizar o aproveitamento do sistema elétrico brasileiro, reduzindo o trânsito de energia reativa nas
linhas de transmissão, subtransmissão e distribuição, a portaria do DNAEE numero 85, de 25 de marco de 1992,
determina que o fator de potência de referência das cargas passe de 0,85 para 0,92. A mudança do fator de
potência, da maior disponibilidade de potência ativa no sistema, já que a energia reativa limita a capacidade de
transporte de energia útil (ativa).
Qual a relação entre a corrente a vazio, corrente de partida e a corrente nominal do motor?
A corrente a vazio é a corrente medida nas fases do motor quando não há carga acoplada na ponta do eixo.
Representa a corrente de magnetização gerada no rotor a partir do campo magnético induzido pelo estator
bobinado do conjunto.
A corrente nominal representa a condição de operação a plena carga. Ela está representada na placa de
identificação e varia de acordo com tensão de alimentação também especificada na placa.
A corrente de partida é a corrente gerada durante o período de aceleração do motor, ou seja, quando o conjunto
motor + carga sai da inércia e atinge a velocidade nominal de operação. A corrente de partida pode atingir em
média 7 vezes a corrente nominal do motor e também aparece representada na placa de identificação pela
relação Ip/In (Corrente de partida sobre a nominal).
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A comprovação da eficácia do grau de proteção nos motores se dá através de testes realizados com base na norma
ABNT NBR-IEC 60034-5, sob condições pré-definidas.
A norma ABNT NBR-IEC 60034-5 define os graus de proteção dos equipamentos elétricos por meio das letras
características IP (índice de proteção), seguidas por dois algarismos.
Grau de proteção
onde:
n = rpm
f = frequência (Hz)
2p = número de polos
Qual o significado e quais são as classes de isolamento dos motores elétricos?
Como a temperatura em produtos eletromecânicos é frequentemente o fator predominante para o
envelhecimento do material isolante e do sistema de isolação, certas classificações térmicas básicas são úteis e
reconhecidas mundialmente.
Os materiais e sistemas isolantes são classificados conforme a resistência à temperatura por longo período de
tempo.
Especifica-se que em um equipamento eletromecânico, a classe de isolamento representa a temperatura máxima
que o equipamento pode alcançar no seu ponto mais quente, ao estar operando em carga nominal, sem
diminuição da vida útil.
As classes de isolamento definidas para os materiais e sistemas isolantes são as seguintes:
Classes de temperatura
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Como transformar um motor 12 cabos em 6 cabos para acionamento com chave estrela triângulo?
A transformação de motor 12 cabos para 6 cabos deve ser feita considerando a tensão de rede em que será
utilizado, seguindo as orientações abaixo:
Tensão da rede 220V – Ligação em paralelo de cada fase do motor.
Tensão da rede 440V – Ligação em série de cada fase do motor.
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Regime S1
Regime de tempo limitado (S2) - Funcionamento à carga constante, durante certo tempo, inferior ao necessário
para atingir o equilíbrio térmico, seguido de um período de repouso de duração suficiente para restabelecer a
temperatura do motor dentro de + 2K em relação à temperatura do fluido refrigerante.
Regime S2
Regime intermitente periódico (S3) - Sequência de ciclos idênticos, cada qual incluindo um período de
funcionamento com carga constante e um período desenergizado e em repouso. Neste regime o ciclo é tal que a
corrente de partida não afeta de modo significativo a elevação de temperatura.
Regime S3
Regime intermitente periódico com partidas (S4) - Sequência de ciclos de regime idênticos, cada qual consistindo
de um período de partida, um período de funcionamento a carga constante e um período de repouso, sendo tais
períodos muito curtos, para que se atinja o equilíbrio térmico.
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Regime S4
Regime intermitente periódico com frenagem elétrica (S5) - Sequência de ciclos de regime idênticos, cada qual
consistindo de um período de partida, um período de funcionamento a carga constante, um período de frenagem
elétrica e um período desenergizado e em repouso, sendo tais períodos muito curtos para que se atinja o
equilíbrio térmico.
Regime S5
Regime de funcionamento contínuo periódico com carga intermitente (S6) - Sequência de ciclos de regime
idênticos, cada qual consistindo de um período de funcionamento a carga constante e de um período de
funcionamento em vazio, não existindo período de repouso.
Regime S6
Regime de funcionamento contínuo periódico com frenagem elétrica (S7) - Sequência de ciclos de regimes
idênticos, cada qual consistindo de um período de partida, de um período de funcionamento a carga constante e
um período de frenagem elétrica, não existindo o período de repouso. Fator de duração do ciclo = 1.
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Regime S7
Regime de funcionamento contínuo com mudança periódica na relação carga/velocidade de rotação (S8) -
Sequência de ciclos de regimes idênticos, cada ciclo consistindo de um período de partida e um período de
funcionamento a carga constante, correspondendo a uma determinada velocidade de rotação, seguidos de um
ou mais períodos de funcionamento a outras cargas constantes, correspondentes a diferentes velocidades de
rotação. Não existe período de repouso.
Regime S8
Regime com variações não periódicas de carga e de velocidade (S9) - Regime no qual geralmente a carga e a
velocidade variam não periodicamente, dentro da faixa de funcionamento admissível, incluindo frequentemente
sobrecargas aplicadas que podem ser muito superiores à carga de referência.
Regime S9
Regime com cargas constantes distintas (S10) - Regime consistindo em um número específico de valores distintos
de cargas (ou cargas equivalentes) e, se aplicável, velocidade, sendo cada combinação carga/velocidade mantida
por um tempo suficiente para permitir que a máquina alcance o equilíbrio térmico. A carga mínima durante um
ciclo de regime pode ter o valor zero (funcionamento em vazio ou repouso desenergizado).
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Regime S10
Regimes especiais - Onde a carga pode variar durante os períodos de funcionamento, existe reversão ou frenagem
por contra-corrente, etc., a escolha do motor adequado, deve ser feita mediante consulta à fábrica e depende de
uma descrição completa do ciclo:
Potência necessária para acionar a carga. Se a carga varia ciclicamente, deve-se fornecer um gráfico de carga x
tempo, como exemplificado na figura 7.15.
Conjugado resistente da carga.
Momento de inércia total (GD2 ou J) da máquina acionada, referida à sua rotação nominal.
Número de partidas, reversões, frenagens por contra-corrente, etc.
Duração dos períodos em carga e em repouso ou vazio.
Intervalo de relubrificação
Em não sendo possível consultar a placa, no nosso manual de instalação e operação estão disponíveis tabelas com
a especificação dos rolamentos padrão para os motores de acordo com o tamanho das carcaças.
Segue link: http://www.weg.net/files/products/WEG-iom-general-manual-of-electric-motors-manual-general-
de-iom-de-motores-electricos-manual-geral-de-iom-de-motores-electricos-50033244-manual-english.pdf
Em caso de dúvidas a WEG deverá ser consultada.
Qual a diferença admissível entre o peso real do motor e o valor indicado na placa?
O valor do peso indicado na placa do motor, segue o peso bruto dos componentes. A grande maioria dos
componentes é listado e catalogado apenas no projeto do motor, sendo que alguns têm o peso calculado.
Devido a isto, uma variação de até 5% entre o valor indicado na placa do motor e seu peso real pode ocorrer.
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Qual a tolerância para variação da corrente nominal real do motor para o valor informado em placa?
A fórmula para cálculo da corrente é:
= ( )/(√3 ∗ ∗ ∗ )
A Norma não estabelece tolerância de corrente nominal, mas conforme a fórmula acima, pode-se dizer que a
tolerância da corrente é calculada com base nas tolerâncias do Cos e rendimento.
Ex: Para o motor da placa abaixo, temos os seguintes valores:
Placa de identificação
- Cos = 0.83
- Rendimento = 83.5%
De acordo com a Norma IEC60034-1, os valores de tolerância são:
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Eixo e Rotor
Como realizar o cálculo de esforços no eixo para aplicação com polia e correia?
O cálculo que define se eixo e rolamento atendem aos esforços radiais gerados na aplicação, pode ser feito via
contato com a WEG, de posse das seguintes informações:
-Diâmetro primitivo da polia motora;
-Largura da polia motora;
-Tipo de correia (plana lisa, trapezoidal - V);
-Peso da polia motora;
-Diâmetro da polia movida;
-Distância entre centros das polias;
-Cota X - distância do assento da polia no eixo até o centro da polia (ver figura abaixo).
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Ensaios e características Elétricas e Mecânicas
Como medir a resistência ôhmica do motor?
O teste de resistência ôhmica no bobinado do motor consiste em avaliar se os valores das resistências nas fases
estão de acordo com os valores determinados em projeto e equilibrados entre si. Para realizar o teste deve-se
utilizar um miliohmimetro ou uma ponte kelvin, devido aos baixos valores de resistência dos bobinados.
Abaixo procedimento para medição:
- Medir a temperatura ambiente do motor. A temperatura de referência é 20°C. Em caso de medição em
temperatura diferente desta, deve-se utilizar a fórmula abaixo para realizar a compensação;
Resistência ôhmica
- Conectar os terminais do motor, onde será realizada a medição, com os cabos do aparelho;
- Verificar se não existe mau contato entre a garra de medição do aparelho e os terminais do cabo ou do parafuso
da placa de bornes do motor;
- Realizar a leitura do aparelho, escolhendo a escala, conforme especificado no manual de operação do aparelho.
Deve-se aguardar a estabilização dos valores durante a medição;
- Registrar os valores medidos para então avaliar os resultados de acordo com os valores projetados e suas
tolerâncias permissíveis.
Cálculo PT100
A variação aceitável é de ± 1°C.
Também é possível realizar o teste de resistência de isolamento no sensor, juntando todos os cabos deste e
aplicando 500V contra a massa e fases do motor. O sensor não deve apresentar corrente de fuga.
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Resistência ôhmica
Quais os valores em G suportados pelos motores da WEG Motores? Eles estão aptos para trabalhar em zonas
sísmicas?
A zona sísmica relaciona a probabilidade de acontecer um terremoto de certa intensidade em um certo período
de tempo.
Este conhecimento é muito importante principalmente para a construção civil, pois a integridade de uma
construção civil durante um terremoto dependerá destas considerações.
A norma IBC (International Building Code) que trata principalmente das construções civis, aplica-se também a
máquinas.
Existe também a norma IEEE 344 que trata sobre equipamentos para usinas nucleares sujeitos a abalos sísmicos.
Esta norma diz que para equipamentos em geral, é necessário fazer uma análise das frequências naturais do
equipamento. Se o equipamento tiver suas frequências naturais acima de 30 Hz, a norma permite que seja feita
uma verificação estática do equipamento, considerando um fator de amplificação igual a 1.5 sobre o maior pico
de vibração do terremoto.
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Em geral, os motores da WMO estão aptos a operar na zona sísmica 4 (0.4g), desde que ele não esteja instalado
sobre uma estrutura que esteja amplificando a vibração devido ao terremoto.
Por que a descrição do sentido de giro do ventilador externo de motores HGF 2 polos é diferente do sentido de
giro do motor?
Porque para verificar o sentido de giro do motor utilizamos como referência olhar para a ponta de eixo dianteira,
que é o contrário da referência utilizada para verificar o sentido de giro do ventilador (ponta de eixo traseira).
Para motores HGF 2 pólos o ventilador possui apenas um sentido de giro. Para as outras polaridades, os
ventiladores são bidirecionais.
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Como ensaiar motores com lubrificação Oil mist sem o sistema oil mist?
O presente procedimento aplica-se, para a lubrificação dos rolamentos com óleo para a realização de testes de
motores, na posição horizontal, onde não há graxa presente no interior do mancal.
Atualmente todos os motores Oil Mist apresentam rolamentos do tipo aberto (sem placas de vedação) sem graxa
em seu interior. A adição de óleo para a realização de testes deve seguir o seguinte procedimento:
Limpar as proximidades do orifício da graxeira;
Retirar o pino graxeiro especial (rosca NPT 1/4 x 18) na porção superior da tampa, no local onde se encontra a
entrada da linha de névoa de óleo;
O canal de saída da névoa de óleo deve estar fechado durante a realização dos testes;
Adicionar, para a lubrificação, a quantidade especificada na tabela 01 de óleo mineral MARBRAX TR68 ou LUBRAX
MIST 68, com o equipamento inoperante, em ambos os mancais de cada motor;
Posteriormente, ambos os canais de névoa de óleo devem ser fechados a fim de evitar penetração de
contaminantes no lubrificante;
Girar manualmente o eixo, para distribuição do óleo no rolamento;
Após esta operação o motor está apto para a realização dos testes do equipamento;
Após a realização dos testes:
Retirar o bujão roscado do canal de saída da névoa;
Drenar o óleo dos mancais
Colocar o bujão roscado para evitar a penetração de contaminantes do mancal, durante a estocagem do motor;
COMENTÁRIOS
Recomenda-se proceder avaliação e monitoramento da temperatura dos mancais dos referidos motores. Para
esta operação pode-se utilizar um termômetro a laser sobre a tampa do motor na altura do anel de fixação
externo do rolamento ou através de termômetro de bulbo no interior do canal de graxa.
A temperatura normal de operação dos rolamentos deve situar-se na faixa de:
70°C: motores das carcaças 63 a 200L;
85°C: motores das carcaças 225S/M até 355 M/L;
63
Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Observação: Caso a temperatura do rolamento atingir valores superiores aos acima citados, deverá ser adicionado
óleo lubrificante no mancal e fazer o acompanhamento da temperatura.
6201 15
6202 15
6203 15
6204 25
6205 25
6206 35
6207 35
6208 40
6209 40
6211 45
6212 50
6307 45
6308 55
6309 65
6311 90
6312 105
6314 150
6316 250
6319 350
6322 550
Quantidade de óleo
64
Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Quais são os fatores que podem influenciar durante as medições mecânicas com micrômetro feitas nos
componentes dos motores?
Em geral, todo equipamento de medição tem um erro de medição que é indicado nos documentos de calibração
deste. Este erro deve ser levado em consideração durante as medições caso o valor medido fique no limite da
tolerância da peça medida.
O zeramento correto do equipamento também tem grande influência nos valores medidos. Este deve ser
realizado com peças de referência calibradas próprias para este objetivo. O zeramento de um equipamento
utilizando outro equipamento calibrado não é recomendado, pois os erros de medição destes se somam e, neste
caso, a possibilidade de uma medição de valores incorretos aumenta.
Durante as medições todas as peças (peça a ser medida, micrômetro e referência) devem estar na mesma
temperatura. Uma peça de aço de diâmetro 100mm por exemplo, pode ter uma variação de aproximadamente
0.001mm a cada 1°C de elevação. O simples fato do operador do micrômetro segurar ele por muito tempo,
contribui para uma variação do valor medido.
A forma com que o operador realiza a medição também tem influência nos valores medidos, medições realizadas
em ângulo ou em uma posição incorreta geram uma grande variação nos resultados.
65
Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Obs: O número de espaçadores adicionados ao lado dianteiro deve ser removido do lado traseiro e vice-versa.
A foto abaixo mostra espaçadores instalados atrás de uma tampa. Da mesma forma podem ser instalados atrás
do mancal.
Espaçadores
Após definido o centro magnético, substitua os espaçadores por anéis, em ambos os lados.
Anéis espaçadores
Nota – O ventilador externo dos motores (principalmente 2 pólos) gera um esforço axial no eixo que tende a
deslocar o rotor do centro magnético. Para evitar isto, os rotores já são previamente deslocados no eixo a fim de
compensar este esforço gerado pelo ventilador.
66
Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Garantia
Como proceder quando o motor apresentar um problema de funcionamento dentro do prazo de garantia?
Na ocorrência de um desvio em relação à operação normal do produto, o cliente deve comunicar imediatamente
por escrito à WEG sobre os defeitos ocorridos, e disponibilizar o produto para a WEG ou seu Assistente Técnico
Autorizado pelo prazo necessário para a identificação da causa do desvio, verificação da cobertura da garantia, e
para o devido reparo.
Não possuem cobertura da garantia os defeitos decorrentes de utilização, operação e/ou instalação inadequadas
ou inapropriadas dos equipamentos, sua falta de manutenção preventiva, bem como defeitos decorrentes de
fatores externos ou equipamentos e componentes não fornecidos pela WEG.
A garantia não se aplica se o cliente, por própria iniciativa, efetuar reparos e/ou modificações no equipamento
sem prévio consentimento por escrito da WEG.
O termo de garantia completo está disponível no site. Segue link abaixo:
http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-motores-eletricos-de-baixa-e-alta-tensao-manual-de-instalacao-
operacao-e-manutencao-50031070-manual-portugues-br.pdf
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Grau de proteção
Os tampões enviados na caixa de ligação do motor podem ser utilizados na aplicação? Eles garantem o grau de
proteção?
Existem dois tipos de tampões plásticos enviados, os tampões com rosca e lisos.
Os tampões lisos devem ser utilizados exclusivamente para transporte e armazenamento do motor, não podendo
ser utilizados na aplicação.
Os tampões roscados, podem ser utilizados na aplicação e garantem o grau de proteção indicado desde que
totalmente roscados.
Para motores Ex com apenas um furo na caixa de ligação, o tampão enviado é liso. Para motores com dois ou
mais furos, um dos furos principais é enviado com tampão liso, os demais furos são enviados com tampões
certificados.
Grau de proteção
Quais os tipos de vedação utilizados entre eixo e tampas para cada grau de proteção?
A tabela abaixo relaciona o grau de proteção dos motores com sua respectiva vedação entre eixo e tampas:
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Tipos de vedação
Observação – A vedação pode mudar de acordo com características específicas de cada linha de produto.
Como são realizados os testes de grau de proteção para motores?
Os testes para aprovação de grau de proteção em motores são realizados de acordo com a norma ABNT NBR IEC
60034-5 que trata de graus de proteção proporcionados pelo projeto completo de máquinas elétricas girantes
quanto a sua classificação.
Os motores são submetidos a um ambiente com elevada contaminação durante período de tempo pré-definido
e após o término do ensaio é avaliado a eficácia do sistema de proteção utilizado.
O procedimento completo de ensaio e as condições de aceitação da proteção tanto para o primeiro numeral do
grau de proteção, que corresponde a proteção contra entrada de poeira, quanto para o segundo numeral de
proteção, proteção contra entrada de água, estão descritos na norma ABNT NBR IEC 60034-5.
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Manutenção e Modificação
Qual o plano de manutenção geral indicado para os motores?
A tabela abaixo apresenta um plano de manutenção preditiva orientativo que pode ser adotado como regra geral
para avaliação dos motores.
Dependendo da aplicação e ambiente, a periodicidade de cada manutenção deve ser revista.
Quais os parâmetros que devem ser monitorados quando um motor elétrico (indução trifásico)
está operando?
Os principais parâmetros a serem monitorados para motores em operação são: corrente, tensão, temperatura
nos mancais, vibração e ruído. Para motores com sensores tipo PT100, instalados em mancais ou no bobinado, a
medição deve ser feita via esses sensores.
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Recomendamos que seja feito monitoramento periódico e registro das medições realizadas. Em caso de valores
medidos acima dos dados especificados na placa de identificação ou fora de tolerância das normas aplicáveis,
recomendamos avaliar a aplicação e instalação. Se necessário entrar em contato com a WEG.
Quais os torques de aperto utilizado nas placas de bornes nas diferentes linhas de motores?
Os torques de aperto dos parafusos da placa de bornes variam de acordo com suas características construtivas.
No Manual de Instalação, Operação e Manutenção e Motores Elétricos está disponível a tabela com torques de
aperto dos parafusos: Segue link:
http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-motores-eletricos-de-baixa-e-alta-tensao-manual-de-instalacao-
operacao-e-manutencao-50031070-manual-portugues-br.pdf
Quais os torques de aperto dos parafusos recomendados durante a montagem dos motores?
Os torques de aperto dos parafusos variam de acordo com o tipo de junta de fixação, das próprias características
construtivas dos parafusos e da linha dos motores. No Manual de Instalação, Operação e Manutenção e Motores
Elétricos está disponível a tabela com torques de aperto dos parafusos: Segue link:
http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-motores-eletricos-de-baixa-e-alta-tensao-manual-de-instalacao-
operacao-e-manutencao-50031070-manual-portugues-br.pdf
Qual o tempo e temperatura recomendado para cura do verniz ou resina de impregnação do bobinado?
O tempo e temperatura recomendados para cura do verniz e resina de impregnação devem ser consultados
diretamente no boletim técnico do produto. Este valor varia de produto para produto logo não é possível definir
um valor específico.
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
- Contaminação por umidade presente no ar. A mesma tende a condensar dentro do motor devido a variações de
temperatura, causando a oxidação.
Abaixo as ações que devem ser tomadas para evitar a oxidação dos motores:
Se os motores não forem instalados imediatamente, recomenda-se armazená-los em local seco com umidade
relativa do ar de até 60%, com temperatura ambiente acima de 5 °C e abaixo de 40 °C, isento de poeira, vibrações,
gases, agentes corrosivos, com temperatura uniforme, em posição normal e sem apoiar sobre eles outros objetos.
Remova polias (caso existam) da ponta de eixo, e as mantenha livre e com graxa protetiva para evitar corrosão.
Caso o motor possua resistência de aquecimento, esta deverá ser energizada sempre que o motor não estiver em
operação. Isto se aplica também para os casos em que o motor estiver instalado, porém fora de uso por um longo
período. Nestas situações, dependendo das condições do ambiente, poderá ocorrer condensação de água no
interior do motor, provocando queda na resistência de isolamento e aparecimento de corrosão. Os motores
devem ser armazenados de tal modo que a drenagem seja facilitada.
As resistências de aquecimento nunca devem estar energizadas enquanto o motor estiver operando.
Todas as superfícies usinadas expostas (por exemplo, ponta de eixo e flange) são protegidas na fábrica por um
inibidor de oxidação temporário. Esta película protetora deve ser reaplicada periodicamente durante o período
de armazenagem (pelo menos a cada seis meses) ou quando for removida ou estiver deteriorada.
Quais os cuidados para substituir rolamentos de esferas por rolamentos de rolos (linhas W21 e
W22) ?
A troca de rolamento de esferas por rolamento de rolos exige os seguintes cuidados:
- Conferir se as dimensões do novo rolamento estão de acordo com as dimensões do eixo e da tampa do motor;
- Manter os anéis de fixação do mancal dianteiro;
- Alterar os anéis de fixação do mancal traseiro para retirar folga axial existente em motores com rolamentos de
esferas (os novos anéis ficarão em contato com a pista externa do rolamento);
- Retirar as molas de pré-carga (ou arruelas onduladas).
Caso o motor originalmente não possua anel de fixação no mancal traseiro (carcaças abaixo da 225), este deverá
ser acrescentado e a tampa traseira deverá ser substituída para um projeto especial apta a montagem do anel e
sem espaço para arruela ondulada.
Na montagem com rolamento de rolos, a folga para dilatação térmica do motor, quando em operação, se dá na
pista do próprio rolamento de rolos. Assim, não se deve utilizar as molas de pré-carga.
Em caso de dúvidas recomendamos consultar a Fábrica.
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Motofreio
Onde encontrar a alavanca de freio para freios com este dispositivo?
A alavanca de freio para motores com freio solicitado com este dispositivo, encontra-se dentro da caixa de ligação
do motor.
A alavanca é colocada dentro da caixa de ligação para evitar que ocorram danos no transporte, que poderiam
danificar a alavanca, defletora e freio do motor.
O torque nominal do freio, indicado na sua especificação, é referido à velocidade nominal do motor?
Não. O torque nominal indicado no freio refere-se a uma velocidade de 100 rpm. Para os casos em que o freio
atraca quando o motor está em sua rotação nominal deve-se considerar uma redução no valor do torque do freio,
de acordo com a tabela abaixo:
Em qual tensão de rede posso utilizar o freio que está instalado no motor?
A tensão do freio vem informada no próprio componente. Trata-se de tensão contínua (Vcc) e é permitida uma
variação de ±10% sobre este valor. Por exemplo, para um freio que indique uma tensão de 180 Vcc, deve-se
garantir que a tensão de entrada na bobina do freio seja de 180 Vcc ±10%, ou seja, entre 162 e 198 Vcc. A tensão
de rede necessária para atingir este valor de tensão contínua dependerá do tipo de ponte retificadora utilizada,
que pode ser de meia onda ou onda completa. Para pontes retificadoras de meia onda a tensão Vcc será
aproximadamente 0.445 vezes a tensão da rede, e para os casos de ponte retificadora de onda completa a tensão
Vcc será aproximadamente 0.89 vezes a tensão da rede.
Um freio 205 VCC pode ser acionado em 380V CA?
Não existe a possibilidade de acionar um freio 205VCC com uma tensão de 380VAC aplicado nos terminais da
ponte retificadora (WEG).
Os freios utilizados pela WEG suportam uma operação de 205VCC ±10% ou seja de 185 a 225VCC
As pontes retificadoras utilizadas pela WEG têm uma perda interna de aproximadamente 10%. Sendo assim, se
uma tensão de 380V for aplicada a uma ponte retificadora de meia onda a tensão de saída será de 190VCC – 10%
ou seja, de 171V.
Desta forma, a tensão de saída será menor que a mínima tensão suportada pelo freio.
Neste caso, para uma tensão de 380V, seria necessário utilizar um freio 180VCC.
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Motores para área Classificada
O que são e como são classificados os motores para áreas classificadas?
Uma instalação onde produtos inflamáveis são continuamente manuseados, processados ou armazenados,
necessita de cuidados especiais que garantam a manutenção do patrimônio e preservem a vida humana, para
este tipo de ambiente se destinam os motores para áreas de risco ou áreas classificadas.
Os equipamentos elétricos, por suas próprias características, podem representar fontes de ignição, quer seja pelo
centelhamento normal, quer seja por superaquecimento de algum componente, seja ele intencional ou causado
por correntes em situações de defeito.
Os motores para áreas de risco são classificados como:
À prova de explosão - Ex d / *Ex de (EPL Gb): tipo de proteção na qual as partes que podem causar a ignição de
uma atmosfera explosiva são confinadas em um invólucro capaz de suportar uma explosão interna sem permitir
que se propague para o meio externo.
Norma: ABNT NBR IEC 60079-1 – Atmosferas Explosivas - Parte 1: Proteção de Equipamentos por Invólucros à
Prova de Explosão “d”.
* Motores Ex d com caixa de ligação e bornes/ terminais do tipo Ex e.
Segurança Aumentada - Ex e (EPL Gb): tipo de proteção na qual o equipamento elétrico, em condições normais
de operação, não produzirá arcos, faíscas ou aquecimento suficiente para causar a ignição da atmosfera explosiva.
Norma: ABNT NBR IEC 60079-7 – Atmosferas Explosivas - Parte 7: Proteção de Equipamentos por Segurança
Aumentada “e”.
Não acendível - Ex n (EPL Gc): tipo de proteção aplicada a equipamento elétrico de modo que, em funcionamento
normal e em certas condições anormais específicas, não possa inflamar o ambiente explosivo.
Norma: ABNT NBR IEC 60079-15 – Equipamento Elétricos para Atmosferas Explosivas - Parte 15: Construção,
Ensaio e Marcação de Equipamentos Elétricos com Tipo de Proteção “n”.
Pressurizado - Ex p (EPL Gb ou Gc): tipo de proteção na qual o equipamento é fabricado para operar com pressão
positiva interna de forma a evitar a entrada de gases e vapores inflamáveis para o interior do invólucro, onde
existem partes que podem causar a ignição da atmosfera explosiva.
Norma: ABNT NBR IEC 60079-2 – Atmosferas Explosivas - Parte 2: Proteção de Equipamento por Involucro
Pressurizado “p”.
Proteção por invólucro - Ex t (EPL Db ou Dc): tipo de proteção em que as partes que podem causar a ignição de
uma atmosfera explosiva são confinadas em um invólucro total ou parcialmente protegido contra a entrada de
poeiras.
Norma: ABNT NBR IEC 60079-31 - AtmosferasExplosivas - Parte 31: Proteção de Equipamento Contra Ignição de
Poeira por Invólucros “t”.
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
incorporem números únicos de tag, números de série ou referência ao banco de dados da instalação. O método de
inclusão ou fixação da placa de adequação não pode reduzir a integridade do tipo de proteção do equipamento."
A norma ABNT NBR IEC 60079-19 que trata de reparo, revisão e recuperação de equipamentos utilizados em áreas
classificadas recomenda que se evite a realização de reparos para motores em que não possa ser realizada a
identificação de marcação Ex.
Sendo assim, recomendamos que, em consenso com o cliente e com base nas normas aplicáveis, seja avaliado o
escopo do serviço a ser realizado no motor. Em não sendo possível atestar a conformidade do motor para uso em
área classificada, este deverá ser utilizado apenas em área segura após o reparo.
Quais os torques de aperto dos parafusos recomendados durante a montagem dos motores?
Os torques de aperto dos parafusos variam de acordo com o tipo de junta de fixação, das próprias características
construtivas dos parafusos e da linha dos motores. No Manual de Instalação, Operação e Manutenção e Motores
Elétricos está disponível a tabela com torques de aperto dos parafusos: Segue link:
http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-motores-eletricos-de-baixa-e-alta-tensao-manual-de-instalacao-
operacao-e-manutencao-50031070-manual-portugues-br.pdf
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Rolamentos, Graxas e Lubrificação
Quais são os valores de referência de temperatura para o motor? Como realizar as medições?
Temperaturas de referência
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
As possíveis causas estão ligadas principalmente a falhas no sistema de aterramento da instalação. Para avaliar e
corrigir o problema, recomendamos avaliação minuciosa com base nas recomendações citadas abaixo:
- No inversor, avaliar com fabricante a possibilidade de reduzir frequência de chaveamento;
- Na instalação, avaliar aterramento e ligação dos cabos. Interligar aterramentos do motor, máquina e inversor.
Recomenda-se utilização de cabos blindados;
- O cabo de aterramento principal dever possuir, pelo menos metade da bitola dos cabos de alimentação do
sistema;
- A bitola dos cabos de aterramento do inversor devem respeitar os valores conforme manual do produto;
- Todos os cabos de aterramento dos equipamentos devem estar conectados a um barramento principal;
- As ligações de malhas devem ser aterradas, conforme manual de aterramento de sistemas de potência.
- Para proteger e aumentar a vida útil dos rolamentos do motor recomendamos utilizar rolamento isolado ou
tampa isolada associada à escova de aterramento.
Nota: motores para áreas classificadas devem ser avaliados caso a caso e a WEG deve ser consultada.
Mais informações sobre o assunto estão disponíveis no Guia de Especificação de Motores Elétricos, disponível no
seguinte link: http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-guia-de-especificacao-de-motores-eletricos-50032749-
manual-portugues-br.pdf
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Intervalo de relubrificação
Em não sendo possível consultar a placa, no manual de instalação e operação da WEG estão disponíveis tabelas
com a especificação dos rolamentos padrão para os motores de acordo com o tamanho das carcaças. Segue link:
http://www.weg.net/files/products/WEG-iom-general-manual-of-electric-motors-manual-general-de-iom-de-
motores-electricos-manual-geral-de-iom-de-motores-electricos-50033244-manual-english.pdf
Motores com rolamentos de rolos ou contato angular demandam cuidados especiais? Como testá-
los a vazio?
Sim, rolamentos com elementos rolantes cilíndricos ou esféricos de contato angular possuem caraterísticas
construtivas especiais para suportar elevadas cargas radiais ou axiais, respectivamente. Devido a isto, os seguintes
cuidados são necessários:
- Utilizar dispositivo de fixação do eixo quando o motor estiver sendo transportado, mesmo que seja dentro da
própria instalação, para evitar choques nos rolamentos;
- O teste a vazio prioritariamente deve ser realizado na forma construtiva do motor e sob as condições de
acoplamento para o qual foi especificado.
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Nos motores com rolamento lubrificados a óleo, a troca de óleo deve ser feita com o motor parado, seguindo o
procedimento a seguir:
- Abrir o respiro da entrada de óleo;
- Retirar o tampão de saída de óleo;
- Abrir a válvula e drenar todo o óleo;
- Fechar a válvula;
- Recolocar o tampão;
- Preencher com a quantidade e especificação do óleo indicados na placa de identificação;
- Verificar se o nível do óleo está na metade do visor;
- Fechar o respiro da entrada de óleo;
- Certificar-se que não há vazamento e que todos os furos roscados não utilizados estejam fechados.
Observações:
- A troca de óleo dos mancais deve ser realizada no intervalo indicado na placa de identificação ou sempre que o
lubrificante apresentar alterações em suas características (viscosidade, pH, etc.).
- O nível de óleo deve ser mantido na metade do visor de óleo e acompanhado diariamente.
- O uso de lubrificantes com outras viscosidades requer contato prévio com a WEG.
Que tipo de rolamento é o mais recomendado para cada tipo de aplicação? Pode haver exceções?
A definição do modelo de rolamento a ser utilizado dependerá das características da carga aplicada, da forma
construtiva e das características do acionamento.
O rolamento padrão utilizado nos motores WEG é o rolamento de esferas, com dimensões e grau de proteção
proporcional ao tamanho do motor e ambiente em que será instalado.
Os limites de carga radial e axial suportados pelos rolamentos de esferas dos motores, de acordo com a rotação
e tamanho do motor, estão disponíveis para consulta no catálogo Técnico Mercado Brasil. Segue link, para
consulta ver item 5.2.1:
http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-w22-motor-trifasico-tecnico-mercado-brasil-50023622-catalogo-
portugues-br.pdf
Em situações onde a carga e/ou acoplamentos que geram esforços radiais ou axiais no eixo do motor, superiores
aos suportados pelo rolamento de esferas, será necessário especificar rolamentos dedicados.
Para esforços radiais elevados, se recomenda o uso de rolamento de rolos.
Para esforços axiais elevados, se recomenda o uso de rolamentos de contato angular.
Em operações com acionamento por inversores de frequência poderá ser especificado rolamento isolado.
Em alguns casos poderá ser utilizado mais de um rolamento no mesmo mancal do motor e com especificações
diferentes, dependendo das características de projeto do motor e/ou exigência da carga aplicada.
Em caso de dúvidas ou aplicações especiais recomendamos consultar a Fábrica.
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Mais informações sobre o assunto estão disponíveis no Guia de Especificação de Motores Elétricos, disponível no
seguinte link: http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-guia-de-especificacao-de-motores-eletricos-50032749-
manual-portugues-br.pdf
Intervalo de relubrificação
Em não sendo possível consultar a placa, no nosso manual de instalação e operação estão disponíveis tabelas com
a especificação dos rolamentos padrão para os motores de acordo com o tamanho das carcaças.
Segue link: http://www.weg.net/files/products/WEG-iom-general-manual-of-electric-motors-manual-general-
de-iom-de-motores-electricos-manual-geral-de-iom-de-motores-electricos-50033244-manual-english.pdf
Em caso de dúvidas a WEG deverá ser consultada.
Quais os cuidados para substituir rolamentos de esferas por rolamentos de rolos (linhas W21 e
W22) ?
A troca de rolamento de esferas por rolamento de rolos exige os seguintes cuidados:
- Conferir se as dimensões do novo rolamento estão de acordo com as dimensões do eixo e da tampa do motor;
- Manter os anéis de fixação do mancal dianteiro;
- Alterar os anéis de fixação do mancal traseiro para retirar folga axial existente em motores com rolamentos de
esferas (os novos anéis ficarão em contato com a pista externa do rolamento);
- Retirar as molas de pré-carga (ou arruelas onduladas).
Caso o motor originalmente não possua anel de fixação no mancal traseiro (carcaças abaixo da 225), este deverá
ser acrescentado e a tampa traseira deverá ser substituída para um projeto especial apta a montagem do anel e
sem espaço para arruela ondulada.
Na montagem com rolamento de rolos, a folga para dilatação térmica do motor, quando em operação, se dá na
pista do próprio rolamento de rolos. Assim, não se deve utilizar as molas de pré-carga.
Em caso de dúvidas recomendamos consultar a Fábrica.
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Quais os padrões de montagem de rolamentos de contato angular em pares?
Existem 3 tipos de montagem de rolamentos de contato angular em pares:
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Não é recomendada a mistura de graxas, mesmo que compatíveis isto não significa que elas são miscíveis,
portanto é necessária a limpeza dos rolamentos e canais de lubrificação antes de aplicar uma nova graxa.
A WEG não se responsabiliza por mudanças no design do motor, o cliente deve estar ciente de que será o único
responsável em caso de falhas devido à substituição da graxa.
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Sensor de temperatura, resistência de aquecimento e
encoder
Quais as conexões permitidas para a resistência de aquecimento?
A resistência de aquecimento é um dispositivo utilizado para o aquecimento interno do motor, que evita
condensação de água internamente, quando o motor permanece desligado por tempo suficiente para ficar à
temperatura ambiente. É normalmente utilizado em motores instalados em ambientes úmidos. As resistências de
aquecimento mantêm aquecido o interior do motor em alguns graus (5ºC a 10ºC) acima da temperatura
ambiente, quando o motor estiver desligado.
A tensão de alimentação das resistências de aquecimento deverá ser especificada pelo usuário do motor, sendo
disponíveis em 110V, 220V e 440V.
A potência das resistências de aquecimento varia de acordo com a carcaça do motor, podendo variar de 8W para
carcaças 63 até 158W para carcaças 355.
Porém para alguns casos, é possível alterar a tensão de utilização da resistência de aquecimento.
Para motores da carcaça 112 e acima (que possuem duas resistências de aquecimento), é possível alterar as
conexões destas resistências de paralelo para série, mudando a tensão de 110 para 220V ou 220V para 440V
dependendo da especificação original da resistência.
A conexão em paralelo será sempre a original solicitada pelo cliente enquanto que a conexão em série será para
o dobro da tensão.
Ex:
Cálculo PT100
A variação aceitável é de ± 1ºC.
Também é possível realizar o teste de resistência de isolamento no sensor, juntando todos os cabos deste e
aplicando 500V contra a massa e fases do motor. O sensor não deve apresentar corrente de fuga.
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Termostato
Protetor térmico: é um sensor tipo fenólico sensível à temperatura e passagem de corrente, podendo assim
oferecer proteção contra ambos. Podem ser com rearme automático ou manual, dependendo da necessidade da
aplicação. Podem ser utilizados em motores monofásicos ou trifásicos.
Protetor térmico
Termoresistores (PT100): sua operação é baseada na característica de variação da resistência com a temperatura.
Possuem resistência calibrada, que varia linearmente com a temperatura, possibilitando um acompanhamento
contínuo do processo de aquecimento do equipamento pelo display de um controlador externo, com alto grau de
precisão e sensibilidade de resposta.
PT100
Sua aplicação é ampla nos diversos setores de técnica de medição e automatização de temperatura. Um mesmo
sensor pode servir para alarme e para desligamento.
Em não sendo possível o monitoramento via controlador externo a temperatura pode ser estimada através do
cálculo abaixo.
Cálculo PT100
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Termoresistores (PT1000): possuem características de operação equivalentes as do PT100, no entanto possuem
resistência ôhmica maior (1000 Ohms em 0° graus Celsius).
PT1000
Geralmente é utilizado em instalações que possuem grandes distâncias entre os equipamentos onde estão
instalados e os controladores (grande comprimento de cabos), pois devido as suas características mantem elevada
precisão.
Em não sendo possível o monitoramento via controlador externo a temperatura pode ser estimada através do
cálculo abaixo.
Cálculo PT1000
Termistor (PTC): são semicondutores de cerâmica que possuem elevado coeficiente de temperatura positiva. Seu
funcionamento tem relação com a variação da resistência ôhmica em função do aumento de temperatura. Para
o comando da proteção dos termistores se faz necessário a instalação de um relé de controle. A função PTC
monitora a resistência do sensor e quando chega ao limite especificado, deve ocorrer o desarme do relé,
indicando que sensor PTC atingiu sua temperatura de resposta nominal. Após o desarme, o relé PTC irá
automaticamente religar quando a resistência do sensor diminuir a um valor predefinido.
Curva PTC
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Manual de Dúvidas Técnicas de Motores Elétricos
Site, Manuais e MYWEG
Onde encontro informações sobre instalação, operação e manutenção de motores elétricos WEG?
Estas Informações estão disponíveis em nosso manual IOM disponível para consulta em nosso site ou no link
abaixo.
http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-iom-general-manual-of-electric-motors-manual-general-de-iom-de-
motores-electricos-manual-geral-de-iom-de-motores-electricos-50033244-manual-english.pdf
Acesso ao MyWEG
Clique em Sistema de Bobinagem (WMO)
Sistema de bobinagem
Insira o número de série do motor ou material + data de fabricação e clique em “Pesquisa”.
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Dados de bobinagem
Clique em “Download diagrama de bobinagem” para verificar o diagrama de bobinagem do motor.
Esquema de bobinagem
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Escolha do motor
Após a confecção da folha de dados é possível acessar o desenho do motor e fazer download do arquivo em
formato PDF, preenchendo os dados de identificação conforme abaixo:
Dimensional do motor
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Intervalo de relubrificação
Em não sendo possível consultar a placa, no nosso manual de instalação e operação estão disponíveis tabelas com
a especificação dos rolamentos padrão para os motores de acordo com o tamanho das carcaças.
Segue link: http://www.weg.net/files/products/WEG-iom-general-manual-of-electric-motors-manual-general-
de-iom-de-motores-electricos-manual-geral-de-iom-de-motores-electricos-50033244-manual-english.pdf
Em caso de dúvidas a WEG deverá ser consultada.
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Escolha do motor
Após a confecção da folha de dados é possível fazer download do arquivo em formato PDF, preenchendo os dados
de identificação conforme abaixo:
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Central de download
2 - Acessar "Biblioteca CAD - Motores Elétricos".
Biblioteca CAD
3 - Clicar no padrão de mercado (para mercado Brasil acessar IEC).
Escolha do mercado
4 - Acessar a linha de motor a qual deseja desenho (para motor W22 padrão acessar "General Purpose").
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Linha do motor
Alguns motores especiais podem não ter disponível o desenho nesses formatos.
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Temperaturas
Quais são os valores de referência de temperatura para o motor? Como realizar as medições?
Temperaturas de referência
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Os materiais e sistemas isolantes são classificados conforme a resistência à temperatura por longo período de
tempo.
Especifica-se que em um equipamento eletromecânico, a classe de isolamento representa a temperatura máxima
que o equipamento pode alcançar no seu ponto mais quente, ao estar operando em carga nominal, sem
diminuição da vida útil.
As classes de isolamento definidas para os materiais e sistemas isolantes são as seguintes:
Classes de temperatura
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Se após atingida a estabilização térmica em carga o motor é desligado, este leva em torno de 15xTHC para retornar
a temperatura ambiente.
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Outros testes e verificações que não constam nesta relação podem se fazer necessários, em função das
características específicas da instalação, aplicação e/ou do motor.
- Nos motores com mancais de rolamento com lubrificação a óleo deve ser assegurado:
- O nível correto de óleo do mancal. O mesmo deve estar na metade do visor;
- Que quando o motor for armazenado por período igual ou maior ao intervalo de troca de óleo, o óleo
deverá ser trocado antes da colocação em funcionamento;
- Nos motores com mancais de deslizamento deve ser assegurado:
- O nível correto de óleo do mancal. O mesmo deve estar na metade do visor;
- Que o motor não parte e nem opere com cargas radiais ou axiais;
- Que quando o motor for armazenado por período igual ou maior ao intervalo de troca de óleo, o óleo
deverá ser trocado antes da colocação em funcionamento;
- Nos motores monofásicos deve ser verificado:
- A análise da condição dos capacitores para motores monofásicos, se existirem. Para motores instalados
por um período superior a dois anos, mas que não entraram em operação, recomenda-se a substituição de seus
capacitores de partida;
Quais os procedimentos a serem adotados para efetuar a partida do motor?
Após todas as verificações antes do start up terem sido realizadas, seguir o procedimento a seguir para efetuar a
partida do motor:
- Ligar a máquina sem nenhuma carga (quando possível), acionando a chave de partida como se fosse um pulso,
verificando o sentido de rotação, a presença de ruído, vibração ou outra condição anormal de operação;
- Religar o motor, que deve partir e funcionar de maneira suave. Caso isso não ocorra, desligue o motor, verifique
novamente o sistema de montagem e conexões antes de uma nova partida.
- No caso de vibrações excessivas, verificar se os parafusos de fixação estão adequadamente apertados ou se a
vibração é proveniente de máquinas adjacentes. Verificar periodicamente a vibração;
- Operar o motor sob carga nominal por um pequeno período de tempo e comparar a corrente de operação com
a corrente indicada na placa de identificação;
-Recomenda-se ainda que algumas variáveis do motor sejam acompanhadas até seu equilíbrio térmico: corrente,
tensão, temperatura nos mancais e na superfície externa da carcaça, vibração e ruído;
- Recomenda-se que os valores de corrente e tensão sejam registrados no relatório de instalação.
Devido ao valor elevado da corrente de partida dos motores de indução, o tempo gasto na aceleração nas cargas
de inércia apreciável resulta na elevação rápida da temperatura do motor. Se o intervalo entre partidas sucessivas
for muito reduzido, isso resultará no aumento da temperatura nos enrolamentos, danificando-os ou reduzindo a
sua vida útil. Caso não seja especificado regime de serviço diferente de S1 / CONT. na placa de identificação do
motor, os motores estão aptos para:
- Duas partidas sucessivas, sendo a primeira feita com o motor frio, isto é, com seus enrolamentos na temperatura
ambiente e uma segunda partida logo a seguir, porém após o motor ter desacelerado até atingir seu repouso;
- Uma partida com o motor a quente, ou seja, com os enrolamentos na temperatura de regime.
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Vibração e Ruído
Qual o procedimento correto para medição de vibração?
Para se investigar a ocorrência de excesso de vibração em um motor elétrico, é fundamental que o motor seja
avaliado no próprio local de instalação, para identificar se a vibração está sendo provocada pelo motor ou não.
A investigação inicia-se com a medição do nível de vibração do motor. Para isso é necessário que o técnico tenha
um medidor que registre valores globais de vibração, em mm/s, valor r.m.s. Deve-se medir a vibração em cinco
pontos da carcaça do motor, conforme mostrado no croqui abaixo. Os valores medidos devem ser registrados
em um relatório.
Base elástica
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- Medir a vibração nos cinco pontos da carcaça, da mesma maneira que foi feito com o motor acoplado à máquina.
Caso a medição a vazio seja feita com o motor fixado na base, recomenda-se que além das medições na carcaça,
seja medida a vibração nos pés do motor e na própria base;
- Registrar no relatório os valores medidos.
Caso não seja encontrado problema no motor, critérios relacionados à planicidade e rigidez da base de fixação,
apoio dos pés do motor sobre a base, alinhamento do motor com a máquina, balanceamento dos acoplamentos
e da carga acionada, excesso de chaveta, entre outros aspectos deverão ser investigados.
Quais as causas de ruído excessivo em campo e como identificar?
Para se investigar a ocorrência de excesso de ruído em um motor elétrico, é fundamental que o motor seja
observado no próprio local de instalação, para identificar se o alto nível de ruído é proveniente do motor ou de
fator externo a este.
Dentre as possíveis causas podemos citar:
- Alinhamento com a carga acionada;
- Aspectos relacionados à montagem do motor na base (planicidade e rigidez da base de fixação, apoio dos pés
do motor sobre a base);
- Balanceamento dos acoplamentos e da carga acionada (exemplos: rotores de bombas; ventiladores);
No motor, avaliar:
- Montagem (ventilador bem fixado; tampas e vedação dos mancais);
- Rolamentos (contaminação; falha de montagem; excesso de carga radial ou axial);
- Arraste do rotor no estator (falha de montagem ou dimensional; excesso de carga radial ou axial).
Em não sendo encontrado a origem do ruído excessivo com o motor acoplado é recomendado que o motor seja
desacoplado da carga acionada e que seja realizado teste a vazio (com o eixo livre).
Motores com rolamentos de rolos na dianteira podem apresentar aumento do ruído em teste a vazio, dado que
sua aplicação exige carga radial mínima no rolamento. Motores acionados por inversores de frequência podem
sofrer pequeno acréscimo nos níveis de ruído, característica intrínseca ao tipo de acionamento.
Quais os limites de vibração do motor a vazio?
A Tabela abaixo indica os valores admissíveis da severidade de vibração recomendados na norma IEC 60034-14
para as carcaças IEC 56 a 400, para os graus de vibração A e B.
Os limites de severidade da Tabela abaixo são apresentados em termos do valor médio quadrático (= valor RMS
ou valor eficaz) da velocidade de vibração em mm/s medidos em condição de suspensão livre (base elástica).
A severidade de vibração é o máximo valor de vibração encontrada, dentre todos os pontos e direções
recomendados.
- Limites recomendados para a severidade de vibração de acordo com a norma IEC 60034-14
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Notas:
1 - Os valores da Tabela acima são válidos para medições realizadas com a máquina desacoplada e sem carga,
operando na frequência e tensão nominais.
2 - Os valores da Tabela acima são válidos independentemente do sentido de rotação da máquina.
3 - A Tabela acima não se aplica para motores trifásicos com comutador, motores monofásicos, motores trifásicos
com alimentação monofásica ou para máquinas fixadas no local de instalação, acopladas em suas cargas de
acionamento ou cargas acionadas.
Para motor padrão, de acordo com a norma NEMA MG 1, o limite de vibração é de 0.15 in/s (polegadas/ segundo
pico), na mesma condição de suspensão livre e desacoplado.
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