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O estudo observa três fatores sociais que exerciam maior influência na intenção de
voto:
Religião;
Status económico;
Residência.
Tendo em conta o voto feminino, grande parte das mulheres eram contra o direito
de voto feminino; muitas mulheres eram influenciadas pelo marido na intenção do
voto.
Conclui-se que os eleitores que ainda não tinham decidido o seu voto se
expuseram mais à propaganda ligada ao partido que predomina na intenção de voto
do grupo social a que pertencem.
Maior parte da população contactou muito pouco com conteúdo político através da
comunicação social.
As pessoas com maior predisposição para ler e ouvir os conteúdos políticos nos
média eram as pessoas com opiniões políticas mais estabelecidas.
Por meio das respostas obtidas foi possível listar vários fatores que fazem os
contactos pessoais tão preponderantes:
O contacto pessoal é mais flexível;
O contacto pessoal é mais casual;
Através do contacto pessoal é possível entender as reações das pessoas aos
argumentos apresentados.
Voto Disponível
O estudo apurou que cerca de metade da amostra, que acabou de facto por votar,
já tinha o voto decidido antes da campanha e manteve a sua intenção. Isto é,
aqueles mais interessados na campanha, definiam a sua intenção de voto mais
cedo.
‘Cross-pressures’ – exemplo: um eleitor com uma intenção de voto contrária à
vigente entre o seu meio familiar.
Conclusão
Muito dificilmente uma campanha eleitoral consegue mudar a intenção de
voto de alguém que já está inclinado para votar num qualquer candidato.
Uma das grandes problemáticas apresentadas por este texto é o facto de os mass
media não serem capazes de responder à questão: Será que Portugal pode
realmente querer algo?
Daí o texto fazer referência ao perigo que é ter a capacidade de escolher algo
quando no final a decisão basear-se-á em algo já imposto. Para inverter esta
situação seria necessário fortalecer o “Eu débil” – «o Eu débil é aquele que
encontra o seu maior conforto ao submeter-se» –.
O texto reporta a triste realidade de que caso esse mesmo “eu débil” procure novas
alternativas, será sempre punido com o mal-estar e com isolamento social. Porém,
essa mesma debilidade não é algo que caracteriza um indivíduo, mas algo nos
foi importo socialmente. A debilidade atingiu os foros da realidade ao ponto de
exercer uma violência perturbadora.
O texto fala ainda do facto de sermos compulsivos e, por isso mesmo, questiona-
se se o público deve, realmente, querer algo. Reforça que esta questão é igual à
verdade dos dias de hoje: «[…] não é cínica nem nos protege». Isto porque se a
vontade do povo fosse ouvida, a sua grande maioria iria desejar coisas más.
Exemplo: preocupar-se apenas consigo sem querer saber do bem-estar do outro.
No fundo, iriam alterar o mundo como conhecemos, criando uma espécie de
utopia, onde todo o mal seria “maquilhado” com as leis.
O texto faz ainda referência a Rosseau, comentando a sua frase sobre a diferença
entre vontade geral e a vontade do público. Para o autor, chegamos ao ponto em
que a vontade do público contradiz-se a si mesma.
Adorno afirma que não se pode perguntar o que o público quer, mas sim o que
própria vontade julga querer. Sendo que, a vontade do público contradiz-se
brutalmente com aquilo que a própria vontade julga querer.
O autor interessa-se mais pelo primeiro ponto, mas o ponto essencial para a
discussão é a conceção dos publicitários sobre a forma de representar as mulheres
com proveito.
Mesmo que os documentos aqui representados não possam ser tomados como
representativos do comportamento ligado ao sexo na realidade, nem mesmo na
publicidade. Pode-se, no entanto, emitir a seu respeito um julgamento negativo de
alguma importância, a saber, que enquanto imagens, nós não as percebemos como
qualquer coisa de excecional ou de anormal.
Mas a complicação vem do facto de que representar para uma publicidade implica
quase invariavelmente uma referência ao sexo.
Exemplo: personagens femininas representam mulheres e masculinas representam
homens.
Feminismo: vemos mulheres a ter atitudes “femininas” perante homens e outras
mulheres, o que nos incita fortemente a pensar que os estereótipos ligados ao sexo
repousam na ideia de um espaço com duas divisões, sendo o importante preenchê-
las por meio de pessoas diferenciadas quanto ao papel, mas não necessariamente
opostas quanto à sua identidade sexual.
Publicitário:
A sua tarefa é a dispor favoravelmente o espectador perante o produto que
vende e o seu procedimento consiste em mostrar um exemplar deslumbrante
Mariana Ferreira nº14268
É interessante observarmos que não são apenas os publicitários que usam estes
métodos. Os governos e os organismos com fins não lucrativos também os usam
para passar a sua mensagem na imprensa ou em cartazes. Podemos dizer que é
falso que só os publicitários é que fazem publicidade.
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Problemas Sociais:
Podemos observar este problema quando nos é mostrada uma personagem solitária.
Normalmente, neste caso não existia nenhuma situação social, mas apesar de estarem
sozinhos, as personagens comunicam com os espectadores, criando assim uma situação
social. A personagem, apesar de estar sozinha nunca se comporta de tal forma, como por
exemplo exibir comportamentos tabus ou pouco lisonjeiros.
A ritualização da feminilidade:
1. Masculino/Feminino
Mulher como alguém que necessita de ser protegida e homem como alguém que
protege a mulher
2. O tato
A mulher mostra o produto, tocando nele de forma delicada e leve, como se
tivesse medo que passasse uma corrente elétrica.
Quando são publicidades onde a mulher toca no seu próprio corpo quer
demonstrar que o corpo feminino é algo delicado e poderoso.
3. A mulher oculta
A mulher surge no “ecrã de participação” em segundo plano.
Mariana Ferreira nº14268
4. A mulher ausente
Mulher sempre com a “cabeça na lua”, pois surge normalmente sozinha, de
cabeça baixa e a olhar para o infinito.
Quando há representação masculina, a proteção que este lhe oferece,
promove o alheamento de tudo o que os rodeia numa submissão da mulher.
5. A mulher submissa
A mulher é representada num plano inferior, deitada na cama ou no chão,
locais que são considerados os mais sujos e nos quais ela fica numa posição
mais indefesa.
Esta aparece, ainda, com a cabeça, corpo inclinado ou com o joelho fletido,
numa atitude submissa, conciliadora e disponível.
6. Jogo de mãos
A mulher aparece a gesticular de forma desorientada demonstrando que está
nervosa e que pretende esconder as fraquezas.
A mulher esconde o rosto, dando a entender que está tímida e tapa a boca
ou chucha o dedo, podendo demonstrar que está com ansiedade.
7. A mulher dócil
A mulher é infantilizada e o homem domina a situação.
O elemento masculino aparece como professor a ensinar algo à mulher. Mas
também aparece, algumas vezes, a dar algo a provar à mulher, como o pai
dando comida à boca do bebé.
8. A mulher criança
A mulher surge a realizar um comportamento infantil.
Passa a ideia de que as mulheres gostam de ser tratadas como crianças.
9. A mulher brinquedo
A mulher é uma presa e o homem o seu predador.
Mariana Ferreira nº14268
Codificação
O autor foca-se, ao longo do texto, no caso da televisão acabando por ser sempre
uma visão de quem os está a transmitir, ou seja, os espetadores nunca recebem o
material em bruto. Existe, portanto, um paralelismo com a atualidade. Apesar de
este texto ter sido escrito nos anos 70, sabemos que atualmente isto ainda se
verifica.
Exemplo: os jornalistas escolhem a que eventos dar ênfase, que vozes ouvir e que
citações colocar numa reportagem.
Descodificação
Conotação e Denotação
Conotação: acontece quando são atribuídos significados profundos, que vão além
do significado literal da palavra, assumindo dimensões ideológicas, que podem ser
diferentes de indivíduo para indivíduo.
Mal-Entendidos
De acordo com Hall, aquilo que não se enquadra no padrão de cultura dominante
tende a ser rejeitado antes que faça sentido - “quebrando a dominância”. Contudo,
isto é algo difícil de se fazer
Mariana Ferreira nº14268
Quando a adaptação dos códigos falha, significa que existem falhas nas diferenças
estruturais na relação entre quem discursa e a audiência, ou seja, quem discursa produz
um código, mas quem recebe o discurso recebe-o e interpreta-o de forma diferente e
observa-se um mal-entendido.
3 posições de descodificação
Stuart Hall diz que existem três posições que as pessoas podem adotar para
descodificar uma mensagem:
É importante relembrar que o jornalismo não apresenta a realidade, mas sim uma
interpretação da mesma
Cada vez menos o cidadão comum tem capacidade de atender a toda a informação
a que é exposto e de entender aquela a que é. Por isso, recorrem aos media para se
informarem, nos quais a informação muitas vezes já está interpretada e percebida,
e direciona os leitores/ouvintes/espectadores sobre o que pensar em relação a algo.
Método
Resultados:
Tabela 1
A tabela 1 apresenta a cobertura jornalística das questões que os media
consideram importantes, da campanha e dos outros candidatos. Conclui-se
que a maior parte das notícias da campanha não foram dedicadas à
discussão das questões políticas “mais importantes”, mas sim à análise da
própria campanha.
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Tabela 2
A tabela 2 mostra o destaque dado por cada partido às questões que eram
noticiadas pelos media. Sendo essas questões: política externa, lei e ordem,
política fiscal, segurança social e direitos civis.
Os democratas deram maior destaque à política externa, enquanto que os
republicanos não escolheram essa abordagem concordando com o fim da
guerra.
Os media tiveram algum impacto naquilo que consideravam ser os assuntos
principais da campanha.
Percebe-se que os eleitores do estudo deram atenção a todas as notícias
políticas sem considerarem se estas vinham ou não de um candidato
preferido.
Tabela 3
Tabela 4
A tabela 4 segue as mesmas linhas de análise que a tabela 3, contendo
apenas uma variante: todos os inquiridos são contabilizados, e não apenas
os que apresentam uma tendência política.
Podemos então constatar que existe um elevado consenso relativamente aos
assuntos considerados significantes, mas sem nunca apresentar uma
concordância perfeita.
Tabela 5
A tabela 5 apresenta o nível de concordância entre os media relativamente
a quais são os acontecimentos políticos importantes que ocorreram durante
as eleições de 1968.
Os autores apresentam pelo menos dois fatores que contribuem para reduzir
o consenso entre os media:
As diferentes características (os jornais diários têm mais espaço; a
televisão é diária, mas é regida pelo tempo restrito; as revistas
informativas são semanais e por isso não estão em cima do
acontecimento)
A perspetiva, a maneira de ver o mundo, quer seja mais conservador
ou mais liberal, de cada órgão de comunicação e dos seus
profissionais, como referimos na introdução.
No entanto, os autores realçam o facto de existir um consenso relativamente
aos valores notícia, principalmente no que diz respeito aos itens mais
importantes. Esse mesmo é sem dúvida influenciado pelas agências de
notícias, que divulgam a mesma informação para vários órgãos de
comunicação social.
Mariana Ferreira nº14268
Discussão
As correlações apresentadas no estudo não provam a existência de uma função de
agendamento por parte dos media, todavia mostram que existem as condições
adequadas para acontecer.
Conclusão
Por outro lado, considera-se ainda a prevenção de danos passíveis de ser causados
às potenciais vítimas, como sejam danos psicológicos, perda de autoestima, medo,
depressão ou ansiedade.
Mariana Ferreira nº14268
A Convenção Europeia dos Direitos do Homem estabelece que o gozo dos direitos
e liberdades reconhecidos no diploma, como a liberdade de expressão, deve ser
assegurado sem quaisquer distinções, tais como as fundadas no sexo, raça, cor,
língua, religião, opiniões políticas ou a origem nacional ou social, a pertença a uma
minoria nacional, a riqueza, o nascimento ou qualquer outra situação.
A internet é cada vez mais utilizada para disseminar ódio das mais diversas
formas e nos mais variados contextos, como por exemplo, através de
propaganda, teorias da conspiração e outros tipos de desinformação.
Nos dias de hoje, esta literacia dos média e da informação não pode ignorar temas
como a liberdade de expressão e a privacidade, pelo que se torna premente pensar
em literacias múltiplas e complementares. Neste âmbito, o conceito de cidadania
digital inclui não apenas competências para identificar discursos de ódio, mas
também o desenvolvimento de conhecimentos técnicos e críticos para a sua
prevenção.