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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ-CAMPUS XII

CURSO: ENFERMAGEM

DISCIPLINA: TERAPIAS ALTERNATIVAS

DOCENTE: EULÁLIA RAMOS

DISCENTE: CAYLANNE SEIXAS VIANA, LUMA SOUSA DIAS


TURMA/TURNO:2021

ENFERMAGEM 2021.4

Histórico:

A palavra Shiatsu, tem sua origem do final do século XIX e do início século XX,
e o significado em japonês da palavra vem do “Shi” que significa Dedo e do
“atsu” que significa Pressão, originando o que a técnica faz: pressão com os
dedos. Entretanto, a técnica em si apresenta indícios de que sua origem é bem
mais antiga pois é resultado de uma combinação de várias técnicas do mundo
oriental, que seguiu modificando-se quando encontrou-se com
outras culturas pelo mundo. Em meados de 530 a.C na China, foi criado um
sistema de saúde, conhecido como Tao-Yinn, que possui massagem e
movimentos corporais com o intuito de causar a desintoxição e o
rejuvenescimento das pessoas sendo de suma importância para a Medicina
Tradicional Chinesa. Sequecialmente, oTao-Yinn ficou conhecido no Japão
pois fazia a combinação de técnicas japonesas como: Do-In e o Anmá, essa
combinação se assemelha ao Shiatsu atual. No século XIX (1919), Tamai
Tempaku, que tinha conhecimento em Anmá e o sistema de pontos chineses e
se especializou em Ampuku Do-In, anatomia e psicologia ocidental, além de
técnicas de massagens europeias, publicou o primeiro livro de Shiatsu, no qual
ele propôs diversos tratamentos para as doenças através da integração dessas
técnicas. Posteriormente, em 1975 foi criada a Associação de Terapeutas de
Shiatsu para diferenciar o Shiatsu de outras massagens, incorporando assim o
Shiatsu ás práticas curativas japonesas. Entretanto, o reconhecimento do
Shiatsu como técnica independente só ocorreu após a Segunda Guerra
Mundial, pois os novos investimentos no conhecimento científico e tecnológico,
tornaram todas as técnicas orientais proibidas. Porém, essa proibição gerou
várias revoltas e protestos, o que levou a criação de uma comissão que
avaliaria, classificaria e regulamentaria a Medicina Tradicional Japonesa, e em
1964, Tokujiro Namikoshi conseguiu obter a legalização do Shiatsu pela
Instituição de Saúde do Governo Japonês, expandindo também a técnica pelo
mundo.

Introdução:
No oriente, acredita-se na existência de uma energia presente nos corpos de
todos os seres vivos, essa energia flui pelo corpo nos canais energéticos
(meridianos), e para que haja uma saúde completa do ser humano esse fluxo
de energia não pode ser interrompido, pois é de suma importância para o
físico, o emocional e o intelectual. Essa força é chamada de “Ki”, e quando
ocorre uma obstrução ou acumulo dessa energia em determinadas partes do
corpo surgem os distúrbios, as doenças e os malefícios.
Nesse sentido, a técnica Shiatsu, baseia-se na concepção oriental de que a
cura se dá através de um fenômeno que a provocou, evidenciando a
particularidade de cada paciente. Dessa maneira, a medicina oriental apresenta
que as áreas em que determinado individuo sente dor, são resultados de um
desequilíbrio energético, podendo ser um bloqueio ou um excesso, causando
assim uma possível doença. (MORALES et al, 2019

Conceituação:

O Shiatsu é uma terapia de origem oriental na qual tem a finalidade de


proporcionar equilíbrio nos pontos meridianos, também conhecidos como
canais de energia. Esses canais, por sua vez, percorrem pelo corpo e sua
estabilização feita através do Shiatsu podem gerar alívio de dores musculares
e tensões, além de promover bem-estar ao indivíduo. Essa terapia fornece uma
sensação de relaxamento e aumento de energia, uma vez que libera os
nódulos de tensão muscular de determinada área, revigorando o organismo.
De forma geral, essa técnica consiste na aplicação de pressão nos canais
energéticos realizada pelos profissionais, com o intuito de liberar o fluxo da
energia retida em determinada região, promovendo a homeostasia do corpo
(reequilíbrio físico e energético), atuando assim como uma medida de
prevenção visando a promoção da saúde e não somente o tratamento de
determinada doença. (MORALES et al, 2019)

Como é realizado
Primeiramente, o paciente geralmente passa por uma avaliação com seu
terapeuta na qual será analisada suas principais queixas, e a quantidade de
sessões que serão necessárias e duram em média 60 minutos.
No procedimento a pressão é feita pelas pontas dos dedos do terapeuta, mas
também pode-se usar manipulações suaves, alongamentos, pressão com
cotovelos, joelhos e pés, e quem vai determinar o tipo de pressão utilizada será
o profissional que tem domínio da técnica. Além disso, ele deve realizar as
movimentações de articulações e manipular estruturas musculoesqueléticas.
Essa força vai atuar no fluxo da energia presente no corpo principalmente nos
canais e meridianos, que são invisíveis a olho nú. Sequencialmente, o fluxo de
energia passa a fluir no local onde estava obstruído, e desacumula onde estava
em excesso. Dessa forma, o organismo cria uma resistência natural para as
patologias, melhora a circulação do sangue e funcionamento do sistema
linfático, auxiliando assim no tratamento de doenças crônica e agudas.

Indicação:
As indicações seguem de acordo com seus principais benefícios, ou seja, para
pessoas que possuam: dor por contratura e má postura, dor de cabeça e
enxaqueca, cólicas menstruais, intestino preso, desequilíbrios emocionais,
insônia, fadiga. E para pessoas que desejam: aumentar sua energia, facilitar a
liberação de toxinas pelo corpo, equilibrar o sistema nervoso, melhorar a
circulação sanguínea e os tônus da pele, retardar o envelhecimento das células
e promover a saúde e o bem-estar geral.

Contraindicação:
As contraindicações são devidas condições vulneráveis como: câncer, doenças
agudas ou crônicas com lesão no local, doenças cardiovasculares agudas,
doenças hemorrágicas, doenças infectocontagiosas, gestação, nevralgias na
fase agudo, processos degenerativos ósseo, neuromuscular ou orgânico em
geral, processos inflamatórios agudos internos e externos, queimaduras e
dermatites ulcerativas, sangramento ocasionado por trauma, vasculites e
flebites.
Conclusão:

Portanto, é evidente os diversos benéficos proporcionados através da prática


do Shiatsu. Essa técnica, além de ser reconhecida não somente no Oriente,
também é aplicada em várias regiões Ocidentais. Contudo, na prática, a
técnica precisa de mais visibilidade devido ser desconhecida e marginalizada
por uma parcela social. Além disso, é necessário a busca por profissionais
habilitados e com experiência na técnica para que assim, seja garantindo uma
aplicação de qualidade e um tratamento com eficácia ao indivíduo.

Referências:

FILLIS, Michelle Moreira Abujamra et al. Fisioterapia associada ao shiatsu na


dor e fadiga em pessoas com esclerose múltipla. Fisioterapia em Movimento ,
v. 35, 2022. See More.

MORALES, Karina Oliveira et al. O uso da técnica manual shiatsu no alívio dos
sintomas decorrentes da fibromialgia. Unisanta Health Science, v. 3, n. 1, p.
1-17, 2019.

BERESFORD-COOKE, Carola. Shiatsu teoria e prática . Dragão Cantor,


2016.
SESIÓN DE SHIATSU VIVENCIAL, Una. SHIATSU. 2017.

TAKEDA, Osvaldo Hakio et al. Práticas Integrativas e Complementares


Aplicadas à Saúde Mental: uma Prática de Humanização. Blucher Medical
Proceedings, v. 1, n. 2, p. 235-235, 2014.

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