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TRABALHO DE ARTES

HÉLIO OITICICA - INSTALAÇÕES PENETRÁVEIS

NOME: Thifany de O. Vitório


TURMA: 203
ENTREGA: 12/05/23
Sobre Hélio Oiticica:

Hélio Oiticica foi um artista plástico brasileiro. Pintor, escultor e destacado artista
performático, foi um dos grandes nomes da Arte Concreta no Brasil.
Hélio nasceu no Rio de Janeiro em 1937 mas em 1954 se mudou com sua família para os
Estados Unidos.
Desde o início da carreira, a obra de Oiticica foi marcada pela livre criação e pela
experimentação. Se envolveu com grupos artísticos e com eles participou de várias
exposições. Entre 1955 e 1956, integrou o Grupo Frente, Grupo Concretista que contava
com a adesão de artistas importantes, todos ligados ao concretismo.
Um dos primeiros trabalhos realizados por Oiticica foi a série “Metaesquemas”
(1956-58) quando elaborou mais de 400 pinturas, em pequeno formato, realizadas em
guache sobre cartão, onde o artista fez experimentações com cores, formas abstratas
geométricas e com o espaço.
A partir de 1959 o artista iniciou seu processo de transição da tela para o espaço
ambiental. Um dos primeiros trabalhos que marcaram essa mudança foi a instalação
“Bilaterais” (1959) onde apresentou objetos coloridos que traziam forma e cor para o
espaço, todos suspensos por fios invisíveis.
Na abertura da Mostra Opinião 65, seus amigos integrantes de uma escola de samba
foram impedidos de entrar no museu e então Hélio fez uma manifestação coletiva em frente
ao museu na qual os sambistas vestiram todos seus “parangolés”.
Parangolé é uma criação de Hélio a partir da convivência com sambistas da Mangueira e
moradores das favelas cariocas, os parangolés são camadas de tecidos coloridos
sobrepostos, como uma capa, bandeira ou estandarte. São caracterizados pelo próprio
artista como “necessidade de uma livre expressão” e também expressa protesto e
inconformismo, com frases como “Incorporo a revolta”, que revelam o compromisso do
artista com os que vivem à margem da sociedade.
Em 1978 o artista volta ao Brasil onde se dedicou a alguns eventos coletivos e
exposições de arte, e então em 1980 com 42 anos, após sofrer um acidente vascular
cerebral, Hélio Oiticica vem a falecer.

— Parangolés.
Instalações artísticas:
A palavra instalação surgiu nos anos 60, quando a arte de maneira geral passava por
grandes transformações. Mas anteriormente, artistas já produziam obras que buscavam
trabalhar em cima dos ambientes, criando novos cenários e provocando o público a interagir
com as obras.
Na arte, chamamos de instalação um tipo de obra que utiliza o espaço como elemento
fundamental. É uma linguagem relacionada à arte contemporânea e, na maior parte das
vezes, é montada em espaços de arte, como museus e galerias. Entretanto, pode também
ser realizada ao ar livre.
Um nome importante para a instalação na arte é Marcel Duchamp (1887-1968). Entre
1938 e 1942 o artista elabora obras nas quais se apropria dos espaços. Uma dela é Milhas
de Barbante, que consiste em um carretel de barbante desenrolado pelo ambiente de um
museu.

Instalação Penetrável:
Penetrável foi o termo utilizado por Hélio Oiticica para o que é chamado de "instalação"
na arte contemporânea.
Os Penetráveis, de Hélio Oiticica, são estruturas em escala humana compostas por
tendas e banners de diferentes tecidos e placas de madeira pintada ou de outros materiais,
que podem ser penetradas, atravessadas e manipuladas por corpos vivos, de modo
informal e espontâneo. São trabalhos com diversas configurações, podendo ser exibidos
individualmente ou em agrupamentos de diferentes Penetráveis
Os Penetráveis podem ser vistos como uma radicalização dos Núcleos, e à medida que
vai se tornando mais complexa e intrincada, sua composição geométrica e cromática dá
vazão ao labiríntico.
A possibilidade de interação entre obra e espectador proporcionando experiências
sensoriais referentes ao tato, olfato, audição, e até paladar além da experiência visual, não
sendo apenas uma obra de arte para ser observada e sim vivenciada, já anunciada nos
Núcleos, ganha força nos Penetráveis.

Durante a ditadura militar, esta foi a saída encontrada por Oiticica para que as pessoas
tomassem consciência, num trajeto não convencional, de si corporalmente e depois disso,
consciência de si enquanto indivíduo tomando partido de seu lugar na sociedade.
Sua Instalação Penetrável mais conhecida é a “Tropicália” (1967), montada em uma
exposição que deu nome ao importante movimento da música brasileira e foi liderado pelos
cantores Caetano Veloso, Gilberto Gil, entre outros.
A instalação foi composta por dois penetráveis com plantas, areia, objetos, capas de
parangolés, e um aparelho de TV, formando um labirinto sem teto que remetia à
característica de uma favela. A obra é vista como resultado de todas as pesquisas
realizadas pelo artista.

Em 1970 desenvolveu o trabalho “Ninhos”, exposto na Mostra “Information”, no Museum


of Modern Art, em Nova Iorque.
A obra é uma instalação composta de várias cabines que se conectam, transmitindo a ideia
de multiplicidade e crescimento, como se fossem células em desenvolvimento.

Essas são apenas algumas obras de Hélio Oiticica, o artista possui inúmeras outras com
mensagens e reflexões sobre diversos aspectos revelando seu ponto de vista e opiniões
sobre o mundo em que vivemos.

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