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Cânticos

Pregações e Estudos
Pastor Manassés Moraes

"Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales."


Cânticos 2:1

Um estudo detalhado do livro do casamento.


Ao Senhor, toda a Glória!
Copyright © 2023 de Manassés Moraes
Todos os direitos reservados. Este ebook ou qualquer parte dele não pode ser reproduzido
ou usado de forma alguma sem autorização expressa, por escrito, do autor ou editor,
exceto pelo uso de citações breves em uma resenha do ebook.
Primeira edição, 2023
www.ClubedePregadores.com.br

Elaborado por: Pregador Manassés


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SUMÁRIO
SUMÁRIO .................................................................................................................................................2

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MEU MINISTÉRIO .....................................................................................................................................4

O AUTOR: .................................................................................................................................................... 5
VIAJANDO PELO BRASIL ............................................................................................................................ 7

INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................................8

ESBOÇO DO LIVRO: CÂNTICO DOS CÂNTICOS ...................................................................................................... 8


GEOGRAFIA BÍBLICA EM CÂNTICOS. PROCEDE? ................................................................................................. 10
DETALHES E CURIOSIDADES DE CÂNTICOS ........................................................................................................ 13
OS PERSONAGENS NO LIVRO DE CÂNTICOS .......................................................................................................16
CÂNTICOS VISÃO PANORÂMICA ......................................................................................................................18
CÂNTICOS - Á LUZ DO CASAMENTO ................................................................................................................ 20
A DIFERENÇA ENTRE CÂNTICOS E OS LIVROS POÉTICOS ...................................................................................... 23

CAPÍTULO 1 ............................................................................................................................................27

NÃO OLHEIS POR EU SER MORENA ................................................................................................................. 27


5 CARACTERÍSTICAS DA IGREJA ....................................................................................................................... 29
A PAIXÃO DA IGREJA .................................................................................................................................... 31

CAPÍTULO 2 ............................................................................................................................................33

A ROSA DE SAROM ...................................................................................................................................... 33


O LÍRIO ENTRE OS ESPINHOS ......................................................................................................................... 35
A SALA DO BANQUETE ..................................................................................................................................38
O MEU AMADO VEM, SALTANDO PELOS MONTES ............................................................................................ 40
O CHAMADO DO NOIVO NO ARREBATAMENTO .................................................................................................43
APANHAI-ME AS RAPOSAS .............................................................................................................................45
ESBOÇO DA PREGAÇÃO - "APANHAI-ME AS RAPOSAS" ........................................ERROR! INDICADOR NÃO DEFINIDO .

CAPÍTULO 3 ............................................................................................................................................47

SONHO OU REALIDADE? ................................................................................................................................47


O TÃO ESPERADO CASAMENTO ......................................................................................................................49
ESBOÇO DA PREGAÇÃO - "O TÃO ESPERADO CASAMENTO" ................................ ERROR! INDICADOR NÃO DEFINIDO .

CAPÍTULO 4 ............................................................................................................................................52

JESUS CANTANDO PARA A IGREJA ................................................................................................................... 52


CASAMENTO OFICIAL DE CRISTO E A IGREJA ..................................................................................................... 55

CAPÍTULO 5 ............................................................................................................................................57

AS BODAS DO CORDEIRO .............................................................................................................................. 57


O PESADELO DA ESPOSA ............................................................................................................................... 60

CAPÍTULO 6 ............................................................................................................................................62

AS DECLARAÇÕES DE AMOR .......................................................................................................................... 62


AS FASES DO CRISTÃO E DA IGREJA .................................................................................................................64

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CAPÍTULO 7 ............................................................................................................................................67

A LUA DE MEL ............................................................................................................................................ 67

CAPÍTULO 8 ............................................................................................................................................69

O ÚLTIMO CÂNTICO .....................................................................................................................................69

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Meu ministério gira em torno de um objetivo: Levar avivamento e trazer almas á Cristo! Por
isso, todo trabalho no qual participo, é para avivar, isto é, tornar vivo! Pessoas, sonhos,
esperança, ministérios, famílias, jovens e crianças. E além de avivar quero aproximar o máximo
de pessoas ao Senhor Jesus. E é dentro dessa visão que estou pregando, ensinando,
palestrando, orientando e aconselhando.

Todos os dias estou lendo ou meditando na palavra de Deus. E gosto muito de escrever
devocionais, mensagens e estudos bíblicos. E uma das coisas que faço já há mais de 5 anos é
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O Autor:
Manassés Moraes de Lira é casado com Kerem
Olímpio Moraes, pai do Miguel e da Heloíza.
Fundador do Clube de Pregadores. Pregador
pentecostal e palestrante de casais. Teólogo e
escritor. Serve a Cristo na Assembleia de Deus
Vitória em Cristo na cidade de Guarulhos SP.

Gosta de falar de bíblia e passar tempo com a


família. Nasceu em 1989 em São Luís do Maranhão. Vem de uma família cristã, onde
seu pai (José Miguel de Lira), avô (Manoel Miguel de Lira) e bisavô (Antônio Miguel de
Lira) foram pastores, todos promovidos ao céu, aguardando a subida da igreja para
que enfim, estejamos todos juntos com o Senhor.

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Cânticos
Pregações e Estudos
Pregador Manassés

"Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales."


Cânticos 2:1

Um estudo detalhado do livro de Cânticos.


Ao Senhor, toda a Glória!

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VIAJANDO PELO BRASIL

Nesse novo ano, estarei viajando


o Brasil mais uma vez. A nossa
agenda desde já está aberta para:

 Seminário Escatológico.
 Palestra para Casais.
 Pregação Evangelística.

Entre em contato pelo WhatsApp.


Vamos deixar Agendado os
Eventos para 2024. :-) Será um
prazer passar um tempo com
vocês, ministrando, conversando
e trocando experiências.

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Introdução

Esboço do Livro: Cântico dos Cânticos


É oficial, começa agora a nova série de mensagens, no livro de Cânticos. E para começar,
vamos primeiro esboçar todo o livro.

I. Introdução (Ct 1:1-4)

Versículo 1: Apresentação do autor, Salomão.

Versículo 2: Descrição do amor entre a noiva (a Sulamita) e o noivo.

Versículo 3: Expressão de amor mútuo.

Versículo 4: Tema central: o amor e desejo apaixonado entre o noivo e a noiva.

II. Diálogos de Amor (Ct 1:5 - 2:7)

Capítulo 1: A noiva fala de seu amor pelo noivo.

Capítulo 2: O noivo responde com elogios e convites românticos.

Versículos 1:9-2:7: Uma das partes mais conhecidas, destacando o convite do noivo
para a noiva se unir a ele em um lugar especial.

III. O Noivado e a Preparação para o Casamento (Ct 2:8 - 3:5)

Capítulo 2:8-17: A noiva se refere ao noivo como seu "amado" e descreve a estação do
ano.

Capítulo 3: A noiva busca o noivo pela cidade.

Versículos 3:1-4: A busca e o encontro da noiva com o noivo.

Versículos 3:5: A chegada da noiva ao banquete de casamento.

IV. A Celebração do Casamento (Ct 3:6 - 5:1)

Capítulo 4: O noivo elogia a beleza da noiva.

Capítulo 5: Os noivos falam sobre a atração e o amor entre eles.

Versículos 5:1: Celebração do casamento.

V. Experiências de Amor e Dificuldades (Ct 5:2 - 6:3)

Capítulo 5:2-16: A noiva tem um sonho, buscando o noivo na cidade.

Capítulo 6:1-3: Noivo e noiva expressam seu desejo um pelo outro.

VI. Mais Elogios e Admiracões (Ct 6:4 - 8:4)

Elaborado por: Pregador Manassés


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Capítulo 6:4-10: O noivo elogia a beleza da noiva.

Capítulo 7: Noiva e noivo expressam seu desejo um pelo outro.

Capítulo 8: O noivo fala da força do amor.

Versículo 8:6-7: Bela descrição do amor como algo valioso.

VII. Conclusão (Ct 8:5-14)

Versículo 8:7: O amor é forte como a morte.

Versículo 8:11-14: A Sulamita fala sobre sua vinha e o desejo do noivo.

VIII. Epílogo (Ct 8:14)

Versículo 8:14: O desejo final da Sulamita pela voz do seu amado.

O "Cântico dos Cânticos" é um livro poético que celebra o amor humano e a beleza da união
matrimonial. É um testemunho lírico e apaixonado da alegria e do desejo que podem ser
encontrados em relacionamentos amorosos. Este esboço destaca os principais momentos e
temas deste belo livro.

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Geografia Bíblica em Cânticos. Procede?
O livro "Cântico dos Cânticos" não é um livro da Bíblia que se concentra na geografia de uma
região específica, como outros livros da Bíblia fazem.

Em vez disso, ele é um livro de poesia lírica que se concentra principalmente nas relações
amorosas e na beleza do amor entre um homem e uma mulher, frequentemente referindo-se
a elementos naturais, como jardins, montanhas e animais, de maneira poética e simbólica.

No entanto, embora o foco principal do livro seja o amor, a beleza e a intimidade, pode haver
algumas referências indiretas à geografia da Terra de Israel, já que a história de amor se
desenrola no contexto da cultura e da paisagem daquela região. Mas essas referências são
geralmente secundárias ao tema principal do amor e do desejo.

Portanto, enquanto a geografia não é o tema central do "Cântico dos Cânticos", a beleza
natural da terra de Israel é ocasionalmente mencionada no contexto poético do livro.

Vejamos algumas referências a fim de especular sobre elas.

Ct 2:1 "Eu sou o narciso(rosa) de Sarom, o lírio dos vales."

Sarom é uma planície costeira no norte de Israel conhecida por sua beleza natural. é
de senso comum que o narciso de Sarom pode ser uma referência poética às flores
desse local. Por isso, já é traduzido muitas vezes como "rosa" de Sarom.

Ct 2:2 "Como o lírio entre os espinhos, assim é minha amada entre as jovens."

Isso é uma metáfora da beleza da amada, comparando-a a uma flor em meio a


espinhos.

Espinhos são comuns em todo lugar em Israel, por isso, em toda a bíblia encontramos
referências á eles. Geralmente em forma de metáfora e analogia. (Gn 3.18; Nm 33.55;
Jz 2.3; Ez 2.6; 2Co 12.7; Hb 6.8).

Ct 2:17 "Até que refresque o dia e as sombras fuja, volta, amado meu; faze-te semelhante, a
uma gazela ou a um filho dos veados sobre os montes de Beter."

As montanhas de Beter não são claramente identificadas na Bíblia, mas podem se


referir a uma região montanhosa na Terra de Israel.

Ct 7:5 "Tua cabeça sobre ti, como o Carmelo."

O Monte Carmelo é uma cordilheira costeira no norte de Israel conhecida por sua
beleza e vegetação. A comparação faz alusão à aparência da amada. Embora o povo
judeu seja muito literal em tudo que diz, é possível que a ideia do autor nesse texto,
não seja de comparação física, mas sim do sentimento de admiração que a paisagem
do monte carmelo causa nele e assim é quando olha para sua amada.

Ct 7:12 "Venham, amado meu, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias."

Elaborado por: Pregador Manassés


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Embora não mencionadas por nome, as aldeias podem ser referências às aldeias rurais
da Terra de Israel.

Ct 7:13 "As vinhas estão em flor e exalam perfume; levantam-se flores novas. Em nosso jardim,
frutos estão amadurecendo."

Isso pode se referir a um jardim na Palestina com árvores frutíferas, como uvas,
florescendo. Ou ainda, ao jardim particular do rei Salomão.

Ct 8:14 "Fuja, amado meu! Seja como a gazela ou como o filho dos veados, sobre os montes de
Beter."

A referência a "montes de Beter" novamente pode se referir a uma área montanhosa


na Terra de Israel.

É importante notar que o "Cântico dos Cânticos" é uma obra poética e simbólica, e as
referências geográficas podem ser usadas de forma metafórica para enfatizar a beleza e a
pureza do amor.

Portanto, essas interpretações geográficas podem variar. Principalmente, porque o rei


Salomão, viajou bastante e conheceu outros países e lugares em sua época, vejamos uma lista
dos acordos comerciais dele:

Rainha de Sabá (Etiópia)

1 Reis 10:1-13: Este é um dos encontros mais famosos de Salomão com uma líder
estrangeira. A rainha de Sabá visitou Salomão para testar sua sabedoria e habilidades.

Embora o texto não diga que Salomão foi até a Etiópia, é comum especular que tenha
ido posteriormente, devido um acordo comercial e de paz. O mesmo raciocínio vale
para os demais acordos.

Hirão, Rei de Tiro (Líbano)

1 Reis 5:1-12: Salomão fez um acordo com o rei Hiram de Tiro para obter cedros do
Líbano para a construção do Templo em Jerusalém.

Toí, Rei de Hamate (Síria)

1 Crônicas 18:10: Salomão recebeu presentes e estabeleceu alianças com Toí, rei de
Hamate.

Damasco (Síria)

2 Crônicas 8:5: Salomão estabeleceu controle sobre Damasco como parte de seu reino.

Edom (Sul de Israel)

1 Reis 11:14-22: Salomão enfrentou algumas dificuldades com Edom, mas também
construiu cidades fortificadas lá.

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Moabe (Leste do Mar Morto)

1 Reis 11:1-8: Salomão casou-se com mulheres moabitas, o que levou à desaprovação
divina.

Amom (Atual Jordânia)

1 Reis 11:1-8: Da mesma forma, Salomão casou-se com mulheres amonitas,


desagradando a Deus.

Por ter sido um rei de paz, Salomão não fazia guerra, ele fazia alianças, mesmo com nações
antes inimigas de Israel. E obviamente, as alianças favoreciam Salomão, porque o "pavor"
deixado por Davi e seu exército ainda existia.

Somente mais a frente quando seus filhos dividiram o reino e o enfraqueceram, é que os
inimigos deixaram de temer Israel.

Essa foi uma vista simples abrindo caminho para a geografia bíblico pelo livro de Cânticos.

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Detalhes e Curiosidades de Cânticos
cântico dos cânticos, que é de Salomão. (Cânticos 1:1)

Apesar do nome popular ser "cantares", essa palavra não aparece na bíblia. O livro é daqueles
que traz o título na primeira linha (Ct 1.1), de maneira que, fica claro o nome do livro e o seu
autor.

Sendo assim, biblicamente falando, podemos chamar de Cântico, ou Cânticos no plural ou o


nome completo Cântico dos Cânticos. Mas não de "cantares". Simplesmente porque não é
assim que o próprio livro se identifica.

Algumas bíblias antigas trazem esse nome como título do livro, porém, os livros bíblicos no
original não possuem título e nem capa. Eles simplesmente começam o primeiro parágrafo, e
muitos apresentam o nome do livro na primeira linha, como os profetas maiores e menores
cuja maioria começa dizendo: "Visão de Isaías..." Ou "Peso de Naum..." e assim por diante. (Is
1.1; Na 1.1).

Há muitas palavras e frases que ficaram populares entre os cristãos, devido uma ou outra
tradução não literal, ou mesmo devido a letra de algum louvor ou ao jargão de pregadores
famosos, porém, nós, como estudantes da bíblia, precisamos deixar de lado os vícios de
linguagem se policiando para sermos o mais bíblico possível em nossas declarações.

Justamente para exaltar o valor da palavra de Deus e o respeito que temos por ela
pronunciamos nomes e frases com exatidão. Mas não somente isso...

O motivo real de chamar sua atenção para o nome correto do livro, é porque há um segredo
bíblico nele. Sim, ele não é chamado cântico dos cânticos atoa. O nome do livro faz lembrar a
lei de Moisés e está totalmente ligado á cultura judaica.

E por isso mesmo, mudar o nome, ainda que para algo mais correto dentro da erudição da
língua portuguesa, faz perder a essência do motivo bíblico que o nome verdadeiro possui,
afastando-o totalmente da sua referência primária que é a lei de Moisés em ligação total á
cultura do povo escolhido por Deus.

Pois a expressão "Cântico DOS CÂNTICOS" se refere culturalmente ao máximo, é uma


terminologia judaica utilizada para exaltar algo ou alguém ao máximo, dizendo que, este algo
ou alguém é insuperável e que não possui comparação dentro da fé judaica.

É dentro dessa ideia cultural que, ao escrever a lei, Moisés fez uso dessa terminologia usando a
expressão: SANTO DOS SANTOS "Kodesh HaKodashim" em: Ex 26.33; 30.10. Dessa forma,
quando o povo medita na lei e encontra essa expressão, eles tem maior temor e respeito, pois
sabem se refere ao máximo e nada pode superar isto.

E da mesma forma, os demais autores bíblicos, quando usam tal terminologia, eles querem
exaltar ao máximo aquilo a que se referem, e não é por acaso que isso chega até o Senhor
Jesus. Por isso temos: Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

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Logo, da mesma forma como enfraquece o título se mudarmos o nome Rei dos reis para
"reinares ou imperador, líder supremo" ou coisa parecida, assim também enfraquece o título
Cântico dos Cânticos se o mudarmos para cantares.

Autoria:

O livro Cântico dos Cânticos, é atribuído tradicionalmente ao rei Salomão, que é mencionado
como o autor no primeiro versículo do livro.

Salomão era conhecido por sua sabedoria e seus muitos feitos, incluindo composições poéticas.
Ele também é o autor de Provérbios e Eclesiastes, revelando assim a profunda inteligência
vinda da parte de Deus que ele recebeu.

No entanto, a autoria de Salomão hoje é debatida por estudiosos da teoria da alta crítica, e por
muitos que são adeptos da teologia liberal (Se ouvir "alta crítica" ou "teologia liberal" fique
longe deles).

Alguns deles argumentam que o livro poderia ter sido escrito em seu nome ou influenciado por
seu reinado, mas não necessariamente escrito por ele mesmo, o rei Salomão. E dessa forma
eles ignoram a sabedoria, a tradição e a cultura judaica passada de pai para filho ao longo de
milênios sendo o povo mais antigo da terra ainda de pé.

Data de Composição:

A data exata da composição do Cântico dos Cânticos é incerta. A maioria dos estudiosos
acredita que tenha sido escrito durante o período do Reino Unido de Israel, cerca do século 10
a.C. No entanto, alguns argumentam que partes do livro podem ter sido adicionadas
posteriormente. A datação exata é difícil de determinar devido à natureza poética do livro e à
falta de referências históricas específicas.

Público-Alvo:

O Cântico dos Cânticos é uma coleção de poesia lírica que celebra o amor entre um noivo e
uma noiva. Seu público-alvo principal parece ser jovens casais que se preparam para o
casamento ou que já estão casados. O livro apresenta uma representação idealizada do amor
romântico e do relacionamento conjugal, enfatizando a beleza, a paixão e a intimidade.

Todavia, seus cânticos são sempre entoados em festas de casamento entre o povo judeu.

Objetivo:

O objetivo do livro é proporcionar uma reflexão poética e espiritual sobre o amor e o


casamento. Ele celebra a união e a intimidade entre o noivo e a noiva, usando imagens e
metáforas poéticas.

O Cântico dos Cânticos também pode ser interpretado alegoricamente como uma
representação do amor entre Cristo e Sua igreja, sendo frequentemente usado dessa maneira
na tradição cristã.

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Curiosidades:

O Cântico dos Cânticos é um dos livros mais únicos na Bíblia, já que se concentra inteiramente
no amor humano e no desejo conjugal, sem incluir narrativas históricas ou preceitos religiosos.

O livro é composto por uma série de diálogos e monólogos poéticos, onde o noivo e a noiva
expressam seu amor e desejo um pelo outro. Esses poemas são elogios de beleza e elogios
mútuos.

A linguagem poética do livro é rica em metáforas, comparando o amor com elementos da


natureza, como jardins, videiras e animais.

O Cântico dos Cânticos é frequentemente interpretado alegoricamente na tradição judaico-


cristã. Na interpretação cristã, ele pode simbolizar o amor de Cristo por Sua igreja, mas não
podemos ignorar o fato de que o livro trata da vida íntima de um casal, isto é, ele expõe a
beleza e a pureza da sexualidade dentro do casamento.

O que é muito diferente da forma como o mundo de hoje com sua cultura vil e maligna, trata a
sexualidade. Tudo que Deus fez é lindo e perfeito, mas quando o mundo 'toca' ele estraga e
desmerece e faz parecer até mesmo um pecado. Quando na verdade, o sexo dentro do
casamento é lindo, puro, santo e bom.

Embora seja uma parte da Bíblia, o Cântico dos Cânticos não contém referências diretas a Deus,
sacrifícios ou leis e nem mandamentos, diferenciando-se de muitos outros livros bíblicos. E
mostrando que, o sexo não é apenas para procriação, mas também e principalmente para a
celebração do amor entre o casal.

Enfim.

O Cântico dos Cânticos é uma obra singular que destaca o amor humano e o relacionamento
conjugal sob uma perspectiva poética e espiritual, comemorando a intimidade e o desejo de
um casal. Ele tem sido objeto de interpretações variadas e continua a inspirar reflexões sobre
o amor e o casamento.

Elaborado por: Pregador Manassés


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Os Personagens no livro de Cânticos
Beije-me ele com os beijos da sua boca; porque melhor é o teu amor do que o vinho. (Cânticos
1:2)

Nesse texto inicial temos todo o conteúdo do livro resumido; É um românce ardente! Que vai
mostrar de forma explícita mas poética o sexo entre o casal. Porém, não pense mal disso,
afinal, o sexo mostrado em todo o livro é lindo e admirável.

Quanto aos personagens, são poucos no livro de Cânticos, todavia ainda assim, vale a pena
mencioná-los.

A Noiva (Sulamita):

Essa personagem é a protagonista principal do livro. Ela é frequentemente chamada de


"Sulamita", referindo-se à sua origem em Suném. Ela aparece em: 1:6, 6:13, entre outros
versos.

É importante lembrar que o livro narra uma história real que pode ser vislumbrada por detrás
das canções. Todavia, uma forma muito interessante de interpretação é através da alegoria. E
nesse caso, a noiva representa a igreja do Senhor, ou mesmo o povo de Israel como os mestres
judeus interpretavam.

O Noivo (Amado):

Esse personagem é o amado da Sulamita e é frequentemente identificado como uma figura


simbólica de Deus ou Cristo. Ele aparece em: 2:3-6, 5:10-16, entre outros versos.

Na literalidade ele é o próprio rei Salomão. Por isso encontramos na narrativa referências
palacianas. Como:

"O rei me introduziu nas suas câmaras..." (Cânticos 1:4)

"O rei está preso nos seus cabelos..." (Cânticos 7:5)

"Eis o leito de Salomão, sessenta homens fortes o rodeiam..." (Cânticos 3:7)

"No seu palácio, amamos o aroma de suas fragrâncias..." (Cânticos 1:12)

"Ele a trouxe para o palácio real..." (Cânticos 7:1)

Essas referências tornam claro o autor do livro bem como evidenciam que o noivo é ele
mesmo.

As Filhas de Jerusalém:

Um grupo de mulheres que aparece nas passagens poéticas, frequentemente aconselhando a


Noiva.

Podemos vê-las em: 3:11, 5:8-9, entre outros versículos.

Elaborado por: Pregador Manassés


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Elas são importantes, porque aparecem de forma á fazer par com a vinda de Jesus, isto se nós
usarmos de alegoria, por exemplo em Cânticos 3.11, elas são chamadas á sair para ver o Rei
em toda sua majestade chegando.

Irmãos da Sulamita:

Mencionados como irmãos da Noiva, sugerindo que a Sulamita tinha irmãos que a
repreendiam por sua dedicação ao Noivo. Eles surgem em: Ct 8:8.

Elaborado por: Pregador Manassés


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Cânticos Visão Panorâmica
Dica: Leia primeiro o livro todo para que este panorama lance luz no seu aprendizado, a leitura
desse panorama sem a leitura prévia do livro não será proveitosa

Suave é o aroma dos teus ungüentos; como o ungüento derramado é o teu nome; por isso as
virgens te amam. (Cânticos 1:3)

Cânticos é recheado de expressões líricas que retratam o relacionamento apaixonado entre


um amado e sua amada.

Composta por oito capítulos, esta obra é um retrato poético de um amor divino, muitas vezes
interpretado alegoricamente como o relacionamento entre Cristo e Sua igreja. Vamos explorar
uma visão panorâmica dos oito capítulos deste livro fascinante.

Capítulo 1 - O Encontro Apaixonado

O primeiro capítulo descreve o desejo e a atração mútua entre o amado e a amada. É um


prólogo para a história de amor que se desenrola no livro.

Os versículos retratam o início de um amor ardente e o forte desejo de estarem juntos.

Capítulo 2 - O Noivado e a Primavera da Vida

Este capítulo descreve o noivado do amado e da amada, e a ênfase é colocada na beleza da


amada. Há imagens de uma primavera romântica, onde o amor floresce, e os versículos fazem
alusões à natureza e à beleza da criação.

Capítulo 3 - Busca e Encontro

No terceiro capítulo, a amada busca seu amado pela cidade durante a noite. Este capítulo
destaca a busca apaixonada pelo objeto do amor e culmina com o encontro entre eles.

Um aprendizado simples ao qual este capítulo nos conduz, é que o amor como um sentimento
nos move, nos impulsiona em direção ao foco do desejo.

Capítulo 4 - Louvor à Amada

Neste capítulo, o amado elogia a beleza da amada de forma detalhada. É uma expressão
poética de admiração e elogio, comparando a amada a belas metáforas, como jardins e
animais.

Capítulo 5 - Separados e Reconciliados

O capítulo 5 começa com um mal-entendido que leva a uma separação momentânea entre o
amado e a amada. No entanto, eles eventualmente se reconciliam, e a amada expressa seu
desejo por ele.

Sendo este o livro do amor perfeito entre marido e mulher, é notório o desentendimento aqui,
mostrando assim que, não devemos ser tão dramáticos quando surgirem discordâncias ou mal
entendidos em nosso casamento.

Elaborado por: Pregador Manassés


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Capítulo 6 - Reconhecimento Mútuo

Neste capítulo, o amado e a amada reconhecem a intensidade do amor um pelo outro. Suas
palavras são cheias de ternura e confirmação do relacionamento especial que compartilham.

Capítulo 7 - Celebração da Beleza

O sétimo capítulo destaca a beleza física da amada, mas também enfatiza a profunda conexão
emocional entre o amado e a amada. A natureza e a comparação com elementos naturais são
usadas para exaltar a sua beleza.

Capítulo 8 - O Amor que Supera a Morte

O último capítulo culmina com uma celebração do amor que é forte como a morte. A amada
expressa o desejo de selar o amor deles com um selo na mão e no coração. É uma expressão
poética da durabilidade do amor.

A expressão "forte como a morte" se refere a imutabilidade do amor, assim como para a
morte não tem volta, assim é, ou deveria ser, o amor entre marido e mulher, uma eterna ida
sem volta.

Para concluir nossa visão panorâmica, é interessante localizar os 6 Cânticos entoados até hoje
em festas de casamento:

Primeiro cântico (1.2 – 2.7)

Segundo cântico (2.8 – 3.5)

Terceiro cântico (3.6 – 5.1)

Quarto cântico (5.2 – 6.3)

Quinto cântico (6.4 – 8.4)

Sexto cântico (8.5-14)

A poesia toma a forma de um diálogo entre um marido (o rei) e sua esposa (a sulamita).
Também podemos dividir o livro em três seções:

O namoro (1:1-3:5),

O casamento (3:6-5:1) ,

A maturação do casamento (5:2-8:14).

E com isto destacamos que, para o cristão o "namoro" conforme visto na cultura de hoje, não
existe. Como você deve estar cansado de ouvir aquela velha frase, mas que é a pura verdade,
que diz: O crente não namora para casar, o crente casa para namorar.

E isso é visto com maestria no livro de Cânticos. Que Deus possa abençoar os casais que estão
em sua presença, e que procuram a orientação bíblica para gerenciar sua relação.

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Cânticos - Á Luz do Casamento
As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios, afogá-lo; ainda que alguém desse
todos os bens da sua casa pelo amor, seria de todo desprezado. (Cânticos 8:7)

O texto chave do livro traz uma linda definição do que é o amor. É forte como a morte, e é
uma chama tão poderosa que nem mesmo as muitas águas poderiam apagá-lo. Ao mesmo
tempo tão resistente, que não pode ser afogado.

E isso combina com a definição de amor de 1Co 13:4-8. Que diz:

O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece,
não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se
ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre,
tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba (1 Coríntios 13:4-8)

Cânticos dos cânticos é o nome do livro. (Ct 1:1). Uma expressão que surge da lei de Moisés,
ao chamar o interior do tabernáculo de santo dos santos. Mostrando que aquele é o lugar mais
santo de todos, o insuperável.

Da mesma forma, também o novo testamento faz uso dessa expressão para dar o título ao
Messias, declarando que Ele é Rei dos reis e Senhor dos senhores. Assim, significa que Ele é
insuperável como Rei e Senhor.

Salomão teve certamente o mesmo pensamento, quando deu este nome ao livro. Cântico dos
cânticos, quer dizer que este livro é insuperável, não há nenhum outro cântico mais lindo do
que este. Pelo menos, não entre os 1005 cânticos que Salomão escreveu. (1Rs 4:32).

São pelo menos 6 cânticos em todo o livro (Ct 1:2-2:7. 2:8-3:5. 3:6-5:1. 5:2-6:3. 6:4-8:4. 8:5-14).
Canções para uma festa de casamento, que entre os judeus, dura 7 dias. (Jz 14:12). E quem
canta, são o noivo e a noiva. (Jr 25:10. 33:11).

As 6 canções no livro de cânticos, possuem em comum apenas o amor mútuo entre um


homem e uma mulher. Elas não narram uma história, são aleatórias, por isso não tem enredo.

Este livro ensina a beleza do casamento, mostrando como um homem e uma mulher se
tornam 2 em uma só carne. Aplicando assim Gn 2:24 na vida prática.

Este livro também é lido no oitavo dia da festa da páscoa, porque os judeus o interpretam de
forma simbólica, como sendo a representação do amor entre Deus e seu povo.

Durante o livro o autor nos ensina a tomar decisões sábias em uma relação a dois. Por exemplo;

O marido decide não ver defeito algum no corpo da esposa. (Ct 4:7).

A esposa decide se guardar somente ao marido. (Ct 1:7).

Saber que o amor verdadeiro desperta sozinho, não pode ser forçado nem manipulado.
(Ct 2:7. 3:5. 8:4).

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O caráter campesino do texto poético, indica que foi escrito nos anos áureos de Israel.
Salomão foi um rei de paz que trouxe muita riqueza e sabedoria ao reino. O texto mostra o
palco das canções, isto é, o pano de fundo deste relacionamento amoroso...

Que são jardins regados, floridos e perfumados. Campos, palmeiras e plantações de uva. O
autor possui vasto conhecimento das regiões da síria e da palestina. Ele menciona no livro o
Líbano, os montes Hermom e Carmelo, as cidades de Tirza e Damasco, e En-gedi na região do
mar morto.

A autoria certamente é de Salomão, como o próprio título indica. (Ct 1:1). Mas também a
tradição oral dos judeus declara que Salomão é o autor, e que escreveu o livro em sua
juventude.

O propósito principal do livro é ensinar que o importante é viver o amor, com uma única
mulher. Salomão é alguém que teve a experiência de mil mulheres. (1Rs 11:3). E ele mesmo
aconselha através deste livro, que o que importa mesmo é uma só mulher para amar e ser
amado.

O estilo do livro trata de uma poesia pastoril. Por causa dos muitos campos mencionados. E
por se tratar do amor entre um pastor e uma pastora. (Ct 1:8,9).

Podemos dividir o livro facilmente em 3 partes.

Fase do Noivado. (Ct 1-3:5).

Fase do casamento. (Ct 3:6-5:1).

Maturação do casamento. (Ct 5:2-8:14).

Ainda é possível notar fases entre as canções. Que formam um ciclo, conforme o Manual
Bíblico Ryken da editora central gospel, são elas:

Fases iniciais do amor. (Ct 1:1-8).

Poemas de amor, sugestões de namoro. (Ct 1:9-2:7).

Poemas de casamento. (Ct 2:8-5:1).

Poemas de amor, sugestões de vida conjugal. (Ct 5:2-7:13).

Fases iniciais do amor. (Ct 8:1-14).

Dessa forma, o amor forma um ciclo, renovando-se sempre na relação.

Os temas principais abordados no livro são o amor e a sexualidade no casamento. Ensina-nos


que a sexualidade é dom de Deus, um presente de Deus, e pode ser desfrutado no casamento.

A forma como se interpreta este livro é literal e simbólica. Podemos interpretar literalmente,
onde percebemos que o livro fala pura e simplesmente de sexo na relação. Por exemplo;

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Em Ct 5:14 fala da genitália masculina. Enquanto que em Ct 7:2 fala da genitália feminina.
Outro exemplo é Ct 2:15,16 onde existe uma preocupação em não deixar nenhuma raposa
impedir o amor de dar frutos. O casal luta para manter o amor vivo.

Outra forma de interpretação é simbólica, usando o livro como exemplo do amor entre Cristo
e sua igreja. Como os judeus que também interpretam o livro como o relacionamento entre
Deus e seu povo.

Por exemplo, podemos ver claramente a função da igreja aqui na terra, como aquela que
anuncia a volta de Cristo. Ele diz:

Escutem! É o meu amado! Vejam! Aí vem ele, saltando pelos montes, pulando sobre as colinas.
(Cânticos 2:8).

Assim como a noiva anuncia a chegada do noivo, também a igreja anuncia a volta de Cristo.

Mas ainda temos uma figura do arrebatamento em Ct 2:10-13. Onde diz:

O meu amado fala e me diz: Levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem. Porque eis que
passou o inverno, cessou a chuva e se foi; aparecem as flores na terra, chegou o tempo de
cantarem as aves, e a voz da rola ouve-se em nossa terra. A figueira começou a dar seus figos,
e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem.
(Cânticos 2:10-13)

É o noivo quem chama sua noiva, para se levantar e vir até ele. Isso lembra que Jesus há de
nos chamar, ouviremos som de trombeta no dia do arrebatamento. (1Ts 4:16).

O motivo pelo qual ele esta chamando, é que o inverno já passou e a chuva parou. Isto é figura
do tempo em que estamos na terra, desde que Jesus subiu assunto aos céus, mas prometeu
nos buscar. (Jo 14:1-3).

No verso 12 diz que aparecem flores na terra, chegou o tempo de cantar as aves. Essas aves
somos nós, nas nuvens, indo ao encontro do Senhor, cantando nos ares. (1Ts 4:17). E já se
ouve a voz da rolinha, um tipo do Espírito Santo, pois é Ele quem vai nos arrebatar.

O verso 13 fala da figueira já dando figos. E a figueira é sempre mencionada como relógio para
o fim dos tempos. Jesus concluiu o sermão profético escatológico em Mateus 24 da seguinte
maneira:

Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam,
sabeis que está próximo o verão. (Mateus 24:32).

Enfim, o livro pode ser interpretado de forma simbólica, como também de forma literal.

A conclusão é que sua maior lição é mostrar o amor como presente de Deus, que deve ser
desfrutado integralmente no casamento.

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A Diferença entre Cânticos e os Livros Poéticos
Beije-me ele com os beijos da sua boca; porque melhor é o teu amor do que o vinho. (Cânticos
1:2).

Em uma leitura ordenada da Bíblia, iremos passar por Eclesiastes primeiro, antes de entrar no
livro de Cânticos. E ao leitor mais observador e profundo em reflexões, é possível perceber
um enorme contraste entre um livro e outro, sendo a Bíblia também considerada um único
livro (2Tm 3:16).

A nossa leitura sai das histórias do povo de Israel que são contadas de Josué a Ester, para
entrar nas poesias a partir do livro de Jó que por si só, demonstra muita sabedoria (Jó 28:28),
o que vemos em Provérbios (Pv 1:1-7), e também possui poesia e orações como vemos em
Salmos (Sl 23), além de tratar questões profundas da vida como é vista também em
Eclesiastes (Ec 1:2).

Dessa forma, me parece que o livro de Jó, o primeiro da seção, é uma mistura dos demais
livros poéticos, pois ele contem todas as características literárias, bem como ideias e eventos
que podem ser colocados lado a lado com salmos, ou provérbios, ou eclesiastes.

E isto levanta a pergunta: Sendo Jó, o primeiro dos livros poéticos que vem trazendo um pouco
de tudo que iremos ler e meditar nos próximos livros; Onde entra, então, o livro de Cânticos
na narrativa de Jó e seus amigos?

O livro de cânticos fala de um amor perfeito, como nunca visto em nenhum lugar, um amor
que supera todas as barreiras, que é tão forte quanto a morte. E sendo assim, onde
encontraremos isso no livro de Jó? Talvez possa me atrever a colocar o próprio Jó e sua
esposa como este casal que possui um amor sem igual.

Pois ao pensar sobre isto, vemos que Jó, dada a natureza de sua enfermidade, certamente
ficou irreconhecível. Ao passo que, nem por isso sua esposa o deixou. E não somente isso,
tanto os filhos, quanto o dinheiro, são vínculos que podem assegurar uma relação. E mesmo
Jó tendo perdido ambos, nem assim sua esposa o deixou.

Então de forma não declarada, é possível perceber por trás do foco da narrativa do livro de Jó,
o grande amor e respeito pelo casamento monogâmico e indissolúvel que Jó e sua esposa
possuem.

Dessa forma, o “amado” do livro de Cânticos bem poderia ser alguém como Jó, tão fiel á sua
digníssima amada esposa, que ele jura desafiando que jamais olhou para outra mulher (Jó
31:1-11).

Todavia, é notório que o livro de Jó só falaria de amor, se o foco da narrativa fosse o


casamento de Jó, mas não é. Por isso, esse amor incrível desse casal que superou tamanha
prova de fogo durante um período de quase 10 anos, só pode ser visto a sombra por trás da
cortina.

Quanto a relação de Cânticos e Salmos, temos uma alegoria nítida em que; enquanto os
salmistas escreveram sobre seu relacionamento com Deus, tornando assim cada salmo uma

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narrativa de 2 personagens principais, os cânticos são assim entoados focando somente dois
personagens principais.

Os salmistas ora agradecem a Deus (Sl 30:12), ora elogiam (Sl 92:1-2), ora clamam e fazem
petições (Sl 69:1-3), assim como a amada e o amado de Cânticos fazem o mesmo um ao outro
(Ct 2:14). Fica nítida a alegoria implícita na Bíblia Sagrada, em que, por mais que Cânticos seja
literal, não pode deixar de ser ao mesmo tempo figurado, refletindo a riqueza da experiência
humana e espiritual (Ef 5:19).

Assim, esse vai e vem entre o salmista e Deus, entre o amado e a amada, constitui uma dança
coreografada exalando o amor entre eles.

Quanto a relação de provérbios com o livro de cânticos, nota-se que provérbios ocupa-se de
conselhos práticos de sabedoria para todas as áreas da vida. E inclusive na relação conjugal.

Por exemplo Provérbios 5:18-19: "Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da
tua mocidade. Como cerva amorosa e gazela graciosa, os seus seios te saciem todo o tempo;
e pelo seu amor sejas atraído perpetuamente."

Esse conselho de sabedoria pode ser visto na prática no livro de Cânticos. Mas não somente
isso, provérbios também faz um contraste comparando tipos de esposas, por exemplo
Provérbios 12:4: "A mulher virtuosa é a coroa do seu marido, mas a que o envergonha é
como podridão nos seus ossos."

E isso revela que, nem toda mulher será uma boa esposa, aliás, a boa esposa é tão rara, que
nas palavras dos sábios, só pode vir de Deus, como está escrito:

"Quem encontra uma esposa encontra algo excelente; recebeu uma bênção do Senhor." (Pv
18:22).

E outra vez:

"A casa e a riqueza são herança dos pais, mas a mulher prudente vem do Senhor." (Pv 19:14).

Dessa forma, a esposa exaltada em provérbios, essa heroína chamada de mulher virtuosa (Pv
31:10) é muito bem representada pela “amada” no livro de Cânticos. Pois até mesmo as
virtudes da mulher virtuosa podem ser encontradas na amada, vejamos:

Atenção à Família:

Provérbios 31:27: "Cuida dos negócios de sua casa e não dá lugar à preguiça."

Cânticos 6:9: "A minha pomba, a minha imaculada, é única; ela é a única de sua mãe, a
escolhida daquela que a deu à luz. As filhas a viram e a chamaram bem-aventurada; as
rainhas e as concubinas a louvaram."

Força e Dignidade:

Provérbios 31:25: "A força e a dignidade são os seus vestidos, e, quanto ao dia de amanhã, não
tem preocupações."

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Cânticos 6:10: "Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, brilhante
como o sol, imponente como um exército com bandeiras?"

Sabedoria e Bondade na Fala:

Provérbios 31:26: "Abre a sua boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua língua."

Cânticos 4:7: "Tu és toda formosa, meu amor, e em ti não há mancha."

Reverência a Deus em comparação a reverência ao marido:

Provérbios 31:30: "Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor,
essa sim será louvada."

Cânticos 2:16: "O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os
lírios."

É incrível como o livro de cânticos se relaciona com os demais livros poéticos. Ou pelo menos,
de uma forma harmoniosa com Jó, Salmos e Provérbios. Mas quanto ao livro de Eclesiastes,
ao invés de uma harmonia, temos um contraste em pelo menos 7 pontos, são eles:

Primeiro - Tom e Tema:

Eclesiastes: Aborda questões filosóficas e existenciais, frequentemente enfatizando a


transitoriedade e a futilidade da vida, tudo é vaidade e nada vale a pena, somente temer a
Deus que é a conclusão do livro (Ec 12.1-7).

Cânticos: Celebra o amor romântico, muitas vezes usando uma linguagem poética e
apaixonada, tudo pelo amor, a vida não é fútil, pelo contrário é linda e maravilhosa com amor,
logo tudo vale a pena, tudo tem sentido.

Segundo - Abordagem da Vida:

Eclesiastes: Questiona o significado da vida, explorando temas como trabalho, riqueza,


sabedoria e o inevitável ciclo da vida e da morte.

Cânticos: Foca no amor romântico e na beleza do relacionamento entre amado e amada,


mostando um amor que todos precisamos viver, ou deveríamos.

Tercerio - Perspectiva Temporal:

Eclesiastes: Adota uma perspectiva mais ampla e atemporal, muitas vezes contemplando o
ciclo eterno da vida, tratando essa existência com a expressão “debaixo do sol”.

Cânticos: Está mais focado no momento presente, capturando a intensidade e a paixão do


amor de forma tão profunda, que em uma leitura simples, faz parecer que tudo aconteceu
em um dia, um único dia de muito romance, amor e alegria.

Quarto - Enfoque na Mortalidade:

Eclesiastes: Lida explicitamente com a mortalidade e a transitoriedade da vida humana.

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Cânticos: Embora haja referências à beleza efêmera, o foco principal é a expressão vívida do
amor.

Quinto - Estilo Literário:

Eclesiastes: Usa uma abordagem mais didática e reflexiva, muitas vezes com um tom de
questionamento, como se o autor tivesse passado por uma depressão e finalmente
entendido o sentido da vida, tudo é vaidade.

Cânticos: Expressa-se de maneira lírica e poética, usando imagens e metáforas para comunicar
a intensidade emocional, como se o casal apresentado no livro, fosse perfeito e por isso,
perfeitamente apaixonado, sendo assim o seu amor eterno onde o tempo não passa.

E com isso fica difícil dizer que se trata do mesmo autor para ambos os livros.

Sexto - Conclusões Diferentes:

Eclesiastes: Conclui que o temor a Deus e a obediência são fundamentais diante da incerteza
da vida.

Cânticos: Termina com a celebração do amor e da beleza no contexto de um relacionamento


humano. E Deus não é citado de forma direta.

Sétimo - Atitude em Relação ao Prazer:

Eclesiastes: Analisa o prazer humano sob uma lente crítica, muitas vezes considerando-o como
vaidade e totalmente inútil.

Cânticos: Celebra o prazer e a beleza do amor romântico, e sim, erótico.

Logo, em Eclesiastes tudo é vazio, mas em Cânticos, tudo é plenitude. A diferença vital entre
um e outro, é que temos amor em um, mas não temos no outro. Em um, temos um casal que
se ama, mas no outro temos um ‘sábio’, e talvez velho, solitário refletindo sobre a vida.

Em um, temos uma família dentro dos propósitos de Deus, o casamento apenas entre 1 único
homem, e 1 única mulher, e que se amam e fazem feliz um ao outro. Enquanto que no outro,
temos uma pessoa sozinha, rica e próspera, mas infeliz e avançada em idade, onde a única
tarefa que lhe sobrou foi esperar pela morte, pois não é por acaso que o autor de eclesiastes
fala de morte o tempo todo.

Essa comparação entre os livros poéticos, colocando todos á luz de Cânticos, mostra o quanto
a bíblia se completa e explica a si mesma. Porém, o mais importante, é a brutal gigantesca e
esmagadora diferença que o amor faz na vida do ser humano.

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Capítulo 1

Não Olheis por eu ser Morena


Não olheis para o eu ser morena, porque o sol resplandeceu sobre mim; os filhos de minha
mãe indignaram-se contra mim, puseram-me por guarda das vinhas; a minha vinha, porém,
não guardei. (Cânticos 1:6).

Este é um dos versículos principais no capítulo 1 de Cânticos. E o texto é literal, obivamente,


mas podemos interpretá-lo de forma alegórica para então aplicá-lo em nossas vidas hoje.

A amada, representa a igreja do Senhor. E ela trabalha, pois a igreja não é morta, parada,
acomodada ou estacionada; pelo contrário, a igreja do Senhor é militante, triunfante, ela
marcha, avança e as portas do inferno não a podem deter.

A amada trabalha ao sol, cuidando das vinhas, isto é, plantação de uvas. E por isso, a cor da
sua pele escureceu. Como é dito por muitos que este sol é o sol da justiça (Ml 4:2), a
benevolência do Senhor sobre a sua igreja.

Como o profeta Malaquias profetizou este sol para a igreja, sabemos que é o Senhor Jesus
Cristo. E se a amada, igreja, trabalha ao sol, ela está na presença constante do Senhor. Pois
como Ele mesmo disse: “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos
séculos” (Mt 28:20).

E a mudança no tom de pele, isto é, o bronzeado, é como uma marca, a marca de Cristo na
igreja. Pois o cristão é reconhecido automaticamente em qualquer lugar, pelo seu semblante
diferente levando no rosto o brilho do Espírito Santo.

“Os filhos de minha mãe”, dando continuidade a alegoria, pode se referir aos judeus, filhos de
Jerusalém nossa mãe (Gl 4:26), que no princípio perseguiram a igreja e ela precisou guardar a
vinha, sendo a uva a fruta principal que representa o evangelho.

Quando diz “a minha vinha não guardei” se refere á ela mesma, como se vê claramente apenas
mudando a tradução bíblica, por exemplo, na tradução NTLH isso fica claro e nítido dizendo
que “de mim mesma não cuidei”.

E isto, alegoricamente, pode se referir ao fato de que a igreja é a única organização na face da
terra que não tem como prioridade o cuidado dos seus membros, como por exemplo,
estando disposta a morrer por Cristo para não blasfemar o seu nome, pois como está escrito:

Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha
carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da
graça de Deus. (At 20:24).

E outra vez diz:

Mas já em nós mesmos tínhamos a sentença de morte, para que não confiássemos em nós,
mas em Deus, que ressuscita os mortos; (!Co 1:9).

Elaborado por: Pregador Manassés


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Textos como esse deixam claro que, a preservação da vida está abaixo da obra de Deus, entre
pregar e morrer, e não pregar e viver, a escolha da igreja é óbvia. Ela pode ser enviada aos
leões e á fogueira, mas jamais deixará de falar do amor de Deus.

Pois em apenas alguém olhar para ela, já é motivo suficiente para que ela responda e fale da
sua marca dizendo “não olheis por eu ser morena” e aproveite também para falar do sol da
justiça, Jesus, e do seu trabalho na vinha, o evangelho.

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5 Características da Igreja
Leva-me tu; correremos após ti. O rei me introduziu nas suas câmaras; em ti nos regozijaremos
e nos alegraremos; do teu amor nos lembraremos, mais do que do vinho; os retos te amam.
(Cânticos 1:4)

A Amada de Cânticos, Sulamita, é um tipo da igreja de Cristo. Por isso, podemos encontrar em
suas virtudes, as características da igreja do Senhor. Em todos os capítulos de Cânticos, ela
aparece e da mesma forma, pontos que remetem á Eclesia. Todavia, veremos algumas
características que aparecem no capítulo 1.

1. Amor Apaixonado (Cânticos 1:4-5).

Vemos em Cânticos 1:4-5: "Leva-me contigo; corramos juntos. O rei conduziu-me às suas
câmaras. Cantemos de amor, regozijemo-nos com ele." Isto é uma declaração do amor que a
igreja possui pelo Senhor.

A igreja é identificada por ter um amor apaixonado por Cristo, buscando Sua presença e
regozijando-se na comunhão com Ele. Pois como diz “leva-me contigo” a igreja está pronta
para estar com Cristo agora, está apta para subir ao céu nesse instante.

Somente um cristão que verdadeiramente faz parte da igreja do Senhor Jesus, está disposto a
dizer agora: Maranata!

Mas não somente isso, o texto diz: “corramos juntos”. Isto fala de andar em união, nos
mesmos passos, na mesma direção, de trabalhar lado a lado. E assim é e deve ser também a
igreja de Cristo andando sempre ao seu lado, seguindo na mesma direção de Cristo.

2. Perfume Agradável (Cânticos 1:3)

Cânticos 1:3: "O teu nome é como perfume derramado; por isso, as jovens te amam."
Enquanto para o mundo, Cristo é só um sábio, ou um filósofo, ou apenas um profeta. A igreja
consegue sentir o seu perfume, o que se refere uma intimidade e proximidade como disse
Pedro:

“tu és o Cristo, o filho do Deus vivo” (Mt 16:16) Em outras palavras, a igreja sabe quem
realmente é Jesus. Bem como a Igreja deve carregar o "perfume" de Cristo (2Co 2:15),
emanando uma fragrância agradável que atraia outros para conhecerem o Senhor.

3. Fidelidade e Devoção (Cânticos 1:7)

Uma das principais características da igreja, é sua fidelidade. Como está escrito em Cânticos
1:7: "Dize-me, ó tu, a quem ama a minha alma: Onde apascentas o teu rebanho, onde o fazes
descansar ao meio-dia; pois por que razão seria eu como a que anda errante junto aos
rebanhos de teus companheiros?"

Assim como a sulamita toma todo cuidado para seguir tão somente o seu amado, não
querendo nem mesmo por engano, seguir um caminho diferente, assim também a igreja do
Senhor cuida em fazer toda sua vontade desviando-se do mal.

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Há muitos hoje em dia que, não se portam como igreja, eles buscam ‘desculpas’ e argumentos
para cometer atos que tem premissa pecaminosa e assim aliviar as suas consciências. Todavia,
a verdadeira igreja, se afasta de tudo que parece pecado, por mais que não seja, mas até que
se tenha certeza a igreja se mantem distante e se guarda pura.

Pois a expressão “vagando” é uma referência a vulgaridade tal qual Tamar vestida de meretriz
em Gênesis 38:14.Logo a preocupação da igreja não está em obter benefícios para si, antes
em se preservar para Cristo.

4. Comunhão Íntima (Cânticos 1:12-14)

Conforme diz em Cânticos 1:12-14: "Enquanto o rei estava em seu divã, o meu nardo exalava o
seu perfume. O meu amado é para mim um saquinho de mirra, posto entre os meus seios. O
meu amado é para mim um ramalhete de flores de alimária, nas vinhas de En-Gedi."

A Igreja é chamada a uma comunhão íntima com Cristo, representada pelo perfume do nardo
e a presença constante do amado. Essa comunhão somente o cristão possui, em seus
momentos de oração e lágrimas, de louvor e adoração, sendo consolado ou encorajado pela
palavra, recebendo virtude e alegria no Espírito Santo.

5. Perfeita e Cheia do Espírito Santo (Cânticos 1:6)

Cânticos 1:15: "Eis que és formosa, ó meu amor, eis que és formosa; os teus olhos são como os
das pombas."

Aos olhos de Cristo a igreja é perfeita, pois foi por Ele mesmo salva, limpa, lavada e redimida
de todo pecado. E também por Ele, Cristo, cheia do Espírito Santo e santificada.

Por isso, ao olhar a igreja, o Senhor não vê manchas e nem falhas, ela é perfeita. E por dentro
está cheia do Espírito Santo, por isso, ao olhar em seus olhos, o amado os vê por dentro,
como os das ‘pombas’ que é a principal referência bíblica para o Espírito Santo. (Jo 1:32).

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A Paixão da Igreja
Beije-me ele com os beijos da sua boca; porque melhor é o teu amor do que o vinho. Suave é o
aroma dos teus ungüentos; como o ungüento derramado é o teu nome; por isso as virgens te
amam. Leva-me tu; correremos após ti. O rei me introduziu nas suas câmaras; em ti nos
regozijaremos e nos alegraremos; do teu amor nos lembraremos, mais do que do vinho; os
retos te amam. (Cânticos 1:2-4).

A maior evidência da conversão é o amor por Jesus Cristo. Sei que não podemos amá -lo tanto
quanto Ele nos ama.

Porém, também sei que nosso amor por Ele, é um reflexo do amor Dele em nós. (1Jo 4:19).
Quanto maior o amor Dele em nós, maior nosso amor por Ele.

E o livro Cânticos dos Cânticos é uma descrição plena e linda, que nos ajuda a entender um
pouco mais o amor de Cristo por nós, e nos leva a refletir sobre o quanto nós o amamos.

Muito além do que o amor de um casal, este livro inteiro fala de Cristo e sua Noiva , que é a
igreja. É preciso ler Cânticos de Salomão, com os olhos da fé e a lupa da graça para descobrir
os mistérios e entender as palavras que revelam nosso relacionamento com Jesus Cristo.

Beijos de tua boca. Remetem a santa palavra de Deus, quando lemos a bíblia e a revelação
vem sobre nós pelo Espírito Santo, é doce mais que o mel, doce mais que um beijo. O que a
verdadeira igreja de Cristo ama? Ela ama conhecer os mistérios de Cristo na bíblia sagrada. (Sl
1:2. 119:97).

Não falamos de uma igreja estudiosa apenas. Falamos de uma igreja impactada pelo amor de
Deus, e por isso busca na bíblia sagrada conhecer mais desse puro amor. Por isso a igreja diz:

“Melhor é o teu amor do que o vinho!” O vinho representa os prazeres, tudo de bom, gostoso
e saboroso que a vida pode oferecer não se comparam ao amor de Deus. Preferimos ser
amados por Deus, a sermos enganados pelos prazeres do mundo.

“Suave é o aroma dos teus unguentos.” Isto fala de cheiro de perfume, este perfume remete
ao Espírito Santo, que desceu sobre Cristo, e que de Cristo recebemos (Jo 16:7). E é através do
Espírito Santo que Cristo se revelou a nós, que nascemos já depois da sua morte na Cruz. (Jo
16:8).

Você sentiu primeiro o cheiro do perfume de Cristo, foi transformado e regenerado pelo Santo
Espírito, antes de se achegar ao Noivo. E agora diz: “Como perfume derramado é o teu nome!”

Ah Sim, o nome de Jesus é poderoso, traz consigo a ação do Espírito Santo. E é por crer nesse
nome que somos filhos de Deus, (Jo 1:12) e por isso o noivo nos chama de irmã! (Ct 5:1).

“As virgens te amam.” Essa expressão, alegoricamente, se refere a Israel, o povo escolhido,
através do qual Cristo veio ao mundo para todos nós.

“Leva-me tu!” O desejo mais sincero da igreja, é ir com Cristo, sua maior vocação é correr após
ele. Até que enfim possa dizer: “O rei me introduziu nas suas câmaras.”

Elaborado por: Pregador Manassés


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Até que esse dia chegue, vamos cantar a nossa aliança, pela qual viveremos até morrer,
dizendo:

“Em ti nos regozijaremos e nos alegraremos; do teu amor nos lembraremos, mais do que do
vinho; os retos te amam.”

Seja esta a nossa oração, canção e louvor todo dia! Amém.

Elaborado por: Pregador Manassés


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Capítulo 2

A Rosa de Sarom
Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales. (Cânticos 2:1)

Texto mui belo, mui lindo e uma expressão de amor antiga mas que nunca envelhece. Mesmo
um não erudito ainda que não entenda o que é Sarom, o que é lírio, e a que Vales o texto se
refere, todavia consegue perceber a beleza dessa frase e o elogio amoroso implícito.

O texto se refere a algo lindo e belo no conceito de qualquer pessoa, uma rosa. E que não é
uma rosa qualquer, mas á de Sarom, demonstrando ser específica e única, e tão destacada que
“rosa” é muito pouco para descrever, por isso no paralelismo, vemos uma melhora, de rosa
para lírio que é ainda mais sofisticado.

Segundo o comentarista Moody, Sarom é a planície costeira do Mediterrâneo entre Jope e


Cesaréia. Uma planície e não um planalto, revela a humildade dessa afirmação dizendo “eu sou
a rosa de Sarom [na planície]”.

Da mesma forma, a humildade segue no paralelismo usando o nome “vales”, que igual a
planície, fala de lugares baixos, planos, e depressivos no sentido geográfico do termo. Portanto,
“eu sou” somando aos termos que se referem a humildade, essa afirmação tende á exaltar sua
mansidão, simplicidade e honestidade que andam lado a lado com a humildade.

Há uma controvérsia sobre quem é o autor dessas palavras, se o amado, ou se a amada. Pois
os pais da igreja, os estudiosos mais antigos atribuíam essa afirmação ao amado, portanto, na
analogia, seriam palavras de Jesus para sua igreja.

E isso é notório até mesmo na música clássica assembleiana onde o hino 196 - Uma Flor
Gloriosa, é uma das melodias mais entoadas. Afirmando com convicção que a rosa de Sarom
mencionada na bíblia, aliás, mencionada somente em Cânticos, é o Senhor Jesus Cristo. O hino
diz na primeira estrofe:

“Já achei uma flor gloriosa


E quem deseja a mesma terá
A rosa de Saron preciosa
Entre mil mais beleza terá”

Porém, os estudiosos e comentaristas mais recentes, atribuem esse texto como sendo a parte
final da resposta da amada sendo então Cânticos 1:16-2:1. Muitas bíblias de estudo que
trazem a divisão dos louvores em Cânticos, ou a divisão das vozes, destacando a voz do noivo e
a voz da noiva, já fazem essa distinção.

O motivo que leva á essa interpretação de que a afirmativa é a voz da noiva, se dá pelo próprio
contexto, pois a frase por si só tem tudo a ver com algo que Jesus, como noivo, diria para sua
noiva como Ele faz diversas vezes no evangelho de João fazendo uso de seu nome divino “Eu
Sou”; entretanto, o contexto sugere o oposto.

Elaborado por: Pregador Manassés


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Pois o verso seguinte diz: “Qual lírio entre os espinhos...” Este lírio mencionado aqui, precisa
ser o mesmo mencionado no verso anterior, por lógica e inferência. Não faz sentido o noivo
dizer que Ele é um lírio, e depois comparar sua noiva com um lírio também no verso seguinte.
Pois o lírio deve ser o mesmo, ou a mesma noiva, ou o mesmo noivo.

Por isso, a frase definindo o elogio direcionado á noiva “Qual lírio entre os espinhos assim é a
minha amada...” deixa claro que o lírio se refere a noiva. Portanto, o lírio dos vales no verso
anterior também chamado de rosa de Sarom é a noiva.

É mais certo que a amada tenha dito que ela é como um lírio, o lírio dos vales, ao passo que o
noivo complementa o elogio dizendo que todo o restante é como espinhos perto da beleza
dela. (Ct 2:2).

Da mesma forma, o contexto imediato anterior faz jus á essa interpretação. Pois diz:

“Como você é belo, meu amado! Ah, como é encantador! Verdejante é o nosso leito. De cedro
são as vigas da nossa casa, e de cipreste os caibros do nosso telhado.” (Ct 1:16-17).

Ela está elogiando o amado, e descrevendo o cenário no meio de um bosque, no lugar mais
bonito, uma tipo de casa na árvore, como um lugar do encontro dos dois, um retiro para
ambos, onde a atenção de um é somente para o outro.

E dentro desse cenário, faz sentido sua afirmação dizendo: “Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos
vales”. Pois é nesse lugar, ou perto desse lugar que o cenário é descrito, onde eles estão
apaixonados, e ao olhar a planície de Sarom uma rosa se destaca, assim como se destaca o lírio
nos vales, por isso, ela assim se compara.

E isso revela humildade, que é conhecer a si mesmo. A noiva sabe o seu lugar, sabe a sua
beleza mas também o risco que corre. Pois a rosa na planície de Sarom, pode ser facilmente
arrancada, visto não ser um local protegido. Assim como o lírio em um vale, lugar baixo, pode
ser facilmente ofuscado.

Da mesma forma, a noiva, conhece a sua fraqueza e por isso, sua total dependência do noivo.
Assim como a igreja deve reconhecer sua total dependência de Cristo.

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O Lírio Entre os Espinhos
Qual o lírio entre os espinhos, tal é meu amor entre as filhas. (Cânticos 2:2).

Certamente são palavras do noivo, ou do amado, o esposo elogiando a sua noiva, amada,
esposa em Cânticos 2:2. Lembrando que, noiva e esposa para os judeus é a mesma coisa.

Eles não fazem distinção pois não há a intenção de separar e nem de quebrar o compromisso.
Em nossa cultura já há muito apodrecida, o mundo faz muitas distinções para se distanciar ao
máximo do compromisso verdadeiro na relação.

Por exemplo; ‘ficante’ relação totalmente sem compromisso nenhum, ‘namorada’ relação com
um pouco de compromisso mas sem futuro; ‘noiva’ relação com compromisso mas não é
definitivo, ‘esposa’ relação com compromisso sério, mas que também não é definitivo sendo
o divórcio para o mundo algo cada vez mais comum.

E pior de tudo é morar junto sem ser casado oficialmente, pois se no casamento, caso alguém
queira divorciar, precisa abrir a porta do divórcio; aos que moram junto a porta está sempre
aberta.

Todavia, na analogia básica do livro de Cânticos, é Jesus demonstrando seu amor pela igreja. E
a bíblia ensina que o marido ideal precisa ser como Cristo é para a igreja, assim como a
esposa ideal precisa ser como a igreja é para Cristo. (Ef 5:22-25).

Portanto, se o amado aqui é o Cristo, logo esse amor prático demonstrado em Cânticos, é a
forma como Cristo amaria sua esposa caso fosse literalmente casado. Em outras palavras, o
apóstolo Paulo traz o mandamento de “amar a esposa” e o livro de Cânticos traz a prática de
como fazer isso.

E na prática, ele elogia sua esposa colocando-a em destaque perante as demais mulheres,
sendo ela a única perfeita diante de seus olhos, pois o elogio implica que comparada ás
demais, ela é como lírio, e diante dela as demais são como espinhos.

E por lógica, se Cânticos revela o comportamento prático de como o marido poderá amar sua
esposa, ao mesmo tempo revela o comportamento prático de como a esposa deve honrar ao
marido, mas isto é assunto para um estudo mais adiante.

Por hora, veja que, se na analogia ou mesmo na tipologia bíblica, estamos de Cristo, logo suas
palavras tem um peso profético e isto levanta a questão: O que Ele quer com “lírio entre
espinhos”?

A bíblia sagrada possui muitos significados espirituais, e isto por si só é uma aula á parte, da
qual você poderá aprender muito a respeito no Clube de Pregadores. Mas dentre esses
significados espirituais, temos “Lírio” que é utilizado na bíblia apontando para o povo de Deus.

Por exemplo o profeta Oséias diz:

Eu serei para Israel como o orvalho. Ele florescerá como o lírio e lançará as suas raízes como o
Líbano. (Oséias 14:5).

Elaborado por: Pregador Manassés


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Nessa profecia, Deus está comparando seu povo Israel com o lírio ao passo que a si mesmo
com o orvalho que vai regar esse lírio, para fortalecê-lo e fazê-lo crescer com raízes
sobrenaturalmente poderosas, pois ele compara essa raiz com o Líbano.

Ao mesmo tempo, Jesus também comparou seu povo com os lírios quando ensinando falava
do cuidado de Deus com os seus servos. Ele disse:

Considerai os lírios, como eles crescem; não trabalham, nem fiam; e digo-vos que nem ainda
Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles. (Lucas 12:27).

E ao fazer essa comparação, mais uma vez, temos a confirmação de que ‘lírio’ na bíblia, é
utilizado pelo menos pelo profeta e pelo Cristo, como uma representação do povo de Deus.

Então profeticamente dentro dessa analogia em Cânticos, Jesus está dizendo para a sua igreja:
“Tu és Qual lírio entre os espinhos”.

E se o lírio é a igreja, os espinhos só podem ser os ímpios. Não é preciso muito esforço para
convencer qualquer leitor de que ‘espinho’ sempre tem conotações negativas, apontando
coisas ruins.

E da mesma forma que a igreja está no mundo, sem ser do mundo (Jo 15:19), assim o lírio
entre os espinhos sem ser um espinho ou ainda, sem pertencer aos espinhos. Pois Jesus
comparou os espinhos na parábola do Semeador, como sendo os cuidados desse mundo que
sufocam a semente que é palavra de Deus (Mc 4:18-19).

Já o profeta Miquéias compara os ímpios e os incrédulos hipócritas com espinhos (Mq 7:4). E
também o salmista Davi compara com espinhos os filhos de Belial (2Sm 23:6).

Logo, a igreja estando no mundo, se destaca aos olhos de Deus, como o lírio no meio de
espinhos. Revelando assim para nós, o cuidado de Deus, o amor de Deus, a graça de Deus, e a
distinção que Deus faz entre salvos e perdidos, justos e ímpios.

E não somente isso, mas esse texto também fala do arrebatamento da igreja.

Quando passamos por um lugar cheio de espinhos, é comum que qualquer coisa diferente no
meio se destaque. Mas não é comum que possa nascer e crescer um lírio no meio dos
espinhos. Pois assim também o crescimento da igreja justa e santa no meio de um mundo
perdido e caído é incomum, pois é sobrenatural, é obra de Deus.

Qualquer lavrador sabe que, ao passar em um algum lugar, e ver uma planta, ou uma rosa, ou
uma muda crescendo sozinha em um ambiente hostil, o que ele deve fazer é pegar essa
planta, rosa ou muda retirando-a do ambiente hostil para plantar em um lugar agradável a
fim de que ela continue crescendo.

Quem entende o mínimo de plantio sabe que, a semente se planta em um vaso pequeno, mas
após começar a crescer, é retirada e enviada para um vaso maior, e crescendo mais, ela é
transferida de recipiente até que seja plantada no jardim definitivo.

Assim também ao ver o lírio entre os espinhos, o correto é removê-lo de lá, para plantá-lo em
outro lugar, um lugar melhor onde ele irá preservar sua beleza e continuar crescendo.

Elaborado por: Pregador Manassés


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Dessa mesma forma, a igreja cresce entre os espinhos, mas em breve será retirada para
continuar crescendo no jardim definitivo de Deus no céu. Pois ela mesma identifica a vinda
do noivo colhendo os lírios quando diz:

O meu amado desceu ao seu jardim, aos canteiros de bálsamo, para apascentar nos jardins e
para colher os lírios. (Cânticos 6:2).

Por isso a noiva declara pertencer ao amado bem como ele á ela, e que a sua atividade pastoril
é entre os lírios.

O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios. (Cânticos 2:16)

E outra vez:

Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu;ele apascenta entre os lírios. (Cânticos 6:3)

Portanto, tratando de Cânticos 6:2;

Veja que primeiro o amado desce ao jardim, e isso se refere a Terra, lugar onde Deus plantou o
jardim do éden, e é o lugar onde o Senhor vem descendo desde então.

Descia no Jardim para falar com o homem, descia no fogo ou na nuvem para falar aos
patriarcas, descia no monte Sinai para falar a Moisés e assim por diante, até que ele desceu
pessoalmente, Jesus Cristo, para falar diretamente a nós e morrer por nós.

E sempre que Deus desce, é para um povo específico, chamado no texto profético (Ct 6:2) de
canteiros de bálsamo, isto é, o lugar onde o bálsamo foi derramado. Portanto, não se refere á
toda a igreja, mas sim somente áqueles que tem o bálsamo.

Este bálsamo é tipo do Espírito Santo, derramado na igreja, canteiro do Senhor. E não somente
isso, mas o texto diz mais: “Apascentar nos jardins” se refere ao momento atual em que
vivemos, onde Cristo apascenta sua igreja com o bálsamo que é o Espírito Santo (Jo 14:16).

E além de apascentar, ele irá “colher os lírios” que se refere ao nosso futuro, quando Cristo irá
colher os lírios, a igreja. E isto será o arrebatamento da igreja, onde Cristo não desce até a
terra, mas puxará a igreja da terra para o céu.

Onde ele vem para colher, retirando o lírio para plantá-lo para sempre no jardim celestial de
Deus no céu. Já dizia o salmista:

Os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. (Salmos 92:13)

Amém.

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A Sala do Banquete
Levou-me à casa do banquete, e o seu estandarte sobre mim era o amor. (Cânticos 2:4)

Um dos textos de difícil tradução é este. Pois a tradução literal é: “Guiou para casa vinho
bandeira amor.”

Dentre os comentaristas que consultei (Tennyson, Ellicott, Davson, Moody), a maioria


concorda que não é o ‘salão de festas’ como traduzem algumas bíblias, nem mesmo uma sala
de jantar e nem nada parecido.

Essa chamada “casa do vinho” é um aposento especial do rei, totalmente planejado e pensado
para se deitar com sua amada. É um lugar onde eles podem passar dias e dias desfrutando o
amor um do outro, sem necessidade de sair dali.

Um lugar, onde eles tem uma cama ampla, confortável e espaçosa. Uma mesa farta com as
melhores iguarias da época. E podemos imaginar o restante acerca desse lugar, que devido o
seu objetivo, deve ter privacidade total. Por isso, é chamada casa do vinho.

Porém, pelo contexto, olhando os versos posteriores, essa casa tem realmente um banquete,
uma mesa farta e pronta para que eles se alimentem sempre que desejarem. Mas não
somente isso, o alimento também serve para as “brincadeiras” que são possíveis apenas
entre um casal na sua intimidade.

Visto ser essa uma sala pensada para o ato sexual, o que podemos aprender aqui?

Primeiro, a amada está feliz e empolgada por ser levada á esse lugar, e isto vemos pela forma
como ela declara, o seu tom alegre, feliz e empolgante é capturado em qualquer tradução
como por exemplo “levou-me á sala do banquete”.

Segundo, essa casa do vinho traduzida para nós como sala do banquete, está longe de
assemelhar-se com qualquer casa noturna ou sendo mais direto, qualquer prostíbulo ou
bordel.

Pelo contrário, a ideia de uma casa exclusiva para o ato sexual, onde é possível ficar dias e dias
tendo todas as necessidades supridas ali, revela e nos ensina que de fato ela foi preparada
para receber o amor verdadeiro.

Pois em comparação a qualquer vulgaridade e paixão, não passam de uma noite, por isso o
nome desses lugares é “casa noturna” e coisa parecida. Uma noite e nada mais. Uma noite e
tudo acaba com vidas sendo destruídas.

Mas a casa do vinho é infinitamente superior, ela é pensada para um amor duradouro, um
amor que não enjoa e nem cansa. Não acaba e nem se esvai. Não se consome e nem diminui.
O mais puro amor entre um homem e uma mulher.

Que os faz serem capazes de ficar na companhia um do outro por dias a fio sem se cansar e
ainda querendo mais, desejando nunca sair. Um lugar para não ter pressa, e por isso,
primeiro eles jantam juntos (verso 5), e depois eles se abraçam (verso 6) enquanto cantam.

Elaborado por: Pregador Manassés


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Não há muito mais a se dizer acerca dessa sala, a não ser a analogia que ela tem em relação a
Cristo e a sua igreja. Há um significado lindo e profundo nessa união entre o amado e a
amada na sala do vinho.

Pois a sala foi preparada para algo específico. Desfrutar o amor por muito tempo. Assim
também o céu foi pensado para Cristo e sua igreja desfrutarem o amor pela eternidade.

A sala é auto suficiente, não é preciso sair de lá. Da mesma forma, o céu, tem tudo que
precisamos de maneira que não sentiremos falta dessa terra, e nem mesmo daqueles que
ficarem para trás, a alegria será completa e eterna.

A cama ampla e confortável simboliza o nosso descanso, isto é o sábado, abundante e eterno
no céu, como pois está escrito “façamos tudo para entrar nesse repouso” (Hb 4:11).

E o alimento abundante fala da vida abundante que somente Cristo pode nos dár, assim como
ele nos promete comer da árvore da vida (Jo 10:10; Ap 2:7).

A privacidade do lugar fala da nossa exclusividade com Cristo, teremos total acesso a Ele, o
veremos como Ele é, e o conheceremos como somos conhecidos. Nas palavras de Jó “eu te
conhecia de ouvir falar, mas agora te veem os meus olhos”.

O verso 7 dizendo para não despertar o amor até que este o queira, é uma forma de expressar
que o amor só vale a pena se for verdadeiro, fiel e duradouro, isto é, não desperdice o amor
com aventuras e paixonites, guarde o amor para algo sério, real e profundo.

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O meu Amado Vem, Saltando Pelos Montes
Esta é a voz do meu amado; ei-lo aí, que já vem saltando sobre os montes, pulando sobre os
outeiros. (Cânticos 2:8)

Este texto dá continuidade ao momento ‘sala do banquete’ onde ao que parece, a noiva
dormiu e acordou com a voz do seu amado lhe chamando, e ao avistar pela janela, ela o viu
chegando ao longe em seu cavalo saltando pelos montes.

A pergunta simples que surge aqui é: Se ele está distante ainda saltando pelos montes, então
como ela ouviu a sua voz lhe chamando?

A resposta é ainda mais simples. Nesse tempo, os guardas chamados de atalaias que ficam de
prontidão tanto nos portões ou muros das cidades, quanto nas torres dos palácios, tocam
uma trombeta para anunciar a chegada de amigos, inimigos, visitantes, mensageiros e do
próprio rei.

Cada toque é específico de maneira que, pelo som do toque, os que ouvem já sabem do que se
trata, se é amigo, inimigo, exército ou se é o próprio Rei voltando para a cidade ou voltando
ao palácio. (2Rs 18:8; Jr 6:17; Ez 33:6; 1Co 14:8).

Então, a noiva despertou com o som da trombeta, que era o exato toque específico que
anuncia a chegada do Rei. E ao acordar alegre e feliz, ela corre até a janela e começa a
anunciar dizendo: “Esta é a voz do meu amado, eis aí que já vem saltando pelos montes”.

Na alegoria, sendo está noiva a igreja, e o amado o Cristo. Logo ficam claros os papéis de
ambos em um único verso.

Cristo, o amado, é aquele que está voltando, Ele vem saltando pelos montes. A igreja, a amada,
é aquela que já está ouvindo o som da trombeta e por isso sabe que o amado está chegando,
portanto anuncia a sua chegada.

Da mesma forma que o amado está em movimento, chegando e vindo ao encontro da amada,
assim também Cristo está se movendo ao longo dos séculos para o encontro da igreja. E
assim como a amada está em um local fixo esperando o seu noivo, assim também a igreja
está nessa terra aguardando o Cristo.

O som da trombeta, é o que mantém a noiva acordada em estado de alerta, em total


prontidão sabendo que, a qualquer momento o noivo chegará. Portanto, essa trombeta, na
alegoria, não pode ser aquela do arrebatamento.

Pois a trombeta do arrebatamento será a voz do próprio Cristo (At 1:10; 4:1). E se essa
trombeta, que não é a voz do amado, deixa a noiva em prontidão, logo ela se refere a ação do
Espírito Santo em nossas vidas.

Pois é o Espírito Santo que nos alerta, nos desperta, nos prepara, nos deixa em constante
vigilância preocupados com a vinda do Senhor Jesus Cristo. Ele é o Atalaia oficial da igreja do
Senhor.

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A vinda saltando pelos montes se refere também a trajetória de Cristo ao longo dos séculos na
história bíblica cada vez mais se aproximando do ser humano, cada vez mais se aproximando
da igreja.

Agora, vamos entender quais são os montes que Jesus vem saltando ao longo dos anos. Porém,
isto, ficará reservado somente aos alunos do Clube de Pregadores, que fazem parte da nossa
comunidade secreta. Caso você queira mais informações a respeito dessa comunidade,
acesse: clubedepregadores.com.br

A nossa série no livro de Cânticos continua amanhã, onde falaremos sobre o verso 10 do
capítulo 2 que trata do Chamado de Cristo. Até lá.

O primeiro monte em que Cristo desceu foi no jardim do éden, o Deus que descia todo dia na
viração do dia, era o próprio Cristo, como revela o autor aos hebreus que, Cristo é a IMAGEM
de Deus, e não somente isso, mas Cristo é a EXPRESSÃO EXATA do seu ser. (Hb 1:3).

Como também Ele mesmo (Cristo) deixa claro que Deus é espírito (Jo 4:24), e ainda Paulo
afirma que Deus é invisível (1Tm 1:17), portanto, qualquer manifestação visível de Deus é
sempre o Senhor Jesus, e este é o segredo da teofania.

A bíblia não deixa claro se o jardim do éden ficava em um lugar elevado como um monte,
porém, todo lugar santo na bíblia está sempre em um monte ou em um lugar elevado. Como
era o monte Moriá e também o Sinai, como era a própria cidade de Jerusalém, cidade
elevada, onde ficava o templo e nele o santo dos santos.

Logo não é exagero supor que, o jardim do éden ficasse em um lugar elevado, semelhante a
um monte. E para evidenciar está minha tese, temos um texto interessante, veja:

E saía do Éden um rio para regar o jardim, e dali se repartia em quatro ramificações. (Gn 2:10).

Esse versículo revela que no jardim do éden havia a nascente de um rio, e que descia tanto
(afinal água só pode descer e nunca subir), que lá em baixo formavam 4 rios. Pois para formar
4 rios, a água precisa descer por um longo caminho de uma boa altura.

Então sim, este foi o primeiro monte que Jesus desceu e dali saltou para o próximo que é o
monte Moriá. Quando ele desce para receber o sacrifício de Isaque e salvar ao mesmo tempo
a Isaque. (Gn 22).

Saltando assim ao próximo monte, ele desce no Sinai, para falar a Moisés (Ex 3) e ao seu povo
(Ex 19). E assim por diante, cada monte onde Deus se manifestou, ele se aproximou mais do
seu povo e da sua igreja.

Monte Sinai (Horebe) - Êxodo 19:16-20:21

Monte Carmelo - 1 Reis 18:16-46

Monte Horebe - 1 Reis 19:8-18

Monte Nebo - Deuteronômio 34:1-6

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Monte das Oliveiras - Zacarias 14:4

Monte Tabor - Mateus 17:1-13

Monte Ararate - Gênesis 8:4

Monte Moriah - Gênesis 22:2

Monte Sinai (Monte Horebe) - Deuteronômio 4:10-15

Monte das Bem-Aventuranças - Mateus 5:1-12

Todavia, os montes mais importantes, são o monte caveira ou gólgota, e o monte das oliveiras.

O monte caveira, é onde ele desceu para ser crucificado morrendo por nós, e de lá ele saltou
para o céu, intercedendo por nós. E agora, o seu próximo salto inclui novamente o monte das
oliveiras, onde um dia ele voltará a pisar. (Zc 14:4).

E esta é a missão da igreja atualmente, avisar o mundo de que o Amado vem saltando pelos
montes, Ele está chegando.

Elaborado por: Pregador Manassés


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O Chamado do Noivo no Arrebatamento
Meu amado me responde, e me diz: Ele : Levanta-te, querida minha, minha bela, e vem.
(Cânticos 2:10).

Todo o capítulo 2 de cânticos é muito rico em detalhes e profundo na analogia escatológica.


Ele descreve uma cena de amor onde o casal se encontra, vão juntos á sala do banquete,
ficam juntos, mas por algum motivo sem aviso o amado se separa.

Porém, ele está voltando para sua noiva. E ela já pode ouvi-lo chegar no verso 8 e se aproximar
bem pertinho no verso 9. E a sua chegada de fato é no verso 10.

Essa dramatização e expectativa criada com a chegada do amado faz parecer que ele vem para
ficar, mas quando finalmente ele chega, somos surpreendidos com o chamado Dele retirando
a noiva da sala do banquete, pedindo para sair para fora junto á Ele.

Ela estava descansando, aproveitando todo o conforto da casa do vinho quando ele diz:
“Levanta-se, querida minha”.

E ela o aguardava para que ele ficasse junto á ela, esperando que ao chegar, ele entraria no
conforto e se deitaria ao seu lado, mas é surpresa pois ele á chama para fora “amada minha,
e vem”.

Em uma analogia simples, esse chamado é a vinda do Senhor exclusiva para sua igreja. Ao
contrário do que pensam os pós-tribulacionistas, a bíblia possui muito mais analogias para o
arrebatamento pré, ao invés do pós.

Pois o amado veio especificamente para sua amada, ele veio somente para sua noiva. E
chamou somente a sua noiva. Assim como Jesus promete que ao chamar os seus, eles
ressuscitarão (Jo 5:25).

Da mesma forma como Paulo deixa claro que, somente os que morreram EM CRISTO irão
ressuscitar (1Ts 4:16) sendo essa a única condição para ressuscitarem, o fato de terem
morrido em Cristo, portanto somente os salvos irão ressuscitar no dia do arrebatamento.

Porque somente os salvos podem ouvir a voz do Senhor. Pois a voz de Deus quando é vinda do
céu para a terra não é facilmente identificava, a maioria tende a pensar que foi um trovão.
Como está escrito:

Pai, glorifica o teu nome. Então veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado, e outra
vez o glorificarei. Ora, a multidão que ali estava, e que a ouvira, dizia que havia sido um
trovão. Outros diziam: Um anjo lhe falou. (João 12:28,29).

Assim também, quando o noivo chamar dizendo: “Levanta-te querida minha, amada minha, e
vem” somente os salvos vivos e mortos ouvirão, e os mortos do sepulcro ressuscitarão para
seguir o noivo enquanto os vivos serão transformados (1Co 15:52).

E não somente isso, mas veja como o texto procede:

Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi; (Cânticos 2:11)

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A ideia de uma estação ter sido findada, é justamente o fim de um período e o começo de um
novo. O verso 11 expressa exatamente isso, o final de uma fase, para o começo de uma nova
fase.

E no caso da igreja, o final da vida terrena, para o começo da vida celestial. O fim da vida
passageira, e o começo da vida eterna. O fim da mortalidade e o começo da imortalidade. O
fim do choro e das lágrimas para o começo da alegria sem fim.

E diz mais o texto:

Aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola(pomba) ouve-se em


nossa terra. (Cânticos 2:12)

As flores revelam que a nova estação é a de primavera, que é conhecida como a estação do
amor, indicando na analogia o eterno amor de Deus, pois como está escrito ‘Deus é amor’.

Outra forma de alegorizar essas flores que surgem, é pela ressurreição dos salvos, eles
aparecem na terra, porque ressuscitaram, os mesmos que antes morreram em Cristo, agora
ouviram a sua voz e despertaram.

O tempo de cantar, fala da alegria eterna que teremos no céu, a noiva e amada igreja,
certamente irá cantar bastante a partir de agora pela eternidade. Não me admira se os
salmos fizerem parte do nosso repertório celestial, pois como está escrito “para sempre oh
Senhor a tua palavra permanece no céu” (Sl 119:89).

A voz da rolinha, ou melhor, da pombinha já se houve... Certamente é facilmente identificada


como um símbolo do Espírito Santo que estará com a igreja nessa subida gloriosa. Pois a
igreja não subirá vazia do Espírito, pelo contrário, ela estará cheia.

No hebraico, a palavra que aparece traduzida aqui como “rolinha” é a mesma que se usa
também para pomba (towr). Porém, a tradução de “rolinha” indica uma pombinha, isto é, um
pássaro na flor da idade e por isso muito belo.

Elaborado por: Pregador Manassés


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Apanhai-me as Raposas
Apanhai-nos as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas
estão em flor. (Cânticos 2:15)

A amada possui um vinhedo (Ct 1:6), e o amado também (como é comum entre os reis
possuírem muitas vinhas para abastecer o palácio com vinho). Um rei insensato e beberrão
como foi Acabe, não tinha vinhas suficientes para satisfazer o seu vício, por isso roubou a vinha
de Nabote. (1Rs 21).

Voltando ao lindo casal de cânticos; a união de ambos, faz a união das vinhas, isto é, os
vinhedos que são plantações de uvas para consumo e para fabricação do vinho.

Se o que ela diz em Cânticos 1:6 é literal e não meramente poético simbólico, então ela falhou
na missão de guardar a sua vinha, o que explica estar agora cheia de raposas. E por isso, ela
pede ajuda ao amado para limpar a vinha.

O pedido á Ele para que pegue as raposas grandes e pequenas, revela que ela já comprovou
que o seu amado é perfeitamente capaz de fazer isto. A união dos dois vai além dos corpos e
do sentimento de paixão, mas é agora uma união de propósito.

Pois o trabalho dela conta agora com a ajuda do seu amado, e terá melhores resultados
porque este casal está trabalhando junto. Todavia, esse pedido atrasado revela que o foco dela
é no amado primeiro, e só depois, é que ela pede ajuda para si.

Pois antes desse pedido, ela já buscou o amado, já esperou por ele, já esteve na sala do
banquete, já se deliciou de amores. E então agora, somente agora ela pede ajuda Dele para
algo pessoal e exclusivo dela.

Trazendo isto aos dias de hoje, os pedidos que os maridos mais atendem, são aqueles feitos
após uma noite incrível de prazer com sua esposa. Não que seja uma troca, mas sim uma
demonstração de que a prioridade Dela é o Marido, e não a si mesma. Após atender a
prioridade do marido, então ela pede para si.

É a ideia simples de que casamos para fazer o outro feliz. E uma vez já que fez feliz ao marido,
é hora dele fazê-la feliz de volta atendendo seu pedido.

As raposas em Israel são bem comuns, elas aparecem na bíblia em vários lugares. Sendo a
passagem principal quando Sansão pegou 300 raposas e amarrou em pares, colocando tochas
em suas caudas. (Juízes 15:4-5).

Todavia, a palavra ‘raposa’ no hebraico é um termo ambíguo que pode se referir também a
Chacais. Os chacais são aqueles cães selvagens que diferente dos domésticos, eles matam e
devoram carne, até mesmo de seres humanos. (Lc 16:21).

Mas a melhor tradução é ‘raposas’ pois este animal é uma referência na bíblia para confusão e
problemas. Por exemplo, o profeta Ezequiel disse:

Os teus profetas, ó Israel, são como raposas nos desertos. (Ezequiel 13:4).

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E também foi dito a Neemias:

“...Ainda que edifiquem, contudo, vindo uma raposa, derrubará facilmente o seu muro de
pedra.” (Neemias 4:3)

E até Jesus usou ‘raposa’ como expressão de causador de problemas quando disse:

E respondeu-lhes: Ide, e dizei àquela raposa: Eis que eu expulso demônios, e efetuo curas, hoje
e amanhã, e no terceiro dia sou consumado. (Lc 13:32).

Sendo assim, o que significa na alegoria o pedido da noiva ao noivo dizendo: Apanhai-me as
raposas...?

As raposas consomem pequenos roedores desde ratos e toupeiras até coelhos. E elas atacam
em bando invadindo plantações em busca desses roedores. Pois os ratos e coelhos são
facilmente encontrados próximos ou mesmo dentro de plantações de vegetais.

As raposas não costumam consumir vegetais como alface e repolho, mas podem consumir
frutas como uva. E neste caso, elas fazem tocas em buracos no chão entre os vinhedos para
aguardar a estação das frutas.

E primeiro vem a folha, depois a flor e por fim a fruta. As vinhas começaram a florescer e as
raposas já estavam á espera. Então antes que brotem as uvas, elas precisam ser removidas.

A expressão “raposinhas” pode se referir aos filhotes, confirmando assim o comportamento das
raposas em fazer tocas junto aos vinhedos para ter alimento imediato aos seus filhotes.

Da mesma forma, é fácil perceber o ensinamento implícito nesse texto, antes mesmo que o
cristão comece a dar frutos, satanás já está infiltrando problemas grandes e pequenos para
consumir os frutos assim que eles surgirem.

Pois assim como a flor é sinal da chegada do fruto, também na vida do cristão aparecem sinais
de que ele vai dar bons frutos para o reino de Deus. E assim, o inimigo causador de problemas,
vai tentar minar os nossos frutos assim que eles aparecem.

E da mesma forma como a noiva não conseguiu guardar sozinha a sua vinha (Ct 1:6), o cristão
ou a igreja, também não conseguem vencer o inimigo sozinhos. Precisamos do noivo,
precisamos do Cristo.

E assim como ela fez o pedido á tempo, enquanto as vinhas ainda estavam em flor, isto é, antes
dos frutos chegarem; da mesma forma nós precisamos fazer nossas orações e petições á Deus
em tempo oportuno antes que seja tarde demais.

Outra aplicação é que o fruto é o evangelho, e todo nosso trabalho de evangelismo poderá ser
perdido se não for regado com orações á Deus para que remova as raposas e raposinhas.

Muitos pregadores aplicam esse texto em que nós, os crentes, devemos remover as raposas da
nossa vida. Embora seja interessante não é correto junto ao texto, pois o texto é claro em
mostrar que, o pedido é da noiva para o noivo, indicando que só Ele (Cristo) pode remover.

Portanto é algo para Deus fazer. Algo que está além da nossa capacidade.

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Capítulo 3

Sonho ou Realidade?
Durante as noites busquei em minha cama a quem minha alma ama; busquei-o, mas não o
achei. (Ct 3:1).

O capítulo 3 do livro de cânticos é o menor dentre todos os capítulos desse livro. Ele conta com
apenas a canção da noiva (1-5) e um refrão (6-11) que possa ser entoado pelas filhas de Sião.

Embora seja o menor, é talvez o mais importante, pois ele narra o tão esperado casamento
entre a noiva e o noivo, é como entrarmos no centro de todo esse romance.

A forma como é descrito o verso 1, nos leva á uma dúvida se a noiva está falando de um sonho
que se repetia toda noite, ou se está relatando um fato. Os antigos sempre interpretaram esse
verso, como sendo um sonho.

A ideia de sonho justifica os detalhes confusos do relato como por exemplo; Como assim o
amado não está mais contigo? Vocês entraram na sala do banquete (Ct 2:4), e estão juntos
desde então, para onde mais ele iria?

Os guardas também mencionados que nada respondem, são facilmente entendidos


interpretando a passagem como um sonho da noiva. Pois no sonho, vários detalhes não são
explicados e personagens não costumam falar muito, além do cenário mudar o tempo todo.

Pois ela sai da sala do banquete que é a casa do vinho, e logo está pelas ruas da cidade, e por
fim na casa de sua mãe. (4)

Por outro lado, os guardas são comuns nos tempos bíblicos, eles passeiam pela cidade a noite
a fim de proteger de qualquer pessoa estranha visto que ladrões vem sempre a noite.

Outro detalhe é que a expressão “lay elah” junto com “mishkab” que são as palavras iniciais do
verso 1, indicam uma continuidade como se toda noite o amado se ausentasse, mas estando
presente durante o dia, ou no caso do sonho, toda noite o mesmo sonho.

Entendendo como os antigos pais da igreja, que esse relato inicial se trata de um sonho, logo
assimilamos com a interpretação básica dos sonhos que é: Sonhos manifestam os nossos
sentimentos. Portanto, a noiva tem um sentimento fortíssimo de medo em perder o amado de
sua alma.

E dentro de uma analogia básica, o maior medo da verdadeira noiva do cordeiro é o de perdê-
lo. E caso isso aconteça, semelhante ao sonho a verdadeira noiva de Cristo irá se levantar do
seu lugar de conforto para procurar o Cristo em todo lugar até encontrar.

A ausência de Cristo, para o crente fiel, provoca nele um despertar da sua fé, impulsionando-o
a buscar a Deus de todas as formas até que tenha certeza de estar na presença do Senhor.
Como diz a noiva:

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Pouco depois de me afastar deles, logo achei a quem minha alma ama. Eu o segurei, e não o
deixei ir embora, até eu ter lhe trazido à casa de minha mãe, ao cômodo daquela que me
gerou. (Ct 3:4).

Ela o segurou e não o deixou mais ir. Isto tem um prazo, conforme ela mesma relata, segurou-
o até que “o trouxe para a casa de sua mãe”. A pergunta é: Por que agora ela pode soltá-lo
ainda que por um momento?

Isso vira o centro da interpretação básica de sonho, pois está parecendo real. Principalmente
pois que, nos próximos versos um casamento é descrito. E esse encontro na casa dos pais da
noiva é o que acontece antes do casamento, o consentimento dos pais.

Logo, a busca dela pelo noivo que sumiu dos seus aposentos, revela o seu fortíssimo desejo em
se casar, fazendo parecer que a saída do noivo é um teste de compromisso, para saver o
quanto ela está disposta á se casar com ele.

E assim, a sua procura pelo noivo saindo pela fé, sem saber para onde ia, perguntando no
caminho, procurando até achar, revela o tamanho do seu compromisso e desejo em se casar
com ele, evidenciado pelo fato de não conduzi-lo de volta ao local anterior, mas sim á casa de
sua mãe, para que Ele oficialmente peça a sua mão em casamento.

O ensino é que possamos ser como essa noiva, tendo um total compromisso com Cristo, um
desejo fortíssimo de estar sempre na presença Dele, uma disposição incansável para buscá-lo a
qualquer hora noite até achar, e uma dedicação ímpar para selar a união eterna.

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O Tão Esperado Casamento
Quem é esta que sobe do deserto, como colunas de fumaça, perfumada de mirra, de incenso,
e de todos os pós dos mercadores? (Cânticos 3:6)

Do verso 6 ao 11, temos a descrição de um cortejo nupcial, uma marcha de bodas, uma
comitiva que celebra o casamento. Para entender esses versos, é preciso explicar como
funcionava o casamento judaico.

Nos tempos bíblicos, não existia namoro nem nada parecido com isto. Só existe noivado e
casamento.

Quando um rapaz se interessa por uma moça, o correto é falar com seus pais para que eles
avaliem a situação aprovando ou reprovando a aproximação de seu filho á moça. Como vemos
claramente no caso do insensato Sansão (Jz 14:2).

Em caso de aprovação da moça, então os pais do rapaz irão falar com ela, conhecer seus pais e
marcar uma reunião com eles, onde podem ter comunhão em uma refeição e conversar a
respeito.

Essa conversa entre os pais do rapaz e os pais da noiva, é muito importante para o povo de
Deus, pois um casamento se refere a continuidade da família, a união da herança de ambos os
filhos, e isso poderia ou não trazer implicações na divisão das tribos.

Porque cada tribo recebeu uma porção de terra como herança, então casar os filhos, não é tão
simples (Nm 36:3,6), já que a lei do Senhor é a prioridade e o que foi estabelecido por Josué na
divisão das tribos, deve prevalecer.

Levando em grande estima a lei de Moisés, principalmente aquelas que trazem mudanças para
todos, como por exemplo o Ano do Jubileu (Lv 25:13), onde todos voltavam para suas terras,
os escravos eram livres e a vida recomeçava para muitos.

Então além de conversar sobre genealogias e heranças, além de conhecerem todos os


parentes uns dos outros, eles conversavam também sobre condições financeiras para o futuro
casal se manter.

Desde a saída do Egito, o povo de Israel sempre se preocupou com a parte financeira e o seu
sustento, de maneira que, há um provérbio entre eles até hoje que “o pai que não ensina uma
profissão ao filho, cria um bandido”. Portanto, nenhum pai deixaria sua filha casar com alguém
que não tem uma profissão.

Toda essa disciplina para o casamento garante a prosperidade da nação inteira, e por isso
Israel ou melhor, quase todo judeu, é sempre abençoado financeiramente, é uma herança
vinda dos seus antepassados que sempre foram disciplinados quanto á finanças.

Uma vez acordado entre os pais, e decidido unirem as famílias, o noivado pode começar.
Então os pombinhos vão agora estudar e trabalhar para o futuro casamento.

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O rapaz vai trabalhar para garantir a casa, e a moça vai estudar sobre como ser uma boa
esposa aprendendo a cuidar do marido e dos filhos.

Mas além disso havia uma cerimonia muito interessante também onde o rapaz fazia o pedido.
Após o acordo entre os pais, algum tempo depois o rapaz deveria ir á casa dos pais da moça,
levando um contrato de casamento para eles assinarem, e uma taça de vinho.

Ele formalmente fazia o pedido de casamento, caso os pais aceitassem, eles assinariam o
contrato junto aos noivos, e a taça de vinho ele entrega á moça, para que ela também dê o seu
consentimento tomando o vinho significando aceitar o casamento.

Caso ela não tomasse o vinho, significaria rejeitar o casamento e então os pais entenderiam a
vontade da moça e ela estaria livre do compromisso.

Em caso de aceitação, o rapaz então faz uma promessa para a moça dizendo: “Na casa de meu
pai há morada para ti, eu voltarei para te buscar”. Essa promessa é a mesma que Jesus fez
significando o nível de compromisso que Ele tem com a igreja (Jo 14:1-3).

Essa volta do rapaz para buscar a noiva, é um segredo entre ele e seu pai. Ele só pode voltar
quando a casa estiver pronta, e a festa preparada. Pois a sua volta é para levar a noiva consigo
para a festa de casamento e já para sua nova casa onde viverão juntos.

Entendendo isso, agora fica fácil compreender o texto de Cânticos 3:6. Onde vemos cortejo
nupcial sendo descrito de forma linda e profética com muitas revelações sobre o
arrebatamento da igreja, e o nosso encontro com Cristo.

Quem é esta que sobe do deserto, como colunas de fumaça, perfumada de mirra, de incenso,
e de todos os pós dos mercadores? (Cânticos 3:6)

O texto aponta ao objeto em si, e não á uma pessoa. Por isso o pronome feminino. Mas devido
a interpretação, seria melhor traduzido assim “O que é isto...”

O deserto aqui se refere apenas a um lugar espaçoso, não necessariamente ao tradicional


deserto de areia como conhecemos, mas sim a indicação de que isto vem de fora da cidade,
vem de longe.

Logo, esse cortejo está chegando cidade adentro. É uma vinda, assim como Jesus virá para
buscar a sua noiva.

As colunas de fumaça que sobem acima e deixam um rastro atrás, revelam a importância
desse cortejo, visto que estão queimando muito incenso e não somente isso, é incenso bem
perfumado, o mais caro, tornando assim o cortejo superior e destacado a qualquer outro,
fazendo dele um evento singular.

A fumaça na bíblia tem sempre significados divinos como a presença de Deus, a nuvem
Shekinah e o próprio Espírito Santo. Que certamente irá participar ativamente do
arrebatamento da igreja quando o noivo vir buscar.

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Mas o texto também traz a ideia de que a fumaça do incenso está deixando um rastro, a
expressão “colunas” não se refere apenas a altura, mas sim a um caminho, como uma coluna
deitada, na horizontal, indicando de onde o cortejo veio.

Eis que é a liteira de Salomão; sessenta valentes estão ao redor dela, dos valentes de Israel;
(Cânticos 3:7)

O que foi traduzido aqui como ‘liteira’, não tem nada a ver com líquidos ou leite. A tradução de
Almeida é erudita, liteira se refere a uma espécie de cadeira móvel. Coberta e fechada como
uma caixa flutuante, sustentada por duas varas compridas que são levadas por dois homens ou
dois animais de carga, um à frente e outro atrás.

Nesse caso, acompanhada de um exército a comitiva pessoal do rei. Os mais valentes entre os
guerreiros, habilidosos e prontos a lutar, eles estão em defesa do rei. (verso 8).

Nos versos 9 e 10, temos a descrição da carruagem completa, revelando que não é apenas a
liteira, mas toda uma carruagem ao redor, significando que a liteira não é levada por homens,
mas por cavalos. A prata fala de redenção e santidade, a púrpura de realeza e o ouro de
divindade.

Obviamente, ao darmos os significados das cores e metais, já não estamos mais falando de
Salomão e sim do Cristo por ele tipificado. E a sua carruagem na bíblia é o seu próprio trono
que assenta nas asas dos querubins conforme a visão de Ezequiel (Ez 1; Sl 18:10).

Já o verso 11 é enigmático. Ele convida as filhas de Sião para verem a coroa do rei. Em todo
cortejo nupcial, era comum o noivo vir usando uma coroa, e também trazer uma coroa para
por sobre a noiva.

Não é por acaso que Jesus, o noivo, promete uma coroa para sua igreja, a noiva (Ap 3:11). Esse
costume dos noivos usarem coroas no dia do casamento, foi abolido na época do imperador
Vespasiano, não estranho que por querer ser ele, o imperador, o único a usar uma coroa.

Sabemos que a coroa de Salomão mencionada no verso 11, é de casamento, e não da realeza.
Pois o termo ‘desposório’ aparece no contexto.

Porém, esse verso coloca em dúvida se o cortejo nupcial está chegando na cidade da noiva
para buscá-la, ou na cidade do rei para trazê-la. Pois a noiva embora não mencionada, bem
poderia estar ao lado do noivo na liteira junto a carruagem.

Pois se estão chegando na cidade celestial, a nova Jerusalém, logo a fumaça atrás indica o
novo e vivo caminho que Cristo nos abriu pelo véu. Mas se representa Jesus vindo á terra para
buscar sua noiva, a fumaça se refere a nuvem Shekinah onde nos encontraremos como diz
Paulo “entre nuvens”.

Todavia, o caminho é único. Ele deve ir a cidade da noiva, buscá-la, e voltar para sua cidade
trazendo-a. Talvez essa questão fique em aberto no texto, para que possamos focar no cortejo
em si, e não no lugar. Pois seja vindo á Terra, ou indo ao céu, o importante é a igreja estar com
Cristo.

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Capítulo 4

Jesus Cantando para a Igreja


que és formosa, meu amor, eis que és formosa; os teus olhos são como os das pombas entre
as tuas tranças; o teu cabelo é como o rebanho de cabras que pastam no monte de Gileade.
(Cânticos 4:1)

Após o casamento ocorrendo no capítulo 3, temos ainda a continuação da festa que começa
com uma canção do noivo para a noiva.

Veja como ele menciona “entre as tuas tranças”, não se refere a cabelo, mas sim ao véu que a
noiva usa. Algumas tradução já corrigiram isso e descrevem esse versículo dizendo “através do
teu véu”.

Conforme a canção, o noivo está elogiando sua noiva da cabeça aos pés. Logo a conclusão
óbvia é que eles estão de frente um ao outro, e a menção do véu significa que a noiva está
vestida para casar, com o que chamamos de vestido de noiva.

Não é exagero pensar que estão no altar fazendo seus votos de casamento. Uma vez que, do
capítulo 1 até então, vimos uma fase de encontro parecido com um namoro bem inocente, e
um momento juntos na sala do banquete, e depois uma visita aos pais da noiva, seguida de um
cortejo nupcial.

Portanto, após o cortejo, o que esperar Senão um casamento oficial? E é o que acontece agora,
pois no capítulo 5 veremos a festa com convidados. Portanto, o capítulo 4 que traz o cântico
do noivo é o momento em que eles estão no altar declarando seus votos.

Este é um cântico, segundo o modelo do "cântico de matrimônio", geralmente usado até hoje
nos matrimônios na Síria.

Trata-se do tipo de descrição apreciado no oriente, mas não pode ser recomendado para nós
hoje em nossas celebrações de casamento, pois não se encaixa naquilo que culturalmente
achamos belo.

O noivo começa pelos olhos... como os das pombas entre as tuas tranças (1). Uma tradução
melhor: "teus olhos são como pombas por detrás do véu".

A pomba é um emblema da inocência e da pureza e conforme a bíblia, os olhos são as janelas


da alma. (Ec 12:3).

Portanto o noivo, está elogiando a sua amada naquilo que ela é por dentro, é um elogio para o
interior, antes de começar a falar do exterior, deixando claro que, para o noivo, o mais
importante é a beleza interna.

Falando sobre o véu, que não é igual ao nosso aqui no ocidente, o comentarista inglês Jordan,
supõe que o véu se referia a uma venda para os olhos, que brilhavam através dela.

Qaunto a citação do rebanho de cabras. A cor das cabras é usualmente negra, novamente
lembrando que a Sulamita é de pele escura, como ela diz foi queimada pelo sol.

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As cabras mencionadas aqui, conforme o próprio contexto, são as que pastam no monte de
Gileade. A palavra traduzida como "pastam" é de sentido duvidoso.

O sentido pode se referir a semelhança entre as mexas de cabelo negro da amada,


provavelmente na forma de tranças, comparando com os rebanhos de cabras a descer pela
colina de Gileade.

Gileade era o nome da serra montanhosa, a leste do Jordão, entre o extremo norte do mar
Morto e o mar da Galiléia. Era uma região onde havia muitos terrenos de boa pastagem,
especialmente no sul.

E quando ele diz “Teus dentes são como o rebanho”. A comparação é a aparência branca do
rebanho há pouco lavado e tosquiado. Os dentes são brancos, correspondem perfeitamente
nos maxilares superior e inferior, e são completos em número.

No verso 3 quando em sua canção o noivo menciona “Como um fio de escarlate”; entenda por
corante, ele se refere a cor e não ao fio em si, isto é, fala dos lábios da noiva, são lábios
vermelhos finos.

A expressão “Tua fronte é qual pedaço de romã”. Ambas as têmporas e as bochechas


provavelmente são incluídas neste termo. A romã é usada pelo poeta oriental para propósitos
de comparação, da mesma maneira que um poeta ocidental usaria a maçã.

Em outras palavras, você já deve ter ouvido a frase “maças no rosto” se referindo ao vermelho
suave nas bochechas como sinal de beleza.

Agora, como tudo isso é aplicado a Jesus cantando para a igreja? E como cada elogia se aplica
a igreja do Senhor?

Façamos uma analogia, onde o noivo é Cristo e a noiva é a Igreja. E que estão nesse momento
se unindo em matrimonio para sempre, isto é, a igreja chegou ao céu diante do Senhor para as
bodas do cordeiro.

E diante do Senhor, o primeiro elogio é aos olhos comparando com as pombas, tratam-se de
uma verificação, onde Cristo verifica em cada salvo o Espírito Santo na vida. Pois como está
escrito:

“...se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é Dele” (Rm 8:9). Pois o Espírito Santo é
o que garante que estamos salvos e também garante nosso acesso ao céu. (Ef 1:14).

Quando ele elogia os cabelos da noiva, fala da cor dos cabelos e não de nenhum enfeite que
possa ter sobre a cabeça. Era do costume antigo o noivo colocar uma coroa sobre a noiva, e
isso podia ser feito durante o noivado ou mesmo no dia do casamento.

Esse elogio é portanto o momento perfeito para essa coroação. Como Cristo nos prometeu
naquele grande dia, uma coroa, dizendo na sua palavra:

E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória. (1 Pedro 5:4).

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Jesus também elogia a brancura dos dentes da noiva, comparando com a brancura do rebanho.
E o “branco” sempre se refere a santidade, e neste caso, agrada ao noivo uma boca santa que
não profere mentiras como está escrito:

O temor do Senhor é odiar o mal; a soberba e a arrogância, o mau caminho e a boca perversa,
eu odeio. (Provérbios 8:13)

Pois é exatamente o que o anticristo fará quando vier, terá uma boca mentirosa que fala
blasfêmias. (Ap 13:5).

Os lábios vermelhos e finos elogiados pelo noivo comparados ao fio de escarlate, a cor
vermelha que relembram o sangue do cordeiro, fazem a ligação perfeita dos lábios que por
causa da cruz oferecem sacrifícios de louvor como está escrito:

Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que
confessam o seu nome. (Hebreus 13:15)

As romãs comparadas ao rosto da igreja, são uma comparação de beleza interior. Ao falar dos
olhos, Jesus vê o Espírito Santo (pombas) em nós. E agora ao falar do rosto, Ele vê como romãs.

A romã é uma fruta nobre e quando cortada apresenta um sabor delicioso. Segundo o
comentarista ele se refere a uma romã Cortada, comparando o rosto da sua amada com o
interior da fruta. Sendo assim, na nossa analogia fala do caráter da igreja.

Um caráter lindo e belo, aperfeiçoado pela transformação do corpo ou pela ressurreição, uma
vez que, uns vão ressuscitar, mas os vivos terão corpos transformados. (1Co 15:51-52).

Todavia, a analogia segue ainda mais profunda se falarmos do sabor da fruta que é
extremamente agradável. Logo é uma forma de Cristo mostrar o quão agradável é para Ele a
sua Igreja.

E não somente isso, uma romã partida é compartilhada, o que nos lembra comunhão. Logo
Cristo se agrada da comunhão que temos. E viveremos esse tão incrível dia das bodas do
cordeiro se guardarmos a nossa comunhão com Ele até o fim.

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Casamento Oficial de Cristo e a Igreja
Vem comigo do Líbano, noiva minha, vem comigo do Líbano; olha do cimo do Amana, do cimo
do Senir e do Hermom, dos covis dos leões, dos montes dos leopardos. (Cânticos 4:8)

A segunda parte do cântico do noivo para sua noiva no altar, marca o momento do beijo
selando e oficializando a união dos dois, faltando apenas a festa e a lua de mel.

Eles ainda estão no altar e o noivo segue cantando. A expressão “vem comigo do Líbano” é
traduzida pela Vulgata e por Lutero como “vem para mim do Líbano” e isso muda totalmente
o sentido da fala do noivo.

Pois na primeira eles estariam saindo do Líbano, na segunda somente ela está no Líbano
ouvindo o chamado do noivo. Todavia, seguindo a narrativa contextual, ambos estão juntos
frente a frente, por isso, o Líbano é citado de forma poética tornando muito difícil saber o
que ele quis dizer ao incluir o Líbano em seu elogio.

Amana é o mesmo Abana (2Rs 5:12); isto é, também chamado de Amanus ou o braço pelo qual
fluía o rio Amana mencionado por Naamã como um dos rios mais limpos da época.

Chamá-la de irmã, é uma expressão carinhosa para demonstrar o quanto Ele á valoriza.

E o ‘Senir’ é um dos três picos do Hermom. Os amorreus chamavam-no de Senir, e os sidônios


de Sirion. (Dt 3:9; 1Cr 5:23; Sl 42:6). A menção do Amana e do monte Senir, revelam que o
noivo está se referindo a vista, á bela paisagem que é vislumbrada desses lugares altos.

No veros 11 ele menciona ‘Favos de mel’. O mel, caindo por si mesmo, representa aqui a fala
agradável (Pv 15.24). E a menção do cheiro do Líbano se refere a arbustos fragrantes e
aromáticos que são abundantes na região do Líbano.

Mas não somente isso, o noivo compara os lábios da amada com o mel, e isto significa que
nesse momento aconteceu o beijo no altar que oficializa a união de ambos.

No verso 12 o “Jardim fechado” é uma metáfora comum na poesia oriental (Pv 5.15-21).
"Fechado", no original, é uma palavra forte, significando "fechado e trancado". E isto fala de
exclusividade tanto quanto de fidelidade.

Por isso a repetição ‘Manancial fechado, fonte selada’. A fonte é a origem da corrente. As
figuras sugerem a exclusiva reivindicação de Cristo ao supremo lugar nas afeições da vida. Ou
Ele é o primeiro em nossa vida, ou não estará na nossa vida.

No verso 13 Ele faz referência a avivamento dizendo “teus renovos” que é uma comparação
com árvores e frutos, um costume comum nos "cânticos de matrimônios". E por isso muito
peculiar na bíblia sagrada.

Por exemplo, o Salmo 1 compara o justo com uma árvore frutífera cujas folhas não caem. E o
próprio Cristo declara ser Ele próprio a Videira Verdadeira e nós os ramos. (Jo 15:1). Dessa
forma, ligados em Cristo, o nosso renovo vem somente Dele.

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Em seguida ele menciona um trio: Açafrão, Cálamo e Canela. Todos eles tem em comum ações
medicinais, são excelente para a saúde do ser humano. E o Aloés é um caríssimo perfume que
tem um odor aromático quando queimado.

E esses temperos junto com incenso simbolizam ou apontam para O fruto do Espírito Santo (Gl
5:22). Pois hoje ele está em desenvolvimento, mas no céu, esse fruto em nós será pleno.

E por fim compara a igreja com a fonte do seu jardim. Ela é o motivo de seu deleite e refrigério.
Cristo se agrada nas graças da Igreja e, quando finalmente, Ele a apresentar a Si mesmo, ela
será uma Igreja gloriosa sem mancha nem ruga.

O capítulo 4 de cânticos termina com um refrão entoado pela noiva dizendo “levanta-te vento
norte, e vem tu vento sul”. Sabemos que o vento norte é o frio, enquanto o vento sul é o
vento quente. Ela quer manter o seu jardim em equilíbrio para o noivo.

Assim como tudo no reino de Deus é perfeito porque tem equilíbrio. Nem muito, nem pouco,
perfeito.

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Capítulo 5

As Bodas do Cordeiro
Já entrei no meu jardim, minha irmã, minha esposa; colhi a minha mirra com a minha
especiaria, comi o meu favo com o meu mel, bebi o meu vinho com o meu leite; comei,
amigos, bebei abundantemente, ó amados. (Cânticos 5:1)

Seguindo toda a exegese que estamos fazendo desde o início do livro de Cânticos até então, já
passou a fase do namoro e do noivado e vimos o casamento no capítulo 4.

Agora, o capítulo 5 inicia com a festa das bodas. Isto é, todo casamento tem convidados e uma
grande festa.

A expressão “meu jardim” pode ser qualquer coisa muito agradável ao casal, é uma expressão
poética de amor, cujo segredo do significado pertence só a eles, um ao outro. Como se diz:
“ninguém conhece o pai senão o filho, e ninguém conhece o filho senão o pai” (Mt 11:27) e
da mesma forma ninguém conhece o marido senão a esposa.

Portanto, os segredos deles são guardados somente entre eles. Todavia, entrar no jardim
possa ser uma forma de dizer “estamos casados”, em outras palavras, eu entrei na sua vida,
faço parte de você agora, somos um. Todavia essa é a minha interpretação como um simples
estudioso que sou.

Por isso, é importante dizer que Moody, F.Davson, Stuart e demais comentaristas, não
interpretam dessa forma. O ponto de convergência é a frase final, pois do contrário todos
interpretam que o jardim é a própria esposa quando o noivo diz “já entrei no meu jardim”.

Essa frase enigmática no final do versículo divide interpretações, o convite dizendo “comei
amigos”. Alguns comentaristas interpretam isso como um convite feito ao casal, logo é feito
pelo amigo do noivo e da noiva dizendo a eles para se deliciarem na festa.

Outros interpretam que isso é um convite do noivo aos convidados da festa dando a palavra de
ordem que inicia o momento dos comes e bebes. E ainda há divergências se isto é a festa de
casamento ou de noivado.

Todavia, como pregador, não posso deixar passar a incrível interpretação alegórica que nos
leva direto ao céu nas bodas do cordeiro fazendo lembrar a morte e ressurreição de Jesus
bem como suas promessas para a igreja.

Quando diz “já entrei no meu jardim” na alegoria é uma referência ao passado, ele já passou
pelo jardim. Qual? Ora, é o Getsemani no monte das Oliveiras.

E segue dizendo “minha irmã, minha esposa”. A irmã é porque no jardim do Éden, a mulher foi
formada da costela de Adão, daí o termo irmã (visto serem Adão e Eva um tipo de Cristo e a
Igreja), mas não somente isso, o casamento entre pessoas estranhas sempre foi proibido, é
preciso se casar dentro da família como fizeram Abraão, Isaque e Jacó.

Da mesma forma é agora. Por isso “irmã”. Ma não somente isso, a morte de Jesus nos trouxe
para Deus dando-nos o poder de sermos feitos filhos de Deus (Jo 1:11), como diz o salmista e

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o autor aos Hebreus “...e não se envergonha de nos chamar irmãos” (Hb 2:11; Sl 22:22) e
como diz o próprio Cristo “..ide dizer aos meus irmãos... eu subo para meu pai e vosso pai..”
(Jo 20:17).

O termo “minha esposa” se refere ao presente, ao que acabou de acontecer revelando que a
igreja está no céu com Cristo, eles agora celebram as bodas do cordeiro como diz
“Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do
Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.” (Ap 19:7).

Quando diz “já colhi a minha mirra” se refere ao passado recente, algo que ele acabou de fazer,
apontando ao Espírito Santo retirado da Terra, pois Ele fica na igreja e com a igreja. Atos 2 foi
a inauguração da igreja, logo o Espírito desceu, e o arrebatamento é o fim do período da
igreja, logo o Espírito subirá com ela ao céu.

Alguém poderá dizer: Como o Espírito vai ser retirado se no Apocalipse ainda terá salvação?
Ora, essa pergunta é de iniciante, pois o mesmo Espírito já agia no antigo testamento, mesmo
assim desceu em Atos 2.

E não somente isso, ele agiu em Simeão, Ana e João Batista, antes do Cristo, e enfim desceu
sobre o próprio Cristo e tudo isso antes de Atos 2. Portanto, como ele “desceu” em Atos 2 se
já estava aqui antes? A resposta é a mesma para ambas as perguntas.

Por isso, o arrebatamento já passou, Jesus já colheu a mirra... Mas ele diz “...com a minha
especiaria”. A palavra hebraica aqui é “basam” que é tanto especiaria como também bálsamo.
O comentarista A. R. Fausset diz que esse termo se refere a “literalmente bálsamo”.

Bálsamo na sua origem fala de uma planta medicional, porém na bíblia é usado como
referência a unção do Espírito Santo. A fala do noivo se refere á propriedade, por isso é
traduzida como ‘especiaria’ e não bálsamo.

Sendo assim, ‘já colhi o Espírito Santo com a minha ungida’ falando da igreja, pois a igreja sobe
no arrebatamento junto também ao Espírito Santo. De maneira que, foi Jesus quem rogou ao
pai para que o Espírito viesse (Jo 14:16), e é Jesus quem rogará ao pai para que o Espírito
volte.

Por isso, daquele dia e hora ninguém sabe (Mc 13:32; nem mesmo o filho), pois ainda não está
marcado, ainda não foi agendado. Pois é preciso o Senhor rogar ao pai para esse dia aconteça.

Assim como foi nos dias de Noé, o pecado se multiplicou tanto que o Senhor Deus retirou da
Terra o seu Espírito Santo (Gn 6:3). E como disse Jesus, será como nos dias de Noé (Lc 17:26),
logo se repetirá mais uma vez a retirada do Espírito.

“Comi o meu favo de mel” se refere ao seu ministério terreno mas principalmente a sua
ressurreição, bem como o vinho á sua morte na cruz. O favo de mel é dele mesmo, um tipo
bíblico da santa palavra. Como diz o salmista:

“Oh! quão doces são as tuas palavras ao meu paladar, mais doces do que o mel à minha boca.”
(Sl 119:103)

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E outra vez diz:

“O temor do Senhor é limpo, e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e


justos juntamente. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais
doces do que o mel e o licor dos favos.” (Sl 19:9,10)

Como sabemos que de fato a palavra do Senhor é doce mais que o mel. E não é por acaso que
João Batista santo homem de Deus, se alimentava de mel. Mas isso é para outra mensagem.

A ideia de Jesus comer mel, como sendo símbolo da palavra, se refere ao fato Dele ter provado
sua própria palavra. Seu ministério provou que a palavra de Deus é a verdade. Afinal, o que
seria da palavra de Deus no antigo testamento se não tivesse Jesus cumprindo muitas
profecias em si mesmo no novo testamento?

Mas além das declarações dos salmistas, Jesus comeu mel literalmente após ressuscitar. (Lc
24:42). Então agora, nas bodas, ele diz que já comeu o favo de mel e também já bebeu o
vinho, o famoso cálice da ira de Deus quando morreu por nós na cruz.

E como prometeu nunca mais beber vinho até fazê-lo de novo junto conosco no reino de Deus
(Mc 14:25), agora ele olha para sua igreja, para todos os salvos e diz “comei, amigos, bebei
abundantemente, ó amados”.

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O Pesadelo da Esposa
Eu dormia, mas o meu coração velava; e eis a voz do meu amado que está batendo: abre-me,
minha irmã, meu amor, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia
de orvalho, os meus cabelos das gotas da noite. (Cânticos 5:2)

A mudança brusca de um ambiente para outro, de um momento para outro, de um


personagem para outro é enigmática e deixa qualquer leitor pasmado procurando entender o
que aconteceu.

Estávamos na festa das bodas, e agora no sono da esposa. O óbvio que deveria suceder agora
era a tão esperada lua de mel. Mas ela só acontece alguns versos mais á frente. Por hora,
temos a esposa dormindo.

Em seu sonho, ela está no quarto tarde da noite quando o seu amado chega chamando-a á
abrir a porta, e a voz do amado á desperta. Ela hesita em sair a noite pois já se “despiu” e não
deseja voltar a vestir-se.

O toque da mão do amado pela porta á encoraja á abrir, porém quando ela se levanta para
atendê-lo, ele já não está mais lá. (6). Então ela saiu pelas ruas da cidade, bem como no
sonho anterior (Ct 3:1-3).

Porém, esta vez os guardas á acharam e bateram nela. O motivo é fácil de entender conforme
o contexto da época. Ela saiu ás ruas da cidade no meio da noite com roupas de dormir, isto é,
vestes baixas, o que fez os guardas pensarem que ela era uma meretriz.

A interpretação básica dos sonhos, é que eles representam os sentimentos mais fortes que
temos no momento. Por exemplo, se hoje o seu sentimento mais forte é o medo, você terá
sonhos que revelam o seu maior medo acontecendo para que você o enfrente.

Da mesma forma, se hoje o seu sentimento mais forte é alegria, você terá sonhos alegres ou
até com pessoas que parecem rivais e inimigas, para que elas vejam sua alegria. No caso da
esposa, o sentimento é o mesmo do sonho anterior. Ela tem medo.

Medo de perder o seu amado. Medo de decepcioná-lo por não abrir a porta e Ele partir. E
exatamente isso acontece no sonho, para que ela enfrente seu maior medo. E o que ela faz?
Ela sai pelas ruas á procura do amado.

Ela sofre pro causa dos guardas, mas ainda assim não desiste. Provando que seu amor está
além do sofrimento, está disposto a padecer pelo amado.

Todavia há uma simbologia muito linda no verso 3, onde a esposa deveria ter aberto a porta
para o amado sem se vestir. Porém, ela se vestiu de novo, e não deveria, por isso o amado foi
embora.

Pois quando diz “eu já despi a minha túnica....” (3), significa “eu já me despi do velho homem”,
e inevitavelmente já me vesti do novo homem. Veja que também diz “já lavei os meus pés,
tornarei a sujá-los”.

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A referência é de fato a mudança de vida que estar com o noivo proporcionou para ela.

Quando Ele a chamou para fora, ela se confundiu pensando que deveria se vestir e que sujaria
os pés... E ao se vestir novamente do velho homem para atender a porta, perdeu a presença
do amado.

Eles já estão casados porque a festa de casamento está acontecendo ainda. Todavia ela ainda
tem sonhos com medo de perdê-lo, ou se lembrando de um passado onde eles ainda não
eram casados e foi quando ela quase o perdeu.

Da mesma forma a igreja quando estiver lá no céu, ainda se lembrará de como foi a vida nessa
Terra. E ao se lembrar da vida na Terra, ela será para nós como pesadelos em comparação
com a nova realidade que viveremos no céu na presença de Deus.

Por isso, saindo pelas ruas sem a presença do amado, ela sofreu, assim como todo aquele que
se afasta do Senhor, ou perde sua presença. Mas como todo convertido, o arrependimento é
imediato e ela corre a buscá-lo.

Ela conjura as filhas de Sião, que remetem a Jerusalém, portanto a cidade do grande rei, logo
um apelo á consciência onde o Espírito Santo ainda acusa e orienta, converte e convence do
pecado da justiça e do juízo.

Pois o nosso acesso a Deus é somente pelo Espírito porquanto diz: “Conjuro-vos, ó filhas de
Jerusalém, que, se achardes o meu amado, lhe digais que estou enferma de amor.” (Cânticos
5:8).

A petição ao Espírito para que traga de volta o Senhor da glória. E o mesmo Espírito nos
impulsiona e nos guia á declarar o nosso amor á ele, pois diz: “Que é o teu amado, mais que
outro amado, ó tu, a mais formosa entre as mulheres?” (Ct 5:9).

Essa pergunta é o mesmo trabalho que o Espírito Santo faz em nosso interior, nos levando a
Cristo, e Revelando todo o amor que sentimos por Ele, para sermos convencidos de que não
podemos ficar sem o Senhor em nossas vidas.

Pois todo cristão poderá lembrar que no início, não tinha certeza de ser cristão para sempre,
talvez uma fase, mas agora, uma vez convencido, você tem certeza de que nada o poderá
separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor.

Por isso, inspirados pelo Santo Espírito, nós podemos descrever o amado revelando toda sua
beleza, como a esposa o faz dos versos 10 ao 16. E a sua conclusão após descrevê-lo da
cabeça aos pés é dizer: “Ele é totalmente adorável”.

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Capítulo 6

As Declarações de Amor
Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu;ele apascenta entre os lírios. (Cânticos 6:3)

O capítulo 6 é uma solução para o problema no capítulo 5. Onde a Sulamita perdeu o seu
amado, sofreu por isso e não desistiu de procurá-lo, recebeu ajuda até que o achou.

Este verso 3 marca o encontro de ambos, pois daí em diante, o casal troca elogios, sendo os
elogios do amado o maior destaque até então.

No verso 1 elas ainda estão procurando, no verso 2 a esposa descobriu o caminho do amado e
para onde ele foi, no verso 3 eles se encontram. E do verso 4 em diante, ele começa a cantar
para ela. Ou seja, a ideia de um casal apaixonado cantando um para o outro não veio da
Disney.

A descrição inicial que o esposo faz ao rever a sua amada é incrível. Ele diz que ela é formosa
como Tirza, que é um nome cujo significado é ‘deleite, satisfação’. Tirza é também o nome da
mais formosa das filhas de Zelofeade da tribo de Manassés (Nm 26:33; 27:1); E também é o
nome da mais bela cidade dos cananeus conquistada por Josué (Js 12:24).

O esposo diz “aprazível como Jerusalém”, aprazível significa “que apraz, que causa prazer,
agradável”. Logo a esposa é para o esposo aquilo que Jerusalém é para nós, a cidade do
grande rei, o lugar escolhido pelo Senhor para sua habitação (2Cr 6:6; 1Rs 11:32; Zc 3:2).

Mas a esposa também é poderosa. Esse elogio só aparece agora depois do casamento. Antes
ele não a chamou de poderosa. Mas agora que ela está casada sim, Ele diz “terrível como um
exército com bandeiras”.

Assim como hoje, a igreja tem pouca força como diz “tendo pouca força guardaste a minha
palavra” (Ap 3:8), e também hoje a igreja não é nada sem Cristo, não tem poder nenhum sem
Deus, não tem efeito nenhum sem a presença do Espírito do Senhor.

Porém, após as bodas do cordeiro, já estaremos transformados em corpos imortais e


incorruptíveis, como se diz “seremos como os anjos de Deus” (Mt 22:30).

Os versos 5, 6 e 7 fazem repetições dos mesmos elogios anteriormente ditos. Elogios que
fazem referência a beleza espiritual e de caráter da esposa. E isso significa que a beleza
interior da igreja, isto é, de cada cristão é a mesma hoje que será na eternidade.

Pois o que somos agora por dentro, graças ao fruto do Espírito, ainda seremos na eternidade.
Pois o alvo hoje de todo cristão é ser cada dia mais parecido com Cristo para que ao nos
receber Ele possa dizer: “Esta é agora carne da minha carne, osso dos meus ossos”.

Nos versos 8 e 9, é feito um trocadilho envolvendo o costume antigo dos reis de terem
mulheres em abundância, a poligamia embora sempre um pecado diante do Senhor, não era
vista pelos homens como um problema grande, a idolatria sempre foi o principal problema,
que quando resolvido, todos os demais se acertaram.

Elaborado por: Pregador Manassés


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Porém, esse trocadilho é para mostrar a beleza incomparável da esposa, bem como para
exaltá-la ao máximo como aquela que é insuperável, mas não somente isso, ele também de
forma elegante revela que embora Ele tivesse muitas opções, só tem olhos para uma única,
sua tão amada esposa.

Já o verso 10 é uma profecia toda especial á parte, e que por isso, falarei a respeito no próximo
estudo.

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As Fases do Cristão e da Igreja
Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, brilhante como o sol,
formidável como um exército com bandeiras? (Cânticos 6:10)

Este verso 10 é o refrão da canção, portanto entoado por ambos, esposo e esposa. Ele fala de
um momento de intimidade onde a esposa aparece nos aposentos do esposo. Aqui começa a
lua de mel.

Todavia, olhando de forma alegórica, simbólica e tipológica. Temos uma profecia incrível, um
marco histórico das fases da igreja em um único versículo.

A lua de mel é um evento agendado, planejado e cuidado onde o casal se dedica ao momento.
Então a esposa se apresenta ao marido com suas melhores vestes. Por isso, o verso 10 é uma
descrição da esposa, em como ela está vestida, com o quê se parece.

Os elogios são direcionados ás suas vestes, e são quatro:

1 - Como a alva do dia,

2 - Formosa como a lua,

3 - Pura como o sol,

4 - Formidável como um exército com bandeiras.

Os 3 primeiros fala da brancura de suas vestes, a esposa está vestida de branco,


provavelmente linho fino. E o último fala da disciplina das suas vestes, como foram bem
trabalhadas, como ela está bem alinhada e perfeita.

Pois a “alva do dia” é uma referência ao amanhecer. A menção da lua, é uma referência ao
brilho da lua na sua maior força. E a comparação com a pureza do sol, é porque ele a tudo
ilumina mas não se mistura com nada.

Os elogios são poéticos e possuem significados belos, pois a alva do dia é também uma
expressão de imponência, a esposa encheu a sala com sua presença.

E a beleza da lua é sustentada por sua luz, uma lua que não brilha jamais poderá ser bela. A
esposa é iluminada aos olhos do seu marido, ela brilha. Mas não somente isso, a luz do sol é
resplandecente, e assim também a esposa aos olhos do esposo.

E mais, um exército com bandeiras é uma expressão que significa vitória. Pois é quando o
exército volta vitorioso da guerra, eles trazem bandeiras para serem vistas de longe, a fim de
anunciar a boa notícia á todos de que, Vencemos!

Portanto o esposo olha para sua esposa e vê uma campeã, uma mulher vitoriosa, além claro de
virtuosa.

Quanto aos significados para a igreja, cada elogio é uma fase na vida do cristão, cada elogio é
uma fase na vida da igreja.

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Para o cristão ser “como a alva do dia” ele precisa ser lavado pelo sangue de Cristo para ser
alvo mais que a neve. E isto se refere a fase da conversão.

A conversão é o momento em que a pessoa cai em si, tal qual o filho pródigo quando estava na
casa do pai e ainda não era convertido, foi preciso se afastar e viver longe do pai para então
perceber a verdadeira importância da casa do pai e quando ele caiu em si, somente aí se
converteu de verdade (Lc 15:17).

A conversão não é algo que vem do nada, e não é algo que possamos fabricar ou provocar. Ela
é uma experiência espiritual de encontro consigo mesmo e seus pecados, trazendo um peso
enorme e um desespero por saber que não pode salvar a si mesmo, revelando então o
quanto você precisa de Jesus.

É por isso que não dá pra simular algo assim. Não é possível “planejar” a conversão. Já vi
jovens dizendo: ‘eu fico no mundo curtindo, e no final da vida eu aceito a Jesus’. Como se
pudessem converter a si mesmos a hora que quiserem.

As vezes, você fica anos e anos na igreja sem se converter, apenas seguindo rituais. E só depois
de uma “prova de fogo” como uma crise financeira, ou uma doença, ou qualquer coisa que te
deixe bem perto da morte, é que você se converte.

O que eu faria se soubesse agora nessa mensagem que ainda não me converti? Eu dobraria
meus joelhos dia após dia pedindo ao Espírito Santo para me dar essa experiência, pois a
conversão é uma obra do Espírito.

Agora, o que a expressão “como a alva do dia” significa para a igreja? É o momento em que os
que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro, como a alva do dia, como o amanhecer. (1Ts
4:16).

Porque o arrebatamento será o melhor momento da igreja, não haverá outro momento como
este. Se não for nos nossos dias, descansaremos até este grande dia para então ressuscitar
como o amanhecer, uma ressurreição para a perfeição e para a eternidade em vida com
Cristo.

Já o segundo elogio na vida do cristão “formosa como a lua” se refere ao brilho do Espírito
Santo sobre ele. Uma vez convertido, ele é iluminado pelo sol da justiça, assim como a lua
não tem luz própria, nossa luz vem de Cristo.

E o mais lindo sobre a lua, é que ela não brilha de dia, isto é, ela não brilha na presença do sol
da justiça, pois toda sua devoção glória e louvor é para o seu Senhor. Todavia, a lua brilha de
noite, nas trevas, assim como deseja o Senhor que façamos, ele diz:

Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e
glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. (Mt 5:16).

Pois é justamente para isso que somos iluminados, pois como está escrito: “e a luz resplandece
nas trevas, e as trevas não a compreenderam.” (Jo 1:5).

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Mas quanto á igreja, ela é “formosa como a lua” porque foi transformada. Se refere aos vivos,
os que ficaram, enquanto uns ressuscitam, os vivos serão transformados.

Pois são 4 as fases da lua, e o elogio se refere a lua cheia certamente. Da mesma forma que o
cristão tem fases enquanto nessa vida, mas naquele dia, uma transformação ocorrerá e
seremos transformados recebendo um corpo de glória semelhante ao corpo do nosso Senhor
ressurreto. (1Jo 3:2).

Já o terceiro elogio, para o cristão se refere a santidade. “Pura como o sol”. Pureza é santidade.
E o sol, além de puro é influenciador, ou seja, ele muda o ambiente onde chega. E não
somente isso, o sol contribui para a frutificação do solo onde toca.

O sol não passa desapercebido. Assim como a santidade na vida do cristão deve ser notória,
tão evidente, que o ímpio reconhecerá o cristão só de olhar para ele.

Uma santidade tão destacada e diferente, que influencia. Pois o cristão a todos influencia, seja
para o bem ou para o mal. Pois o cristão que dá mau exemplo, faz o ímpio pensar: “ser cristão
para ser mau caráter como aquele ali? Preciso continuar onde estou, não sou crente mas sou
melhor que os crentes”.

Da mesma forma, o cristão que vive em santidade faz o ímpio pensar: “Um dia, quero ser
como aquele crente” pois é como o próprio Cristo disse “...vejam a sua luz e glorifiquem a
Deus”. E essa é a nossa contribuição para a frutificação, isto é, a salvação de almas.

Quanto á igreja, esta expressão se refere á nossa nova natureza, que é semelhante á de Cristo.
Sim, quando a igreja for transformada ela será semelhante a Cristo em sua aparência e
natureza.

Obviamente não seremos deuses, mas assim como Cristo tem um corpo de carne e osso
ressurreto e glorificado, nós também teremos. Pois como esta´escrito várias e várias vezes:

Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de
seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. (Romanos 8:29)

E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do


celestial (1 Coríntios 15:49)

até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão


perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, (Efésios 4:13)

aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os
gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória; (Colossenses 1:27)

Já o elogio final “formidável como um exército com bandeiras” se refere a vitória. O cristão é
vencedor, ou como está escrito “somos mais que vencedores por aquele que nos amou”(Rm
8:37) e não somente isso, mas “essa é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” (1Jo 5:4).

Pois agora somos vitoriosos pela fé, ou seja, hoje somos vitoriosos em espírito, mas naquele
grande dia, a igreja será vitoriosa em espírito e em verdade.

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Capítulo 7

A Lua de Mel
Quão formosos são os teus pés nos sapatos, ó filha do príncipe! Os contornos de tuas coxas
são como jóias, trabalhadas por mãos de artista. (Cânticos 7:1)

O casal está junto desde Cânticos 5:2. Quando a esposa descreve o seu sonho. Embora o texto
não diga quando ela acordou, deixando parecer estarmos ainda dentro do sonho, é notório
que sim, agora ela está acordada.

Pois o sonho tem cenários novos e personagens sem nome, o que já não acontece na realidade.
A realidade é somente o casal, sem terceiros, somente marido e mulher.

Uma forma de interpretar é que ela acordou com os elogios do esposo, elogios feitos desde
6:4-10. E no verso 11, temos uma descrição poética do que pode ser a preparação para a
relação sexual, quando ela diz:

Desci ao jardim das nogueiras, para ver os frutos do vale; para ver se as videiras estavam
floridas, e se as romãzeiras brotavam. (Ct 6:11).

E diante desse momento tão especial onde o casamento será consumado, se passou por um
instante em seu pensamento a imagem de estar no carro real passeando e acenando ao povo,
como uma revelação de que a “fixa está caindo” em sua consciência de que ela será feita
agora, a rainha. Esposa do rei. (Ct 6:12).

A menção da dança (Ct 6:13) não é por acaso, pois a dança é uma forma de excitar o cônjuge
para o ato sexual. Por isso, entre os cristãos as danças mundanas não são bem vindas, pois
são provocações ao pecado da carne que entre solteiros é fornicação.

A expressão “volta” repetida várias vezes é um pedido do rei para que ela dance e dance. Por
isso, ela faz a pergunta retórica, já sabendo o motivo.

Até então, percebemos que a intimidade sexual desse casal é totalmente exposta para nós,
como que nos ensinando a prática. Pois não há mais teorias aqui. Nos versos 11 a 13 do
capítulo 6, temos a esposa dando início ao ato excitando seu marido.

E agora, no capítulo 7 verso 1 até o 9, temos a descrição do que o marido faz em seguida. Ao
que tudo indica, a esposa se deitou.

Ele começa pelos pés chegando até as coxas (1), e por fim chega no ponto principal que é
chamado ou traduzido de forma erudita como “umbigo”, mas que pela descrição não é.

Pois ele diz que é como “taça redonda a que não falta bebida”, e sabemos que não há
lubrificação natural no umbigo. E ainda como “monte de trigo cercado de lírios” certamente
descreve outra coisa que não o umbigo.

Ele continua subindo chegando aos seios (3), ao pescoço (4), até aos cabelos ficando ‘preso’
em suas tranças (5). E descrevendo melhor o que ele faz, diz: “os teus seios sejam como

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cachos da vide” (8) e todos nós sabemos que o verbo apropriado para o consumo de uvas é
chupar.

E ao contrário do que muitos pensam, após passarem a noite, eles se levantam de manhã e
vão ao campo de vinhas, plantação de uvas, e lá se amam outra vez. (12). Mostrando que, a
mudança de lugar é uma excitação natural ao casal.

No verso 13 a esposa diz ter reservado as mandrágoras para o seu amado. Essa é uma fruta
conhecida nos tempos bíblicos como afrodizíaca. Em outras palavras, não é errado usar
recursos para fomentar a prática sexual no casamento.

Esse é apenas um estudo singelo porém importante para ajudar casais que tenham
dificuldades na relação sexual devido timidez e coisas semelhantes. Caso queira, marque um
encontro de casais em sua igreja, e será um prazer levar até vocês uma palestra nesse tema
entre outros.

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Capítulo 8

O Último Cântico
¹ Que bom seria se você fosse meu irmão, se tivesse sido amamentado por minha mãe! Então,
se eu me encontrasse com você na rua, poderia beijá-lo, e ninguém se importaria. (Cânticos
8:1).

O capítulo final do livro de Cânticos mantém a qualidade e profundidade nas canções trazida
desde o início do livro. Mas também supera em poesia e graça revelando assim os versos
mais lindos até então.

Este capítulo traz um pouco da cultura antiga do povo de Deus, onde não era ético nem
correto, nem moral beijar em público, mesmo sendo um casal.

Por isso, este último cântico é melhor compreendido na versão NTLH (Nova Tradução
Linguagem de Hoje). Que atualiza para a nossa compreensão com perfeição os costumes da
época.

Pois o desejo de parentesco da esposa é desde a infância, ela agora casada deseja que, seria
muito bom se tivesse conhecido seu marido há mais tempo, desde a tenra idade.

E é o mesmo desejo que todo cristão sente, entre aqueles que entregaram suas vidas para
Jesus só depois de adultos, e percebem quanto tempo foi perdido enquanto estavam no
mundo.

Da mesma forma, a ideia de ser “irmão” faz jus á situação do pecador convertido, ele não tinha
nenhum parentesco com Cristo, nada em comum, até que creu no Senhor e recebeu o poder
de ser feito filho de Deus (Jo 1:11).

Os versos 2 e 3 revelam que o desejo da esposa era de que o seu marido estivesse presente
em todas as áreas da sua vida, e que ela pudesse cuidar dele desde sempre. Isto para a igreja
é, o desejo de ter Jesus como primeiro em tudo e de adorá-lo em todo tempo.

O verso 4 na tradução mais comum é enigmático, mas na interpretação da NTLH fica assim:
“prometam mulheres de Jerusalém, que vocês não vão perturbar o nosso amor”. Enquanto
que na versão tradicional Almeida fica assim: “Conjuro-vos , ó filhas de Jerusalém, que não
acordeis, nem desperteis o amor, até que este o queira”.

E por que é tão diferente? É porque a versão Almeida se preocupa com a erudição e transmite
para nós o texto de forma poética, já a versão NTLH se preocupa em que qualquer leitor
mesmo não sendo erudito possa entender o que se diz.

Então, na versão Almeida, de forma linda, erudita e poética está dizendo a mesma coisa que
na versão NTLH.

Nesta ilustração, as filhas de Jerusalém são como Israel que no princípio do evangelho
perseguia o povo que ama a Cristo. (At 4:1-3; 5:17-18; 7:54-60; 8:1-3). Sendo um dos mais
famosos judeus perseguidores, o próprio Saulo, a quem terminou por se apaixonar também
pelo Senhor.

Elaborado por: Pregador Manassés


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Outrossim, visto que, na ilustração maior deste livro, a união da esposa e do esposo se referem
a Cristo e sua igreja, os quais sabemos irão se unir no arrebatamento, logo o casamento se
refere já á vida eterna no céu, e portanto, os judeus também estão lá.

Como está escrito: “Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o
remanescente é que será salvo.” (Rm 9:27).

E outra vez: Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente
segundo a eleição da graça. (Rm 11:5)

Pois mesmo os judeus não crendo no Messias hoje, há uma promessa de redenção como
explica Paulo ao dizer: “Eles também, se não permanecerem na incredulidade, serão
enxertados; pois Deus é poderoso para os enxertar de novo.” (Rm 11:23)

O verso 5 é o refrão da canção, e o deserto não é aquele de areias, mas é apenas um lugar
vazio, e a ideia da frase é focar somente o casal, por isso fala “deserto” isto é, não tem nada
mais interessante que vale a pena ver, somente o casal subindo juntos.

Outrossim, tratando de alegorias e significados espirituais, uma aplicação aqui é que um casal
só consegue sair do deserto juntos. A esposa encostada ao seu marido como diz o texto.

E um detalhe é que: Você aprende sobre significados espirituais e alegorias no Clube de


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A parte b do verso 5 bem como o restante da poesia até o verso 7, não temos certeza se é a
voz do noivo ou da noiva. Cada bíblia faz o seu lance. Umas colocam como sendo “voz da
noiva” e outras como “voz do noivo”.

E quando é assim, podemos aplicar ambas as situações. Existem coisas que parece que o
Espírito Santo, inspirador e intérprete da escritura, deixou em aberto só para nos presentear
com lições de ambos os lados.

Considerando a voz do esposo, ele menciona que debaixo de “uma macieira” despertou a
esposa. Isto é, debaixo da macieira ela dormiu, mesmo lugar onde ela nasceu.

A igreja nasceu aos pés da cruz, tal qual Maria beijando os pés de seu filho, como representado
lindamente no filme “A Paixão de Cristo”, que embora não seja um relato bíblico, é de se
esperar isso de uma mãe.

Pois quanto ao nascer aos pés da cruz, é como Ele mesmo disse: “Quando eu for levantado,
atrairei todos a mim” (Jo 12:32). Todavia, a colocação mais perfeita é esta que termina com
“muitos creram nele”:

Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do Homem, então, sabereis que Eu Sou e
que nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou. E aquele que me enviou
está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que lhe agrada. Ditas estas coisas,
muitos creram nele. (João 8:28-30).

Já o verso 6 e o 7, estão entre os mais lindos de todo o livro. O 6 fala da palavra, da adoração,
do cuidado e vigilância, do zelo e do amor e reverência que todo cristão precisa ter com Jesus.

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Ele diz:

Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte
como a morte, e duro como a sepultura, o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, são
veementes labaredas. (Cânticos 8:6)

E isto é bem semelhante á:

Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma; atai-as por sinal na vossa
mão, para que estejam por frontal entre os olhos. (Deuteronômio 11:18).

O dever de guardar a palavra! Não admira que satanás esteja vencendo nessa área, tendo em
vista ainda a grande quantidade de cristãos que não conhecem a bíblia como deveriam.

E quando Cristo diz: “o amor é forte como a morte” quer dizer: Meu amor vai até a morte, e
morte de Cruz. E “o cíume duro como a sepultura” é o firme cuidado do Senhor por nós.

As muitas águas, forma com a qual o mundo acabou uma vez no dilúvio, não impediram o
Senhor de nos amar. Ele continua nos amando.

E assim como a riqueza de Salomão não podem comprar o amor, assim também Cristo com
toda sua riqueza, não poderia demonstrar o amor que tem por nós, nem mesmo comprar
nossa salvação com ela. A única forma realmente, era a morte.

O verso 8 parece começar uma nova seção, pois é desanexado da canção até então. Ele entra
como um refrão, como uma palavra final. E esta irmanzinha, é enigmática, todavia Moody
supõe que seja a própria Sulamita na sua infância.

Uma lembrança de como ela era. E como se protegeu. Pois a ideia do muro é uma mulher que
se guarda, mantendo longe os pretendentes. Já a porta é a mulher facilmente acessível, fraca
em seus desejos.

A prata, é para a mulher como um muro, aquela que se guarda, terá riquezas e honra. Mas o
cedro, que se refere á uma tranca, é para a mulher como porta, aquela que é fraca em seus
desejos, ela receberá “trancas” que são objeções, críticas, problemas e barreiras em seu
caminho ao longo da vida.

Outrossim os versos 8 e 9 podem ser provérbios da época, lições populares, pois a forma como
a esposa se expressa no verso 10 conclui que ela passou nesse teste, aprendeu e praticou a
lição aprendida desde a infância.

E por isso, seu casamento é inquestionável. Ela não teve amantes anteriores, ela não tem um
passado turbulento que possa abalar sua relação atual. Ela é totalmente digna do seu amado.

Elaborado por: Pregador Manassés


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