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MUSEU DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

HISTÓRIA E ACERVO

BRASÍLIA, 2022
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Ministro
LUIZ FUX
Presidente [3.3.2011]

Ministra
ROSA MARIA PIRES WEBER
Vice-Presidente [19.12.2011]

Ministro
GILMAR FERREIRA MENDES
Decano [20.6.2002]

Ministro
ENRIQUE RICARDO LEWANDOWSKI
[16.3.2006]

Ministra
CÁRMEN LÚCIA ANTUNES ROCHA
[21.6.2006]

Ministro
JOSÉ ANTONIO DIAS TOFFOLI
[23.10.2009]

Ministro
LUÍS ROBERTO BARROSO
[26.6.2013]

Ministro
LUIZ EDSON FACHIN
[16.6.2015]

Ministro
ALEXANDRE DE MORAES
[22.3.2017]

Ministro
KASSIO NUNES MARQUES
[5.11.2020]

Ministro
ANDRÉ LUIZ DE ALMEIDA MENDONÇA
[16.12.2021]
Apresentação
Palavra do Presidente

Como bem nos lembra o filósofo Edmund Burke, “um povo que não conhece e não cultua a sua
História está fadado a repetir os seus erros”.

Imbuído desse senso de responsabilidade, tenho a honra e a satisfação de apresentar o Catálogo


Museu do Supremo Tribunal Federal: História e Acervo, publicação que cultua e torna conhecida
a história de quem conta a nossa história.

O Museu do Supremo Tribunal Federal é o repositório oficial da memória da Corte, o histori-


ógrafo da instância máxima do Poder Judiciário brasileiro. E a memória institucional da Corte,
por seu turno, está intrinsecamente amalgamada à história de nossa República – à história do
desenvolvimento e da manutenção das nossas instituições.

A bem da verdade, a atuação do Supremo Tribunal Federal foi imprescindível para modelar
a era democrática em que vivemos e para assegurar a sua manutenção, de modo que – não é
exagero dizer – a história da Corte se confunde com a própria história da consolidação da de-
mocracia brasileira.

Por isso mesmo, quando digo “nossa história”, refiro-me não apenas à história das instituições e
personalidades jurídicas, mas, sim, em sentido bem mais amplo, à história de todos nós, o povo
brasileiro.

É precisamente nesse ensejo que este Catálogo exsurge como uma valiosa contribuição. Ao apre-
sentar a trajetória do Museu do Supremo Tribunal Federal, esta obra resgata os esforços mais
pioneiros de preservação da memória institucional da Corte, reconhecendo os protagonistas
desses trabalhos. Além disso, elenca os principais marcos desse processo, tais como, a trans-
ferência do Supremo Tribunal Federal para Brasília e a criação da Sala da Saudade em 1960; a
abertura primeira do Museu em 1978; e os primeiros passos do projeto de redimensionamento
em 2019, que culminou em sua reinauguração – totalmente reformulado e renovado, em um
espaço interativo, moderno e inspirador – em dezembro de 2021.
Além desse proficiente resgate da história do Museu, a obra confere maior projeção e acessibili- É dizer, noutros termos, que descortinar a trajetória do Supremo Tribunal Federal fortalece a
dade à história que é por ele contada. Como sugere o próprio nome da publicação, este Catálogo cidadania, na medida em que oferece à sociedade diferentes perspectivas sobre a atuação da
compila uma cuidadosa seleção amostral do rico acervo do Museu, retratado por belas fotogra- Corte ao longo da história do País, permitindo que os indivíduos formem suas opiniões e teçam
fias, textos descritivos e notas de celebração. críticas informadas sobre essa importante instituição de nossa democracia.

Nesse prisma, este catálogo oferta ao leitor um verdadeiro passeio cultural pelas principais É nessa toada que o resgate, no tempo presente, da história passada culmina no aprimora-
peças que carregam a história do Supremo Tribunal Federal. A começar pelo deslumbrante mento de nossas instituições no futuro. Afinal, como já vaticinava Albert Einsten, é preciso
complexo arquitetônico onde a Corte está instalada – que, à guisa de exemplo, conta com obras “aprender com o passado, viver o presente e acreditar no futuro!”.
assinadas pelos eternos Oscar Niemeyer, Athos Bulcão e Alfredo Ceschiatti.
Ao eternizarem o trabalho árduo desempenhado por Ministros, Ministras, juízes, assessores,
Na sequência, o passeio tem continuidade com uma amostra dos mais relevantes documentos servidores e colaboradores que passaram pela Suprema Corte nos seus 131 anos de existência,
históricos da Corte, os quais refletem o legado de sua atividade institucional; e prossegue pelas os esforços em prol da conservação e da exposição de nossa memória institucional se convertem
principais obras de arte de seu acervo (a maioria doada por ilustres artistas), as quais, por sua no contínuo aperfeiçoamento da Instituição, pois servem como um verdadeiro guia para aqueles
vez, tanto integram as artes visuais à arquitetura interior do Tribunal quanto refletem o panora- que por ela passarão.
ma da arte nacional e a história do Judiciário brasileiro em suas instalações.
Nessa oportunidade, aproveito para registrar minha admiração e meu agradecimento a todos
Após ser apresentado às principais peças de mobiliário e aos acessórios de interior do Tribunal, aqueles que diuturnamente trabalharam para a concretização dessas iniciativas de preservação da
o leitor é transportado aos espaços onde se desenrolaram episódios inestimáveis para a história memória institucional da Corte, especialmente à Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão
jurídica do Brasil. Também lhe são revelados objetos que pertenceram aos Ministros – como má- da Informação, unidade comprometida em aprimorar o processo de curadoria dessa história que
quinas de datilografar e cadernos de anotações –, os quais denotam a diversidade dos membros da tanto nos orgulha.
Corte e suas características particulares no cumprimento das suas atividades profissionais.
Aos leitores desta obra desejo que se deixem conduzir por esse prazeroso passeio nas páginas
São ainda catalogados objetos cerimoniais, que eternizam homenagens e celebrações de marcos que se seguem e que logrem percorrer, destarte, tanto a história do nosso Supremo Tribunal
importantes para o Judiciário; presentes de visitas oficiais, que refletem o aprofundamento de la- Federal quanto a trajetória daquele que hoje a abriga: o nosso Museu.
ços de nossa Corte com representantes de todo o globo; e parte do acervo fotográfico do Supremo
Tribunal Federal, que perpetua os acontecimentos mais memoráveis do nosso Tribunal. Boa leitura!

Em seu conjunto, esse rico acervo histórico, artístico e cultural permite aos visitantes do Brasília, setembro de 2022.
Museu – e, agora, aos leitores deste Catálogo – familiarizarem-se com a trajetória, as perso-
nalidades, os marcos, os rituais e – acima de tudo – com o empenho contínuo da Suprema
Corte em assegurar os direitos fundamentais e em defender o regime democrático.
Ministro Luiz Fux
Por isso, preservar a memória institucional da Corte e torná-la cada vez mais acessível – seja por Presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça
meio das visitas presenciais ou virtuais ao Museu, seja pela leitura da presente obra – oportuni-
za que os cidadãos brasileiros compreendam, cada vez mais, o papel do Supremo na República,
assim como reflitam sobre o valor da prestação jurisdicional da Corte em suas vidas.
Sumário
Apresentação 7
Museu do Supremo Tribunal Federal 17
Linha do Tempo 21
Sala da Saudade 23
Abertura do Museu do Supremo Tribunal Federal 27
Histórico dos Espaços Expositivos 33
Sala da Constituição 36
Sala Contemporânea 58
Outros espaços expositivos 64

O Museu e a Memória Institucional 75


Acervo Histórico do Supremo Tribunal Federal 83
Documentos históricos 94
Obras de arte 102
Peças do mobiliário 118
Acessórios de interior 134
Objetos que pertenceram a Ministros 144
Objetos cerimoniais e objetos pecuniários 156
Presentes de visitas oficiais 164
Acervo fotográfico 172
Croquis, plantas e projetos 198

Projeto de Redimensionamento do Museu 207


Exposição Inaugural do Museu 243
Referências Bibliográficas 266
“ (...) este Museu permite que a sociedade compreenda
quem foi, quem é e quem será o guardião da Constituição
brasileira.”
Ministro Luiz Fux, Presidente do Supremo Tribunal Federal, em 2 de dezembro de
2021, durante evento de inauguração das novas instalações do Museu do Supremo
Tribunal Federal.
Museu do
Supremo Tribunal
Federal
História de quem
conta a história

17
Eis o catálogo Museu do Supremo Tribunal Federal: História e Acervo, publi-
cação ricamente ilustrada, com fotografias, textos descritivos e muitas notas de
celebração. Essa celebração realça não apenas a trajetória do Museu, que con-
ta com quase meio século de atividade, como também elementos históricos
que tão bem representam a memória do órgão de cúpula da Justiça brasileira.

Aberto numa pequena sala em 1978, o Museu cresceu, com aprimoramento


contínuo de suas atividades, e ganhou nova área expositiva de quase 1000 m2
no Palácio do Supremo Tribunal Federal, inaugurada em dezembro de 2021. “ Como bem resumiu o historiador francês Marc Bloch: a
História é 'coisa em movimento'. Para se pensar prospecti-
O Museu do Supremo Tribunal Federal é o guardião da memória institucional
da mais alta instância do Judiciário brasileiro. Busca retratar aspectos prepon- vamente, é preciso, antes, um olhar atento e crítico entre
derantes da Suprema Corte: desde as primeiras tradições e os protagonistas o passado e o presente. De um lado, ‘a incompreensão do
que plantaram as bases da Instituição, até o repertório jurisdicional corrente, presente nasce fatalmente da ignorância do passado'. De
que dialoga com as aspirações sociais de nossa era. outro, a compreensão do passado é em vão caso 'nada se
Concorrer para que as pessoas conheçam essa herança do Tribunal e com- sabe do presente'. O desconhecimento desses dois pilares
preendam a narrativa constitucional de nosso tempo é um dos objetivos do nos leva a cometer imprudências no futuro.”
Museu, bem como encorajar o cidadão a se apropriar desse legado – e nele
Ministro Luiz Fux, Presidente do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária de
se ver representado.
24 de fevereiro de 2021.
O resgate histórico apresentado aqui, embora resumido, é sobre tudo isso. So-
bre a trajetória do Museu, dos espaços por ele ocupados, dos destaques de seu
acervo. Mais do que espelhar os 131 anos de história da Corte, os temas destaca-
dos neste Catálogo – história, espaço físico, autoridades e eventos, mobiliários,
objetos e documentos – demonstram o quanto o Museu do Supremo Tribunal
Federal é um grande centro de memória voltado para a preservação da história
do Poder Judiciário.

18 19
1960 | Transferência da Sede do Supremo Tribunal
Federal. Antes sediado na cidade do Rio de Janeiro, o Supremo

Linha Tribunal Federal transferiu-se para


Brasília em 21 de abril de 1960, por 1960 | Sala da Saudade. Móveis e objetos
consequência da mudança da capital que seriam deixados no Rio de Janeiro após a

do Tempo federal. A nova sede teria lugar na transferência da sede do Tribunal para Brasília
Praça dos Três Poderes, em edifício foram trazidos junto com a mudança. Essa co-
de estruturas modernas com projeto leção foi destinada a um espaço pensado para
arquitetônico idealizado por Oscar a realização de reuniões administrativas, que
Niemeyer. ficou conhecido como Sala da Saudade.

1965 | Criação da Comissão de Documentação. 1977 | Criação do Museu do Supremo Tribunal Federal.
Instituição, por emenda regimental, da Comissão de Com a missão primordial de expor e de preservar o acervo do
Documentação, composta por três Ministros, com o ob- Tribunal que pudesse fornecer dados sobre a sua história, foi
jetivo de pesquisar, catalogar e documentar a história da criado o Museu do Supremo Tribunal Federal no grande salão
Suprema Corte e de seus membros. central do 3o pavimento do Edifício-Sede.

1978 | Abertura do Museu do Supremo Tribunal 1987 | Revitalização do Museu do Supremo Tribunal
Federal. Abertura oficial do Museu do Supremo Tribunal Federal. Iniciou-se uma fase de revitalização, com adequação
Federal à visitação, como parte das comemorações do ses- do espaço físico e de recursos materiais e humanos. Fase de
quicentenário da aprovação da lei de criação do Supremo intenso intercâmbio com outras instituições ligadas ao trabalho
Tribunal de Justiça do Império. O Museu estava localizado técnico do Museu.
no 3o andar do Edifício-Sede, e a sua
primeira sala expositiva ficou conhe- 1990 | Campanha Pró-Memória. Lança- 1998 | Sala Contemporânea.
cida como Sala da Constituição. mento nacional da Campanha Pró-Memória Criação da Sala Contemporânea,
do Supremo Tribunal Federal, com a finali- durante a revitalização do espaço
2006 | Transferência dos mó- dade de recuperar fotografias, documentos, de exposição do Museu do Supremo
veis do antigo Plenário do Su- objetos ligados à história da Suprema Corte, Tribunal Federal. A sala funcionou
premo Tribunal Federal para o cujo centenário seria comemorado em 28 de no segundo pavimento do Edifício-
Rio de Janeiro. Depois de quase fevereiro de 1991. -Sede até 2020.
trinta anos em exposição no Museu,
em Brasília, o mobiliário histórico 2010 | Inauguração do Espaço Cultural 2019 | Redimensionamento do
regressou para o prédio da Avenida Ministro Menezes Direito. Situado entre o Museu. Aprovação em Sessão Admi-
Rio Branco, hoje ocupado pelo Cen- Edifício-Sede e o Anexo I, o espaço tornou-se nistrativa, por proposta do Ministro
tro Cultural Justiça Federal (CCJF), área expositiva de destaque no Tribunal, para Dias Toffoli, do projeto de ampliação
no Rio de Janeiro. difusão da memória institucional. do Museu mediante utilização do es-
paço no subsolo do Edifício-Sede.
2021 | Inauguração da primeira etapa do novo espaço do Museu. Inaugura- O projeto arquitetônico foi assinado
ção do novo espaço do Museu no subsolo do Edifício-Sede com a exposição intitulada pelo arquiteto brasileiro Paulo Men-
“Supremo Tribunal Federal: Do Solar do Lavradio à Praça dos Três Poderes”. No des da Rocha.
mesmo ambiente também foram abertas as exposições de curadoria da Associação
dos Magistrados Brasileiros e da Ordem dos Advogados do Brasil.

20 21
Sala da Saudade
Onde tudo começou

22 23
O acervo do Museu do Supremo Tribunal Federal retrata muitos momen-
tos históricos da Corte, até mesmo períodos que antecedem a criação do
próprio Tribunal. Embora não seja fácil precisar quando esse legado come-
çou a ser reunido de forma intencional, um marco importante na história
dessa preservação merece ser lembrado: a transferência do Tribunal para
Brasília, em 1960.

Na ocasião, móveis e objetos que seriam deixados no Rio de Janeiro, por


destoarem do novo Palácio modernista, acabaram sendo incluídos na
mudança. Entre eles estavam mesas e cadeiras da antiga Sala das Sessões,
painéis com retratos de Ministros, mobiliário do gabinete da Presidência,
um armário que abrigava a Constituição Federal, além de tapetes e outras “ Bendita desobediência, porque esta sala tem
raridades. conteúdo histórico e contra a História não há
Bastilha que resista.”
Hugo Mósca, então Diretor-Geral do Tribunal, sensibilizado pelo “in-
trínseco valor” do conjunto e com a ajuda de co­legas, acrescentou tudo Frase atribuída ao Ministro Pedro Chaves no livro "O Supremo
ao comboio de caminhão no último instante. O Ministro Barros Barre- Tribunal Federal e o Meu Depoimento" (1975), de Hugo Mósca. O
to, Presidente da Corte, não só aprovou a iniciativa como destinou para Ministro teria se referido à Sala da Saudade, montada, segundo o
a coleção um espaço que tinha sido pensado para reuniões administra- autor, com móveis históricos vindos, de última hora, na mudança do
tivas. O local ficou conhecido como Sala da Saudade. Tribunal para Brasília.

Chefe da comissão da mudança para Brasília, Mósca contou essa história


em seu livro “O Supremo Tribunal Federal e o Meu Depoimento” (1975).

A Sala da Saudade também foi citada em notas do Mi­nistro Octavio


Gallotti (2004) sobre os primeiros anos de Bra­sília, e em matérias da
imprensa da época. Nobremente decorado, o espaço serviu a audiências
e deliberações de alta magnitude – em um prédio ainda pequeno para
um Tribunal que crescia. Por tudo isso, a Sala da Saudade é considerada
um prenúncio do Museu que estava por vir.

24 25
Abertura do
Museu do Supremo
Tribunal Federal
O começo da história

26 27
Foi em 18 de setembro de 1978 que o Museu do Supremo Tri-
bunal Federal abriu as portas pela primeira vez. A inauguração
fazia parte das celebrações dos 150 anos de criação do Supremo
Tribunal de Justiça, antecessor do Supremo Tribunal Federal,
que figurou como instância judiciária máxima no Brasil Império.

Presidente do Tribunal na época da abertura do Museu, o Mi-


nistro Thompson Flores concretizava, assim, projeto iniciado
no ano anterior, na gestão do Ministro Djaci Falcão. Com efeito,
desde 1974, o Tribunal se via na contingência de reformar a sede
para adequação de espaços e estruturas. As obras foram feitas
no ano seguinte, mas apenas em 1977 o salão central no terceiro
andar do Edifício-Sede, ocupado pela Biblioteca, foi reservado
para instalação do Museu.

No mesmo dia em que foi inaugurado o espaço expositivo do


Museu, ministros, autoridades e visitantes presentes à solenida-
de puderam apreciar importante recorte da história da Corte: o
sóbrio mobiliário do Plenário do Supremo Tribunal Federal da
Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, além de móveis, docu-
mentos, fotografias e outras preciosidades históricas.

Ministro Thompson Flores, Presidente do Supremo


Tribunal Federal (ao centro), e Desembargadores
dos Tribunais de Justiça na inauguração do Museu.
18.9.1978.

28 29
Os Ministros do Supremo Tribunal Federal Soares
O Ministro Thompson Flores (à esquerda), Presidente Muñoz (à direita) e Cordeiro Guerra (à esquerda) e
do Supremo Tribunal Federal, e o Diretor-Geral do Tri- o Presidente do TJRS, Desembargador Niro Teixeira
bunal, Pedro Mattoso (à direita), observam documentos de Souza (à esquerda), observam documentos histó-
históricos expostos na inauguração do Museu. 18.9.1978. ricos na inauguração do Museu. 18.9.1978.

30 31
Histórico
dos Espaços
Expositivos
Janelas para a história
da Suprema Corte

SALA DA CONSTITUIÇÃO
SALA CONTEMPORÂNEA
OUTROS ESPAÇOS EXPOSITIVOS

32 33
O Museu do Supremo Tribunal Federal fica no coração do Posteriormente, novas áreas expositivas surgiram em ambien-
complexo arquitetônico da Suprema Corte: o Edifício-Sede. tes diversos do complexo do Tribunal, como o Espaço Cultural
Estabelecido em 1978, ele sempre funcionou no mesmo pré- Ministro Menezes Direito, inaugurado em 2010, situado entre o
dio que abriga o Plenário e a Presidência do Tribunal. No Edifício-Sede e o Anexo I. Mesmo assim, o ambiente destinado à
entanto, o Museu já ocupou salas expositivas e setores admi- difusão da memória era modesto diante do que o Museu repre-
nistrativos diferentes nesse edifício, como a atual área, fruto senta. Foi nesse contexto que o projeto de redimensionamento
do processo de redimensionamento do setor. do espaço começou a ser implementado.

O primeiro ambiente expositivo do Museu ficou conhecido


como Sala da Constituição. Localizado no salão central do
terceiro pavimento do Edifício-Sede, o espaço icônico, que “A metragem atual é nitidamente incompatí-
tinha aproximadamente 250 m2, abria visitação pública ao
vel com a importância da história e do acervo
mobiliário do Plenário histórico da antiga sede da Corte no
Rio de Janeiro. do STF. A carência de espaço físico dificulta a
orgulhosa exibição da memória institucional.”
Em 1983, foi criado novo espaço expositivo, denominado
Pontes de Miranda, também no terceiro pavimento do pré- Ministro Dias Toffoli, então Presidente do Supremo Tribunal
dio, montado com mobiliário artístico do gabinete do juris- Federal, em 2019, no início do processo de redimensiona-
ta, além de obras raras de sua biblioteca. mento do Museu.

Em 1998, surge, no segundo pavimento do edifício, a Sala


Contemporânea, para reunir e expor o acervo mais recen-
te mantido em outras áreas do Tribunal. Um ano depois, A primeira fase das novas instalações do Museu, contemplando
com a ampliação das áreas de memória – criação de sala de novo espaço expositivo de quase 1000 m2, foi inaugurada dois
exposições temporárias e de sala para pesquisa do acervo anos depois, na Presidência do Ministro Luiz Fux. O projeto
museólogico –, o setor passou a ocupar área total de apro- ainda prevê uma entrada concedendo acesso direto ao Museu a
ximadamente 470 m2. partir da Praça dos Três Poderes.

O ano de 2006 foi de mudanças para o Museu. Elas foram


provocadas sobretudo pelo retorno do mobiliário do Plená-
rio histórico para a capital fluminense em setembro. Houve
também um remanejamento interno de setores do Tribunal.
Nesse movimento, o ambiente expositivo concentrou-se,
principalmente, no segundo pavimento do Edifício-Sede, na
Sala Contemporânea.

34 35
Sala da Constituição
Com a estruturação do Museu do Supremo Tribunal Federal, a primeira
sala expositiva foi aberta à visitação pública em 1978. Esse ambiente
depois ficou conhecido como Sala da Constituição.

Montado no salão central do terceiro pavimento do Edifício-Sede, o


espaço apresentava o mobiliário do antigo Plenário do Tribunal, cons-
truído para o prédio da Avenida Rio Bran­co (antiga Avenida Central),
no Rio de Janeiro, onde a sede funcionou durante 51 anos. As peças
foram fabricadas, segundo se estima, por volta de 1920. A composição
assemelha-se ao Plenário atual, com uma bancada com três cadeiras,
para o Presidente, o Procurador-Geral da República e o Secretário;
duas bancadas onde tomavam assento os Ministros em ordem de anti-
guidade; e a tribuna para sustentação.

Além do mobiliário da Sala das Sessões, móveis, fotografias, documen-


tos e outros objetos compunham o ambiente. Na parede, um painel
ilustrava a composição dos Ministros da Corte em 1908; outro, ima-
gens de sedes no Rio de Janeiro. Ainda era possível conferir fotografia
emoldurada de Rui Barbosa, advogado que defendeu causas impor-
tantes para a democracia brasileira na antiga tribuna, também exposta
no ambiente. Nas vitrines estavam dispostos acervo documental e itens
históricos.

Sala da Constituição, principal espaço


expositivo do Museu entre 1978 e 2006.
Em destaque, mobiliário histórico do
Plenário e outras peças vindas da antiga
sede da Corte, no Rio de Janeiro. 1999.

36 37
Sala da Constituição, principal espaço
expositivo do Museu entre 1978 e 2006.
Em destaque, mobiliário histórico do
Plenário da antiga sede do Tribunal, no
Rio de Janeiro. 24.5.2002.

Sala da Constituição, principal espaço expositivo


do Museu entre 1978 e 2006. Em destaque, mobiliário
histórico do Plenário da antiga sede do Tribunal, no
Planta baixa do Museu do Supremo Tribunal Federal Rio de Janeiro. 14.2.2003.
Representação gráfica do antigo espaço do Museu do Supremo Tribunal Federal, onde estava alocado o mobiliário do Plenário da sede da Avenida
Rio Branco. 1996.

38 39
Sala da Constituição, principal espaço expositivo
do Museu entre 1978 e 2006. Em destaque, mobiliário
proveniente da antiga sede da Corte, no Rio de Janeiro.
12.6.2002.

40 41
Sala da Constituição, principal espaço expositivo do
Museu entre 1978 e 2006. Na imagem, ambientação
com mobiliário proveniente da antiga sede da Corte,
no Rio de Janeiro. 10.7.2006.

42 43
Sala da Constituição, principal espaço expositivo
do Museu entre 1978 e 2006. Em destaque, armário
em estilo manuelino e cadeiras em estilo vitoriano
adornadas com brasão republicano. As peças eram
utilizadas na antiga sede da Corte, no Rio de Janeiro.
18.4.2006.

44 45
Em 2006, os móveis do antigo Plenário do Supremo Tribunal
Federal regressaram às origens no Rio de Janeiro. Depois de
quase trinta anos em exposição no Museu, em Brasília, o mobi-
liário foi instalado no Centro Cultural Justiça Federal (CCJF),
no Rio de Janeiro. O centro cultural ocupa o mesmo prédio que
abrigou a Suprema Corte entre 1909 e 1960, na Avenida Rio
Branco. O recinto que recebeu de volta o mobiliário também
é o mesmo da época, nomeado, ontem e hoje, Sala de Sessões.

Idealizada pela Ministra Ellen Gracie, Presidente da Corte no


biênio 2006-2008, e aprovada pelo colegiado, a transferência foi
selada por contrato de comodato. Em 10 de agosto de 2006, a
Ministra e o Presidente do Tribunal Regional Federal da 2a Re-
gião (TRF-2), Desembargador Frederico Gueiros, assinaram o
documento. O acordo fixou o empréstimo gratuito dos móveis
ao TRF-2, responsável pela administração do CCJF, para que
continuasse a expor publicamente o importante legado do Judi-
ciário brasileiro.

A Sala de Sessões no CCJF, com o mobiliário original, foi inau-


gurada em sessão administrativa realizada no local, em 18 de
setembro de 2006, com a presença de Ministros do Supremo
Tribunal Federal e de outras autoridades.

O edifício da antiga sede da Suprema Corte, que hoje abriga o


CCJF, foi projetado por Adolpho Morales de Los Rios, presti-
giado arquiteto do Rio de Janeiro na virada do século. Com a
mudança do Tribunal para Brasília em 1960, o local foi suces- Prédio localizado na Avenida Rio Branco, no Rio
sivamente ocupado por varas de Fazenda Pública e pela Justiça de Janeiro, sede do Supremo Tribunal Federal entre
Federal. Começou a ser reformado em 1994 e, no momento da 1909 e 1960. Atualmente o edifício abriga o Centro
Cultural Justiça Federal, para onde os móveis históri-
reinauguração em 2001, as instalações estavam totalmente res-
cos do Plenário do Tribunal foram transferidos.
tauradas.

Imagens atuais do
prédio da Avenida
Rio Branco

46 47
[p. 48 e 49]
Transporte do mobiliário histórico do Supremo
Tribunal Federal para transferência ao Centro
Cultural Justiça Federal, no Rio de Janeiro.
30.8.2006.

48 49
“Volta-se, portanto, o Tribunal para homenagear seu passado
e os vultos insignes que ocuparam estas mesmas cátedras.
O retorno, todavia, não é apenas físico e simbolizado pela
presença dos atuais integrantes de seu plenário. Buscamos o
passado, também, para tornar presentes os exemplos dados
em outro tempo.”
Ministra Ellen Gracie, Presidente do Supremo Tribunal Federal, no Rio de Janeiro,
em Sessão Administrativa que marcou o retorno do mobiliário histórico para a antiga
sede do Tribunal. 18.9.2006.

Sessão Administrativa especial, conduzida pela Ministra Ellen Gracie,


Presidente do Supremo Tribunal Federal, no Centro Cultural Justiça
Federal, no Rio de Janeiro.
O evento marca o retorno do mobiliário histórico do Plenário à antiga
Vídeo da Sessão
sede da Corte, com a presença dos Ministros do Tribunal e de outras Administrativa
autoridades. No Plenário, da esquerda para a direita, os Ministros Eros
Grau, Ayres Britto, Gilmar Mendes e Sepúlveda Pertence; o Procurador-
-Geral da República, Antônio Fernando de Souza; o Ministro da Justiça,
Márcio Thomaz Bastos; a Presidente do Supremo Tribunal Federal,
Ministra Ellen Gracie; o Presidente do Tribunal Regional Federal da
2a Região, Desembargador Frederico Gueiros; o Diretor-Geral do STF,
Sérgio Pedreira; e os Ministros Marco Aurélio, Cezar Peluso, Joaquim
Barbosa e Ricardo Lewandowski. 18.9.2006.

50 51
52 53
Mobiliário histórico do Plenário da antiga sede do Supremo
Tribunal Federal, no Rio de Janeiro. Desde 2006, por meio
de termo de comodato, o conjunto de móveis está em expo-
sição no Centro Cultural Justiça Federal.
Nas páginas 52, 53 e 54, em destaque, cadeiras do Procura-
dor-Geral da República, do Presidente do Supremo Tribunal
Federal e do Secretário.
Na página 55, em destaque, entalhe de espada e balança,
símbolos da Justiça, em cadeira do Plenário.

54 55
Mobiliário histórico do antigo Plenário do Supremo
Tribunal Federal, em exposição no edifício do Centro
Cultural Justiça Federal desde 2006. Em destaque, vi-
são das bancadas laterais dos Ministros, tribuna para
sustentação e área para o público. 14.5.2021.

56 57
Sala Contemporânea
No segundo pavimento do Edifício-Sede do Supremo Tribunal
Federal foi criado, em 1998, novo espaço do Museu, “para reu-
nir e expor o acervo contemporâneo”, segundo registro do setor
responsável pela preservação da memória do Tribunal à época. O
espaço ficou conhecido como Sala Contemporânea e funcionou
por mais de duas décadas.

Com a transferência do mobiliário do antigo Plenário da Corte


para o Rio de Janeiro em 2006, a Sala da Constituição foi desati-
vada, e a Sala Contemporânea se tornou o principal espaço expo-
sitivo do Museu, presente no roteiro de visitação pública à Corte.
Durante seu funcionamento, o ambiente teve composições varia-
das. Pequenas mostras temáticas mesclaram mobiliário clássico e
moderno, salientando a diversidade do acervo do Museu.

A última mostra da Sala Contemporânea exibia um painel com


duas imagens da Suprema Corte. De um lado, a antiga Sala de
Sessões no Rio de Janeiro, construída no início do século 20, ati-
va até 1960. De outro, o Plenário em Brasília, símbolo da mo-
dernidade arquitetônica. Com esse jogo fotográfico, o espaço no
segundo pavimento do Edifício-Sede funcionou até o início das
obras de redimensionamento do Museu, em 2020.

Sala Contemporânea, espaço de exposição do


Museu do Supremo Tribunal Federal, em 21 de
fevereiro de 2012.

58 59
Sala Contemporânea, espaço de exposição
do Museu do Supremo Tribunal Federal,
em 18 de abril de 2006. Em destaque, mo-
biliário Pontes de Miranda e banqueta alta
Easy Chair, assinada por Oscar Niemeyer.

Sala Contemporânea, espaço de exposição


do Museu do Supremo Tribunal Federal, Sala Contemporânea, espaço de exposição do
em 18 de abril de 2006. Em destaque, mobi- Museu do Supremo Tribunal Federal, em 17 de
liário Pontes de Miranda e painéis sobre as março de 2011. Em destaque, busto em bronze
sedes do STF. de Rui Barbosa.

60 61
[p. 62]
Sala Contemporânea, espaço de expo-
sição do Museu do Supremo Tribunal
Federal, em 25 de março de 2011. Em
destaque, ambientação simulando espaços
de trabalho do STF no Rio Janeiro, com
escrivaninha e cadeira em estilo neoma-
nuelino e par de cadeiras em estilo Dom
João V.

Sala Contemporânea, espaço de expo-


sição do Museu do Supremo Tribunal
Federal, em 12 de abril de 2012. Em des-
taque, mesa em estilo manuelino, ca­deiras
estofadas em estilo vitoriano e cadeira em
madeira e couro lavrado.

62 63
Outros espaços
expositivos
Conhecer o acervo histórico e artístico do Supremo Tribunal Fe-
deral é como fazer uma viagem pela trajetória da Justiça brasileira.

Um passeio cultural pelas instalações inclui salas, saguões, halls e cor-


redores do complexo projetado por Oscar Niemeyer, em si um ícone
de arquitetura-arte. Espaços especialmente montados no Tribunal
resguardam móveis, esculturas, pinturas e objetos – cada um com
sua própria história – que perpassam o funcionamento da Corte.

Alguns ambientes realçam a integração de arte e história na arqui-


tetura interior. Em espécie de antessala do Plenário, uma obra con-
temporânea de Uragami, de 1971, que já integrou a Sala de Sessões,
faz contraponto com mobiliário da antiga sede, incluindo um espe-
lho de cristal estilo Luís Felipe I, do século 19.

São também móveis em estilo francês que protagonizam a ambien-


tação do Salão Nobre. Ornamentado com tapeçarias, lustres de cris-
tal e porcelanas japonesas, o mobiliário do século 19 remonta às
tradições da Corte, imprimindo elegância aos eventos oficiais que
ali ocorrem.

No Hall dos Bustos, personalidades do mundo jurídico e expoen-


tes da história nacional foram imortalizados em esculturas sobre
pedestal.

A Suprema Corte também conta com um local destinado a expo-


sições temporárias: o Espaço Cultural Ministro Menezes Direito.
Por meio de uma programação que promove cidadania, valores es-
téticos e história jurisdicional, o espaço atrai o público interno e
visitantes que circulam entre o Edifício-Sede e o Anexo I, onde a
área está localizada.

Hall dos Bustos, localizado no térreo do Edifício-Sede


do STF, expõe representações de figuras notáveis para
a história brasileira. Em destaque, busto do jurista Rui
Barbosa. 13.12.2021.

64 65
Tour virtual pelo
Salão Branco

Galeria de retratos dos Presidentes


do Supremo Tribunal Federal, no hall
do gabinete da Presidência. Os retratos
foram comissionados ao artista Armando
Galeria de retratos dos Presidentes Romanelli de Cerqueira como home-
do Supremo Tribunal Federal, no Salão nagem aos Ministros que presidiram a
Branco, localizado no Edifício-Sede do Suprema Corte entre os anos de 1924 e
Tribunal. 23.11.2021. 1973. 19.3.2019.

Ambiente Pontes de Miranda. O espaço, que Galeria de retratos dos Ministros do


abriga mobiliário produzido pelo jurista Pontes Supremo Tribunal Federal, localizada no
de Miranda, localizava-se no Edifício-Sede do 3o pavimento do Edifício-Sede do Tribunal.
Tribunal até 2020, quando foi transferido para o Em destaque, mesa em estilo Chippendale
Anexo I, por causa da obra de redimensionamento e mural com fotografias dos Ministros, ao
do Museu. 3.12.2013. fundo. 25.12.2007.

66 67
Hall do Salão Nobre, localizado no 2o pavimento do
Edifício-Sede do Tribunal. No espaço, estão expostos
presentes protocolares e obras de arte. 1°.6.2015.

Espaço Cultural Ministro Menezes Direito, localizado


Espaço Uragami, no pavimento térreo do Edifício- no túnel entre o Edifício-Sede e o Anexo I do Tribunal.
-Sede do Tribunal. Localizado em uma das entradas Permanentemente, estão expostos no espaço os qua-
do Plenário, o local abriga a obra “Os Bandeirantes dros com as composições plenárias do Supremo Tribu-
de Ontem e de Hoje”, de Masanori Uragami, além de nal Federal, formadas a partir de 1960. Do lado oposto,
conjunto em estilo neomanuelino e espelho em estilo são apresentadas mostras temporárias sobre temáticas
Luís Felipe. 7.11.2017. relacionadas à Instituição. 4.4.2022.

68 69
Gabinete da Presidência do Supremo Tribunal
Federal, no Edifício-Sede, ornamentado com
mobília histórica e obras de arte do Tribunal.
6.2.2015.

Hall dos Bustos, localizado no pavimento


térreo do Edifício-Sede do Supremo Tribunal
Federal. Abriga esculturas em homenagem
a personalidades de grande relevância para
a história do Brasil e da Justiça brasileira.
20.10.2021.

Tour virtual pelo Tour virtual pelo


Hall dos Bustos Salão Nobre
[p. 72 e 73]
Salão Nobre, localizado no 2o pavimento do
Gabinete da Presidência do Supremo Tribunal Edifício-Sede do Supremo Tribunal Federal.
Federal, no Edifício-Sede, ornamentado com Espaço usado para recepções e solenidades
mobília histórica e obras de arte do Tribunal. do Tribunal, é adornado com obras de arte e
6.2.2015. mobiliário histórico. 1°.6.2015.

70 71
Evelesequat restium que sus. Itassitibus, ut id modigende-
nis acerorio. Ique naturit ex essedigenti autet fugia arum
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rest ad quaes everaer fersped quodips apiscia sequo que
solor aspiendelis et as et archillupta nimus acesto bla
vellabo reptatur magnis aut mi, ullorere.

72 73
O Museu e
a Memória
Institucional
Quase meio século de
iniciativas em prol da
difusão da história do
Poder Judiciário

74 75
O Museu do Supremo Tribunal Federal é tempo de Casa. Além desses, são temas Tribunal, para confirmar, entre outros te-
o lugar magistral para vivenciar a história correntes a história das sedes e o funcio- mas, a importância de Rui Barbosa para
e a cultura do Judiciário brasileiro. Des- namento do Tribunal, que se desdobram a democracia brasileira, na mostra intitu-
de a inauguração, em 1978, a instituição em muitos assuntos dignos de atenção. lada “Rui no STF”. Vinte anos depois, em
organiza mostras e outras programações Essas pautas expositivas têm em vista a 2019, o projeto de visitação do Tribunal
que descortinam a trajetória da Suprema aproximação com a sociedade e a trans- registrou 36 mil visitantes.
Corte, além de aspectos históricos, artís- parência institucional.
ticos e socialmente relevantes ao País. Em 2021, o Supremo Tribunal Federal
Experiência não menos enriquecedo- inaugurou uma mostra virtual intitulada
Abertas à comunidade, as exposições ra é frequentar exposições que tornam “Espaços, memórias e avanços tecnoló-
buscam fortalecer a cidadania, promo- conhecidas do público as visitas oficiais gicos”, como parte das comemorações
ver a compreensão cívica e despertar a históricas de autoridades estrangeiras e dos 130 anos da Corte na República.
curiosidade cultural dos visitantes. As os presentes que elas oferecem à Corte O acervo apresentado de forma inédita
iniciativas são muitas e com temas diver- nessas ocasiões. Em algumas já foi possí- reuniu mais de 100 peças entre reprodu-
sos, montadas nos espaços expositivos do vel conferir registros de visitas de repre- ções fotográficas, documentos digitaliza-
Tribunal, de acordo com o calendário de sentantes como o Presidente de Portugal, dos e recursos multimídia.
eventos relevantes. Variam em formato e Craveiro Lopes, em 1956; da Rainha Eli-
duração. Via de regra, as exibições mes- zabeth II e do Príncipe Charles, da In-
clam fotografias, objetos, documentos, glaterra, em 1968 e em 1978, respectiva-
arquivos pessoais, áudios, vídeos, peças mente; do líder da África do Sul Nelson
processuais, bem como plantas arquite- Mandela, em 1991; e do casal imperial
tônicas, painéis, maquetes e outros itens Akihito e Michiko, do Japão, em 1978.
com potencial simbólico e informativo.
Algumas temáticas buscam estimular o
O teor de algumas exposições oferece aos interesse pela história da Suprema Corte e
visitantes diferentes perspectivas sobre a compreensão do impacto de suas deci-
os membros da Corte: linha do tempo sões na sociedade.
de Presidentes e composições plenárias,
formação acadêmica, indumentárias e As mostras já atraíram milhares de visi-
objetos pessoais, além de medalhas e tantes. Em 1979, um ano depois da inau-
condecorações recebidas em honraria guração do Museu, 236 pessoas foram Outras exposições
pelos magistrados. ver de perto o acervo em exposição, que Exposição virtual realizadas pelo
“Espaços, memórias e
destacava o mobiliário do Plenário do avanças tecnológicos”
Supremo Tribunal
Federal
Marcos comemorativos também são Rio de Janeiro e documentos históricos
oportunidades para abordar passagens da Corte. O número de visitas decolou
fundamentais à Corte, a exemplo de para 456 nos 12 meses que se seguiram,
grandes julgamentos, atos de gestão e e a partir daí o interesse ganhou terreno.
dados biográficos a propósito de Minis- Já em 1999, pouco mais de 3 mil pesso-
tros, como centenário de nascimento e as visitaram as exposições montadas no

76 77
Grupo em visitação à Sala da Constituição, principal espaço expositivo do Museu entre
1978 e 2006. Em destaque, mobiliário histórico do Plenário da antiga sede do Tribunal, no
Rio de Janeiro. 1999.

Material de divulgação distribuído no programa


de visitação pública ao Supremo Tribunal Federal.
Na imagem, roteiros de visitação de anos diferen-
Grupo em visitação ao espaço do Museu do Supremo Tribunal Federal. 1999. tes, sendo o mais antigo de 1992.

78 79
[p. 80]
[p. 81]
Ministro Marco Aurélio e sua família visitam a
Grupo de estudantes visita o Supremo Tribunal
exposição “Ministro Marco Aurélio – 25 anos no
Federal durante a exposição “Movimento em
STF”, em celebração a sua atuação como Ministro
repouso”, do artista Thomas Kellner. 21.10.2019.
do Supremo Tribunal Federal. A mostra, presente
no Hall dos Bustos e no Espaço Cultural Menezes
Direito entre 17 de junho e 8 de setembro de 2015,
apresentou a história do Ministro em diferentes
fases de sua vida, com destaque para sua trajetória
na Suprema Corte. 21.6.2015.

80 81
Acervo Histórico
do Supremo Tribunal
Federal
Peças que têm história

DOCUMENTOS HISTÓRICOS
OBRAS DE ARTE
PEÇAS DO MOBILIÁRIO
OBJETOS QUE PERTENCERAM A MINISTROS
OBJETOS CERIMONIAIS E PECUNIÁRIOS
ACERVO FOTOGRÁFICO
CROQUIS, PLANTAS E PROJETOS

82 83
O patrimônio histórico e cultural do Supremo Tribunal Federal com-
preende um universo de bens de grande significado para o Poder
Judiciário brasileiro e proporciona conhecimento sobre a mais alta
Corte do País.

A começar pelo Edifício-Sede: exemplo de que a arquitetura pode


ser, além de funcional, uma obra de arte a céu aberto. Com colunas
curvas revestidas em mármore, o prédio é uma joia modernista inte-
grada ao ambiente urbano – assinado por Oscar Niemeyer, arquiteto
que continua inspirando gerações.

Ainda no exterior, a estátua “A Justiça” compõe com a fachada do


Palácio, como quem recepciona visitantes do alto de sua representa-
tividade. De olhos vendados, a obra de Alfredo Ceschiatti inspirada
na deusa grega Themis é o símbolo por excelência da imparcialidade
do magistrado.

A cabeça da deusa Themis, reproduzida dentro do Palácio, adorna


o acesso simbólico ao Plenário da Corte, onde o colegiado se reú-
ne para a nobre missão de zelar pelo cumprimento da Constituição
Federal. Dentro do Plenário, o painel de Athos Bulcão merece des-
taque. A obra foi criada para o espaço durante o projeto de reforma
do ambiente original, no final da década de 1970. Apresenta formas
geométricas em baixo relevo esculpidas no mármore, e a maior delas
guarda um crucifixo de bronze e madeira, de autoria de Ceschiatti
e Werner. O Brasão da República ocupa a porção central do painel.

Além da arquitetura, o acervo reúne peças de inestimável valor his-


Supremo Tribunal
tórico e artístico: itens que ocupam o centro da gestão da memória
Federal no Google institucional da Corte e das atividades do Museu.
Arts and Culture

84 85
86 87
Imagens atuais do
Edifício-Sede do
Supremo Tribunal
Federal

[p. 86 e 87]
Exterior do Edifício-Sede do Supremo Tribunal Federal
e, em primeiro plano, escultura “A Justiça”, de Alfredo
Ceschiatti. 16.12.2014.

[p. 89]
A Justiça. Alfredo Ceschiatti, 1975. Escultura em bronze,
70 x 60 x 40 cm.
Criada para ornamentar o hall de acesso ao Plenário do
Supremo Tribunal Federal, em Brasília, a obra repre-
senta Themis, deusa grega da Justiça, com seus olhos
vendados, simbolizando o tratamento igualitário dado a
todas as pessoas.

88 89
Tour virtual pelo
Plenário do Supremo
Tribunal Federal

Mural do Plenário. Athos Bulcão, 1977. Mármore bege


bahia, dimensões variadas.
Painel criado para o Plenário do Supremo Tribunal
Federal, durante o projeto de remodelamento do
ambiente original. Com a reforma, o espaço dedicado
às sessões foi ampliado, recebendo mais assentos para
o público, e houve a incorporação de obras de arte,
como o mural idealizado por Athos Bulcão. O painel é
formado por peças em mármore de mesmo tamanho,
excetuando-se a destinada à instalação do crucifixo.

90 91
Brasão de Armas do Brasil. Autoria
desconhecida, 1979. Escultura em bronze,
58 x 54 cm.
Obra afixada no painel em mármore do
Plenário do Supremo Tribunal Federal, em
Brasília. O Brasão de Armas do Brasil, ou
Armas Nacionais, é um dos quatro sím-
bolos oficiais do País instituídos em 1889,
com a Proclamação da República. É for-
mado por uma estrela de cinco pontas sob
um escudo circundado por 27 estrelas, que
representam as Unidades da Federação, e
com a constelação do Cruzeiro do Sul ao
centro. O conjunto da estrela e do escudo é
ladeado por um ramo de fumo, à direita, e
Crucifixo. Alfredo Ceschiatti (Cristo), Werner (cruz), 1975. Bronze e
de café, à esquerda, e complementado por
madeira, 56 x 52 cm.
um listel, na parte inferior, com os dizeres
Peça produzida para ocupar o painel em mármore do Plenário do “República Federativa do Brasil” e “15 de
Supremo Tribunal Federal, após obra de reforma do espaço realizada novembro de 1889”, em alusão à data da
entre 1977 e 1978. Proclamação da República.

92 93
Documentos históricos
Alguns itens do acervo histórico documental refletem o legado da
atividade institucional da Corte: peças judiciais, atas de sessões do
Colegiado, livros de posse de Ministros, atas de inauguração e de
outros eventos. Edições das sete Constituições Federais brasileiras
também se incluem nessa classificação, algumas em versão original.

O conjunto de documentos percorre a linha histórica do Tribunal,


evidenciando no tempo a missão institucional e a trajetória mais
que secular da Suprema Corte.

O setor responsável pela gestão da memória trabalha com a pesquisa


e a catalogação desse importante acervo. Os documentos não apenas
passam por trabalho de descrição de conteúdo, como também são
higienizados, reparados, digitalizados, armazenados em ambiente cli-
matizado e acondicionados em caixas e invólucros especiais. Quando
necessário para a preservação da integridade, os registros documentais
são tratados no laboratório do Tribunal, referência em restauração.

Constituição da República Federativa do Brasil de


1988. Brasília, 5 de outubro de 1988 (promulgação).
A Constituição da República Federativa do Brasil foi
promulgada em 5 de outubro de 1988, no governo de
José Sarney. O texto foi elaborado pela Assembleia
Nacional Constituinte, instalada em 1o de fevereiro de
1987 pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal,
Ministro Moreira Alves.

94 95
Decreto Imperial de nomeação de Juiz. Rio de Janeiro,
22.1.1841.
Decreto Imperial, assinado por D. Pedro II, em que
nomeia Francisco de Paula Monteiro Barros como Juiz de
Direito da Comarca de Parahybuna, Província de Minas
Gerais.

96 97
Ata da Sessão de
Inauguração do
Supremo Tribunal
Federal

Termo de posse do Ministro Visconde de Congonhas do Campo no Supremo


Tribunal de Justiça, do Império do Brasil. Rio de Janeiro, 9.1.1829.

[p. 98]
Ata da sessão extraordinária de inauguração do
Supremo Tribunal Federal. Rio de Janeiro, 28.2.1891.

98 99
Habeas Corpus 406 Habeas Corpus 41.296
Relator: Ministro Barros Pimentel Relator: Ministro Gonçalves de Oliveira
Pacientes: David Ben Obill, Francisco da Silva e outros Paciente: Mauro Borges Teixeira
Impetrante: Rui Barbosa Impetrantes: Heráclito Fontoura Sobral Pinto e outros
Rio de Janeiro, 1893 Coator: Superior Tribunal Militar
Habeas corpus impetrado por Rui Barbosa em favor de Distrito Federal, 1964
David Ben Obill, Francisco da Silva, Américo Amaro da Habeas corpus preventivo impetrado em favor de Mauro
Silva e outros, na sua maioria cidadãos brasileiros, além Borges Teixeira, então governador do Estado de Goiás,
de alguns estrangeiros, ao todo 48 indivíduos. Os pacien- em face de iminente decretação da prisão preventiva
tes foram presos por ordem do Presidente da República, decorrente da instauração de inquérito penal militar para
Marechal Floriano Peixoto, quando se encontravam a apurar crimes previstos na Lei de Segurança Nacional.
bordo do vapor Júpiter, que fora capturado na costa de Trata-se da primeira liminar em habeas corpus concedida
Santa Catarina, e a seguir foram levados para as fortale- pelo Supremo Tribunal Federal.
zas de Santa Cruz e de Laje, no Rio de Janeiro.
No mérito, a ordem foi concedida para que o governador
O Supremo Tribunal Federal, por maioria, determinou somente pudesse ser processado após julgada procedente
a soltura dos pacientes. a acusação pela Assembleia Legislativa.

100 101
Obras de arte
As obras de arte têm lugar de destaque no acervo da Su-
prema Corte. Os itens de valor artístico foram adqui-
ridos em períodos diversos da trajetória da Instituição.
A coleção inclui pinturas, esculturas, bustos, imagens,
tapeçarias, aquarelas e ilustrações, entre outros gêne-
ros e suportes. Além de decorarem ambientes internos
da sede, as peças também são exibidas em espaços ex-
positivos.

A dupla função dessa estimada coleção é integrar as


artes visuais à arquitetura interior e refletir não ape-
nas um panorama da arte nacional, mas também a
história do Judiciário brasileiro. Algumas peças repre-
sentam personalidades do mundo jurídico e político,
bem como símbolos da República, da Justiça e da ma-
gistratura.

Busto de D. Pedro I. Remo Bernucci. Rio de


Janeiro, 1980. Bronze, 65 x 59 x 26 cm.
Representação da figura de D. Pedro I, Impe-
rador do Brasil entre 1822 e 1831. A obra está
exposta no Hall dos Bustos, no Edifício-Sede do
Supremo Tribunal Federal.

102 103
“ Ninguém pode recusar a profunda significação desta sessão. O Supremo
tribunal Federal retorna à sua velha sede. E o faz para marcar seu com-
promisso com uma história de que muito se orgulha e que gostaria de
fazer conhecer a todos.”
Ministra Ellen Gracie, Presidente do Supremo Tribunal Federal, no Rio de Janeiro,
em 18.9.2006

[p. 104 e 105]


Justiça. H. Truci. Brasil, data estimada séc. 20. Bronze,
36 x 10 x 12 cm.
Estatueta representativa da Justiça. A peça ornamentava
o Plenário do Supremo Tribunal Federal, em sua antiga
sede, na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro.

104 105
La défense du foyer (reprodução). Peça original Pro Patria (reprodução). Peça original de autoria
de autoria de Èmile Louis Picault. França, c. 1880. de Adrian Etiene Gaudez. França, c. 1880. Bronze,
Bronze, 69 x 35 x 26 cm. 105 x 60 x 49 cm.
Escultura utilizada para ornamentar a Sala de Escultura utilizada para ornamentar a Sala de
Sessões do Supremo Tribunal Federal, em sua Sessões do Supremo Tribunal Federal, em sua
antiga sede, na Avenida Rio Branco, no Rio de antiga sede, na Avenida Rio Branco, no Rio de
Janeiro. Atualmente, está exposta no Salão Branco Janeiro. Atualmente, está exposta no Salão Branco
do Edifício-Sede, em Brasília. do Edifício-Sede, em Brasília.

106 107
República. Nicolina Couto, 1912. Mármore, 94 x
80 x 39 cm.
Originalmente, era usada para adornar os espaços Dois Magistrados. Remo Bernucci, 1960. Simula-
do edifício do Supremo Tribunal Federal, em sua ção de rocha vulcânica, 92 x 45 x 24 cm.
antiga sede, na Avenida Rio Branco, no Rio de Obra adquirida em 1971 para adornar os espaços
Janeiro. Atualmente, está exposta no hall do Salão do Edifício-Sede do Supremo Tribunal Federal,
Nobre do Edifício-Sede do Tribunal, em Brasília. em Brasília.

108 109
Conselheiro Albino. Karl Ernst Papf. Rio de Janeiro, 1882.
Óleo sobre tela, 121 x 153 cm.
Retrato do Conselheiro Albino José Barboza de Oliveira,
Ministro do Supremo Tribunal de Justiça entre 1864 e 1882.

110 111
112 113
[p. 112 e 113]
Os Bandeirantes de Ontem e de Hoje. Masanori Uragami,
1971. Óleo sobre tela, 250 x 350 cm. [p. 115] [p. 116 e 117]

Obra adquirida para ornamentar o Plenário do Edifício-Sede Tapeçaria em estilo Rococó. Autoria desconhecida. Tapeçaria em estilo Rococó. Autoria desconhecida.
do Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Foi instalada no es- Itália, 1970. Materiais diversos, 168 x 227 cm. Itália, 1970. Materiais diversos, 90 x 203 cm.
paço em 1972. Com a reforma do Plenário entre 1977 e 1978, Peça adquirida para ornamentar a sede do Supremo Peça adquirida para ornamentar a sede do Supremo
o mural foi retirado do ambiente. Atualmente, está exposto no Tribunal Federal, em Brasília. Atualmente, está exposta Tribunal Federal, em Brasília. Atualmente, está exposta
pavimento térreo do Edifício-Sede. no Salão Nobre. no Salão Nobre.

114 115
116 117
Peças do mobiliário
Mesas, armários, cadeiras, poltronas, colunas, escrivaninhas,
estofados, espelhos e até cabine telefônica para interiores. São
notáveis as peças do mobiliário do acervo do Supremo Tribunal
Federal, algumas do século 19.

Elas remetem a espaços onde se desenrolaram episódios inesti-


máveis para a história jurídica do Brasil – debates e deliberações
que plantaram pródigas sementes de Justiça, envolvendo parte
significativa dos espíritos esclarecidos da Nação.

Poucos tiveram a chance de presenciar tais eventos, de conhe-


cer os mobiliários nos ambientes cerimoniais originais. Mas
atualmente qualquer pessoa pode visitar as peças no Tribunal,
em mostras e exposições promovidas no âmbito da Suprema
Corte.

Mobiliário do gabinete do Ministro Celso de


Mello.
Mesa redonda em jacarandá taqueado. Jorge
Zalszupin. Madeira, 75 x 120 x 120 cm.
Cadeiras com rodízios. Karl Heinz Bergmiller
(designer) | Escriba (fábrica). Materiais diver-
sos, 85 x 61 x 54 cm.
O mobiliário compunha o gabinete do Ministro
Celso de Mello, que integrou o Supremo Tribu-
nal Federal por mais de 31 anos, de 1989 a 2020.

118 119
Espelho em estilo Luis Felipe I. Autoria desco-
nhecida. Origem desconhecida, c. 1890. Madeira e
espelho com vidro bisotado, 227 x 155 cm.
A peça fazia parte do mobiliário utilizado na antiga
sede do Supremo Tribunal Federal na Avenida Rio
Branco, no Rio de Janeiro. Atualmente, está exposta
no Salão Nobre do Edifício-Sede, em Brasília.

120 121
Vitrine da Constituição. Autoria desconhecida. Rio de
Janeiro, 1946. Madeira e vidro, 160 x 69 x 100 cm.
Mobiliário criado especialmente para a exposição da
Constituição Federal de 1946 na Sala de Sessões do an-
tigo edifício do Supremo Tribunal Federal na Avenida
Rio Branco, no Rio de Janeiro. Atualmente, a vitrine
encontra-se no Salão Branco do Edifício-Sede do Tri-
bunal, guardando a Constituição Federal de 1988.

122 123
Cadeira alta com Brasão Republicano. Casa
Leandro Martins (fabricante). Rio de Janeiro, c. 1891.
Madeira, couro e palhinha, 135 x 52 x 60 cm.
Modelo de cadeira originalmente utilizada na Sala de
Cadeira em estilo vitoriano. Autoria desconhecida. Rio Sessões do Supremo Tribunal Federal, em sua antiga
de Janeiro, c. 1870. Madeira e couro, 118 x 59 x 64 cm. sede na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro. Atu-
Mobiliário usado na antiga sede do Supremo Tribunal almente, é utilizada no Salão Nobre do Edifício-Sede,
Federal na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro. em Brasília.

124 125
[p. 125 e 126]
Escrivaninha em estilo manuelino. Casa Leandro
Martins (fabricante). Rio de Janeiro, c. 1930. Madeira,
80 x 180 x 90 cm.
Mesa de trabalho utilizada no antigo edifício do Supre-
mo Tribunal Federal do Rio de Janeiro. Atualmente,
encontra-se exposta no Museu do Supremo Tribunal
Federal.

126 127
Sofá em estilo D. João V. Casa Leandro Martins (fabricante). Sofá em estilo Luís XVI. Autoria desconhecida. Rio de
Rio de Janeiro, 1890. Madeira e tecido, 108 x 63 x 155 cm. Janeiro, c. 1880. Madeira e couro, 117 x 62 x 118 cm.
Originalmente, a peça foi usada no antigo edifício do Supremo O sofá faz parte de conjunto de assentos em estilo Luís XVI
Tribunal Federal na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro. usado na antiga sede do Supremo Tribunal Federal na Ave-
Atualmente, o conjunto do sofá e outros assentos do mesmo nida Rio Branco, no Rio de Janeiro. Atualmente, é utilizado
estilo estão expostos no Salão Nobre do STF, em Brasília. no Salão Nobre do Edifício-Sede do Tribunal, em Brasília.

128 129
Mesa em madeira ebanizada em estilo neomanuelino. Mesa de madeira em estilo Manuelino.
Autoria desconhecida. Rio de Janeiro, c. 1909. Madeira, Autoria desconhecida. Rio de Janeiro, c. 1880.
82 x 137 x 74 cm. Madeira, 74 x 100 x 65 cm.
Móvel originalmente utilizado na antessala dos Ministros Mobiliário usado em ambientes de trabalho do
na antiga sede do Supremo Tribunal Federal na Avenida antigo Edifício-Sede do Supremo Tribunal Fe-
Rio Branco, no Rio de Janeiro. deral na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro.

130 131
[p. 132 e 133]
Cabine telefônica. Casa Leandro Martins (fábrica)
| Fritz Appel (desenhista). Rio de Janeiro, c. 1938.
Vidro e madeira, 223 x 75 x 104 cm.
Cabine telefônica da Sala das Togas da antiga
sede do Supremo Tribunal Federal na Avenida
Rio Branco, Rio de Janeiro. Em 1938, ano do pro-
jeto do móvel, o Tribunal contava com 10 linhas
telefônicas próprias – uma delas em funcionamento
na Sala das Togas, para uso de todos os Ministros.
Dessa forma, a cabine dava mais privacidade a
quem fizesse ou recebesse ligações. Atualmente,
em seu interior, encontra-se um telefone doado em
1998 pelo Museu do Telephone, atual Museu das
Comunicações e Humanidades. O aparelho mode-
lo BTMC 2725-A foi bastante popular no Brasil
entre as décadas de 1930 e 1940. Era utilizado
em cabines telefônicas e repartições públicas. As
peças estão expostas no Museu, no Edifício-Sede
da Suprema Corte, em Brasília.

132 133
Acessórios de interior
Assim como o mobiliário, os acessórios de interior dispostos pelo
Palácio do Supremo Tribunal Federal também evocam partes
nucleares da história da Corte. São objetos que transportam a
atmosfera de antigas sedes do Tribunal para os dias atuais.

No rol constam adornos em estilo francês dos séculos 19 e 20, es-


tatuetas, espelhos e luminárias, vasos, cristais, porcelanas orientais
e lustres em bronze. Quando não reluzem em prateleiras e vitrines
de exposições, as peças estão à vista no Salão Nobre, em gabinetes
de Ministros e áreas sociais do Tribunal.

Lustre em estilo Napoleão III. Autoria desconhecida.


Origem desconhecida, 1870. Bronze e contas de mate-
rial sintético, 72 x 54 x 54 cm.
Peça utilizada como elemento decorativo na antiga sede
do Supremo Tribunal Federal na Avenida Rio Branco,
no Rio de Janeiro. Atualmente, fica exposta no Salão
Nobre do Edifício-Sede, em Brasília.

134 135
Placa Supremo Tribunal Federal. Rio de Janeiro, data
estimada séc. 20. Bronze, 39 x 109 cm.
Placa utilizada na antiga sede do Supremo Tribunal
Federal na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro.

136 137
Quadro com composição plenária de Ministros do Supremo Tribunal
Federal – Gestão do Ministro Pindahiba de Mattos (1908-1910). C. Alberto
& Filho, 1910. Fotografia emoldurada, 165 x 126 cm.

[p. 139]
Quadro com composição plenária de Ministros do
Supremo Tribunal Federal – Gestão do Ministro
Bento de Faria (1937-1940). Foto Arte D. Frussa, 1938.
Fotografia emoldurada, 140 x 138 cm.

138 139
Relógio de parede oitavado. Ansônia Clock Co. Nova
Iorque (Estados Unidos da América), c. 1880. Madeira,
vidro e liga metálica, 82 x 45 x 10 cm.
Relógio de pêndulo utilizado na antiga sede do Supremo
Tribunal Federal na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro.

140 141
Bengaleiro em porcelana. Autoria desconhecida. Ori-
gem desconhecida, data estimada séc. 19. Porcelana, Ânfora em estilo Luís XV. Autoria desconhecida. Ori-
63 x 23 x 23 cm. gem desconhecida, 1830. Porcelana, 55 x 95 cm.
Peça utilizada como elemento decorativo na antiga A peça era utilizada para adornar os ambientes da an-
sede do Supremo Tribunal Federal na Avenida Rio tiga sede do Supremo Tribunal Federal na Avenida Rio
Branco, no Rio de Janeiro. Atualmente, fica exposta no Branco, no Rio de Janeiro. Atualmente, fica exposta no
Salão Nobre do Edifício-Sede, em Brasília. Salão Nobre do Edifício-Sede, em Brasília.

142 143
Objetos que
pertenceram a Ministros
O Museu do Supremo Tribunal Federal é responsável por reunir
e preservar peças e objetos emblemáticos que pertenceram aos
Ministros e hoje integram o acervo, de forma a ilustrar caracterís-
ticas subjetivas desses representantes no cumprimento de ativida-
des profissionais.

Verdadeira viagem no tempo, alguns itens estão conectados com


a produção da inteligência jurídica do Tribunal, a exemplo de in-
dumentárias usadas por Magistrados em reuniões do colegiado.
É o caso também de objetos manejados por Ministros durante
anos, como canetas, cadernos de anotações e máquinas de dati-
lografar, que se prestaram ao registro de documentos e ao assen-
tamento de votos antológicos para o Direito brasileiro.

Cadernos de anotações do Ministro Victor


Nunes.
Cadernos de anotações sobre os processos julgados
no Supremo Tribunal Federal entre 1960 e 1969,
período de atuação do Ministro na Corte. A coleção
de escritos do Ministro, incluindo o conjunto de
seis cadernos, foi incorporada ao acervo do Museu,
em 2002, por meio de transferência da Biblioteca
Ministro Victor Nunes Leal, do STF.

144 145
Tinteiro, com estatueta representativa da
Justiça, do Ministro Mario Guimarães. Joalheria
Castro. São Paulo, datação desconhecida. Liga
metálica e mármore negro, 38,5 x 21,5 x 22 cm.
Pertenceu ao acervo pessoal do Ministro, empos-
sado no Supremo Tribunal Federal em 28 de maio
de 1951. Foi incorporado ao acervo do Museu
em 1989, por meio de doação de familiares do
Ministro.

146 147
Toga do Ministro Thompson Flores. Casa Sucena
(fabricante). Rio de Janeiro, séc. 20. Cetim e metal,
Toga da Ministra Ellen Gracie. Confecções Santa dimensões variadas.
Catarina (fabricante). Brasília, séc. 21. Cetim e
Conjunto de vestimenta de Ministro do Supremo
metal, dimensões variadas.
Tribunal Federal, composto por beca e capa longas e
Vestes oficiais da Ministra Ellen Gracie, primeira cinto. Esta toga pertenceu a Thompson Flores (1911-
mulher a tomar posse como Ministra do Supremo 2001), Ministro do Supremo Tribunal Federal entre
Tribunal Federal, em 2000. A Ministra foi Presi- 1968 e 1981. Durante sua gestão como Presidente do
dente da Corte entre 2006 e 2008. A peça foi doada STF, foi inaugurado, em 1978, o Museu do Supremo
ao acervo do Museu em 2011. Tribunal Federal.

148 149
Bandeja em metal autografada pelos membros da Corte Internacional de
Justiça de Haia. Países Baixos, 2006. Liga metálica, 30,5 x 19,5 x 3 cm.
É tradição na Corte Internacional de Justiça que, ao término do mandato, o juiz
receba uma bandeja, também chamada de salva, assinada por membros da Corte
do período respectivo. A salva oferecida ao juiz brasileiro Francisco Rezek contém
a gravação: “Francisco Rezek – Membre De La Cour Internationale de Justice – Caneta tinteiro do Ministro Aliomar Baleeiro. Parker. Estados
1997-2006”. Os quatorze Magistrados que assinaram o presente oficial foram: Shi Unidos da América, data estimada séc. 20.
Jiuyong (Rep. Pop. da China), Presidente da Corte, Raymond Ranjeva (Madagas-
car), Abdul Koroma (Serra Leoa), Vladlen Vereshchetin (Rússia), Rosalyn Higgins Caneta especialmente produzida para o evento de assinatura da
(Reino Unido), Gonzalo Parra-Aranguren (Venezuela), Pieter Kooijmans (Países Constituição de 1946. Pertenceu a Aliomar Baleeiro, Ministro do
Baixos), Awn Al-Khasawneh (Jordânia), Thomas Buergenthal (Estados Unidos), Supremo Tribunal Federal entre 1965 e 1975 e Deputado Federal
Nabil El-Araby (Egito), Hisashi Owada (Japão), Bruno Simma (Alemanha), Peter Constituinte em 1946. No objeto há a seguinte inscrição: Aliomar
Tomka (Eslováquia), Ronny Abraham (França). A peça foi doada pelo Ministro ao Baleeiro Constit. 18-Set. 1946. Foi doado ao Museu por Darly
acervo do Museu em 2016. Baleeiro, esposa do Ministro, em 1991.

150 151
Álbum fotográfico do Ministro Victor Nunes. Materiais diversos, 30 x 43 cm.
Álbum doado, em 1989, ao Museu do Supremo Tribunal Federal pela família do Ministro Victor
Nunes, que integrou o Tribunal de 1960 a 1969. A coletânea apresenta imagens de diversos mo-
mentos da vida pessoal e profissional do Ministro.

152 153
Óculos do Ministro Cordeiro Guerra. Lagerfeld. 1986. Materiais
diversos, dimensões variadas.
Objeto pertenceu ao Ministro Cordeiro Guerra, que integrou o Conjunto de gravadores do Ministro Marco Aurélio.
Supremo Tribunal Federal de 1974 a 1986. Foi doado ao Museu do Equipamentos utilizados nas rotinas de trabalho do Ministro
Supremo Tribunal Federal, por ocasião da homenagem póstuma Marco Aurélio, que integrou o Supremo Tribunal Federal por
ao Ministro, no Plenário do Tribunal, em 7 de maio de 1996. mais de 31 anos, de 1990 a 2021.

154 155
Objetos cerimoniais
e objetos pecuniários
O catálogo de objetos cerimoniais, que engloba itens de numis-
mática e heráldica, tem o poder de perdurar no tempo fatos e
eventos de suma relevância para o Tribunal. Ele reúne itens re-
presentativos de homenagens aos Magistrados ou à Corte, ou,
ainda, de celebrações ou acontecimentos icônicos. São troféus,
placas, medalhas, e seus respectivos diplomas, recebidos pela
Instituição ou por seus membros. Consagram celebrações de da-
tas e marcos importantes para o Judiciário e homenagens que
ficam para a posteridade.

Dentro da categoria de objetos pecuniários são catalogados se-


los e cartões telefônicos que, por marcarem eventos importantes
para a Corte, integram o acervo histórico do Tribunal como ver-
dadeiras relíquias.

Comenda da Ordem de Cristóvão Colombo


(República Dominicana). Conferida ao Ministro
Victor Nunes, séc. 20.

156 157
Comenda da Ordem Nacional do Mérito (Brasil). Ordem Nacional da Legião de Honra (Brasil). Conferida
Conferida ao Ministro Lafayette de Andrada, no grau ao Ministro Thompson Flores pelo Ministério das Relações
Grã-Cruz, em novembro de 1949. Exteriores em 20 de novembro de 1978.

158 159
[p. 160]
Faces da medalha comemorativa do 150o aniversário
de criação do Supremo Tribunal de Justiça, órgão de [p. 161]
cúpula da Justiça brasileira que antecedeu o Supre- Medalha comemorativa da promulgação da Constituição
mo Tribunal Federal. Casa da Moeda (fabricante). Rio de da República Federativa do Brasil de 1988. Casa da Moeda
Janeiro, 1978. (fabricante). Rio de Janeiro, 1988. Liga metálica.

160 161
Selo comemorativo dos Selo comemorativo do Selo em homenagem ao Selo alusivo aos 150 anos da
30 anos da Constituição sesquicentenário de criação Poder Judiciário. Empresa criação dos Cursos Jurídicos
Federal de 1988. Empresa do Supremo Tribunal de de Correios e Telégrafos. no Brasil. Empresa de Correios
de Correios e Telégrafos. Justiça, órgão de cúpula da Brasília, 1973. Papel adesivo. e Telégrafos. Rio de Janeiro,
Brasília, 2018. Papel adesivo. Justiça brasileira que ante- 1977. Papel adesivo.
cedeu o Supremo Tribunal
Federal. Empresa de Correios
e Telégrafos. Brasília, 2018.
Papel adesivo.

Selos LUBRAPEX 90 – XIII Exposição Filatélica Luso-brasileira – Esculturas de Alfredo


Ceschiatti e Bruno Giorgi em Brasília. Empresa de Correios e Telégrafos. Brasília, 1990.
Papel adesivo.

Cartão telefônico. Telebrasília – Brasil Telecom. Brasília, Cartão telefônico. Telebrasília – Brasil Telecom. Brasília,
dezembro de 2000. Materiais diversos, 5,5 x 8,5 cm. dezembro de 2000. Materiais diversos, 5,5 x 8,5 cm.
Cartão telefônico com fotografia do Anexo II do Supremo Cartão telefônico com fotografia do Edifício-Sede do
Tribunal Federal, em Brasília. Supremo Tribunal Federal e da escultura “A Justiça”, de
Alfredo Ceschiatti.

162 163
Presentes de visitas
oficiais
Dezenas de autoridades estrangeiras já visitaram a Suprema Corte
brasileira. Entre elas estão chefes de Estado, parlamentares, diri-
gentes religiosos e integrantes de Cortes Judiciais em visitas oficiais
ao País. Ministros do Supremo Tribunal Federal também repre-
sentam o Poder Judiciário em visitas a Nações estrangeiras.

Segundo a tradição, é comum que, nesses encontros, as autorida-


des troquem presentes de valor artístico e cultural para simbolizar
o aprofundamento dos laços bilaterais. Tanto os registros fotográ-
ficos dessas solenidades quanto os artefatos doados passam a inte-
grar o acervo histórico e cultural do Tribunal.

Escultura em metal. Data estimada séc. 21. Liga


metálica, 70 x 27 x 76 cm.
Presente oficial recebido durante a Presidência da
Ministra Ellen Gracie.

164 165
Traje de gala. Uzbequistão, data estimada séc. 21.
Tecido bordado, dimensões variadas. Cuia para mate. Eduardo Arias (ourives). Paso de los
Presente oficial oferecido ao Presidente do Supremo Libres (Argentina), 1999. Liga metálica, 23 x 12 x 12 cm.
Tribunal Federal, Ministro Gilmar Mendes, pelo Presente oferecido pelo Presidente da República Argentina,
Presidente do Uzbequistão, Islam Karimov, em 28 Carlos Saul Menem, ao Ministro Carlos Velloso, Presidente
de maio de 2009. do Supremo Tribunal Federal, em 15 de outubro de 1999.

166 167
Adorno de mesa. Joana Noreikaité. Lituânia, data esti-
mada séc. 21. Liga metálica e âmbar, 11 x 16 x 9 cm.
Escultura em madeira. Angola, data estimada séc. 21.
Presente oficial oferecido pelo Presidente da República
Madeira, 54 x 18 x 17 cm.
da Lituânia, Valdas Adamkus, ao Ministro Gilmar Men-
des, Presidente do Supremo Tribunal Federal, em 16 de Presente oficial ofertado pelo Presidente da República
julho de 2008. O adorno representa o brasão de armas de Angola, José Eduardo dos Santos, à Vice-Presidente
do Presidente da República da Lituânia e uma peça de do Supremo Tribunal Federal, Ministra Ellen Gracie,
âmbar báltico, resina comum na região. em 3 de maio de 2005.

168 169
Bandeja em relevo com inscrições. Wilton Armetale.
Pensilvânia (EUA), 1998. Liga metálica, 50 x 40 x 3,2 cm.
Vaso em relevo. Autoria desconhecida. China, 2009. Presente conferido ao então Presidente do Supremo
Resina, 24 x 40 x 23 cm. Tribunal Federal, Ministro Celso de Mello, com as
Presente oferecido ao Presidente do Supremo Tribunal homenagens do Procurador-Geral Richard Leyoub e do
Federal, Ministro Gilmar Mendes, durante visita oficial Ex-Presidente da Ordem dos Advogados Bob F. Wright,
à China em setembro de 2009. de Lousiana/EUA.

170 171
Acervo fotográfico
O acervo fotográfico tem lugar cativo no Museu do Supremo
Tribunal Federal, seja por perpetuar conjunturas de um passado
judiciário a ser sempre lembrado, seja por representar pessoas,
objetos, locais e momentos que atravessam a história da Suprema
Corte.

Muitas fotografias tornaram-se notórias. É o caso das imagens


das sedes onde o Tribunal funcionou, ou mesmo de sessões de
julgamentos relevantes para a conquista de direitos no Brasil.

Há catálogos com Ministros da Corte e composições plenárias;


com sessões judiciais históricas e acontecimentos memoráveis,
incluindo reuniões oficiais, solenidades e setores que alicerçaram
a atividade institucional. Os registros são vastos: de imagens de
Ministros que participaram da instalação do Supremo Tribunal
Federal, em 1891, a fotos da última sessão plenária da semana,
entre tantos outros registros.

A maioria leva a assinatura do fotojornalismo profissional da


equipe de Fotografia do STF, vinculada à Secretaria de Comu-
nicação. Algumas imagens do acervo, embora antigas e esmaeci-
das, são capazes de eternizar momentos e nos transportar para o
passado.

Recepção realizada no Supremo Tribunal Federal para o


Presidente de Portugal, Francisco Higino Craveiro Lopes.
Em destaque, da esquerda para direita, os Ministros da
Suprema Corte Vilas Boas e Barros Barreto, o Presidente
Craveiro Lopes, os Ministros Luiz Gallotti, da Suprema
Corte, e Afrânio Costa, do extinto Tribunal Federal de
Recursos. 8.6.1957.

172 173
Retrato albuminado da Princesa Isabel e família, apro-
ximadamente em 1885. A fotografia foi um presente
da Princesa Isabel a Francisco José Conceição, agra-
ciado em 1871 com o título nobiliárquico de Barão da
Serra Negra. Em agosto de 1983, o retrato foi doado ao
Museu do Supremo Tribunal Federal pelos bisnetos do
Barão. Na imagem, da esquerda para direita, Conde
D’Eu, D. Pedro de Orleans e Bragança (Príncipe do
Grão-Pará), D. Luiz, Princesa Isabel (Condessa D'Eu) e
D. Antonio.

174 175
Plenário do Supremo Tribunal Federal, por ocasião
da inauguração do Edifício-Sede na Avenida Rio
Branco, no Rio de Janeiro. Ao centro, Ministro
Pindahiba de Mattos, Presidente do Supremo
Tribunal Federal; à direita, Ministros Ribeiro de
Almeida, Manoel Murtinho, Manoel Espinola,
Cardoso de Castro, Canuto Saraiva e outros; à es-
querda, o Procurador-Geral da República, Ministro
Pedro Antonio de Oliveira Ribeiro, e os Ministros
Hermínio do Espirito Santo, João Pedro, Epitacio
Pessôa e Guimarães Natal. 3.4.1909.

Plenário do Edifício-Sede do Supremo Tribunal


Federal, na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro,
durante sessão da Segunda Turma realizada entre
1956 e 1957. Ao centro, Ministro Edgard Costa,
Presidente da Segunda Turma; à direita, o Secretá-
rio, Otacilio Pinheiro, e, na sequência, os Ministros Sessão Plenária do Supremo Tribunal Federal em 1966.
Ribeiro da Costa e Rocha Lagôa; à esquerda, o Da esquerda para a direita, compondo o Plenário,
Procurador-Geral da República, Plínio de Freitas Ministros Aliomar Baleeiro, Prado Kelly, Evandro Lins,
Travassos, e, na sequência, os Ministros Lafayette Pedro Chaves, Gonçalves de Oliveira, Candido Motta,
de Andrada e Hahnemann Guimarães. Ribeiro da Costa e Luiz Gallotti.

176 177
Retrato de Luiz Côrrea de Queiroz Barros
(1817-1908), Ministro do Supremo Tribunal
de Justiça entre 1888 e 1891 e, posteriormente, Retrato de Edmundo Pereira Lins (1863-
Ministro do Supremo Tribunal Federal entre 1944), Ministro do Supremo Tribunal
1891 e 1892. Federal entre 1917 e 1937.

178 179
“ O Supremo Tribunal Federal é um amálgama de seus
integrantes ao longo de sua história: os Ministros de
ontem, de hoje e de sempre, presentes de forma imor-
redoura nesta Casa.”
Ministra Rosa Weber, Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal, na 27a ses-
são ordinária do Plenário da Corte, realizada 7 de outubro de 2020, em home-
Retrato oficial, em porcelana, de Pedro Afonso Mibieli (1866- nagem ao Ministro Celso de Mello, por ocasião de sua aposentadoria.
1945), Ministro do Supremo Tribunal Federal entre 1912 e 1931.

Retrato oficial, em porcelana, de Herminio Francisco do


Espirito Santo (1841- 1924), Ministro do Supremo Tribunal
Federal entre 1894 e 1924.

180 181
Visita da Princesa Abida Sultaan, Embaixadora
do Paquistão, ao Supremo Tribunal Federal.
Primeira mulher a assumir o posto mais alto em
uma embaixada no Brasil, Abida Sultaan foi rece-
bida na antiga sede do Tribunal na Avenida Rio
Branco, Rio de Janeiro, durante a Presidência do
Ministro Orozimbo Nonato. Na imagem, desta-
cam-se: à esquerda, os Ministros Luiz Gallotti e
Lafayette de Andrada; ao centro, a Embaixadora
do Paquistão; à direita, o Ministro Orozimbo
Nonato, Presidente da Suprema Corte. 4.4.1957.
A fotografia foi incorporada ao acervo por meio
de doação realizada pelo Ministro Octavio
Gallotti, filho do Ministro Luiz Gallotti, em 1988.

182 183
Visita oficial do Príncipe de Gales, Charles (no
centro), ao Supremo Tribunal Federal, durante
a Presidência do Ministro Thompson Flores.
13.3.1978.

Em visita oficial ao Supremo Tribunal Federal, a


Rainha Elizabeth II, da Inglaterra, se pronuncia em
solenidade no Plenário. Da esquerda para a direita, a O Ministro Rafael Mayer (à direita), Presidente do
Rainha Elizabeth II (em pé) e, sentados, o Ministro Supremo Tribunal Federal, recebeu o Arcebispo
Luiz Gallotti, Presidente do Tribunal, e o Príncipe sul-africano Desmond Tutu (à esquerda), Prêmio
Philip. 5.11.1968. Nobel da Paz de 1984. 19.5.1987.

184 185
Encontro entre o Presidente do Congresso Nacional Africa- Adolfo Perez Esquivel (à direita), Prêmio Nobel da Paz
no, Nelson Mandela, e o Presidente do Supremo Tribunal de 1980, assina o livro de visitas do Supremo Tribunal
Federal, Ministro Sydney Sanches, no Salão Nobre, no Federal, no Salão Nobre do Edifício-Sede do Tribunal.
Edifício-Sede do Tribunal. Da direita para a esquerda, em O ativista argentino esteve no Tribunal acompanhado
destaque, o Ministro Sydney Sanches, Nelson Mandela e das viúvas de posseiros do Estado do Pará e foi recebido
sua esposa, Winnie Madikizela-Mandela. 5.8.1991. pelo Ministro Paulo Brossard (à esquerda). 6.12.1991.

186 187
[p. 188] [p. 189]
Presidente da República da Colômbia, Álvaro Uribe A Presidente do Supremo Tribunal Federal,
(à esquerda), é recebido pelo Presidente do Supremo Ministra Cármen Lúcia (ao centro), recepciona
Tribunal Federal, Ministro Gilmar Mendes (à direita), o Rei e a Rainha da Suécia, Carl XVI Gustaf e
em visita oficial ao Tribunal. 17.2.2009. Silvia. 6.4.2017.

188 189
Visita do arquiteto Oscar Niemeyer aos edifícios do
Supremo Tribunal Federal, durante a Presidência do
Ministro Antonio Neder (à direita). 23.7.1979.

Visita oficial de Tancredo Neves (à esquerda), eleito


Aliomar Baleeiro, então Deputado Federal Constituinte, Presidente da República do Brasil, ao Presidente
assina a Constituição de 1946. Foi, posteriormente, Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ministro Cordeiro
do Supremo Tribunal Federal, entre 1965 e 1975. Guerra (à direita). 12.2.1985.

190 191
Francisco Rezek (à esquerda), então
Ministro das Relações Exteriores do
Brasil, durante a despedida do Papa Encontro dos representantes dos Três Poderes da
João Paulo II (à direita), no aeroporto República. Da esquerda para direita, Michel Temer
de Salvador, Bahia. 21.10.1991. (Presidente da Câmara dos Deputados), Antônio Carlos
O Ministro Francisco Rezek integrou Magalhães (Presidente do Senado Federal), Fernando
o Supremo Tribunal Federal em dois Henrique Cardoso (Presidente da República), e Minis-
períodos: de 1983 a 1990 e de 1992 a tro Celso de Mello (Presidente do Supremo Tribunal
1997. Federal). 1997.

192 193
Ministro Marco Aurélio, Presidente da
República em exercício, sanciona, em
solenidade no Palácio do Planalto, a lei
que cria a TV Justiça. O Ministro, que
integrou o Supremo Tribunal Federal
por mais de 31 anos (de 1990 a 2021),
era na ocasião Presidente da Suprema
Corte e exercia interinamente a Presi-
dência da República. 17.5.2002.

Primeira audiência de distribuição automatizada de Construção do edifício Anexo II do


processos no Supremo Tribunal Federal, realizada na Supremo Tribunal Federal em julho de
Presidência do Ministro Néri da Silveira. 25.5.1990. 1998.

194 195
[p. 196 e 197]
Slides com registros fotográficos diversos. Autoria des-
conhecida. Brasília, séc. 20. Materiais diversos, 5 x 5 cm
(cada).
A coleção de slides presente no acervo do Museu traz
registros relacionados à história da Instituição, como
imagens de sessões plenárias, de ambientes nos edifícios,
de eventos realizados e de outros momentos marcantes
na trajetória da Corte.

196 197
Croquis, plantas e
projetos
Croquis, maquetes, plantas e projetos. O que seria da constru-
ção do complexo arquitetônico do Supremo Tribunal Federal
sem essas peças de apoio? Afinal, foram esses trabalhos, ela-
borados por profissionais especializados, que transmitiram as
ideias da futura construção e os detalhes de instalações. Tais
peças foram fundamentais para a base, o estudo e a viabili-
dade técnica do Palácio e seus dois anexos, inaugurados em
1960, em 1974 e em 1998, respectivamente. Fontes históricas
de inquestionável riqueza, alguns desses estudos integram o
repositório documental do Tribunal.

Maquete do complexo arquitetônico do Supremo


Tribunal Federal. Gilberto Antunes (maquetista) |
Oscar Niemeyer (arquiteto). Rio de Janeiro, séc. 20.
Materiais diversos, 22 x 122 x 42 cm.
Maquete apresentada como projeto do complexo
arquitetônico do Tribunal. O Palácio do Supremo
Tribunal Federal foi inaugurado em 1960 e é um
ícone da Arquitetura Moderna, idealizado por Oscar
Niemeyer. Por mais de uma década, o Tribunal fun-
cionou apenas no Edifício-Sede, mas, em razão da
necessidade de adequação dos espaços e do aumento
da força de trabalho, foram inaugurados dois anexos,
o primeiro em 1974 e o segundo em 1998.
Atualmente, o Edifício-Sede abriga, entre outras
unidades, a Presidência, o Plenário e o Museu. Os
Anexos I e II comportam as Turmas, os gabinetes
dos Ministros e as dependências das secretarias.

198 199
Maquete para o projeto da Biblioteca do
Supremo Tribunal Federal. Gilberto Antunes Representação de proposta para o Anexo II do
(maquetista) | Oscar Niemeyer (arquiteto). Supremo Tribunal Federal. Oscar Niemeyer. Rio de
Rio de Janeiro, 1980. Janeiro, 18 de abril de 1991. Serigrafia, 55 x 75 cm.
Aspecto externo de projeto não aprovado de Aspecto externo da segunda versão do projeto para o
Oscar Niemeyer para o Anexo II do Supremo Anexo II do Supremo Tribunal Federal. Proposta não
Tribunal Fede­ral. Nessa primeira proposta, aprovada. Na serigrafia, encontra-se dedicatória do
funcionariam no edifício a Biblioteca, o arquiteto Oscar Niemeyer ao Diretor-Geral do STF
Arquivo e o Museu. Sebastião Duarte Xavier.

200 201
Maquete de estudo para o painel do Plenário. Athos
Bulcão (projeto). Brasília, c. 1970.
Modelo reduzido de estudo para painel. A obra foi comissio-
nada ao artista plástico Athos Bulcão, em função do redi-
mensionamento do Plenário no Edifício-Sede do Supremo
Tribunal Federal, executado entre os anos de 1977 e 1978.

202 203
[p. 204 e 205]
Croquis do painel com a escultura A Justiça.
Alfredo Ceschiatti. Brasília, c. 1970.
Desenhos de estudo da escultura que ornamenta
a entrada do Plenário, em que a cabeça da Justiça,
em bronze, guarda uma porta simbólica no Plená-
rio do Supremo Tribunal Federal.

204 205
Projeto de
Redimensionamento
do Museu
Ampliando os espaços da
experiência histórica

206 207
Em dezembro de 2021, após 43 anos de funcionamen- Enfim o Museu teria um espaço compatível com a
to, mudanças de local e de estrutura, o Museu fez um dimensão institucional do Supremo Tribunal Fe-
avanço decisivo e há muito esperado: instalou-se em deral. Os itens do acervo da Corte, então dispersos
vasto e elegante espaço no Palácio do do Supremo em pontos diversos do Palácio, poderiam agora se
Tribunal Federal. O projeto da nova configuração foi concentrar em um só local, especialmente projetado
assinado por um dos maiores arquitetos brasileiros, para eles. Realçado pelo ambiente ideal, pelas cores,
Paulo Mendes da Rocha. iluminação e refrigeração adequadas, o patrimônio à
mostra seria mais bem preservado e compreendido
O processo de renovação começou dois anos antes, em sua relevância histórica.
impulsionado pelo Presidente Dias Toffoli. Para o Mi-
nistro, a metragem do Museu era incompatível com a Para a execução, além de contar com recursos pró-
importância da história e do acervo do Tribunal. “O prios e patrocínio do Banco de Brasília, o Supremo
Tribunal é convocado não apenas a valorizar a me- Tribunal Federal firmou parceria com a Associação
mória histórica institucional, mas também a revelar- dos Magistrados Brasileiros e a Ordem dos Advoga-
-se para a sociedade com as narrativas do seu Museu”, dos do Brasil, que teriam espaço para exposições. A
afirmou durante a apresentação do pré-projeto para o obra foi prevista para três fases: modificações inter-
redimensionamento. nas no subsolo, instalações da parte expositiva e, por
último, intervenções externas.
De fato, a sala de exibição no segundo andar do
Edifício-Sede comportava apenas uma amostra A primeira etapa foi concluída em abril de 2021. No
do acervo. Com a nova área no subsolo do mesmo mês seguinte, o Brasil perdeu o estimado arquiteto
prédio, o Museu ganharia projeção. Em vez de cons- Paulo Mendes da Rocha, aos 92 anos, a seis meses da
truir, a palavra de ordem era redimensionar: espaços inauguração de um de seus últimos projetos.
já existentes seriam agrupados para receber as novas
instalações.

Em setembro de 2019, o premiado arquiteto apresentou “ O Supremo Tribunal Federal lamenta


aos Ministros da Suprema Corte um plano inovador a partida do brilhante arquiteto, cujo
que buscava ampliar não apenas o espaço físico, mas talento será eternizado no Museu que
também o acesso da sociedade ao acervo arquitetôni- em breve será instalado na Corte.”
co, artístico e histórico do Tribunal, ou seja, buscava
dar visibilidade às ações e exposições do Museu. Ministro Luiz Fux, Presidente do Supremo Tribunal
Federal, em maio de 2021.
Além de extensa sala de exibição, o pré-projeto con-
templou um espaço de convivência para o cidadão,
com cafeteria e livraria, e integração total com a Pra-
ça dos Três Poderes. Tudo isso sem alterar a estru-
tura e a forma do Palácio tombado pelo Patrimônio
Histórico. Foi esse o estudo aprovado em reunião do
colegiado da Suprema Corte.

208 209
O arquiteto Paulo Mendes da Rocha
apresenta, no Supremo Tribunal Federal,
pré-projeto para redimensionamento do
Museu. 25.9.2019.

Apresentação do pré-projeto para redimensionamento do


Museu do Supremo Tribunal Federal aos Ministros do
Tribunal. Da esquerda para a direita: Ajax Porto Pinheiro
(Assessor Especial da Presidência do STF), Daiane Nogueira
de Lira (Secretária-Geral da Presidência do STF), Naiara
Cabeleira de Araújo Pichler (Secretária de Documentação do
STF), Marta Moreira (arquiteta do escritório MMBB), arqui-
teto Paulo Mendes da Rocha, Tomás Millán (arquiteto do es-
critório MMBB), Ministro Dias Toffoli (Presidente do STF),
Ministro Gilmar Mendes, Ministro Ricardo Lewandowski,
Ministra Rosa Weber, Ministro Alexandre de Moraes, Sérgio O arquiteto Paulo Mendes da Rocha (à
Braune Solon de Pontes (Chefe de Gabinete da Presidência esquerda) e o Presidente do STF, Ministro
do STF), Luiz Antonio de Souza Cordeiro (Secretário de Dias Toffoli (à direita), durante apresentação
Administração e Finanças do STF) e Zilda Lúcia de Abreu do pré-projeto para redimensionamento
(Coordenadora da Arquitetura, Engenharia e Manutenção do do Museu do Supremo Tribunal Federal.
STF). 25.9.2019. 25.9.2019.

210 211
“A preservação da memória e do acervo
histórico da Corte é tão importante quanto
possa ser a memória para qualquer pro-
cesso educativo.”
Paulo Mendes da Rocha, em 2019.

Projeto Arquitetônico para redimensionamento do Museu


do Supremo Tribunal Federal.
Representação gráfica de corte arquitetônico do Edifício-Sede
do STF, ressaltando as alterações previstas para o subsolo, pavi-
mento onde se localiza o Museu.

212 213
214 215
[p. 214 e 215]
Projeção tridimensional do espaço do Museu do
Supremo Tribunal Federal.

Sessão administrativa para aprovação do projeto do novo espaço do Museu do Supremo Tribunal Federal.
Sentados, da esquerda para a direita: Ministro Dias Toffoli, Presidente do STF, Ministros Marco Aurélio,
Ricardo Lewandowski, Luiz Fux, Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Edson Fachin e as Ministras Rosa
Weber e Cármen Lúcia. 24.10.2019.

Reunião entre o arquiteto Paulo Mendes da Rocha, representantes do Supremo Tribunal


Federal, do escritório MMBB e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(IPHAN), para aprovação do projeto do novo espaço expositivo do Museu. Da esquerda
para a direita, Saulo Santos Diniz (Superintendente do IPHAN-DF), Eduardo Toledo
(Diretor-Geral do STF), Daiane Nogueira de Lira (Secretária-Geral da Presidência
do STF), Marta Moreira (arquiteta do escritório MMBB), Naiara Cabeleira de Araújo
Pichler (Secretária de Documentação do STF), Pedro Felipe Oliveira (Juiz Auxiliar do
Gabinete do Ministro Luiz Fux, Vice-Presidente do STF), equipe do IPHAN-DF e o
arquiteto Paulo Mendes da Rocha. 12.2.2020.

216 217
Cerimônia de assinatura do acordo de cooperação para a
construção do novo espaço do Museu do Supremo Tribunal
Federal, realizada no Salão Nobre do Tribunal. Em pé, da
esquerda para a direita, o Presidente do STF, Ministro Dias
Toffoli, e a Presidente da AMB, Renata Gil. Sentados, da
esquerda para a direita, o Presidente do BRB, Paulo Henrique
Costa, o Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e o
Diretor-Geral do STF, Eduardo Toledo. 5.8.2020.

218 219
Ruído, poeira e saída de entulho marcaram o início das obras do
Museu do Supremo Tribunal Federal, em janeiro de 2020. Come-
çava ali o trabalho de requalificação no subsolo do Edifício-Sede.
Nessa fase inicial, o foco da reforma era preparar o espaço para a
futura configuração. Atentas à preservação da estrutura original,
as equipes removeram paredes, divisórias, revestimentos e instala-
ções da área correspondente à primeira sala expositiva do Museu.
Após dois meses de trabalho, já era possível contemplar o amplo
salão e imaginar o Museu.

Em setembro de 2020, com a instalação de pisos, componentes


elétricos e de segurança, vitrines e mesas expositoras, a sala de
exposições começa a se desnudar, reunindo três ambientes para
exibição de acervo. Recursos como climatização de ambiente e ilu-
minação foram especialmente pensados para preservar e valorizar
as peças em exposição.

220 221
Aspecto da obra de redimensionamento Etapa de acabamentos da obra de redimensiona-
do Museu do Supremo Tribunal Federal. mento do Museu do Supremo Tribunal Federal,
25.2.2021. em abril de 2021.

222 223
Obra para troca de piso do hall do elevador privativo Obra para troca de piso do hall do elevador privativo
dos Ministros no Edifício-Sede do Supremo Tribunal dos Ministros no Edifício-Sede do Supremo Tribunal
Federal. O ambiente constitui parte da entrada para o Federal. O ambiente constitui parte da entrada para
novo espaço do Museu. 2.7.2021. o novo espaço do Museu. 26.7.2021.

224 225
Com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da
Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e o patrocínio
do Banco de Brasília (BRB), a primeira etapa da obra foi con-
cluída. No segundo semestre de 2021, com os últimos retoques,
o novo espaço do Museu estava pronto para receber o acervo.

Museu do Supremo Tribunal Federal após


finalização da obra de redimensionamento.
6.7.2021.

226 227
Museu do Supremo Tribunal Federal após
finalização da obra de redimensionamento.
6.7.2021.

228 229
Museu do Supremo Tribunal Federal após Museu do Supremo Tribunal Federal após
finalização da obra de redimensionamento. finalização da obra de redimensionamento.
26.7.2021. 26.7.2021.

230 231
Após dois anos de estudos, planejamentos e obras, a primeira
etapa das novas instalações do Museu do Supremo Tribunal
Federal foi inaugurada, em 2 de dezembro de 2021. Na cerimô-
nia de abertura, o Presidente do Tribunal, Ministro Luiz Fux,
observou que o Museu "permite que a sociedade compreenda
quem foi, quem é e quem será o guardião da Constituição bra-
sileira. Assim, poderá conhecer suas personalidades, seus ritu-
ais, seus eventos históricos e – acima de tudo - seu empenho
contínuo em assegurar os direitos fundamentais e em defender
o regime democrático."

A cerimônia foi restrita às autoridades em razão da pandemia da


Covid-19, mas o púbico pôde acompanhar o evento ao vivo pela
TV Justiça, pela Rádio Justiça e no canal do Tribunal no YouTu-
be. Além disso, no Portal da Corte, foi disponibilizado um tour
virtual da exposição inaugural.

Cerimônia de
inauguração do Cerimônia de inauguração do novo espaço do Museu do Supremo
novo espaço do
Tribunal Federal. Em destaque, o Ministro Luiz Fux, Presidente
Museu do Supremo
Tribunal Federal do Tribunal. Ao fundo, da esquerda para a direita, a Presidente
do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ministra Maria Cristina
Peduzzi, a Ministra Rosa Weber, Vice-Presidente do STF, os Minis-
tros Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Edson
Fachin, o Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
Felipe Santa Cruz, a Presidente da Associação dos Magistrados
Brasileiros (AMB), Renata Gil, e o Presidente do Banco de Brasília
(BRB), Paulo Henrique Costa. 2.12.2021.

232 233
Cerimônia de inauguração do novo espaço do Museu do
Supremo Tribunal Federal. Em destaque, o Ministro Luiz Fux,
Presidente do Tribunal. Ao fundo, da esquerda para a direita,
a Presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Minis-
tra Maria Cristina Peduzzi, os Ministros Dias Toffoli, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin, o Presidente
da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz,
a Presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB),
Renata Gil, e o Presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo
Henrique Costa. 2.12.2021.

234 235
O Ministro Luiz Fux, Presidente do Supremo Tribunal Federal, a Ministra Rosa Weber, Vice-Presidente do Su-
premo Tribunal Federal, e o Ministro Dias Toffoli descerram a placa de inauguração do novo espaço do Museu.
2.12.2021.

Placas de inauguração da primeira fase do projeto


de redimensionamento do Museu. 2.12.2021.

236 237
O Ministro Luiz Fux, Presidente do Supremo Tribunal
Federal, e o Ministro Dias Toffoli desatam a fita da entrada
do Museu do Supremo Tribunal Federal, durante a inau-
guração de seu novo espaço. 2.12.2021.

O Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),


Felipe Santa Cruz (à esquerda), na companhia do Minis-
tro Luiz Fux (ao centro), Presidente do Supremo Tribunal
Federal, e do Ministro Ricardo Lewandowski, visita a
exposição da OAB na inauguração do novo espaço do
Museu. 2.12.2021.

[p. 239]
O Ministro Luiz Fux, Presidente do Supremo Tribunal
Federal, e o Ministro Dias Toffoli visitam a exposição
“Supremo Tribunal Federal: Do Solar do Lavradio à
Praça dos Três Poderes”, durante a inauguração do
novo espaço do Museu. 2.12.2021.

238 239
A Presidente do Tribunal Superior do Trabalho (à esquerda), Ministra Maria Cristina Peduzzi, o Ministro Luiz
Fux (ao centro), Presidente do Supremo Tribunal Federal, e a Ministra Rosa Weber (à direita), Vice-Presidente
do Supremo Tribunal Federal, participam da inauguração do novo espaço do Museu. 2.12.2021.

O Ministro Luiz Fux, Presidente do Supremo Tribunal Federal,


assina livro de visitas no Museu. 2.12.2021.

240 241
Exposição Inaugural
Supremo Tribunal Federal:
Do Solar do Lavradio à
Praça dos Três Poderes

242 243
Em dezembro de 2021, o novo espaço do Museu do Supremo
Tribunal Federal foi inaugurado, em sintonia com as celebrações
de aniversário dos 130 anos da Suprema Corte. O tema da mos-
tra de abertura foi "Supremo Tribunal Federal: Do Solar do La-
vradio à Praça dos Três Poderes”.

A exposição lançou um olhar para trás, no tempo e no espaço,


conectando os fios do passado às linhas atuais, no intuito de re-
fletir a riqueza histórica da Corte e de seu acervo. Por meio de
fotografias, documentos originais, objetos e peças processuais,
os visitantes da mostra foram convidados a se familiarizar com a
trajetória e a missão guardiã da mais alta instância judiciária bra-
sileira. Não foi sem motivo, portanto, que o roteiro se orientou
pelas seis Constituições republicanas.

Em linhas gerais, o roteiro da exposição possibilitou aprofundar


desdobramentos do Tribunal em mais de um século. Entre as
peças em exibição destacaram-se a ata de instalação do Supremo
Tribunal Federal, de 28 de fevereiro de 1891, bem como imagens
de fachadas de prédios e seus interiores, móveis antigos e objetos
que marcaram as atividades da Corte na sucessão dos anos.

Outro ponto alto da mostra foi a coleção de fotografias e painéis


de Ministros e personalidades de destacada atuação na história da
Suprema Corte. Conteúdo esse que compõe com objetos pessoais
e julgamentos antológicos para a vitalidade da Justiça brasileira.

Tour virtual pela À versão presencial de “Supremo Tribunal Federal: Do Solar do


exposição inaugural Lavradio à Praça dos Três Poderes” somou-se um tour virtual
do novo espaço do
Museu do Supremo pela exposição, que popularizou de forma ampla e inédita a me-
Tribunal mória do Tribunal.

244 245
246 247
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[p. 246 e 247] [p. 256 e 257]
Primeiro ambiente do Museu, ocupado pela exposição “Supremo Novo espaço do Museu do Supremo Tribunal Federal. Vista do segun-
Tribunal Federal: Do Solar do Lavradio à Praça dos Três Poderes”. do ambiente do Museu, ocupado pela exposição “Supremo Tribunal
Em destaque: mosaico com retratos oficiais dos Ministros da Corte e Federal: Do Solar do Lavradio à Praça dos Três Poderes”. Em destaque:
letreiro do Museu. 2.12.2021. vitrine com exposição do mobiliário histórico do STF (cadeiras utiliza-
das no antigo Plenário do STF no Rio de Janeiro, aquarela com projeto
para o Plenário da antiga sede do STF na Avenida Rio Branco e retrato
[p. 248 e 249] do Conselheiro Albino, Ministro do Supremo Tribunal de Justiça).
Novo espaço do Museu do Supremo Tribunal Federal, durante a 2.12.2021.
exposição “Supremo Tribunal Federal: Do Solar do Lavradio à Praça
dos Três Poderes”. Em destaque: mosaico com retratos dos Ministros
da Corte, bustos de Ministros do Tribunal e vitrine com exposição de [p. 258 e 259]
acervo. 2.12.2021. Novo espaço do Museu do Supremo Tribunal Federal. Vista do segun-
do ambiente do Museu, ocupado pela exposição “Supremo Tribunal
Federal: Do Solar do Lavradio à Praça dos Três Poderes”. Em destaque:
[p. 250 e 251] acervo do espaço da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e,
Primeiro ambiente do Museu, ocupado pela exposição “Supremo ao fundo, vitrine com togas e mobiliário histórico do Supremo Tribunal
Tribunal Federal: Do Solar do Lavradio à Praça dos Três Poderes”. Em Federal. 2.12.2021.
destaque: vitrine com exposição de acervo retratando acontecimentos
relacionados às atividades iniciais da Corte, em 1891. 2.12.2021.
[p. 260 e 261]
Espaço com expografia organizada pela Ordem dos Advogados do
[p. 252 e 253] Brasil (OAB) no novo espaço do Museu do Supremo Tribunal Federal.
Segundo ambiente do Museu, ocupado pela exposição “Supremo 2.12.2021.
Tribunal Federal: Do Solar do Lavradio à Praça dos Três Poderes”. Em
destaque: fotografias de visitas oficiais, vitrines suspensas com acervo
exposto e, ao fundo, exposição organizada pela Associação dos Magis- [p. 262 e 263]
trados Brasileiros (AMB). 2.12.2021. Primeiro ambiente do Museu do Supremo Tribunal Federal, durante a
exposição “Supremo Tribunal Federal: Do Solar do Lavradio à Praça
dos Três Poderes”. Em destaque, ao fundo, imagem do Ministro Luiz
[p. 254 e 255] Fux, Presidente da Corte. 2.12.2021.
Segundo ambiente do Museu, ocupado pela exposição “Supremo
Tribunal Federal: Do Solar do Lavradio à Praça dos Três Poderes”. Em
destaque, vitrines suspensas com acervo exposto. Ao fundo, espaço da
Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e painéis “STF concreti-
zando direitos”. 2.12.2021.

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p i d = G z p _ G 8 h N Vj 4 A A A R N Ww Ry FA & s v _
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lidade do Supremo, a visitação com a presença de intérpretes de (59 min 3s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?- GOOGLE. Google Arts & Culture, 2021. Salão Branco do Su-
Libras deverá ocorrer uma vez por semana, em dias e horários v=gq2AfP2dhH0. Acesso em: 12 set. 2022. premo Tribunal Federal – Brasília. Disponível em: https://
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STF aprova projeto de expansão do museu da Corte para atendi- Acesso em: 12 set. 2022.
mento da população: proposta vai ampliar o acesso da sociedade GOOGLE. Google Arts & Culture, 2021. Salão Nobre do
ao acervo arquitetônico, artístico e histórico do Tribunal e dar Outros websites Supremo Tribunal Federal – Brasília. Google Arts & Cul-
visibilidade a outras ações e exposições que contribuam para a ture. Disponível em: https://artsandculture.google.com/
promoção da cidadania. Supremo Tribunal Federal, Brasília, ABOUTAVISIT. MPEmbed, 2021. Museu do Supremo Tribunal streetview/sal%C3%A3o-nobre/yAFepM3mQEhpfA?sv_ln-
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Acesso em: 5 set. 2022. uploads/2021/10/logos_png-3.png&image=https://aboutavisit. 5CW85bOsAAARNWwRx6g&sv_z=0.9999999999999997.
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STF inaugura novas instalações do Museu da Corte: o novo espa- billboard=1. Acesso em: 12 set. 2022.
ço, projetado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, se destina

268 269
Secretaria-Geral da Presidência Equipe técnica
Pedro Felipe de Oliveira Santos Fotografias
Produção gráfica e editorial Fellipe Sampaio/SCO/STF (p. 12-13, 17, 61, 62, 68 superior,
Gabinete da Presidência Ana Paula Alencar Oliveira, Roberto Hara Watanabe e Viviane 72-73, 79, 94-95, 100, 118-119, 126, 127, 144-145, 150, 152-
Patrícia Andrade Neves Pertence Monici 153, 160, 167, 189, 200, 201, 204, 205, 233 a 236, 238 a 241,
246 a 249, 252 a 255, 258 a 263), Acervo do Museu do Supre-
Diretoria-Geral Pesquisa mo Tribunal Federal (p. 23, 27 a 31, 33, 36 a 43, 45, 47 a 49,
Edmundo Veras dos Santos Filho Deise Soares Pedreira, Ludmylla Kristhina Barbosa de Oliveira, 51, 52-53, 60, 66 inferior, 67 superior, 68 inferior, 70, 75, 78,
Roberta Lima Fraga e Viviane Monici 97 a 99, 101, 105, 115 a 117, 124, 125, 128 a 131, 151, 154,
Assessoria Especial da Presidência 158, 159, 161 a 163, 171 a 173, 175 a 180, 182, 184 a 187, 190
Gabriel Campos Soares da Fonseca Seleção de conteúdos e produção de textos a 194, 196, 197, 202-203, 212 a 215, 224, 225, 237, 242 e 243),
Gabriela Berbert Born Ana Paula Alencar Oliveira, Deise Soares Pedreira, Ludmylla U. Dettmar/SCO/STF (p. 51), Rosinei Coutinho/SCO/STF (p.
Kristhina Barbosa de Oliveira e Viviane Monici 54 a 57, 71, 81 e 222), Carlos Humberto/SCO/STF (p. 58-59,
Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da 63, 168 e 169), Roberto Hara/SAE/STF (p. 64-65, 104, 132,
Informação Revisão técnica 155, 156-157, 198-199, 223 e 227 a 231), Nelson Jr./SCO/STF
Alexandre Reis Siqueira Freire Ana Paula Alencar Oliveira, Deise Soares Pedreira, Ludmylla (p. 66 superior, 67 inferior, 90 a 93, 188, 206, 210, 211, 216,
Kristhina Barbosa de Oliveira, Roberta Lima Fraga e Viviane 217, 219 a 221, 243, 250-251 e 256-257), Carlos Moura/SCO/
Coordenadoria de Gestão da Informação, Memória Monici STF (p. 69), Secretaria de Comunicação Social do Supremo
Institucional e Museu Tribunal Federal (p. 80), Lainha Loiola (p. 83, 89, 102-103,
Ana Paula Alencar Oliveira Revisão de texto 106 a 109, 111 a 113, 121, 122, 133 a 135, 137 a 139, 141 a 143,
Juliana Silva Pereira de Souza, Márcia Gutierrez Aben-Athar 146 a 149, 164 a 166 e 170), Dorivan Marinho/SCO/STF (p.
Coordenadoria de Difusão da Informação Bemerguy e Rosa Cecilia Freire da Rocha 86-87), Junhiti Nagazawa/SCO/STF (p. 195 superior) e Eva-
Thiago Gontijo Vieira risto Sá (p. 195 inferior).
Revisão de normalização
Coordenadoria de Biblioteca Andréia Cardoso Nascimento e Luciana Araújo Reis
Luiza Gallo Pestano
Capa, projeto gráfico e diagramação
Secretaria de Comunicação Social Roberto Hara Watanabe
Mariana Araujo de Oliveira Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Supremo Tribunal Federal – Biblioteca Ministro Victor Nunes Leal
Coordenadoria de Imprensa
Ana Gabriela Guerreira Viola da Silveira Leite Brasil. Supremo Tribunal Federal (STF).
Museu do Supremo Tribunal Federal / Supremo Tribunal Federal.
-- Brasília : STF, Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da
Informação, 2022.
272 p. : il., fots., gravs.

Disponível, também, em formato eletrônico: <Link>.

ISBN : 978-65-87125-61-9.

1. Tribunal supremo, Brasil. 2. Museu, Brasil. 3. Acervo cultural,


Brasil. 4. Poder Judiciário, história, Brasil. I. Título.

CDDir-341.4191

270 271
A primeira fase da obra de redimensionamento do Museu do
Supremo Tribunal Federal foi concluída em 2021 e contou com
o apoio da Associação dos Magistrados Brasileiros e da Ordem
dos Advogados do Brasil e com o patrocínio do BRB - Banco de
Brasília.

PATROCÍNIO: PARCERIAS:

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