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Rivas Neto
(Mestre Arapiaga)
FUNDAMENTOS
HERMÉTICOS
DE UMBANDA
(Fundamentos Cósmicos de Umbanda)
Mestre Rivas, ainda adolescente, com 12 anos de idade, já iniciava seu caminho
na Umbanda e, seis anos depois, já dirigia seu próprio templo. Durante dezoito
anos percorreu o caminho iniciático orientado por seu Mestre W. W. da Matta e
Silva (in memoriam), sendo consagrado Mestre de Iniciação de 7º Grau no 3º
Ciclo e ordenado a continuar a tarefa de seu tutor, o que vem fazendo com a
desenvoltura de um verdadeiro mestre no assunto.
Esta obra que ora editamos vem abrir uma nova fase do Movimento Umbandista,
que já ultrapassou as fronteiras brasileiras, mostrando que a universalidade pode
ser atingida observando o que todos temos em comum, que é a humanidade
além de qualquer barreira.
Ícone Editora
Agradecimentos
À Editora Ícone, que na ilustre pessoa de seu Diretor Presidente, meu editor e
amigo Sr. Luiz Carlos Fanelli, pelo apoio incondicional, pela amizade e alto senso
de profissionalismo.
Obs.: “Caboclo Velho Payé” é o próprio Sr. Urubatão da Guia — um dos condutores da
restauração e resgate do Aumbhandan. O nome Velho Payé deve-se a esta entidade espiritual
e sua legião ser um dos principais e mais antigos sacerdotes da Raça Vermelha, detentora da
Tradição Cósmica.
Dedicatória
“In Memoriam”
A Terezinha
Domingo, Marcelo, Márcio, Thales, Athus e Thetis, que além de “filhos nesta
presente jornada” são meus irmãos e amigos milenares, meus agradecimentos
sinceros, pela compreensão das horas que não pudemos estar juntos. Que
Oxalá os abençoe sempre.
F. Rivas Neto
Sumário
Explicação Necessária
“Velho Payé”
(Arashamanan)
O Oculto Revelado
Como Ele havia escrito “Lições Básicas de Umbanda”, nada mais que justo,
amplie e desdobre conceitos, nestes — Fundamentos Herméticos de Umbanda.
A Imaturidade nas coisas do espírito, não atinge apenas aos ímpios ou livres
pensadores. Atinge, inclusive, com maior intensidade, os denominados
espiritualistas.
Não adianta saber, é necessário fazer... Sim, fazer pelo seu semelhante,
estender-lhe a verdadeira caridade, o verdadeiro conhecimento da vida do
Espírito.
“7 Espadas”
(Orishiauara)
Explicação Necessária
Com total aquiescência de “nossos” Mentores Espirituais, eis que, com muito
júbilo, entregamos aos nossos prezados leitores, sejam ou não umbandistas,
mais uma singela e humilde obra de nossa “autoria”.
Reiteramos assim, que não somos nenhum iluminado que tudo sabe e conhece,
não necessitando de mais nenhum conhecimento ou aperfeiçoamento. Graças
a “Tupan”, longe de nós tal absurdo... Achamos sim, que nada sabemos, mas
dia a dia buscamos interpenetrar a Verdade revelada por “nossos” e outros
Mentores Espirituais. Como todos, buscamos mais Luzes, maiores
esclarecimentos, pois aspiramos à Sabedoria, que temos plena consciência ser
Amor e Conhecimento interiorizados, vivenciados.
Creia-nos, Leitor Amigo e Irmão de Fé, que já superamos uma certa euforia e,
porque não dizer, até certo ufanismo, quando vimos impressas nossas primeiras
obras. Pura ilusão! Quem realmente quer servir, deve esquecer-se, se possível,
ficar no anonimato, pois o que há de prevalecer é a Doutrina e não o autor, que
é mero instrumento e veículo. O que desejamos realmente é servir, e sempre
melhor...
Bem, Caro Leitor, perdoe-nos o monólogo, mas, eis que, prazerosamente, lhe
entregamos mais um de “nossos” livros, que como sempre, teve a orientação
direta e o “Agô” de Caboclo Sr. Urubatão da Guia 1 e de Caboclo Sr. 7 Espadas.
1. Somente agora, após oito anos da passagem de Pai Matta para outras dimensões da vida,
informamos que Caboclo Urubatão da Guia é o “Caboclo Velho Payé” (ARASHAMANAN).
Queiram pois, aceitar minha gratidão e amizade num profundo e sincero, Saravá!
Rivas Neto
(Mestre Arapiaga)
O Exotérico e o Esotérico
Iniciemos nosso estudo analógico com as duas fases do dia terrestre. A Fase
solar, Fase da luz é tida como real, sem véus, sem mitos, portanto, esotérica. A
Fase lunar, ou Fase da sombra é tida como ilusória, irreal, mitológica. São o dia
e a noite. A Luz Solar (real) e a Luz Lunar (irreal).
A Luz solar é para nós a luz da verdade, que como o Sol pode nos cegar se não
tivermos preparados ou equipados para tanto (grau consciencial).
É a tão famosa Lei das Correspondências ou dos Análogos, pois desde a Luz
Divina até a temporária e ilusória treva total (que, de forma absoluta, não existe)
obedecem à Lei. E pela Lei das Correspondências, tudo se corresponde, tudo
tem seus paralelos. O “mais alto” corresponde ao “mais baixo”, fazendo com que
a manifestação seja una. É o famoso equilíbrio ou harmonia dos opostos.
AUMBHANDAN
(A LEI DIVINA EM AÇÃO)
ESOTÉRICO — EXOTÉRICO
W. W. da Matta e Silva
Meu Mestre, Meu Pai, Meu Amigo...
Rivas, esse exemplar é o nº 1. Te dou como prova do grande apreço que tenho
por você, Verdadeiro Filho de Fé do meu Santuário — do Pai Matta — Itacurussá,
30.07.86
Dessa mesma obra temos em mãos as promissórias que foram pagas, por Ele,
à Gráfica Esperanto, que facilitou o pagamento dos 3.500 exemplares em 180
dias ou 6 parcelas. Vimos, pois, que a 1ª edição de Umbanda de Todos Nós,
para ser editada, teve seu autor de pagá-la. A partir da 2ª edição a obra foi
lançada pela Livraria Freitas Bastos, a qual, desde aquela época, vem editando
as obras de Matta e Silva.
Como não poderia deixar de ser, a Livraria Freitas Bastos teve a sensibilidade
de perceber que estava de posse de um valioso tesouro e, como tal, valorizou-o
e deu ao seu autor o respaldo necessário.
Soubemos por ele que, realmente, foi uma briga astral, feroz... Além de ter
contrariado interesses mesquinhos de determinados pseudos-líderes
umbandistas da época, também desagradou a um Astral inferior e todo um
séquito de entidades atrasadas, as quais perceberam que com o lançamento e
a aceitação da obra, seu império de ações negras e nefastas ficou seriamente
ameaçado. Perceberam que, com a Luz do esclarecimento se manifestando, não
haveria mais lugar para a ignorância, faltando, pois, substrato às Sombras, fonte
primária e primeira de suas ações funestas.
Realmente, foi uma luta Astral, uma demanda, em que as Sombras e as Trevas
utilizaram-se de todos os meios agressivos e contundentes que possuíam,
arrebanhando para as suas fileiras do ódio e da discórdia tudo o que de mais
nefando e trevoso encontrassem, quer fosse encarnado ou desencarnado.
Na época, não fosse por seu Astral, Matta e Silva teria desencarnado... Várias
vezes, disse-nos, só não tombou porque Oxalá não quis... Muitas vezes precisou
dormir com sua gira firmada, pois ameaçavam-no de levá-lo durante o sono...
Imaginem os leitores amigos os assaltos que devem ter assoberbado o nobre
Mestre Matta e Silva...
Seus 2 filhos, Ubiratan e Eluá, também sofreram, embora de forma leve, as
rebarbas dos entrechoques de ordem astral que, em avalanche, desceram e
atingiram a família do ilustre Mestre. A demanda foi feroz, sendo que, de seus
perseguidores, a maioria recebeu segundo a Lei...
Pai Cândido, que logo a seguir denominou-se como Pai Guiné, assumiu toda a
responsabilidade pela manutenção e reequilibro astrofísico de seu Filho, para
em seguida orientá-lo na escrita de mais um livro. Sim, aí lançou-se, através da
Editora Esperanto, Umbanda — Sua Eterna Doutrina, obra de profunda filosofia
transcendental. Até então, jamais haviam sido escritos os conceitos esotéricos e
metafísicos expostos. Brilhavam, como ponto alto em sua doutrina, os conceitos
sobre o Cosmo Espiritual ou Reino Virginal, as origens dos Seres Espirituais,
etc... Os Seres Espirituais foram ditos como sendo incriados e, como tal,
eternos...
Devido a ser muito técnica, Umbanda — Sua Eterna Doutrina agradou aos
estudiosos de todas as Correntes. Os intelectuais sentiram peso em seus
conceitos, sendo que, para dizer a verdade, passou até certo ponto despercebida
pela grande massa de crentes e mesmo pelos ditos dirigentes umbandistas da
época.
Ainda não se esgotara a primeira edição de Sua Eterna Doutrina e Pai Matta já
lançava outra obra clássica, que viria a enriquecer ainda mais a Doutrina do
Movimento Umbandista. Complemento e ampliação dos conceitos herméticos
esposados por Sua Eterna Doutrina, o novo livro, Doutrina Secreta de
Umbanda, agradou mais uma vez a milhares de pessoas.
Não obstante suas obras serem lidas não só por adeptos umbandistas, mas
também por simpatizantes e mesmo estudiosos das ditas Ciências Ocultas, seu
Santuário, em Itacurussá, era frequentado pelos simples, pelos humildes, que
sequer desconfiavam ser o velho Matta um escritor conceituado no meio
umbandista. Em seu Santuário, Pai Matta guardou o anonimato, vários e vários
anos, em contato com a natureza e com a pureza de sentimentos dos simples e
humildes. Ele merecera essa dádiva, e nessa doce Paz de seu terreirinho
escreveria mais outra obra, também possante em conceitos.
Após 4 obras, Matta e Silva tornou-se por demais conhecido, sendo procurado
por simpatizantes de todo o Brasil. Embora atendesse a milhares de casos, como
em geral são atendidos em tantos e tantos terreiros por este Brasil afora, havia
em seu atendimento uma diferença fundamental: as dores e mazelas que as
humanas criaturas carregam eram retiradas, seus dramas equacionados à luz
da Razão e da Caridade, fazendo com que a Choupana do Velho Guiné quase
todos os dias estivesse lotada... Atendia também aos oriundos de Itacurussá —
na ocasião uma cidade sem recursos — que, ao necessitarem de médico, e não
havendo nenhum na cidade, recorriam ao Velho Matta. Este, com sua bondade
e caridade, a todos ministrava medicamentos da flora local, e mesmo alopatias
simples, que ele mesmo comprava quando ia à cidade do Rio de Janeiro. Ficou
conhecido como curandeiro, e sua fama ultrapassou os limites citadinos,
chegando às ilhas próximas, de onde acorriam centenas de sofredores de vários
matizes. Durante exatos 10 anos Matta e Silva cumpriu essa tarefa, que
transcendia a suas funções sacerdotais...
O leitor atento deve ter percebido que, durante nossos dezoito anos de
convivência iniciática, e mesmo de relacionamento Pai-Filho com o Pai Matta,
algumas das fases que citamos nós as presenciamos in loco...
Quando nos viu, disse que já nos aguardava, e porque tínhamos demorado
tanto?!
A partir dessa data, mantivemos um contato estreito, frequentando, uma vez por
mês, a famosíssima Gira de Pai Guiné em Itacurussá — verdadeira Terra da
Cruz Sagrada, onde Pai Guiné firmou suas Raízes, que iriam espalhar-se,
difundindo-se por todo o Brasil. Mas, voltando, falemos de nosso convívio com o
insigne Mestre.
Conhecer Matta e Silva foi realmente um privilégio, uma dádiva dos Orixás, que
guardo como sagrado no âmago de meu Ser. Nesta hora, muitos podem estar
perguntando:
Primeiramente, muito humano, fazendo questão de ressaltar esse fato. Aliás, era
avesso ao endeusamento, mais ainda à mitificação de sua pessoa. Como
humano, era muito sensível e de personalidade firme, acostumado que estava a
enfrentar os embates da própria vida... Era inteligentíssimo!
Tinha os sentidos aguçadíssimos... Mas era um profundo solitário, apesar de
cercarem-no centenas de pessoas. Seu Espírito voava, interpenetrando e
interpretando em causas o motivo das dores, sofrimentos e mazelas várias...
A todos tinha uma palavra amiga e individualizada. Pai Matta não tratava casos,
tratava Almas... e, como tal, tinha para cada pessoa uma forma de agir, segundo
o seu grau consciencional próprio!
— Rivas, minha tarefa está chegando ao fim, o Pai Guiné já me avisou... Pediu-
me que eu vá a São Paulo e lá, no seu terreiro, ele baixará para promover, em
singelo ritual, a passagem, a transmissão do Comando Vibratório de nossa
Raiz...
A Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino, com todo seu corpo mediúnico presente,
se engalanava, vibratoriamente falando, para receber nosso querido Mestre e,
muito especialmente, Pai Guiné.
Alguns dias após o ritual, Pai Matta mostrou-nos um documento com firma
reconhecida, no qual declarava que nós éramos seu representante direto, em
âmbito nacional e internacional (?!) Sinceramente, ficamos perplexo!...
Quem nos conhece a fundo sabe que somos desimbuídos da tola vaidade!
Podemos ter milhares de defeitos, e realmente os temos, mas a vaidade não é
um deles, mormente nas coisas do Espiritual. Não estaríamos de pé, durante 33
anos de lutas e batalhas, se o Astral não estivesse conosco... Assim, queremos
deixar claro a todos que, nem ao Pai Guiné ou ao Pai Matta, em momento algum,
solicitamos isto ou aquilo referente a nossa Iniciação e muito menos à sua
sucessão... Foi o Astral quem nos pediu (o videocassete mostra) e, como sempre
o fizemos, a Ele obedecemos... Mas o que queremos, em verdade, é ser aquilo
que sempre fomos: nós mesmos. Não estamos atrás de status; queremos
servir... Queremos ajudar, como outros, a semeadura, pois quem tem um pingo
de esclarecimento sabe que amanhã...
Para encerrar, caro leitor, anexaremos uma foto do documento original, onde se
vê claramente a chancela e a rubrica do querido Mestre e Pai, Matta e Silva.
Assim o faremos, para não falarem isso ou aquilo...
ADENDO ESPECIAL
Na expectativa de que o Leitor Amigo entenda melhor minha amizade por meu
Pai, meu Mestre, meu Amigo — Matta e Silva, passaremos a relatar, alguns
fatos, intencionalmente olvidados, mas que agora, torno público.
Esses sinais eram as “Ordens e Direitos”, que ele Matta, havia recebido do Astral
Superior, de Pai Guiné para a sua tarefa mediúnica.
Então, deixamos os “Sinais” de Velho Payé velados atrás dos de Pai Guiné.
Assim, em nosso Congá, ficaram visíveis, os “sinais de Pai Guiné”.
Não havíamos, de pronto, percebido o que se passara. Sim, o Pai Guiné, através
do “Velho Matta” já estava preparando-nos para o que viria a acontecer.
Como percebe-se, havia mútua confiança, amizade e respeito entre nós, e ele,
já estava abrindo caminho para sua sucessão, embora, na época, eu não
soubesse.
“Você ficará com estes “Sinais de Pemba” que dei ao meu “cavalo” e também a
você, até o sétimo ano após a “passagem” dele para a Aruanda.
...Isto é necessário, pois no outro lado da vida, no plano astral, ele precisará estar
desvinculado de qualquer ligação com os entrechoques de sua última
reencarnação. Não poderá, seu campo mento-astral sofrer nenhum abalo, pois
se tal acontecer, colocará em risco o preparo para o seu próximo reencarne, que
se dará por dentro dos sete anos após seu desencarne.
Assim, você ficando com estes “sinais”, liberará meu “cavalo” de certas
perseguições, etc.
Nós mesmos tentamos uma aproximação com todos, inclusive aqueles que
participaram do Rito dos Seis Mestre de Iniciação de 7º grau no 2º ciclo, em
Itacurussá, em 1985. O sétimo Mestre foi Pai Matta, então, o único Mestre de
Iniciação de 7º grau no 3º ciclo.
Apesar de tudo que passamos, algo que não podemos citar, sinceramente,
esquecemos todas as ofensas e agravos contra nossa pessoa, mas é bom que
todos saibam que desde 1970, fundamos e consolidamos a “Ordem Iniciática do
Cruzeiro Divino” (que não existe só no papel, é real), Templo Umbandístico que
atende a milhares de pessoas, não só em sua sede central em São Paulo, mas
através de seus vários Agrupamentos, por esse Brasil afora e até no exterior.
Como vêem, não foram os “documentos” que Pai Matta nos outorgou, e isto ele
fez mesmo, e porque quis, como poderia ter feito a outros, e se não fez, não
temos culpa nenhuma, que nós realizamos as tarefas literária, mediúnica e
iniciática.
Os que nos atacam e criticam, ao invés de assim fazê-lo, algo que atesta suas
frustrações, deveriam, como nós, ter trabalhado, se empenhando, terem
prestado serviços ao próximo, pois o que construímos, creiam-nos, independe
de documentos que nosso Pai nos outorgou, mas sim, de nosso astral e de nosso
trabalho, principalmente no magismo e mediunismo, no atendimento nas Giras
de Caridade...
Nosso trabalho só confirma a aguçada percepção que Pai Matta possuía, pois
sabia, que não seriamos Mestre de Iniciação de mãos vazias, mas sim, de
realizações, de divulgação, de trabalhos, de penetração e atuação em nossa
Coletividade.
Antes de citá-los, gostaria de citar “Mãe Salete”, (Maria Salete Matta e Silva) a
segunda esposa de “Pai Matta”, com a qual tive o privilégio de conviver nos anos
dourados de Itacuruçá. Muito desta época inesquecível deve-se a Ela. Sua visão,
sua percepção e sobretudo seu amor às coisas do espiritual jamais serão
apagados de nosso “Eu Espiritual”.
Igualmente não podemos nos esquecer da querida Butiol. Ah! Butiol, tua
simplicidade foi-me uma lição!
E é claro, uma série de Irmãos de Fé, que no anonimato, davam “corpo”, faziam
da “gira de Itacuruçá”, uma “gira de verdade”, onde baixavam os “Senhores da
Banda”: “Caboclos”, “Pais-Velhos” e “Crianças”.
Quanto aos Iniciados de Pai Matta, que eu vi, conheci e convivi, não posso deixar
de citar:
O primeiro é Mestre Itassoara, o Valter Lima e Silva, com o qual não tivemos,
praticamente contato. Mesmo porque, o mesmo, na época, não se mostrou
propenso, então respeitando e acatando seus desejos!!!... Tem seu Templo em
Vila Velha no Espírito Santo, onde com seu filho, o José Fernando, está no
comando de seu Agrupamento. Não podemos deixar de enviar a Ele, nosso
fraternal e sincero saravá, e votos de saúde, paz e luz em sua jornada mediúnica.
Hoje mantemos fraternal e sincera amizade.
Terminando, cito também, Jairo Nilton Pinto — Mestre Kariumá e sua querida
esposa a Sra. Marielza, ambos são baluartes da Umbanda de Belo Horizonte —
M.G. A eles e a todos os Filhos de Santé de T.U.O. — II — meu carinho, meu
respeito e meu sincero saravá!
Também citamos o Sr. Joaquim dos Santos e sua esposa Diva dos Santos, que
tem o Templo do Caboclo Morumby em Votuporanga — S.P.
UMBANDA É LUZ e
Após abrirmos nosso coração ao Leitor Amigo, espero que tenhamos deixado
claro, que sempre fomos, e continuamos sendo nós mesmos. Não
precisávamos, e muito menos precisamos nos escudar em nenhum documento.
Mesmo porque, “documento” não faz realizações, e as nossas, são frutos de 34
anos de trabalhos ininterruptos, graças à misericórdia de nosso astral, em
especial, de “Velho Payé”, que nos assiste desde a infância.
Como frutos desse nosso trabalho, com o agô maior de — “Velho Payé”,
iniciamos, dentro de seus diversos graus e ciclo outros Mestres, que inclusive,
além de possuírem seus Agrupamentos, tem obras escritas.
Escreveu a obra:
Não citamos alguns Filhos de Santé, que embora não tenham seus
Agrupamentos, sendo de outros estados brasileiro e até do exterior, frequentam
regularmente a nossa “gira”. A todos, nosso sincero saravá!
Leitor Amigo e Irmão de Fé, como podem perceber a Tradição continua viva,
muito viva, e que após nossa passagem para outras dimensões da vida
continuará revigorando-se, refundindo-se, ampliando-se, pois a Verdade é
relativa, é um processo, uma marcha contínua, adaptada ao seu tempo...
Assim, a partir desta obra, esperamos ter deixado patente e cristalino que a
Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino é a Guardiã da Tradição de nossa Raiz,
atualmente, sob a égide de “Velho Payé” (Mestre Arashamanan).
Nota: — Todos os originais aqui demonstrados encontram-se de posse do autor, que terá prazer
em apresentá-los.
Pai Matta...
Teu filho, de todas as formas, tem procurado honrar Tua tarefa e Teu trabalho.
Sei que continuas a tarefa nos Planos do Astral Superior, que agora tens como
Lar e Santuário.
Assim, meu Mestre, a Ti dedico mais este livro, na certeza que tenho de que me
inspiras e me susténs na jornada do hoje e do porvir...
Embora hoje sendo Pai, continuo cada vez mais teu Filho e, tem certeza, sempre
fiel a Ti e ao Astral.
Pai, Tua bênção! Com todo o respeito, permite-me desejar-te que Oxalá te
abençoe sempre.
Há de abençoar-te, eternamente!
F. RIVAS NETO
(Arapiaga)
1
Fundamentos Esotéricos
Sobre a Origem e Finalidades
da Umbanda
A Umbanda como Princípio, é a própria “Lei Divina em Ação”, que tem sua
origem no Plano Astral, através dos 7 Orixás Planetários ou Ancestrais.
A Sabedoria e o Amor eram unos. Não se era Puro sem ser Sábio, e vice e versa.
Se o Sábio era Puro e o Puro era Sábio, é porque esta era uma condição natural,
eram intrínsecas, inseparáveis, formavam um todo.
NOTA COMPLEMENTAR
Desde o início dos tempos, relativo ao planeta Terra, tivemos várias cisões,
cismas, deturpações e interpolações no Amor e Sabedoria Cósmicos.
Após estas nossas alusões, relembramos ao Leitor Amigo que em nossa obra,
Lições Básicas de Umbanda — Capítulo 1 — há as minúcias exotéricas, externas
do surgimento do Movimento Umbandístico, como há também fatores
propedêuticos deste nosso Capítulo.
2
Intermediação Dimensional
É o que os Mestres d’Aruanda velam sob o arcano do Enigma Causal. Sim, talvez
fosse essa a explicação para a “queda” do Ser Espiritual do Reino Virginal.
Após nossas explicações, que sabemos não serem simples, embora tentamos
torná-las inteligíveis, apliquemos esse Conhecimento em determinada galáxia
do Universo Astral (Via Láctea), por dentro dela a determinado Sistema Solar.
Assim, os Elementos: Ar, Fogo, Água e Terra compõem o plano físico denso do
planeta, aliás, as Linhas de Forças que os sustentam, nada mais são que o
Poder atuante, executor do “Orixá da Terra”, o Exu Planetário. (Concretizador)
Após nossa dissertação, tornam-se evidentes os dois planos de existência em
nosso planeta.
Por isso, naqueles idos tempos, nascer e morrer eram naturais, e não obedeciam
aos fenômenos atuais. Nascer na dimensão densa, no plano físico, requeria que
o indivíduo densificasse seu corpo astral, através de Magia Mental
Condensadora. Morrer, requeria justamente o contrário, desagregar, se
desvencilhar-se da energia condensada. Esta era a mecânica evolutiva dos
“primevos vermelhos”, os denominados pelos Sr. 7 Espadas, “estrangeiros”
Seres Espirituais que estavam auxiliando a evolução dos “terráqueos” que ainda
estagiavam no “Reino dos Elementares”, estavam em “gestação” planetária.
Sobre este fascinante período, o mesmo estará esmiuçado em nossa futura obra
— Umbanda — Na Magia dos Elementares.
Ontem como hoje, independente dos valores morais e vibracionais citados, não
são todas as humanas criaturas que são médiuns. Os médiuns, embora tenham
a tela mental, a mesma é adaptada em três principais regiões, as quais permitem
o intercâmbio mediúnico, e no Movimento Umbandista, relacionam-se com as
três formas de apresentação ou Triângulo de Formas Místicas. (Crianças,
Caboclos e Pais Velhos).
Na atualidade, o entendimento desta Tríade é o mesmo que ter uma visão crítica
do Homem, do Universo, suas relações e seus problemas, e inclusive o
relacionamento com o Sagrado, com o Divino.
Ainda hoje, após 15 bilhões de anos, percorrem todo o Universo a Luz, o Som e
o Movimento Primevos. A esses fenômenos, denominamos de Tantra, Mantra e
Yantras Cósmicos. Embora tenhamos utilizado vocábulos tidos como oriundos
do Sânscrito, os mesmos têm origem no Abanheenga, a primeira Língua Raiz,
base para as demais que surgiram, devido às cisões, cismas, deturpações, etc.
Outrossim, o Sânscrito é uma Língua que expressa o Verbo Sagrado; porém o
Alfabeto Adâmico, foi a 1ª chave para abrirmos o portal da Primeira Expressão
do Verbo no Planeta.
Mas após citarmos o Tantra, o Mantra e o Yantra Cósmicos, que relação têm
eles com o Triângulo das Formas de Apresentação?
OBS: Estão inclusos no tórax os dois membros superiores (braços e mãos). As pernas e os pés
estão como apêndices do abdômen.
Aprofundando, tomemos a cabeça, e observemos como nela há representantes
dos três organismos. Tal procedimento pode-se fazer com o tórax e com o
abdômen.
Implicações várias têm essas nossas citações. Vimos que da cabeça podemos
chegar ao ânus. Entrada e saída, que devem controlar não somente alimentos
ingeridos pela boca. Sim, ingerimos imagens (visão), sons (audição), Ar e
sucedâneos (olfação — respiração), sensações táteis, etc.
Se temos vias de entrada, temos igualmente vias de saída, tais como sistema
excretor urinário, respiratório; através da expiração e digestório através da
defecação.
1. Cabeça..............................Cérebro............................Pensamento-Idéia
2. Tórax.................................Coração............................Sentimento-Emoção
3. Abdômen...........................Estômago.........................Sensação-Instinto
Em geral, com o cérebro e o coração nos ligamos, quando bem equilibrados com
os planos do Bem e da Luz, com as Hostes Maiores do Astral Superior. Bem ao
contrário pode acontecer com o estômago e os órgãos sexuais se mal
direcionados, pois podem aliar-nos com os planos mais baixos da vida, e é claro,
com seus “habitantes”.
Esta relação pode trazer bem ou mal estar. Sexo permutado sem trauma, sem
culpas, harmoniosamente, fortalece o campo mental. O inverso, desgasta
sobremaneira o universo nêurico (neurônios).
São verdadeiros “Magos da Luz”, que adaptam sua linguagem a quem os ouve,
demonstrando sempre, Pureza e Alegria, Fortaleza e Simplicidade, Sabedoria e
Humildade.
Após esses idos tempos, na atualidade, a situação é bem diversa. Raros são os
médiuns que logram ter um contato positivo com seus Mentores Espirituais. Isso
deve-se, justamente, à quebra da harmonia moral e vibratória.
Para melhor entendermos, deveremos ter ciência que os médiuns atuais são
divididos segundo os seguintes critérios:
Iniciaremos pelo último grupo, que aliás, é a maioria, por dentro do Movimento
Umbandista.
Seus dons mediúnicos são rudimentares, o que dificulta o contato com seus
espíritos protetores, que em geral foram suas vítimas, mas que de há muito
esqueceram os agravos e ofensas, e buscam auxiliar seus algozes, mas o
intercâmbio é dificílimo. Há muita interferência do Inconsciente do médium, que
interfere na prática mediúnica.
Outros dizem que seus “guias-índios” não falam, não ficam em pé, pois foram
picados por cobras peçonhentas ou tiveram sua perna decepada em luta tribal...
Como exemplo, citaremos uma “Aldeia Astral” onde evoluem vários integrantes
de silvícolas brasileiros. africanos e asiáticos radicados no campo astral
brasileiro. São comandados por um Sub-chefe de grupamento, que reporta-se a
esferas imediatamente superiores a um Protetor Chefe ou Protetor Superior
(Companheiro). O Sub-chefe (Obreiro) comanda todos que lhe são
imediatamente abaixo por dentro da Hierarquia.
Nessa “Aldeia Astral”, relativa à 1ª Zona Astral que pode estar sob a custódia de
um dos 7 Templos Planetários, da 7ª Zona Astral, temos constante fluxo de Seres
Espirituais. Sim, reencarnam e desencarnam muitos indígenas, oriundos de
diversas tribos, como também mestiços (deixaram de reencarnar recentemente
na tribo, para reencarnarem na civilização, em sua fase embrionária). Quem os
comanda não reencarna há mais de duzentos ou trezentos anos, tendo pleno
conhecimento de suas tarefas e de sua situação astral.
Um dia porém, sem perceber, é levado a um “terreiro”, claro que por influências
superiores, onde iniciará sua tarefa mediúnica, que se for bem sucedida o alçará
a novos planos da vida.
Se tudo caminhar nesses moldes, terá urna vida simples, tranquila, serena, e
através de sua mediunidade secará muitas lágrimas e aliviará muitas dores, além
de orientar e combater espíritos atrasados.
Serenamente chegará ao fim sua árdua, sobrecarregada tarefa, mas que foi
coroada de êxito.
Iniciemos por sua preparação em pleno Astral Superior, em sua Zona de ação.
Essa Entidade Astralizada é seu Mentor Superior, que não supervisiona apenas
um médium, mas vários, milhares deles. Não obstante, dá-lhe o aval e
assistência, através de um de seus Integrantes de grupamentos, o Protetor
Superior (Companheiro).
Embora tendo o aval de seus “Mentores Espirituais”, tem seu próprio livre-
arbítrio, podendo enfrentar verdadeiras guerras astrais, e se não se cuidar?!!
Mesmo assim será alertado por seu mentor, através dos processos intuitivos,
clarividência ou outra faculdade mediúnica que lhe for mais afim...
Na vida terrena possuem certas prerrogativas. Embora viva uma vida modesta e
simples, não lhes faltará jamais o necessário, e até certo modo, terá uma relativa
tranquilidade material, para que venha desempenhar adequadamente suas
funções. Como vêem, não há desculpas para a falência... Se houver, foi por
desleixo, vaidade ou presunção.
Como esses médiuns são raros, mas que têm surgido em vários setores
filorreligiosos, nos ateremos apenas aos afetos à sistemática vibratória do
Movimento Umbandista.
Pedimos ao Leitor Amigo que não se espante com a vasta lista, pois
descreveremos superficialmente, deixando para outra oportunidade, ou para
outros que virão e desdobrarão, o que hoje explanamos de forma sucinta.
Após nossa narração, devemos afirmar que no plano astral habitam em Zonas
Superiores, e estão filiados aos Templos Cósmicos. Esses Templos Cósmicos
são edificados à luz da Tradição, acima das Religiões. Não há sectarismo, há
sim a louvação ao Amor e à Sabedoria. Preconiza-se a Tradição Cósmica.
Essa alternância, ora no plano astral, ora no plano físico, faz-se por sucessivas
12 à 21 reencarnações e após esse período de tarefas, permanece, contínua
sua evolução no astral por três a sete séculos. Há casos especiais, em que não
há necessidade do reencarne, e se o fizer, o fará em 3 a 5 milênios. Podem
parecer incríveis esses números, mas em se tratando de evolução, é mínimo,
insignificante...
Por sua vez o Organismo Físico vem com um forte código genético, que protege
órgãos vitais, como cérebro, coração, rins, fígado, a visão e certas glândulas
endócrinas, pois o físico sofrerá fortes impactos vindos de pensamentos,
sentimentos e cargas negativas oriundas da baixa-magia, operada por
portentosos manipuladores da matéria hiperfísica, com seu séquito de larvas,
bactérias e vírus principalmente, os quais poderão alterar todo o complexo
celular orgânico de determinado órgão ou sistema, alterando primeiro a função
e depois a forma.
Portanto, o Médium Missionário deve vir com forte couraça, que o defenda de
várias investidas do submundo astral e da constante vampirização a que estará
exposto, e que vem pelas humanas criaturas com toda sorte de perturbações.
Também essa couraça amortece, quase que totalmente, a soma do vivencial que
possuia no Plano Astral Superior, e ativa-lhe sim, constantemente, a lembrança
de que está no Plano Físico denso, precisando pensar, sentir e agir, não como
a maioria das pessoas, mas de acordo com as necessidades terrenas.
Não pode esquecer-se que está no plano físico, precisando de defesa e muita
proteção astral para sair vitorioso de sua missão.
No Plano Físico, utiliza-se de uma personalidade, que é trina. Sim, suas idéias,
pensamentos, vontade, sentimentos, emoções, ações e realizações, são
expressos através de três organismos. O UNO, para manifestar-se precisou da
tríade: Organismo Mental; Organismo Astral e Organismo Físico.
Simplificando, diremos que o Ser Espiritual no Plano Físico é trino. Tal Trindade
é a personalidade. Esta por sua vez deveria expressar ou manifestar as
Afinidades Virginais, quais sejam: Percepção, Consciência, Inteligência, Amor e
Vontade. Assim, os organismos deveriam expressar:
Em outras palavras, é o que denominamos ser maduro. Mas o que é ser maduro?
É ter ciência que estamos num processo, numa trajetória infinda, portanto não
podemos ser fixos, estáticos, mas continuar crescendo e desenvolvendo, isto em
qualquer idade. A maturidade é algo que se adquire a cada dia, a cada
momento...
Precisamos nos dirigir, e isto o fazemos sempre, para uma meta, para a
evolução. A isto denominamos auto-realização. Este é o despertar das
faculdades nobres do Ser Espiritual. Despertar para as coisas maiores da vida.
Maturidade também não pode ser definida, pois a limitaríamos. Não podemos
limitar o que é dinâmico, como quantificar (limitar) uma atitude interior, uma
disposição de ânimo, para si mesmo ou para a vida?
Esta união das partes, formando o todo, é o que acontece com o Médium
Missionário, que demonstra senso de maturidade, de espiritualidade, de
universalismo, opostos à imaturidade, à materialidade e ao dogmatismo ou
misoneísmo.
Sabe o que precisa, por Querer dinamizar o Poder das Potências várias e Ousa
pedir-lhes agô para Executar.
Sempre no silêncio...
Após as qualidades que deve possuir o Mago Branco ou Médium Missionário por
dentro de Corrente Astral de Umbanda, dizemos que sua missão ou
compromisso consciente, legado de um karma, vem principalmente pela
maturidade adquirida nas lides do senso de universalidade, de síntese.
Saravá!
5
Sustentáculos Vibracionais
do Templo Umbandístico
1. O SAGRADO — O DIVINO
2. O HOMEM — OS MÉDIUNS
3. A NATUREZA — OS ELEMENTOS
Por melhor estruturado que seja moral, e com um corpo mediúnico bem
afinizado, não se pode prescindir destes condensadores, fixadores,
galvanizadores vibracionais.
Como nem sempre se tem tal oportunidade, achamos de bom alvitre, ter-
se 7 Pontos de fundação, onde os sustentáculos vibracionais, ficarão
assentados.
Não seremos nós que iremos ditar, faça-se isto ou aquilo. Quem conhece nossas
obras sabe como pensamos e agimos, embora respeitemos e não desdenhemos
de ninguém, e isso não por medo, pois só tememos a nós mesmos, mas por
ética, respeito, e crendo que o livre-arbítrio é um direito inalienável ao indivíduo,
aqui e em qualquer lócus do Universo...
Deixando esse fator polêmico, embora tenhamos nossa posição, que é contrária
à matança, pormenorizemos os locais dos assentamentos vibracionais, e como
funcionam, tanto na Imantação como na Descarga.
Após esse desabafo, para ninguém cair no engodo e ser logrado por certos
aventureiros, retornemos aos Fundamentos dos assentamentos.
Os 7 Assentamentos estão assim distribuídos:
É por isto que as Tronqueiras ficam próximas a entrada do Templo, pois são um
Ponto Vibracional de desagregação e neutralização de correntes negativas.
Primeiro imanta, depois fixa. Atrai a força e fixa-a. Não basta somente atrair,
imantar. Precisa-se fixá-la ou enviá-la (emissão).
(Emissor) (Receptor)
A Lua, que em suas quatro fases influencia decisivamente o fluxo e refluxo das
águas, influi igualmente no magnetismo, através da sua posição, atividade
gravitacional e por polarizar a Luz Solar. Assim como o Sol influencia com sua
Luz e Calor a vida planetária, a Lua influencia as gestações, inclusive as
magísticas. Eis o porquê de fazer-se preceitos nesta ou naquela fase da Lua.
Frisemos que estamos nos referindo aos Ritos ou Rituais Públicos, onde o
Templo Umbandístico abre o portal de suas dependências, aos mais variados
tipos de mazelas, sofrimentos, dores, angustias, aflições, desesperos, etc.
Procuram sempre que podem, alertar seus médiuns sobre organização, ordem,
disciplina e respeito com as coisas sagradas, com as coisas divinas.
No dia que antecede a “Gira de Caridade”, o Templo deverá passar por uma
perfeita higienização astro-física. Sim precisamos manter higienizado o Templo.
Ele é tão ou mais importante que nossa residência material, e não vejam isto
como fanatismo, pois abominamos tal atitude, mas sim, senso de
responsabilidade.
O Templo deverá ter seus próprios servidores, que serão todos seus membros,
independente do grau que possuam, ou da função que ocupem. Por isso, um
Templo organizado tem trabalho para todos, independente dos trabalhos
espirituais. Todos deverão dar seu quinhão de colaboração, pois em pouco
tempo, higienizam física e astralmente o ambiente destinado aos trabalhos
espirituais. Tudo feito com seriedade, harmonia e alegria. Sim, alegria, que não
devemos confundir com anarquia.
O Templo, quando higienizado por seus próprios Filhos de Fé, os quais mantém
profunda identidade afetiva e vibracional com o mesmo, torna-se um potente
gerador de energias positivas, favorecendo a presença astral e a atuação dos
Emissários Espirituais. Isso proporciona, faz do Templo um ambiente de paz, de
serenidade, de harmonia, fatores indispensáveis a todos que o buscam, sejam
eles enfermos do corpo ou da alma.
Após a limpeza física, que também tornou-se astral, devido à conduta, conversa
e atitudes dos médiuns participantes, faz-se a defumação, borrifa-se líquidos
aromáticos em todas as dependências, tudo acompanhado de Invocações,
Pontos Cantados, etc. É realmente um Rito, e deve-se tê-lo em mente quando
se está higienizando o Templo, tanto física como astralmente.
Muitos podem estar questionando: O que lhe aguarda no dia seguinte, como?
Sim, Irmão de Fé e Amigo Leitor, os Emissários Espirituais têm uma prévia de
quem deverá vir à “gira” e seu séquito de companhias de ordem astral, com suas
mazelas, perturbações, desvios conscienciais, etc. Obvio que não irão somente
os necessitados, mas são a maioria, tanto de encarnados como de seres
astralizados (descarnados) que os acompanham.
Além desses, poderão surgir falanges das sombras, das trevas, que tentarão
entrar, mas que serão barradas pelas “Falanges que estarão de “Ronda”, do “Exu
Guardião do Templo”.
Todo Templo tem seu “Corpo de Defesa Vibracional”, constituído por sub-planos
de “Caboclos”, “Pais-Velhos” e Exus-Guardiões. Todo o sistema de segurança
inicia-se fora do Templo, numa área de alguns quarteirões vizinhos, pois muitos
são os transeuntes astralizados ignorantes e malfeitores, os quais poderiam por
em risco as atividades espirituais de um Templo de Luz. Nas cercanias, na
entrada, há verdadeiro cordão de isolamento, como se fossem faixas magnéticas
guardadas por verdadeiros “guerreiros” bugres com seus corpos astrais
hipertrofiados (são corpulentos) e com armas que fustigam o corpo astral do
marginal astralizado. Algumas entidades que acompanham certos consulentes,
não são barradas, mas são encaminhadas a uma dependência de dimensão
astral do Templo, onde Guardiões Superiores assessoram Entidades auxiliares
do Guia-Chefe, responsável pelos Trabalhos que irão ser desenvolvidos. Há
portanto, muita movimentação astral, mas organizada, serena, e que imunizam
o máximo possível os consulentes.
Próximo das 18:00 horas, o Mentor Superior já encontra-se com sua falange nas
dependências ou dimensões hiperfísicas do Templo. Todo Mentor tem
responsabilidades inadiáveis, e todos eles dão imenso valor às horas, aos
minutos e aos segundos. Não perdem e nem desperdiçam tempo, portanto tem
hora certa para “baixarem”, o mesmo não acontecendo para “desincorporarem”
de seus médiuns.
Muitos poderiam questionar que isto fere a prática da caridade. A esses, mui
respeitosamente, diremos que a caridade para ser bem feita pede discernimento
e bom senso e mesmo porque, todos são atendidos, somente não participam da
“Gira”.
Dessa fase introdutória diremos ser apenas a “gestação” de nossa gira, que
nasce na Primeira Fase.
Além de atuarem no Organismo Astral, que deveria refletir, ser veículo do Amor
Espiritual, procuram minimizar ou neutralizar os focos originais mórbidos, que no
Organismo Físico se consolidam em doenças (Respiratórias, Cardiológicas,
Imunológicas e relativas ao Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático).
São devido aos seus profundos dotes no Amor Universal Superior, Magos
Brancos de Alto Poder de Irradiação capaz de neutralizar a Magia Negra e suas
deletérias vibrações, que infelizmente, acompanham muitos Filhos de Fé.
Em nossas outras obras, que vieram via mediúnica, Sr. 7 Espadas nos explicava
sobre Entidades Autênticas, Reajustadas e Sacrificiais.
Visando deixar cristalino este conceito pois poderá ser motivo de distorção,
afirmamos que, jamais, um “Caboclo”, “Pai-Velho” ou “Criança” se reajustam
como Exu. O mesmo acontece com Exu, que nunca se reajusta com uma das
três Formas de Apresentação ou Roupagens Vibracionais Místicas de Umbanda.
No que se refere à Entidade Sacrificial, podemos afirmar que pode mudar para
o Plano imediatamente inferior, quando isto for preemente ou vir de esferas
superiores, de Zonas Astrais Superiores ou mesmo de Zonas Astrais de outros
planetas...
São Mestres na Lei de Pemba e na postura física, que ora alteram para esta ou
aquela forma, tudo visando o equilíbrio vibracional de seus médiuns e mesmo
dos consulentes, através da Doutrina Yântrica, onde são Verdadeiros Teurgos.
Suas consultas sempre são certeiras, trazendo tranquilidade e confiança aos que
os ouvem.
Os Exus Guardiões dos “Caboclos” atuam na parte astral e física de suas “giras”,
como frenam a ação perversa ou omissa de certas companhias que são trazidas
pelos consulentes.
O mesmo que dissemos a respeito dos Exus das “Crianças”, repete-se com os
dos “Caboclos”, portanto...
Antes, porém, queremos reafirmar que o espírito sopra onde quer, e assim nos
expressamos pois, realmente as Entidades Espirituais do Movimento
Umbandista, no grau de Protetores Superiores inclusive e acima, já encarnaram
em todas as quatro Raças, sendo portanto, espíritos com vasta experiência em
todas. Todavia, por injunções kármicas ou para melhor serem aceitos, se
radicam nesta ou naquela Forma de Apresentação.
Com os Pais-Velhos, vamos encontrar, por dentro dos primeiros graus, Seres
Espirituais que tiveram tarefas importantes em suas Raças originais.
As ervas mais usadas são: arruda, pinhão-roxo, guiné, folha de bananeira, etc.
Estas ervas podem atuar neutralizando doenças mentais de difícil diagnóstico e
cura, como doenças infecto-contagiosas e todas as oriundas de anomalias
renais (urolítiase, nefrites, nefroses, tumores), prostáticas (prostatites, tumores)
e útero ovarianas (miomas, pólipos, cistos ovarianos, etc.).
Saravá, Pais-Velhos!
Emissários do Senhor da Palavra Redentora.
Antes de iniciar-se a gira, faz-se uma pequena prédica sobre o trabalho de Exu,
ainda tão mal compreendido e aceito.
É por isto que muitos Filhos de Fé melhoram após uma ou mais giras em um
Terreiro ou Templo decente, e que tenha como escopo a fraternidade e a prática
da real caridade.
Deixaremos de dar alguns pormenores da atuação dos Exus Guardiões,
segundo seus graus, por dentro da Hierarquia da Kimbanda, pois os mesmos
encontram-se na obra — Exu — O Grande Arcano, ditado pelo Exu Sr...
Pronto, com a tarefa cumprida, em paz, confiante, antes de sair do Templo, peça
a Entidade de Guarda que o acompanhe no retorno ao lar, levando consigo a
Luz dos Orixás.
Saravá!
NOTA COMPLEMENTAR
Não vivemos somente a Metafísica, mas a própria Filosofia Dialética, que nos
diz ser a Realidade um processo, uma trajetória, um ciclo que tem e vem firmado
em ritmos cada vez mais abrangentes, universais, cósmicos.
Bem, mas o que tem a ver tudo que expusemos com a “Gira de Umbanda”, com
o “Terreiro” de Umbanda dos dias atuais?
“Todas as coisas estão em eterno fluxo e mudança. Você não é, está sendo. A
história cósmica realiza-se em ciclos repetidos”.
Não vemos a Metafisica como algo estático. mas sim uma fundamentação
abrangente da Realidade, sendo pois, atemporal.
Para isto, precisamos recorrer, mais uma vez, aos processos analógicos, e
então, teremos firmado nosso raciocínio, teremos demonstrado nossa (da
Umbanda) Tese.
Temos um ciclo, não um círculo, mas uma espiral, ritmada em quatro tempos. O
mesmo acontece com nossa Tese.
Afirmamos, tal qual a Dialética, que tudo é um processo, tudo está em mudança.
A “Gira” de Umbanda pode ser encarada, deve sê-lo, como uma Síntese, pois
há a tese e a antítese. Os contrários que se tocam. É a tão decantada em prosa
e verso, harmonia dos opostos.
A “Gira” por nós preconizada (por Sr. Urubatão da Guia — Velho Payé), embora
quantitativamente não significativa, o mesmo não acontece com a qualidade, que
é significativa.
Todos os três estados, sem exceção, são água, portanto, do gelo ao vapor houve
transformação de quantidade para qualidade. Eis, pois, mais uma analogia com
a Filosofia Dialética.
Após nossa tese, que esperamos ter sido compreendida por todos, façamos um
diagrama que explique a “Gira de Umbanda”.
Como vimos no diagrama, a “Gira de Umbanda” é uma espiral, que se abre ao
infinito.
Ouçamos as “Vozes da Senhora dos 7 Véus”, que vem num intuir, num átimo de
pura espiritualidade, nos apontar para mudanças, para a grande transformação.
Óbvio que isto não pretende descaracterizar nossos “Mentores Espirituais”, pois
se ainda apresentam-se como “Crianças”, “Caboclos” e “Pais-Velhos”, têm um
porquê, mas não precisamos adulterar, maquiar e mesmo fantasiar certas
incorporações.
Não tenham receio! Não se incomodem com o que falarem de vocês. Muitos,
provavelmente, dirão que seu “terreiro” é fraco, isto até falarem com seu mentor,
pois se ele permitiu que você fizesse tais mudanças, dar-lhe-á cobertura. E, além
do mais, o que é um “Terreiro forte”? É aquele que usa e abusa do
sensacionalismo e exibição baratos? Terreiro Forte é aquele que na Luz, na
serenidade, auxilia, resolve os problemas das pessoas que o procuram. O bom
Terreiro, com Ordens e Direitos de Trabalhos, sempre é organizado, há sempre
paz e serenidade, e sente-se bem estar e confiança inquebrantáveis.
Não negamos que na Magia Negra há o tantrismo negro, mas na Magia Superior,
há o tantrismo positivo, expresso na Magia Vegetoastromagnética e
Movimentação Magística, Psicúrgica ou Teúrgica com os Elementares, algo que,
por ser transcendental, deixaremos para o interior do Templo, para o âmago da
Alta Iniciação, que com certeza há, por dentro dos Verdadeiros Templos
Umbandísticos.
Esse grau de maturidade pode ser avaliado por quanto valoriza a forma ou a
essência. Se busca a Realidade ou vive na ilusão das aparências.
Em geral, o indivíduo maduro, sabe quando ser introspectivo (seu mundo interior
— os aspectos subjetivos) ou extrovertido (o mundo exterior — os aspectos
objetivos).
A Doutrina Secreta de Umbanda refuta com veemência que o indivíduo deve ser
somente introspectivo. A Umbanda acredita que a introspecção é necessária
para o autoconhecimento, base fundamental da Iniciação Superior, mas há a
necessidade da flexibilidade de também ser extrovertido. São os opostos que se
tocam. Como sempre, mais uma vez, a harmonia dos opostos.
Essa imaturidade pode ser difícil de ser percebida, pois pode travestir-se de mil
formas. Portanto, a humildade, a simplicidade e a pureza de intenções deverão
nortear os que desejam deslindar-se da imaturidade, do engodo das ilusões.
São aqueles médiuns que não admitem que outros saibam mais, não querem
ficar por baixo, e por isso fazem, cometem verdadeiros acintes ao bom senso.
Não estamos com isto lhes criticando, ao contrário queremos que despertem,
acordem para a realidade, pois ainda há tempo, poderão, dentro de seus graus
kármicos, serem utilíssimos ao Movimento Umbandístico, aos seus
semelhantes.
Somos levados, irresistivelmente, a concluir, mais uma vez, que as Três Formas
de Apresentação (“Crianças”, “Caboclos” e “Pais-Velhos”) visam desenvolver a
razão, o sentimento e o poder criativo. Procuram desenvolver a Síntese, a
intuição, canalização direta com o próprio espírito.
Como então retomar a linha justa e poder estar sob os influxos do Poder Volitivo
do Orixá?
Isto é obra do tempo, pois nossos desmandos são milenares. Mas, a cada nova
reencarnação tem-se a oportunidade de aperfeiçoar-se.
A posição sentada, no chão, põe o chakra básico em contato direto com a terra,
descarregando todo o indivíduo, inclusive equilibrando seus aspectos alusivos à
kundalini e seu ciclo.
O olhar sereno, mas profundo, continua voltado para o “Ponto Riscado” das
Ordens e Direitos de Trabalhos concernente ao “Mestre de Iniciação”.
Permanece-se nesta posição por dez minutos. Nós fazemos este período, pois
nosso congá tem como piso areia, portanto, não incomoda, nem interfere na
concentração.
Quem não possuir areia no congá, faça uma espécie de almofada de areia
(discreta) que suprirá a necessidade.
Como ao mastigar-se a especiaria, a mesma vai ter, via boca, faringe e esôfago,
no estômago, no abdômen, relacionado diretamente ao Organismo Etéreo-
Físico, portanto com os “Senhores da Doutrina Yântrica”, os “Caboclos”.
Assim, na paz e na luz, os “Caboclos” farão sentir sua presença astral em seus
médiuns, trazendo-lhes equilíbrio na mente, no coração e na organização física,
na saúde mental e física.
Doença que, como vimos, decorre de baixas vibrações, as quais podem ser
oriundas das companhias espirituais menos dignas que muitos médiuns têm em
suas faixas mediúnicas. Óbvio que suas condutas são o ponto de atração e
imantação desses seres com todo o séquito de larvas e outros
comprometimentos que os acompanham.
É por tudo que citamos que, no Templo, com efetiva assistência espiritual, nos
dias de “Gira de Desenvolvimento Mediúnico”, seus Mentores Espirituais, sem
alarde, nos bastidores, atuam sobre estas entidades negativas e ignorantes,
dando-lhes o caminho devido, exercendo a verdadeira caridade.
Não podemos nos esquecer que por atuarem com seus protetores espirituais no
combate às sombras, muitos médiuns são atacados de todas as formas pelos
espíritos despeitados, que tentam alterar-lhes a boa paz, a serenidade, através
de ciladas, tentações, traições e outras formas de contundência.
Como dissemos, estamos citando um Templo sério, mas que tem médiuns em
provas, sejam eles neófitos ou mais experientes.
Outrossim, devemos lembrar que para seu rebanho todo pastor é bom.
Repetimos, para seu rebanho...
Retornando ao Templo, aos seus bastidores, sabemos que futuros médiuns, que
estão em preparo no plano astral são trazidos pelos Mentores Superiores, para
observarem o que acontece no plano físico e no plano astral do mesmo.
Após esta resumida, brevíssima alusão aos bastidores dos “terreiros”, que
aprofundaremos sobremaneira em futuras obras, não podemos deixar de citar
outra classe de Espíritos que comparecem ao desenvolvimento mediúnico.
NOTA COMPLEMENTAR
Quando citamos mantras muitos podem ter associado nossa doutrina à cultura
indiana ou algo que a valha.
Como sabemos, por outras obras de nossa autoria, em cada Faixa Espiritual
relativa a um Orixá Ancestral há 7 Orixás Menores, que também têm suas
particularidades, que associam-se a vibrações especificas, as quais citaremos
particularmente.
Vibração Espiritual de Oxalá — Tána
1º Mantra — TÁNA... OM
Após os Mantras, que deverão nortear todo o universo sonoro dos Templos
Umbandísticos para um futuro não tão distante, pois os “Pontos Cantados” são
Mantras decodificados; concretização através de imagens místicas, situemos a
manutenção vibratória ou vibracional dos médiuns através dos seguintes
elementos:
Estes influxos incidem sobre o médium, mas invadem também sobre a Natureza,
a qual capta, condensa e emite vibrações específicas.
Sob os auspícios da Lua nas suas 4 fases, à noite, pode-se utilizar os fluxos e
refluxos do mar, sentando-se à beira mar. para meditar e haurir forças com os
Elementares, através da oferenda simples de frutas, flores, incenso e velas (as
quais deverão ser retiradas para não proliferar a poluição).
Honra, Dever, Direito, Bens Materiais, Beleza são valores, e como vimos são
relativos, são condições que variam de sujeito a sujeito, de coletividade a
coletividade.
Sócrates, o grande pensador helênico tinha como base valores ético-morais. Seu
discípulo Platão, pregava a idéia do Bem em todas as coisas, que eram pré-
existente no seu mundo das idéias (Tópos Noetós).
Sim, Kant percebeu que o valor estava diretamente afeto ao sujeito e nunca o
contrário.
Freud, por exemplo, segundo o Dr. Bruno Bettelheim, e com o qual concordamos
plenamente, teve seus conceitos distorcidos pelas traduções inglesas e
impossibilitaram o leitor de reconhecer que a preocupação principal de Freud era
a alma humana, o que ela é e como se manifesta em tudo o que fazemos ou
sonhamos.
Vejamos, agora, após este intróito, como a Confraria Cósmica de Umbanda fala
ao coração de seus fiéis e adeptos.
Sim, vários Patriarcas, Magos e Taumaturgos, entre eles podemos citar: Rama,
Krishna, Pitágoras, Hermes, Lao Tsé, Sidarta Gautama, Fo-Hi, Moisés e outros,
bem como suas Academias ou Colégios Divinos, vieram preparar o Advento do
Cristo. O VERBO DIVINO (ISHO).
Como Ele mesmo disse: “Não vim destruir a Lei e os Profetas, mas sim, cumpri-
los”.
Sim, Oxalá (INARAYA — INRI) não viria destruir aqueles que vieram preparar
sua “Missão Divina”.
Querem que se fale do Cristo; que se discutam seus Evangelhos; que adaptem-
nos à Umbanda.
Óbvio que estes Ritos, Cultos existem pelo mundo afora, e é aí, justamente aí,
que insistimos em dizer que o Movimento Umbandista se universalizou.
NOTA COMPLEMENTAR
Não adianta querer refundir tudo numa Teoria Lógica da Linguagem, pois mesmo
assim é fragmentada.
“Se o homem vive na ilusão de que pode fazer o que lhe apetece
sem que nunca venha a sofrer consequências de seus atos, logo
compreenderá que esses atos, quando não nobre nem puros, só
lhe poderão acarretar sofrimentos”.
(Buda)
“Não sintas pena por não teres um cargo e sim de não te tornares
digno dele; não sofras porque ninguém te conhece e sim para te
tornares digno de ser conhecido”.
(Confúcio)
Sabemos que a “Boa Nova” ainda está para ser melhor entendida e aplicada,
pois é necessário relembrar-se, constantemente do:
Penetremos, pois, nos erós das Vozes do Coração, para tal precisamos nos
aprofundar nos poderosos mananciais de bençãos e Luzes da Invocação, da Fé
Raciocinada, da Concentração e da Meditação.
Saravá!
9
“O Condutor dos Caminhos”
Para tanto, transcreveremos um texto de nossa própria autoria, que deveria sair
somente nesta obra, mas que na época resolvemos colocar como adendo à 2ª
edição de “Lições Básicas de Umbanda”.
Uma mesma verdade pode ser expressa de várias maneiras, tudo visando fazer-
se entendida. Sabemos que um FUNDAMENTO UMBANDÍSTICO pode ser
expresso em quatro graus, os quais não se anulam entre si, ao contrário, formam
um todo.
Como sabemos, o Sol tem Luz própria (O Espírito), enquanto a Lua reflete,
polariza a Luz solar (Energia). Eis, pois, a relação entre Orixá e Exu, e segundo
outros conceitos expressos por nós mesmos, neste livro e num outro de nossa
autoria, entendemos melhor ser Exu o Agente da Justiça Cósmica, o Executor
(Lua) e o Grande Agente da Magia (Execução — agregação e desagregação da
matéria ou energia).
Pelos motivos alhures citados é que podemos inferir, ser Exu o Orixá Telúrico,
sendo Telúrico como executor, como modelador da própria matéria-energia.
Há vários mitos nos cultos de Nação, que infelizmente, por nunca terem sido
desdobrados em outros graus, deram margem a muita especulação, muita
distorção.
Um deles prende-se a Orixá (Obarisha) ser o modelador dos Ori, enquanto Exu
(Obara) é o modelador dos corpos. Tomaram ao pé da letra. Não é difícil
perceber-se que no grau relativo ou cosmogônico o Orixá está ligado diretamente
ao Princípio Espiritual (Ori) e Exu aos aspectos da Energia e suas
manifestações, em sentido bem abrangente.
O mesmo pode-se inferir quando dizem ser Exu o Senhor das Trevas. Logo,
fizeram-no o “Senhor do Mal”, pois as Trevas são a ausência da Luz, sendo
símbolo do caótico, das coisas demoníacas.
Na verdade o mito vela o arcano que diferencia a Luz Espiritual (Espírito como
Luz) da Matéria (treva). Devemos entender como “treva” as regiões do espaço
cósmico que foram interpenetradas pela substância etérica, que Exu
concretizou, deu direcionamento, naquilo que conhecemos como Energia-
Matéria. Portanto, se o Espírito é Luz imanente, tudo que não é espírito é treva,
inclusive, é claro, a Energia. Eis, pois, ser Exu o Senhor das Trevas, o Orixá
Telúrico (Senhor da Energia).
Poderíamos citar outros mitos, outros Itanifá (16 principais — Babá-Odu e os 256
Omó-Odu).
Realmente, no planeta Terra, os limites de Exu são vários podendo-se dizer que
limita o espiritual do material, em todos planos da atividade humana.
Após estes conceitos, que foram apenas revisados, vejamos como Exu atua no
inconsciente, iniciando pela sua atuação no mediunismo, na sua apresentação
nos terreiros com seus médiuns, sobre os que lhe buscam.
Sim, muitas vezes iremos observar que o médium está com o conteúdo do
inconsciente completamente atulhado. São os Exus que permitem exteriorizar o
inconsciente individual e coletivo, algo que, se recalcado, com certeza, traria
incalculáveis e inimagináveis danos às pessoas.
É óbvio que a afinidade entre eles atrai um séquito imenso de entidades ociosas,
irresponsáveis e algumas facínoras, cruéis e desalmadas. É aí que proliferam os
tóxicos (álcool e outros), a luxúria (sexualidade desenfreada), as bruxarias, os
atos insólitos, verdadeiro animismo fetichista norteando os entendimentos afins.
Como nosso encéfalo é uno, tem de ser encarado como o órgão concretizador
de nosso organismo mental, portanto, o inconsciente (região occipital) tem de
haver com o supraconsciente, através de interconexões neuronais, muitas delas,
completamente desconhecidas pela ciência acadêmica.
Das nossas conclusões acreditamos ter deixado evidente que Exu representa a
unicidade (manifestou-se pelos Orixás). É por este motivo denominado nos
aspectos míticos como “Boca Coletiva” (Enugbarijó), pois é o polo concretizador,
sendo o Orixá o polo idealizador. Mais uma vez percebemos o por que Exu ser
cognominado o “Sr. das Trevas”, esta como Energia.
Estes sons, nos aspectos superiores, podem ser expressos pela voz, como
sendo o “Verbo Divino”, origem de todos os Sons. E como Exu representa o
“Verbo Divino”, mais uma vez o temos como o “Senhor do Som” nos aspectos
concretos.
O “Verbo Divino” pode ser expresso pela Voz Humana. Quando essa voz é
aguda, é expressão do próprio Orixá. Quando é mais grave é expressão do
“Boca Coletiva” — Exu. (agudas = altas frequências — graves = baixas
frequências).
A individuação é executada pelo Orixá Yori que pode expressar-se por todos
individualmente. Ao contrário, Exu expressa-se por todos em conjunto. É apenas
o concretizador.
Observemos o diagrama que explicará, fará com que visualizemos nosso estudo.
Pelo diagrama e suas legendas fica evidente que não explicou-se sobre os dois
Orixás: Orixalá e Yemanjá.
Aliás, este é o motivo pelo qual muitos “Filhos de Fé” têm problemas
cardiovasculares que são devidos ao trânsito anômalo do inconsciente para o
consciente, trazendo sensações, emoções e desejos que deveriam ser
criteriosamente analisados, sendo que os mesmos refletem-se no coração,
órgão da emoção, dos sentimentos e paixões.
Nas giras de Exu, raras são as que realmente têm assistência efetiva e ativa de
um Exu que se responsabiliza pela mesma e não havendo esta cobertura, este
agô, fica-se à mercê de espíritos perturbadores e pontas-de-lança de seres do
mais baixo mundo astral. E, como atuam no inconsciente de pobres e infelizes
médiuns que acham estar “abafando”. Haja bebidas, atos desconexos, psicóticos
e os mais nefandos. Há uma liberação da libido com graves traumas aos mais
comprometidos, gerando, como só poderia ser, as mais desconexas e
extemporâneas atitudes.
Nos graus superiores, que muitos realmente alcançam, ainda por dentro do 1º
ciclo, os atabaques não são mais utilizados.
Seu uso controlado e com critérios, para fins terapêuticos por dentro da magia
etereofísica, faz aflorar o inconsciente, algo que o verdadeiro Médium-Magista
decodificará ao indivíduo. servindo-lhe de potente restaurador e aprofundador do
autoconhecimento. Repetimos, que o mesmo deve ser executado por quem
conheça seus Fundamentos reais e seja um Iniciado de alto grau.
Com toda isenção de ânimo, com muita serenidade penetremos nos escuros e
escusos meandros das causas dos ebós ou sacrifícios de pacíficos animais.
Em linhas anteriores dissemos, que muitos fazem os ditos “ebós” sem saber o
que estão arrumando para si. São aqueles que nunca tiveram olhos para as
coisas do espiritual, e como as coisas não lhes vão bem, procuram sem nenhum
critério algo que os auxilie. São os desesperados, amargurados,
desesperançados que buscam uma tábua de salvação, agarram-se a tudo e em
todos.
Há também aquele que quer deixar, mas sente-se mal, como dissemos,
condicionado por um séquito de entidades viciadas, maléficas e inferiores. Estas
entidades das trevas são como viciados em drogas, fazendo o mesmo com quem
vampirizam. É por este motivo que sempre precisam dar mais um ebó, é como
um vício.
Esperamos ter demonstrado que o infeliz indivíduo ficou sob as vibrações
vorazes de Seres do sub-mundo astral, pois os mesmos necessitam de tais
teores vibratórios para manterem suas vibrações pesadas, sensações de
quando ainda se demoravam na carne. De início absorvem a energia vital contida
no sangue do animal sacrificado, para a posteriori fixar-se no campo aurânico, e
muitas vezes em conluio com elementares inferiores, participam de todas as
atividades do ser encarnado. Alimentam-se junto dele, o mesmo acontecendo
com o fumo, álcool, sexo, etc.
Após este triste, mas necessário relato, temos ainda de informar que muitos
continuam fazendo seus holocaustos (ebós) mais por tradição (??) e por medo.
Outros dizem que é por causa do axé (o sangue vermelho animal), que o santo
quer em seus “assentamentos”, etc, etc. Falam igualmente, com ar misterioso,
que o sangue animal é o máximo que pode conseguir-se de poder para realizar
isto ou aquilo... É o supra-sumo, pois sem ele não se consegue o que se deseja...
Tudo pode estar certinho, mas precisa de sangue, caso contrário, a grande
realização, ou o desejado não será conseguido.
Após nossa explicação, muitos dirão que somos ignorantes, que nada sabemos
de Fundamentos, e mesmo dos erós da magia. Realmente, esta eu dispenso...
Meus Fundamentos são outros, e possuem os elementos simbólicos do axé
mineral, vegetal e animal (não o sangue do bicho morto...), e com verdadeiros
projetores de ação e reação magística, em virtude de...
Realmente, ingiro somente o que necessito, pois preciso estar inteiro para
atender às centenas de pessoas que invariavelmente nos procuram,
infelizmente, com uma infindável série de problemas, mazelas, trabalhos e
cargas negativas. Se não fossem tais situações, talvez não ingerisse nada, só
me alimentaria de vegetais, frutas e água. Mas, como sou um Médium-Magista
ativo, vivendo no plano denso do planeta, isto é, possuindo um organismo
carbônico, de carne e ossos, alimento-me de proteínas, lipídios, glicídios, sais
minerais, vitaminas, oligoelementos, a boa música, a boa conversa, as boas
leituras, os mantras, os yantras, os mudhras, invocações e o orai e vigiai
(sempre). Tudo para salvaguardar-me do ataque das forças negras, as forças
das trevas.
Queremos reiterar que a abstenção de carne deve ser feita com critério,
mormente aqueles que são médiuns-magistas. Sempre poderemos ter boa
alimentação, tudo na dependência de nossa função e atividade magística-
espirítica.
É bom que se frise, que comer carne animal é subsistência, e não matá-lo para
fins de “oferenda”, diferença infinita uma da outra.
Estes indivíduos são idênticos aos segundos que citamos, pois também
antropomorfizaram os Orixás, Entidades. Tornaram-nos Homens, alguns de mal
caráter. Relembremos: Orixá é um Espírito Planetário (o Ancestral) sumamente
poderoso em Luzes, Amor e Sabedoria, muito distanciado, não do Homem, mas
dos atos “Humanos”... (Quiseram dar-lhe um arquétipo).
Ao término, não podemos deixar de dar um alerta aos que sacrificam animais
somente para aumentar suas contas bancárias, ou mesmo para abertura de
caminhos materiais. Saibam que vocês já escolheram o “Reino da Terra”,
vilipendiaram o justo, o trabalho honesto, o espiritual. Sim, vocês só pensaram
no hoje, no passageiro, e amanhã? Sim, e amanhã, quando a morte os despojar
do complexo carbônico?! Creia-me prezado Irmão, o dinheiro, o vil metal
consegue adquirir muita coisa, mas a Paz e Luz... Jamais!
Como afirmávamos, os que por sua vez desejarem uma vida material limpa,
honesta, calcada no trabalho, onde tenham uma consciência tranquila, cristalina
e transparente, abandonem tais atos esdrúxulos, pois os “amigos” (falsos
amigos) que atraíram, só lhes atrapalharão neste lado e no outro lado da vida...
Deixem de ser escravos ainda quando encarnados, pois do outro lado...
No encerramento de EXU — DO MÍTICO AO CÓSMICO queremos fazer nossas
as palavras do Exu Sr. 7 Encruzilhadas:
Para atingirmos nossos objetivos neste capítulo, precisaremos, mais uma vez,
recorrer ao estudo analógico.
Embora a Beleza seja uma constante do espírito poucas pessoas lhe indagam o
porquê. O apelo da Beleza faz com que todas consciências sejam mais ou
menos sensíveis. impressionando-as emocionalmente (Organismo Astral),
sensorialmente (Organismo Etéreo-Físico) e psiquicamente (Organismo Mental).
A consciência tem que colocar, explicitar uma ordem nas coisas, quando a
coloca de forma harmoniosa e rítmica (ciclos e ritmos), está produzindo
sensação estética.
A consciência pode reduzir o caos à uma ordem, que quando intelectual
denomina-se explicação. Quando emotiva-sensorial, produzindo harmonia
rítmica é percepção estética.
Muitos podem achar que pintamos com cores berrantes nossa “tela magística”,
mas com toda isenção de ânimo, quem conhece as Artes Sagradas, sabe que
combinam-se elementos, sons articulados, sons musicais, movimentos, cores,
luminosidades, volumes e linhas, tudo visando a projeção da vontade que vai de
encontro a determinado objetivo.
Sim, nenhum Mago faz sua Arte de mãos vazias. Como artesão, necessita,
carece de instrumentos precisos para impressionar seus sentidos, sua
percepção estética. Precisa estar com a consciência toda ocupada em suas
implicações emocionais e criativas (intuitivas). Carece de estar com visão global,
algo que vimos, liga-se à uma geração criadora.
Embora todos se rotulem magos, é de bom alvitre entender-se que o mesmo não
é algo prosaico, algo fácil de se encontrar. A realidade é justamente o contrário.
O simples curioso ou leigo em Magia prática não pode e não deve ser
denominado de Mago. O mesmo acontecendo com o aprendiz, o estudioso, o
operador, o executor e o médium-magista. Mas todos, por simples
desconhecimento ou vaidade, se auto-denominam magos.
Óbvio que não pode ser qualquer arabesco, ou qualquer brasão, sinete ou
símbolo, mas como dissemos, os que tem sua ação, impressionam realmente a
matéria e alguns habitantes do plano astral.
Essa “Escrita Cósmica” tem suas particularidades, embora uns e outros tenham-
na vulgarizado.
Como este nosso livro é de transição, deixaremos para a próxima obra certas
revelações que consolidarão definitivamente nossas assertivas. Embora no
próximo capítulo daremos alguns breves conceitos, sobre o 2º Fundamento da
“Lei de Pemba” ou Escrita Cósmica.
Os “volumes” são mais concretos, ao contrário das “Linhas” que são mais
abstratas. Assim, possuem os “volumes” qualidades minerais, vegetais e
animais, as quais se associam a “arquitetura” (minerais), a “Fisiologia” (vegetais)
e Instintos (animais).
Quando citamos animais, mais uma vez queremos reiterar, não estamos sendo
apologista das “matanças”. Todos conhecem nossa posição, e mesmo porque,
a lógica, o bom senso e a razão refutam tal disparate e acinte à “estética
magística”.
As cores são usadas nos sustentáculos vibracionais (tecidos onde são firmados
os Sinais Riscados e mesmo cor de determinados elementos). Por ora é só que
podemos dizer...
O Leitor Amigo e Irmão de Fé devem ter percebido que adentramos por ângulos
inéditos, deixando a craveira do prosaico e meros conceitos técnicos, já
esmiuçados em nossas outras obras.
NOTA COMPLEMENTAR
Todas tem suas técnicas e fundamentos firmados por dentro de conceitos que
transcendem o conhecimento atual de nossa Ciência Oficial Acadêmica.
Portanto, como vimos, não bastam as Ciências para explicá-las. A ciência quanto
muito tenta explicar, propõe modelos, mas somente a Arte é sensível e num intuir
(apreender sem conhecimento prévio ou estudo teórico), permite que o processo
criativo-sensitivo se manifeste, sensibilize o Mago que deflagra sua vontade e
esta projeta-se sobre elementos e seres espirituais produzindo, segundo sua
potência, o objetivo visado.
1. Nas idéias
2. Nos pensamentos
3. Na vontade
Como estamos afirmando, a causa das doenças não estão nas células, nas suas
organelas ou no desarranjo do edifício biomolecular, mas sim, na própria
essência do homem (no próprio Ser Espiritual).
Se a doença está no próprio homem, a causa é ele próprio, sua conduta. É justo
pensar-se ou inferir-se que nele encontra-se a cura.
“Quid est veritas?” Essa pergunta formulada há quase dois milênios, por Pilatos
a Cristo, segundo os relatos evangélicos, não se soube a resposta.
Somos levados a crer que o Cristo não deve ter respondido, pois a mesma é
relativa, adaptada ao grau consciencial de cada Coletividade, em determinada
época.
Mais uma vez somos forçados a reiterar que a Verdade é uma marcha, adaptável
ao consciencial do indivíduo, portanto, deve haver várias Verdades.
Mas a Realidade, aceita várias Verdades? Sim, pois as Verdades são partes da
Realidade. Não a invalidam não a revelam na sua totalidade.
Calcados nelas, que sustentam a Realidade, iniciemos após esta ligeira mas
necessária introdução, nossa temática central: Sinetes, Selos Sagrados e a 2ª
Revelação da Guia Cabalística de Umbanda.
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Após estas nossas assertivas não estamos afirmando, e que isto fique cristalino,
claro, que os primeiros Fundamentos da Escrita Cósmica estão descartados ou
perderam seu valor. Jamais! Como afirmamos, estamos revelando, segundo o
desejo do próprio Astral Superior, novos enfoques por dentro da dialética
umbandística, que cada vez mais torna-se cósmica, vivente em quaisquer “loci”
do planeta.
Também, não somos contra aqueles que não aceitam nossas proposições.
Respeitamos a todos, principalmente graus conscienciais. Por que
atormentarmos alguém com Fundamentos que ainda não lhes falam à alma e ao
intelecto? Não compete a quem colhe atrapalhar aqueles que preparam solo, ou
aqueles que estão semeando. Mais uma vez, tudo é uma marcha, um processo.
E nem por isso somos melhores ou iluminados, mas sim, por compromissos
assumidos com o universalismo, com a Tradição Cósmica a qual, esperamos
grassá-la ao mundo, pois a mesma não é patrimônio do Brasil, da África, mas do
planeta e esta é nossa função, torná-La conhecida pelas humanas criaturas, pois
em nível astral o trabalho de há muito iniciou-se, basta analisar serena e
tranquilamente, com toda isenção de ânimo, as obras do Sr. 7 Espadas.
Por que só nós nos expressamos desta forma sobre as coisas de Umbanda? Por
que outros Iniciados da Raiz do Pai Guiné (Mestre Astral YOSHANAN) não têm
o mesmo discurso, aliás ao contrário, pois muitos nos combatem (as idéias, é
claro)?
Bem, quando o Pai Guiné disse-nos que seríamos o sucessor de Mestre Matta
e Silva, sabia que iríamos continuar aonde Ele, Matta e Silva, havia parado.
Eis o que é ser sucessor. E assim estamos fazendo desde 1989. Portanto, não
posso aceitar quando afirmam que a Raiz de Guiné ficou parada por oito anos.
Quem assim afirma, lastimo em dizer, não percebeu que o “mundo não parou”,
que tudo caminha, especialmente os Mentores do Astral Superior, que não têm
tempo a perder.
Como disse, lastimo, mas no compromisso de nossa tarefa, que não desdenha
de ninguém, pois acreditamos tudo ter razão de ser, antes de continuarmos a
tese de nosso capítulo, meus votos sinceros e fraternos de luz, entendimento e
evolução a todos...
É por essas e outras que àqueles que ouvem as “Verdades Espirituais” no mundo
todo está sendo levado a “Doutrina do Tríplice Caminho”. Os que ouvem as
Verdades Universais, repassam a seus Irmãos, e assim sucessivamente...
Como vêem, nosso “terreiro” é o mundo. Não podemos nos ater apenas às
quatro paredes do Templo, achando que nele estão todos os problemas do
planeta, todos os habitantes, e que serão todos resolvidos. Será esta a verdade?
Seria somente este o escopo de Umbanda? Seria a Proto-Síntese Cósmica ou
mesmo o Movimento Umbandístico e suas Entidades, espíritos que viriam só
para resolver os problemas pessoais deste ou daquele, não se importando com
responsabilidade, vínculos kármicos, débitos, créditos, etc.? Será que viriam só
para neutralizar a baixa-magia? Acreditamos que muitos espíritos viriam com
esta função, mas todos?
Retornando ao Templo, não resta dúvida que há médiuns magistas e magos que
devem cumprir estas funções com a “guarda” de seus Mentores Espirituais, mas
generalizar Movimento Umbandista, a esta função somente é no mínimo pueril,
para não se dizer leviano.
Assim surgiram vocábulos cósmicos Orixalá, Ogun, Oxossi, Xango, Yorimá, Yori,
Yemanjá.
“Iniciemos nossos estudos pelo Hexagrama ou Estrela de seis pontas, o qual foi
motivo de várias digressões por parte do Exu Sr...
É por isto que Moisés sendo um profundo iniciado não desconhecendo a “Coroa
do Verbo” ou da Palavra, traduziu parte da mesma, velando seus aspectos mais
profundos, através do Hexagrama. Sim, o Hexagrama era parte do dodecagrama
ou estrela de doze pontas, expresso no planisfério de Rama que redescobriu aos
Povos Arianos aquilo que os demais povos ou Raças haviam conhecido, mas
que fora deturpado, perdido, esquecido, sendo de conhecimento de raríssimos
Iniciados de elevado grau iniciático (Iniciados Planetários).
Este Alfabeto Sagrado é uma primeira forma de velar a Escrita Cósmica, que
descreve o destino dos Seres e a Sabedoria Cósmica. Está mais próximo da Lei
de Pemba ou Escrita Cósmica. Dissemos que está próximo, mas não é o
precursor da Lei de Pemba, ao contrário, Ela que lhe deu origem, deu-lhe
manifestação com real expressão por dentro da Magia Cósmica ou Teúrgica.
Mas para fins práticos podemos associar sinais do Alfabeto Adâmico, relacioná-
lo com os 3 Princípios do Primeiro Fundamento da Lei de Pemba.
Para não perdermos o fio que vem tecendo nosso raciocínio central, retornemos
ao dodecagrama, que contem quatro triângulos ou dois hexagramas.
O Triângulo da Terra pode ser expresso pelo vocábulo sagrado IPhO ou IPhA —
Vozes Harmoniosas do Verbo — (o oráculo).
Água e Terra produzem lama, terra unida e fértil. Lama é símbolo da fertilidade,
da seara cósmica, as várias fases do destino, os “olhos de Ifá”.
BARAMA
ISHO/BARAMA — Princípio Espiritual Passivo — Kimbanda.
O vocábulo IXO (YShO) reiteradas vezes foi demonstrado como desdobra-se até
expressar-se no Círculo Cruzado. Deixaremos ao arguto Leitor desvelar BRM;
até expressar-se na Cruz Circulada.
Como a Cruz Triangulada, a Primeira Revelação, deu-se por volta dos idos de
1956, há mais de quarenta anos, através do Mestre Yapacany — W. W. da Matta
e Silva, analisemos seus Fundamentos que não estarão invalidados, pois fazia
e faz parte de uma Primeira Fase, em que muitos ainda nem iniciaram e muitos
demorarão para iniciá-la. Outros, porém, deverão permanecer nesta egrégora
por tempo indeterminado.
Mas, se há quem não iniciou esta 1ª Fase e outros que deverão permanecer
nela, por que o Astral Superior revelaria uma Guia Cabalística da Segunda Fase?
Assim o fazemos, para que todos meditando neles possam melhor entendê-los,
mesmo que tardiamente...
“...Como Guias identificamos as entidades que estão num grau muito mais
elevado ou possuem conhecimentos gerais muito mais amplos do que os
que se encontram no grau de Protetores — Os Guias operam no
cabalismo profundo da Magia dos Sinais Riscados — que denominamos
também de Lei de Pemba, e os Protetores, via de regra, são auxiliares,
trabalham, isto é, operam na Magia, dentro de seus conhecimentos,
porém num âmbito relativo e mais simples.
Os Guias não são comuns ou afins à maioria dos médiuns; nesse caso
estão os Protetores, e assim mesmo somente através dos que sejam
médiuns de fato, positivos, etc. De qualquer forma com ou sem médiuns,
as Falanges atuam sobre a Coletividade Umbandista, fiscalizando,
frenando, amparando...”
Então:
Perfume — Sândalo
Perfume — verbena
Perfume — violeta
Logo a seguir, limpa o melhor possível essa tintura (já contida na água)
dos bagaços da erva, para poder adicionar o perfume. A seguir, coloca
dentro a sua Guia-Cabalística. E atenção: tudo isso deve ser operado
numa hora favorável do sol e no primeiro dia da entrada da Lua na fase
de Nova (seja de noite ou de dia).
Assim sendo, Você terá quase uma hora para proceder a essa imantação
e, quando tudo estiver corretamente armado, Você ajoelha-se, toma a
tigela nas mãos, leva-a à altura do Coração e, confiante, sereno, faz a
seguinte evocação:
“Em nome do Divino Poder de Tupan — primeiro nome Sagrado do Deus-
Pai — imploro, nesse instante, que a Cúpula Espiritual da Corrente Astral
de Umbanda possa consagrar, imantar e ligar-me, através dessa Guia
Cabalística, aos Poderes dos “Sagrados Mistérios da Cruz, com minha
Entidade de Guarda, a mim mesmo em espírito e verdade e ao meu corpo
astral, a fim de que me sejam concedidas Proteção, Cobertura e Filiação
diretas e eternas, enquanto honrar esse sagrado compromisso”.
Cuidados especiais: essa Guia Cabalística não pode ser tocada por
mulher, seja Ela quem for, mormente se estiver menstruada. Suja tudo.
Se por acaso isso acontecer, volta-se à cachoeira, lava-se a Guia e
perfuma-se com o perfume indicado, isto é com o perfume que usou.
Observação final sobre a Guia: esse objeto, assim preparado, o foi, dentro
de uma imantação astral-espirítica e pela Magia Branca. Não serve para
os mal-intencionados. Não servirá para os fins de baixa vibração ou
magia-negra. É um escudo contra ele. Quem assim proceder será em
pouco tempo disciplinado, castigado. Verá tudo reverter aos contrários, a
própria Cúpula mandará proceder o retorno. Em suma, tentar reverter os
fatores da Magia Branca para a Negra é suicídio psíquico, mediúnico,
astral.
Após homenagem que prestamos ao nosso Pai e Mestre, penetremos nos meios
de identificação dos Sinais da Lei de Pemba impressos na Guia Cabalística, na
Cruz Triangulada.
Mais uma vez reiteramos aos que se escandalizam com nossa decodificação da
Guia Cabalística, relembramos nosso Pai que dizia, na obra citada, na página
142, no 3º parágrafo.
“Procedemos dessa forma porque a “candeia deve ser posta na mesa” e para
que todos a vejam, e não escondida pelo egoísmo que tudo destrói ou se apaga
no egocentrismo dos que pouco sabem e por isso temem a ensinar o que lhes
possa fazer falta...”
Pai Matta, insistiu, reiterou várias vezes, vimos em seus apontamentos, alhures
citados, que a Guia Cabalística era ordenada e consagrada pela Corrente Astral
de Umbanda.
Corrente Astral de Umbanda está mais afeta ao campo astral brasileiro, aos
médiuns com vínculos mais fortes com os elementos vibracionais dos aspectos
místico-superiores e regionais de Umbanda.
Não estão, por ora, afetos aos aspectos cósmicos, ao sentimento de síntese. Tal
fato comprova-se, como veremos, pelo próprio triângulo estar com o vértice
apontado para baixo. Embora Pai Matta eufemizasse, sabia Ele que o mesmo
estava mais relacionado com a guarda do médium cônscio e positivo, mas que
ainda não possuia sólidos patrimônios e convicções sobre a Confraria Cósmica
de Umbanda, precisando atrelar-se aos aspectos passivos da Lei...
A divisão de 12:4=3 é a mesma coisa que 12-4=8 e 8-4=4 e 4-4=0, isto é, houve
necessidade de subtrair-se 3 vezes.
Portanto, dividir um número por outro é saber quantas vezes este outro é
subtraído.
1+2=3
1+1+1=3
É óbvio que utilizamos só a adição, pois poderíamos utilizar outras operações e
o mesmo poderia ser obtido “N” vezes.
Mas da adição de número inteiro, ficou patente que o número 2 pode estar no 3,
o mesmo acontecendo com o número 1.
3x1=3
3x2=6
Se somarmos, teremos
3+1=4
3+2=5
4+3=7
5+3=8
A Cruz Triangulada é formada por uma Cruz (4) e por um triângulo (3). A soma
reproduz o 7, o setenário.
A quantidade de pedras são 57, que além de ser o número de Arcanos Menores
do Tarô, tem como componentes o 5 e o 7, que somados dão 12, que reduzido
retorna ao 3.
“Pelos Poderes e Mistérios (Cruz e Triângulo) do Senhor Jesus que reina na Lei,
estendo através do Orixá a “Cobertura Espiritual” ao mundo das formas.
Repisando:
A 2ª Revelação
A Guia Cabalística da Cruz Estrelada
ou Hexagramática
A Tradição Cósmica, embora perdida para a humanidade, sempre esteve
presente e em atividade nos planos do Astral Superior. Nessas esferas
espirituais os seres estão em sintonia com os desígnios divinos. Sua
compreensão das Leis que regem o Cosmo e a evolução dos seres espirituais
no Universo Astral é tal que, naturalmente sua atividade reflete as emanações
volitivas dos planos mais superiores, em processo denominado Consciência-
Una.
Uma destas revelações foi feita, como vimos, exaustivamente, ao meu Pai e
Mestre Matta e Silva. Na ocasião Mestre Yapacany ensinou a confecção da Guia
Cabalística com a Cruz Triangulada, capaz de propiciar àqueles que a ela se
vinculassem, uma ligação direta com a Cúpula da Corrente Astral de Umbanda,
estendendo ao discípulo uma possante cobertura e proteção contra as hostes
inferiores, durante sua atividade mediúnica.
Queremos ressaltar que não se deve, em hipótese alguma, fazer uso da Guia
Cabalística da Cruz Hexagramática sem estar de posse das Ordens para tal.
Salvo raras exceções, algo que só pode ser determinado pelo Mestre de
Iniciação, esta Guia Cabalística poderá ser usada, sem cumprir-se o que alhures
ficou estabelecido.
Embora seja uma Guia Cabalística Consagrada pelo Astral Superior, não
haveremos de nos esquecer que a mesma possui além da Cruz, uma Estrela de
6 pontas.
Vejamos, e observemos sua geometria física e hiperfísica. Analise-a,
detidamente. Não deixe de lobrigá-la em todos os ângulos, em todos os
pormenores. Que sensação sentiu? Vibrou positivamente em você? Se
realmente assim aconteceu, você nos procurará, cedo ou tarde, pois temos
algumas coisas em comum...
IShO / BaRaMa — A interação dos opostos (do ativo e passivo) expressam a Lei
Divina, a qual é equilibrante, é equilibrada.
No sentido positivo/relativo
Saravá!
Os 7 Sinetes Sagrados
Talismã da Confraria Cósmica de Umbanda
Para termos uma visão amplificada da Movimentação Magística, Psicúrgica ou
Teúrgica, faz-se necessário entendermos que as mesmas têm particulares
formações de ciclos e ritmos geradores de vibrações, que no contexto se
complementam.
Portanto, deixemos aos Iniciados que aqui não encontrarão nenhuma dificuldade
em fazer as devidas deduções.
Partindo dessas premissas, que segundo outras Escolas, mas que são ou fazem
parte da Tradição Cósmica, podemos citar:
Após esta necessária e sucinta explicação interpenetremos nos Arcanos dos 7
Selos Magísticos ou Sinetes Sagrados por dentro da Escrita Cósmica (Lei de
Pemba), em seus aspectos superiores.
Deve ser confeccionado em placa circular composta por faces feitas por uma
placa de aço soldada a uma placa de cobre. Na medida de 7 cm de diâmetro.
Este aparelho magístico que contém os 7 selos impressos nas 7 placas, tem
sobre si 7 cristais, tem como função purificar, ativar os chacras, ou mesmo
atuando na terapia astromagnéticas.
Esta “Coroa de Metais e Cristais” refletem a Luz dos 7 Raios, os ciclos e ritmos
dos Orixás, servindo para todos, independente da Vibração Original do Orixá
Ancestral que o rege.
Além da filiação e cobertura que vem pela Confraria dos Espíritos Ancestrais de
Umbanda, faz seu possuidor receber os benefícios das Egrégoras Consonantes
do Astral Superior.
Quem usá-lo, só poderá, além da Cobertura Espiritual que receberá, sentir bem-
estar psíquico, emocional, físico e principalmente espiritual.
Adendo Especial
Após decodificarmos a Guia Cabalística de 1º grau (Cruz Triangulada) e revelar
a Guia Cabalística de 2º grau (Cruz Hexagramática), devemos reiterar que estas
são traduções bidimensionais de egrégoras consonantes, há muito existentes
nos Planos d’Aruanda.
Por motivos óbvios, mostramos abaixo esta terceira revelação de forma parcial,
sem todos os sinais que a compõem. Esperamos que o caráter sublime que sua
parcialidade já revela venha a se tornar um estímulo para todos nos esforçarmos
pela evolução moral do planeta. Sabemos que muito temos por conquistar, mas
confiamos no Astral Superior e conquistaremos...
12
Umbanda — A Tradição
Cósmica
Após nossas premissas, somos levados a concluir que, Movimento, seja ele qual
for, é adaptação ao grau consciencial de seus adeptos. Essa adaptação é feita
em consonância com as crenças, crendices das humanas criaturas que
encontram-se em todos pontos do planeta.
Mais uma vez somos forçados a citar a indignação de muitos quando se faz tal
afirmativa. Não compreendem como o Movimento Umbandista pode resgatar a
Tradição Cósmica, pois ele é tão confuso, heterogêneo e muito mais se parece
ou associa-se ao folclore.
É, por isso que nos revelaram a “Doutrina dos Três Caminhos” ou a “Doutrina do
Tríplice Caminho”, que independente de cor, credo ou raça, e principalmente de
adaptações regionais, permitem que em todo o planeta tenha-se um Culto-Uno.
Por outro lado, no reverso da moeda há uma minoria que entende o Movimento
Umbandístico como uma “Escola de Síntese”, iniciando a mesma pela
restauração do próprio homem, de sua personalidade.
Os que não eram intermediários ou seja não eram médiuns, tinham em suas
organizações astrais e físicas uma barreira dimensional que ocasionou a atrofia
dos 2 sentidos superiores, acarretando a interdição ao acesso da memória plena,
de outras vidas, etc.
Após nossa descrição em que demos novos enfoques aos fundamentos por nós
mesmos esposados, esperamos ter demonstrado que a Umbanda é Cósmica,
não só seus Princípios, mas aqueles que os preconizam, isto é, os Mentores
Espirituais de Umbanda.
São portanto universais, mas que podem adaptar-se à mística de qualquer Povo
ou Raça, pois qual o Povo ou Raça que não tem como expoentes espirituais os
Puros, os de Ação e os Sábios.
Após o quadro sinótico mais uma vez chegamos a conclusão que a Umbanda é
Cósmica; não sendo privilégio de ninguém, é patrimônio de todo o planeta.
Muitos podem nos questionar, pois em outras obras dissemos que a Umbanda
era Brasileira.
Foi aqui no Brasil também que teve início sua deturpação, portanto, nada mais
justo que reinicie por aqui.
Muitos poderão achar privilégio ou afirmar que os Seres Espirituais não tem
pátria, e que no Astral todos estão unidos sem necessidade de limites ou
fronteiras...
A verdade é que há fronteiras nas Zonas Astrais que estão nas confluências da
superfície planetária. As fronteiras de ordem astral obedecem, via de regra, as
fronteiras existentes entre os países, isto no plano físico denso. Isto acontece da
1ª à 4ª zonas, sendo que daí para cima temos a universalidade de conceitos,
idéias, “linguagem”, etc.
A necessidade por sua vez é uma carência, um déficit, uma perda qualquer do
equilíbrio da pessoa (Homeostasia).
Embora o valor seja uma necessidade, esta varia de indivíduo a indivíduo, prova
fidedigna do grau consciencial próprio a cada um.
Ainda, continuando, sabemos que nosso cérebro é um condensador, concretiza
nossa mente, consolida-a.
Nossa mente produz valores racionais, que obedecem aos cânones da Lógica e
valores imaginários, mas que podem atuar profundamente no comportamento da
pessoa (Etologia).
Nunca podemos afirmar que algo não tem valor a alguém, pois está na
dependência direta de sua percepção, inteligência e grau consciencial.
Uma carência, seja ela qual for, gera um desequilíbrio que causa um acumulo
de tensões, tanto físicas como psíquicas e fazem com que o indivíduo seja
impulsionado a buscar o objeto visado, que é uma não-indiferença e que trará
um processo de prazer ou satisfação.
Se uma necessidade for sublimada (termo usado por Goethe) o indivíduo terá
subido mais um degrau em sua escada evolutiva. É o que procura fazer a
verdadeira e real Iniciação.
Por dentro da Teoria dos Valores, não podemos olvidar os gregos, que foram os
primeiros a estudá-la (Axiologia).
Sócrates tinha como valores a Ética. Afirmava que Alcebíades, o grande general
grego, só poderia ser corajoso e justo se conhecesse profunda e integralmente
o que era justiça e a coragem.
Tinha uma idéia profunda do Bem e dizia que o mesmo era pré-existente no
“Mundo das Idéias” (Topos Noetós), onde tudo era Bom, e ao concretizar-se no
mundo concreto, seria Bom.
Todos os filósofos citados, tinham como muitos hoje ainda têm, os valores
centrados no objeto e não no sujeito.
Kant foi o primeiro a mudar tal atitude, dizendo que os valores estariam no sujeito
e não no objeto. Portanto deslocou o valor do objeto para o sujeito.
Nietzsche disse, pela primeira vez que “em torno dos descobridores de valores
novos é que o mundo se move”.
A Síntese é nosso objetivo, e para alcançá-la, precisamos ter ciência que a nossa
única realidade é o espírito (eterno, imortal).
Podemos falar sobre forma e essência, sobre luz e sombra, regional ou universal.
O Iniciando deve reverter esta imersão e para tal deverá potenciar sua vontade,
caso contrário será um fracassado.
A Iniciação visa, em graus superiores, fazer com que o karma individual, grupal,
coletivo e planetário, mesmo estando em níveis ou patamares diferentes,
estejam no mesmo sentido.
O Planeta Terra e sua Coletividade criaram um karma. Esse foi alterado devido
a condutas inoportunas, infelizes, as quais geraram uma egrégora planetária
pesada, deletéria.
Porque cada individualidade enquanto não encontrar seu Mestre Interior, deverá
segundo seu grau consciencial ir ao encontro de um Mestre, pois ninguém
consegue por si só, vencer a inércia que o prende ao profano, isto é, ninguém
se torna iniciado sem a presença de um Mestre, que o coloque na senda da
Iniciação.
Sempre afirmamos que, para cada rebanho seu pastor é o melhor. Cada
indivíduo deve ter um Mestre que mais lhe fale à alma, e faça despertar seu
“Mestre Interior”.
Terá de ser mais que um simples demonstrador de técnicas. Não poderá apenas
ser técnico, mas principalmente ser exemplo existencial, de experiência nas lides
da vida e não só de técnicas magísticas ou de outra ordem.
Deve exemplificar através de sua conduta natural, não artificial, pois o verdadeiro
mestre é essencialmente natural, já conseguiu sobrepujar as ilusões, e
demonstra ao discípulo a necessidade de superar as tentações, ciladas, e de
opor sua vontade aos desejos.
O Mestre de Iniciação experimentado nas lides do mestrado deve promover um
desenvolvimento psicológico, emocional, físico e espiritual de seu discípulo.
O Mestre de Iniciação não é nenhum “Deus” que consegue tudo de seus ou para
seus discípulos. A transformação, a evolução, a expansão consciencial depende
de esforços, habilidade e receptividade do discípulo, pois a absorção das sutis
verdades e práticas devocionais ou magísticas transmitidas por um Mestre de
Iniciação, também dependerá da vontade e do desejo (grau consciencial) do
neófito.
O Mestre de Iniciação “aprende” com seu discípulo o que deve lhe ensinar
(segundo seu grau consciencial). Também o Mestre ideal é aquele que faz o
discípulo descobrir, propicia-lhe, torna mais fácil o aprendizado.
Quem não respeita seu semelhante, não se respeita, não servindo pois para o
mestrado.
Isso traz ao discípulo novos estímulos para crescer, para penetrar nos mistérios
de si mesmo, da Natureza e do Sagrado.
O discípulo com amizade e dedicação, na presença do Mestre de Iniciação
percebe que naturalmente ele lhe proporciona paz, alegria e sabedoria.
Expressa a Doutrina do Tríplice Caminho, dos quais, são discípulos de Mestres
Astrais.
1. Vazio-Neutro
3. Substância Etérica
2. Obs. O Planeta Plutão, o mais distante do Sol, por analogia pode ser relacionado diretamente
com os Exus Indiferenciados, que também nunca encarnaram no planeta. É o caso específico
de Alaxirô, Nugô, Issoxô, Ognax, Amiroy, Yroi e Aynamey que compõem a Coroa de defesa
Planetária. A Lógica é evidente, pois Urano, Netuno e Plutão, seriam, respectivamente: o Pai
(Oxalá); a Mãe (Yemanjá) e o Filho ou 3º Elemento (Exu). A Terra estaria sob o comando de
todos os planetas, sendo o “Planeta das Almas”...
Em primeira instância queremos reafirmar que o vocábulo Orixalá, significa o
maior dos Orixás ou que está acima dos Orixás.
É um erro associar Jesus ao Orixá Oxalá. Talvez tal confusão se deva ao fato da
corruptela e inversão, pois associam Oxalá a Jesus, ao invés de Orixalá.
O Sol relativo ao nosso Sistema Solar não ilumina só a Terra, mas todos os
planetas de nosso Sistema, sendo pois, uma Estrela. É o Centro de Luz e Vida
em todo o Sistema. Sua Luz provém das Excelsas Mentes, as quais, constituem
a Hierarquia Crística.
Portanto, após tal explicação, fica fácil entender-se que Oxalá não é regido pelo
Sol, afirmamos ser por Urano, pois o Sol influencia a todos os demais de maneira
particular, que não depende apenas da distância maior ou menor entre eles.
Somente agora, nesses auspiciosos momentos, podemos dar esse brado sobre
as inversões até então necessárias e plausíveis, pois o bom senso refuta que
tendo os Orixás os mesmos poderes, somente cinco deles estejam em igualdade
(Ogun, Oxossi, Xango, Yori e Yorimá) sendo que dois estariam: um acima, pois
é regido por uma estrela (Orixalá) e um abaixo, pois é regido por um satélite
(Yemanjá).?!!
A maioria, porém, atrelada ao comodismo e apego aos desejos nem cogita das
Realidades da Vida, sendo quase sempre despertos, através de grandes
traumas ou choques.
Novos tempos surgirão! Outros e mais outros Iniciados pelos quatro cantos do
planeta estarão levantando a bandeira — a da Tradição Cósmica, da qual somos
simples obreiro, e temos certeza absoluta que acima da pessoa, há de
prevalecer a Doutrina, o espírito da mesma, é o que esperamos estar
conquistando através desta obra.
Como a Realidade é uma marcha, um processo, não pode estar parada. Tal é o
espírito do buscador da Verdade, sempre caminhando, em marcha, pois se
parar, estará mais longe da Realidade.
2. Há o Mestre que é fruto do meio. Não é um Mestre, mas por não ter
suficiente humildade e paciência, se auto-denomina de nomes pomposos,
quando não imitam outros Mestres ou os seus Ex-Mestres. Mas é claro,
nunca irão alcançá-los, pois um Verdadeiro Mestre reconhece e separa o
joio do trigo; algo que esses misturam.
Objetivo:
Ajuda a obter uma mente lúcida, coração sereno e tranquilo, receptivo, amoroso,
sábio.
É o que acontece na “gira” (giro, ciclo vibracional) pois inicia-se com a “gira” de
“Crianças” a seguir a de “Caboclos”, prosseguindo temos a dos “Pais-Velhos” e
termina com a gira dos Exus guardiões — Condutor e Guardião dos Caminhos.
Como Exu é o último a manifestar-se e a gira inicia-se com as “Crianças”,
dialeticamente Exu representa a morte ou o outro lado da vida, o período entre
uma reencarnação e a próxima. Sim, na próxima gira reiniciamos com a “gira das
Crianças” e assim sucessivamente. Em cada gira “nascemos e morremos”...
Este é um tema (“koan”) que damos aos Filhos de Fé para raciocinarem, pois
muitas verdades poderão ser extraídas dessas ilações.
Saravá!
PALAVRAS FINAIS
Escrever sobre questões tão relevantes certamente exige muito mais do médium
com esta tarefa do que pode parecer a priori. O fato de não sermos apenas
compilador e reprodutor de conceitos firmados por outros autores, repetindo
bibliografias extensas, como se isto pudesse dar sustentação lógica para nossa
argumentação, exige muito mais do autor com preocupações sérias e legítimas
para com o Leitor.
...irmão leitor, é preciso ter um cérebro “duro” para ser usado como o
nosso tem sido, sem consequências maiores...”
Voltando a nossas palavras finais, caro Leitor, queremos ter deixado claro que é
uma árdua tarefa lutar contra o misoneísmo daqueles que se acostumaram a
viver várias e várias encarnações mantendo os mesmos conceitos e valores,
impedindo que a Luz Espiritual ilumine a todos. Se preferimos esta luta é porque
temos certeza que todos se beneficiarão, inclusive os opositores atuais, que o
tempo transformará em novos batalhadores pelas verdades maiores...
Temos fé redobrada na certeza de estarmos lançando estes fundamentos
cósmicos de Umbanda em momento oportuno, porque contamos com o apoio e
paciência benevolente de Mestre Arashamanam (Caboclo Velho Payé).
Saravá!