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ARLS ESTRELA DO SUL n.

43
Rito Adonhiramita
Jurisdicionada ao Grande Oriente Maçônico do Brasil
Reconhecimento Grande Oriente da França

V.I.T.R.I.O.L.

Ir∴ NILO PEÇHANHA- A∴M∴

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INTRODUÇÃO
O trabalho proposto trata de reflexões individuais acerca do VITRIOL, o qual é apresentado,
inicialmente, na Câmara de Reflexões no momento da iniciação.
Sem compreender perfeitamente a profundidade e significado deste termo, desta construção
moral e filosófica, passa despercebido que ali, naquele momento, há o primeiro contato com o
sublime universo maçônico.

DESENVOLVIMENTO
V.I.T.R.I.O.L. é a sigla em latim para “Visita Interiora Terrae, Rectificando, Invenies
Occultum Lapidem” ou, em tradução direta para o português fica “Visita o Interior da Terra,
Retificando-te, encontrarás a Pedra Oculta”. O VITRIOL em si não é um símbolo, mas um
conjunto de símbolos que, de forma isolada, já possuem o seu próprio significado. Trata-se,
portanto, de um símbolo maior, e mais elevado, que pode ser estudado seja em partes ou em
sua totalidade.
Essencialmente o VITRIOL orienta para uma viagem ao interior da própria pessoa, onde
poderá encontrar a sua essência bruta e, a partir dai, começar a dilapidá-la.
No entanto, a viagem interior é sempre cheia de perigos, pois há sempre o desconhecido e as
armadilhas que estão ali guardadas. Dito de outra forma, o caminho para o autoconhecimento
não é dos mais simples, já que exige da pessoa uma autorreflexão que, em alguns casos, a
própria pessoa não está madura o suficiente para exercitar.
Um dos maiores perigos, ao meu ver, na busca pelo autoconhecimento e aperfeiçoamento é o
Ego, pois ele se manifesta de formas surpreendentes e perigosas. Não é difícil, por exemplo,
confundir Ego com Humildade, ou mesmo a Coragem do com a manifestação Egocêntrica do
ser.
Mais perigoso ainda é o homem encontrar a sua essência e, por descuido, não ter as ferramentas
para trabalha-lo da forma adequada e, assim, tornar aquela que seria sua maior obra, em algo
disforme de detestável.
Dito isso, vejo que nem sempre o caminho para o autoconhecimento leva o homem para o
caminho do bem, pois se mal conduzido, produz a própria destruição. Já testemunhei amigos e
conhecidos que, convencidos da sua própria significância, e crentes de que haviam encontrado
o seu propósito, enviesaram para a arrogância e indiferença.
Assim, entendo que a viagem não deve ser iniciada enquanto não se tem as ferramentas certas,
pois os riscos de tropeços são grandes.

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Todo homem carrega o bem e o mal dentro de si, e, portanto, considerando essa premissa, ao
conhecer o seu interior, não necessariamente a caminhada será feita no sentido bem. Ainda
mais, em alguns casos pode-se entender que a diferença entre bem e mal é apenas um ponto de
vista, levando o homem a buscar a jóia errada.

CONCLUSÃO
Considerando essa reflexão, tenho que a busca pelo Autoconhecimento não é uma ciência
exata, e não deve ser praticada por aqueles que não estejam espiritualmente prontos e
orientados, pois há chances de frustração.
Por outro lado, também não posso deixar de admitir que a busca pelo Autoconhecimento é em
si uma experiência reveladora, e que tira do homem a ignorância sobre si mesmo.
Seja como for, entendo que, por se tratar de uma viagem pessoal, deve ser praticada com
cautela, especialmente por aqueles que ainda se reconhecem como impulsivos.

BIBLIOGRAFIA
D'Elia Júnior, Raymundo. Maçonaria: 100 instruções de aprendiz. São Paulo: Madras, 2007.

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