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CURSO: HISTÓRIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DAS UNIDADES CURRICULARES

Educação Básica: avaliação e currículo

Hugo Rafael Fernandes da Silva

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Belo Horizonte, 15 de Novembro de 2023

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Relatório apresentado como resultado final do


Estágio Supervisionado da Unidade Curricular:
Educação Básica: avaliação e currículo, do Curso de
História, do UNIBH, sob a orientação das
professoras Veronica Figueiredo e Eliane Monken

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Belo Horizonte 15 de Novembro de 2023

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO. Pag.4

2 CONTEXTO DO CAMPO DE ESTÁGIO. Pag.6

2.1 Contexto da Escola Contexto


2.2 Análise dos Documentos da Instituição

3 DEMANDAS DO CAMPO DO ESTÁGIO. Pag.8

4 PROJETO DE INTERVENÇÃO. Pag.10

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS. Pag. 12

REFERÊNCIAS

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1 INTRODUÇÃO

As Diretrizes de estágios supervisionados e práticas de ensino do Grupo Ânima


(2021, p. 3) definem que, nos cursos de Licenciatura, os estágios supervisionados
consistem no conjunto de atividades formativas para consolidar competências e
habilidades pertinentes ao campo de intervenção profissional.

O estágio supervisionado é um componente curricular obrigatório na formação do


profissional da educação e caracteriza-se como um processo de aprendizagem
sobre concepções das variadas práticas pedagógicas por meio da participação ativa,
em ambientes próprios de atividades da área profissional, e possibilita ao estudante
profícuas aprendizagens na sua área de atuação. Devem propiciar a
complementação do ensino e da aprendizagem a fim de se constituírem em
instrumentos de integração em termos de atividades práticas, aperfeiçoamentos
educacionais, culturais, científicos e de relacionamento humano. Habilita o
estudante, futuro educador, para o exercício profissional nas áreas de atuação
específica de sua formação.

As Diretrizes (2021, p. 3) acrescentam que este processo de estágio é constituído


pela organização de atividades teórico-práticas, de acordo com a legislação em
vigor. Pelo projeto pedagógico dos cursos de licenciatura da Instituição de Ensino
Superior (IES), as atividades de estágio fomentam, inclusive, seus debates a partir
de situações reais vivenciadas pelos estudantes.

Nesse sentido, esse estágio está vinculado às atividades desenvolvidas nas


unidades curriculares Ludicidade, linguagens, corpo e movimento, e Ciências
naturais e suas tecnologias em que estão relacionadas com as práticas de ensino do
curso de Pedagogia.

Neste relatório as atividades foram apresentadas da seguinte forma: a


apresentação do estágio, seus objetivos e importância, a contextualização da
escola, a descrição de da rotina em sala de aula de uma turma de segundo período
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da Educação Infantil na qual foi feito acompanhamento durante o ano letivo de 2023,
por fim foram relatadas as conclusões e referências utilizadas aio longo do relatório.

2 CONTEXTO DA INSTITUIÇÃO

A instituição escolhida para o acompanhamento se encontra na região


noroeste de Belo Horizonte, uma escola que completou 55 anos de existência neste
ano, Sua história é essencialmente marcada pela luta constante em defesa de uma
educação plural, inclusiva e de qualidade. A escola iniciou suas atividades na Rua
Estrada do Cercadinho, sem número, Favela Ventosa no Bairro Jardim América.
Outros registros colocam a Rua Santos no 1137, também no bairro Jardim América
como endereço logo depois. O fato é que, sua primeira diretora, Senhora Luzia
Aguiar de Lima, lavrou ata tendo a data de 12 de fevereiro de 1968 como o início
dos trabalhos, ou seja, meses antes do registro oficial. Segundo esta mesma ata, o
nome escolhido se deveu a uma indicação do corpo docente, referendando ao
médico Dr. L. M. um lugar de excelência na ajuda aos pobres e mais necessitados.
Isso se deu no ano de 1969, mas o decreto no 13.060 só seria publicado em 20 de
outubro de 1970. Estava então nominada: Escolas Combinadas Professor Doutor L.
M. M.. Até o mês de dezembro do ano de 1975, a escola se manteve no bairro
Jardim América, mas por uma decisão da direção em conjunto com a comunidade,
buscaram uma melhor localização, tendo em vista que os alunos poderiam ser
atendidos por outras instituições de ensino próximas e o local não era apropriado
para o funcionamento. Um pouco antes, pela resolução de no 810/74, a escola
simplificou seu nome, ficando então Escola Estadual Doutor L. M. M., sendo assim
até hoje. Passou-se então a funcionar num prédio da Avenida do Contorno no 77 até
o ano de 1981, e em 1982 nova mudança para o prédio situado à Rua Porto Velho,
1021, no bairro Nossa Senhora da Glória, onde hoje temos a Escola Estadual João
Maria Kooyman. Em 1983 mais uma troca de endereços. A escola utilizou por um
tempo as dependências do Colégio Abgar Renault situado à Rua Enéas, 58, também
no bairro Nossa Senhora da Glória. Apenas em janeiro de 1984 transferiu-se

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definitivamente para o bairro Pindorama, alocado pelo Estado à Sociedade Eunice
Weaver, sendo a mudança da sede publicada no Diário Oficial do Estado do dia 05
de janeiro de 1984, tendo como diretoras Maria Terezinha Pires de Morais e Maria
do Carmo Zica. Antes neste local funcionava o Educandário Pindorama, reservado
aos filhos de portadores de hanseníase. Uma política de estado de segregação e
internação compulsória que perdurou até a década de 1980. O país passava por
mudanças políticas e sociais, e as escolas, sendo um reflexo direto da sociedade,
estava também envolvida neste contexto. Uma delas era a luta por eleições diretas
para a direção. Segundo registros em ata, desde o ano de 1984/85 já haviam
discussões, grupos de trabalho e colegiado construindo uma forma de eleição em
conjunto com a comunidade. Em uma destas atas, a própria comunidade se
organizou em assembleia popular convocou a direção, para esclarecimentos sobre a
situação da escola e o que iriam decidir em relação à escolha da direção.

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2.1 Contextualização da escola

Atualmente a escola encontrasse em hiato, não de maneira geral, porém a


quantidade de matriculas caíram vertiginosamente com o passar dos anos. Neste
ano de 2023 a escola possui 217 matriculas, divididas entre os anos finais do
ensino fundamental, ensino médio regular, ensino médio integral e EJA, com a
grande maioria destas matriculas, 113 no total, sendo direcionada ao EJA. A
maioria dos alunos ali matriculados se alto declararam pardos (60%) seguidos de
brancas (22%) e pretas (12%), A escola como dito anteriormente se localiza em
um bairro periférico da capital mineira, e como tal o seu público se caracteriza por
ser majoritariamente moradores das vilas e favelas próximas a unidade escolar. O
percentual aproximado de estudantes da escola que exercem atividades
remuneradas é de 3%. A escola se encontra em um bairro periférico, que ai se dá
a maior parte de seu público. A escola tem um espaço grande, que conta com
duas quadras cobertas, dois andares com 10 salas, além de uma horta cuidada
pela comunidade escolar. A escola se encontra com poucas matriculas como
vemos anteriormente, algo com qual a direção observa com preocupação, isto se
deus muitos por conta de notícias vinculadas a escola, com qual ficou conhecida
como uma escola ruim, porém as medidas para mudar este cenário já estão
ocorrendo.

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2.2 Análise dos documentos da escola

Ao analisar o PPP e o regimento escolar pude observar que o corpo


docente tem notório saber do contexto escolar, com preocupação acerca da
violência das ruas e com a normalização da criminalidade no contexto da
comunidade. Com isso demonstra um diagnóstico sucinto e real sobre a escola, e
também no contexto da avaliação demonstra sensibilidade e realismo sobre como
encarar o contexto da escola. Inclusive com planos de ação que visam uma
melhor aproximação entre a comunidade e a escola. O currículo proposto para os
docentes traz consigo uma liberdade maior para os professores, que não
precisam se reduzir a avaliações tradicionais. Inclusive esta percepção
progressista de educação. Com relação ao currículo e a avaliação, o regimento
interno juntamente com o PPP deixa claro suas intenções nas seguintes partes: “.
Art. 1o - A educação, dever da família e do Estado inspirada nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.

Art. 2o - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a


arte e o saber;

II. pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

III. respeito à liberdade e apreço à tolerância;

IV. valorização do profissional de educação escolar;

V. garantia de padrão de qualidade;

VI. valorização da experiência extra-escolar;

VII. vinculação
Página 8 de 13entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
Art. 3o - O Ensino Fundamental tem como objetivos:

I. desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno


domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II. a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,


das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade:

III. desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição


de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV. fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de


tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Art. 4o - O Ensino Médio tem como objetivos:

I. a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino


fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II. a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar


aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas
condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

III. aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética


e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

IV. a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos


produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.”

Com isso percebemos a preocupação da escola com o currículo e a avaliação.


Porém a escola possui algumas falhas, como a não adoção de um livro didático.

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3 PROJETO DE INTERVENÇÃO

Para o projeto de invenção foi feita uma pesquisa pelas plataforma Forms do
google para o levantamento das demandas do campo e relacionar ao currículo e
avaliação. Foram efetuados 6 perguntas, sendo elas; 1.Qual a definição de
currículo para você? ;2. Quais conteúdos você pensa que deveria ser inserido no
currículo? ;3. Qual a definição de avaliação para você? ;4. Qual a forma de
avaliação é a mais utilizada em sala? Ela se mostra efetiva? ;5. Quais os maiores
problemas que você observa para a aplicação do currículo? ;6. Qual matéria que
você leciona?.”

Analisando todas as respostas adquiridas pude perceber uma falta de uma


concepção mais abrangente do que seria uma melhor avaliação e principalmente
uma avaliação formativa que é algo de extrema importância nas escolas. Scriven,
em 1967, estabelece, pela primeira vez, uma diferença no âmbito da avaliação
curricular, que viria a marcar decisivamente a história da avaliação. Trata-se da
diferença entre a avaliação formativa e a avaliação somativa. Enquanto que
esta é feita no final de um período de ensino para decidir a continuação de um
determinado programa, a primeira é realizada processualmente, durante o
decurso do programa, para introduzir ajustamentos no sentido do seu
aperfeiçoamento.

O conceito de avaliação formativa foi criado, como se disse, por Scriven, em


1967, sendo inicialmente utilizado no âmbito restrito da avaliação curricular. Foi
Bloom e seus colaboradores que, pela primeira vez, em 1971, utilizaram a
avaliação formativa, chamando a atenção para a importância dos processos a
desenvolver pelos docentes de forma a adequarem as suas práticas às
dificuldades de aprendizagem detectadas nos alunos. A avaliação formativa se
mostrou de muita importância ser aplicada na escola em questão. Usando de
novas formas de ideias de avaliação, que podem ser ministradas pelo diretor da
unidade, ou pelo próprio estagiário no sentido de haver uma maior conexão com
os alunos da escola algo que está apresentado no PPP da escola.

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Utilizamos de artigos atuais para a elaboração de uma palestra temática
sobre avaliação formativa para que os professores entendam sua importância e
em como aplicá-las no dia a dia da salas de aula. Entendo conceitos como o de
Bloom, Hastings e Madaus (1971), a avaliação formativa preocupa-se em
“determinar o grau de domínio de uma determinada tarefa de aprendizagem e
indicar ano parte da tarefa não dominada” (p. 61); por isso mesmo “o objetivo
não é atribuir uma nota ou um certificado ao aluno; é ajudar tanto o aluno como o
professor a deterem-se na aprendizagem específica necessária ao domínio da
matéria” (Idem, ibidem). O processo de aquisição das aprendizagens é, portanto,
regulado pela avaliação formativa. Pode-se, então, dizer que esta modalidade de
avaliação ajuda o aluno a aprender e o professor a ensinar (1992), isto é,
“permite, por um lado, ajudar o aluno a ultrapassar as dificuldades de
aprendizagem, e, por outro, auxiliar o professor a diferenciar o ensino e a
fazer alterações de modo a caminhar no sentido de uma pedagogia diferenciada.”
(Pacheco, 1994, p. 32).

Buscando com isso uma melhor aplicação das avaliações dentro de sala de
aula.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o fim do estágio pude perceber aspectos intangíveis da escola


escolhida, não apenas em como a escola se organiza fisicamente, mas
principalmente em como o organismo escolar funciona, em sua preocupação
acerca da construção de cidadãos para o mundo do qual vivem, trazendo em seu
PPP aspectos extremamente pertinentes acerca da educação de seus alunos.
Claro que a escola se vê com limitações que transcendem o aspecto social e de
investimento em suas dependências. Porém mesmo com todos os empecilhos a
escola é viva e apresenta uma atenção constante com seus alunos e com o
professores que ali exercem os eu trabalho. O tempo do qual passei no campo se
mostrou extremamente proveitoso, consegui assimilar questões da Uc inserido na
prática da escola, a avaliação foi aquilo que se mostrou de maior pontualidade,
onde do qual muitos professores ali presentes não tiveram contato com uma nova
forma de avalição, além claro dos alunos dos quais estavam apenas
acostumados com as tracionais provas quantitativas para suas notas. Com pesar
que me despeço da escola neste semestre sem conseguir aplicar de forma total o
projeto de intervenção que desenvolvi. Porém com a certeza que o material
disponibilizado para os professores será de muita valia, principalmente no
aspecto de normas formas de se pensar a avaliação e o currículo. A resolução da
demanda que a escola apresentou não seria resolvida apenas pela intervenção, a
aplicação de uma avaliação formativa deve fazer parte da cultura da escola, algo
que demanda tempo e esforça por parte de toda a organização escolar. Porém
um inicial se formou durante o período estagiando, e isto poderá ter seus
resultados apontados nos anos seguintes naquela instituição.

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REFERÊNCIAS

Gallego, D. J., & Gallego, M. J. (2004). Educar la inteligência emocional en el aula.


Madrid: PPC.

Kiel, J. (2010). Emotional intelligence in negotiation: Strategic use of emotion. Tese


de Doutoramento. Aarhus School of Business.

https://docs.google.com/forms/d/
1FBC9XylHp1qLktq0q9MksyvquzV96mVuow7AUGeESu0/edit?
vc=0&c=0&w=1&flr=0#responses

Caruso, D. R., & Salovey, P. (2007). Liderança com inteligência emocional. São
Paulo: M. Books.

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