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Associação Olho Vivo

A Associação Olho Vivo foi fundada em maio de 1988,


com o nome de Grupo Juvenil Olho Vivo. É uma ONG,
sem fins lucrativos a nível nacional. A Associação
intervém principalmente na defesa do Ambiente, do
Património e dos Direitos Humanos, com o objetivo de
divulgar e defender o património histórico e natural,
fomentar a educação ambiental e promover a defesa
dos direitos humanos e o combate ao racismo e à
xenofobia.
No início da sua formação faziam-se acampamentos no
qual se debatiam temas ambientais e de defesa e
proteção do património sendo denominados “campos
de trabalho”. Um dos acampamentos com maior participação cívica foi o de Foz Côa cujo objetivo era a
proteção e salvaguarda das pinturas rupestres de Foz Côa, assim como o da Reserva Natural das Dunas
de São Jacinto e da defesa das Pegadas de Dinossauro, em Carenque.
Em 1990 o Grupo Juvenil Olho Vivo alterou o nome para Associação Olho Vivo - Defesa do Património,
Ambiente e Direitos Humanos, de forma a abranger todas as idades e estas três problemáticas. A
defesa dos direitos humanos surgiu da tomada de consciência da importância em apoiar a população
imigrante em Portugal. Foi o episódio de espancamento até à morte de Alcindo Monteiro, que alertou a
Associação Olho Vivo para esta causa. Em 1996 juntamente com os Black Company realizou, várias
campanhas de sensibilização nos bairros de imigrantes ilegais de forma que estes regularizassem a sua
situação. Nasceu, assim, o Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes, em várias zonas do país.
A Olho Vivo participa em diversos organismos locais, como por exemplo: a Rede Social, a Comissão de
Proteção de Crianças e Jovens em Risco e as Assembleias de Escola.
Os marcos históricos mais importantes foram: a equiparação a ONGA no Instituto do Ambiente, a
adesão em 1998 à Rede Europeia Contra o Racismo, sendo cofundadora da Rede Antirracista em
Portugal, ser membro da Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente, e ainda ter
participação ativa no Conselho Consultivo para os Assuntos da Imigração. É também uma entidade
formadora.
Esta associação defende a cidadania oferecendo apoio domiciliário e acompanhamento. Apoia pessoas
em situações precárias, como sem-abrigos, pessoas com problemas psicossociais e vítimas de violência;
apoia reclusos; apoia cidadãos imigrantes na obtenção e renovação de vistos e apoia os
indocumentados. A AOV presta ainda apoio a desempregados ou pessoas descontentes com a sua
situação laboral, por motivo de remunerações injustas ou atrasadas, despedimento, discriminação de
salários ou violação de direitos do trabalhador. Por outro lado, promove o contacto entre as pessoas
através de passeios, festas, workshops, tendo uma preocupação constante em difundir os princípios do
voluntariado entre os mais jovens, e alertar a população para a importância de criar uma rede de apoio
à população idosa. Estas ações juntamente com o trabalho desenvolvido no apoio à população em geral
e aos imigrantes e minorias étnicas, fomenta o espírito cívico na comunidade através da
consciencialização para a importância de agir e de ser ativo na resolução de problemas sociais.
Ao nível dos Direitos Humanos a AOV defende os direitos individuais, a legalização, o emprego ou outro
apoio social.
Existem dois gabinetes na sede: o Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes que presta apoio
ao imigrante no processo de regularização e o Gabinete de Apoio à Cidadania que oferece apoio à
população, nas áreas da saúde, habitação, apoio jurídico, apoio social, apoio a crianças em risco, entre
outras situações. Existe ainda o Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes Itinerante, ou seja, é
um apoio móvel. Por último, o Gabinete de Inserção Profissional que é financiado pelo Instituto do
Emprego e Formação Profissional. Este funciona como ponte de contacto entre o indivíduo e o trabalho,
a formação, e a ocupação de tempos livres, funcionando assim como meio de inserção na sociedade.
Relativamente à defesa do Ambiente, promove ações de sensibilização e apoia a educação ambiental
nas escolas de forma a garantir que esta disciplina seja implementada no quotidiano dos jovens.
Organiza várias ações de limpeza de espaços verdes e promove a defesa do ambiente, alertando para os
comportamentos a adotar e a importância da preservação ambiental.
Quanto ao trabalho desenvolvido na defesa do Património Nacional, é importante salientar os projetos
de defesa e manutenção do conjunto de monumentos megalíticos do concelho de Sintra que
constituem monumentos de grande valor histórico em estado de abandono e degradação.
Esta associação promove práticas de voluntariado entre os jovens, como forma de ocupação dos tempos
livres, procurando aliar o voluntariado com um objetivo social, como a proteção do ambiente ou o apoio
domiciliário a pessoas idosas. Através da sensibilização para a importância do voluntariado, tenta
garantir que as próximas gerações entendam melhor a importância de dedicar tempo a causas sociais.
Estas iniciativas servem não só para incentivar a promoção da socialização, mas também, para encontrar
um caminho para a habilidade dos cidadãos em novas áreas.
Em 2009 a AOV integrou o projeto Heuritage, que teve como objetivo reforçar, a nível europeu, a
educação dos adultos através de vários tipos de atividades, fez e faz parte do Programa Escolas num
projeto intitulado Meg@ctivo, que consiste em atividades para jovens no qual se desenvolvem
competências pessoais, sociais e escolares, contribuindo para o combate ao abandono e absentismo
escolar e diminuição dos comportamentos de risco. A Casa Viva e a Casa dos Povos são outros projetos
de apoio ao imigrante, assim como o projeto "Interculturalidade” que teve início em janeiro de 2009,
cujo principal objetivo era a aproximação de diferentes culturas no mesmo espaço, através do
conhecimento, da partilha de experiências e de tradições culturais e conhecimentos etnográficos.
Na minha perspetiva, a existência desta Associação é fundamental para minimizar os obstáculos ao
desenvolvimento principalmente na promoção dos direitos humanos promovendo uma melhoria do
bem-estar da população, esforçando-se para que o mundo seja mais equilibrado e que haja igualdade
social, cooperando desta forma para o desenvolvimento. Sendo uma ONG, o voluntariado faz parte
integrante deste projeto o que permite adquirir experiência; potenciar a criação de ambientes que
combatam a exclusão; criar uma alternativa ao tempo livre, capacitando e despertando os cidadãos para
a prática de diversas atividades. O trabalho que é desenvolvido na população imigrante, oferece, por um
lado, orientação na resolução de problemas burocráticos, e por outro lado cria caminhos para a
integração na sociedade, através de projetos que promovem princípios de interculturalidade.
A Associação Olho Vivo apoia os cidadãos pois estabelece uma ponte de comunicação entre os seus
gabinetes de atendimento, onde sugere atividades de ocupação para os desempregados, como a
formação profissional ou o voluntariado, e ainda ajuda na resolução de problemas.
Na minha opinião, esta Associação que eu desconhecia, tem um papel crucial para o desenvolvimento,
pois presta diariamente apoio a pessoas que procuram ajuda, encaminha ou resolve problemas
relacionados com a regularização da situação legal no país, ou da situação legal de um familiar; presta
apoio humanitário (que pode incluir alimentação, apoio financeiro, roupa, medicamentos e mobiliário);
apoia socialmente (a nível de acolhimento de pessoas em situação de extrema necessidade; subsídios);
presta apoio judiciário (que abrange questões como problemas relacionados com trabalho, pensão de
alimentos, violência doméstica); apoia na saúde e em questões relacionadas com a habitação; dá apoio
a crianças que vivem em contexto de risco, nomeadamente no encaminhamento do casos para
instituições especializadas e esclarece dúvidas relacionadas com o património histórico ou natural
nacional, minimizando as desigualdades e promovendo o respeito e a igualdade, que é uma das metas
dos ODS. Outra mais-valia, é o facto de funcionar mais a nível familiar, pois é exercida essencialmente a
nível local, permitindo uma resolução mais rápida dos problemas, comparativamente aos apoios
públicos.

fevereiro 2023
Rita Almeida Soares Oliveira
Nº20
9.ºA

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