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Vilhena – RO
2023
Eduardo Santos Roncatto
Jonas de Jesus Lima
Vilhena – RO
2023
III
Ficha Catalográfica
Banca Examinadora:
PROFESSOR PARECER ASSINATURA
V
RESUMO
FIMCA Vilhena.
VI
ABSTRACT
This study compares the costs of the Steel Frame and conventional Masonry
construction methods in a standard residence in Vilhena - RO, using descriptive and
quantitative research. The research was conducted through a budgetary comparison
based on the SINAPI-RO table of August 2023 and proprietary compositions, where a
local Light Steel Frame (LSF) construction company was consulted. Focusing on
substantial differences between the methods, the LSF project was adapted with
specific modulations. Due to the smaller thickness of the panels compared to the
masonry wall, there was a gain in usable area of 4.20%. The analysis revealed that
LSF has a total cost 10.88% higher than the conventional method. This study also
emphasizes the importance of considering not only direct costs but also the specific
benefits of each construction method when making decisions in construction.
FIMCA Vilhena.
7
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
2 PROBLEMA DE PESQUISA........................................................................... 11
3 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 11
4 OBJETIVOS .................................................................................................... 12
4.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 12
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................... 12
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 12
5.1 ALVENARIA DE VEDAÇÃO CONVENCIONAL .............................................. 13
5.1.1 Propriedades características da alvenaria convencional ................ 13
5.1.2 Estrutura em Concreto Armado ......................................................... 14
5.2 CONCEITOS DE SISTEMAS INOVADORES ................................................. 14
5.2.1 Origem e definição do Steel Frame............................................................... 15
5.2.2 Propriedades características do Steel Frame .............................................. 17
5.2.3. Painéis ............................................................................................................ 20
5.2.3.1. Fechamento vertical ..................................................................................... 22
5.3 ORÇAMENTO ................................................................................................. 24
6 METODOLOGIA ............................................................................................. 26
7 RESULTADOS E DISCUÇÕES ...................................................................... 27
7.1 ETAPAS CONSTRUTIVAS ............................................................................. 35
7.2 LEVANTAMENTO DE QUANTIDADE E CUSTOS .......................................... 35
7.3 COMPARATIVO DE CUSTOS ENTRE OS METODOS .................................. 38
8 CONCLUSÃO ................................................................................................. 44
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 45
APÊNDICES ................................................................... Erro! Indicador não definido.
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Estrutura sistema Light Steel Framing ..................................................... 17
Figura 2 - Desenho esquemático de uma residência em light steel framing ............. 18
Figura 3 – Tipos de perfis de aço formados a frio para uso em sistema construtivo
LSF ............................................................................................................................ 19
Figura 4 – Requisitos mínimos para perfis de aço formados a frio............................ 20
Figura 5 – Esquema de Transferência de Cargas à fundação. ................................. 21
Figura 6 – Painel Típico do Sistema LSF. ................................................................. 21
Figura 7 – Composição de uma parede externa. ...................................................... 22
Figura 8 – Composição de uma parede interna. ....................................................... 24
Figura 9 – Projeto Arquitetônico da edificação em estudo. ....................................... 27
Figura 10 – Fachada da edificação em estudo.......................................................... 28
Figura 11 – Tabela de esquadrias. ............................................................................ 28
Figura 12 – Adaptação da planta baixa. .................................................................... 29
Figura 13 – Planta baixa adaptada dentro do grid. .................................................... 30
Figura 14 – Planta de locação dos montantes. ......................................................... 31
Figura 15 – Perfil dos guias e montantes. ................................................................. 32
Figura 16 – Modelagem em 3D Steel Frame............................................................. 33
Figura 17 – Modelagem em 3D Steel Frame............................................................. 33
Figura 18 – Renderização 3D de Steel Frame. ......................................................... 34
Figura 19 – Renderização 3D de Steel Frame. ......................................................... 34
Figura 20 – Comparativo de custos de materiais. ..................................................... 39
Figura 21 – Comparativo de custos de mão de obra. ................................................ 40
Figura 22 – Custo de materiais por etapa Método convencional............................... 41
Figura 23 – Custo de materiais por etapa Steel Frame. ............................................ 42
Figura 24 – Comparativo de custos em ambos os métodos. .................................... 42
9
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Aspectos de inovação. ............................................................................ 15
Quadro 2 – Etapas construtivas da edificação .......................................................... 35
Quadro 3 – Materiais e seus custos na alvenaria convencional ................................ 36
Quadro 4 – Custo de mão de obra na alvenaria convencional .................................. 36
Quadro 5 – Custo de material no LSF ....................................................................... 37
Quadro 6 – Custo de mão de obra no LSF ............................................................... 38
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1 INTRODUÇÃO
Com o advento da tecnologia, a cada ano que se passa, algo novo é criado
ou aprimorado, o que também se reflete na indústria da construção civil. Houve
melhoria dos insumos, desenvolvimento de máquinas e softwares, além de mão de
obra cada vez mais especializada. Além disso, há o desenvolvimento teóricos de
novos métodos construtivos, resultando em uma vasta quantidade de opções, o que
pode gerar incertezas no momento da escolha.
O Steel frame, que é um sistema composto por perfis de aço galvanizado, que
são vedados com placas de madeira, cimentícias, painéis de alumínio composto ou
de gesso, conhecido como Drywall, aparece como uma opção no cenário da
construção civil. Este que é um método construtivo amplamente utilizado na América
do Norte. Segundo a Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM) em
11
2021, hoje, é utilizado por 84% dos empreiteiros, 90% dos engenheiros e 74% dos
arquitetos norte-americanos.
2 PROBLEMA DE PESQUISA
3 JUSTIFICATIVA
4 OBJETIVOS
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A engenharia civil é um campo que abrange uma diversidade de processos
construtivos, administrativos e de materiais de construção. A partir de seu
aparecimento e com sua evolução, ela vem investigando a melhoria e a
especialização de técnicas e de materiais. Com o estudo e a pesquisa de inúmeros
profissionais, busca-se o conhecimento indispensável para tornar a construção civil
cada vez mais sustentável e econômica.
constituintes da cadeia produtiva da construção civil poderá então ser reduzido diz
Filho (2005).
A alvenaria pode ser utilizada para vários tipos de elementos, como paredes e
muros, entre outros. Esses elementos podem ou não ter funções estruturais. No caso
da alvenaria de vedação, ela não é dimensionada para suportar cargas verticais que
excedam seu próprio peso, isso fica a cargo da estrutura de concreto armado. As
paredes utilizadas como elementos de vedação devem atender a propriedades
importantes, tais como resistência mecânica, isolamento térmico e acústico,
resistência ao fogo, durabilidade e estanqueidade (MILITO, 2009).
O sistema conhecido também como Light Steel Framing teve sua origem em
meados do século XIX. De forma fundamental, a grande demanda de novas
habitações, recorrentes as catástrofes que acontecia na região dos Estados Unidos,
era de grande intensidade. Por esse motivo, optou-se pela utilização de construções
mais rápidas e econômicas, levando ao desenvolvimento desse novo método.
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O Light Steel Frame (LSF) é uma evolução do Wood Framing. Seu surgimento
foi resultante de um grande aumento na inflação da madeira em 1990, onde chegou a
quase 100% de aumento no valor, de acordo com Shull e Zager (1994). Além disso,
após a segunda guerra mundial, a produção de aço era altíssima. E devido ao fato de
o Wood Framing causar um cenário de desmatamento, pois sua matéria prima é a
madeira, foi o contexto perfeito para a criação do LSF. Assim, foram oferecidas
construções com aço galvanizado, mais baratas e rápidas.
• Ombreira: Perfil vertical usado como apoio das vergas nas aberturas;
Figura 3 – Tipos de perfis de aço formados a frio para uso em sistema construtivo LSF
5.2.3. Painéis
Fonte – InovaCivil.
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Onde:
Estrutura: São os Montantes, Guias e demais perfis de aço galvanizado
tratado com anticorrosivo.
Isolamento termoacústico: Pode ser uma lã de Vidro, lã de PET ou lã de
rocha, sendo mais comuns o uso dos dois primeiros. É aplicada dentro dos painéis,
como se fosse um “recheio”.
OSB (Oriented Strand Board): É composta por tiras de madeiras em
camadas alternadas e orientadas em direções especificas, formando uma placa rígida
e resistente.
Membrana: Impede a entrada da umidade, mas permite a transpiração da
edificação. Assim, serve principalmente para evitar a formação de mofo e de
infiltrações.
Placa cimentícia: utilizada para planificar e para evitar possíveis
deformações por variação de temperatura.
Base Coat: Se refere à camada inicial de um sistema de revestimento,
responsável pela impermeabilização, sendo aplicada para uniformizar e fazer as
juntas da placa cimentícia desaparecerem, adicionando aderência para o
revestimento subsequente.
Acabamento: Pode ser textura, porcelanato, pintura, pedras etc.
O fechamento interno e externos do sistema construtivo LSF tem
características diferentes devido às exigências especificas de cada lado da estrutura.
Por ser um sistema com uma abordagem modular, permite a adaptação de cada
componente para atender a requisitos específicos, proporcionando eficiência e
flexibilidade na construção, porém os fechamentos internos costumam ter a seguinte
composição:
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Fonte – InovaCivil.
5.3 ORÇAMENTO
5.3.1.Sinduscon
5.3.2.SINAPI
6 METODOLOGIA
Para a avaliação dos custos, foi adotado o custo unitário conforme a tabela
SINAPI-RO não desonerada referentes a agosto de 2023. O SINAPI, disponibilizado
pela Caixa Econômica Federal, é uma fonte confiável e abrangente de informações
sobre custos e índices. Esta avaliação compara o uso do método LSF com placa
cimentícia para vedação externas e placa de gesso acartonado para vedação interna
com o método convencional de concreto armado, empregando blocos cerâmicos para
vedação.
7 RESULTADOS E DISCUÇÕES
Fonte: Projeto elaborado pelo engenheiro Civil Felipe Miguel de Almeida CREA n° 38955 D/MT.
28
Fonte: Projeto elaborado pelo engenheiro Civil Felipe Miguel de Almeida CREA n° 38955 D/MT.
Fonte: Projeto elaborado pelo engenheiro Civil Felipe Miguel de Almeida CREA n° 38955 D/MT.
não houver gastos com recortes de placas, se faz necessário algumas modificações
no projeto, conforme a figura a seguir.
Fonte: Autores.
Com isso a planta baixa ficou conforme a figura a seguir, seguindo o grid
(Malha), onde foi definido os espaçamentos dos ambientes através de
distanciamentos multiplicáveis pelos valores de 400mm, 600mm e 1200mm.
30
Fonte: Autores.
Pode se observar que a planta baixa agora está com todas as suas paredes
posicionadas sendo passadas pelo grid, fazendo com que se tenha uma melhor
utilização dos materiais do sistema LSF. E apesar das mudanças, a planta ficou com
100,29m² de área total, totalizando um aumento de 0,069%, sendo assim mantendo
suas características e dimensões basicamente intactas.
Com isso, foi elaborado uma planta de locação dos montantes na estrutura,
conforme a figura a seguir.
31
Fonte: Autores.
Fonte – Autores.
Pode se notar também, que devido a menor dimensão dos guias e montantes
em relação a alvenaria de blocos cerâmicos, houve um ganho de área útil (todas as
áreas internas somadas) no imóvel, que era de 88,14m² e foi para 91,85m², totalizando
um aumento significativo de 4,20%.
Fonte: Autores.
Os guias e montantes estão na cor vermelha, os entre pisos estão na cor verde
e as treliças do telhado e as treliças de suporte as platibandas estão na cor azul.
Fonte: Autores.
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Isolamento termoacústico,
Revestimento Massa única para recebimento
Gesso acartonado, massa
Interno de pintura
niveladora, acabamento
Fontes: Autores
Cada fase apresenta seu tipo de serviço exclusivo, mão de obra e materiais
que foi levantado e agrupado em conjuntos a seguir, assim tornando mais fácil a
compreensão das informações de maneira abrangente.
Fontes: Autores
Quadro 4 – Custo de mão de obra na alvenaria convencional
Fontes: Autores
Fontes: Autores
Fontes: Autores
140000
120000
100000
80000
60000
40000
20000
0
Custo de materiais
Fontes: Autores
Essa economia substancial pode ser atribuída, em partes, aos materiais mais
acessíveis e convencionais usados na Alvenaria, como tijolos cerâmicos e concreto
armado, em comparação com os materiais especializados e tecnologicamente
avançados necessários para o LSF, como perfis de aço, placas OSB e cimentícias. O
valor referente ao frete é de suma importância, pois se desconsideramos, o valor irá
reduzir para R$ 34.177,38, totalizando uma diferença de 24,11%
40000
35000
30000
25000
20000
15000
10000
5000
0
Custo de Mão de Obra
Fontes: Autores
O custo da mão de obra do método LSF, foi baseado no custo de mão de obra
para a construção de paredes de drywall, pegando os valores referentes a esta mão
de obra na tabela SINAPI - RO, pois apesar de ser métodos diferentes, consistem no
mesmo padrão de montagem. Com isso a economia na mão de obra associada ao
LSF pode ser atribuída à eficiência construtiva desse método, que envolve processos
mais rápidos e menos intensivos em mão de obra do que a construção tradicional em
alvenaria.
Piso Superestrutura
5% 18%
Alvenaria
19%
Fontes: Autores
Percebe-se que, a maior parte dos custos da obra está na estrutura, atribuindo
valor de 44% do custo total de material da obra, seguindo pela alvenaria, que
representa 19%. Sendo essas etapas, as quais geram maior diferença de uma
construção para a outra em LSF, demostrando o motivo pelo qual foi selecionado
como foco do estudo.
Cobertura
27%
Superestrutura e
vedação
44%
Superestrutura Vedação
25% 19%
Infraestrutura
18%
Preliminar e Frete
7%
Preliminar e Frete Infraestrutura Cobertura Piso Superestrutura Vedação
Fontes: Autores
Por fim, para se ter uma visão do âmbito geral, é possível analisar todos os
custos incluídos no processo da construção, incluindo o valor da mão de obra,
podendo assim perceber a real diferença entre os métodos, conforme o gráfico da
figura 24.
Piso
Coberetura
Vedação
Superestrutura
Infraestrutura
Logistica
Preliminar
0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000 45000 50000
Fontes: Autores
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8 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
THOMAS, E., FILHO, C., CLETO, F., CARDOSO, F. IPT – Instituto de Pesquisas
Tecnológicas. Código de Práticas 01: Alvenaria de vedação em blocos cerâmicos.
São Paulo, 2009.
46
SHULL, M.; ZAGER, L. Monthly Labor Review. Factors affecting the international
softwood lumber market, 1987-93. (1994).
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APÊNDICES
Apêndice A – Detalhamento dos materiais e custos na alvenaria convencional
48
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