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i

'AÇÃODOpH
[.]nstrodução
Friedrich Kohrausch, alemão ( 1840-1910) deu uma importante contribuição ao
estudo da condutividade das soluções iónicas. Foi ele que constatou que a água purificada
através de várias destilaçõessucessivas,apresenta uma condutividade residual bastante
baixa e constante em temperatura conhecida. Esta condutividade passou a ser interpretada
como uma leve ionização da água. A autoprotólise da água é a base das idéias anuaissobre
o caráter ácido-base das soluções aquosas.
2. Auto-ionização da água pura
A água desempenha um papel muito importante porque ela é um bom solvente
ávido à sua afinidade pelos solutos iónicos e por certos solutos moleculares.
Admitindo-se a ruptura dissimétrica da ligação de covalência da molécula de água
temos:
HaOoH++OH- esta reaçãonão é total e a espécieque
predomina é H2O. Como, cadavez que a molécula de água se dissocia ela forma um íon
hidrogênio e um hidrõnio temos:
H20 + H20 «:) H30+ + 0H- apesarda presençade outros bons,a
água permanece eletricamenteneurtra à 25 'C:
[ H3O' ] - [OH- ] = 10-7mo].L-i
agua pura
3. Definição do pH de uma solução aquosa
Toda solução aquosa contém H3O+e OH- . Como os valores de concentração
dos bonsH+ pode variar dentro de um domínio bem conhecido, é possível se ter aesso à
esta concentração de modo experimental.
E definido um índice associado à concentração em bons[ H3O' ] que será fáci] de
determinar de modo prático
Por definição, o pH é dado pela relação:
[ H3O+ ] - ]O-Pn
Se o pHI é7, a concentraçãodeíonsIH3O+] - 10-7mol.L-i e se o pH é2 ,a
concentração de [ H3O+ ] - 10-2mo].L-i
Quanto mais elevado é o pH, menor é a concentração de [ H3O'' ] em so]ução.
Em última instância o pH é definido como:
pH. - log aH sendo: aH - fn. Cn
aN - ativiidade dos íons hidrogênio
Cn - concentração de bonsH em solução
fn nçãodo solvente,da força iónica total e dos íonsH dissolvidosna
solução
4. Solução-tampão
E a solução que praticamente não sofre variação de pH, quando adicionamos uma
pequena quantidade de ácido ou base, mesmo que sejam fortes. As soluções-tampão são,
em geral, formadas por um ácido fraco e um sal correspondente a este ácido ou, solução
de uma base fraca e um sal correspondente a essa base. As soluções tampão resistem às
variações de pH devido ao efeito do íons comum. A solução de água do mar apresenta
caracteríticas de solução-tampão
caractoes de PHe sol do ao efê to do íons comum. A solução de água do mar apresenta

5. Medida do pll
A medida elétrica do pH de uma solução é deita com o auxílio de um pHmetro
Este aparelho é constitído pelo segumte esquema simplificado

FONTEDEENERGIA

O raptor libera um sinal elétrico com uma tensão elétrica que dependedo pH da
soJUÇaoanser medida. u captar, deve ser imerso na solução. A tensão elétrica ( U raptor )

H 11E li:El;:$::J:=,:::i:=:=.i í=ã.}.=iiui


== H=.: '8':í:h ='ú:':'==;:1'=;HI'EI.:;!:=.:":
::.;"......:
Ag/AgCI,
desconhecido solução de pH conhecido, membrana de vidro/solução de pH

O vidro é suficientemente Hino (2/100mm ) para deixar passar os nortadores de


carga. O eletrodo devidro temumgrande resistênciainterna. ' ' ''''------ vv
O eletrodo de referência é constituído pela seguinte cadeia condutora
Ag/AgCI, solução de KCI, parede porosa
A tensão liberada pelo raptor é unção do pH. Existem eletrodos combinados ou
mistos, na verdade, trata-se dos dois eletrodos reunidos no mesmo invólucro.

nmsde prata
tampa
cobertos com AgCI

sol. com de pH constatnte membrana de vidro

O amplificador amplia o sinal dado pelo raptor e libera uma tensão de saída UI tal

que uma diferença de l,unidade de pH na solução de pH a ser medido se traduza por uma
@
6. pH das soluçõestampãousadaspara calibrar o pllmetro

tempera:ura t \-,J lu lJ Z,J 30

hidrogeno palato 3,998


hidrogenoRalato 3,999 4,002
4,002 4,008
4,008 4: 011
fosfato
fosfato 6,923
6,923 6 900
6,900 6,881 6,865 6: 853
Borax
Borax 9,392 9,332 9,275
9,275 9,180 9: 139

7. Amosti'agem
As amostras devem ser retiradas da garrafa hidrográfica com os mesmos cuidados
da coleta do oxigênio e imediatamenteapós a roleta do mesmo. Elas devem ser
armazenadas em temperatura baixa e a medida deve ser feita no intervalo de até duas
horas após a amostragem
8. (1:alibração e preparo do pllmetro
Deixar por cerca de 48h o eletrodo de vidro combinado em KCI 3M
- Ligar previamente o pHmetro
Abrir a tampa lateral de borracha
- Ler a temperatura do tampão de fosfato e regular o controle de temperatura do
pIHmetro
- Mudara chaveconversouparapH e esperar
estabilizar
o valor de pH
correpondente a T da solução-tampão
- Lavar o eletrodo com água destilada e enxugarlevemente
Mergulhar o eletrodo na segunda solução-tampão e verificar os
valores,corrigindo-o se necessário
- Lavar o eletrodo com água destilada e seca-lo levei-Rente
- Pode-setestar o pH com o mergulho do eletrodo em uma terceira solução de pH
conhecido
- Lavar o eletrodo com água destilada e seca-lo levemente
- Mergulhar o eletrodo na solução de pH desconhecidoe verificar o valor
Obs. Aguarde uns minutos para a estabilizaçãodo sistemacada vez que executar
uma medida ( de preferência, estabeleça um t para leitura )
Antes de retirar o eletrodo de uma soluçãosaiada escalade pH e passepara a
medida de temperatura.

9. (:álculo de pH ''in situ''

pll ( na t: "in situ") pH t. + 0,01 14 ( tt - t: )

pHti é o pH na temperatura do laboratório (ti )

lO .Bil)liogrania

FELTRE, R., 1994.Química


PARSONS, T. R.; MALTA, Y. & LALLI, C. M., 1984. A manual of chcmical and
biological methods for seawater analysis. Pergamon Press.p 142-149.
GRASSHOFF, K; EHRHARDT, M. & KREMLING, K., 1984. Methods of seawater
analysis. Verlag Chemie, 2nd edition. 4 19p.
2. Método indutivo = salinõmetro

2.1. Introdução . . . . . .-. .


A quantidade de sais de uma solução pode ser detemunada através da medida da
resistência elétrica (R) dessa solução a uma temperatura conhecida, pois enste uma
relação de proporcionalidade entre a resistência e a concentraçãode sais.
O salinõmetro é um aparelho que mede a quantidade total de sais enstentes em
uma amostrade águado mar atravésde um parâmetroassociadoà resistênciachamado
condutividade que participa da seguinte relação:
K=L e onde: K = condutividade
L = condutância
8 = constante da cela de condutividade
( dependente de sua geometria )
2.2. Cela de condutividade
As celas dos salinõmetros são compostas por -agitador
dois toróides montados em um invólucro de resina
plástica com geometria conhecida ( figura ),
possuindo um sistema de agitação e um sensor de sensor de temper
temperatura.
Em seu fiincionamento, uma corrente
altemada de frequência e intensidade constante é
aplicada a um dos toróides (primário) e produz um
campo eletromagnético que induz uma corrente Cela de condutivi
no segundo toróide ( secundário ) proporcional
à comente aplicada no primário em condições padrão.
Quando a água do mar é colocada entre os toróides,
essecampo é alterado e consequentementea corrente
induzida no. secundário, é alterada. A alteração desse cama
é proporcional à quantidade de sais na amostra.
romeira
2.3.Ponte decondutividade
O principio simplificado do salinõmetro está baseado
na ponte de Wheatstone ( figura ). Neste tipo de
circuito, quando a diferença de potencial entre os
pontos A e b for nula, Rx.R2 será igual a Ra.RI e a
ponte estará balanceada, ou seja Rx.R2 - Ra.RI, o
galvanómetro (G) indicará valor zero. Na prática, a
ponte é balanceadaintroduzindo-se um padrão de
agua do mar, com condutividade conhecida na cela,
sendoeste o valor de Rx e varia-se RI até que o
galvanómetro marque zero.
2.4. Operação do salinõmetro
1- 0 equipamento deve ser ligado pelo menos Ihora antes do inicio da operação
2- Quebre uma das pontas da ampola de água nomlal e adapte na mangueira da
r'pln
3- Coloque a torneira na posição Hill
4- Inverta a posição da ampola e quebre a outra extremidade
r'

/'

5- Deixe a cela encher via gravidade e coloque a romeira na posição shut


6- Ligueo botãostirr ( agitar)porcerca de30 segundos
7- Desligue a agitação e coloque em drain
8- Repita ositens de 3 a 7
9- Encha novamente a cela eligue a agitação . .
10- Ajuste o aparelho com o valor de condutividade indicado na ampola através
4
do botão 9 12 ll l

2
3

llil;i::l ! :iH$11H
temperatura
:nl:':::=u%=«
14- Este valor deve serfixado em(1 1)
15- Coloqueo seletor(8) naposiçãode salinidade. . .
16. Com o botão (IO) ajuste b gaivanõmetro na posição zero e .fixe .
l i- Antes de escoar a água da cela, voltei botão (8) para a posição da temperatura
e desligue a agitação
18- Escoe a cela

2.5. Análise das amostras .


1- Encha a cela com a amostra, agite e escoe por duas vezes .
2- Ao encher a cela pela 2 vez, deixe-a sob agitação, coloque (b) em temperatura e

'""'{ =mi$ g i H:s,...


6- Para outra amostra, repita desdeo item l . .
2.6.Cálculo Final: Para os cálculos finais devem ser usadasas "lntemational
Oceanographic Tables"UNESCO, 1966, ou programas feitos com base nestas
tabelas.

2.7. Bibliografia K; Ehrhardt,M. & Kremling, K., 1983. Methods of seawater analysis.
Verlag Chemie,2nd edition. 419p.
/

Detelpi!!ç49 »{l!!yal do Oxigênio Dissolvido


1.Introdução

Alguns métodospara a determinação


do oxigénio dissolvido como .por
microgasometria ( Scholander ef a/., 1955 ); espectrometria de massa ( Benson & Parker,
1961 ); cromatografia gasosa (Swinnerton ef a/., 1962,1964 e Weiss & Craig, 1973 );
amperometria ( Carrit & Kanwisher, 1959 e Grasshoft 1962,1963 ) são técnicas pouco
utilizadas em Oceanografia, a não ser quando os trabalhos apresentampropostas muito
específicas de dosagem e medidas contínuas.
A dosagem do oxigênio dissolvido, seguindo o princípio proposto por Winkler em
1888. continua sendo a mais utilizada, tomada como ngêrência, e atualmente pode
contar com o auxílio de equipamentosque comecemmaior precisão, reprodutibilidade e
facilidade de operação

2. Princípio do método

O método de Winkler baseia-seno princípio de que o oxigênio dissolvido em uma


amostra de água, coletada segundo recomendaçõesespecíãcas,reage quantitativamente
co' m o hidróxido de manganês ll em meio extremamente alcalino, üomlando o sólido
Mn(OH)3. Devido ao excessode hidróxido de manganêsll introduzido na amostra, o
manganês é oxidado sendo transformado em manganês111e não, à manganêsIV

Mn''+ 2 0n- -.>Mn(OH),&

Devido à instabilidade do Mn ll em meio alcalino, o hidróxido é facilmente


oxidado e a reaçãoheterogêneaé analiticamentequantitativa,desdeque seja evitado o
contato com o ar.
Após a completafixação do oxigênio e a precipitaçãoda mistura ãomladapelo
hidróxido de manganês ll excedente e o hidróxido de manganés 111 que reagiu
quantitativamente, o meio é acidificado atingindo pH entre 2 e 1. No processo, o íon Mn'3
é liberado e atua como um oxidante Forte em meio ácido e reage com o íon iodeto,
previamente adicionado à amostra,junto com o hidróxido de potássio. o íon iodeto .f
oxidado a iodo, o qual se complexacom o excessode iodeto, formando o complexo l?-: O
complexo l3' possuí pressão de vapor menor que a do l2 , o que vantajoso para a analise,
porém ele decompõe-se rapidamente quando o iodo é retirado do sistema.

2 Mn(OH)3++ 2 1-+ 6 H' -) 2 Mna++ IZ+ 6 HZO

1.+ 1--o l
sulfato, sendo então o iodo reduzido a
iodeto e o tiossunato, oxidado a íon tetrationato
©z

3.Padronização da solução de tiossulfato . , ...:


Utiliza-se t ossulÊatode sódio para a titulação, e o mesmo não é um padrão
analítico primário, sendo necessáriauma padronização utilizando-se, geralmente, o
iodato de potássio como padrão primário. As reações envolvidas na padronização do
tiossulEatosão:

103' + 5 1-+ 6 H+ -} 3 lz + 3 H20

3 12 + 3 1- --+ 3 13

1,- + 2 Sa032-
--->3 1-+

No procedimento de padronização coloca-se em. um .béquer .50 ml de água


destilada e adiciona.se Iml de ácido sulfúrico, 0,5 ml de iodeto alcalino e 0,5 ml de
cloreto de manganês 11, nesta sequência e agitando-se a solução entre após cada adição
dos componentes. Adicionar então, 10 ml de iodato de potássio à soluçào e titular com
tiossu fato até obter uma coloração fracamente amarelada. Em seguida adicionar Iml de
amido e continuar a titulação até a descoloração.

4. Cálculo da normalidade do tiossulfato

N(IO3').10ml
N(S,03'')
V(S,03'')

N(IO3') - normalidadedo iodato padrão


N(S,O,'z) - nomalidade do tiossulEato
y(S2O3'a) - volume de tiossulfato gasto na titulação

5. Limite de detecçãoe precisão .. . .


Segundo Strickland & Parsons, 1972, o método pode ser aplicado em um amp9
faixa de concentração:0.00i à 8 milimols de oxigênio por litro, ou sda, 0,06 à 90 cm3
3

Em condições de rotina , a precisão do método pode atingir os melhores valores,


sendo comum a obtenção de precisões entre j: 0,02 cm3. dm-3 à Ü:.0,04 cm3. dm-3(
GrasshoQ'ef a/., 1983 ) , sendo o valor intermediário de ü: 0,03 cm3. dm-3 bastante
aceitável.
6. Cuidados na colete da amostra

Frascaria.
As amostras devem ser acondicionadas em frascos âmbar ou em erlenmeyers de
vidro transparente, com colarinho e com tampa mergulhadora. Os bascos.devem ter seus
volumes intemos conhecidos individualmente, para tanto deve-se proceder a calibração
dos frascos tomando-se o cuidado para que cada frasco estqa associado à sua respectiva
tampa.

Amostragem .. . . . . ,
As amostras para determinação do oxigênio dissolvido devem. ser coletadas de
maneira corneta, ou seja , a partir do amostrador deve-se coletar uma alíquota de água de
cerca de 50 a 60 cm3 em frascos com volume precisamente determinados e discriminados,
tomando-se o cuidado de não formar bolhas de ar durante o preenchimento do basco de
roleta.Paratanto,deve-seadaptarum tubo de borrachade cercade 15 cm de
comprimento , na tomeira da garmfa amostradora e de pre6erênçia.estetubo deve dispor
de um bico afuniladona sua extremidade
livre, o que diminuirá a probabilidadede
Fomlação de bolhas de ar durante o processo de amostragem . Aumenta-se a eficácia do
mantido em
processo,encostando-se a ponta do tubo no fundo do frasco de coleta Case n .. a..l
final
posçao mdinada no início do preenchimentovoltando-seà posiçãovertical na
de preenchimento,deixando transbordar cerca de 1/3 do volume do frasco,.evitando-se
assim as alteraçõesque ocorrem a nível de inteúace durante o processo..O frasco de
colete deve ser seguro pelo gargalo, com os dedos indicador e polegar, evitando-se ao
máximo, o aquecimentodo frasco.

7. Fixação do oxigênio dissolvido

Os reagentesdevem ser adicionados na ordem correta, com o auxílio de dispensers


centrados no meio do fresco, pois uma vez que a densidadesdos reagentes é grande.a
tendência que o volume adicionado vá para o fundo do frasco e.haja apena-sperda :de
volume 'de amostra dando lugar ao volume integral de reagentes adicionado:. Em 11eguida
o frasco de ser cuidadosamente fechado, de forma que nenhuma bolha ou "micro" bolha
sda aprisionado no frasco. O último passo é a vigorosa agitação do frasco auxiliando a
homogenização da fnistura. Em seguida, a amostra deve ser mantida ao abrigo da luz e
sob condições controladas de temperatura.

8. Equipamentos
Bureta Metrohm semi-automática

9. Titulação da amostras

O frasco de amostra, após um repouso mínimo de 30 minutos, .deve ser,aberto


cuidadosamente sobre uma bandda ou pia e deve-se adicionar l cm3 de ácido sulfúrico ,
o frasco, se for comum ( sem tampa mergulhadora) deve ser tampado novamente,
tomando-se cuidados com o transbordamento que ocorrerá, em seguida , procede-se uma
agitação vigorosa, visando dissolver completamenteo precipitado; deve-setransferir o
conteúdo do frasco, sem formar bolhas, para um béquer, onde será realizada a titulação,
lavando-se a tampa do frasco com o mínimo deágua destilada possível, para que não haja
perda de iodo. No caso da utilização de bascos tipo erlenmeyer com de
. colarinho e tampa
ácido sulfúrico,
mergulhadora, pode-se destamparo basco, acrescentar l cms q . . .n .IAHn nn nn

introduzir uma pequena barra imantada no frasco e colocar sobre o agitador magnético, se
6or utilizado um sistema tipo hydrobios , uma hélice rotatória deve ser introduzida.no
basco. de todas as maneiras,o precipitado é dissolvido em meio ácido, devendo-seevitar
a perda de solução durante o processo. A amostra é então titulada com a sollç.ao de
amarela
tiossulÊatode sódio, partindo de uma cor amarelaForte, atingindo a coloração
clara. Neste ponto deve-se adiocionar l cm3 de amido ( indicador ) e continuar o processo
de titulação até atingir o ponto de viragem.

9. Cálculos
O cálculo do teor de oxigênio dissolvido deve ser deito utilizando-se a seguinte

Nlo3' x V103
OD ( cm3.dm-3) - 5600x

Onde
V = volume, em ml de tiossuiCatogasto na titulação da amostra
C = volume de tiossulfato dispensado na padronização
VIO3' = volume de iodato utilizado na padronização ( 10 cm3 )
NIO3' - nonnalidadedo iodato( 0,0100N)
R = volume de reagentesadicionados sem considerar o ácido sulürico
VO = volume total da amostra ( - volume do frasco calibrado )
5600 = metade do volume ocupado por l átomo-grama de oxigénio, em cm'

10. Saturação do oxigênio dissolvido

A porcentagem de saturação do oxigênio é um valor importante nos trabalhos em


físicos
sistemas aquáticos. A dissolução do oxigênio na água é. regida por .parâmetros ..l..
se o valor
como a pressão atmosférica a temperatura da água e a.salinidade. Conhecendo .!.e.:. ..
de cada um destes parâmetros , pode-se calcular a solubilidade máxima do oxigênio na
água e relac orar com o' valor' encontrado, estabelecendo:se assim, a saturação. ( em
porcentagem ) o que evidenciará também, condições de sub-saturação e super'saturação
deste gás no meio aquático estudado. Fenómenos de sub. e super-:laturaçao :1112
normalmente induzidos por fenómenos físico-químicos, químicos e biológicos, sendo
assim. o conhecimento do grau de saturaçãode uma massa de água é Ferramentapara
estudos de processos aquáticos diversos, sobretudo, os biológicos. . . .. .
A se ubilidade do oxigênio em água pura é de 9 mg.dm-3 , à.20'C. O aumento da
salinidade implica em uma redução da solubilidade, como podemos citar um exemplo , em
salinidade 35 USP, a solubilidade do oxigênio passapara 7,4 mg.dm-3 , à 20'C.

11. Referências Bibliográficas

GrasshoR. K; Ehrhardt, M & Kremling, K., 1983. Methods of seawater analysis. Verlag
Chemie. 2nd edition. 419p.
/
./
+

'1

DEI'ERÀ41NAÇAO DO FOSFATO DISSOLVIDO .j

1. 1ntrodllçfio
O i'ósfoi-o.bcm como o nitrogénio,é um constituinteda matériaorgânica viva c
como tal, eíe apresentaum ciclo onde pode estar presentesob formas orgânicas e
inorgânicas. De tlm modo geral, o fósíbro encontra-se no meio marinho sob a fomla de
compostos orgânicos em suspensãoou em solução, sob a forma de fosfatos inorgânicos
insolúveis ( tais como: fosfatos dc cálcio e de ferro ) ou sob a forma de fosfatos solúveis,
principalmente como bons}iPO42- e PO43-

2. Princípio do i\létoda
A maioria dos métodos de determinação do fosfato na água do mar baseiam-se na
reação dessesbonscom um reagente contendo molibdato, em meio ácido, produzindo um
complexo: o íosfomolibdato. Tqestemétodo, ocorre uma reaçãoquantitativa do fosfato
com os bonsmolil)claro, catalisada pelo antimónio, formando um complexo amarelado que
é reduzido a um compostoazul, poí açãodo ácido ascórbico.

3. h'materiais e i1lstruHlcHltos
- Frascos de colega de amostras, em vidro âmbar ou plástico de boa 'qualidade e
cona cerca de 200 !nl de capacidade
- Frascos de rcação tipo erlenmeyer ( 120 ml ), com tampa
- Balões 't'olumétricos e piratas volumétricas para a preparaçãodas soluções-
padrão
- Provetas graduadas
- Dispensers ou seringas
- Cubatas para a ieitula óptica, com 5 ou l cm de percurso óptico
- Espcctro6otõmetío

4. Rangentes
4. 1. Solução dc :ácido sulfúrico 9,0 N. Adicione 250 ml de ácido sulürico concentrado,
com cuidado, à 750 ml de água destilada e deionizada.Espere esfriar e dilua para
1000 ml. Guarde em frasco de vidro âmbar

4.2. Solução de iliolibdato de amónio.Dissolva9,5 g de ( NH4)õMo7O24


6H2O,em 90
ml de água destilada e deionizada e dilua para 100 ml. Guarde a solução em
frasco de vidro ou polietileno

4.3 Solução de antimoniltai'barato de potássio. Dissolva 3,25g de K(SbO) CóH4OÓem


100 inl de água destilada e deionizada. Guarde em frasco de vidro.

4.4. Solução de t:tistuia ( sol. molibdato + ác. sulfúrico + Ant. tartarato ) - Reagente l
Misture 45 ml da solução de molibdato a 200 ml da solução de ácido sulfúrico e
então adicione 5 n\l da solução de taüarato. Guarde a mistura em frasco de vidro
âmbar. Esta mistura é estável por alguns meses.

A guia do ]qat }«étodos de Atláitse 6


Nutrielltes -P

4.5. Solução de ácido ascórbico - Reagente2


Dissolva 7,0 g de ácido ascórbico ( CóHsOó) ern 100 ml de água destilada e
deioni.fada. Conserve em ítasco de vidro âmbar, no refrigerados

4.6 Solução-mãe '' de íosfaío. SecaraDruximadamente


200 ilagde KH,PO. a 110'C
por urna Itora. Deixe csüriai em um dessccador e então, pese exatamente 1.36,1 mg
Essa quantidade é dissolvida em água destilada c deionizada a qual foi adicionado
l ml-, de ácido sulüíi=ó 9bJ.Dilua para 100 ml. Conserve em frasco de vidro, no
refrigciador. Essa solução co1ltém 10,0 }imol.L-i P-PO4 por ml.

5. Procedimento
5.1.Amostr:!gcm
As amostras devem ser coletadas a partir do amostrador, em frascos lavados com
solução ligeil'amente ácida ( 5% HCI) e enxaguadasabundantementecom água destilada e
deionizada.
Os frascos( 200 ml ) devemser de vidro âmbar,ou de plásticode boa
qualidade.Sc as amostrasnão forem feitas de imediato,as amostrasdevem seí
preservadas
sobrefrigeraçãoà -20' C

5.2 Curva (!e caliiiração


- Solução-padrão
A partir da "solução-mãe", quer diluições para obter os padrões
1 . Solução-mãe ..........l0.000 Fi\a P-PO43-

2. Solução intermediária
Iml. de solução-mãe -+ 100 ml de água dd
3. A l)artir dc 2 faça as seguintes diluições:

numei'o concentração(HN4) vol. da so1.2 «l. íi«l («ü,)


l 0,5 1,0 200
11 1,0 2,0 200
111 2,0 4,0 200

5.3 Análise dos padrões


- Separaruma alíquota de 3S ml de cada padrão e tranferir para os frascos de
reação P-PO.3-
- Adicionar l ml da mistura de reagentes (RI) e agitar
Adicionar l ml de ácido ascórbico (R2) e agitar
Após 5 minutos,leia a absorbânciaà 880 nm, em cubasde 5 cm de percurso
Óptico.

Agua do h4ar: lüétodos cie Altálise 7


Nt(trio?lias P

5.4 :4.iEáiisedas amostras


- Separar unia alíquota de 35 ml de cada amostra e adicionar os reagentes Ri e
R2 , precedendo como no ítclll anterior

6. Cuja ttc c:\libraçãa


Cam os valores de absorbânciareferentesaos padrões,corrigidos pelo branco das
cubase branco de reagentes,construir uma curva de calibração..eobter o fãtor F (lue
coilveri e a.bsorbância em corlcentração

6).1.Cálculo da concentraçãodas amostras

C = ( pmol. P-PO43 L-i) F x A (amostra)

7.Interferência
Deve-se considerar a influência de outros íons que oconem naturalmente na água
do mar e que podem provocar inteúerência, como é o caso de altas concentraçõesde
silicatos ( 10 mg.L-i) e arsenatos,estesúltimos dificilmente inteúerem, pois ocorrem em
baixas concentrações ( < 0,03 pMI ), no meio marinho.

8. BibliograHla

GrasshorC 1<1.;
Ehrtlardt, K & Kremling. methods of seawater analysis. Verlag Chemie,
2nd ediíion. 419p.

!vanoít A.., 1972. Intíoduction à I'Océanographie,Propriétés physiqueset chimiques


des eaux de mer. Tome 1. p. 107-111
Strickland, J.H. & Parsons,T. R., 1968.A practical Handbook ofseawater analysis.8z///.
/qa/?.Res.Bc/ Ca/l.. 169:1-311.

Água do Mar: Métodosde Àtlálise 8


Lb.4

DETERMINAÇÃO DO NITRATO DISSOLVIDO NA ÁGUA DO MAR


\

\«'
1. Princípio do método

Existem diversos métodos para a análise do nitrato dissolvido como o


polarográHico, o eletródico e outros. O melhor método para trabalho com água do mar é o
que está baseado na redução do nitrato à nitrato e a consequenteformação do composto
diazo prosseguindo a análise como descrita na apostila de determinaçãodo nitrato
obtendo-se assim, o valor do nitrato total que por subtração do valor de nitrito inicial.
antes da redução, fornece o valor de nitrato. A redução é feita com a utilização de uma
coluna de cádmio cuperizado
O nitrato prevalececomo íon na águado mar A reduçãodo nitrato à nitrito
ocorre com a utilização de um redutor de cádmio cuperizado sob condições ajustadas
onde o nitrato passa a ser quantitativamenteconvertido à nitrito e não à uma etapa além

N03' + 2 H+ --.> NO2- + Me++ + }:l2O

A eficiência da redução do nitrato à nitrito depende do metal utilizado, do pH da


solução e da atividade da superHciedo metal. Uma reação, em solução alcalina, ou com
um metal cuja superHcieesteja inativa não reduz de modo eHlcienteo nitrato. Soluções
muito ácidasou com metal altamenteeletronegativo,ou com superfíciemuito atava
resulta em redução além do estágio de nitrito. Em ambos os casos, a análiseresultaria em
baixos valores de nitrato
A limalha de cádmio coberta por cobre é bastante aceitável no processo de
redução, mas em meio neutro ou fracamentealcalino, os bonsde cádmio formados durante
a redução reagem com os bonshidroxila formando um precipitado. Além disso, a redução
do potencial necessária para a redução do nitrato depende da atividade do íon hidrogénio
de acordo com a equação de NERNST.
Isto implica que o pH é alteradose a solução não for tampão,especialmente
na
vizinhança do metal. A água do mar possui uma capacidade de tamponamento insuficiente
para este procedimento, sendo necessáriaa adição de cloreto de amónio às amostras

2. Materiais e instrumentos
- Os mesmos necessáriospara o nitrato
- Redutor de Cd/Cu
- Bomba peristática

3. Reagentes
3.1. Soluçãode sulfanilamida( SA ) - RI
3.2. Solução de n-(naâil)-etileno diamina dihidrocloreto (NED)
3.3. Solução tampão de cloreto de amónio - R3
3.4. Solução-mãe de nitrato de potássio
3.5. Cádmio
3.6. Solução de sulfato de cobre
3.7. Solução de ácido clorídrico 2N
}lC:a.

4. Preparação da coluna de Cd/Cu


A preparação da coluna deve ser executada com cuidado e em seguida deve
sofrer uma ativação pela passagemde uma quantidade de cerca de 10 ml de uma solução
padrão bastante concentrada ( ex. 100 pmol.L-i N-NO3- ) seguida de passagem abundante
dera

5. Procedimento
5. 1. Amostragem
As amostras devem ser coletadas a partir do amostrador, não devendo tomar
contado com nenhum agente contaminante devendo ser transferidas para frascos plásticos
de boa qualidade. Em alguns casos, a água deve ser filtrada. As amostras devem ser
guardadas no escuro e no caso de não serem analisadas imediatamente, elas devem ser
preservadas à -20'C.

5.2. Curva de Calibração


- Solução- padrão
A partir da solução-mãe,fazer diluições para obter os padrões:
1 - solução-mãe ( 10.000 ftmol.L-i N-NO3- )
2 - Solução intermediária
l ml de solução-mãe -> 100 ml de água destilada e deionizada (dd)
3 - A oartir de 2 faca as seguintes diluicões:

numero concentração vol. da so1.2 vol.finalt ml)

l 1,0 1,0 100


11 2,0 2,0 100
111 5,0 10,0 200
lv 10,0 10,0 100

- Colocar em erlenmeyrs,50 ml de padrão + 50 ml de tampão e passar pelo


redutor desprezandoos primeiros 30 ml, os quais devem ser utilizados para lavar os
fiascos, em seguida proceder como no item abaixo
- Lembrar de realizar um branco de reagentespara cada coluna, utilizando 50 ml
de água destilada e deionizada + 50 ml de tampão e procedendo como na análise das
amostras

5.3.Análise das amostras


-Colocar em erlenmeíyers, 50 ml de amostra + 50 ml de tampão, passar pelo
redutor e desprezar os primeiros 30 ml com os quais deve ser lavado o recipiente
- A próxima oraçãode 25-30 ml deve ser recolhida e transferida para o frasco de
reaçao
Adicionar l ml de RI e agitar
- Adicionar l ml de R2 e agitar
- Após 20 a 30 minutos de reação, ler a absorbânciaà 540 nm, em cubata de 5 cm
X.)0;z

5.4. Branco de regentes


- Separar uma alíquota de 35 ml de água dd e proceder como no item anterior
6. Curva de calibração
Com os valoresde absorbânciareferentesaos padrões,corrigidos pelo branco das
cubase branco de reagentes,construir uma curva de calibraçãoe obter um fator F que
converte o valor de absorbânciaem concentração '

F x A ( amostras)

Os valores de nitrato devem ser obtidos pela subtração dos valores de nitrato
iniciais de cada amostra

7. Eficiência da coluna
Normalmente, a coluna apresentauma redução de 100 %, sendo aceitável até
95%. Para testar a eficiênciada coluna deve-sepassarpor ela um padrãoconhecidode
nitnto e a seguir um padrão de mesma concentração, em nitrato e comparar-se as leituras
mais

8
Referência Bibliográfica
Grasshon. K. Ehrhardt, M. & Kremling, K. 1983. Methodas of Seawater
Analysis. Verlag Chemie. 419p
Strickland , J. D. & Parsons,T. R., 1965.A manualof seawater
analysís,2nd
ed. .Bz///./Ds/z.7?es..Bd. (l=an.,125, 203p. ' '
(

bÉTEKMINAÇÃO DO NITRATO DISSOLVIDO NA ÁGUA DO MAR

1. Princípio do método
Todos os métodospara a determinaçãoüotométricado nitHto em água do mar,
estão baseados na reação do nitrato com uma amena aromática, a sulfanilamida (SA), em
meio ácido formandoo íon diazõnio.Este reage com uma segundaamenaaromática
formando um composto colorido, o diazo: cuja quantidade formada é proporcional
concentração de nitrato na amostra gn!!ilqlb: A reação pode ser representada assim

N02

NH
2

H2 N-SO

CH2-CH2-NH2

Concentraçõesde 0-10 pmol.L-i N-NO2' podem ser avaliadas,devido ao alto


coeficiente de extinção molar ( cerca de 4,6 x IO4 ), soluções com concentrações acima
de 2,5 pmol.L-i N-NO2- devem ser diluídas. A absorção da solução de diazo deve ser lida
à 540 nm

2. Materiais e instrumentos
- Espectrofotâmetro
- Cubetas de 5 ou l cm de percurso óptico
- Balões volumétricos e pipetas volumétricas para a diluição da solução padrão
- Frascos para a coleta das amostras
- Frascos de reação
- Dispensers ou seringas

3. Reagentes
3.1. Solução de sulfanilamida ( SA) - RI. Adicione 100ml de HCI concentradoem
cerca de 600 ml de água destilad a e deionizada. Dissolva 10 de Sulfanilamida (
p.a.) na solução anterior e complete o volume para 1000 ml, com água destilada e
deionizada.Conservea solução em frasco âmbar, sob refrigeração e ao abrigo da
luz

Aguce do Mar : lüétodos de Análises 12


.blo:z

Nutrielttes- N

3.2 Solução de n-(naftil)-etileno diamina dil)idrocloreto (NED) - R2. Dissolva0,5 g


de NED (p.a.) em água destilada e deionizada completando o volume para 500
ml, em blão volumétrico e guarde a solução em tasco de vidro âmbar. sob
refrigeração. Esta solução torna-se marrar quando envelhece. Sua estabilidade é
de aproximadamente l mês.
+

3.3.Soluçãopadrão de nitrato de sódio . Secaro nitratode sódio anidroà 100'C por


uma hora. Dissolva 0,690 g em água destilada e deionizada e complete o volume
para 1000 ml, em um balão volumétrico. Adicione algumas poucas gotas de
clorofórmio, para preservar.

Iml - 10 pmojtlIN-NOz,
4. Procedimento
4.1. Amostragem
As amostrasdevemser coletadas
a partir do amostrador,
não devendotomar
contado com nenhum agente contaminante, devendo ser transferidas para frascos plásticos
de boa qualidade. Em alguns casos, a água deve ser Hlltrada. As amostras devem ser
guardadas no escuro e no caso de não serem analisadas imediatamente, elas devem ser
preservadas à -20'C

4.2. Curva de Calibração


- Solução- padrão
A partir da solução-mãe,fazer diluições para obter os padrões
1 - solução-mãe( 10.000 pmol.L-i N-NO,- )
2 - Solução intermediária
l ml de solução-mãe --> 100 ml de água dd

3 A partir de 2 faça as seguintesdiluições

numero concentração vol. da so1.2 vol. final (ml)

l 0,5 200
11 1,0 200
111 2,0 200

4.3.Análise das amostras


- Separar uma alíquota de 35 ml de cada amostra utilizando uma proveta
graduada e transferindo para o frasco de reação
- Adicionar l ml de RI e agitar
- Adicionar l ml de R2 e agitar
- Após 20 a 30 minutos de reação, ler a absorbânciaà 540 nm, em cubata de 5 cm

Agua clo N4cir: h4étodos de Attálises 13


)a0:3

Nutrialtes -N

4.4. Branco de regentes


- Separar uma alíquota de 35 ml de água dd e proceder como no item anterior

5. Curva de calibração
Com os valores de absorbânciareferentes aos padrões, corrigidos pelo branco das
cubase branco de reagentes,construir uma curva de calibraçãoe obter um fator F que
converte o valor de absorbância em concentração

6. Precisão e interferências
A reprodutibilidade do método é de t 0,02 pmol.L-i N-NO2- . A Lei de Lambert
Beer é obedecida até ]0 l.tmol.L-i N-NO2- , mas normalmente, acima de 2,5 pmol.L-i N
NO2- , as amostras devem ser diluídas.
Interferência: íon sulGeto

7. Referência Bibliográfica
Grasshon. K. Ehrhardt, M. & Kremling, K. 1983. Methodas of Seawater
Analysis- Verias Chemie. 4 ] 9p.

Agita do Mat IWétodos de Análises J4


L
t.
1.
L DETERMINAÇÃO DO SILICATO DISSOLVIDO
L
k 1.Introdução
L O silício é encontrado na água do mar sob a forma de silício dissolvido e também
L sob a forma particulada. Provavelmente, a principal forma dissolvida seja o ácido silícico
L Si(OH).. O silício particulado é proveniente de estruturas extra-celularesdas diatomáceas,
silicoflagelados e radiolários vivos e mortos, sendo então chamado de silício particulado
L biogênico. O silício inorgânico encontrado sob várias formas mi.neraiscomo: quartzos,
(. feldspatose na constituiçãode mineraisargilosos é chamadode silício não biogênico.
L Grande parte do silício que atinge o mar é transportado pelas águas dos rios, pela
L atmosfera, pela erosão de rochas e pelos sedimentos oceânicos.
t
2. Princípio do método
A determinação dos compostos de silício dissolvidos encontradas em águas
naturais beseia-sena formação de um complexo amarelo, o ácido silicomolibdico após o
tratamento da amostra com molibdato. Foram desenvolvidosalguns métodos para
transformar o complexo de cor amareladaem um complexo azul mais intenso. Muitos
métodos utilizam redutores orgânicos para a redução deste heteropoliácido. O método
descrito foi desenvolvidopor KoroleH' ( 1971) e apresentadopor Grasshofr( 1976 )
utilizando como redutor: o ácido ascórbico.O ácido oxálico é tambémutilizado pelas
seguintesrazões: 1) para reduzir o excessode molibdato presente,2) para reduzir a
influência do fosfato presente na amostra.

3. Materiais e instrumentos
- Espectrofotõmetro
- Cubetas de vidro com 5cm ou l cm de percurso óptico
- Frascos de reação em plástico de boa qualidade, tipo erlenmeyers, com tampa
- Frascos em plástico para roleta das amostras
- Balões volumétricos e pipetas volumétricas para a diluição da solução-padrão
- Provetas graduadas
- Dispensers ou seringas

4. Reagentes
4.1. Ácido sulfúrico 9N. Adicione cuidadosamente250 ml de ácido sulfúrico
concentrado ( p - 1,84 ) em 750 ml de água destiladae deionizada. Após esfriair
complete para 1000 ml. Conserve em frasco de polietileno.

4.2. Ácido sulfúrico 7,2 N. Dilua 800 ml de ácido 9 N para 1000 ml. Conserve em
frasco de polietileno.

4.3. Solução de heptamolibdato de amónio tetrahidratado. Dissolver 20 g de


heptamolibdato de amónio (NH4)ÕMo7O24.4H2O, em cercade 80 ml de água
destilada e deionizada, em um béquer plástico. Amornar, se necessário.
Finalmente, diluir para 100 ml. Conservar em frasco plástico, ao abrigo da luz. O

Agua do Mar: Métodos de Attãlise 9


'( . ')
.)q z-

4
Nutrielltes- Si
(,.,:
reagente é bastante estável e pode ser utilizado enquanto permanecer claro
L
t. 4.4. Mistura de reagentes. Adicionar um volume de molibdato a um volume igual de
ácido 7,2N. Não adicione ácido ao molibdato. Conservar em frasco plástico,
protegido da luz direta do sol. O reagenteé estável por vários meses.
(.
J 4.5. Solução de ácido oxálico. Dissolver 10 g de ácido oxálico dihidratado (p.a.),
/
(C00H)2.2H2O, em 100 ml de água destilada e deionizada. Guardar esta solução
k
saturada em um frasco plástico à temperatura ambiente. Ela é estável
3. indeHlnidamente.

t
4.6. Solução de ácido ascórbico. Dissolver 1,75g de ácido ascórbicoCõH80õem 100
ml de água destilada e deionizada. Guardar em um frsco escuro, em refrigerador
O reagente será próprio enquanto não apresentar cor.

4.7 Solução-padrão de silicato. secaro hexaflúor silicato di-sádico, NaaSiFõ,a 105'C,


por uma hora. Dissolver, no caso de um produto com 99% de pureza*, 949,7 mg
em 100 ml de água destiladae deionizada, em um béquer de plástico, amornar, se
necessário.Transferir para um balão volumétrico de 500 ml e completar o volume
com água própria. Transferir rapidamentepara um frasco em polietileno para
guardar. Essa solução apresenta 10 pmol.L-i Si-(SiOH)4 por ml e é estável.
* ( caso o produto tenha outro grau de pureza, calcular a massanecessária,
normalmente, o íluorsilicato apresenta de 98 a 99% de pureza)

5. Procedimento

5.1. Amostragem
As amostras devem ser coletadas a partir do amostrador, não devendo tomar
contato com vidro nem qualquer outro agente contaminante, devendo ser transferidas para
frascos em PVC ou polietileno. As amostras devem ser guardadas no escuro e no caso de
não serem analisadas imediatamente, elas devem ser preservadas à -20'C
5.2. Curva de calibração
-Solução-padrão
A partir da solução-mãe, fazer diluições para obter os padrões:
1 - Solução-mãe( 10.000pM- Si )
2 - Solução intermediária
l ml de sol. mãe --> 100 ml água dd
3 - A partir de 2 faça as seguintesdiluições:

Agua do Mar: Métodos de Attálise lO


$i'3
Ç
C Nutrientes- Si
C
€. numero concentração vol. dasolução2 volume ]mal
b
c.
c' l 1,0 1,0 100
2,0 2,0 100
k 11
111 5,0 5,0 100
L lv 10,0 10,0 100
L
L
5.3. Análise das amostras
L
- Separar uma alíquota de 35 ml de cada amostra utilizando uma proveta
L graduada e transferindo para o frasco de reação
- Adicionar l ml da mistura de reagentes
- Após 5 minutos, adicionar l ml da solução de ácido oxálico
Em seguida, adicionar l ml de ácido ascórbico
- Agitar a solução após cada adição
- Ler a absorbância ( 8 10 nm ) após 30 minutos de reação

6. Curva de calibração
Com os valores de absorbância referentes aos padrões, corrigidos pelo branco das
cubas e branco de reagentes,construir uma curva de calibração e obtenha o fator F que
converte absorbância em concentração.
6.1. Cálculo da concentração das amostras

C(pmol. Si(OH).. L-') A(amostras)

7. Interferências
Sulfeto de hidrogênio, quando este composto está presente em águas anóxicas, o
amarelo do ácido silicomolibdico torna-se esverdeado. Cerca de 5 mg de S por litro pode
ser tolerada. Grandes concentraçõesde metais-traço como : cobre, ferro, cobalto e níquel,
podem inteúerir na absorbância.

8. Bibliografia
Aminot, A.& Chaussepied, M., 1983. Manual des analysies chimiques en milieu marin.
CNEXO - Brest. 395p.
Grasshoft K., Ehrhardt, K. & Kremling, K., 1983. Methods of Seawater Analysis. Verlag
Chemie, 2nd edition. 419p.
Strick[and, J. H. & Parsons, T. R., ]968. A Practica] Handbook ofseawater ana]ysis. Bz///.
F7s/?. J?es. Bc/ G:z/z.. 169: 1-3 11.

Agua do b4ar: Métodos de Análise JI

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