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QUÍMICA

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1. Reações ácido-base
Os ácidos e as bases são substâncias com propriedades características.
Segundo Arrhenius, a distinção destas substâncias estava relacionada com a
presença de iões H+ e OH-, pelo que:
Ácido Base
Contém hidrogénio que se disso-cia em Contém grupo hidroxilo (OH) que se
iões H+ em solução aquosa. dissocia em OH- em sol. aquosa.
Assim, neutralizam-se ao reagirem entre si: H+ (aq) + OH- (aq) → H2O (ℓ).
Contudo, esta teoria não explicava o comportamento de bases que não possuíam o
grupo OH e aplicava-se apenas a soluções aquosas.

Já a teoria aceite atualmente – Teoria de Brönsted-Lowry – define ácidos e bases


em função da sua capacidade de transferência de protões:
Ácido Base
Cede protões (H+). Capta protões (H+).
Assim, para que haja uma espécie que se comporta como ácido, é necessária uma
que se comporta como base (captando o protão cedido).
Os pares de espécie de uma reação que apenas diferem num protão denominam-se
pares ácido-base conjugados.
Existem substâncias que tanto se podem comportar como ácidos ou bases,
dependendo da espécie com que reagem – substâncias anfotéricas (ex: água).
1.1. Acidez e basicidade das soluções
O caráter ácido ou básico das soluções é definido pelo valor das concentrações
dos iões H3O+ em solução aquosa, pelo que quanto maior a concentração de H3O+, mais
ácida é a solução.
Este caráter é expresso pelo pH, proposto por
[H3O+] = 10-pH
Soren Sörensen, que é igual ao simétrico do logaritmo
do valor da concentração de iões H 3O+. pH = - log [H3O+]
À temperatura de 25ºC:
Solução básica Solução neutra Solução ácida
[H3O+] < 10-7 mol/ dm3 [H3O+] = 10-7 mol/ dm3 [H3O+] > 10-7 mol/ dm3

pH > 7 pH = 7 pH < 7
1.2. Autoionização da água

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A água, sendo anfotérica tanto pode agir como ácido ou como base, cedendo ou
captando protões. Logo, duas moléculas de água podem reagir entre si pelo processo de
autoprotólise da água ou autoionização da água.
Ao produto das concentrações de H3O+ e OH- a dada
KW = [H3O+] . [OH-]
temperatura dá-se o nome de produto iónico da água
(KW).
Para a água, a 25ºC:
[H3O+] = [OH-] = 1,0 × 10-7 mol/dm 3
KW = 1,0 × 10-14 mol/dm 3

Tal como se define o pH, também se pode definir pOH e pKW:


pOH = - log [OH-] pKW = - log KW pKW = pH + pOH
Como o valor de KW é constante para dada temperatura, quando a concentração de
um dos iões aumenta, a do outro diminui, logo:
[H3O+] < [OH-] [H3O+] = [OH-] [H3O+] > [OH-]
pH > pOH pH = pOH pH < pOH

Solução básica Solução neutra Solução ácida


1.2.1. Efeito da temperatura na autoionização da água
Verifica-se que o valor do produto iónico da água (KW) aumenta com a
temperatura, logo o aumento da temperatura favorece a ionização da água, pois
aumentam as concentrações de H3O+ e OH- e diminui o pH.
De acordo com o princípio de Le Châtelier, o aumento da temperatura favorece
a reação endotérmica, logo pode concluir-se que:
A reação de autoionização da água é uma reação endotérmica.

1.3. Ácidos e bases em soluções aquosas


A passagem de corrente elétrica por uma solução deve-se à presença de iões
livres, iões esses que resultaram da dissociação ou da ionização.
Quando entram em contacto com a água (solvente):
Compostos iónicos (bases) Compostos moleculares (ácidos/ bases)

Dissociação Ionização
Em ambos os processos ocorre solvatação – iões formados ficam rodeados por
moléculas de água.
1.3.1. Ionização de ácidos e bases
n ionizado
α= n inicial
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O grau de ionização (α) é dado pela expressão seguinte,


podendo ser calculado em percentagem.
Quanto mais próximo do 1/100%, mais ionizada está a substância.
O grau de ionização de ácidos e bases indica a sua força:
α<5% 5 % < α < 50 % α ≥ 50 %

Ácido/ base muito fraco Ácido/base fraco Ácido/base forte


A diluição da solução aumenta o grau de ionização dos ácidos, aproximando o
comportamento dos ácidos fortes e dos ácidos fracos.
1.4. Constantes de acidez e de basicidade
Ácidos Bases
Nos ácidos fortes, a ionização é As bases fortes dissociam-se
quase completa. completamente em água.
Contudo nos ácidos fracos a Já as bases fracas sofrem ionização
reversibilidade da reação de ionização na água, sendo a reversibilidade da
torna-se relevante (reação incompleta), reação relevante (reação incompleta),
sendo necessário considerar o equilíbrio logo é necessário considerar o equilíbrio
químico da solução. químico da solução.
Nos ácidos a constante de equilíbrio Nas bases a constante denomina-se
denomina-se constante de acidez (Ka), constante de basicidade (Kb),
indicando a força. indicando a sua força.

[C]ec . [D]ed [C]ec . [D]ed


Ka = Kb =
[A]ea . [B]eb [A]ea . [B]eb

1.5. Ácidos e bases polipróticos


Ácidos que apenas cedem um protão à Já ácidos que podem ceder dois ou
água são denominados ácidos mais protões denominam-se ácidos
monopróticos. polipróticos.
O mesmo se verifica nas bases:
Bases monopróticas Bases polipróticas
Captam apenas um protão da água. Podem captar dois ou mais protões.
Nos ácidos e bases polipróticos, a ionização realiza-se em várias etapas,
consoante o número de protões a transferir
1.6. Força relativa de ácidos e bases
As reações ocorrem sempre no sentido da formação de espécies mais fracas, pelo
que quando um ácido é forte, a sua base conjugada é fraca.
Nos pares ácidos-base conjugados verifica-se que: Ka . K b = K w
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Deste modo, quanto maior o Ka do ácido, menor o Kb da base conjugada.


1.7. Titulações ácido-base
A reação entre um ácido e uma base designa-se por reação de neutralização,
sendo geralmente completas, formando água e um sal.
Ácido + Base Sal + Água
As titulações ácido-base são uma ferramenta de análise quantitativa em química
analítica que visa determinar a concentração de uma solução aquosa de um ácido (ou
base) ao neutralizá-lo com dada concentração de uma base.
Titulante Titulado
Concentração conhecida. Concentração a determinar.
Assim, adiciona-se lentamente o titulante ao titulado até que a reação de
neutralização esteja completa, ou seja, atingir o ponto de equivalência.
Para permitir detetar rigorosamente este ponto, a reação química deve:
Ser rápida;
Ser estequiométrica;
Ser completa;
Apresentar variação brusca de uma propriedade facilmente detetável.
A partir do volume de titulante adicionado para atingir o ponto de equivalência, é
possível calcular a concentração inicial de titulado, pois:
No ponto de equivalência - n titulante = n titulado
Consoante as substâncias, pH no ponto de equivalência varia:
Titulação ácido forte – Titulação ácido forte – Titulação ácido fraco –
base forte base fraca base forte
PE: pH = 7 (a 25ºC) PE: pH < 7 (a 25ºC) PE: pH > 7 (a 25ºC)
O pH no ponto de equivalência corresponde ao pH do sal formado.
1.7.1. Indicadores ácido-base
Um indicador ácido-base é uma substância cuja cor depende do pH do meio .
É o caso da fenolftaleína:
0 < pH < 8,2
Incolor.
8,2 < pH <12
Rosa-carmim.

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A utilização destes indicadores nas reações de titulação permite acompanhar o


progresso da reação e detetar o ponto de equivalência. A mudança de cor do
indicador apenas é percetível quando o ponto de equivalência já foi ligeiramente
ultrapassado – ponto final da titulação.
A diferença de volume de titulante entre os pontos de equivalência e final
designa-se erro de titulação e deve ser o menor possível.

Para assinalar o ponto de equivalência numa titulação deve escolher-se o


indicador adequado, consoante algumas regras, principalmente:
O pH do ponto de equivalência deve estar contido na zona de viragem do
indicador;
A zona de viragem pode não conter o pH no ponto de equivalência desde
que esta esteja totalmente incluída no intervalo de variação brusca do valor
de pH (vizinhança do PE).

1.8. Acidez e basicidade de sais em soluções aquosas


Os sais são compostos iónicos formados na reação entre um ácido e uma base,
dissociando-se completamente em água.
Ácido forte - base forte Ácido forte - base fraca
O sal formado é neutro em solução O sal formado é ácido em solução
aquosa, com pH = 7, a 25ºC. aquosa, com pH < 7, a 25ºC.
Ácido fraco - base forte Ácido fraco - base fraca
O sal resultante é básico em solução Os iões formados sofrem hidrólise e o
aquosa, com pH > 7, a 25ºC. pH depende da força relativa.
1.9. Aspetos ambientais das reações ácido-base
A água da chuva é naturalmente ácida devido ao facto de o dióxido de carbono
(CO2) atmosférico ser solúvel nela. A reação entre estes é dada por:
CO2 (g) + H2O (ℓ) H2CO3 (aq)
O ácido carbónico (H2CO3) formado sofre ionização:
H2CO3 (aq) + H2O (ℓ) H3O+ (aq) + HCO3- (aq)
Reação global:
CO2 (g) + 2 H2O (ℓ) H3O+ (aq) + HCO3- (aq)
O óxido de enxofre (SO2), de origem natural ou antrópica, reage com a água
sendo convertido em ácido sulfuroso (H2SO3):
SO2 (g) + H2O (ℓ) H2SO3 (aq)
Já o trióxido de enxofre (H2SO3) forma ácido sulfúrico (H2SO4):
SO3 (g) + H2O (ℓ) H2SO4 (aq)

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O ácido sulfuroso (H2SO3) e o ácido sulfúrico (H2SO4) reagem com o carbonato


de cálcio (CaCO3) do mármore e rochas calcárias, danificando-as:
CaCO3 (s) + H2SO4 (aq) CaSO4 (s) + H2O (ℓ) + CO2 (g)
Outra substância responsável pelo aumento da acidez da chuva é o dióxido de
nitrogénio (NO2), sendo formado a partir do monóxido de nitrogénio (NO) por ação
da luz solar. O monóxido de nitrogénio (NO) apenas é formado a elevadas
temperaturas como nos motores de automóveis ou fornos industriais:
N2 (g) + O2 (g) NO (g)
O dióxido de nitrogénio pode reagir com a água atmosférica origi-nando ácido
nítrico (HNO3) e ácido nitroso (HNO2), que aumentam a acidez.
2 NO2 (g) + H2O (ℓ) HNO 3 (aq) + HNO2 (aq)
Para combater a poluição e minorar os efeitos destas substâncias, têm surgido
novos processos e medidas mais “amigos” do ambiente:
Remoção do enxofre dos combustíveis fósseis;
Eliminação de SO2 formado nas centrais termoelétricas;
Conversor catalítico nos automóveis que reduz a libertação de monóxido
de azoto (NO).
2. Reações de oxidação-redução
Reações que envolvem a transferência de eletrões entre espécies denominam-se
reações de oxidação-redução ou reações redox.
Oxidação Redução
Perda de eletrões Ganho de eletrões
Estes fenómenos ocorrem em simultâneo, não existindo um sem o outro, pelo que o
número de eletrões perdidos é igual ao de eletrões captados.
As reações podem ser expressas pelas (semi)equações das semirreações:
Semirreação de oxidação Semirreação de redução
Fe (s) Fe2+ (aq) + 2 e- Cu2+ (aq) + 2 e- Cu (s)
Fe (s) + Cu2+ (aq) Fe2+ (aq) + Cu (s)
Agente redutor Agente oxidante
Espécie oxidada (Fe). Espécie reduzida (Cu2+).
A carga que o átomo de um elemento tem quando estabelece uma ligação denomina-
se por número de oxidação (n.o.), podendo ser:
Real Formal
Iões em solução. Compostos moleculares
Para determinar o número de oxidação devemos seguir algumas regras:

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1. O número de oxidação de cada átomo livre ou substância elementar é sempre


zero.
Ex.: H – n.o. (H) = 0
2. O número de oxidação de um ião monoatómico é igual à sua carga.
Ex.: Na+ – n.o. (Na) = +1
3. O número de oxidação do hidrogénio nas substâncias compostas é +1.
Ex.: NH3 – n.o. (H) = +1
Exceção: na ligação de hidrogénio com metais – hidretos metálicos – o número de
oxidação do hidrogénio é -1.
Ex.: NaH – n.o. (H) = -1
4. O número de oxidação do oxigénio nas substâncias compostas é -2.
Ex.: H2CO3 – n.o. (O) = -2
Exceção: Nos peróxidos o número de oxidação do oxigénio é -1.
Ex.: H2O2 – n.o. (O) = -1
5. A soma dos n.o. de todos os átomos de um composto é 0.
Ex.: H2O – n.o. (H) = +1
n.o. (O) = -2 2 × n.o. (H) + n.o. (O) = 2 × 1 -2 = 0
6. A soma dos números atómicos de todos os átomos de um ião poliatómico é igual
à carga do ião.
Ex.: SO42- - n.o. (S) = +6
n.o. (S) + 4 × n.o. (O) = 6 - 4 × 2 = -2
n.o. (O) = -2
7. Quando ligados a outros elementos, os dos grupos 1 e 2 da tabela periódica têm
número de oxidação +1 e +2, respetivamente.
Ex.: NaH – n.o. (Na) = +1
CaO - n.o. (Ca) = +2
8. O n.o. dos elementos do grupo 17 é -1.
Exceção: Quando ligados ao oxigénio ou entre si, o elemento com o menor número
atómico é o que tem o n.o. igual a -1.
O n.o. do flúor é sempre -1, independentemente da ligação.
Considerando a reação de formação de ferrugem:
redução
n.o. (O) = 0 n.o. (O) = -2 n.o. (H) = +1
2 Fe (s) + O2 (g) + 2 H2O (ℓ) 2 Fe(OH)2 (s)
n.o. (Fe) = 0 n.o. (H) = +1 n.o. (H) = +1 n.o. (Fe) = +2
oxidação

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Deve-se sempre ter atenção ao acerto das equações tanto quanto às cargas elétricas,
quer quanto aos átomos.
Os pares conjugados oxidação-redução apresentam-se na forma oxidante/
redutor.
2.1 Força relativa de oxidantes e redutores
Nem todos os oxidantes e redutores se comportam do mesmo modo.
O poder redutor de um metal define Já o poder oxidante de um metal é a
a sua capacidade de sofrer oxidação e, capacidade da espécie de sofrer redução
portanto, reduzir outra. e, logo, oxidar outra.
Assim, quanto maior o poder redutor de um metal, menor o poder oxidante do ião
do seu par conjugado oxidante/ redutor.
Podemos ordenar os redutores/ oxidantes segundo o seu poder redutor/ oxidante
numa série eletroquímica e, a partir dela, concluir se dada reação irá ocorrer ou não.
Quando um metal se encontra acima de um dado ião metálico na série
eletroquímica, tem capacidade de o reduzir. O contrário não acontece.
2.2. Corrosão
A corrosão consiste na deterioração de metais por processos eletroquímicos -
reações de oxidação-redução, enfraquecendo as estruturas.
Este fenómeno pode ser:
Corrosão eletroquímica Corrosão química Corrosão eletrolítica
Reação com um eletró- Metal é atacado por Aplicação externa de
lito ou atmosfera húmida. agentes químicos. corrente elétrica.
A corrosão tem impacto na economia, segurança e saúde.
3. Soluções e equilíbrio de solubilidade
3.1. Mineralização das águas e processo de dissolução
A salinidade, expressa em partes por mil (%o), corresponde à massa total (em
gramas) de sais dissolvidos por quilograma de água.
A dissolução, ou seja, a mistura de soluto e solvente depende sobretudo das
intensidades relativas das atrações entre as substâncias.
A velocidade de dissolução de um sólido aumenta com:
O estado de divisão do soluto sólido;
O grau de agitação da solução.
3.2. Solubilidade de sais em água
A solvatação consiste no fenómeno em que os iões ficam rodeados por moléculas
de solvente.

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Define-se solubilidade (s) como a composição analítica de uma solução


saturada expressa pela proporção soluto por solvente.
Assim, numa solução saturada, a concentração de soluto é igual à solubilidade.
Consoante a concentração de soluto, as soluções também podem ser:
Não saturadas Sobressaturadas
Não se atinge a concentração de soluto Conseguiu-se dissolver ainda mais
definida pela solubilidade. soluto que a solubilidade indica.
Para distinguir estes tipos de soluções podemos adicionar uma pequena
quantidade de soluto:
Não saturada Saturada Sobressaturada

O soluto adicionado O soluto não se dissolve. O soluto em excesso


dissolve-se. precipita.
3.2.1. Efeito da temperatura na solubilidade
A solubilidade dos sais depende da temperatura.
Geralmente, a solubilidade aumenta Contudo, existem casos em que esta
com a temperatura. diminui com a temperatura.

A dissolução é uma reação A dissolução é uma reação exotérmica.


endotérmica.
3.3. Equilíbrio químico e solubilidade de sais
Em sais pouco solúveis em água ocorre dissolução do sal simultânea-mente com a
sua precipitação. Quando a velocidade de dissociação iguala a velocidade de
precipitação atinge-se o equilíbrio de solubilidade, sendo heterogéneo dado que se
distingue parte sólida e parte líquida.
Neste caso, a constante de equilíbrio denomina-se produto de solubilidade (KS),
que se pode calcular por:
MmAa (s) m M+ (aq) + a A- (aq) KS = [M+]em . [A-]ea
A partir da expressão do produto de solubilidade é possível determinar a
solubilidade do sal em água, sendo que esta relação varia de composto para composto
consoante a proporção entre os iões.
Quando os iões de dois sais estão Contudo, quando a proporção entre os
presentes na mesma proporção, podemos iões é diferente, apenas podemos
comparar a solubilidade a partir do valor comparar a solubilidade a partir do valor
de KS. de s.
3.3.1. Previsão da formação de precipitados

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Ao adicionar um sal a água ou ao misturar duas soluções aquosas com iões, é


possível prever a formação de um precipitado. Para tal, devemos:
1. Conhecer as concentrações dos iões em solução;
2. Conhecer o valor do produto de solubilidade (KS);
3. Determinar o quociente de reação (Q);
4. Comparar o quociente de reação (Q) com o produto de solubilidade (K S).
Através dessa comparação, podemos concluir que:
Q < KS Q = KS Q > KS

A solução não está A solução está saturada. A solução está


saturada. sobressaturada
Não há formação de
Não há formação de precipitado Há formação de
precipitado. precipitado.
3.4. Alteração da solubilidade dos sais
Para além da temperatura, o produto de solubilidade depende de fatores como:
Efeito de ião comum;
Adição de soluções ácidas
Formação de iões complexos.
3.4.1. Efeito do ião comum
Para evitar a presença de sais tóxicos, podemos perturbar o equilíbrio de
solubilidade, adicionando uma nova substância que irá conduzir à formação de
precipitado, diminuindo a solubilidade do sal.
3.4.2. Efeito da adição de soluções ácidas
Ao adicionarmos um ácido forte a uma solução aquosa saturada de um sal
pouco solúvel dá-se a solubilização do precipitado, aumentando a solubilidade.
3.4.3. Formação de iões complexos
O efeito da adição de uma solução que forma um ião complexo com o catião
do sal resulta na diminuição da concentração do catião, logo aumento da
solubilidade do sal e solubilização do precipitado.
3.5. Desmineralização de águas e precipitação
A dureza total da água deve-se à presença do catião cálcio (Ca2+) e magnésio
(Mg2+) e da sua concentração (mg/ L).
A água dura é indesejável para máquinas de uso doméstico e industrial, pois
levam à formação de incrustações de calcário em tubagens e resistências elétricas, e
diminuem a eficiência dos sabões e detergentes.

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A dureza pode ser:


Temporária Permanente
Presença de hidrogenocarbonato. Presença de sais como sulfatos,
Este pode ser eliminado por cloretos e nitratos.
precipitação de carbonato de cálcio/ Estes não podem ser eliminados por
magnésio após ebulição. aquecimento.
O amaciamento é a eliminação da dureza das águas pela remoção de iões cálcio,
magnésio e outros que estejam em excesso, podendo ser por permuta iónica
(substituição dos iões cálcio e magnésio por catiões) ou precipitação química
(precipitação de cálcio e magnésio).

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