Guia de Leitura - Arqueiro Verde - Splash Pages

19/11/2023, 15:52 Guia de Leitura: Arqueiro Verde | Splash Pages
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10 MOTIVOS, ATUALIDADES, DESTAQUE, FIQUE DE OLHO, GUIA DE

LEITUR A , GUIA DE LEITUR A , HISTÓRIA DOS QUADRINHOS, LISTA S,
QUADRINHOS
Publicado em 12 de novembro de 2018 — Comentários 3
Guia de Leitura: Arqueiro Verde

escrito por Guilherme Smee
O Arqueiro Verde vem aproveitando de uma boa fase de popularidade,

principalmente pelo fato do personagem estrelar o seriado Arrow,
encarnado por Stephen Amell. A popularidade da série Arrow é tanta,
que as séries irmãs Flash e Supergirl formam o que foi conceituado
como Arrowverse. Mas quando as pessoas querem ler quadrinhos
protagonizados pelo Arqueiro Verde, não sabem por onde procurar ou
por onde começar. Pensando nisso, fizemos mais um novo Guia de
Leitura, dessa vez estrelado pelo Arqueiro Esmeralda de Star(ling) City.
Pegue seu arco e flecha e mirem na sua leitura!
O Arqueiro verde foi criado em novembro de 1941 por Mort Weisinger e

George Papp em More Fun Comics #73. O personagem era uma mistura
do Arqueiro Dourado com a mitologia de Robin Hood e se vestia em
consonância com o herói da cavalaria, que roubava dos ricos para dar aos
pobres. O Arqueiro Verde é Oliver Jonas Queen, herdeiro das indústrias
Queen, que fica preso numa ilha e, para sobreviver passa a treinar a si
mesmo na arquearia. Quando retorna, resolve se tornar um vigilante
urbano inspirado em Robin Hood. Em suas primeiras aparições,
https://splashpages.wordpress.com/2018/11/12/guia-de-leitura-arqueiro-verde/ 1/39
entretanto, ele lembrava mais o Batman, com um parceiro mirim, o

Ricardito (Speedy), o Flecha Móvel e a Flecha Caverna. Foi somente nos
anos 70, com uma inclinação mais da esquerda econômica e de causas
sociais que o personagem começou a sair da sombra das inspirações no
Homem- Morcego.
FASE JACK KIRBY
A primeira fase mais

importante do Arqueiro
Verde, ainda imberbe e na
sombra do Batman, se deu
pelo traço e concepções do
“Rei” Jack Kirby, que viria
revolucionar na Marvel
Comics, uma década depois,
criando heróis como.Os
Vingadores e os X-Men. Kirby
esteve à frente do Arqueiro
Verde por poucas edições, em
1958, no arrefecimento da
caça às bruxas aos
quadrinhos. Quem escrevia os roteiros naquela época, então eram os
irmãos Dick e Dave Wood. As histórias traziam muitos dos elementos
que iriam configurar a Era de Prata da DC Comics: loucas aventuras com
alienígenas, no deserto, com as mais diferentes mutações nada
permanentes nos heróis.
FASE DENNY O’NEIL E NEAL ADAMS
O Arqueiro Verde só voltou a ser destaque novamente no final dos anos

60 e no início dos anos 70, quando, com um novo visual barbudo, passou
a aparecer como coadjuvante de Batman nas aventuras da revista The
Brave and The Bold. O sucesso do personagem naquele espaço fez com
que ele passasse a dividir uma revista com o Lanterna Verde. A revista se
tornou um marco dos tempos nos quadrinhos e, apesar de não ter
vendido muito na época, ela refletia o sentimento de uma parcela da
população estadunidense, descontente com as posturas do seu governo
na Guerra do Vietnã. A revista abordou temas nunca colocados numa
história em quadrinhos como o racismo, a questão indígena,
superpopulação e, principalmente o abuso de drogas, quando o ex-
parceiro mirim do Arqueiro, o Ricardito, aparece um uma capa prestes a
injetar uma dose de heroína em seu braço.
OS CAÇADORES
Oliver Queen fez aparições aqui e ali e no título da Liga da Justiça

durante o final dos anos 70, mas sem muito destaque. Foi somente com
o advento da Crise nas Infinitas Terras que a DC Comics resolveu dar
outra chance ao herói. Ela chamou o autor Mike Grell, criador do
Grendel, para cuidar de suas histórias. Mas primeiro vinha uma outra
revista para testar o mercado do Arqueiro: a minissérie Os Caçadores
(The Longbow Hunters), que apresenta a ninja Shado como interesse
romântico do Arqueiro Verde, mesmo quando esse namorava a Canário
Negro, Dinah Lance. Os dois, Shado e Oliver, protagonizam uma corrida
de gato e rato nesta minissérie.
FASE DE MIKE GRELL
Com o sucesso retumbante da minissérie, uma nova série do Arqueiro

verde, entra, então em produção, como mesmo Grell como responsável.
Dinah Lance e Oliver Queen passam a morar em Seattle, onde Dinah
abriu uma floricultura. A série poderia ser, hoje em dia, considerada para
leitores maduros, pois lidava com temas como violência contra a mulher,
suicídio, consumo e tráfico de drogas, entre outros temas. Muito
elogiada pela crítica, essa revista foi publicada no Brasil, em poucos
números na revista Os Caçadores, que também trazia O Questão, o
Sombra e outros heróis menos conhecidos.
A MORTE DO ARQUEIRO VERDE E CONNOR HAWKE
Mike Grell durou bastante tempo na revista do Arqueiro Verde, quase

cem edições. Por volta deste número, nos anos 90, tempo de muita
modificações e mortes nos super-heróis, a DC Comics resolveu matar o
herói. Oliver morre durante a explosão de um avião sobre Metrópolis
para salvar a cidade. Mas não sem antes descobrir que tinha um , que se
chamava Connor Hawke e que havia sido criado em um monastério
budista no Camboja. Connor, então assume o manto de Oliver como o
Novo Arqueiro Verde, numa fase que teve pouquíssimas edições
publicadas no Brasil. A morte do Arqueiro foi publicada na extinta
revista Shazam!, da Editora Abril.
FASE DE KEVIN SMITH
Depois que, num movimento ousado, a Marvel Comics contratou o

cineasta independente Kevin Smith (Barrados no Shopping, Dogma, O
Balconista) para escrever a revista do Demolidor, a DC Comics resolveu
fazer o mesmo com o Arqueiro Verde. A tarefa de Smith não foi nada
simples: ele devia trazer o Arqueiro Verde de volta da morte. Oliver
Queen então, conversou com Deus e conseguiu sua vida de volta. Smith
ficou por dois arcos no Arqueiro. No segundo arco, criou o supervilão
Onomatopéia, que mata heróis sem poderes. Essa fase foi publicada
aqui em um minissérie de oito parte chamada Arqueiro Verde: O Espírito
da Flecha e foi recompilada pela coleção da Eaglemoss.
FASE DE BRAD MELTZER
O próximo encarregado de cuidar do Arqueiro Verde foi o romancista

premiado Brad Meltzer, que mais tarde iria cuidar do crossover Crise de
Identidade. Meltzer levou Oliver Queen e Roy Harper, o Arsenal (ex-
Ricardito) a uma busca através do país para recuperar objetos queridos
por Oliver, que queria recuperar depois de sua “morte”. Esse, claro, foi
só um pretexto para o Arqueiro se aproximar de seu pupilo, cuja
amizade estava há muito estremecida. Um dos melhores arcos do
Arqueiro, principalmente para quem quer começar a lê-lo, elogiado
tanto pela crítica como pelo público. Esse arco foi publicado no primeiro
número de DC Especial, da Panini Comics.
FASE DE JUDD WINNICK
Com a saída de Meltzer, que

ficou somente no arco
conhecido como A Busca, a
DC Comics contratou Judd
Winnick que vinha de uma
polêmica run no Lanterna
Verde, em que abordou a
violência contra os gays,
inspirada no seu convívio
com seu colega do reality
show da MTV, The Real
World, de onde também se
inspirou para a graphic novel
Pedro and Me. Seu amigo Pedro era um latino gay soropositivo. Isso
também qualificou Winnick a trabalha com Mia Dearden, a nova
Ricardita, que era uma ex-garota de programa adolescente soropositiva.
Ele havia sido introduzida por Kevin Smith anos antes. Durante os arcos
de Winnick, Oliver se tornou prefeito de Star City e reatou com avidez
seu romance com Dinah Lance, a Canário Negro. Essa fase foi publicada
em algumas edições de DC Especial e o restante na revista
Superman/Batman.
O CASAMENTO DO ARQUEIRO VERDE E ARQUEIRO

VERDE/CANÁRIO NEGRO
Na época em que a DC Comics resolveu casar Oliver Queen e Dinah

Lance, foi um grande alarde. Saíram especiais do casamento, envolvendo
a Liga da Justiça e também uma minissérie da Canário Negro especial
sobre o evento. Nessa época, então, a DC Comics resolveu descontinuar
o título do Arqueiro Verde e criar um novo intitulado “Arqueiro Verde e
Canário Negro”, também escritos por Judd Winnick. Infelizmente o título
não foi muito bem de vendas e lá pelas tantas a editora resolveu mudar
novamente e retornar ao nome original, Arqueiro Verde. Essa série foi
publicada no Brasil na revista Superman/Batman.
ANO UM, POR ANDY DIGGLE E JOCK
Com a popularidade do Arqueiro Verde crescendo, pois nessa época ele

aparecia no seriado Smallville, a DC Comics resolveu recontar sua origem
na ilha com uma roupagem mais moderna. Essa tarefa foi incumbida aos
ingleses Andy Diggle e Jock, que haviam feito uma fase bem-sucedida
em John Constantine: Hellblazer. A dupla trouxe um tom mais adulto
para o Arqueiro Verde, incluindo mafiosos e traficantes armados até os
dentes para Oliver enfrentar com apenas arcos e flechas numa ilha
isolada. A série foi um dos poucos Ano Um dessa leva da DC Comics que
foi publicada aqui no Brasil e o único publicado em forma de especial.
CONNOR HAWKE: SANGUE DE DRAGÃO
Uma divertida minissérie estrelada por Connor Hawke, que estava um

pouco apagado desde que Winnick assumiu o Arqueiro. Ela é escrita por
Chuck Dixon e leva Connor Hawke, o filho de Oliver Queen, a um reality
show na China, transmitido mundialmente, para decidir quem, entre
vários experts, é o melhor arqueiro de todo o mundo. Enfiado em um
monte de traições, aliados, reviravoltas, numa das tramas mais
divertidas do Universo do Arqueiro Verde e é por isso que ela está aqui
nesta lista. Foi publicada em uma minissérie de duas edições pela Panini
Comics.
ASCENSÃO E QUEDA DO ARQUEIRO VERDE
Atenção! Se existem fases do Arqueiro Verde que você deseja evitar, ou

que queira deixar por último, são essas escritas pelo terrível roteirista J.
T. Krull. Em Ascensão e Queda do Arqueiro Verde, vemos como os

acontecimentos da também terrível minissérie Liga da Justiça: Clamor
por Justiça afetam Oliver Queen. Neste arco, Queen é envolvido em
esquemas de corrupção por um político que quer derrubá-lo. Ao mesmo
tempo, Roy Harper, então Arqueiro Vermelho, tem sua filha, Lian, morta
e perde um braço, deixando de poder usar o arco e flecha. Afastem-se
desse lixo tóxico!
FASE DE J. T. KRUL E OS NOVOS 52
Com a DC Comics não contente com o estrago que Krull fez no Arqueiro,
ela chamou o escritor para mais um novo volume do herói, dessa vez
protegendo a floresta de Star City que guardava o avatar do verde, o
Monstro do Pântano. A fase durou 12 edições até o Ponto de Ignição,
quando começou os infames Os Novos 52. E lá estava Krull de novo para
estragar o Arqueiro Verde, fazendo um arco de estreia terrível, tendo
que ser substituído às pressas, primeiro por Keith Giffen e depois por
Ann Nocenti. Os dois também fizeram trabalhos muito ruins com o
Arqueiro. Essas fases esquecíveis foram publicadas na revista do Flash e
Universo DC.
FASE DE JEFF LEMIRE
Foi somente com a transposição de Jeff Lemire, que vinha fazendo arcos
sólidos com o Homem-Animal, que o Arqueiro Verde voltou aos
holofotes e ao seu status com sinônimo de histórias boas. Aqui nos
Novos 52, a ninja Shado tinha uma filha com o pai de Oliver, Richard
Queen. A menina Emiko era guardada por um inimigo de Oliver que
jurou vingança. A luta continuou até que a menina resolveu ajudar o
irmão e se tornou a Arqueira Vermelha. Lemire também trouxe o arco A
Guerra dos Renegados e trouxe elementos da série de TV Arrow para os
quadrinhos, como o personagem John Diggle, ex-guarda costas de
Oliver. Ele também trouxe Oliver para Seattle, onde se reuniu com o
Açougueiro, Katana e outros heróis no grupo dos Renegados. A fase de
Lemire teve 3 arcos e foi publicada durante todo o segundo volume da
revista do Arqueiro Verde pela Panini Comics.
FASE KREISBERG/SOKOLOWSKI
A fase dos produtores da série Arrow teve

como missão trazer o sucesso das telinhas para
os quadrinhos. Assim, eles colocaram Oliver
Queen em rota de colisão com vilões do
Universo DC, como Lex Luthor e Mulher-
Leopardo. Eles também inseriram a hacker e
especialista Felicity Smoak na continuidade da
DC Comics, mas não da forma que os fãs da
série gostariam. Por esse e outros motivos, a
fase dos autores durou apenas seis edições, que foram publicadas no
terceiro volume da revista do Arqueiro Verde pela Panini Comics.
FASE DE BEN PERCY
Benjamin Percy foi escolhido para dar continuidade à revista do Arqueiro

Verde até o final da iniciativa de Os Novos 52. O primeiro arco trazia
Oliver lidando com uma ameaça de um vírus zumbi transmitido por
pássaros. O segundo arco fazia com que Queen tivesse de enfrentar o
Exterminador. O primeiro arco é um trabalho mediano, mas o segundo já
é mais empolgante.
RENASCIMENTO DC
O trabalho com o
Arqueiro
revitalizando seu
título caído durante
os Novos 52, rendeu a
Ben Percy o convite
para assumir essa
bronca também na
nova iniciativa da DC
Comics, o
Renascimento DC.
Assim, o roteirista fez
com que Oliver se
aproximasse ainda
mais à Dinah Lance
que, até então, nos
Novos 52, não havia
tido nenhum
relacionamento com o Arqueiro Verde. Ele também colocou Emiko
Queen como parte do elenco fixo e como nova sidekick do Arqueiro.

Também explicou os links perdidos entre Queen e Roy Harper.
Basicamente, Percy promoveu uma faxina e uma arrumação da casa do
Arqueiro, que havia sido esculhambado no começo dos Novos 52. Com o
fim da fase de Percy, as irmãs Shawna e Julie Benson, da série The 100,
assumiram o título por 6 edições, mas logo foram afastadas e
substituídas por Jackson Lanzing e Collin Kelly (Batman & Robin
Eternos), que vão assumir a revista em 2019, lá nos Estados Unidos.
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ETIQUETADO COMO: açougueiro, andrew sokolowski, andy diggle, ann nocenti, anos 60,
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porGuilherme Smee
Guilherme “Smee” Sfredo Miorando nasceu em Erechim em 1984. É Mestre em

Memória Social e Bens Culturais, onde pesquisa quadrinhos e sexualidades. É
especialista em Imagem Publicitária e bacharel em Publicidade e Propaganda.
Ministra aula de quadrinhos e trabalha com design editorial e roteiros. Já
trabalhou em museus e com venda de livros e publicidade. É pesquisador
associado do Cult de Cultura e da ASPAS (Associação de Pesquisadores em Arte
Sequencial). Faz parte do conselho editorial da Não Editora. Co-roteirizou o
premiado curta-metragem Todos os Balões vão Para o Céu. Seu livro de contos
Vemos as Coisas como Somos foi selecionado pelo IEL-RS em 2012. A partir de
2014, publicou ao menos um quadrinho independente por ano. Loja de
Conveniências, sua primeira narrativa longa foi lançada em 2014. Em 2015
participou da coletânea de HQs LGBT Boys Love. Em 2017 colaborou com o
quadrinho A Liga dos Pampas de Jader Corrêa, que explora mitos gauchescos.
Também lançou Desastres Ambulantes em parceria com Romi Carlos, um
quadrinhos sobre segunda guerra mundial e OVNIs, que foi selecionado pelo
edital estadual PROAC/SP. Em 2017, publicou Abandonados Pelos Deuses:
Sigrid, com Thiago Krening e Cristian Santos e também Fratura Exposta: REDUX
com Jader Corrêa. Também escreve os roteiros para os super-heróis
portoalegrenses Super Tinga & Abelha-Girl. Mantém o blog sobre quadrinhos
splashpages.wordpress.com há mais de 10 anos.
3 comentários
Renard
18 de novembro de 2018
Connor Hawk não é filho da Shado, a mãe dele era uma hippie
 Curtir
Responder
Guilherme Smee
19 de novembro de 2018
É verdade, raposinha, vou alterar ali! Obrigado! Abraços! =)
 Curtir
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