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SISTEMA MUSCULAR

PRINCIPAIS DE TECIDO MUSCULAR


1. *Músculo Esquelético: *Características:* Estriado e voluntário, este tipo de músculo está
ligado aos ossos por tendões. Apresenta fibras musculares multinucleadas e é controlado pelo
sistema nervoso somático. Responsável pelos movimentos corporais, como caminhar e levantar
objetos.
2. *Músculo Cardíaco:*Características:* Encontrado no coração, é involuntário e possui
estriações. Suas células, chamadas miócitos cardíacos, estão interconectadas por discos
intercalares, permitindo a rápida propagação de sinais elétricos. Controlado pelo sistema nervoso
autônomo, o músculo cardíaco é vital para a contração rítmica do coração.
3. *Músculo Liso:*Características:* Não estriado e involuntário, o músculo liso compõe órgãos
internos, vasos sanguíneos e outras estruturas. Suas células são fusiformes e mononucleadas. A
contração do músculo liso é controlada pelo sistema nervoso autônomo e influenciada por fatores
hormonais. Desempenha um papel crucial nas funções de órgãos internos, como a digestão.
SARCOMERO
O sarcômero é a unidade funcional e estrutural básica do músculo esquelético. Ele está localizado
entre duas linhas Z e consiste em várias bandas distintas. As principais bandas são:
1. *Banda Z:* Localizada nas extremidades do sarcômero, é uma linha que delimita o início e o
fim da unidade contrátil. Serve como ponto de ancoragem para os filamentos finos.
2. *Banda I (Banda isotrópica):* Composta principalmente por filamentos finos de actina, esta
banda se estende desde a linha Z até o início da banda A. Durante a contração muscular, a banda
I diminui de comprimento.
3. *Banda A (Banda anisotrópica):* Localizada no centro do sarcômero, composta por filamentos
espessos de miosina e filamentos finos de actina que se sobrepõem parcialmente. A banda A
permanece constante em comprimento durante a contração.
4. *Banda H:* Encontrada no meio da banda A, é uma área onde apenas filamentos espessos de
miosina estão presentes. Durante a contração muscular, a banda H diminui de largura.
A interação coordenada entre os filamentos finos de actina e os filamentos espessos de miosina
durante a contração muscular ocorre no sarcômero, permitindo a contração e relaxamento
eficientes do músculo esquelético.
CONTRACAO MUSCULAR
O ciclo de contração muscular inicia-se com um estímulo nervoso que desencadeia a liberação de
acetilcolina na junção neuromuscular. Isso provoca um potencial de ação na fibra muscular,
levando à liberação de íons de cálcio do sistema retículo sarcoplasmático. O cálcio se liga à
troponina, alterando sua conformação e permitindo que a tropomiosina se afaste dos sítios ativos
na actina. As cabeças de miosina, então, formam pontes cruzadas com a actina, resultando na
contração muscular. Após a contração, o cálcio é bombeado de volta para o retículo
sarcoplasmático, a troponina retorna à sua posição original, e a tropomiosina cobre os sítios ativos,
permitindo o relaxamento muscular. Este processo, essencial para a função muscular, é repetido
de forma coordenada durante a atividade muscular.
As proteínas principais envolvidas na contração muscular, que ocorre no sarcômero, são a
actina e a miosina.
1. *Actina:* É uma proteína filamentosa que forma os filamentos finos no sarcômero. Durante a
contração muscular, a actina se combina com a miosina, formando pontes cruzadas que permitem
a contração do músculo.
2. *Miosina:* É uma proteína filamentosa que forma os filamentos espessos no sarcômero. Ela
contém cabeças protrusas que se ligam à actina durante a contração muscular. As cabeças de
miosina se movem, puxando os filamentos finos de actina em direção ao centro da banda A,
encurtando assim o sarcômero.
3. *Troponina e Tropomiosina:* São proteínas regulatórias associadas à actina. A tropomiosina
bloqueia os sítios ativos na actina, impedindo a interação com a miosina quando o músculo está
em repouso. A troponina regula a posição da tropomiosina e, quando estimulada, permite a
interação entre a actina e a miosina, desencadeando a contração muscular. A troponina é uma
complexa proteína reguladora essencial na contração muscular, composta por três subunidades
principais: Troponina C (TnC), que liga íons de cálcio desencadeando a contração; Troponina
I (TnI), que inibe a interação entre actina e miosina em repouso e libera essa inibição quando o
cálcio se liga; e Troponina T (TnT), que ancora a troponina no complexo tropomiosina-actina-
miosina. Este sistema intricado permite uma regulação fina da contração muscular em resposta
aos sinais neurais e contribui para a coordenação eficiente das funções musculares. A detecção de
troponina no sangue também é crucial para o diagnóstico de danos cardíacos, já que sua liberação
ocorre após lesões no músculo cardíaco.
SISTEMA ESQUELETICO
Funções Biológicas: Produz células sanguíneas através da medula óssea vermelha, fornece área
de armazenamento para sais, principalmente o cálcio e o fosforo que suprem as necessidades do
corpo.
TECIDOS: Tecido conjuntivo denso que forma o periósteo, Tecido ósseo,Tecido cartilaginoso e
Tecido conjuntivo reticular que
forma o endósteo
Perióste: É uma bainha de tecido conjuntivo que reveste a superfície externa do osso.A camada
externa do periósteo é relativamente acelular, densa e vascularizada. A camada interna é frouxa
e durante o crescimento contem os osteoclastos. periósteo é ligado ao osso por fibras colagenias
(fibras de Sharpey) que penetram na matriz subjacente.

OSSOS
*Osso Compacto:* Este tipo é caracterizado pela disposição regular e densa das lamelas. Ele
forma a camada externa dos ossos e fornece resistência e suporte estrutural.
2. *Osso Esponjoso (ou trabecular):* Possui uma estrutura mais porosa, com trabéculas ou
lamelas em uma configuração irregular. O osso esponjoso é encontrado no interior dos ossos e é
importante para reduzir o peso do esqueleto, além de facilitar a produção de células sanguíneas
na medula óssea.

CELULAS OSSEASAs células ósseas desempenham papéis vitais na formação, manutenção e


remodelação do tecido ósseo. As principais células ósseas incluem:
1. *Osteoblastos:* Responsáveis pela formação de matriz óssea, os osteoblastos sintetizam e
depositam colágeno e minerais, desempenhando um papel fundamental na mineralização do
osso.2. *Osteócitos:* Essas células são osteoblastos maduros incorporados na matriz óssea. Elas
mantêm a homeostase óssea, respondendo a estímulos mecânicos e regulando a remodelação
óssea.3. *Osteoclastos:* Responsáveis pela reabsorção óssea, os osteoclastos quebram a matriz
óssea liberando minerais, colaborando assim na remodelação e equilíbrio mineral do esqueleto.
A medula óssea é um tecido esponjoso encontrado no interior dos ossos, principalmente ossos
longos e vértebras. Existem dois tipos de medula óssea: a vermelha e a amarela.
1. *Medula Óssea Vermelha:* É responsável pela produção de células sanguíneas, incluindo
glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Ela desempenha um papel vital no sistema
hematopoiético, sendo um local ativo de formação e maturação das células sanguíneas.
2. *Medula Óssea Amarela:* Composta principalmente por células adiposas, a medula óssea
amarela armazena gordura e serve como reserva de energia. Em situações de necessidade, como
em casos de anemia, a medula óssea amarela pode ser convertida novamente em medula óssea
vermelha para apoiar a produção de células sanguíneas.
Os ossos do carpo são os ossos da mão, localizados no pulso. Existem oito ossos do carpo, que
são:

CLASSIFICACAO DOS OSSOS


O esqueleto humano pode ser dividido em axial e apendicular.

• O esqueleto axial possui 80 ossos, fica no centro do corpo, sendo formado pelos ossos
da cabeça (crânio e face), coluna vertebral (vértebras), caixa torácica (costelas e
esterno) e osso hióide.
• O esqueleto apendicular apresenta 126 ossos, sendo formado pelos ossos dos
membros superiores e inferiores, e pelos ossos que formam os cíngulos superior
(cintura escapular) e inferior (cintura pélvica), que conectam os membros ao esqueleto
axial.
ESQUELETO AXIAL

1. Cabeça: Formando o crânio e a face, temos um total de 28 ossos. Esses ossos protegem
o encéfalo e estruturas associadas. São eles:
a) Ossos do crânio: Occipital (1 osso), parietal (2 ossos), frontal (1 osso), temporal
(2 ossos), esfenoide (1 osso) e etmoide (1 osso).
b) Ossos da face: Nasal (2 ossos), maxila (2 ossos), zigomático (2 ossos), mandíbula
(1 osso), lacrimal (2 ossos), palatino (2 ossos), vômer (1 osso) e conchas nasais
inferiores (2 ossos). Quanto aos ossículos auditivos: martelo (2 ossos), bigorna (2
ossos) e estribo (2 ossos).
2. Coluna Vertebral: Composta por 26 ossos (33 vértebras). A coluna garante a protecção
da medula espinhal.
a) Vértebras: 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 vértebras fusionadas
formando o sacro (sacrais) e 4 vértebras fusionadas formando o cóccix
(coccígicas).
Alguns autores consideram que a coluna vertebral tem um total de 33 ossos, chamados de
vértebras. Mas, devido ao facto de o sacro e cóccix serem constituídos por vértebras fundidas,
muitos autores consideram a coluna vertebral como sendo composta por 26 ossos.
3. Caixa torácica: Formada por 25 ossos, sendo 12 pares de costelas e 1 osso esterno,
que fica bem no meio da região torácica.
a) Costelas: Os 7 primeiros pares de costelas são denominados costelas verdadeiras
(se articulam directamente com o esterno), os pares 8, 9 e 10 denominam-se falsas
(não se articulam directamente com o esterno) e os últimos pares (11 e 12)
denominam-se flutuantes (não se articulam de nenhuma forma com o osso esterno).
b) Esterno: É um osso no qual se inserem alguns músculos das regiões adjacentes. É
composto por manúbrio, corpo e apendice xifoide.
4. Osso hióide: Osso sem articulação localizado na região compreendida entre a
mandíbula e a laringe, na região do pescoço. É o único osso do corpo humano que não
se articula directamente com nenhum outro. Possui o formato que lembra a letra U.
ESQUELETO APENDICULAR

1. Membros Superiores: Compostos por 64 ossos (incluindo a cintura escapular). Sendo:


a) Membros superiores: Úmero (2 ossos), rádio (2 ossos), ulna (2 ossos), carpo (16
ossos), metacarpo (10 ossos), falange proximal (10 ossos), falange média (8 ossos)
e falange distal (10 ossos).
Os ossos do carpo para cada mão são: escafóide, semilunar, piramidal, pisiforme, trapézio,
trapezóide, capitato e hamato.
b) Cíngulos dos membros superiores (cintura escapular): Escápula (2 ossos) e
clavícula (2 ossos).

2. Membros Inferiores: Compostos por 62 ossos (incluindo a cintura pélvica). Sendo:


a) Membros Inferiores: Fêmur (2 ossos), patela (2 ossos), tíbia (2 ossos), fíbula (2
ossos), tarso (14 ossos), metatarso (10 ossos), falange proximal (10 ossos), falange
média (8 ossos) e falange distal (10 ossos).
Os ossos do tarso para cada pé são: tálus, calcâneo, cubóide, navicular, cuneiforme medial,
cuneiforme intermédio e cuneiforme lateral.
b) Cíngulos dos Membros inferiores (cintura pélvica): É formado pelos ossos do
quadril – pelve (2 ossos). Esses ossos são formados pela junção embrionária de três
ossos que são íleo, ísquio e púbis e que se fundem em torno de uma cavidade, o
acetábulo. Apesar de serem nomeados em 3 estruturas (íleo, ísquio e púbis), são
contabilizados como apenas 1 osso, ou seja, apenas pelve.
Classificação dos ossos quanto a localização e forma

Segundo a localização topográfica dos ossos, podemos classificá-los em ossos axiais e


apendiculares. Os ossos axiais são aqueles que formam o eixo principal do corpo, é o caso dos
ossos da cabeça, do pescoço e do tronco, enquanto que os ossos apendiculares formam os
apêndices do corpo, isto é, estão localizados nos membros superiores e nos membros inferiores.
Quanto à forma, os ossos apresentam ser: longos, curtos, planos, irregulares, sesamóides e
suturais ou wormianos.

• Os ossos longos apresentam um comprimento que sobressai as demais medidas e como


exemplo, podem-se citar a tíbia, o úmero e o fêmur.
• Os ossos curtos têm comprimento e largura semelhantes e como exemplo, podem-se
citar ossos carpais e tarsais.
• Os ossos planos são finos, em forma de lâmina e possuem três camadas, a externa e a
interna de tecido ósseo compacto e a camada intermediária de tecido ósseo esponjoso
(díploe) e como exemplo, têm-se os ossos do crânio.
• Os ossos irregulares apresentam formas complexas, como exemplo, têm-se os ossos da
coluna vertebral.
• Os ossos sesamóides se desenvolvem em regiões de tendão com grande atrito. Como
exemplo, têm-se a rótula ou patela.
• Os ossos wormianos são pequenos ossículos, de número variado de pessoa para pessoa
e localizados entre as suturas dos ossos do crânio (intra-suturais).

ARTICULAÇÕES

As articulações (junturas) podem ser definidas como local de união entre dois ou mais ossos e
as cartilagens que constituem o esqueleto. Algumas articulações permitem a movimentação do
nosso esqueleto, sendo fundamental frisar que nem todas realizam tal função.
Classificação das articulações
As articulações do corpo humano podem ser classificadas de acordo com sua estrutura
(material encontrado entre os ossos) e função (grau de movimentação).

• Quanto à estrutura, elas são divididas em três principais tipos: fibrosas, cartilaginosas
e sinoviais.
• Quanto à função, as articulações podem ser classificadas como sinartroses (imóveis),
anfiartroses (ligeiramente móveis/semimóveis) e diartroses (móveis).
Porém, os dois tipos de classificação se correlacionam:
✓ as sinartroses são fibrosas;
✓ as anfiartroses são cartilaginosas; e
✓ as diartroses são sinoviais.

1. Articulação fibrosa
Uma articulação fibrosa é frequentemente uma articulação fixa e é onde o tecido fibroso,
composto principalmente de colágeno, conecta os ossos. As articulações fibrosas geralmente são
imóveis (sinartroses) e não possuem cavidade articular. Eles são subdivididos em: suturas,
gonfoses e sindesmoses.
a) Suturas são articulações imóveis que ocorrem entre os ossos do crânio.
b) As gonfoses são as articulações imóveis entre os dentes e suas cavidades na mandíbula
e maxila. O ligamento periodontal é o tecido fibroso que liga o dente ao alvéolo
dentário.
c) A sindesmose une os ossos com uma lâmina de tecido fibroso, um ligamento ou uma
membrana fibrosa. Esse tipo de articulação é parcialmente móvel. Nas articulações do
tipo sindesmose, os dois ossos são mantidos juntos por uma membrana interóssea. Por
exemplo, a tíbia conecta-se à fíbula, formando a articulação tibiofibular, e a ulna se liga
ao rádio, formando a articulação rádio-ulnar.

2. Articulação cartilaginosa
Nas articulações cartilaginosas, os ossos são fixados por cartilagem hialina ou fibrocartilagem.
Com base no tipo de cartilagem envolvida, as articulações são ainda classificadas como
articulações cartilaginosas primárias e secundárias.
a) As articulações cartilaginosas primárias, também conhecidas como sincondroses,
envolvem apenas cartilagem hialina. Estas articulações podem ser ligeiramente móveis
ou imóveis. A articulação entre a epífise e a diáfise de um osso longo em crescimento é
um exemplo de uma articulação do tipo sincondrose.
b) A articulação cartilaginosa secundária, também conhecida como sínfise, envolvem
fibrocartilagem. Essas articulações são levemente móveis. Um exemplo clássico é a
sínfise púbica.
3. Articulação sinovial
As articulações sinoviais são móveis (diartroses) e são frequentemente consideradas as
principais articulações funcionais do corpo. A presença de uma cavidade articular é o que
caracteriza a articulação sinovial. Essa cavidade é circundada por uma cápsula articular, que é
um tecido conjuntivo fibroso, preso a cada osso que participa da articulação, um pouco além da
sua superfície articular. A cavidade articular é preenchida com líquido sinovial, secretado pela
membrana sinovial (sinóvia) que reveste o interior da cápsula articular.
As articulações sinoviais são frequentemente classificadas pelo tipo de movimentos que
permitem. Existem seis tipos: gínglimo (cotovelo), selar (articulação carpometacárpica), plana
(articulação acromioclavicular), pivô (articulação atlanto-axial), condilar (articulação
metacarpofalângica) e esferoide (articulação do quadril).
a) Gínglimo ou dobradiça: superfícies articulares presentes na forma de dobras. Este tipo
de articulação é uniaxial (monoaxial) porque permite apenas o movimento em um eixo.
Exemplos incluem as articulações do cotovelo, joelho, tornozelo e interfalângicas.
b) Trocoide ou pivô: rotação entre processos em forma de pivô com um em forma de anel.
Esse tipo de articulação é uniaxial porque, embora o osso gire dentro desse anel, ele o
faz em torno de um único eixo.
Um exemplo seria a articulação atlantoaxial entre C1 (atlas) e C2 (áxis) das vértebras.
c) Plana: superfícies articulares são planas ou ligeiramente curvas. Este tipo de articulação
é multiaxial porque permite muitos movimentos.
Exemplos incluem articulações intercarpais, articulações intertarsais e a articulação
acromioclavicular.
d) Elipsoide ou condilar: superfícies ósseas com forma elíptica, ou na presença de
côndilos. Este tipo de articulação é biaxial porque permite dois eixos de movimento:
flexão / extensão e abdução / adução.
Um exemplo são as articulações metacarpofalângicas da mão entre o metacarpo distal e a
falange proximal.
e) Selar: encaixe em sela entre superfícies ósseas côncavas e convexas. Esse tipo de
articulação é biaxial.
Um exemplo é a primeira articulação carpometacarpiana entre o trapézio (carpal) e o primeiro
osso metacarpiano do polegar.
f) Esferoide: superfícies ósseas com morfologia esférica. Este tipo de articulação é triaxial
(multiaxial), permite: flexão / extensão, abdução / adução e rotação.
As duas únicas articulações esferoides do corpo são os quadris e o ombro (glenoumeral).

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