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OSSOS
*Osso Compacto:* Este tipo é caracterizado pela disposição regular e densa das lamelas. Ele
forma a camada externa dos ossos e fornece resistência e suporte estrutural.
2. *Osso Esponjoso (ou trabecular):* Possui uma estrutura mais porosa, com trabéculas ou
lamelas em uma configuração irregular. O osso esponjoso é encontrado no interior dos ossos e é
importante para reduzir o peso do esqueleto, além de facilitar a produção de células sanguíneas
na medula óssea.
• O esqueleto axial possui 80 ossos, fica no centro do corpo, sendo formado pelos ossos
da cabeça (crânio e face), coluna vertebral (vértebras), caixa torácica (costelas e
esterno) e osso hióide.
• O esqueleto apendicular apresenta 126 ossos, sendo formado pelos ossos dos
membros superiores e inferiores, e pelos ossos que formam os cíngulos superior
(cintura escapular) e inferior (cintura pélvica), que conectam os membros ao esqueleto
axial.
ESQUELETO AXIAL
1. Cabeça: Formando o crânio e a face, temos um total de 28 ossos. Esses ossos protegem
o encéfalo e estruturas associadas. São eles:
a) Ossos do crânio: Occipital (1 osso), parietal (2 ossos), frontal (1 osso), temporal
(2 ossos), esfenoide (1 osso) e etmoide (1 osso).
b) Ossos da face: Nasal (2 ossos), maxila (2 ossos), zigomático (2 ossos), mandíbula
(1 osso), lacrimal (2 ossos), palatino (2 ossos), vômer (1 osso) e conchas nasais
inferiores (2 ossos). Quanto aos ossículos auditivos: martelo (2 ossos), bigorna (2
ossos) e estribo (2 ossos).
2. Coluna Vertebral: Composta por 26 ossos (33 vértebras). A coluna garante a protecção
da medula espinhal.
a) Vértebras: 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 vértebras fusionadas
formando o sacro (sacrais) e 4 vértebras fusionadas formando o cóccix
(coccígicas).
Alguns autores consideram que a coluna vertebral tem um total de 33 ossos, chamados de
vértebras. Mas, devido ao facto de o sacro e cóccix serem constituídos por vértebras fundidas,
muitos autores consideram a coluna vertebral como sendo composta por 26 ossos.
3. Caixa torácica: Formada por 25 ossos, sendo 12 pares de costelas e 1 osso esterno,
que fica bem no meio da região torácica.
a) Costelas: Os 7 primeiros pares de costelas são denominados costelas verdadeiras
(se articulam directamente com o esterno), os pares 8, 9 e 10 denominam-se falsas
(não se articulam directamente com o esterno) e os últimos pares (11 e 12)
denominam-se flutuantes (não se articulam de nenhuma forma com o osso esterno).
b) Esterno: É um osso no qual se inserem alguns músculos das regiões adjacentes. É
composto por manúbrio, corpo e apendice xifoide.
4. Osso hióide: Osso sem articulação localizado na região compreendida entre a
mandíbula e a laringe, na região do pescoço. É o único osso do corpo humano que não
se articula directamente com nenhum outro. Possui o formato que lembra a letra U.
ESQUELETO APENDICULAR
ARTICULAÇÕES
As articulações (junturas) podem ser definidas como local de união entre dois ou mais ossos e
as cartilagens que constituem o esqueleto. Algumas articulações permitem a movimentação do
nosso esqueleto, sendo fundamental frisar que nem todas realizam tal função.
Classificação das articulações
As articulações do corpo humano podem ser classificadas de acordo com sua estrutura
(material encontrado entre os ossos) e função (grau de movimentação).
• Quanto à estrutura, elas são divididas em três principais tipos: fibrosas, cartilaginosas
e sinoviais.
• Quanto à função, as articulações podem ser classificadas como sinartroses (imóveis),
anfiartroses (ligeiramente móveis/semimóveis) e diartroses (móveis).
Porém, os dois tipos de classificação se correlacionam:
✓ as sinartroses são fibrosas;
✓ as anfiartroses são cartilaginosas; e
✓ as diartroses são sinoviais.
1. Articulação fibrosa
Uma articulação fibrosa é frequentemente uma articulação fixa e é onde o tecido fibroso,
composto principalmente de colágeno, conecta os ossos. As articulações fibrosas geralmente são
imóveis (sinartroses) e não possuem cavidade articular. Eles são subdivididos em: suturas,
gonfoses e sindesmoses.
a) Suturas são articulações imóveis que ocorrem entre os ossos do crânio.
b) As gonfoses são as articulações imóveis entre os dentes e suas cavidades na mandíbula
e maxila. O ligamento periodontal é o tecido fibroso que liga o dente ao alvéolo
dentário.
c) A sindesmose une os ossos com uma lâmina de tecido fibroso, um ligamento ou uma
membrana fibrosa. Esse tipo de articulação é parcialmente móvel. Nas articulações do
tipo sindesmose, os dois ossos são mantidos juntos por uma membrana interóssea. Por
exemplo, a tíbia conecta-se à fíbula, formando a articulação tibiofibular, e a ulna se liga
ao rádio, formando a articulação rádio-ulnar.
2. Articulação cartilaginosa
Nas articulações cartilaginosas, os ossos são fixados por cartilagem hialina ou fibrocartilagem.
Com base no tipo de cartilagem envolvida, as articulações são ainda classificadas como
articulações cartilaginosas primárias e secundárias.
a) As articulações cartilaginosas primárias, também conhecidas como sincondroses,
envolvem apenas cartilagem hialina. Estas articulações podem ser ligeiramente móveis
ou imóveis. A articulação entre a epífise e a diáfise de um osso longo em crescimento é
um exemplo de uma articulação do tipo sincondrose.
b) A articulação cartilaginosa secundária, também conhecida como sínfise, envolvem
fibrocartilagem. Essas articulações são levemente móveis. Um exemplo clássico é a
sínfise púbica.
3. Articulação sinovial
As articulações sinoviais são móveis (diartroses) e são frequentemente consideradas as
principais articulações funcionais do corpo. A presença de uma cavidade articular é o que
caracteriza a articulação sinovial. Essa cavidade é circundada por uma cápsula articular, que é
um tecido conjuntivo fibroso, preso a cada osso que participa da articulação, um pouco além da
sua superfície articular. A cavidade articular é preenchida com líquido sinovial, secretado pela
membrana sinovial (sinóvia) que reveste o interior da cápsula articular.
As articulações sinoviais são frequentemente classificadas pelo tipo de movimentos que
permitem. Existem seis tipos: gínglimo (cotovelo), selar (articulação carpometacárpica), plana
(articulação acromioclavicular), pivô (articulação atlanto-axial), condilar (articulação
metacarpofalângica) e esferoide (articulação do quadril).
a) Gínglimo ou dobradiça: superfícies articulares presentes na forma de dobras. Este tipo
de articulação é uniaxial (monoaxial) porque permite apenas o movimento em um eixo.
Exemplos incluem as articulações do cotovelo, joelho, tornozelo e interfalângicas.
b) Trocoide ou pivô: rotação entre processos em forma de pivô com um em forma de anel.
Esse tipo de articulação é uniaxial porque, embora o osso gire dentro desse anel, ele o
faz em torno de um único eixo.
Um exemplo seria a articulação atlantoaxial entre C1 (atlas) e C2 (áxis) das vértebras.
c) Plana: superfícies articulares são planas ou ligeiramente curvas. Este tipo de articulação
é multiaxial porque permite muitos movimentos.
Exemplos incluem articulações intercarpais, articulações intertarsais e a articulação
acromioclavicular.
d) Elipsoide ou condilar: superfícies ósseas com forma elíptica, ou na presença de
côndilos. Este tipo de articulação é biaxial porque permite dois eixos de movimento:
flexão / extensão e abdução / adução.
Um exemplo são as articulações metacarpofalângicas da mão entre o metacarpo distal e a
falange proximal.
e) Selar: encaixe em sela entre superfícies ósseas côncavas e convexas. Esse tipo de
articulação é biaxial.
Um exemplo é a primeira articulação carpometacarpiana entre o trapézio (carpal) e o primeiro
osso metacarpiano do polegar.
f) Esferoide: superfícies ósseas com morfologia esférica. Este tipo de articulação é triaxial
(multiaxial), permite: flexão / extensão, abdução / adução e rotação.
As duas únicas articulações esferoides do corpo são os quadris e o ombro (glenoumeral).