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CASSIN, Barbara. Elogio da Tradução: Complicar o Universal.

São Paulo: Editora


Unesp, 2019.

A introdução do prefácio ressalta a importância da obra em um momento em que a tradução está


cada vez mais presente em nossas vidas, seja em razão das viagens internacionais, dos intercâmbios
culturais ou da crescente interconexão global. Como aponta o tradutor da edição brasileira, Paulo
Henrique Britto, "a tradução é um aspecto fundamental da cultura contemporânea, pois ela permite
a comunicação entre línguas e culturas diferentes e, por isso, desempenha um papel essencial na
formação da nossa identidade cultural" (Cassin, 2019, p. 9).

Ao longo do prefácio, Cassin aborda diversas questões relacionadas à tradução, destacando sua
importância para a compreensão das diferenças culturais e a necessidade de uma abordagem mais
crítica e reflexiva sobre o tema. Como afirma a autora, "a tradução nos permite sair do nosso
próprio mundo e entrar em contato com outros mundos, outras formas de vida, outras formas de
pensamento" (Cassin, 2019, p. 10).

Em um dos trechos mais interessantes do prefácio, Cassin discorre sobre a relação entre tradução e
filosofia, ressaltando a importância da tradução na construção do pensamento filosófico. Segundo
ela, "a filosofia não é apenas uma questão de ideias, mas também uma questão de palavras e de
línguas" (Cassin, 2019, p. 11). Para a autora, a tradução é um instrumento fundamental para a
compreensão e a disseminação do pensamento filosófico, especialmente em um mundo cada vez
mais multicultural e multilíngue.

Outro ponto importante abordado no prefácio é a necessidade de uma abordagem crítica e reflexiva
sobre a tradução, especialmente em um contexto em que a globalização e a homogeneização
cultural podem ameaçar a diversidade e a riqueza das diferentes línguas e culturas. Como afirma
Cassin, "a tradução é um gesto político e cultural que pode reforçar ou minar as hierarquias entre as
línguas e as culturas" (Cassin, 2019, p. 12). Nesse sentido, é importante estar atento às relações de
poder envolvidas na tradução e buscar formas de promover uma tradução mais justa e equilibrada.
Por fim, o prefácio destaca a importância da obra de Cassin para a reflexão crítica sobre a tradução
e sua relação com a cultura e o pensamento. Como afirma Paulo Henrique Britto, "este livro é um
convite para pensarmos a tradução de forma mais ampla e reflexiva, como um gesto que não apenas
facilita a comunicação entre as culturas, mas que também enriquece a nossa compreensão do mundo
e de nós mesmos" (Cassin, 2019, p. 15

Por fim, o prefácio destaca a importância da obra de Cassin para a reflexão crítica sobre a tradução
e sua relação com a cultura e o pensamento. Como afirma Paulo Henrique Britto, "este livro é um
convite para pensarmos a tradução de forma mais ampla e reflexiva, como um gesto que não apenas
facilita a comunicação entre as culturas, mas que também enriquece a nossa compreensão do mundo
e de nós mesmos" (Cassin, 2019, p. 15
Essa afirmação de Paulo Henrique Britto resume bem a importância da obra de Barbara Cassin para
o debate sobre a tradução e seu papel na construção do conhecimento e da identidade cultural. Ao
destacar a necessidade de uma reflexão crítica e ampla sobre a tradução, Cassin nos convida a
repensar nossa compreensão do mundo e a valorizar a diversidade linguística e cultural que nos
rodeia.

Em suma, o prefácio à edição brasileira de "Elogio da Tradução: Complicar o Universal" apresenta


uma análise profunda e reflexiva sobre a importância da tradução na construção da identidade
cultural e no enriquecimento da compreensão do mundo. Ao enfatizar a necessidade de uma
abordagem crítica e consciente sobre a tradução, a obra de Cassin nos convida a refletir sobre nossa
relação com as línguas e as culturas que nos cercam e a valorizar a diversidade que nos torna únicos
e enriquece nossa experiência como seres humanos.
A "Advertência" de "Elogio da Tradução: Complicar o Universal" é uma parte importante da obra
de Barbara Cassin, pois apresenta os principais pontos de reflexão sobre a tradução e seu papel na
construção do conhecimento e da identidade cultural. Nesta seção, a autora estabelece os
fundamentos teóricos e metodológicos que guiam seu pensamento sobre a tradução e apresenta as
principais questões que serão abordadas no livro.

Inicialmente, Cassin questiona a suposta neutralidade da linguagem e argumenta que a tradução é


um ato interpretativo que está sempre inserido em uma perspectiva cultural e ideológica. Como
afirma a autora, "a tradução não é uma operação puramente técnica, que consiste em transportar um
texto de uma língua para outra, mas implica uma escolha, uma seleção e uma interpretação"
(Cassin, 2019, p. 22). Nesse sentido, a tradução é sempre um ato político e cultural que envolve
escolhas e interpretações que refletem as relações de poder e os valores de uma determinada cultura.

Além disso, Cassin destaca a importância da tradução para a compreensão do outro e para a
construção do conhecimento. Segundo a autora, a tradução é um gesto que permite a comunicação
entre as culturas e que enriquece nossa compreensão do mundo. Como afirma Cassin, "a tradução
nos ensina que não há identidade pura, que toda identidade é relacional e que a relação se constrói
pela diferença e pela tradução" (Cassin, 2019, p. 24). Nesse sentido, a tradução é um gesto que nos
permite reconhecer a diversidade cultural e linguística que nos rodeia e que nos ajuda a construir
uma compreensão mais rica e complexa do mundo.

Outro ponto destacado na "Advertência" é a importância da crítica da tradução e da reflexão sobre


os pressupostos e as implicações políticas e culturais da prática tradutória. Cassin argumenta que a
reflexão crítica sobre a tradução é fundamental para evitar a reprodução de estereótipos e
preconceitos culturais e para promover a construção de uma perspectiva mais plural e democrática.
Como afirma a autora, "a crítica da tradução implica em uma desnaturalização da língua e do
sentido e em uma reconstrução das relações de poder e de sentido que estão subjacentes à prática
tradutória" (Cassin, 2019, p. 25). Nesse sentido, a crítica da tradução é um gesto político e ético que
nos permite construir relações mais justas e democráticas entre as culturas e as línguas.

Por fim, Cassin destaca a importância da abertura para a diferença e para a complexidade que a
prática tradutória exige. Segundo a autora, a tradução implica em uma abertura para a alteridade e
para a multiplicidade de sentidos que cada palavra e cada texto podem ter. Como afirma Cassin, "a
tradução é um gesto que nos ensina a não reduzir o outro a nossas próprias categorias, mas a acolher
e a valorizar a diferença".

Cassin argumenta que a tradução é um gesto que exige abertura para a complexidade e a
diversidade cultural e que, por isso, é uma prática que nos permite construir pontes entre as culturas
e as línguas. Como afirma a autora, "a tradução é um gesto que nos desafia a reconhecer a
complexidade e a multiplicidade de sentidos que cada palavra e cada texto podem ter, e que nos
ajuda a construir uma compreensão mais rica e plural do mundo" (Cassin, 2019, p. 26). Nesse
sentido, a tradução é uma prática que nos ensina a acolher e a valorizar a diferença, a reconhecer a
diversidade cultural e a construir relações mais democráticas e justas entre as culturas e as línguas.

Em resumo, a "Advertência" de "Elogio da Tradução: Complicar o Universal" apresenta os


principais fundamentos teóricos e metodológicos que guiam a reflexão de Barbara Cassin sobre a
tradução e destaca a importância da prática tradutória para a construção do conhecimento e da
identidade cultural. A autora argumenta que a tradução é um gesto político e cultural que exige
abertura para a diferença e para a complexidade, e que nos permite construir relações mais justas e
democráticas entre as culturas e as línguas. Por isso, a reflexão crítica sobre a tradução e a
valorização da diversidade cultural são fundamentais para a construção de um mundo mais plural e
democrático.
O primeiro capítulo de "Elogio da Tradução: Complicar o Universal", intitulado "Elogio dos
intraduzíveis", traz reflexões sobre a natureza dos termos intraduzíveis e a importância desses
termos para a compreensão e a valorização da diversidade cultural. Barbara Cassin argumenta que a
tradução, por vezes, é incapaz de transmitir completamente o significado de certas palavras ou
expressões de uma língua para outra, e que esses termos intraduzíveis são importantes para a
compreensão da cultura e do pensamento que os gerou.

Segundo Cassin, "a questão dos intraduzíveis é a questão da diferença, ou seja, da diversidade das
línguas, das culturas e das formas de pensamento" (Cassin, 2019, p. 41). A autora argumenta que os
termos intraduzíveis são importantes porque representam a singularidade de uma língua ou de uma
cultura, e que a tentativa de traduzi-los completamente pode levar a uma perda da complexidade e
da riqueza da cultura que os gerou. Como afirma a autora, "o intraduzível é a prova da singularidade
de uma língua, de uma cultura e de uma forma de pensamento" (Cassin, 2019, p. 48).

A partir dessas reflexões, Cassin propõe uma abordagem da tradução que valorize os termos
intraduzíveis e que reconheça a diversidade cultural e linguística como uma riqueza a ser
preservada. A autora argumenta que a tradução não deve ser vista como uma simples transposição
de um texto de uma língua para outra, mas como um diálogo intercultural que valorize as diferenças
e as singularidades de cada cultura e de cada língua. Como afirma a autora, "a tradução é um gesto
que não deve visar à uniformização, mas que deve valorizar a diversidade cultural e linguística
como uma riqueza a ser preservada" (Cassin, 2019, p. 60).

A partir dessas reflexões, Cassin propõe uma reavaliação do papel da tradução na construção do
conhecimento e da identidade cultural, e defende a importância de uma abordagem da tradução que
valorize a singularidade de cada língua e de cada cultura. Segundo a autora, "a tradução é um gesto
que nos permite construir pontes entre as culturas e as línguas, e que nos ensina a valorizar a
diferença e a complexidade das formas de pensamento que geraram essas línguas e culturas"
(Cassin, 2019, p. 75).

Em resumo, o capítulo "Elogio dos intraduzíveis" de "Elogio da Tradução: Complicar o Universal"


apresenta reflexões sobre a importância dos termos intraduzíveis para a compreensão e a
valorização da diversidade cultural, e propõe uma abordagem da tradução que valorize as
singularidades de cada língua e de cada cultura. Barbara Cassin argumenta que a tradução não deve
ser vista como uma simples transposição de um texto de uma língua para outra, mas como um
diálogo intercultural que valorize as diferenças e as singularidades de cada cultura

Principais pontos abordados no capítulo 1, "Elogio dos Intraduzíveis", da obra "Elogio da


Tradução" de Barbara Cassin:
1.º A diversidade das línguas e a impossibilidade de se traduzir completamente de uma língua para
outra
2.º A importância de se compreender as diferenças culturais por meio da língua e de sua tradução
3.º A relação entre a língua e o pensamento, e como a tradução pode ampliar nossa compreensão do
mundo e de nós mesmos
4.º A ideia de que há elementos de uma língua que são intraduzíveis, como jogos de palavras,
trocadilhos, neologismos e expressões idiomáticas
5.º A importância de se levar em conta o contexto cultural em que um texto foi produzido e como
isso pode influenciar a compreensão e a tradução do texto
6.º A ideia de que a tradução não é apenas uma questão técnica de transferência de significados entre
línguas, mas também uma questão de escolha, interpretação e criação de novos sentidos
7.º A importância de se reconhecer e valorizar a diversidade cultural e linguística, e de se buscar a
compreensão mútua por meio da tradução e do diálogo intercultural.

A conclusão principal que podemos tirar do capítulo 1, "Elogio dos Intraduzíveis", da obra "Elogio
da Tradução" de Barbara Cassin é que a tradução é um processo complexo e multifacetado que
envolve não apenas a transferência de significados de uma língua para outra, mas também a
compreensão do contexto cultural em que um texto foi produzido e a criação de novos sentidos a
partir desse contexto. Além disso, a autora enfatiza que a língua é uma parte fundamental da nossa
compreensão do mundo e de nós mesmos, e que a tradução pode nos ajudar a ampliar essa
compreensão por meio da abertura para a diferença e para a multiplicidade de sentidos que cada
palavra e cada texto podem ter.
Outra conclusão importante é que a tradução pode ser vista como uma forma de diálogo
intercultural e de valorização da diversidade linguística e cultural, uma vez que nos permite entrar
em contato com outras formas de pensar e de ver o mundo, e nos ensina a acolher e a valorizar a
diferença. Por fim, a autora ressalta que a tradução não é uma questão simples de transposição de
significados de uma língua para outra, mas sim uma questão de escolha, interpretação e criação, que
envolve sempre uma certa dose de risco e de incerteza.

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