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Ao longo do prefácio, Cassin aborda diversas questões relacionadas à tradução, destacando sua
importância para a compreensão das diferenças culturais e a necessidade de uma abordagem mais
crítica e reflexiva sobre o tema. Como afirma a autora, "a tradução nos permite sair do nosso
próprio mundo e entrar em contato com outros mundos, outras formas de vida, outras formas de
pensamento" (Cassin, 2019, p. 10).
Em um dos trechos mais interessantes do prefácio, Cassin discorre sobre a relação entre tradução e
filosofia, ressaltando a importância da tradução na construção do pensamento filosófico. Segundo
ela, "a filosofia não é apenas uma questão de ideias, mas também uma questão de palavras e de
línguas" (Cassin, 2019, p. 11). Para a autora, a tradução é um instrumento fundamental para a
compreensão e a disseminação do pensamento filosófico, especialmente em um mundo cada vez
mais multicultural e multilíngue.
Outro ponto importante abordado no prefácio é a necessidade de uma abordagem crítica e reflexiva
sobre a tradução, especialmente em um contexto em que a globalização e a homogeneização
cultural podem ameaçar a diversidade e a riqueza das diferentes línguas e culturas. Como afirma
Cassin, "a tradução é um gesto político e cultural que pode reforçar ou minar as hierarquias entre as
línguas e as culturas" (Cassin, 2019, p. 12). Nesse sentido, é importante estar atento às relações de
poder envolvidas na tradução e buscar formas de promover uma tradução mais justa e equilibrada.
Por fim, o prefácio destaca a importância da obra de Cassin para a reflexão crítica sobre a tradução
e sua relação com a cultura e o pensamento. Como afirma Paulo Henrique Britto, "este livro é um
convite para pensarmos a tradução de forma mais ampla e reflexiva, como um gesto que não apenas
facilita a comunicação entre as culturas, mas que também enriquece a nossa compreensão do mundo
e de nós mesmos" (Cassin, 2019, p. 15
Por fim, o prefácio destaca a importância da obra de Cassin para a reflexão crítica sobre a tradução
e sua relação com a cultura e o pensamento. Como afirma Paulo Henrique Britto, "este livro é um
convite para pensarmos a tradução de forma mais ampla e reflexiva, como um gesto que não apenas
facilita a comunicação entre as culturas, mas que também enriquece a nossa compreensão do mundo
e de nós mesmos" (Cassin, 2019, p. 15
Essa afirmação de Paulo Henrique Britto resume bem a importância da obra de Barbara Cassin para
o debate sobre a tradução e seu papel na construção do conhecimento e da identidade cultural. Ao
destacar a necessidade de uma reflexão crítica e ampla sobre a tradução, Cassin nos convida a
repensar nossa compreensão do mundo e a valorizar a diversidade linguística e cultural que nos
rodeia.
Além disso, Cassin destaca a importância da tradução para a compreensão do outro e para a
construção do conhecimento. Segundo a autora, a tradução é um gesto que permite a comunicação
entre as culturas e que enriquece nossa compreensão do mundo. Como afirma Cassin, "a tradução
nos ensina que não há identidade pura, que toda identidade é relacional e que a relação se constrói
pela diferença e pela tradução" (Cassin, 2019, p. 24). Nesse sentido, a tradução é um gesto que nos
permite reconhecer a diversidade cultural e linguística que nos rodeia e que nos ajuda a construir
uma compreensão mais rica e complexa do mundo.
Por fim, Cassin destaca a importância da abertura para a diferença e para a complexidade que a
prática tradutória exige. Segundo a autora, a tradução implica em uma abertura para a alteridade e
para a multiplicidade de sentidos que cada palavra e cada texto podem ter. Como afirma Cassin, "a
tradução é um gesto que nos ensina a não reduzir o outro a nossas próprias categorias, mas a acolher
e a valorizar a diferença".
Cassin argumenta que a tradução é um gesto que exige abertura para a complexidade e a
diversidade cultural e que, por isso, é uma prática que nos permite construir pontes entre as culturas
e as línguas. Como afirma a autora, "a tradução é um gesto que nos desafia a reconhecer a
complexidade e a multiplicidade de sentidos que cada palavra e cada texto podem ter, e que nos
ajuda a construir uma compreensão mais rica e plural do mundo" (Cassin, 2019, p. 26). Nesse
sentido, a tradução é uma prática que nos ensina a acolher e a valorizar a diferença, a reconhecer a
diversidade cultural e a construir relações mais democráticas e justas entre as culturas e as línguas.
Segundo Cassin, "a questão dos intraduzíveis é a questão da diferença, ou seja, da diversidade das
línguas, das culturas e das formas de pensamento" (Cassin, 2019, p. 41). A autora argumenta que os
termos intraduzíveis são importantes porque representam a singularidade de uma língua ou de uma
cultura, e que a tentativa de traduzi-los completamente pode levar a uma perda da complexidade e
da riqueza da cultura que os gerou. Como afirma a autora, "o intraduzível é a prova da singularidade
de uma língua, de uma cultura e de uma forma de pensamento" (Cassin, 2019, p. 48).
A partir dessas reflexões, Cassin propõe uma abordagem da tradução que valorize os termos
intraduzíveis e que reconheça a diversidade cultural e linguística como uma riqueza a ser
preservada. A autora argumenta que a tradução não deve ser vista como uma simples transposição
de um texto de uma língua para outra, mas como um diálogo intercultural que valorize as diferenças
e as singularidades de cada cultura e de cada língua. Como afirma a autora, "a tradução é um gesto
que não deve visar à uniformização, mas que deve valorizar a diversidade cultural e linguística
como uma riqueza a ser preservada" (Cassin, 2019, p. 60).
A partir dessas reflexões, Cassin propõe uma reavaliação do papel da tradução na construção do
conhecimento e da identidade cultural, e defende a importância de uma abordagem da tradução que
valorize a singularidade de cada língua e de cada cultura. Segundo a autora, "a tradução é um gesto
que nos permite construir pontes entre as culturas e as línguas, e que nos ensina a valorizar a
diferença e a complexidade das formas de pensamento que geraram essas línguas e culturas"
(Cassin, 2019, p. 75).
A conclusão principal que podemos tirar do capítulo 1, "Elogio dos Intraduzíveis", da obra "Elogio
da Tradução" de Barbara Cassin é que a tradução é um processo complexo e multifacetado que
envolve não apenas a transferência de significados de uma língua para outra, mas também a
compreensão do contexto cultural em que um texto foi produzido e a criação de novos sentidos a
partir desse contexto. Além disso, a autora enfatiza que a língua é uma parte fundamental da nossa
compreensão do mundo e de nós mesmos, e que a tradução pode nos ajudar a ampliar essa
compreensão por meio da abertura para a diferença e para a multiplicidade de sentidos que cada
palavra e cada texto podem ter.
Outra conclusão importante é que a tradução pode ser vista como uma forma de diálogo
intercultural e de valorização da diversidade linguística e cultural, uma vez que nos permite entrar
em contato com outras formas de pensar e de ver o mundo, e nos ensina a acolher e a valorizar a
diferença. Por fim, a autora ressalta que a tradução não é uma questão simples de transposição de
significados de uma língua para outra, mas sim uma questão de escolha, interpretação e criação, que
envolve sempre uma certa dose de risco e de incerteza.