A memória discursiva e a formação discursiva são conceitos essenciais na tradução. A memória discursiva fornece referências e nuances que enriquecem a compreensão do tradutor e influenciam suas escolhas. Ao mesmo tempo, a formação discursiva molda a produção e circulação dos discursos. Juntos, esses elementos fazem da tradução um diálogo dinâmico entre línguas e culturas ao longo do tempo.
A memória discursiva e a formação discursiva são conceitos essenciais na tradução. A memória discursiva fornece referências e nuances que enriquecem a compreensão do tradutor e influenciam suas escolhas. Ao mesmo tempo, a formação discursiva molda a produção e circulação dos discursos. Juntos, esses elementos fazem da tradução um diálogo dinâmico entre línguas e culturas ao longo do tempo.
A memória discursiva e a formação discursiva são conceitos essenciais na tradução. A memória discursiva fornece referências e nuances que enriquecem a compreensão do tradutor e influenciam suas escolhas. Ao mesmo tempo, a formação discursiva molda a produção e circulação dos discursos. Juntos, esses elementos fazem da tradução um diálogo dinâmico entre línguas e culturas ao longo do tempo.
Ao explorarmos os meandros da linguagem e da comunicação, deparamo-nos com dois
conceitos essenciais: memória discursiva e formação discursiva. A memória discursiva é como um depósito dinâmico de lembranças e registros linguísticos em uma comunidade, sendo um reflexo vivo da evolução dos discursos ao longo do tempo. Ao mesmo tempo, a formação discursiva proposta por Michel Foucault delineia as regras, as práticas e as condições sociais que moldam a produção e a circulação dos discursos num determinado período. Assim, a intersecção da memória discursiva e da formação discursiva torna-se particularmente clara na prática tradutória, onde esses elementos estão intrinsecamente entrelaçados e influenciam diretamente as escolhas e a interpretação do tradutor. Em decorrência disso, a memória discursiva, intrinsecamente vinculada à formação discursiva, surge como um fio condutor essencial na tradução, estendendo seus reflexos além do horizonte temporal. Como destaca Michel Foucault, "a memória é o tecido do tempo, é o espelho onde o passado repousa, refletindo-se incessantemente no presente" (FOUCAULT, 1969). Essa reflexão reflete intensamente na profissão do tradutor, na qual a memória não é apenas um depósito estático, mas um catalisador dinâmico que informa escolhas cruciais, moldando a maneira em que se organiza as palavras entre idiomas distintos. Assim sendo, a formação discursiva do tradutor, tomada por essa estrutura mnemônica, desdobra-se como um diálogo constante entre línguas e culturas, conectando tempos e espaços diversos. Paul Ricoeur, ao explorar o intricado relacionamento entre memória e esquecimento, destaca que "traduzir é também lembrar, é evocar a memória de uma língua e transportá-la para o domínio de outra" (RICOEUR, 2000). Nesse sentido, a memória discursiva assume o papel de um guia sensível, influenciando a seleção de equivalentes e a preservação da riqueza semântica e cultural. Da mesma forma, na tradução, a memória não apenas preserva as palavras, mas também ressoa com a essência do discurso original, criando uma consonância de significados que transcende as barreiras linguísticas. A tradução, portanto, não é uma simples transferência, mas uma interpretação ativa que tenta preservar a autenticidade do texto original. A memória discursiva, assim, se revela como uma aliada fundamental, fornecendo referências e nuances que enriquecem a compreensão do tradutor e conferem profundidade à sua interpretação. Em vista disso, a relação entre memória discursiva e formação discursiva adquire uma dimensão poética na tradução, na qual cada palavra é um elo entre passado e presente, entre culturas que se entrelaçam. Ao estudar os vestígios da memória, o tradutor não apenas realiza um trabalho técnico, mas também cria pontes entre culturas e povos, respeitando a diversidade linguística e cultural característica do seu trabalho. Em suma, a relação entre memória discursiva e formação discursiva no contexto da tradução surge como um processo essencialmente dinâmico e enriquecedor. Neste complexo emaranhado, a memória discursiva é uma fonte rica de conhecimento e sensibilidade, enquanto a formação discursiva fornece as ferramentas necessárias para se atualizar e se adaptar ao presente. Neste papel central, o tradutor preserva a essência do passado e adapta-se às nuances e complexidades do presente. A tradução não é, portanto, uma mera transferência de palavras, mas sim uma expressão artística e reflexiva que preserva a continuidade e o desenvolvimento da conversa através das fronteiras do tempo e do espaço.
Referências:
GREGOLIN, M. R. Formação discursiva, redes de memória e trajetos sociais de sentido: Mídia e
produções de identidade. GEADA – Araraquara, Araraquara, 30 de setembro de 2015. Disponível em: <https://geadaararaquara.blogspot.com/2015/09/formacao-discursiva-redes-de-memoria- e.html>. Acesso em: 13 de novembro de 2023. FOUCAULT, M. A Arqueologia do Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1969. RICOEUR, P. A Memória, a História, o Esquecimento. Campinas: Editora da Unicamp, 2000.