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Bibliografia: VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: plano de ensino-
aprendizagem e projeto educativo. São Paulo: Libertad, 1995.
LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática.
Goiânia: Editora alternativa, 2001
Titulo: Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto
educativo.
Organização e gestão escolar: teoria e prática.
Pagina Conteúdos Obs.
Planificação
A planificação refere-se à acção e ao efeito de planificar (ou planear),
isto é, organizar-se ou organizar algo de acordo com um plano. Implica
ter um ou vários objectivos a cumprir, juntamente com as acções
requeridas para que esses objectivos possam ser alcançados.
Enquanto processo de tomada de decisões, a planificação é composta por
várias etapas. Em primeiro lugar, convém identificar o problema. Uma
vez este identificado, deve-se continuar com o desenvolvimento de
alternativas, de modo a seleccionar aquela que for mais conveniente. A
partir daí, já se pode dar início à execução efectiva do plano.
Cabe destacar que, no seu sentido mais lato, a planificação tem lugar em
quase todas as alturas da vida quotidiana. Por exemplo, sempre que uma
pessoa decida apanhar um táxi para chegar a um determinado lugar, é
sinal que terá planeado uma forma de viajar com rapidez e eficácia. No
entanto, a planificação pode ocorrer a longo prazo e com decisões que
envolvam milhares de pessoas, como poderá ser o caso da planificação
levada a cabo no seio de uma grande corporação multinacional.
Plano de Aula
È um documento utilizado pelo professor para elaborar o seu dia lectivo,
para o registo de decisões do tipo: o que se pensa fazer, como fazer,
quando fazer, com que fazer, como quem fazer.
Método de Ensino
O método de ensino é o caminho para atingir um objectivo. Na vida
quotidiana estamos perseguindo objectivos. Mas na verdade estes não se
realizam por si mesmos, sendo necessária a nossa actuação, ou seja, a
organização de uma sequência de acções para atingi-los. Desta forma, os
métodos são meios adequados para realizar objectivos.
O professor, ao dirigir e estimular o processo de ensino em função da
aprendizagem do alunos, utiliza intencionalmente um conjunto de
acções, passos, condições externas e procedimentos, a que chamamos
métodos de ensino. Por exemplo, à actividade de explicar a matéria
corresponde o método de exposição, à actividade de estabelecer uma
conversação ou discussão com a classe corresponde o método de
elaboração conjunta. Os métodos de ensino não se reduzem a quaisquer
medidas, procedimentos e técnicas. Eles decorrem de uma concepção de
sociedade, da natureza da actividade pratica humana no mundo, do
processo de conhecimento e, particularmente, da compreensão da pratica
educativa numa determinada sociedade. Nesse sentido, antes de se
constituírem em passos, medidas e procedimentos, os métodos de ensino
se fundamentam num método de reflexão e acção sobre a realidade
educacional sobre a lógica interna e as relações entre objectos, fatos e
problemas dos conteúdos de ensino, de modo a vincular a todo momento
o processo de conhecimento e a actividade pratica humana no mundo.
Método de exposição
Neste método, os conhecimentos, habilidades e tarefas são apresentadas,
explicadas ou demonstradas pelo professor. A actividade do aluno é
receptiva, embora não necessariamente passiva. o método expositivo é
bastante utilizado nas nossas escolas, apesar das criticas que lhe são
feitas, principalmente por não levar em conta o principio da actividade
do aluno. Entre formas de exposição, mencionamos a exposição verbal, a
demonstração, a ilustração e a exemplificação. A exposição verbal ocorre
em circunstância em que não é possível prover a relação directa do aluno
com o material de estudo. Sua função principal é explicar de modo
sistematizado quando o assunto é desconhecido.
A demonstração é uma forma de representar fenómenos e
processos que ocorrem na realidade.
A ilustração é uma forma de apresentação gráfica de fatos e
fenómenos da realidade, por meio de gráficos, mapas, esquemas,
gravuras, a partir dos quais o professor enriquece a explicação da
matéria
A exemplificação é um importante meio auxiliar da exposição
verbal, principalmente nas classes iniciais do ensino do 1º grau.
Ocorre quando o professor faz leitura em voz alta, quando
escreve ou fala uma palavra para que os alunos observem e
depois repitam.
Estratégias de ensino
As estratégias de ensino-aprendizagem são definidas como o caminho
que facilitará a passagem dos alunos da situação em que se encontram até
alcançarem os objectivos fixados, tanto os de natureza técnico-
profissional como os de desenvolvimento individual como pessoa
humana e como agente transformador.
Meios de ensino
Os meios de ensino são todos os meios e recursos materiais utilizados
pelo professor e pelos alunos para a organização e condução metódica do
processo de ensino e aprendizagem.
Equipamentos são meios de ensino gerais, necessários para todas as
matérias, cuja relação com o ensino é indirecta. São carteiras ou mesas,
quadro-negro, projector de slides ou filmes, toca-disco, gravador e toca –
fitas, flanelografo . cada disciplina exige também seu material especifico,
como ilustrações e gravuras, filmes, mapas e globo terrestre, discos e
fitas, livros, enciclopédias, dicionários, revistas, álbum seriado, cartazes,
gráficos . alguns autores classificam ainda, como meios de ensino,
manuais e livros didácticos; rádio, cinema, televisão; recursos naturais
( objectos e fenómenos da natureza); recursos da localidade (biblioteca,
museu, industria, etc.) ; excursões escolares; modelos de objectos e
situações ( amostras, aquário, dramatizações etc.)
Os professores precisam dominar, com segurança, esses meios auxiliares
de ensino, conhecendo-os e aprendendo a utilizá-los. O momento
didáctico mais adequado de utilizá-los vai depender do trabalho docente
prático, no qual se adquirirá o efeito traquejo na manipulação do
didáctico.
Material Didáctico
O material didáctico pode ser definido como instrumento e produto
pedagógico utilizado em sala de aula, especificamente como material
institucional que se elabora com finalidade didáctica.
o trabalho, é importante que o professor utilize um material didático
apropriado a cada conteúdo e aos diferentes níveis de aprendizado.
O valor do material didático não está em si mesmo, mas na utilização que
dele se faz. De nada vale um material didático rico e sofisticado se este
não for empregado de forma adequada ou não corresponder à situação de
aprendizagem Os professores têm hoje, à sua disposição, uma infinidade
de materiais didácticos filiados a abordagens diferentes em um contínuo
que insere, em um extremo, a abordagem estrutural e, em outro, a
comunicativa, o que indica que dois conceitos de língua disputam a
preferência dos professores – língua como um conjunto de estruturas e
língua como comunicação.
Para facilitar e ao seu objectivo.
Todo material, quando bem utilizado, pode constituir recurso didáctico
de grande valia: gravuras, cartazes, plantas, mapas, revistas para recortes,
papéis para dobraduras, calendários, jornais, murais, vasos, mudas,
sementes, alimentos, fotografias, entre outros.
Portanto, os materiais didácticos são de importância fundamental para
uma aprendizagem significativa, desde que sejam utilizados como meios
e não como fins em si mesmos, por professores que conheçam de fato a
realidade na qual estão actuando, possibilitando ao aluno um estudo mais
dinámico, ampliando a capacidade de observação do mundo que o rodeia
e a construção de sua autonomia.
Nota Reflexiva
Na planificação da aula é imprescindível que se tenha em conta as Orientações Programáticas
que foram homologadas de acordo com aos programas em vigor.
Assim, deve-se ter em conta que todo o processo ensino/aprendizagem deve assentar numa
perspectiva construtivista, em que o aluno desempenha um papel activo no processo. É nesta
perspectiva de ensino que deve assentar a estrutura do plano de aula, a qual deve contemplar:
Os objectivos que se pretendem na abordagem de cada conteúdo, os quais irão contribuir para o
desenvolvimento de competências dos domímios do saber (o conhecimento), do saber-fazer e do
saber-estar/saber-ser(atitudinais/valores). É de referir que “Um ensino sem objectivos seria um
ensino cego e ao acaso”((Lucie Carrilho Ribeiro,1989). Importa referir ainda que as fontes dos
objectivos assentam na convergência de três domínios: universo do conhecimento, sujeito de
aprendizagem e sociedade ((Lucie Carrilho Ribeiro,1989). Esta convergência insere-se numa
prespectiva de formação para a cidadania, isto é, que os objectivos levem à aquisição de
competências/capacidades conducentes a uma integração social, em que os indivíduos tenham
um papel activo numa sociedade global, complexa e mutável.
Segundo este mesmo autor a função da avaliação é contribuir para o sucesso, aspecto
preconizado na Lei de Bases do nosso Sistema Educativo “acesso e sucesso”. As razões
justificativas da necessidade da avaliação são para verificar “se cada aluno vai superando os
objectivos” (José Fernando Carrasco, 1989); caso o rendimento não seja o pretendido “exige
sempre recuperação” (José Fernando Carrasco,1989) o que requer “analisar as causas que podem
ter motivado que se atingissem deficientemente os objectivos propostos” (José Fernando
Carrasco,1989) e, consequentemente “adoptar uma decisão em relação às causas” (José
Fernando Carrasco,1989). A avaliação é um processo de feedback em que, pelos resultados
obtidos, são confrontados a metodologia com os objectivos no vista a uma validação. Portanto,
caso os resultados pretendidos não sejam os obtidos na avaliação, deve ser feito uma
reformulação dos objectivos e da metodologia adoptados, isto é, deve ser feita uma planificação
que vise o sucesso.