Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Conhecimentos Básicos
Segundo o artigo 2º da lei acima, o CONMETRO é competente para expedir atos normativos e
regulamentos técnicos, nos campos da metrologia e da avaliação da conformidade de
produtos, de processos e serviços, desde que não constituam competência de outros órgãos ou
de entidades da administração pública federal.
O INMETRO, de acordo com o artigo 3º, com redação dada pela lei 12.545, de 14 de dezembro
de 2011, é competente para:
(a) Elaborar e expedir regulamentos técnicos que disponham sobre o controle metrológico
legal, abrangendo instrumentos de medição.
(b) Exercer, com exclusividade, poder de polícia administrativa nas áreas de metrologia
legal e de avaliação de conformidade, expedindo regulamentos técnicos de produtos,
insumos e serviços, desde que não constituam objeto de competência de outros
órgãos ou entidade da administração pública federal, abrangendo os seguintes
aspectos: segurança, proteção da vida e da saúde humana, animal e vegetal, proteção
do meio ambiente e prevenção de práticas enganosas de comércio.
O poder de polícia administrativa destina-se a assegurar o bem estar geral, impedindo, por
intermédio de ordens, proibições e apreensões, o exercício antissocial dos direitos individuais,
o uso abusivo da propriedade ou a prática de atividades prejudiciais à coletividade,
expressando-se no conjunto de órgãos e serviços públicos incumbidos de fiscalizar, controlar e
deter as atividades individuais que se revelem contrárias à higiene, à saúde, à moralidade, ao
sossego, ao conforto público e até mesmo à ética urbana.
Conhecimentos Específicos
1. METROLOGIA GERAL:
1.1. Conceito.
Incerteza de medição é um parâmetro não negativo que caracteriza a dispersão dos valores
atribuídos a um mensurando, com base nas informações utilizadas. Se trata da dúvida que
existe a respeito do resultado de uma medição colocada em termos numéricos, expressa em
“mais ou menos” um valor. Por exemplo, uma barra de metal que pode medir 1 m de
comprimento com uma incerteza de ±1 cm.
A margem e a dúvida a respeito de uma medição são necessárias para quantificar uma
incerteza. Expresso em números, o primeiro se refere à largura da margem ou intervalo e o
segundo é definido pela probabilidade de abrangência, que informa o quanto estamos certos
de que o valor da medição está dentro da margem/intervalo.
Por exemplo, pode se dizer que uma barra possui um comprimento de 20 cm ±1 cm, com uma
probabilidade de abrangência de 95%, o que significa que estamos 95% certos de que a barra
mede entre 19 e 21 cm. A diferença entre erro e incerteza se dá pois o erro se refere à
diferença entre o valor medido e o valor de referência, enquanto que a incerteza é a
quantificação da dúvida sobre o resultado da medição. Os erros conhecidos são corrigíveis
através da aplicação de correções declaradas nos certificados de calibração, mas todo erro de
valor desconhecido é uma fonte de incerteza.
O resultado de uma medição, após a correção dos efeitos sistemáticos reconhecidos, é apenas
uma estimativa do valor do mensurando, por causa da incerteza proveniente dos efeitos
aleatórios e da correção imperfeita. Na prática, muitas fontes de incerteza são possíveis, tais
como:
Essas fontes não são necessariamente independentes entre si. Um efeito sistemático não
reconhecido não pode ser levado em consideração na avaliação da incerteza do resultado de
uma medição, mas contribui para o seu erro.
Algumas boas práticas podem minimizar as incertezas, sendo isso tão ou mais importante que
quantificá-las, tais como:
(a) Quando existe um único valor de referência, o que ocorre se uma calibração for
realizada por meio de um padrão com um valor medido cuja incerteza de medição é
desprezível, ou se um valor convencional for fornecido. Nestes casos, o erro de
medição é conhecido.
(b) Caso se suponha que um mensurando é representado por um único valor verdadeiro
ou por um conjunto de valores verdadeiros de amplitude desprezível. Neste caso, o
erro de medição é desconhecido.
Não se deve confundir erro de medição com erro de produção ou erro humano.
O erro sistemático e suas causas podem ou não ser conhecidos. Uma correção pode ser
aplicada para compensar os erros conhecidos, que são detectados através da
calibração.
1.3. Vantagens.
Ao ampliar cada vez mais o âmbito de atuação, sua importância para o reconhecimento da
qualidade dos produtos industriais e para promover segurança nas transações comerciais, o
INPM se transforma em INMETRO em 1973. O novo órgão agregou a normalização e
certificação de qualidade dos produtos brasileiros, além das atividades metrológicas.
Missão: “Prover infraestrutura da qualidade para viabilizar soluções que adicionem confiança,
qualidade e competitividade aos produtos e serviços disponibilizados pelas organizações
brasileiras, em prol da prosperidade econômica e bem-estar da nossa sociedade.”
2. QUALIDADE:
2.3. Auditorias de Sistemas de Gestão; ABNT NBR ISO 19011 Diretrizes para auditorias
de sistema de gestão da qualidade.
3.1. Objetivo.
3.2. Métodos.
3.3. RBMLQ-I.
Laboratórios;
Organismos de Inspeção;
Organismos de Certificação;
Provedores de ensaios de proficiência;
Provedores de material de referência; e
Organismos de verificação de inventários de gases de efeito estufa.
Os vários tipos de OAC podem realizar atividades específicas (ensaios, calibração ou inspeção)
ou conduzir processos mais amplos (certificação ou ensaios de proficiência). O processo de
acreditação atesta a competência desses organismos para realizar os serviços de AC, à luz de
normas técnicas específicas para seu funcionamento. O conjunto de OACs compõe a
infraestrutura da qualidade do país, fundamental para agregar competitividade à indústria
brasileira.
A AC serve:
para o consumidor, ao se tornar base para a decisão de compra, pois este pode confiar
que o produto apresenta as características desejada;
para os fornecedores, a avaliação de seus produtos/serviços impulsiona o nível destes
para o estado da arte na respectiva área, além de evitar custos de falhas do produto no
mercado, assim como os qualifica para participar de licitações ou para obter a
autorização para comercialização de seus produtos pela autoridade regulatória; e
para os órgãos reguladores, a AC é um meio de se fazer cumprir a legislação nacional
de saúde, de segurança e de meio ambiente, alcançando os objetivos das políticas
públicas
A AC pode ser compreendida como um conjunto de três funções, ao longo das quais a
informação sobre o produto vai sendo apurada até que, ao final, caso este atenda aos
requisitos, seja emitida a afirmação de que o produto está conforme:
1. Seleção:
2. Determinação:
3. Análise crítica e atestação:
4. Supervisão:
O SINMETRO foi instituído com uma infraestrutura de serviços tecnológicos capaz de avaliar e
certificar a qualidade de produtos, processos e serviços por meio de organismos de
certificação, rede de laboratórios de ensaio e de calibração, organismos de treinamento,
organismos de ensaios de proficiência e organismos de inspeção, todos acreditados pelo
INMETRO. Apoiam esse sistema os organismos de normalização, os laboratórios de metrologia
científica e industrial e de metrologia legal dos estados.
A ISO, organização que congrega os organismos de normalização dos países signatários para a
elaboração de normas técnicas internacionais, possui um comitê específico para discutir os
critérios para AC, chamado de CASCO (Committee on Conformity Assessment). O comitê atua
na elaboração de normas com os requisitos para as melhores práticas de AC, apoiando os
organismos que as realizam. As normas técnicas internacionais em AC promovem práticas
consistentes e internacionalmente harmonizadas entre os organismos de AC e os organismos
de acreditação.
Dessa forma, é estabelecida uma referência comum entre os países de todo o mundo para o
estabelecimento dos seus procedimentos de AC. Na ABNT, o espelho do CASCO é o Comitê
Brasileiro da Qualidade (CB-025), que é responsável por acompanhar o desenvolvimento de
documentos normativos no âmbito internacional (ISO-CASCO) e articular com as partes
interessadas no Brasil para contribuírem com o processo.
O CASCO produz publicações que orientam sobre o tema como conceitos, boas práticas e casos
de sucesso no uso da AC. Atualmente a “caixa de ferramentas” de AC, composta por normas e
guias, contém mais de 30 documentos normativos que podem ser utilizados para “prover a
base de uma infraestrutura de qualidade que é efetivamente adaptada às necessidades
específicas do país em questão e é concorrente com os requisitos da OMC”. A série 17000 de
normas ABNT NBR ISO/IEC fazem parte dessa caixa de ferramentas.
Norma Descrição
17000 Avaliação de conformidade – Vocabulário e princípios gerais
17011 Requisitos para os organismos de acreditação que acreditam organismos de
avaliação de conformidade
17020 Requisitos para o funcionamento de diferentes tipos de organismos que
executam inspeção
17021 Requisitos para organismos que fornecem auditoria e certificação de sistemas
de gestão
17024 Requisitos gerais para organismos que certificam pessoas
17025 Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração
17030 Requisitos gerais para marcas de conformidade de terceira
17043 Requisitos gerais para ensaios de proficiência
17050 Declaração da conformidade de fornededor
17065 Requisitos para organismos de certificação de produtos, processos e serviços