Você está na página 1de 64

César Silva Rodrigues Oliveira

Mestrando do Programa de Pós Graduação em Psicologia – UFMG (Cognição e Comportamento)


Especialista em Terapia Comportamental - PUC
Especialista em Dependência Química - UNIFESP
PÓS-GRADUAÇÃO EM TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
DISCIPLINA: DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Como diagnosticar se uma
CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICA pessoa é ou não dependente
químico?
BREVE HISTÓRICO DAS CLASSIFICAÇÕES
DIAGNÓSTICAS
Revolução industrial
Benjamin Rush: "Beber inicia num ato de liberdade, caminha para o hábito e,
finalmente, afunda na necessidade".
Thomas Trotter: alcoolismo como doença
Magnus Huss (1894): alcoolismo crônico
Jellineck: “The Disease Concept of Alcoholism”
Edwards e Gross (1976): síndrome de dependência de álcool
SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL –
EDWARDS & GROSS (1976)
Estreitamento do repertório

“(...) Mesmo assim, todas as noites após meia-noite, eu ponho minha jaqueta Arc’teryx e
meu boné preto do Departamento de Parques e Jardins, passo sorrateiramente pelo
saguão e vou até a rua 14 tirar dinheiro no caixa eletrônico da loja de conveniência da
esquina. A loja tem dois caixas, um ao lado do outro, e eu consigo passar o cartão e
digitar a senha e o valor do saque tão rápido nos dois que eles me dão mais do que o
limite de saque de mil dólares. Normalmente, preciso esperar e fazer cinco saques de
duzentos. Noite após noite, eu faço isso e depois compro um monte de isqueiros.”
SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL –
EDWARDS & GROSS (1976)
Saliência do uso

“Sei que essa vai ser a última gota. Mesmo que Noah me perdoe de novo, apesar de
saber que voltei a fumar desde que o abandonei em Sundance, Kate não vai me
perdoar. Estou sumido há quase duas semanas e já cancelei três reuniões com ela para
discutirmos nosso contrato de parceria e nossas finanças, coisa que já venho evitando há
muito tempo. Falei para todo mundo – amigos, clientes, funcionários – que dei um mau
jeito nas costas e que estou consultando médicos, acupunturistas e massagistas. Mas a
verdade é que, desde que voltei de Sundance cinco dias antes do combinado, venho
perambulando pelo meu apartamento envolto em uma nuvem de fumaça de crack.”
SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL –
EDWARDS & GROSS (1976)
Aumento da tolerância

“A noite é um redemoinho de fumaça e no início da tarde já acabei com nove dos


dezesseis saquinhos. Nunca fumei tanto em tão pouco tempo – dois saquinhos divididos
com pelo menos uma pessoa costumam ser uma bela noite para mim.”
SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL –
EDWARDS & GROSS (1976)
Sintomas de abstinência

“A única coisa que ouço enquanto Mark varre com raiva os vidros do chão, e a única
coisa que sinto à medida que a cidade vai despertando devagar lá fora, são as
exigências coléricas que há nas pontas dos fios que comandam a marionete. Durante
toda aquela interminável manhã, durante as horas arrastadas da tarde, e depois, elas
vão sendo gritadas mais alto, vão se tornando mais insistentes: puxe com mais força,
sacuda sem piedade, arranque o cartão de débito da minha carteira, os dólares dos
meus bolsos, os trocos do meu casaco, os vestígios de cor dos meus olhos, a alma do
meu corpo”
SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL –
EDWARDS & GROSS (1976)
Alívio ou evitação dos sintomas de abstinência pelo aumento do consumo

“Engulo três ou quatro doses de vodca e começo a ficar trêmulo. Mais de vinte minutos
sem fumar já é quase o limite, e já estou lá embaixo há pelo menos meia hora. A vodca
em geral me acalma a tremedeira, alisa as pequenas rugas de horror que surgem
quando a onda começa lentamente a acabar, mas ela não está ajudando muito agora”
SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL –
EDWARDS & GROSS (1976)
Percepção subjetiva da compulsão para o uso

“Fecho os olhos e tento esquecer o quanto quero ligar para Rico e fumar um pouco.
Depois de quatro ou cinco drinques, essa opção em geral surge e fica flutuando diante
de mim até eu ligar para ele, ligar para outro traficante ou ir dormir. (...) É pouco antes
de meia-noite e minha mente, aflita, começa a busca uma forma de fugir de Noah e
comprar crack. Digo que esqueci um manuscrito no escritório? Que preciso tirar dinheiro
no caixa eletrônico? Nada parece plausível. (...)”
SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL –
EDWARDS & GROSS (1976)
Reinstalação após a abstinência

“Saio da minha mesa e tranco a porta do escritório. Encontro um isqueiro na gaveta da


mesa de meu assistente, volto à minha própria mesa, sento, pego o crack do bolso do
paletó e deixo os dois saquinhos plásticos na mão. Pego o cachimbo limpinho e
transparente – muito mais leve do que eu me lembrava. Sinto que estou sonhando
quando quebro um pedacinho cor de creme da pedra e coloco-a no cachimbo. Não
acho que aquilo esteja acontecendo de verdade quando acendo o isqueiro e movo a
chama na direção do cachimbo.
SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL –
EDWARDS & GROSS (1976)
Reinstalação após a abstinência

Não sinto que estou fazendo nada de errado naqueles primeiros segundos após exalar
a fumaça tão familiar. É como reencontrar um velho amigo, retomar a mais incrível
conversa que já tive, uma que foi interrompida há sete meses e que, quando recomeça,
volta no ponto exato em que foi cortada. Mas é mais que uma simples conversa; é o
melhor sexo, a refeição mais deliciosa, o livro mais apaixonante – é como retornar
para tudo aquilo ao mesmo tempo, é como voltar para casa. A principal sensação que
tenho ao me recostar na cadeira e ver a fumaça invadir o escritório é: ‘Mas por que
será que eu fui embora?’”
Critérios diagnósticos dos
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM-5 Transtornos por Uso de
Substâncias
TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS – DSM-5
Um padrão problemático de uso de substância, levando a um comprometimento ou sofrimento
clinicamente significativos, manifestado por pelo menos dois dos seguintes critérios, ocorrendo durante
um período de 12 meses.

 Baixo Controle (4 critérios)


 Deterioração Social (3 critérios)
 Uso Arriscado (2 critérios)
 Critérios Farmacológicos (2 critérios)
TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS – DSM-5
Baixo Controle

 A substância é frequentemente consumida em maiores quantidades ou por um período mais longo do


que o tempo pretendido

 Existe um desejo persistente ou esforços malsucedidos no sentido de reduzir ou controlar o uso da


substância

 Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção da substância, na utilização ou na


recuperação de seus efeitos

 Fissura ou um forte desejo ou necessidade de usar a substância


TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS – DSM-5
Deterioração Social

 Uso recorrente da substância resultando em fracasso em desempenhar papéis importantes no


trabalho, na escola ou em casa

 Uso continuado da substância, apesar de problemas sociais ou interpessoais persistentes ou


recorrentes causados ou exacerbados por seus efeitos

 Importantes atividades sociais, profissionais ou recreacionais são abandonadas ou reduzidas em


virtude do uso da substância
TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS – DSM-5
Uso Arriscado

 Uso recorrente da substância em situações nas quais isso representa perigo para a integridade física

 O uso da substância é mantido apesar da consciência de ter um problema físico ou psicológico


persistente ou recorrente que tende a ser causado ou exacerbado pelo uso da substância
TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS – DSM-5
Critérios Farmacológicos
Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes aspectos:
 a. Necessidade de quantidades progressivamente maiores da substância para alcançar a intoxicação ou o efeito
desejado
 b. Efeito acentuadamente menor com o uso continuado da mesma quantidade da substância

Abstinência, manifestada por qualquer um dos seguintes aspectos:


 a. Síndrome de abstinência característica da substância
 b. A mesma substância ou uma substância relacionada é consumida para aliviar ou evitar os sintomas de
abstinência
TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS – DSM-5
Transtorno por uso de substâncias leve: 2 a 3 sintomas

Transtorno por uso de substâncias moderado: 4 a 5 sintomas

Transtorno por uso de substâncias grave: 6 ou mais sintomas


AS PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS
ENCONTRADAS NO CONSULTÓRIO
PSICOLÓGICO
O QUE É IMPORTANTE SABER?
Efeitos agudos de cada substância
 Elaborar hipóteses sobre a função do uso
 Elaborar hipóteses sobre as consequências adversas mais imediatas do uso e a concorrência com
outros comportamentos do paciente
 Identificar o uso da substância, principalmente naqueles casos que o paciente pouco colabora com o
terapeuta/equipe ou não menciona o uso por vergonha
O QUE É IMPORTANTE SABER?
Efeitos a longo prazo do consumo de cada substância
 Poder educar o paciente ou levantar dúvidas e preocupações sobre aspectos até então não
vivenciados ou percebidos
O QUE É IMPORTANTE SABER?
A forma de uso de cada substância
 Poder visualizar a implicação do uso ao longo de um dia típico ou uma rotina, o que envolve:
 A forma de obtenção da droga;
 O tempo e material gasto para prepara-la e utilizá-la;
 O tempo gasto para recuperar dos seus efeitos
ÁLCOOL
ÁLCOOL
Princípio ativo
 Álcool Etílico

Classificação: Substância depressora

Formas de apresentação
 Fermentados: saquê 12%, vinho 12%, cerveja 3-7%
 Destilados: cachaça 40-50%, tequila 38%, uísque 40-45%, vodca 40-45%, conhaque 40-45%
ÁLCOOL
Formas de administração
 Via oral

Beber em binge
 Beber igual ou acima de cinco doses para homens e quatro para mulheres, em um curto período de
tempo
ÁLCOOL – EFEITOS DO USO AGUDO
Alterações comportamentais: comportamento sexual ou social inadequado, humor
instável, julgamento prejudicado
Fala arrastada
Incoordenação motora
Instabilidade na marcha
Nistagmo
Comprometimento da atenção ou da memória
Estupor ou coma
ÁLCOOL – EFEITOS DO USO AGUDO
Maior vulnerabilidade aos efeitos do álcool nos idosos:
 Efeitos depressores do álcool no cérebro
 Taxas menores de metabolismo hepático
 Redução do percentual de água no corpo
ÁLCOOL – EFEITOS DO USO CRÔNICO
Efeitos gastrointestinais: gastrite, úlceras estomacais ou duodenais
Cirrose hepática ou pancreatite (15% dos indivíduos com uso pesado)
Hipertensão leve
Neuropatia periférica: fraqueza muscular, parestesias e diminuição da sensibilidade
periférica
Sistema nervoso central: déficits cognitivos, comprometimento da memória e alterações
degenerativas do cerebelo
Traumatismos
Deficiências de vitamina (principalmente B, inclusive tiamina)
Wernicke-Korsakoff
ÁLCOOL – EFEITOS DO USO CRÔNICO
Dispepsia, náusea, edema juntamente a gastrite
Hepatomegalia, varizes esofágicas e hemorroidas
Tremor, instabilidade na marcha, insônia, disfunção erétil
Redução no tamanho dos testículos
Ciúme patológico
Absenteísmo, baixa produtividade, riscos de acidentes, violência e suicídio
Predisposição ao câncer em razão da supressão de mecanismos imunológicos
MARCADORES DIAGNÓSTICOS
Gamaglutamiltransferase: GGT
Transferrina Deficiente em Carboidrato: CDT
Volume Corpuscular Médio: VCM
ÁLCOOL – SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
Início: 4 a 12 horas após a diminuição ou interrupção consumo
Pico: 24 a 48 horas
Duração: 4 ou 5 dias
Sintomas:
 Hiperatividade autonômica (ex.: sudorese, frequência cardíaca maior que 100bpm)
 Tremor aumentado nas mãos
 Insônia
 Náuseas e vômitos
 Alucinações ou ilusões visuais, táteis ou auditivas transitórias
 Agitação psicomotora
 Ansiedade
 Convulsões tônico-clônicas generalizadas
ÁLCOOL – SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
Delirium Tremens:
 5% dos pacientes
 5-15 anos de uso intenso
 30 a 40 anos de idade
 Hiperatividade Autonômica
 Alteração do Nível de Consciência
 Distorções Perceptivas (agressividade)
 Atividade Psicomotora Flutuante

Conduta Clínica
 Repouso
 Hidratação
 Benzodiazepínicos
CANNABIS
CANNABIS
Princípio ativo
 THC (delta-9-tetrahidrocanabinol)

Classificação: substância desorganizadora

Apelidos: maconha, baseado, erva, bagulho, maria joana, skunk, hemp, ganja, etc
Cada usuário compartilha um nome próprio com seu grupo.
CANNABIS
Formas de apresentação
 Maconha: 4 a 20% de THC
 Haxixe: 4 a 5 vezes mais potente que a maconha
 Canabinóides sintéticos (ex.: K2, Spice, JWH-018)

Formas de administração
 Via oral
 Via pulmonar (cachimbos, narguilés, cigarro, vaporizadores)

Cannabis sativa X indica X híbridas


CANNABIS – EFEITOS DO USO AGUDO
Euforia Julgamento prejudicado
Risos inadequados Percepções sensoriais distorcidas
Ideias de grandeza Sensação de lentidão do tempo
Sedação Prejuízo no desempenho motor
Letargia Conjuntiva hiperemiadas, apetite
aumentado (larica), boca seca e
Comprometimento da memória de curto taquicardia desenvolvidas em 2 horas
prazo desde o uso
Dificuldade na execução de processos Duração do efeito: 3 a 4 horas
mentais complexos
CANNABIS – EFEITOS DO USO CRÔNICO

Prejuízos na função Redução de atividades Dificuldades nos


Doenças respiratórias
executiva dirigida a objetivos relacionamentos sociais
OR de 3,90 (IC 95% 2,84 a 5,34) para o risco de esquizofrenia e outros resultados relacionados
à psicose entre os usuários de cannabis mais pesados em comparação com os não usuários
As evidências atuais mostram que altos níveis de uso de cannabis aumentam o risco de desfechos
psicóticos e confirmam uma relação dose-resposta entre o nível de uso e o risco de psicose
CANNABIS – SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
Início: 24 a 72 horas depois do último uso
Pico: 1 semana
Duração: 1 a 2 semanas
Sintomas:
 Irritabilidade, raiva ou agressividade
 Nervosismo e ansiedade
 Dificuldade em dormir
 Apetite reduzido ou perda de peso
 Inquietação
 Humor deprimido
 Dor abdominal, tremor, sudorese, febre, calafrios ou cefaleia
COCAÍNA
COCAÍNA E CRACK
Princípio ativo
 Cocaína

Classificação: estimulante
COCAÍNA E CRACK
Formas de apresentação
 Pó, pasta base de cocaína, base livre (freebasing), crack, merla, oxi

Formas de administração
 Oral, intranasal, intravenoso e pulmonar
DIFERENÇAS ENTRE COCAÍNA E CRACK
Cocaína em pó Crack
O que é Sal branco solúvel em Pedras brancas ou
água amareladas
Quanto chega ao sangue De 25 a 80% De 60% a 70%

Início do efeito De 3 a 5 minutos De 5 a 10 segundos

Pico do efeito De 10 a 40 minutos De 1 a 5 minutos

Duração do efeito De 60 a 90 minutos De 30 a 45 minutos


COCAÍNA E CRACK – EFEITOS DO USO AGUDO
“Ele vê aquela nuvem se espalhar e formar anéis e sente a onda primeiro como uma
vibração, depois como um terremoto. Um raio de energia renovada eletriza cada
centímetro do seu corpo, e há um momento de esquecimento perfeito, quando ele
está consciente de nada e de tudo ao mesmo tempo. Uma espécie de paz surge por
trás dos seus olhos. Espalha-se das têmporas para o peito, depois para as mãos,
depois para todo o resto. É algo que o bombardeia – algo cinético, sexual, eufórico
– como um magnífico furacão girando na velocidade da luz. É a carícia mais terna
que ele já sentiu, mas, quando recua, torna-se o mais gelado dos toques. Ele sente
falta dessa sensação antes mesmo de ela ir embora, e não apenas quer mais, como
precisa de mais”
COCAÍNA E CRACK – EFEITOS DO USO AGUDO
Alterações comportamentais ou psicológicas clinicamente significativas e problemáticas (ex.: euforia com
aumento do vigor, sociabilidade, hiperatividade, inquietação, hipervigilância, sensibilidade interpessoal,
loquacidade, ansiedade, tensão, alerta, grandiosidade, comportamento estereotipado e repetitivo, raiva,
julgamento prejudicado e, no caso de intoxicação crônica, embotamento afetivo com fadiga ou tristeza e
retraimento social)
Redução da fadiga e apetite
Taquicardia
Dilatação pupilar
Pressão arterial elevada
Transpiração ou calafrios
Agitação psicomotora
Dor torácica ou arritmias cardíacas
Sintomas persecutórios e paranoides
COCAÍNA E CRACK – EFEITOS DO USO CRÔNICO

Alterações no afeto como


Complicações sociais sintomas ansiosos e Complicações físicas variadas
depressivos
COCAÍNA E CRACK – EFEITOS DO USO CRÔNICO

Complicações Complicações Risco de acidentes


cardíacas Overdose
respiratórias e morte
COCAÍNA E CRACK – EFEITOS DO USO CRÔNICO
COCAÍNA E CRACK – SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
Início: após efeito do uso
Duração: dias a meses
Sintomas:
 Humor disfórico
 Fadiga
 Sonhos vividos e desagradáveis
 Insônia ou hipersonia
 Aumento do apetite
 Retardo ou agitação psicomotora
 Anedonia e fissura pela droga
COCAÍNA E CRACK – SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
Síndrome de abstinência de 3 fases:
 Crash: piora do humor, hipersonia, esgotamento físico, sintomas depressivos
 Síndrome disfórica tardia: 2 semanas a 3 ou 4 meses; volta do desejo pela droga,
irritabilidade e alterações no afeto, anedonia e apatia
 Extinção: craving e anedonia
DROGAS ALUCINÓGENAS
DROGAS ALUCINÓGENAS
Fenilalquilaminas
 Mescalina
 DOM (2,5-dimetóxi-4-metilanfetamina)
 MDMA (3,4-metilenodioximetanfetamina; ecstasy; bala)

Indolaminas
 Psilocibina (psilocina)
 Dimetiltriptamina (DMT)

Ergolinas
 LSD (dietilamida do ácido lisérgico; doce)

Outros compostos etnobotânicos


 Salvia divino- rum e Figueira-do-diabo
2
1
3

Você também pode gostar