Você está na página 1de 7

0/2020

CASO
DA
semana

CLUBE242 Mov
Ensino e
0/2020

CASO
DA
semana

CLUBE242
Mov Ensino e
EDITORA

© Grupo MOVER

StartUp de ensino médico que preza por inovação em suas atividades. Vem realizando
atividades desde 2019 com cursos presenciais e através de suas plataformas digitais.

MOVER… verbo, ação, movimento. Mover, de sair do lugar comum, de fugir a zona de
conforto.

Ensino, da paixão dos quatro criadores da empresa pela arte de trocar conhecimento
constantemente. E multiplicar e perpetuar essa arte.

Inovação na proposta da empresa, na forma de ensinar, no formato de seus cursos.


Inovação na cara urbana, industrial, quase que completamente afastada da medicina e
completamente afastada dos clichês. Nada contra eles, mas não combina com nós
quatro, nem com nossas histórias.

Praticamente pulamos dos jalecos amarrotados da graduação e internato, para dentro


de macacões, uniformes e pijamas cirúrgicos. Normalmente a bota ocupava o lugar do
sapato social e os plantões agitados o lugar da vida em consultório planejado. Pulamos
para dentro da vida que realmente gostaríamos de ter.

Grupo MOV.ER: ensino e inovação.

Mov er Ensino e Inovação


0/2020
CASO
DA
semana
O
lhando da porta da UPA PALESTINA, seu ZECA, o segurança, avista
Dona Soninha vindo com a mão já na cabeça. Coitada... todo mundo
sabia que há 4 dias sua casa foi invadida por bandidos, levando as
últimas economias desse ano tão difícil. O estresse não acaba por aí. Depois
do assalto, todo o planejamento da compra do ventilador foi aos ares. Que
primavera é essa? Nunca vi um mês de Outubro tão quente!

***

UPA PALESTINA? Sim. Homenagem singela ao último bairro de Salvador.


Nascido, como tantos outros, da necessidade de habitação e da aglomeração
desordenada da população.

Nossa UPA PALESTINA deveria ser uma UPA nível três, completa e com link fácil a
uma unidade hospitalar. DEVERIA, “do verbo não tem isso por lá não”. Sabemos
que isso ocorre não só na UPA PALESTINA, mas em tantas outras. Você sabia que
uma UPA é uma unidade pré-hospitalar fixa? E que não deveríamos internar
ninguém em uma unidade pré? Nossa realidade é diferente, mas nada diferente
da que você já enfrenta ou enfrentará em seus plantões da vida.

***

Ficha vermelha embolada com ficha amarela, misturada também com ficha
verde. Mais de uma hora depois, Lucas, técnico de enfermagem, te chama:

— Doutor, são 2:42pm. Corre pra almoçar antes que não tenha mais nada no
refeitório.
Mas você prefere dar o último gás para as fichas não embolarem no decorrer
da tarde.

Já no consultório, você inicia sua ladainha: Dona Soninha, me chamo — SEU


NOME — trabalho aqui na UPA PALESTINA, em que posso ajudar?

— Ah, meu filho, uma agonia por dentro, parece que estou tremendo tudo
dentro, será que é o que isso? Eu vou morrer?

1. O que seria importante perguntar na anamnese de


Dona Soninha?

Lembre-se que estamos numa UPA e o tempo é curto e a pilha de fichas pra
atender só vai aumentando. No PS, a anamnese PADRÃO OURO é altamente
direcionada — não vamos perguntar se tomou banho de rio na infância!

Investigando com um pouco mais de cuidado, você já percebeu que episódios


semelhantes aconteceram apenas depois do assalto.

Durante o exame físico, a única alteração orgânica presente era a PA —


175x110mmHg — lembrando que essa paciente não é portadora de HAS, não
toma remédios, tem 60 anos, caminha todos os dias e refere ter uma "saúde
de ferro”.

2. Quais os principais diagnósticos sindrômicos para


esse caso?

3. Como diferenciar esses diagnósticos sindrômicos?

4. Que tratamento você prescreveria AGORA para o caso?

5. Quais exames complementares você solicitaria?


Quando você encaminha para equipe de enfermagem, Dona Soninha não
parece ficar satisfeita e reclama com Lucas sobre sua prescrição:

— Esse doutor não sabe de nada! É novato é? Toda vez que passo mal desse
jeito, quando tenho esse “nervoso”, minha pressão sobe e eu venho aqui na
UPA e tomo o mesmo remédio que meu marido usa em casa. Onde está
doutor Tadeu? Esse remédio dessa prescrição não vai descer minha pressão.

6. Quais as principais causas das crises hipertensivas?

Então, você aproveita esse momento e explica para Lucas o que está
acontecendo. Afinal, casos como esse são comuns em nosso dia-a-dia na UPA
PALESTINA.

7. Qual a sua principal suspeita diagnóstica?

8. Qual diagnóstico etiológico pode ter relação causal com


as elevações pressóricos?

O ventilador da UPA estava funcionando perfeitamente bem, lá dentro


estávamos com um clima bem mais tranquilo. Tempo passa e logo!

Dona Soninha vem no consultório te dizer que ainda está “angustiada”, mas
não havia mais dor de cabeça, estava perto do ventilador e sua última aferição
pressórica havia mensurado 135x80 mmHg.

9. Você internaria essa paciente? Justifique.

— Doutor, posso ir embora? Tenho é coisa pra resolver ainda hoje…

10. No momento da alta hospitalar, que tratamento de


manutenção você prescreveria?
***

É. Falaram que tudo seria fácil, que o plantão seria tranquilo e que a UPA
PALESTINA seria uma UPA tranquila. Mais de 30 fichas no primeiro plantão, dois
intubados na sala vermelha, foram 12h intensas. Estamos apenas começando
nossa jornada por aqui.

Nosso convite é para que você se coloque dentro do cenário do atendimento,


das vivências e das dificuldades que podemos enfrentar por aqui.

***

Esse é o seu CADERNO DO ALUNO, com perguntas direcionadas ao caso.


Responda atentamente. Nos encontraremos quarta-feira com o conteúdo
completo sobre o tema.

Mov Ensino e

Você também pode gostar