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Planificar, Implementar e Manter Circuitos de Força Motriz em Instalações Eléctricas

Industriais

RA1: Planear a execução dos trabalhos de montagem e manutenção.

Elaborar um plano de trabalho para execução de uma instalação eléctrica de baixa e média tensão.

 Formar as equipas de trabalho e mobilizar os materiais necessários aos objectivos da


instalação
 Fazer a planificação de todas actividades e operações complexas
 Mobilizar os recursos materiais necessários à execução da instalação eléctrica;
 Distribuir as tarefas pelos elementos da equipa de trabalho

São consideradas habilidades de um líder as seguintes:

Flexibilidade e empatia; Autoconfiança; Capacidade de reter talentos; Criatividade e inovação;


Facilidade em delegar tarefas; Inteligência emocional; Assertividade e controle; Conhecer a equipe;
Saber delegar; Presença; Comunicação Ativa; Reconhecimento; Confiar nos membros da equipe.

Exemplo de um Plano de Implantação de uma instalação eléctrica industrial


Nº de intervenção: 1 Programa da intervenção
Data: 19- 10-2021 Acrescentar o circuito de alimentação de Um Motor Eléctrico
Tipo de Intervenção: Instalação de
um motor Eléctrico
Implementação do Circuito Tipo de Trabalho: Em Altura; Espaço Confinado; etc
Duração: Trimestral Ass:
Responsável: Ass:
Composição da Equipa de Trabalho Ass:
Descrição da tarefas a serem realizadas
Tarefa Material Duração
1.
2.
3.
4.

5.
6.
7.
8.
9.
10.
Equipamentos de Protecção

Data de inicio: - - 2021 Data do fim: - - 2023


Assinatura do responsável Massango
Para que uma equipa realize trabalho há necessidade desta ser autorizada, isso é garantido
por um intrumento legal denominado “Permit to Work”. Este documento contém várias
informações que devem ser observadas pelos trabalhadores antes de se fazerem ao local de
trabalho, devendo por conseguinte assinar o termo de responsabilidade. A seguir apresenta
– se um exemplo de plano de trabalho.
Permissão de Trabalho- PT
De: Hora: Até: Hora:

( ) Movimentação ( ) Manutenção civil ( ) Gases, explosivos ( ) Altura e/ou ( ) Demolição e ( ) Eletricidade


com uso de guinchos, e/ou líquidos Telhados, níveis Escavações
paltaformas Inflamáveis elevados
Mão-de-obra Fim de Semana / Feriado

( ) Interna ( ) Sim
( ) Externa ( ) Não
( ) N.º de Funcionários: .........

( ) Outro: Área Restrita ( ) Sim ( ) Não


( ) Trabalho a quente ( ) Local confinado
Preencher PET
Nome da Empresa: Nome(s) do(s) Encarregado(s):

Local de trabalho: Equipamento/Linha:

Descrição do trabalho:

Perigos Potenciais:

( ) Projeção de partículas ( ) Levantamento/transporte de peso ( ) Detonações


( ) Produtos Inflamáveis ( ) Queda de PTA ( ) Explosão
( ) Choque elétrico ( ) Demolição ( ) Exposição a poeiras
( ) Ruído Excessivo ( ) Escavação/desmoronamento ( ) Exposição a gases e vapores
( ) Queda diferença nível - Trabalho em altura ( ) Queda de escada ( ) Manuseio de equipamento de guindar
( ) Piso escorregadio ( ) Queda de andaimes ( ) Movimentação de máquinas
( ) Contato de produto químico com a pele ( ) Radiação não ionizante ( ) Uso de veículo - atropelamento
( ) Queda de objetos em geral ( ) Exposição a fumos metálicos ( ) Trabalho em Espaço Confinado
( ) Trabalho sobre telhado ( ) Trabalho a quente ( ) Expor terceiros a perigos
( ) Concentração de vapores orgânicos – ( ) Trabalho a quente ou projeção faíscas ( ) Outros
incêndio, explosão em áreas com risco de explosão
( ) Contato ferramentas, equipamentos e ( ) Manuseio produtos inflamáveis (fogo, ( ) Outros
peças com cantos vivos, rebarbas explosões)
( ) Outros ( )
Equipamentos de Proteção Individual Necessários

EPI EPI OUTROS

( ) Óculos de Segurança Incolor ( ) Perneira ( ) Guarda Corpo


( ) Óculos de segurança lente escura ( ) Sapato c/ Biqueira ( ) Linha de Vida Móvel
( ) Capacete para eletricista ( ) Sapatos/ Biqueira ( ) Linha de Vida Fixa
( ) Protetor facial – escudo rosto ( ) Sapato de eletricista ( ) Placas Sinalização
( ) Máscara de soldador - escudo ( ) Luva Nitrílica ( ) Isolamento de Área
( ) Escudo de proteção contra arco elétrico ( ) Luva Látex ( ) Tapume para solda
( ) Protetor Auricular Plug ( ) Luva PVC ( ) Tapete Isolante
( ) Protetor Auricular Concha ( ) Luva Malha ( ) Coberturas Isolantes
( ) Capacete ( ) Luva Vaqueta ( ) Conjunto Ferramentas Isoladas
( ) Capacete com jugular - trabalho altura ( ) Luva Raspa ( ) Cones Sinalização
( ) Uniforme para eletricista ( ) Luva Isolante Classe 2 ( ) Fitas Sinalização
( ) Respirador para poeiras, névoas e fumos ( ) Luva Isolante Classe O ( ) Escoramento
( ) Respirador para vapores orgânicos ( ) Avental de PVC ( ) Tapumes
( ) Respiradores para gases ácidos ( ) Avental de raspa ( ) Outros
( ) Respirador com filtros combinados ( ) Macacão de tyvec
( ) Cinto tipo Paraquedista ( ) Macacão de pintor
( ) Talabarte Y ou 2 talabartes ( ) Mangote raspa
( ) Outro ( ) Outro
Medidas Preventivas

( ) Analisar o ambiente antes de iniciar o trabalho ( ) Usar escadas madeira ou fibra em bom ( ) Não movimentar andaime com pessoas
estado em cima
( ) Manter áreas sinalizadas ou isoladas ( ) Prender escada extensível ( ) Ancorar andaime sempre
( ) Informar pessoal da área e arredores ( ) No uso de maçarico, óculos com lente ( ) Uso de guarda-corpo e rodapé no
escura andaime
( ) Colocar anteparos/tapumes ( ) Equipamento de solda com válvula contra ( ) Colocar escada de acesso no andaime
retrocesso de chama
( ) Manter escavação devidamente escorada/ ( ) Manter fogo e faíscas afastados de ( ) Andaimes com forração completa
tapumes inflamáveis
( ) Manter ferramentas em boas condições de ( ) Acender somente com acendedor de ( ) Andaimes com rodas e elementos
conservação maçarico travados
( ) Dezenergizar as redes ( ) Manter cilindros gás na vertical, amarrados, ( ) Colocar diagonais no andaime para
local seguro, afastados de combustíveis evitar a torção
( ) Sinalizar equipamentos elétricos com ( ) Acompanhamento defesa interna tempo integral ( ) Desenergizar rede elétrica, tubulações, etc
cartões/cadeados/chaves... próximas ao andaime
( ) Trabalhador que realizará desligamento e /ou ligação ( ) Proteger líquidos inflamáveis e materiais ( ) Não utilizar PTA para instalações energizadas
da parte elétrica legalmente habilitado combustíveis
( ) Atender NR-10 ( ) Condutor/operador de veículo deve ser habilitado ( ) Tubulações e redes foram desligadas e isolada
( ) Cuidados com parte elétrica, cabos e extensões ( ) Dirigir em velocidade adequada às condições da ( ) Armazenar inflamável em local adequado
via
( ) Utilizar iluminação à prova de explosão ( ) Operador capacitado e treinado (com certificado) ( )
( ) Embalar/amarrar peças para transporte ( ) Empregados treinados e habilitados para trabalhos
em altura
( ) Manter dispositivos movimentação material em ( ) Utilizar linha de vida
condições adequadas
( ) Afastar as mãos da zona de ação de equipamentos e ( ) Manter seguro o transporte de ferramentas e
ferramentas materiais para o topo
( ) Armazenar materiais e equipamentos ( ) Trabalho em altura em área externa, verificar
adequadamente condições climáticas favoráveis
( ) Usar escada com pé de borracha/ antiderrapante ( ) Não ficar ou passar embaixo de cargas suspensas
( ) ( )
Pessoas liberadas para trabalhar Assinatura Observações

Assinatura do responsável da Contratada Assinatura do Técnico de Segurança Assinatura do Responsável da Área


RA2: Executar a montagem de canalizações dos circuitos de força motriz.

a) Identificar a localização das cargas


b) Preparar os percursos das canalizações
c) Aplicar as técnicas de montagem de canalizações de acordo com boas práticas, normas e
regulamentos em vigor
Para conceber um projeto elétrico industrial, devemos ter conhecimento de dados relativos à:

1o - Condições de suprimento de energia elétrica

A concessionária local deve prestar ao interessado as informações que lhe são peculiares, tais como:
(a) Garantia de suprimento de carga, dentro de condições satisfatórias;
(b) Variações de tensão de suprimento;
(c) Tipo de sistema de suprimento:

A alimentação na indústria é na grande maioria dos casos, de responsabilidade da concessionária de


energia elétrica. Por isso, o sistema de alimentação quase fica sempre limitado as disponibilidades
das linhas de suprimento existente na área do projeto. Quando a indústria é de certo porte e a linha
de produção exige uma elevada continuidade do serviço, faz-se necessário realizar investimentos
adicionais, buscando recursos alternativos de suprimento, tais como construção de um novo
alimentador e/ou aquisição de geradores de emergência. As indústrias de uma maneira geral são
alimentadas por um dos seguintes sistemas:

(c.1) Sistema de suprimento radial simples: É aquele em que o fluxo de potência tem um sentido
único da fonte para a carga. Entretanto, apresenta baixa confiabilidade devido à falta de recursos
para manobra, quando da perda do alimentador. Em compensação seu custo é mais reduzido em
relação a outros sistemas.

(c.2) Sistema de suprimento com recurso: É aquele que o sentido do fluxo de potência pode variar
de acordo com as condições de carga do sistema. Estes sistemas apresentam maior confiabilidade,
pois a perda eventual de um dos alimentadores não deve afetar a continuidade do fornecimento
exceto durante o período do fornecimento da manobra das chaves. Estes sistemas apresentam custo
mais elevado devido ao emprego de equipamento mais caro e, sobretudo pelo dimensionamento dos
alimentadores que devem ter capacidade individual suficiente para suprir a carga quando da saída
de um deles. Este tipo de sistema pode ser alimentado por uma ou mais fontes de suprimento da
concessionária, que melhorará sobremaneira a continuidade do sistema.
2o – Planta baixa de arquitetura do prédio

Contém toda a área de construção indicando com detalhes divisionais os ambientes de produção
industrial, escritório, dependências em geral e outros que compõem o conjunto arquitetônico.

3o – Planta baixa com disposição física das máquinas

Contém a projeção aproximada de todas as máquinas, devidamente posicionada com indicações dos
motores e dos locais dos painéis de controle.

4o – Planta de detalhes

Devem conter todas as particularidades do projeto de arquitetura que venham a contribuir na


definição do projeto elétrico, tais como:

(i) Vistas e corte do galpão industrial

(ii) Detalhes de colunas e vigas de concreto ou outras particularidades da construção

(iii) Detalhes de montagem de certas máquinas de grandes dimensões.

5o – Planos de expansão

É importante na fase de projeto conhecer os planos expansionistas dos dirigentes da empresa e, se


possível, obter detalhes do aumento efetivo da carga a ser adicionada, bem como o local de sua
instalação. Em qualquer projeto de instalação industrial devemos considerar os seguintes aspectos:

(i) Flexibilidade – É a capacidade de admitir mudanças na localização das máquinas sem


comprometer seriamente as instalações existentes;

(ii) Acessibilidade – Exprime a facilidade de acesso a todas as máquinas e equipamentos de


manobras existentes;

(iii) Confiabilidade – Representa o desempenho do sistema quanto as interrupções temporárias e


permanentes, bem como assegurar a proteção e a integridade física daqueles que operam.
1.2 – Concepção do Projeto

Esta fase do projeto requer muita experiência profissional do projetista. Com base na sua decisão o
projeto tomará forma e corpo que conduzirão ao dimensionamento dos materiais e equipamentos,
filosofia de proteção, etc. De um modo geral, como orientação, pode-se seguir os passos apontados
a seguir para a concepção do projeto elétrico.

Com base na planta baixa com os lay-out das máquinas deve-se dividir a carga em blocos. Cada
bloco de carga deve possuir um terminal com alimentação e proteção individualizadas. A escolha
do bloco é feita, em princípio, considerando-se os setores individuais de produção, bem como as
grandezas da carga de que são constituídos para avaliação da queda de tensão.

(i) Nesta fase do projeto temos que já ter definido a tensão de alimentação na baixa tensão, sendo as
mais utilizadas: 220 V, 380 V, 440 V.

(ii) Quando um determinado setor de produção está instalado em recinto fisicamente isolado de
outros setores, deve-se considerar como um bloco de carga individualizado;

(iii) Podem-se agrupar vários setores de produção num só bloco de carga, desde que a queda de
tensão nos terminais das mesmas seja permissível. Isto se dá muitas vezes quando da existência de
máquinas de pequena potência.

São cargas típicas com as respectivas caracteristicas em Instalações Electricas Industriais os


seguintes:

1. Motores: Potência; Tensão; Corrente; Frequência; Número de Polos; Número de fases; Ligações
possíveis; Regime de Funcionamento;

2. Fornos a Arco: Potência do Forno; Potência de Curto Circuito do Forno; Potência do


transformador do forno; Tensão e Frequência;

3. Outras Cargas: Máquinas accionadas por sistemas computadorizados com variação de tensão
mínima; Aparelhos de raio X Industrial; Máquinas de soldar; e outras tidas como especiais devem
merecer estudo em pormenor durante o projecto.

O conhecimento profundo do comportamento das cargas a serem supridas vai orientar em grande
medida o processo de divisão de cargas ao longo do galpão Industrial.

Divisão da Carga em Blocos:

- Cada bloco de carga deve corresponder a um quadro de distribuição terminal com alimentação e
protecção individualizadas;

- A Escolha do bloco é feita considerando – se os sectores individuais de produção, bem como a


grandeza de cada carga(Queda de tensão);

Localização dos quadros de Distribuição de Circuitos Terminais


Os quadros de Distribuiçao terminais devem ser localizados em:

- Centro do Conjunto de cargas;

- Pròximo a linha de alimentação;

- Em locais de fácil acesso;

- Em locais com condições climáticas e físicas favoràveis.

Jà os Quadros de Distribuiçao Geral Devem ficar proximos as unidades de transformação nas quais
serão conectados. Estes quadros contem os componentes para o seccionamento, Protecção e
medição dos circuitos.

Chama – se ao circuito que garante a interligação das varias cargas na indústria ao ponto de
alimentação de Sistema de Distribuição secundàrio.

Legenda:

TR D ME – Transformador de medida;

QGF – Quadro Geral de Força;

M1....M9 – Cargas Parciais

CCM – Centro de Comando de Motores

Em caso de alimentação da instalação apartir de uma subestação, esta deve ser localizada
segundo o arranjo arquitetónico da instalação, Segurança e critérios técnicos como centro
de carga.

O cálculo da localização do centro de carga é feito usando a seguinte fórnula:


Os valores de X e Y obtidos nesta expressão indicam as coordenadas do centro de carga, ou
seja o ponto óptimo em termos econômicos atravéz do qual pode se alimentar as cargas do
sistemas.

O critério de localização do centro de carga é também útil para detrminar a localização do


quadro de distribuição terminal. Alem deste cálculo devem também satisfazer – se as
seguintes condições para localizar o quadro de distribuição terminal:

- (i) Próximo à linha geral dos dutos de alimentação;

- (ii) Afastado da passagem sistemática de funcionários;

- (iii) Em ambientes bem iluminados;

- (iv) Em locais de fácil acesso;

- (v) Em locais não sujeitos a gases corrosivos, inundações, trepidações, etc;

- (vi) Em locais de temperaturas adequadas.

A distribuição secundária em baixa tensão numa instalação industrial pode ser dividida em:

(a) Circuitos terminais de motores


O circuito terminal de motores consiste em dois ou três condutores conduzindo corrente
numa dada tensão. Os circuitos terminais de motores devem obedecer algumas regra
básicas, tais como:

• Conter dispositivos de seccionamento na sua origem para fins de manutenção. O


seccionamento deve desligar tanto o motor como seu dispositivo de comando. Podem ser
utilizados: Seccionadores; Interruptores; Disjuntores; Contactores; Fusíveis com
terminais apropriados para retirada sob tensão; Tomada de corrente.

• Conter um dispositivo de proteção contra curto-circuito na sua origem;

• Conter um dispositivo de comando capaz de impedir uma partida automática do motor


devido a queda ou falta de tensão, se a partida for capaz de provocar perigo. Nesse caso
recomenda-se a utilização de contactores;

• Conter um dispositivo de acionamento do motor, de forma a reduzir a queda de tensão na


partida a um valor igual a 10%, ou de conformidade com as exigências da carga;

• De preferência, cada motor deve ser alimentado por um circuito terminal individual;

• Quando um circuito terminal alimentar mais de um motor ou outras cargas, os motores


devem receber proteção de sobrecarga individual.

Nesse caso, a proteção contra curto-circuito deve ser feita por um dispositivo único e
localizado no início do circuito terminal capaz de proteger condutores de alimentação do
motor de menor corrente nominal e que não atue indevidamente sob qualquer condição de
carga normal do circuito;

• Quanto maior for a potência de um motor alimentado por um circuito terminal individual,
mais se recomenda que as cargas de outras naturezas sejam alimentadas por outros
circuitos.

b) Circuito de Distribuição

Compreende-se por circuito de distribuição, também chamados de alimentadores, os


condutores que derivam do Quadro Geral de Força (QGF) e alimentam um ou mais centros
de comando (CCM ou QDL). Os circuitos de distribuição devem ser protegidos no ponto de
origem através de disjuntores ou fusíveis de capacidade adequada à carga e às correntes de
curto-circuito. Os circuitos devem dispor, no ponto de origem, de um dispositivo de
seccionamento, dimensionado para suprir a maior demanda do centro de distribuição e
proporcionar condições satisfatórias de manobra.

A interligação dos vários sectores da industria, de modo a transmitir se a energia para as


respectivas cargas é feita apartir das canalizações eléctricas. O elemento fundamental da
canalização electrica é o condutor ou cabo Eléctrico.
O dimensionamento de um condutor deve ser precedido de uma análise detalhada de sua
instalação e da carga a ser suprida. Um condutor mal dimensionado, além de implicar a
operação inadequada da carga, representa um elevado risco de incêndio para o patrimônio,
principalmente quando associado a um deficiente projeto de proteção. Os fatores que
envolvem o dimensionamento de um condutor são:

(i) Tensão nominal;

(ii) Freqüência nominal;

(iii) Potência ou corrente da carga a ser suprida;

(iv) Fator de potência da carga;

(v) Tipo de sistema: Monofásico, Bifásico ou Trifásico;

(vi) Método de instalação dos condutores;

(vii) Tipo de carga: iluminação, motores, capacitores, etc;

(viii) Distância da carga ao ponto de suprimento;

(ix) Corrente de curto-circuito.

Para que os condutores estejam adequadamente dimensionados é necessário que se


projetem os elementos de proteção a eles associados de maneira que a sobrecarga e
sobrecorrentes presumidas do sistema não afetem a sua isolação.

Encontramos os seguintes conceitos sobre condutores:

Alma Condutora(de um condutor isolado ou cabo) – É o elemento destinado á condução


eléctrica, podendo ser costituido por:

- Um fio(Condutor unifilar);

- Um conjunto de fios devidamente reunidos e não isolados entre si(Condutor multifilar);

- Perfis adequados(Caso de almas condutoras sectoriais maciças).

Condutor – Designação que abrange os condutores nus, condutores isolados e os cabos.

Condutor Isolado – Alma condutora revestida de uma ou mais camadas de material


isolante, que asseguram o seu isolamento eléctrico.
Fig1. Condutor Isolado/ Cabo Unipolar

Fig2. Cabo Tetrapolar(4 condutores) Multifilar

o ACESSÓRIOS

- LIGADOR: Dispositivo destinado a ligar, eléctrica e mecanicamente, dois ou mais


condutores, ou um condutor a um aparelho.

- TUBO: Invólcro de secção recta contínua, circular ou não, destinado, em regra, à


protecção de condutores isolados ou cabos.

- CONDUTA: Invólcro de secção recta descontínua, destinado à protecção de condutores


nus(apoiados em isoladores), condutores isolados ou cabos, podendo ser fechado por uma
superficie amovível.

Canalização Electrica

Chama – se canalização eléctrica ao conjunto constituido por um ou mais condutores e


pelos elementos que asseguram o seu isolamento eléctrico, as suas protecções mecânicas,
quimicas e eléctricas, e a sua fixação, devidamente agrupados e com aparelhos de ligação
comuns.

Alguns exemplos de canalizações eléctricas:

o Cinco condutores isolados dentro de um tubo embebido numa parede, constituindo


o conjunto um circuito trifásico(3 fases, Neutro e o condutor de protecção);
o Um cabo multipolar dentro de um tubo ou conduta;
o Quatro cabos unipolares, cada um deles dentro de um tubo individual constituindo o
conjunto um circuito trifásico(3 fases e um Neutro);
o Quatro condutores isolados dentro de um tubo, formando o conjunto um circuito
monofásico(Condutores em paralelo);

Algumas disposições regulamentares (RSIUEE) sobre canalizações:

 Deverão ser empregados condutores isolados ou cabos, salvo casos excepcionais;


 Os condutores de uma canalização deverão ser todos da mesma tensão nominal;
 Os condutores do mesmo circuito, deverão fazer parte da mesma canalização;
 Uma canalização apenas poderá comportar condutores pertecentes ao mesmo
circuito.

A secção do condutor neutro (N) deverá ser igual à secção dos condutores de fase, para
secções nominais iguais ou inferiores a 10 mm2. Para secções superiores, a secção
nominal do condutor neutro, não deverá ser inferior à indicada no quadro a baixo.

Cores de identificação dos condutores isolados e respectiva ordem sequencial:

Canalização Fixa – Canalização estabelecida de forma inamovível sem recurso a meios


especiais. Normalmente é constituida por condutores rígidos.

Canalização Amovível – Canalização não fixa destinada a alimentar, em regra, aparelhos


móveis ou portáteis. Normalmente é constituida por condutores flexíveis.
Canalização à vista – Canalização visível sem necessidade de retirar qualquer parte da
construção sob a qual está estabelecida.

Canalização Oculta – Canalização que não é visível ou que não é acessível sem a remoção
de qualquer elemento do meio em que está estabelecido.

TIPOS DE CANALIZAÇÕES ELECTRICAS FIXAS


Canalizações fixas à vista
Segundo a classificação encontrada no Regulamento de Segurança de Instalações de
Utilização de Energia Electrica(RSIUEE), são indicados, a seguir, os principais tipos de
canalizações á vista que podem ser encontradas em instalações eléctricas:

A. Canalizações constituidas por condutores rígidos sobre isoladores:

 Podem ser encontradas em instalações afectas a serviços técnicos ou em instalações


industriais(por exemplo, alimentação de fornos).

B. Canalizações constituidas por condutores isolados ou cabos rígidos protegidos por tubos:

 Muito vulgares em instalações em que o aspecto estético não seja prioritários, como
por exemplo em pavilhões industriais ou garagens;
 A fixação dos tubos às superficies de apoio deverá ser feita por meio de
abraçadeiras apropriadas;
 Os tubos estão sujeitos a diâmentros mínimos, em função da secção nominal e do
número de condutores;

C. Canalizações constituidas por cabos rígidos dotados de uma bainha reforçada ou de duas
bainhas:

 Também aqui, a utilização corrente é em locais que o aspecto estético não tem
grande relevância;
 A fixação dos cabos às superficies de apoio pode ser feita por abraçadeiras; em
alternativa, os cabos podem ser assentes sobre prateleiras ou outros suportes
adequados.

D. Canalizações constituidas por cabos flexíveis:

 Caso muito particular que pode ser encontrado na alimentação de certos tipos de
candeeiros de tecto.

E. Canalizações constituidas por condutores isolados ou cabos, protegidos por condutas:

 A dimensão da secção recta das condutas deve ser suficientemente folgada, de


forma a garantir que o somatório das secções dos condutores isolados, ou cabos, não
exceda 40% daquela secção(Segundo estipulado no artigo235 RSIUEE);

F. Canalizações Pré fabricadas

São canalizações de fabrico em série, isto é, montadas em fabricas, contendo, numa


conduta ou invólcro os elementos condutores(Barras) separados e suportados por
elementos isolantes.
Este tipo de solução é muito usado no comércio(por exemplo em hipermercados),
Indústria ou serviços, quer para a distribuição da iluminação quer para a distribuição de
potência;

Canalizações pré fabricadas para a distribuição de iluminação

 Permitem o suporte e alimentação dos aparelhos de iluminação;


 Normalmente, são realizadas com dois (um circuito) a oito(mais do que um circuito)
condutores activos e condutor de protecção eléctrica (Condutor PE);
 Estão disponíveis em intensidades nominais diversas;
 Permitem derivações de 6A, 10A e/ou 16A(valores mais comuns);
 São montadas pela união de vários elementos pré fabricados, com comprimentos
tipicamente entre 2m e 3m.

Canalizações pré fabricadas para distribuição de potência:

 Normalmente, são realizadas com 4 condutores activos mais condutor de protecção


eléctrica;
 Estão disponíveis com intensidades nominais diversa, cobrindo, tipicamente a gama
entre 40A e 100A;
 Para a distribuição de média potência, encontramos, ainda no mercado, canalizações
entre 100 e 800 amperes;
 São montadas pela união de vários elementos pré fabricados com comprimentos,
tipicamente entre 2m e 3m e outros acessórios.
Canalização pré fabricada para a distribuição de potência

Canalizações com utilização de condutas: Mini calhas – Autocolantes


Canalizações com utilização de condutores: Calhas de passagem de chão(Muito usadas para
protecção mecânica de cabos de energia, teléfonicos, de informática, e outros, quer nos
locais de passagem, quer para alimentação, pelo solo, de colunas e mini colunas de
distribuição)

- Eletrocalhas ou bandejas, perfilados e leitos


MÉTODOS DE INSTALAÇÃO
As dimensões dos condutores das canalizações de alimentação dos motores eléctricos é
dependente das solicitações que a carga faz á instalação, no que diz respeito á:

 Potencia da carga(Motor);
 Intensidade de corrente;
 Tensão de alimentação;
 Factor de potência;
 Frequência;
 Entre outros

Por via disso faz se necessário, o dimensionamento básico para a devida instalação, de
notar que este dimensionamento deverá levar também em consideração os efeitos da
circulação da corrente no circuito(Condutores), as caracteristicas físicas dos
condutores(Secção; Comprimento e material de que é feito o condutor); as condições
ambientais do local de instalação(Temperatura; humidade, etc) e o tipo de instalação e as
condições que apresenta(Instalação Oculta; a vista; quantidades de condutores agrupados;
etc).

A previsão de corrente pode ser feita usando a seguinte expressão, conhecidos os


parâmetros da chapa de caracteristicas do motor:

Para motor trifásico e monofásico respectivamente, onde:

– Potencia nominal(W)

– Tensão composta(V)

– Corrente de Serviço(A)

Ao longo das canalizações irá decorrer ainda uma queda de tensão além das perdas
eléctricas devido ao autoconsumo dos condutores devido a sua resistência, visto que:

Mas com o aumento de resistência devido ao aumento de temperatura a quando da


passagem de corrente, então haverá necessidade de se fazer a devida correcção do valor de
resistencia usando se a seguinte expressão.

[ ]
Sendo que:
–Resistência obtida á temperatura ambiente;
– Coefiiente de variação de temperatura(Dependente do tipo de material do
condutor);
– Variação de temperatura entre a temperatura final alcançada devido ao
funcionamento do circuito e a temperatura ambiente do local.

RA3: Montagem e manutenção dos quadros eléctricos gerais e parciais da instalação.

Um quadro elétrico é constituído por um conjunto de aparelhagem elétrica,


convenientemente agrupado e, todo este material vai depender dos circuitos finais e
alimentação a outros quadros. Determinado dispositivo do quadro tem que obedecer a um
conjunto de normas, desde a segurança contra contatos indiretos/diretos até protecção do
cabo do circuito final. Estes dispositivos e suas caraterísticas vão também depender dos que
poderão estar a montante e a jusante. É importante haver seletividade entre estes
dispositivos, pois assim é assegurado que após um defeito haja actuação do dispositivo
imediatamente a montante. Isto é válido tanto para defeitos contra contactos indirectos e
directos como para sobrecargas e curto circuitos.

Um quadro é essencialmente constituído por:

 Estrutura de suporte, invólucro;

 Dispositivos de Proteção Contra Sobreintensidades;

 Dispositivos de Proteção Contra Contactos Indiretos;

 Aparelhos de Comando;

 Aparelhos de Seccionamento;

 Aparelhos de Sinalização;

 Barramentos;

Os quadros elétricos devem incluir reservas para tornar a instalação mais flexível para uma
futura remodelação/ampliação, a existência do esquema eléctrico indicando todos os
circuitos, bem como a protecção, a secção da canalização e a indicação das áreas
alimentadas pelo respetivo quadro, fator importante em instalações como
fábricas/industrias.
Barramentos

O barramento é composto por barras de cobre que permitem a ligação dos vários dispostitos
do quadro. A sua constituição faz-se de acordo com o n.º de fases; neutro e terra. Para o
cálculo da secção do barramento, é necessário saber a corrente que o vai percorrer. Nessa
corrente já deve estar incluído um Fator de Evolução de 25%, que deverá ser depois divido
por metade. (2 A/mm2 ). Existem no mercado diversas opções, sendo necessário apenas
saber o tipo de invólucro do quadro elétrico e a corrente.

Dispositivos de Proteção Contra Sobreintensidades

A proteção contra sobreintensidades, é uma proteção da canalização elétrica, mais


propriamente do cabo, e também do equipamento que estiver a alimentar. Deste modo os
dispositivos de proteção devem ser calculados, segundo os cálculos da alínea 2.6.3. e
sabendo primeiro o tipo de canalização escolhido utilizando a equação 2.2 e 2.3. Os
dispositivos de proteção devem interromper as correntes de sobrecarga nos circuitos antes
que estas possam provocar aquecimentos prejudiciais ao isolamento dos condutores, às
ligações e às extremidades ou aos equipamentos alimentados por esse circuito.

A atuação do dispositivo no corte de energia, deve ser rápida de modo a evitar que esta
ultrapasse o limite a que o isolamento do cabo pode estar sujeito.

Dispositivos de Proteção Contra Contactos Indiretos

Os dispositivos de proteção contra contactos indiretos têm a finalidade de impedir que por
algum motivo, avaria ou defeito de equipamentos a corrente elétrica percorra o corpo
humano. Podendo a corrente elétrica causar efeitos graves nas células humanas,
(protegendo assim as pessoas e animais contra os perigos que daí advém), a finalidade
destes dispositivos é:

 Limitar a corrente que possa percorrer o corpo humano a um valor inferior ao da corrente
de choque;

 Fazer um corte da alimentação num determinado tempo de modo que a corrente não atinja
os valores da corrente de choque.

Estes dispositivos, sensíveis à corrente diferencial – residual, devem funcionar


interrompendo o circuito em caso de um defeito. Numa instalação é conveniente ter em
todos os quadros um dispositivo diferencial, no entanto estes devem ter uma seletividade
com correntes diferenciais inferiores montante e superiores à jusante. A seletividade tem a
função de garantir a coordenação entre dispositivos de proteção, de tal forma que em caso
de defeito numa das zonas da instalação não afete o funcionamento da outra zona.

Aparelhos de Comando

Consideram-se aparelhos de comando, todos os dispositivos para controlo de motores,


iluminação e cargas diversas. Os dispositivos de comando são capazes de estabelecer, de
suportar e de interromper correntes nas condições normais do circuito, podendo ainda
suportar num tempo especificado as correntes nas condições anormais especificadas para o
circuito, tais como as resultantes de uma sobrecargas curtocircuito.

Aparelhos de Seccionamento
Aparelho que se destinada a garantir a colocação fora de tensão de toda ou de parte de uma
instalação, separando-a, por razões de segurança, das fontes de energia elétrica.

Aparelhos de Sinalização

A sinalização no quadro tem a finalidade de informar a existência de tensão em cada umas


das fases. Poderá também indicar consumos e outras informações relativas à corrente que
passa em um determinado circuito do quadro, entre outros.
Régua de Terminais

As conexões entre o cabo e os quadros dos circuitos de saída, deverão ser utilizados
ligadores com tamanho apropriado de acordo com as secções nominais dos condutores,
respeitando as disposições da norma NP-1137. Os ligadores deverão estar
convenientemente identificados. Uma régua de terminais é um elemento que permite fácil
conexão entre troços de um circuito ou estabelecimento de um nó.
O motor a ser alimentado por estas canalizações deve realizar um determinado trabalho,
neste caso será necessário acoplar este motor à uma máquina que irà permitir o
aproveitamento da energia mecânica gerada no veio do motor. Para garantir o devido
funcionamento do motor, acccionando o mecanismo de carga dedicado devem ser
observados aspectos importantes na instalação desde:

i) FUNDAÇÕES

A fundação onde está colocado o motor deve ser plana e, se possível, isenta de vibrações.
Recomenda – se, portanto, uma fundação de concreto. O tipo de fundação a escolher
dependerá da natureza do solo no local da montagem, ou da resistência dos pisos. No
dimensionamento da fundação do motor, deve ser considerado o fato de que o motor pode,
ocasionalmente, ser submetido a um torque maior que o torque nominal.

NB: Na base de concreto deverá ser prevista uma placa metálica para apoio do parafuso de
nivelamento.

a) Bases de concreto (ou chumbadas no concreto)

b) Bases deslizantes
c) Bases metálicas
ii) ALINHAMENTO/NIVELAMENTO

A máquina eléctrica deve estar perfeitamente alinhada com a máquina accionada,


especialmente nos casos de acoplamento directo. Um alinhamento incorreto pode causar
defeito nos rolamentos, vibrações e mesmo, ruptura do eixo.

iii) ACOPLAMENTOS

Existem vários métodos de acoplamento entre motor e mecanismo de trabalho, destacando


se os seguintes:

a) Acoplamento direto: Deve – se preferir sempre o acoplamento direto, devido ao menor


custo, reduzido espaço ocupado, ausência de deslizamento (correias) e maior segurança
contra acidentes. No caso de transmissão com relação de velocidade, é usual também o
acoplamento direto através de redutores.

b) Acoplamento por engrenagens: Acoplamento por engrenagens mal alinhadas, dão


origem a solavancos que provocam vibrações na própria transmissão e no motor. Cumpre
cuidar, portanto, para que os eixos fiquem em alinhamento perfeito, rigorosamente
paralelos no caso de engrenagens retas e em ângulo certo no caso de engrenagens cônicas
ou helicoidais.

Engrenamento direto – neste processo o movimento das rodas se realiza sem auxílio de
correntes, ou seja, as rodas se acoplam diretamente, obedecendo ao perfil do dentado de
cada uma delas.

Engrenamento indireto – é aquele no qual a movimentação das rodas se realiza através de


correntes.
A engrenagem cilíndrica de dentes retos é considerada o tipo mais comum usado na
práctica.

c) Acoplamento por meio de polias e correias: Quando uma relação de velocidade é


necessária, a transmissão por correia é a mais freqüentemente usada.

Montagem de polias: Para montagem de polias em ponta de eixo com rasgo de chaveta e
furo roscado na ponta, a polia deve ser encaixada até na metade do rasgo da chaveta apenas
com esforço manual do montador.

Deve ser evitado o uso de martelos na montagem de polias evitando a formação de marcas
nas pistas dos rolamentos. Estas marcas, inicialmente são pequenas, crescem durante o
funcionamento e podem evoluir até danificar totalmente o rolamento.

FUNCIONAMENTO: Evitar esforços radiais desnecessários nos mancais, situando os


eixos paralelos entre si e as polias perfeitamente alinhadas. Correias que trabalham
lateralmente enviesadas transmitem batidas de sentido alternante ao rotor, e poderão
danificar os encostos do mancal. O escorregamento da correia poderá ser evitado com
aplicação de um material resinoso.
Exemplos de alinhamentos de polias

A tensão na correia deverá ser apenas suficiente para evitar o escorregamento no


funcionamento.

NOTA: Correia com excesso de tensão aumenta o esforço na ponta de eixo, causando
vibração e fadiga, podendo chegar até a fratura do eixo.

ENTRADA EM SERVIÇO

Antes de colocar o motor em funcionamento, ou após longo tempo sem operação, serão
necessários exames preliminares como:

1) O motor está limpo? Foram removidos os materiais de embalagem e os elementos de


proteção?

2) Combinam a tensão e a freqüência do motor com o sistema de alimentação? (Ver placa


de identificação).
3) As partes de conexão do acoplamento estão em perfeitas condições e devidamente
apertadas e engraxadas onde necessário?

4) O motor está alinhado?

5) Estão os rolamentos devidamente lubrificados?

6) Estão conectados os bornes do rotor? (No caso de motores de anéis).

7) Estão conectados os cabos dos protetores térmicos, aterramento e das resistências de


aquecimento?

8) A resistência de isolamento do estator e do rotor tem valores prescritos?

9) Foram removidos todos os objetos, como ferramentas, instrumentos de medição e


dispositivos de alinhamento da área de trabalho do motor?

10) Os porta – escovas estão em ordem? As escovas estão corretamente acentadas?

11) Todos os parafusos do motor estão devidamente apertados?

12) Acionado o motor em vazio ele gira levemente sem ruídos estranhos? O sentido da
rotação está correto? (Observar que para inverter o sentido da rotação, basta inverter a
ligação à rede de 2 terminais quaisquer).

13) A ventilação do motor está OK? (Observar o sentido de rotação para motores que
devem funcionar uni – direcionais).

Um motor que está sendo utilizado, como qualquer outra carga eléctrica requer uma
intervenção de manutenção.

Em uma manutenção de motores elétricos, adequadamente aplicados, deve-se inspecionar


periodicamente níveis de isolamento, a elevação de temperatura (enrolamentos e mancais),
desgastes, lubrificação dos rolamentos, vida útil dos mancais, eventuais exames no
ventilador, quanto ao correcto fluxo de ar, níveis de vibração, desgastes de escovas e anéis
coletores. A não observância de um dos itens anteriormente relacionados podem significar
paradas não desejadas do equipamento. A freqüência com que devem ser feitas as
inspeções, depende do tipo do motor e das condições locais de aplicação. A carcaça deve
ser mantida limpa, sem acúmulo de óleo ou poeira na sua parte externa para facilitar a troca
de calor com o meio.

Quanto ao transporte: Os motores providos com rolamentos de esferas ou rolos, sempre


que necessitem de transporte, deve-se observar que o eixo esteja devidamente travado, a
fim de evitar danos aos mancais.
Recomenda – se que o eixo do motor seja girado (com a mão) pelo menos 1 vez por mês e
sua resistência de isolamento medida antes de sua instalação, no caso de motores
armazenados há mais de 6 meses ou sujeitos à condições de umidade desfavoráveis.

Se o motor possui resistência de aquecimento, esta preferencialmente deverá ser


energizada.

Teste da resistência de isolamento

Medir a resistência da isolação antes de pôr o motor em serviço e/ou quando haja qualquer
pequeno indicador de umidade no bobinado. A resistência, medida a 25ºC, deve ser:

(MΩ)

(Medido com MEGGER a 500V cc) onde:

U – Tensão do motor em V;

P – Potência do motor em KW

Se a resistência de isolamento é inferior a 2 megaohms, o enrolamento deve ser


desumidificado seguindo o método a seguir:

- Aquecer em estufa à temperatura mínima de 80 0C acrescentado 50 C a cada hora até


1050C. Nesta temperatura deve permanecer um período mínimo de 1 hora. Após o motor
alcançar a temperature ambiente, observar se a resistência de isolamento do enrolamento do
estator permanece constante e dentro dos valores mìnimos recomendados, caso contràrio
proceder com nova impregnação do estator.

RA5: Executar a montagem e manutenção de dispositivos de correcção de factor de


potência.

FACTOR DE POTÊNCIA

As instalações industriais tanto na sua implantação assim como exploração, requerem uma
anàlise cuidadosa devido ao efeitos causados pelo funcionamento dos motores; foi visto que
os motores durante o arranque solicitam intensidades de corrente relativamente elevadas,
fenômeno esse que condiciona o dimensionamento das canalizações para a alimentação
destes motores mas além da corrente temos um outro fenômeno que merece maior realce na
análise de circuitos contendo motores eléctrico. O factor de Potência.

A maioria das cargas das unidades consumidoras consome energia reativa indutiva, tais
como: motores, transformadores, reatores para lâmpadas de descarga, fornos de indução,
entre outros. As cargas indutivas necessitam de campo eletromagnético para seu
funcionamento, por isso sua operação requer dois tipos de potência:

Potência ativa: potência que efetivamente realiza trabalho gerando calor, luz, movimento,
etc. É medida em kW.

Potência Reativa: potência usada apenas para criar e manter os campos eletromagnéticos
das cargas indutivas. É medida em kvar.

Em um motor por exemplo, enquanto a potência activa é aproveitada convertida em energia


mecânica, movimento de rotação do veio, simplesmente a potência reactiva é necessária
apenas para a criação do campo magnetico indutor.

Assim, enquanto a potência ativa é sempre consumida na execução de trabalho, a potência


reativa, além de não produzir trabalho, circula entre a carga e a fonte de alimentação,
ocupando um espaço no sistema elétrico que poderia ser utilizado para fornecer mais
energia ativa. Definição: o fator de potência é a razão entre a potência ativa e a potência
aparente. Ele indica a eficiência do uso da energia. Um alto fator de potência indica uma
eficiência alta e inversamente, um fator de potência baixo indica baixa eficiência
energética. Um triângulo retângulo é frequentemente utilizado para representar as relações
entre kW, kvar e kVA.
- CONSEQUÊNCIAS E CAUSAS DE UM BAIXO FATOR DE POTÊNCIA

1 - Perdas na Instalação – As perdas de energia elétrica ocorrem em forma de calor e são


proporcionais ao quadrado da corrente total ( ). Como essa corrente cresce com o
excesso de energia reativa, estabelece-se uma relação entre o incremento das perdas e o
baixo fator de potência, provocando o aumento do aquecimento de condutores e
equipamentos.

2 – Quedas de Tensão - O aumento da corrente devido ao excesso de energia reativa leva a


quedas de tensão acentuadas, podendo ocasionar a interrupção do fornecimento de energia
elétrica e a sobrecarga em certos elementos da rede. Esse risco é sobretudo acentuado
durante os períodos nos quais a rede é fortemente solicitada. As quedas de tensão podem
provocar ainda, a diminuição da intensidade luminosa das lâmpadas e aumento da corrente
nos motores.

3 - Subutilização da Capacidade Instalada – A energia reativa, ao sobrecarregar uma


instalação elétrica, inviabiliza sua plena utilização, condicionando a instalação de novas
cargas a investimentos que seriam evitados se o fator de potência apresentasse valores mais
altos. O “espaço” ocupado pela energia reativa poderia ser então utilizado para o
atendimento de novas cargas. Os investimentos em ampliação das instalações estão
relacionados principalmente aos transformadores e condutores necessários. O
transformador a ser instalado deve atender à potência total dos equipamentos utilizados,
mas devido a presença de potência reativa, a sua capacidade deve ser calculada com base na
potência aparente das instalações. A Tabela a baixo mostra a potência total que deve ter o
transformador, para atender uma carga útil de 800 kW para fatores de potência crescentes.
Também o custo dos sistemas de comando, proteção e controle dos equipamentos cresce
com o aumento da energia reativa. Da mesma forma, para transportar a mesma potência
ativa sem o aumento de perdas, a secção dos condutores deve aumentar à medida em que o
fator de potência diminui.

A correção do fator de potência por si só já libera capacidade para instalação de novos


equipamentos, sem a necessidade de investimentos em transformador ou substituição de
condutores para esse fim específico.

4 - Vantagens da Correção do Fator de Potência

- Melhoria da Tensão

As desvantagens de tensões abaixo da nominal em qualquer sistema elétrico são bastante


conhecidas. Embora os capacitores elevem os níveis de tensão, é raramente econômico
instalá-los em estabelecimentos industriais apenas para esse fim. A melhoria da tensão deve
ser considerada como um benefício adicional dos capacitores. A tensão em qualquer ponto
de um circuito elétrico é igual a da fonte geradora menos a queda de tensão até aquele
ponto.

A fim de simplificar o cálculo das quedas de tensão, a seguinte fórmula é geralmente usada:

∆V = R.I.cosϕ ± X.I.senϕ

∆V = Queda de tensão [V]

R = Resistência [Ω]

I = Corrente total [A]

ϕ = Ângulo do fator de potência

X = Reatância [Ω]

(+) = Para cargas com fator de potência atrasado

(-) = Para cargas com fator de potência adiantado

Os valores de ∆V, R e X são valores por fase. A queda de tensão entre fases para um
sistema trifásico seria ∆V . √3
Por esta expressão, torna – se evidente que a corrente relativa à potência reativa opera
somente na reatância. Como esta corrente é reduzida pelos capacitores, a queda de tensão
total é então reduzida de um valor igual a corrente do capacitor multiplicada pela reatância.
Portanto, é apenas necessário conhecer a potência nominal do capacitor e a reatância do
sistema para se conhecer a elevação de tensão ocasionada pelos capacitores. Nos
estabelecimentos industriais com sistemas de distribuição modernos e a uma só
transformação, a elevação de tensão proveniente da instalação de capacitores é da ordem de
4 a 5%.

- Redução das Perdas

Na maioria dos sistemas de distribuição de energia elétrica de estabelecimentos industriais,


as perdas variam de 2,5 a 7,5% dos kWh da carga, dependendo das horas de
trabalho a plena carga, bitola dos condutores e comprimento dos alimentadores e circuitos
de distribuição.

Redução percentual das perdas :

Vantagens da Empresa

 Redução significativa do custo de energia elétrica;


 Aumento da eficiência energética da empresa;
 Melhoria da tensão;
 Aumento da capacidade dos equipamentos de manobra;
 Aumento da vida útil das instalações e equipamentos;
 Redução das perdas por efeito Joule;
 Redução da corrente reativa na rede elétrica.

- Vantagens da Concessionária

 O bloco de potência reativa deixa de circular no sistema de transmissão e


distribuição;
 Evita as perdas pelo efeito Joule;
 Aumenta a capacidade do sistema de transmissão e distribuição para conduzir o
bloco de potência ativa;
 Aumenta a capacidade de geração com intuito de atender mais consumidores;
 Diminui os custos de geração.

É importante perceber que:

 Potência: Capacidade de produzir trabalho na unidade de tempo;


 Energia: Utilização da potência num intervalo de tempo;
 Potência Ativa (kW): É a que realmente produz trabalho útil;
 Energia Ativa (kWh): Uso da potência ativa num intervalo de tempo;
 Potência Reativa (kvar): É a usada para criar o campo eletromagnético das cargas
indutivas;
 Energia Reativa (kvarh): Uso da potência reativa num intervalo de tempo;
 Potência Aparente (kVA): Soma vetorial das potências ativa e reativa, ou seja, é a
potência total absorvida pela instalação.

 Fator de Potência (Cos ϕ): Razão entre Potência Ativa e Potência Aparente.

CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA EM BAIXA TENSÃO

A correção pode ser feita instalando os capacitores de quatro maneiras diferentes, tendo
como objetivos a conservação de energia e a relação custo/benefício:

a) Correção na entrada da energia de alta tensão: corrige o fator de potência visto pela
concessionária, permanecendo internamente todos os inconvenientes citados pelo baixo
fator de potência e o custo é elevado.

b) Correção na entrada da energia de baixa tensão: permite uma correção bastante


significativa, normalmente com bancos automáticos de capacitores. Utiliza-se este tipo de
correção em instalações elétricas com elevado número de cargas com potências diferentes e
regimes de utilização poucos uniformes. A principal desvantagem consiste em não haver
alívio sensível dos alimentadores de cada equipamento.

c) Correção por grupos de cargas: O capacitor é instalado de forma a corrigir um setor ou


um conjunto de pequenas máquinas (˂10CV) É instalado junto ao quadro de distribuição
que alimenta esses equipamentos. Tem como desvantagem não diminuir a corrente nos
circuitos de alimentação de cada equipamento.

d) Correção localizada: é obtida instalando-se os capacitores junto ao equipamento que se


pretende corrigir o fator de potência. Representa, do ponto de vista técnico, a melhor
solução, apresentando as seguintes vantagens:
- Reduz as perdas energéticas em toda a instalação;
- Diminui a carga nos circuitos de alimentação dos equipamentos;
- Pode-se utilizar em sistema único de acionamento para a carga e o capacitor,
economizando-se um equipamento de manobra;
- Gera potência reativa somente onde é necessário.

e) Correção mista: no ponto de vista “Conservação de Energia”, considerando aspectos


técnicos, práticos e financeiros, torna-se a melhor solução.

Usa-se o seguinte critério para correção mista:

1. Instala-se um capacitor fixo diretamente no lado secundário do transformador;

2. Motores de aproximadamente 10 cv ou mais, corrige-se localmente (cuidado com


motores de alta inércia, pois não se deve dispensar o uso de contatores para manobra dos
capacitores sempre que a corrente nominal dos mesmos for superior a 90% da corrente de
excitação do motor).

3. Motores com menos de 10 cv corrige-se por grupos.

4. Redes próprias para iluminação com lâmpadas de descarga, usando-se reatores de baixo
fator de potência, corrige-se na entrada da rede;

5. Na entrada instala-se um banco automático de pequena potência para equalização final.


O exemplo a seguir mostra os beneficios da correcção do factor de potência, como:
aumento de potência aparente disponível e também uma queda significativa da corrente
solicitada á fonte.

Exemplo: Deseja – se corrigir o fator de potência para 0,92 de uma carga de 930 kW, 380 V
e f.p.= 0,65:

- Sem Correção do Fator de Potência:

Potencia Aparente com o factor de potência inicial:

Corrente inicial:

Depois da correcção do FP a potência fica a potência e a respectiva corrente ficam:

Note que, após a correção do fator de potência, na instalação poderá se acrescentar a carga
em até 41%.

CORREÇÃO NA MÉDIA TENSÃO

Desvantagens:

o Inviabilidade econômica de instalar banco de capacitores automáticos;


o Maior probabilidade da instalação se tornar capacitiva (capacitores fixos);
o Aumento de tensão do lado da concessionária;
o Aumento da capacidade de curto-circuito na rede da concessionária;
o Maior investimento em cabos e equipamentos de Baixa Tensão;
o Manutenção mais difícil;
o Benefícios relacionados com a diminuição das correntes reativas nos cabos, trafos,
etc., não são obtidos.
CUIDADOS NA INSTALAÇÃO DE CAPACITORES

 Evitar exposição ao sol ou proximidade de equipamentos com temperaturas


elevadas;
 Não bloquear a entrada e saída de ar dos gabinetes;
 Os locais devem ser protegidos contra materiais sólidos e líquidos em suspensão
(poeira, óleos);
 Evitar instalação de capacitores próximo do teto (calor);
 Evitar instalação de capacitores em contato direto sobre painéis e quadros elétricos
(calor);
 Cuidado na instalação de capacitores próximo de cargas não lineares (Geram
distorções nas formas de onda de tensão e/ou corrente).

- Localização dos Cabos de Comando

Os cabos de comando deverão estar preferencialmente dentro de tubulações blindadas com


aterramento na extremidade do Controlador Automático do Fator de Potência.

- Cuidados na Instalação Localizada

Alguns cuidados devem ser tomados quando se decide fazer uma correção de fator de
potência localizada:

a) Cargas com alta inércia: ex: Ventiladores, bombas de recalque, exaustores, etc. Deve
instalar-se contatores para a comutação do capacitor, pois o mesmo quando é
permanentemente ligado a um motor, podem surgir problemas quando o motor é desligado
da fonte de alimentação. O motor ainda girando irá atuar como um gerador e fazer surgir
sobretensão nos terminais do capacitor. Pode-se dispensar o contator para o capacitor,
desde que sua corrente nominal seja menor ou igual a 90% da corrente de excitação do
motor.

b) Inversores de Freqüência: Inversores de freqüência que possuam reatância de rede


conectada na entrada dos mesmos, emitirão baixos níveis de freqüências harmônicas para a
rede. Se a correção do fator de potência for necessária, aconselha-se não instalar
capacitores no mesmo barramento de alimentação do(s) inversor(es). Caso contrário,
instalar em série com os capacitores Indutores Anti-harmônicas.

c) Soft-starter: Deve-se utilizar um contator protegido por fusíveis retardados (gL-gG) para
manobrar o capacitor, o qual deve entrar em operação depois que a soft-starter entrar em
regime. É sempre importante medir as harmônicas de tensão e corrente se o capacitor for
inserido no mesmo barramento da soft-starter.

Manutenção Preventiva

6.1 - Periodicidade e Critérios para Inspenção

Mensal

 Verifique visualmente em todas as Unidades Capacitivas se houve atuação do


dispositivo de segurança interno, indicado pela expansão da caneca de alumínio no
sentido longitudinal. Caso positivo, substituir por outra com a mesma potência;
 Verifique se há fusíveis queimados. Caso positivo, tentar identificar a causa antes
da troca. Usar fusíveis com corrente nominal indicada no Catálogo;
 Verificar o funcionamento adequado dos contatores;
 Nos bancos com ventilação forçada, comprovar o funcionamento do termostato e
do ventilador. Medir a temperatura interna (máxima de 450C);
 Medir a tensão e a corrente das unidades capacitivas;
 Verificar o aperto das conexões dos capacitores.

Semestral

 Efetuar limpeza completa do armário metálico interna e externamente, usando


álcool isopropílico;
 Repetir todos os procedimentos do ítem anterior (mensal);
 Reapertar todos os parafusos dos contatos elétricos e mecânicos;
 Medir a temperatura dos cabos conectados ao contator;
 Verificar estado de conservação das vedações contra a entrada de insetos e outros
objetos.
 Instalação dos cabos de sinal de corrente e tensão muito próximos ao barramento
(˂50cm) causando interferencias electromagnéticas.

PRINCIPAIS PARÂMETROS DOS CAPACITORES

a) Temperatura de operação: São os limites de temperatura das células, montadas dentro


dos capacitores. Não confundir com temperatura ambiente.

b) Máxima Tensão Permissível (IEC 831/1):

1,0xVn - Duração Contínua – Maior valor médio durante qualquer período de energização
do Banco.

1,1xVn - Duração de 8h a cada 24h de operação (não contínuo) – Flutuações do sistema.

1,15xVn - Duração de 30 min a cada 24h de operação (não contínuo) – Flutuações do


sistema. 1,20 . Vn - Duração de 5 min (200 vezes durante a vida do capacitor) – Tensão a
carga leve.

1,30xVn - Duração de 1 min (200 vezes durante a vida do capacitor)

c) Máxima Corrente Permissível: (1,30xIn) – É a corrente máxima permitida,


considerando os efeitos das correntes harmônicas por curtos períodos de tempo (não
confundir com corrente nominal).

d) Taxa de Variação da Tensão Máxima (dv/dt): Este parâmetro informa o limite máximo
da taxa da variação de tensão no capacitor em V/ms nos períodos de carga e descarga.

e) Perdas de efeito Joule por kvar: Esse dado é importante para dimensionar a temperatura
interna do banco de capacitores. Devem ser inferiores a 0,4W/kvar.

f) Corrente de pico Transitória Máxima: (100xIn) É a máxima corrente de surto na


energização do capacitor NOTA: Deve-se ter um cuidado especial com o instrumento de
medição utilizado que deve ser do tipo True RMS.

g) Utilização de capacitores com tensão nominal reforçada, ou seja, acima do valor de


operação da rede:

- Capacitor com Vn de 380V/60Hz em rede de 220V/60Hz: A potência nominal do mesmo


fica reduzida em 2202 / 3802 = 0,335, ou seja, em 66,5%;
- Capacitor com Vn de 440V/60Hz em rede de 380V/ 60Hz: A potência nominal do mesmo
fica reduzida em 3802 / 4402 = 0,746, ou seja, em 25,4%.

- Capacitores com Vn de 480 V/60Hz em redes de 440V/60Hz: A potência nominal do


capacitor fica reduzida em 4402 / 4802 = 0,84 , ou seja, em 16%.

Cálculo da Capacidade do condensador para melhorar o FP

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