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GEOGRAFIA (02-2022)

 Estrutura etária da população portuguesa (constituição da população por idades)

Importância: é fundamental no processo de planeamento e ordenamento do território.

Representação: gráfico de barras, denominada pirâmide etária ou de idades, que representa a


repartição da população por idades e por sexo.

De 1960 até 2019, Portugal registou um duplo envelhecimento:

- na base: diminuição da proporção de jovens, por efeito da redução da natalidade;

- no topo: aumento da proporção de idosos, devido à redução da mortalidade e consequente


prolongamento da esperança média de vida.
 Declínio da fecundidade

A redução da natalidade evidencia-se no declínio de outros indicadores de fecundidade, que


têm mantido uma tendência decrescente.

- Índice sintético de fecundidade: apresenta valores inferiores ao índice de renovação de


gerações (2,1).

- Índice de renovação de gerações: valor mínimo do índice sintético de fecundidade necessário


para assegurar a substituição de gerações.

- Taxa de fecundidade: número de nados-vivos ocorridos num ano, por mil mulheres em idade
fértil.

Fatores que explicam a redução dos indicadores de fecundidade:

o generalização do planeamento familiar e do uso de métodos contracetivos;


o aumento da taxa de atividade feminina e valorização profissional da mulher;
o alargamento da escolaridade obrigatória, que faz adiar a entrada na vida ativa e eleva
a idade média ao nascimento do primeiro filho;
o aumento da exigência e das despesas com a educação dos filhos e dificuldade em
conciliar a vida familiar com a profissional;
o dificuldade de inserção na vida ativa e aumento do trabalho precário entre os jovens;
o falta de habitação a preços acessíveis, que dificulta a autonomia dos jovens e limita a
dimensão das famílias.

 Aumento da esperança média de vida

O alargamento do topo da pirâmide etária deve-se ao aumento da esperança média de vida,


por efeito da queda da taxa de mortalidade, conseguida pela melhoria:

o da assistência médica e da proteção social;


o das condições de higiene e de segurança no trabalho;
o das condições de vida em geral.

Índice de envelhecimento: relação entre a população idosa e a população jovem.

Pop. (65 e + anos) x 100

Pop. (0-14 anos)


 Evolução da estrutura da população ativa

População ativa: conjunto de indivíduos com idade mínima de 15 anos que, no período de
referência, constituíam mão de obra disponível para a produção de bens e serviços que
entraram no circuito económico (empregados e desempregados).

População ativa depende da/o:

- estrutura etária da população residente

- valorização da formação escolar e profissional;

- participação da mulher no mercado de trabalho;

- saldo migratório;

- situação económica.

 Evolução do emprego por setores de atividade

Terciarização da economia: domínio do setor terciário no emprego e na produção de riqueza.

A estrutura do emprego, que, em 1974, se repartia quase igualmente pelos 3 setores, alterou-
se mais significativamente após a adesão à UE:
 Evolução dos níveis de escolaridade e qualificação profissional

Apesar dos progressos consideráveis (aumento da taxa de alfabetização e aumento dos níveis
de escolaridade da população, em geral, e da população ativa, em particular), Portugal tem de
continuar a elevar os níveis de escolaridade, que ainda são inferiores aos da União Europeia,
uma vez que constituem um fator fundamental para o desenvolvimento económico e social
do país.

A evolução dos níveis de escolaridade da população ativa evidencia:

o uma redução da desigualdade de género no acesso ao ensino;


o o alargamento da escolaridade obrigatória;
o a democratização do acesso ao ensino superior.
Que problemas levantam os níveis de qualificação da população ativa inferiores aos da
média europeia?

. reduz a eficiência do trabalho; tanto de empregadores como de empregados, dificultando o


aumento da produtividade das empresas, o que as torna menos competitivas.

. reduz as oportunidades de emprego e a progressão salarial e profissional, porque limita a


adaptabilidade e o acesso à formação ao longo da vida.

. aumenta o risco de desemprego, o que se reflete na taxa de desemprego, maior entre as


pessoas menos qualificadas, sobretudo as mais velhas.

Como elevar a escolaridade e a qualificação?

- promover a inovação tecnológica no ensino;

- aumentar e diversificar a oferta educativa profissional para jovens e adultos;

- reforçar a ligação do ensino às empresas.

 Envelhecimento demográfico

O aumento dos idosos e a redução dos ativos são um problema demográfico a que urge dar
atenção, pois dificulta a sustentabilidade social e económica, uma vez que:

- o aumento das despesas do Estado com a saúde, os serviços de apoio aos idosos e,
sobretudo, com as pensões de reforma;

- não é compensado pelas contribuições da população ativa, que tendem a diminuir;

- conduz a um desequilíbrio financeiro dos sistemas de pensões e da proteção social, que


podem entrar em rutura.

 Assimetrias regionais

Êxodo rural: migração de pessoas das zonas rurais para as zonas urbanas

Densidade populacional: Número de habitantes existentes por km2

Litoralização: concentração de pessoas e de atividades económicas junto ao litoral

Bipolarização: concentração de pessoas em dois polos diferentes: A.M. Lisboa e A.M. Porto
Fatores atrativos que explicam a litoralização e bipolarização

Humanos:
Físicos: - desenvolvimento da agricultura;
- clima mais húmido e ameno; - grande número de cidades;
- relevo menos acidentado - maior densidade e qualidade das redes
e infraestruturas de transporte e
- solos mais férteis
comunicação;
- extensa linha de costa
- implantação de atividades industriais e
terciárias.

Fatores repulsivos que exlicam a diminuição da pop. no


interior
Humanos:
Físicos: - agricultura menos produtiva;
- relevo mais acidentado; - menos númeor de cidades;
- clima com invernos mais rigorosos menos implantação da indústria e
e verões mais quentes e secos; das atividades terciárias;
- solos mais pobres; - menor densidade das redes e das
- menor acessibilidade natural. infraestruturas de transporte e
comunicações.
Medidas de valorização dos territórios:

. melhorar as infraestruturas, as acessibilidades e a oferta de serviços;

. valorizar as potencialidades e os recursos endógenos;

. fomentar a cooperação intermunicipal e inter-regional;

. mobilidade de profissionais qualificados;

. parques empresariais;

. incentivos fiscais e financeiros.

 Recursos do subsolo

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