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DISCIPLINA F 609 Prof. Lunazzi 1o sem.

2020 Prova testinho P1 01/07/20

Nome do aluno: Tobias E. Gasparini (082958)

1) Quais foram as mágicas apresentadas em aula, e qual a finalidade delas?

Foram realizadas diversas “mágicas” em aula:


a) A mágica da curvatura do lápis oscilando nos dedos de uma pessoa, a qual, pela velocidade com que oscila
o lápis, cria a falsa sensação de que o lápis é maleável e não rígido.
b) Também foi feita a mágica do isqueiro Bic, a qual faz a pessoa ter a falsa ilusão sobre a simetria do
isqueiro.
c)A mágica do laço foi uma das que me marcaram, pois a surpresa que cria no observador o leva a refletir
sobre as limitações das suas capacidades sensíveis, o que pode servir para levar o observador a pensar na
necessidade de ferramentas analíticas mais elaboradas para ser capaz de compreender os fenômenos naturais
a sua volta.
d) Cinema no caderno: fazendo desenhos sequenciais nas folhas de um caderno, é possível criar a sensação
de movimento ao folear rapidamente as folhas do caderno. A “mágica”, neste caso, é o fundamento dos
cinemas, o qual cria a sensação de movimento através da projeção de 24 imagens sequenciadas a cada
segundo. O cérebro humano, então, interpreta essa sequência de imagens no caderno como um filme.
Novamente, através desta mágica é possível explorar as limitações das nossas capacidades sensitivas.

2) Quanto vale o tempo de captação visual de um fenômeno? E o de captação auditiva?


Explique os valores colocados, se estenda no assunto.

O tempo de captação visual corresponde ao fenômeno no qual o cérebro continua processando a informação
de uma imagem na retina uma fração de segundo após sua percepção. Em outras palavras, a imagem
permanece na retina alguns centésimos de segundos após sua percepção pela mesma. Assim, para distinguir
duas imagens, o olho humano deve ter um intervalo de tempo maior entre as duas imagens do que o tempo
de captação visual. Esse fenômeno é o que permite a sensação de movimento proporcionada pelos cinemas.
Os antigos filmes de celulóide eram rodados a 24 quadros por segundo e esta velocidade de projeção
continua (com nuances) a ser utilizada hoje em dia (como “O Hobbit” possuem taxa de projeção de 48
quadros por segundo).
O tempo de captação visual do olho humano é em torno de 1/16 segundo (apoximadamente 0,06 s). Assim,
para distinguir duas imagens, o olho humano precisa ficar exposto a cada imagem 0,06 s no mínimo.
Se no meio de uma transmissão de televisão, uma imagem for projetada na tela por 0,01 s as pessoas que
estão assistindo à transmissão não conseguirão “discernir” a imagem projetada. Esta técnica é usada como
estratégia de marketing até hoje em dia.
O tempo de captação auditiva corresponde ao intervalo de tempo necessário para o ouvido humano ser capaz
de discernir entre dois sons. Usualmente nas aulas de física, utilizamos o valor de 0,1 s como o intervalo de
tempo mínimo entre dois sons para ser capaz de discerni-los. Por isto, dentro de uma sala de aula, a voz do
professor parece mais intensa do que realmente é: a percepção da onda sonora que chega à orelha do aluno
vinda diretamente da boca do professor e a percepção da onda sonora que chega à sua orelha após reflexão
nas paredes da sala, diferem em um intervalo de tempo menor do que 0,1 s e o aluno tem uma sensação de
reforço sonora (chamamos reverberação).
Aritgo interessante sobre cinema e a ciência da percepção luminosa (http://accidentalscientist.com/2014/12/
why-movies-look-weird-at-48fps-and-games-are-better-at-60fps-and-the-uncanny-valley.html#gsc.tab=0 )

4) O que é um holograma? Descreva-o pelos que observou em aula, e acrescente o que saiba
sobre o tema. Que utilidade didática teria o holograma para o ensino de física?

Uma projeção que representa uma imagem tridimensional por meio de uma ilusão de óptica.
5) Se colocarmos uma garrafa em pé mergulhada em uma jarra de água, qual é o diâmetro
máximo de abertura na parte superior para que a água não entre nela? Justifique. Quem
fazia esse experimento para crianças?

A água passa a entrar na garrafa quando diâmetro da abertura é um pouco menor do que 1 centímetro. Este
experimento era utilizado para demonstração em aula por madame Curie no começo do século XX.

7) Explique o vídeo “Caneca asustada”, do “Manual do Mundo”.

A caneca não cai no chão, pois a conservação de momento angular da arroela na outra extremidade do fio a
faz acelerar a medida que seu lado do fio fica menor. O aumento da velocidade da arroela se dá através da
transformação de energia potencial da caneca em energia cinética da arroela. Assim, a caneca perde
velocidade, uma vez que sua energia potencial gravitacional está sendo transformada em energia cinética da
arroela.

8) Se um aluno de escola lhe dizer: "Mas afinal, a ciência não sabe nada ao certo, está sempre
duvidando, colocando novas teorias!", Qual resposta lhe daria?

Sim, de fato está! Este é o coração de uma teoria científica: a possibilidade de que ela esteja errada, a
possibilidade de ser questionada e colocada a prova.
Esta é a diferença entre o conhecimento científico e o conhecimento dogmático: o primeiro não se pauta por
verdades absolutas, mas se desenvolve exatamente através da possibilidade de se questionar e duvidar das
“verdade científicas” já estabelecidas.
Porém, cuidado. O conhecimento científico sempre carrega a possibilidade da dúvida, porém é um
conhecimento construído metódica e metodológicamente. Assim, uma certa teoria científica não corresponde
a uma possibilidade remota para a realidade, um chute quase acidental para explicar os fenômenos naturais.
Pelo contrário, uma teoria científica, para alcançar tal posto, passa por inúmeros teste lógicos e empíricos
para verificar a validade dos seus pressupostos. Assim, o conhecimento científico é sempre passível de
questionamento, mas tal questionamente deve ser feito dentro dos marcos do método científico.
A Ciência é uma construção cultural do ser humano e, como toda construção cultural, está sempre se
reinventando e se transformando, acompanhando o nível de desenvolvimento social, econômico e,
consequentemente, intelectual das sociedades humanas.

10) Por quê a velocidade da luz é menor em um meio? Como sabemos disso?

A velocidade da luz é menor em um meio material pelo fato do meio material apresentar campos elétricos e
magnéticos em nível atômico, os quais interagem com as ondas eletromagnéticas de luz. As propriedades
elétricas e magnéticas do meio material alteram a velocidade da luz, como se fosse mais “difícil” perturbar o
meio material na propagação da onda eletromagnética.
Maxwell demonstrou teoricamente (e foi comprovado empiramente posteriormente) que a velocidade da luz
é dada pelo inverso da raiz quadrada de duas propriedades mecânicas do meio: a permissidade elétrica e
permeabilidade magnética.
Podemos observar isso usando uma interferômetro de michaelson com uma dos espelhos oscilando a uma
certa frequência.

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