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Adilson Reane 10/04/2021.

SALTOS QUÂNTICOS E A DISTORÇÃO DA REALIDADE.

Quando falamos em saltos quânticos, muita gente sofre de arrepios por não entender o real
significado dessas duas palavras, dentro do que a ciência humana acaba entendendo dessa teoria, a Teoria
Quântica.
Onde é que vemos ou conseguimos definir a existência desses benditos e afamados saltos? Ora,
simplesmente em tudo! Mas tudo mesmo? Bem, podemos dizer que em tudo o que vemos e em boa parte
do que não vemos, isso em se tratando de “substâncias materiais”...
Mas o que são saltos quânticos? Depende da conotação, do contexto que se esteja utilizado essa
expressão. Por exemplo, em filosofia, ao nível espiritual, ao nível mental no sentido de modo de pensar, em
fenômenos físicos, em fenômenos químicos, ou seja, em uma série de situações bastante distintas, mas
sempre com o significado de elevação ou até mesmo, sob certa ótica, de decaimento.
Imaginemos situações palpáveis, ou que estejam ligadas ao nosso dia-dia, mas que, via de regra, não
prestamos a menor atenção...
Como é que conseguimos enxergar os objetos materiais que estão ao nosso redor? Isso acontece a
todo instante que nossos olhos estão abertos (claro que uma vez que não haja deficiência visual, mas essa é
outra história). Olhamos ao nosso redor e definimos a existência de inúmeros objetos, desde que haja
claridade ou iluminação suficiente para isso. Admitindo essa possibilidade, a luz ambiente incide sobre os
objetos, é refletida para o interior dos nossos olhos, mais precisamente para a retina, que é formada por
células receptoras (cones e bastonetes); essa células são estimuladas e geram uma espécie de corrente
elétrica que é transmitida pelo nervo ótico até regiões especificas de nossos cérebros. Nossos cérebros
decodificam essa corrente elétrica e forma com cada uma delas, pois que são muitas recebidas a todos
instante, e as transformam nas imagens que estamos habituados no nosso dia-dia a vermos. Então, essa
seria, a grosso modo, uma descrição do processo de ver, de perceber visualmente o ambiente que nos cerca.
Mas o que isso tem a ver com saltos quânticos? Bem, dentro do objetivo a que me proponho aqui,
só tudo! Porém não esgota as possibilidades...
Quando olhamos para um objeto e o vemos, distinguimos detalhes de sua configuração, cores e etc.,
o que de fato está ocorrendo?
A luz, quando incide sobre qualquer objeto, e por ser energia na forma de fótons, ou pacotes de
luz/energia, ela atinge os elétrons superficiais daquele objeto. Esses elétrons ao receber aquele volume extra
de energia, saltam e buscam um nível condizente com sua nova condição de maior energia, porém, por não
pertencer a esse nível mais elevado de energia, ou seja, não ser sua condição natural dentro daquele átomo,
ele é obrigado a se desfazer daquela energia extra recebida, emite um fóton, e a saltar de volta ao seu nível
anterior, ao qual lhe é mais estável e onde a sua natureza lhe permite conviver mais estavelmente no átomo.
Para um elétron, os saltos que realiza, indo e voltando entre um nível de energia e outro, são os
afamados saltos quânticos.
Já os pacotes de fótons emitidos pelos elétrons quando saltam ao seu nível de origem, são aqueles
que chegam até nossa retina e nos permitem ver o objeto ou objetos que nos cercam. Ou seja, ao vermos,
estamos participando direta e ativamente de fenômenos eletromagnéticos e eletroquímicos.
Há outras formas de saltos quânticos em “substâncias”, porém me absterei aqui de suas descrições
por fugirem ao objetivo do texto.
Então, o que tem a ver saltos quânticos com a percepção da realidade que nos cerca?
Vejamos: dentro de todo o espectro eletromagnético, que são as ondas ou quantas energéticos que
viajam a todo momento ao nosso redor, conseguimos perceber somente uma faixa bastante estreita dessa
ondas e, a maior parte desse espectro acabamos nem percebendo sua existência. Isso significa que a maior
parte de nossa realidade acaba nos escapando à percepção.
Adilson Reane 10/04/2021.

Imaginemos alguém que sofre de daltonismo, ou seja, confunde as tonalidade de vermelho e de


verde. Claro que, sob o ponto de vista do sentido da visão, a percepção da realidade de quem sofre desta
anomalia visual ainda é maior.
Outro detalhe que devemos perceber nessa figura e no nosso dia-dia, é que não conseguimos definir
determinadas interfaces de cores, ou seja, de comprimentos de ondas. Não percebemos onde começa uma
cor e termina a outra. Nossa sensibilidade visual, por mais que julguemos enxergar muito bem, nos trai nesse
quesito e em inúmeros outros...
Então, perceber a realidade que nos cerca, dentro do âmbito da visão humana, é tremendamente
deficitário, o que nos deveria levar a pensar em alguma espécie de “up-grade” desse sentido.
Mas o que acontece se melhorarmos o sentido da visão e nossos cérebros não conseguirem
acompanhar essa melhoria? Bem, penso que as limitações de percepção continuariam, mas nesse caso,
seriam transferidas agora para o cérebro como interprete de uma nova realidade. Porém, como o cérebro é
um órgão bastante “plástico”, imagino que poderia ocorrer uma série de readaptações das sinapses para
refletir a nova condição de percepção da realidade.
Caso esse tipo de adaptação puder ser gerado em nossos cérebros, isso poderia ser considerado uma
espécie de salto quântico em nossas percepções, pois acabaríamos vendo o que nos cercar, a nossa realidade
física, sob novos panoramas ainda não descortinados.
Como toda mudança adaptativa e ou modificativa, isso pode ser bom ou não, iria depender da forma
como pensamos e como recebemos essas mudanças, assim como todas que ocorrem em nossas vidas.
Esse tipo de salto seria bom?

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