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ACIDENTES CAUSADOS POR FALHA NO

DIMENSIONAMENTO, EXECUÇÃO OU INADEQUAÇÃO


EM UM PILAR

1. Laudo de anel viário aponta falha na execução do pilar, diz gerente


do MTE
O laudo preliminar da Polícia Técnico-Científica do estado de São Paulo sobre a
causa do acidente no anel viário, em Piracicaba (SP), apontou falha na execução
do pilar central da obra, segundo informações de Antenor Varolla, gerente
regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A queda da ponte ocorreu
em julho de 2013 e resultou na morte de cinco trabalhadores, deixando ainda outros cinco
feridos.
“Nós recebemos o laudo preliminar na semana passada. No documento, uma das
causas da queda da ponte deve-se à função da execução da fundação e do pilar
central, que estavam em desacordo com o projeto do engenheiro, que está
correto”, relatou Varolla.
O gerente regional do Ministério do Trabalho relatou que podem ter faltado
procedimentos durante a execução do trabalho. “Eu não diria erro humano, mas
pode ter faltado procedimento ao fazer a concretagem do pilar central. Talvez
tenha faltado uma inspeção prévia de um engenheiro de fundação, após a
concretagem. Mas isso ainda será apurado e não posso afirmar nada. O laudo
quem irá identificar as causas.”

2. Prédio que desabou tinha falha em pilar


Dois pilares centrais do prédio que desabou em Belém no dia 29 de janeiro
tinham ferros com espessura menor do que a necessária para que fossem
resistentes, segundo laudo divulgado ontem. Três pessoas morreram na queda.
Segundo a perícia, feita pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, houve
erro no "modelo matemático" usado no projeto estrutural do prédio. Os pilares
ficavam próximos ao fosso do elevador, no térreo. Os ferros que passam dentro
dos pilares deveriam ter diâmetro de pelo menos 5 mm, mas tinham 4,2 mm. Isso
comprometeu a resistência, segundo o laudo. O prédio tinha 34 andares e 60
apartamentos e seria finalizado em dezembro deste ano.
3. Laudo da queda do viaduto em BH: erros de cálculos e
falta de material

No desmoronamento parcial do elevado, em 3 de julho, um micro-ônibus, um


Fiat Uno e dois caminhões foram esmagados pelos destroços, matando duas
pessoas e deixando 23 feridas. Em nota divulgada nessa quinta-feira, a
corporação revelou parte das conclusões do documento, que será enviado
quarta-feira ao delegado Hugo e Silva, que apura o caso.
Conforme o Estado de Minas antecipou em sua edição de ontem, o laudo
aponta que a ruptura da base do pilar 3 da alça sul provocou o afundamento da
estrutura e, por consequência, a queda da estrutura superior (tabuleiro) do
elevado sobre a Avenida Pedro I. O documento também revela que não houve
contribuição de causas geológicas para o incidente. Segundo fonte ouvida pelo
EM, a pouca quantidade de aço da estrutura deixou o bloco de sustentação
enfraquecido. Em apenas um dos pontos, constatou-se que havia de 15% a
20% menos aço do que o necessário na armação. A conclusão é semelhante ao
estudo técnico apresentado pela construtora Cowan, responsável pela obra, em
22 de julho, 19 dias depois do desabamento.“No estudo da Cowan, um
especialista (Catão Francisco Ribeiro) refez os cálculos dentro de sua
concepção e depois comparou com os dados do projeto da Consol Engenheiros
Consultores. Já as análises dos peritos do Instituto de Criminalística se
concentraram na busca de explicações para a queda da alça sul do viaduto.
Daí, constatou-se que os cálculos do projetista tinham falhas mínimas, mas
que não provocariam o desabamento. Porém, erros na transposição desses
cálculos para o projeto resultaram na redução do volume de aço na execução
da obra e na fragilidade do bloco de sustentação”, explicou um técnico, que
pediu anonimato.
Segundo ele, a tragédia poderia ser evitada caso o projeto tivesse passado por
verificação e detalhamento, conforme prevê a Resolução 6.118 da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A Superintendência de
Desenvolvimento da Capital (Sudecap), órgão público responsável pela obra,
não informou se o projeto da Consol foi submetido a análises de seus técnicos
ou de empresa independente de verificação. Em nota, informou que a
Prefeitura de Belo Horizonte vai aguardar o laudo oficial da perícia para se
manifestar. Já a Cowan, em nota, informou ter recebido o projeto da Sudecap,
aprovado e assinado, para ser executado.

4. LaudodoMPapontarachaduraefalhanoprojetodeciclovianoRio
A ação de fortes ondas em lajes sem qualquer tipo de ancoragem nos pilares
foi apontado como fator determinante para o acidente na Ciclovia Tim Maia,
na Avenida Niemeyer, de acordo com Ministério Público do Estado do Rio
(MP). A afirmação consta na representação que instaura o inquérito civil
público para apurar as responsabilidades pelo desabamento que aconteceu
no dia 21 de abril e resultou em duas mortes.

O documento assinado pelo promotor Vinicius Leal Cavalleiro afirma "que


houve minimamente uma falha, ou na concepção do projeto, por parte do
poder público contratante e/ou na execução deste mesmo projeto (eis que,
além de mal projetado, este pode ter sido também mal executado)".

O promotor sustenta a afirmação em um laudo preliminar do Grupo de Apoio


Técnico Especializado (Gate), do MP, elaborado pelos peritos Eduardo Nei de Jesus
Vieira, arquiteto e urbanista, e Manoela de Moraes Silva, engenheira civil. Os
técnicos do MP vistoriaram no dia do acidente o trecho da ciclovia que sofreu abalo
estrutural.

"O fator determinante da ocorrência do acidente se deveu à ação de fortes ondas que
atingiram as lajes apoiadas pelos pilares 48, 49 e 50, tendo contribuído
significativamente para o resultado, o partido estrutural de mero apoio das lajes, sem
qualquer tipo de ancoragem, nos pilares; neste mesmo sentido, destaca-se que o
trecho afetado tem a linha de base totalmente exposta à ação das ondas", escreveram.
No dia da vistoria, os peritos fotografaram o pilar 49 com uma rachadura

5. Crea-MT diz que obra do viaduto da UFMT segue


normas.
A falha foi de responsabilidade do Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande,
formado pelas empresas Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e
Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda. Ao MidiaNews,
o engenheiro civil André Luiz Schuring, que participou da vistoria, afirmou que
"todos os pilares da obra apresentaram problemas", no entanto, quatro deles
tiveram irregularidades “mais proeminentes” e precisariam ser demolidos para
garantir a segurança da obra.

“Foi um erro aleatório em que cada pilar apresentava uma não conformidade
com o projeto. Esses pilares estavam numa cota diferente do que estava
previsto [o que interfere na altura da viga]. Isso ocasionava que a plataforma, a
viga por onde o carro ia passar, poderia estar abaixo ou acima, causando um
desnível e dificultando essa passagem”, explicou.

O engenheiro ressaltou que houve desnível em boa parte dos pilares, variando
de 60 cm a 65 cm – para baixo ou para cima da cota [altura] prevista – e que
não se trata de um erro que passaria “batido” pelo consórcio.

Bibliografia:
1) G1 - Laudo de anel viário aponta falha na execução do pilar,
diz gerente do MTE - notícias em Piracicaba e Região
(globo.com)
2) https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/predio-que-
desabou-tinha-falha-em-pilar-51n9z8f8deqszwakop5m4nkge/
3) Laudo da queda do viaduto em BH: erros de cálculos e falta de
material - GGN (jornalggn.com.br)
4) Laudo do MP aponta rachadura e falha no projeto de ciclovia
no Rio | O TEMPO
5) MidiaNews | Crea-MT diz que obra do viaduto da UFMT
segue normas

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