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CENÁRIO
Quão longos foram os séculos, o milênio que eu gastei na escuridão sem a luz de seu sorriso. Quão amargas
foram as lágrimas que eu derramei, suficientes para encher um lago cem vezes maior que aquele que Amenhotep
construiu pelo amor de tive. Quão esfarrapada têm sido a minha existência, que me força a viver vezes a fio nesse
mundo decadente, para sempre negando a presença de minha irmã, minha vida, meu amor, minha alma.
Foi apenas na minha última morte que eu aprendi certas coisas que me levaram a escrever esta carta -
por elas então, enquanto meu ba caminhava entre incontáveis almas de bárbaros, eu aprendi sobre alguém que
buscou o caminho para Amenti, cujo nome era Ankh-es-em-Amun. Embora pese em meu coração rezar para
pedir tal coisa, contudo eu ainda ouso esperar que você more lá, e que não passará para as abençoadas de Aaru
até que esta minha pobre missiva puder te localizar. Aquele que a leva foi bem pago, contudo eu peço a você,
como você uma vez olhou por mim com favor, que o recompense novamente, e se lhe agradar a idéia de me
escrever algumas linhas depois destes muitos séculos, ele saberá onde traze-las para mim.
Eu escrevo isto para que você saiba o que restou de mim, e porque tantas épocas se passaram, e em cada
uma delas eu tenho falhado em cumprir minha promessa de me juntar a você aos pés de Osíris. E eu espero que,
uma vez conhecendo, você possa entender, e entendendo, você possa perdoar.
Aquilo que estiver escrito nesta carta é o conhecimento que eu pude adquirir considerando a mim mesmo
e aqueles parecidos comigo. Este é um trabalho pobre para mostrar todas aquelas vidas, mas nós somos uma raça
enigmática e reservada, e mantemos nosso conhecimento para nós mesmos. E mais para frente, como você deverá
perceber, meus esforços foram impedidos por meu status de paria - sim, meu amor, mesmo agora a face de Hórus
está virada para mim, e eu estou marcado com o nome de Ishmael, que foi o primeiro a nos abandonar.
Pelo crime de nosso amor, depois que você seguiu em frente, me foi negado para sempre a visão abençoada
de Aaru. Minha punição tem sido viver vezes a fio através da eternidade, através de incontáveis vidas e estar
sempre separado da irmã de minha vida.
Naquele momento, isto foi colocado a mim de forma diferente, embora eu não esteja enganado. De fato,
CAPÍTULO UM: CENÁRIO
1
eles disseram para mim que isto era uma honra, e que eu não estava sendo merecedor dela desde que eu corrompi
a sacerdotisa. Porém, eles disseram, o próprio Hórus havia me escolhido, e a luta dos Shemsu-Heru, os Filhos
de Hórus, estavam precisando de minha força e de meu Hekau contra as vis tropas de Set e Apep.
Mas eu não poderia ter nada disto. Ainda que possa ter sido um pecado repudiar minha submissão a
Hórus, eu não poderia seguir alguém que fosse tão severo na punição de me aprisionar eternamente entre os
vivos, e negar para sempre a visão e a companhia de meus amados. Certamente sua abençoada mãe, sua sacer-
dotisa, que prejudicamos por seu amor, não teria sido tão cruel, por tudo aquilo que ela trouxe dos ensinamentos
dos rituais de Thoth pelos quais eu fui condenado a este interminável desespero.
Seja como for, eu não poderia mais seguir Hórus, e estava brandindo o nome de Ishmael depois da
primeira múmia que deixou a sua ocupação. Por isso eu sou o que sou - uma múmia, vivendo por um tempo,
então morrendo, então Renascendo, como o maior de minha espécie poderia fazer.
Os filhos de Hórus não são a totalidade do Renascimento, ainda que eles acreditem que nós acreditamos
que eles são. Todos nós recebemos - de boa vontade ou não - o Rito do Renascimento, como foi feita pela mão
poderosa de Ísis vindo dos ensinamentos de Thoth: e é dito que, nenhum de nós, pode passar por esse mundo
exceto por um curto período de tempo, enquanto o ba vaga no exterior e recupera o seu poder.
Em minhas várias mortes eu tenho procurado sem fim por alguma notícia tua. Eu tenho vagado através
das pavorosas terras de Neter-khertet, e vendo ela infestada de bárbaros através dos séculos. Eu contemplei os
palácios de Amenti, e caminhei nas salas que já foram caminhadas pelo próprio Osíris - agora um pouco
melhores que as esmigalhadas ruínas de Mênfis, cuja noite nós uma vez compartilhamos. Eu naveguei com
Anúbis - porque ele parece me tolerar da mesma forma que os seguidores de Hórus, se não melhor - na terrível
Tempestade que cerca cada um de nós.
Eu escutei Anúbis falar de Aaru, onde o espírito pode encontrar a paz, e eu vi até mesmo seus muros à
distância, através da grande tempestade. Mas eu não vou deixar ele me levar até lá, porque é dito que qualquer
um que entre nos jardins de Aaru nunca poderá deixa-los e retornar ao mundo das sombras mortas - e eu não
quero entrar, por medo de não te encontrar lá.
Mas agora, eu tenho esperanças - e se esta desprezível súplica puder ao menos achar seu caminho até você,
e se o seu coração não estiver furioso comigo porque eu não fui até você em todos esses séculos, como eu jurei pela
minha vida fazer - então me deixe ir até você, onde quer que você esteja, e vamos fazer a jornada para Aaru
juntos.
Esses escritos que eu te enviei com este argumento do meu coração, eu coletei a princípio para que eu pudesse
entender a minha condição, e a entendendo, tanto aprender uma forma de superar isto ou, pelo menos, aprender
a usar suas vantagens ímpares para me ajudar em minha busca por você. Eu tenho mantido esses escritos sempre
comigo, junto com meu diário que felizmente eu tenho mantido na velha língua desde os tempos de minha
primeira morte.
Estas coisas me ajudam a lembrar - por causa das numerosas vidas, mortes e renascimentos a memória
pode se tornar confusa, e as mais valiosas lembranças de séculos passados podem desfalecer como a substância dos
sonhos quando eles são dispersos pelo sorriso matinal de Ra. Eu tenho visto aqueles de minha espécie que não
mais se lembram de seus próprios nomes, e isto é algo terrível.
Ainda que o esquecimento seja uma maldição, a lembrança raramente é uma benção. Ser, e fazer, e ver,
e saber, e amar tantas coisas, pessoas, lugares derrubados através de muitas vidas, e ver cada um se desintegrar,
envelhecer, definhar e morrer, perdido para sempre - isto desgasta o espírito de uma forma que é dificilmente é
compreensível para alguém que tenha vivido apenas uma única vida. O desespero leva alguns até o desejo pela
morte, e novamente isto lhes é negado. Apenas a loucura oferece alguma escapatória.
HISTORIA
Minha cara sarcedotisa de Akhenaton, hoje lhe confiarei um segredo
que eu nunca compartilhei com nenhum mortal. Provavelmente você seja a
nossa última esperança de registro de nossa história. Estarei partindo dentre
em pouco, e acredito que será para lutar minha última batalha contra Apóphis.
O nosso exército se enfraqueceu muito no decorrer dos milênios, restando
poucos ainda leais a Hórus. Portanto cabe a você preservar este conhecimento,
de forma que ele venha a ser útil à quem for enfrentar Apóphis em nosso lugar,
caso não vençamos. Não me olhe dessa forma, eu confio na vitória, mas não
posso negar que o nosso exercito enfraqueceu demasiadamente.
Para começar, passarei uma versão traduzida de fragmentos escritos pela
própria Ísis. Ele foi traduzido e é bom ressaltar que há muitos dentre nós que
contestam tais conhecimentos e a veracidade destes fragmentos, mas eu pesso-
almente não vejo menor razão para tais dúvidas.
Os Fragmentos de Ísis
Eu falo do começo do tempo, quando os deuses caminhavam na Terra. Eu sou Eset,
também conhecida como Isis: também chamada Weret-Hekau, a Grande na Mágika, e Mut-
netjer, a Mãe dos Deuses. Eu sou testemunha do começo daqueles antigos dias, do sacrifício de
um líder por seu povo, da traição de um irmão por seu irmão, e da lealdade de um filho para
com o seu pai. Eu tenho visto o mal crescente que firma raízes em nosso mundo, e eu tenho
combatido esse mal: deixe outros lerem minhas palavras e preste atenção.
Eu vim de uma família de deuses: É dito que o nosso antepassado foi Ra, o Sol Eterno.
E eu tenho falado com ele em meus sonhos, e através desses sonhos eu ganhei poder. Ra lutou
contra a Grande Serpente Apóphis, que buscava derrubar o sol e levar nossas terras para as
trevas eternas, e a cada dia os dois combatiam nos céus.
Meu irmão-marido foi Osíris, também chamado Wen-nefer, o Mais Belo. Osíris era ele
mesmo parecido com um deus. Forte e belo e sábio, não havia ninguém na terra que pudesse
se comparar. Nós vivemos com os nossos povos numa terra chamada Khem, onde a face de
Ra queimava brilhantemente nos céus. Khem foi a primeira terra criada pelos deuses, e nossa
cultura foi a primeira e a melhor a abençoar a Terra. Foi para proteger essas terras e seu
povo que nós nos juntamos, Osíris e eu.
Osíris foi um grande líder cuja voz compeliu povos a tarefas grandiosas, e sob os seus
auspícios estavam as disparatadas regiões do Egito unidas, e as sementes de uma grande
civilização plantadas. Assim tornou-se Osíris, o Senhor das Duas Terras, o primeiro rei.
Algumas regiões permaneceram independentes deste novo estado egípcio, mas muitos outros
juntaram-se a nós. Todos os povos juntavam-se felizes diante de Osíris, e juntos nós todos
olhávamos para um futuro brilhante.
Set
No entanto, havia uma víbora aninhada na corte de Osíris: seu irmão mais novo Set, que
era astucioso e um mestre na fraude. Set cobiçava o poder de seu irmão, e se concentrou na
tarefa de tomar tudo que era de Osíris. Mas os desejos de Set iam contra a Maat, pois ele
visava não governar para que pudesse beneficiar o seu povo, mas para que eles pudessem
servi-lo. Os desejos de Set pelo trono tornaram-se claros, e outros descobriram seus planos
traiçoeiros a tempo. A represália de nosso irmão foi severa, porém justa: ele baniu Set para
além das fronteiras da nação. Nunca mais, disse o meu marido, sua face verá o sol de nossa
terra natal. E novamente o povo do Egito olhou para o futuro com esperança, pois a Maat
havia sido restaurada.
Este foi o tempo de deuses e reis, e nada na Terra poderia nos roubar isso.
Mas então veio o estranho.
Typhon
Eu nunca soube seu nome verdadeiro; caso alguém o tenha aprendido, eu rogo para que
o estranho sofra pelo mal que ele trouxe até nós. No entanto, naqueles dias, ele chamava a si
mesmo de Typhon.
Ele veio numa noite de lua cheia, apresentando-se em nossa corte e procurando o meu
irmão-marido para uma audiência. Typhon era um homem frio - não meramente nas manei-
ras, mas no corpo: ao tocar a sua pele, se dizia, era como tocar uma pedra fria ou em água
fria. Sua beleza era de tirar o fôlego, ainda que a única emoção que cruzou suas feições finas
e pálidas tenha sido um humor cruel. Alguns acreditavam que Typhon era um deus, vindo
para ajudar; outros, no entanto, questionavam que tipo de divindade esse estranho de olhar
frio poderia ser.
Mas nós não conhecíamos a sua natureza, e Osíris concedeu uma audiência a Typhon.
Com uma fala aduladora ele saudou o nosso senhor, e falou de um crescente pedaço de trevas
e guerra que certamente poderia engolir o Egito caso Osíris estivesse despreparado. Contra o
meu conselho e os desejos de seus conselheiros, Osíris pediu uma audiência privada com
Typhon, e por toda à noite conversaram. Pouco antes do amanhecer o visitante saiu, e Osíris
foi deixado sozinho para pensar.
Por quatro luas esse padrão continuou - com o nascer da lua cheia Typhon reaparecia
para falar com Osíris, e sempre eles falavam em particular. A cada vez que Typhon partia,
Osíris ficava repleto de um silencioso medo; ainda que ele pouco falasse para mim de suas
conversas, eu sabia que aquilo que Osíris estava aprendendo pesava muito em seu espírito.
Mas na manhã depois da quarta - e última - partida de Typhon, meu amado foi encontrado
doente e próximo da morte, pálido e sem sangue no chão de seu dormitório.
O Deus Rei
Ele poderia ter morrido a Morte Verdadeira - pois depois de sua aparente recuperação,
ele estava tão frio e pálido quanto Typhon. Osíris mostrava muitos dons divinos depois disso:
sendo forte entre os homens, ele era agora tão forte quanto muitos touros; sendo um orador
eloqüente, agora sua fala era irresistível. Ele declarou que seus poderes estenderam-se por
sobre o próprio Nilo, e por muitas estações nós tivemos campos férteis. Isso fez com que
CAPÍTULO UM: CENÁRIO
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nosso líder se tornasse nosso deus da agricultura e dos campos. Uma forte chuva caiu por
sobre a nossa terra, e muitos viram isso como uma evidência da divindade de Osíris.
Mas a primeira chuva desse dia não foi um sinal de prosperidade; não os céus chora-
ram, pois com a transformação de Osíris, a Maat havia partido. Nunca mais ela poderia ser
restaurada da forma como era sob o seu antigo reinado.
A partir desse dia ninguém soube se Osíris escolheu a não vida, ou se isto lhe foi
empurrado. Mesmo eu não sei a verdade, pois nesta noite o meu marido morreu. O que
governava em seu lugar era frio e estava distante de mim, e ainda que ele se importasse
comigo e com o seu povo, ele assim o fazia de uma maneira diferente do Osíris que eu amei.
Estava claro que ele vivia em um mundo diferente do nosso.
Por três anos Osíris assim governou. Ele começou a construir ao seu redor um grupo de
soldados que lhe supria de sangue e dessa forma ganhava sua força; ele até mesmo transfor-
mou alguns em criaturas parecidas com ele, ainda que de uma estatura menor. Ele sempre
falava das trevas que se aproximavam, e com o tempo ele se tornou um rei sombrio e infeliz.
Nunca mais ele pôde ver a luz de Ra, nosso avô sol, e em um raro momento de intimidade
comigo ele falou da horrível Besta que rosnava em seu espírito, desejando nada além de
sangue. Osíris voltou-se para dentro de si mesmo, buscando formas de sobrepujar a Besta,
mas não teve resposta alguma. Apenas pela sua força de vontade ele era capaz de evitar
sucumbir a ela, e assim ele se tornou frio e severo, até mesmo rígido e inflexível - pois se ele
perdesse o controle, a Besta poderia vencer.
Thoth
Nesses tempos apareceu Thoth - O Belo da Noite, o Ser Silencioso. Como Typhon, ele
apareceu misteriosamente: ele também demonstrou muitas habilidades estranhas, e nos visi-
tava somente à noite, quando sua beleza era mais radiante. Mas onde a beleza de Typhon
escondia um mal sem vida, Thoth era gentil e sábio. Ele nunca buscou uma audiência com
Osíris, dizendo que o que ele tinha a oferecer não poderia ser aceito por alguém como o nosso
senhor.
No entanto Thoth veio até mim e Nephthys, aquela que era minha irmã e a irmã-esposa
de Set. Tanto Nephthys como eu aprendemos as trilhas do Hekau - trabalhos mágicos que nós
sempre usamos para ajudar o nosso povo. Mas Thoth nos guiou nos caminhos de um Hekau
maior, e nos aconselhou nos caminhos da sabedoria; ele era uma pessoa justa e rigorosa que
odiava abominações. Thoth esteve conosco durante muitas luas, e então ele partiu abrupta-
mente.
Porém, Thoth nos ensinou muitas coisas antes dele partir: nós aprendemos os caminhos
do sangue, e dos espíritos, e das forças elementares. Nephthys aprendeu os caminhos da
morte, e eu, os caminhos da vida, e por nossa própria vontade nós realizamos muitos mila-
gres para o nosso povo. Em uma visão, eu aprendi o nome verdadeiro de Ra, que reina
supremo no firmamento celestial, e assim eu poderia controlar o mundo ao meu redor. Mas
eu continuava sendo humana, e eu não escolhi o manto da divindade para mim mesma como
o meu marido havia feito.
O Retorno de Set
Então Set retornou.
Eu não sei o que aconteceu em seu exílio, mas estava claro que Set havia se transforma-
do. Ele havia mudado, assim como Osíris - mas ele não temia a Besta dentro de si, ao contrário
ele se divertia com ela, e isto deu a ele força para os seus mais negros desejos e vãs aspira-
ções. O comando de Osíris havia se tornado uma profecia, pois nunca mais Set poderia ficar
sob o sol, e ele também era uma criatura das trevas. Ele agora era um servo involuntário de
Apóphis, acreditando em sua vaidade que ele era seu próprio mestre.
Uma noite, enquanto Osíris retornava só de uma de suas muitas jornadas nas vastidões
do deserto, seus servos o presentearam com um novo sarcófago, feito de ouro e de madeira
A Ressurreição de Osíris
Por muitos dias Nephthys e eu conspiramos para que pudéssemos derrotar Set. Nossas
mágikas eram poderosas, mas Set era esperto, e ele tinha muitos seguidores que nós sabía-
mos que não poderíamos derrotar. Nós suplicamos aos deuses por uma resposta, e por fim
Thoth apareceu para nós em um sonho, e em sonho ele nos instruiu.
E assim nós começamos o nosso plano. Minhas mágikas convocaram muitas criaturas
voadoras, que eu comandei para procurarem e recuperarem a cartilagem e a medula do corpo
de meu marido. Enquanto a noite caía, os pássaros retornavam, alguns trazendo com sucesso
os restos do desmembrado Osíris, os quais eles jogavam em uma pilha. Com a chegada dos
pássaros vieram os Filhos de Osíris, que estavam escondidos por temerem a fúria de Set;
esses seguidores foram tudo que sobrou do carde de elite de Osíris, dos quais a maioria ou foi
destruída ou foi recrutada por Set.
Nephthys e eu juntamos o corpo de Osíris com couro cru, e juntas, ficamos sobre ele;
enquanto Nephthys e eu encantávamos o rito que Thoth havia nos ensinado, os seguidores de
Osíris jogaram seu próprio sangue sobre os restos do Deus Morto. O velho fazendeiro Mestha
sacrificou um boi e seu sangue também foi despejado sobre os restos de Osíris. Desta pilha
disforme se ergueu uma coisa doentia e negra, lamentando e caminhando por ter sido rouba-
do da terra da Duat, o Mundo Subterrâneo. Através das minhas mágikas de cura, e do
sacrifício do sangue, a criatura negra cresceu, rapidamente tomando a magnífica estatura do
Mais Belo. Seu pranto diminuiu, e o deus-homem olhou-nos e sorriu.
O Grande Rito
Anúbis havia dividido muitas coisas secretas com Osíris, e o Rei Renascido também
sabia como salvar seu filho. Mas para salvar Hórus, primeiro o pequeno príncipe deveria
morrer, pois dessa forma seu ka poderia sair de seu corpo enquanto seu ba continuaria lá:
com os Grandes Rituais que Anúbis havia ensinado a Osíris, tanto o ba como o ka de Hórus
poderiam mais tarde se reunir em seu corpo morto, e daria a ele vida eterna. E assim Osíris
compartilhou seu conhecimento com suas irmãs; com seu conhecimento e nossa própria
sabedoria arcana, nós criamos o Ritual do Renascimento.
Mas nós não estávamos seguras desse conhecimento, e nós buscamos provas. Por fim
Mestha, nosso velho hospedeiro, se ofereceu para morrer para que nós pudéssemos ter a
evidência que buscávamos. Então com a sua benção, nós entorpecemos os seus sentidos e o
envenenamos; sobre o seu corpo morto nós fizemos os Grandes Rituais, e Nephthys o chamou
no Mundo Subterrâneo e trouxe o seu espírito de volta ao seu corpo. Enquanto ele se movia,
Nephthys e eu nos alegramos, pois nós havíamos encontrado um meio para salvar o meu
filho.
Convencida de nosso sucesso, eu removi as mágikas de cura de meu filho, e Hórus
respirou sua última respirada dolorosa. Nós o limpamos e o untamos, e agasalhamos o seu
corpo em linho, e o deitamos para descansar em um simples sarcófago que deveria ser seguro
até que seu ba e ka se reunissem - pois nós não sabíamos quão longe no futuro seu ba poderia
se libertar. Nós fizemos os ritos sobre ele logo que nós o terminamos em Hestha, mas o
processo foi árduo e lento; finalmente, quando o sol se pôs, nós havíamos terminado, e saímos
para descansar.
Hórus, o Vingador
Antes do golpe final, a salvação chegou.
Parado de forma desafiadora diante de Set estava meu filho, Her-nedj-tef-ef: Hórus, o
Vingador de seu Pai. O corpo de Hórus continuava enrolado em linho, mas seu ka, liberado de
seu corpo graças aos trabalhos do Grande Rito, se punha diante de Set com a mais fina veste
de batalha, contorcia-se no chão - e novamente mais de seus seguidores covardemente fugi-
ram - Hórus golpeou seu próprio olho, ainda na mão de set. Com um corte ele rasgou o órgão
e libertou o seu ba; com isto seu ka começou a se enfraquecer. E Set ficou ali, se contorcendo.
Mas nós já podíamos vê-lo se curando, então nós, os poucos sobreviventes aproveitamos essa
oportunidade para fugir: os Filhos de Osíris usaram suas velocidades sobrenaturais, eu ar-
ranquei minhas poucas mágikas restantes, e Mestha carregou o corpo de Hórus. Set curou-se
rapidamente, e matou todas as suas crianças, para que assim ninguém pudesse contar as
histórias de sua derrota - mas um dos Bubasti sobreviveu e se escondeu nos juncos, para
contar as lendas da covardia de Set mais tarde.
Eu me escondi com o corpo de meu filho por dias, no deserto que agora chamam de
Sinai. Nós fomos protegidos pelo Povo Chacal, também chamados de Peregrinos Silenciosos,
pois eu tinha ajudado-os uma vez e eles foram advertidos de minha chegada por Thoth.
Mestha retornou à sua fazenda, ainda que ele mesmo seja um Renascido, seu segredo era
conhecido por poucos, e era improvável que mesmo Set tivesse sequer percebido o fazendeiro
imortal.
Enquanto os dias passavam, eu percebi a forma fraca de meu filho se curando, amea-
çando romper seu envoltório de linho à medida que o seu corpo se restaurava. Hórus parecia
muito com o seu pai, e logo a magnificência de sua estatura havia retornado. Então, uma
noite, enquanto eu me dirigia ao conselho dos Peregrinos Silenciosos, meu filho Renascido
entrou em nossa tenda, seu linho mortuário continuava envolvido sobre o seu corpo agora
totalmente recuperado. Nesta noite, nós novamente falamos sobre vingança, e retribuição, e
nós juramos que o que nós não pudemos realizar antes - a destruição de Set - ainda poderia
ser feito; se não agora, então um dia no futuro. No entanto, isto não era apenas uma vingança
política: nós lutávamos contra um poder das trevas, um general do exército de Apóphis.
Hórus já não era mais um pequeno príncipe, seguindo as palavras de sua mãe e tia. Ele
era um verdadeiro líder, alto e forte como o seu pai, e agora possuidor da vida eterna. Ele
havia morrido garoto, e foi Renascido homem.
A Resistência Osiriana
Após a grande batalha contra Set, Hórus (com a paciência de um imortal) trabalhou
lentamente para erigir uma resistência que acabasse com a influencia de Set. ele fez isso, não
para se vingar de seu pai, mas para proteger o povo da maldade de Set.
Por anos ele permaneceu em Sinai, estabelecendo uma rede de informações chamada
Liga Osiriana, ele viveu entre os Peregrinos Silenciosos e os convenceu de que ambos tinham
um inimigo em comum. Outros metamorfos vieram a ajudar o rei renascido: os Bubasti, (os
gatos de pelo negro), versados no caminho da magia e do mundo espiritual. Infelizmente,
alguns foram seduzidos por Set e lutaram sob seu comando.
Os Mokolé de Khem, liderados por Sebek, foram ótimos aliados ocasionais; eles vivem
muito e possuem antigas memórias, entretanto, após a morte de Sebek, Hórus foi forcado a
negociar com novos chefes não muito dispostos a se aliar. A lembrança do tempo em que os
humanos eram gado ainda estava muito vivas, apesar de tudo, os Mokolé são excelentes
guerreiros no combate aos servos de Set.
Os Filhos de Osíris, crianças do antigo rei morto, são muito valiosos como guerreiros de
Hórus. Hórus busca vingança na destruição de Set; os Filhos de Osíris, apesar de suas habili-
dades, são menos propensos ao combate.
O povo belo também respondeu ao chamado de Hórus na figura dos Andarilhos do
Deserto, conhecidos como Eshu; graças a eles Hórus aprendeu muito sobre a Jyhad.
O Culto de Isis, servos e feiticeiros, mortais que possuíam o segredo do feitiço da vida.
Auxiliaram os Shemsu-Heru no combate a Apóphis.
A Jyhad
Quando e como Hórus cuidou dos outros vampiros?
Ele tomou conhecimento deles cedo, não teve dúvidas; Typhon era um estranho no
nosso meio, e Set havia se transformado durante a época do exílio. Somente ele sabia que do
exterior viria o fim da nossa frágil nação. Outros se satisfizeram com a existência de Set.
Hórus sabiamente aproximou-se mais daqueles vampiros como um Silencioso Som Es-
tridente, que perambulou por estas terras e conheceu muito dos segredos deles; e pelo vaido-
so eshu, que contou histórias de lugares distantes e de perigosas criaturas. A princípio ele
pensou unicamente no projeto Egípcio que ele tinha para o Corruptor e principalmente para
o ocasional visitante chamado de Typhon; instantaneamente ele soube das atrocidades da
Jyhad - essa grande guerra que envolvia todos os vampiros ao redor do mundo. O Egito,
possuía toda a criação para Hórus, mas obviamente não passava de uma extremidade do
Shensu-heru
Quando Hórus reabriu seus olhos, muito havia mudado.
O Egito estava unido novamente, uma terra de um líder, Menes era o seu nome. Embora
Hórus soubesse que era um peão - um fervoroso devoto - de Set, ele não conseguiu nenhuma
evidência neste. Apenas Menes teve sucesso em reunir os dois impérios em um Egito e iniciou
uma nova era chamada de I Dinastia; esta façanha ultrajou Hórus, pois considerava seu pai,
Osíris, o verdadeiro fundador da primeira Dinastia. Somente Hórus lamentou profundamente
por entender relativamente esta história, e alguns imortais aceitaram sua lamentação.
Conforme esperado, a Liga Osiriana desmoronou em grande quantidade durante a au-
sência de Hórus; os metamorfos locais viajaram e rosnaram a cada nova ordem dada e
pequenas disputas surgiram ao invés de unirem suas forças contra seu inimigo comum. A
linhagem de Osíris dirigiu-se para o Egito contra Set, somente alguns ficaram escondidos na
As Transformações
Nós vigiamos a transformação da nossa sociedade, a bravura de nossos parentes desen-
volveu-se. Nós serramos a mudança da nossa capital para Thebes, e então para Itjawy, e então
paramos em Thebes. A função do faraó mudou e desenvolveu-se, e nós temos esperanças que
um novo faraó busque restaurar o Maat. Nós lamentamos a série de frágeis reis que lenta-
mente conduziram nosso povo para a ruína, uns insignificantes pertencentes à nobreza e
sacerdotes disputaram por vaidade, e o nosso sangue fervido que os Hyksos, manipulados
por Set, comandaram uma onda de ataques contra nossa terra natal e controlaram-na por
anos, nós cuidamos de mortais que eventualmente dirigiram os Hyksos para fora, e nós
regozijamos pelo nosso povo que clamara há tempos por sua terra natal.
Agora havia umas três dúzias, e isto fez difícil o crescimento do Culto de Isis para
importa-se com nossa corporação na mortalidade; conseqüentemente, nós projetamos a cons-
trução das nossas tumbas, o que protegeria nossos corpos da ninhada de Apóphis na época
Os Ishmaelitas
Da mesma forma que uma vida infinita é a promessa de uma memória imperfeita,
nenhuma garante o total comprometimento. Nós todos começamos um sincero comprometi-
mento para com a causa de Hórus, a não ser que algum de nós escondesse sua natureza -
merecedor de século ou dois, então adiante para tal criatura. Mesmo que fosse um de nossos
adversários. Sem levar em consideração, apesar de que, ninguém verdadeiramente abando-
nou nossa cruzada.
Exceto para Ishmael. Ele cedo recebeu de Hórus sua transformação, somente após cinco
séculos de batalha, ele cansou-se - e ele duvidou da veracidade da palavra de Hórus. Em uma
de nossas assembléias, ele recebeu a palavra de nosso pai, e foi dito muitas coisas para ele.
Devido a sua traição, ele foi banido, e foi ordenado para nossa companhia que nunca mais o
vi-se de novo, de qualquer forma, relatórios de sua viajem sempre chegavam a nossas vistas.
Ele existiu sozinho; realmente, outros começaram a questionar a validade da nossa
causa, todos foram inspirados pela desconfiança de Ishmael. Uns poucos duvidaram de Hórus,
e eles seguiram Ishmael em sua viajem, e eles começaram a se chamar de Ishmaelitas devido
ao primeiro entre eles.
A Ordem da Mudança
Os seguidores agarraram-se durante uma década na Liga Osiriana. Muitos Shensu-heru
começaram a se beneficiar com a guerra, mesmo de longe, Hórus os liderou na antiga Jyhad.
A Liga Osiriana começara a desmoronar. Os Bastet diminuíram, os Mokolé afastaram-se, e os
Peregrinos Silenciosos tornaram-se pouco inclinados a manter seus membros na frágil alian-
ça. Todos que sangravam pela Liga foram chamados por Hórus de seguidores dedicados,
assim como o Culto de Isis.
A cidade de Alexandria tornou-se a nova capital do Egito, e muitos forasteiros vieram
para a cidade. Nós observamos as mudanças, capital após capital; ergueu-se em Alexandria,
A Diáspora Egípcia
Quando Hórus abriu os seus olhos uma vez mais, após passar muito tempo em Amenti, o equivalente a
passagem de dez faraós, viu um mundo diferente. Cleópatra já havia conspirado, se matado e o Egito não era
mais soberano. Uma nova nação dominava o mundo Roma e uma nova religião, a do homem Deus que morreu
e reencarnou três dias depois, se espalhava pelo mundo. Hórus percebeu o quanto ela cresceria. Set estava em
torpor, o culto de Isis praticamente acabado e a Liga Osiriana apenas se tornaram vagas lembranças em sua
mente. Os seus seguidores tinham se disseminado pelo mundo, levando a sua Jyhad ou esquecendo as suas
palavras.
Hórus percebeu que era um tempo de recomeçar. Ele descobriu que os Vampiros, principalmente o clã
MUNDO DAS TREVAS: MÚMIAS EGÍPCIAS
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Ventrue, dominavam o mundo através de Roma e que, enquanto os vampiros estivessem no comando, haveria
desarmonia e o Maat não poderia ser restabelecido. Hórus convocou os seus 43 seguidores a encontrá-lo em
Alexandria. Tanto os vivos quanto os mortos reafirmaram a sua lealdade e ouviram as suas palavras
A nossa Terra natal não é mais nossa. Ela está nas garras de uma força mais poderosa do que nós
podíamos esperar, mais perigosa que podíamos temer. Os amaldiçoados são muito mais que as lâminas de Set.
Eles são todos agentes de Apóphis, e espalham as suas mentiras por todo o mundo.
O Egito poderoso caiu, mas não pela chegada de Roma. Eu sinto que foi quando Osíris recebeu a
maldição de Caim. Nós não alcançaremos o Maat enquanto um único filho de Apóphis sobreviver. Eu sou o
Vingador de meu Pai, e devo vingar o Mundo
Eu lhe falei que as nossas memórias apresentam falhas, mas estas não saem da minha cabeça até hoje
Saiam de nossa terra natal, desta que nos deu a vida e nos nutriu. Que nela descanse apenas os
guerreiros que obtiveram sucesso em suas obrigações, e nós ainda temos muitas obrigações a cumprir. Saiam
destas terras, procurem os seus destinos e não se esqueçam de sua missão. Nós devemos nos encontrar novamente,
um dia no futuro. Quando as trevas nos engolfar e todas as esperanças estiverem perdidas, neste dia, nós
triunfaremos sobre os Exércitos de Apóphis. Nos preparemos para o encontro, quando os exércitos de Apóphis
e de Ra estiverem agrupados com toda a sua força. Por enquanto nós devemos estar demasiadamente
preocupados com o destino de uma nação, com o povo, e com toda a mentira que é estacada no mundo. Nos
fomos cegos ao tentar estabelecer o Maat apenas no Egito, devemos conhecer todo o mundo além de nossas
fronteiras.
Saiam de nossas terras e se preparem para a guerra que virá.
Muitos ouviram as suas palavras como ouvimos um Pai, outros ignoraram e viram a sua Jyhad e o Maat
como algo muito distante Se ajuntaram aos renegados Ismaelitas. Outros ainda os acusaram de buscar um
ganho pessoal e clamar que, ao contrário do que Hórus afirmou, nem todos os vampiros seguem Apóphis. Estes
adquiriram a eterna ira de Hórus.
Cada um de nós seguiu o seu próprio caminho e as aventuras que se seguiram foram secundarias ao nosso
destino e missão. Outros deram continuidade às ordens se Hórus em outras terras, onde encontraram outros
renascidos, que apesar de semelhantes nada sabiam nem apontavam qualquer relação com Hórus, Osíris ou
Thot. Possuíam os seus próprios Deuses e costumes. O desejo por novos conhecimentos normalmente é o maior
incentivo para os Imortais continuarem suas tediosas existências.
A restauração do Maat ainda era um sonho, mas parecia cada vez mais distante e sendo substituída
pelas virtudes cristãs, que apesar de serem semelhantes com as do Maat, elas foram ignoradas e abandonada.
Hórus se estabeleceu em Genevra, na Suíça, e de lá passou a liderar os Shensu heru. Nós observamos
os crescimentos das nações e a terrível grande guerra que surgiria, sendo seguida por outras ainda piores. Neste
período Hórus morreu novamente e passamos a esperar a sua próxima liderança.
Há poucas décadas atrás ele ressuscitou e passou a agir em um ritmo acelerado. Tem reunido suas
forças e acentuado sua batalha. Acreditamos que ele tenha tido uma visão em Amenti, durante a sua última
morte. Alguns acreditam que o seu Pai tem falado com ele, apesar de seu estado catatônico milenar em
Amenti. Ele nunca revelou o seu plano, mas para todos parece evidente que ele percebeu os últimos signos para
a batalha final contra Apóphis. Eu confio em Hórus mais pondero se nós ainda possuímos um exercito. Muitos
se dispersaram pelo mundo e outros o traíram.
Mais a nossa curiosidade será sanada, nesta virada de milênio ele nos chama de volta a terra que nos
nutriu e acredito que finalmente ele vá revelar o destino que nos aguarda. Se for a última batalha à lutar,
eu estou preparado...
ORGANIZAÇÃO
Os renascidos migraram para as mais variadas
regiões da terra. Hórus ditou que necessitava de melho-
res meios para monitorar os feitos de seus seguidores e
para isso apontou alguns Vizires e Primeiros Ministros
que representavam essa autoridade. As obrigações dos
Vizires incluem reforçar o comprimento do código de
Hórus, ajudar os Shemsu-Heru quando necessário e
monitorar as atividades das demais criaturas sobrenatu-
rais. A posição de Vizir não é eterna, meramente, Hórus
avalia que é necessário mudar. Alguns Vizires tem man-
tido a sua posição por séculos, outros por décadas. Hórus
nos últimos anos vem apontando Vizires para as seguin-
tes regiões.
América do Norte – Monitora EUA e Canadá
México – Monitora o México a América Central
e a América do Norte, apesar das atividades dos Shemsu-
Heru serem mínimas neste lugar, ele é importante para
relatar o que esta ocorrendo nestes lugares e possíveis
CRÉDITOS
Desenvolvimento: Grimm
Escritores: Grimm e Deicide (matéria do Maat).
Revisores: Linus e Pooka
Material traduzido: Elimelech, Marcelo X e Madrox.
Designer gráfico: Data
Agradecimento as páginas e sugerimos que consultem elas para enriquecer os seus jogos :
www.playerstools.kit.net
http://www.underhaven.hpg.com.br
http://www.strauss.hpg.ig.com.br
Bibliografia Consultada: Mummy, White Wolf 1992. Mummy second ediction, White Wolf 1996. Mummy
the Resurection, White Wolf 2001. E praticamente todos os outros livros da White Wolf que se referem a estes seres
citados aqui.
Não é possível jogar apenas com este projeto mesmo quando terminados, ele não apresentara as regras básicas
do sistema, sendo necessário que o jogador adquira algum modulo básico dos Sistema Storyeller. Já existem em
português alguns títulos, para maiores informações consulte o Site da Devir Livraria (www.Devir.com.br).
PRÓXIMOS CAPÍTULOS
Criação de Personagens: A s regras, habilidades, antecedentes, Virtudes e tudo mais para você construir a
sua Múmia.
Hekau: A magia das Múmias, os poderes revistos, divisão entre feitiços e rituais e novos rituais e feitiços
baseados em crenças egípcias reais.
A Alma e o Mundo dos Mortos: Baseado no verdadeiro livro dos mortos egípcios. Estamos adaptando a
divisão da alma ao cenário do Mundo das Trevas. Detalharemos o Reino dos Mortos Egípcios e apresentaremos as
regras completas para usar o BA e o KA.
Guia dos Narradores: Informações e dicas para se mestra uma crônica de Múmia.
Filhos da Areia: A lista completas das Múmias que apareceram ou foram citadas nos livros do Mundos das
Trevas. E outras criaturas que podem interagir com elas de diversos jogos (incluindo personagens famosos do WOD)
O Livro de Apophís: As Múmias Malditas e outras criaturas que servem Aphofís.
Dark Ages: Mummy: Uma adaptação para se jogar com Múmias na Idade das Trevas.
Victorian Ages: Mummy: Uma adaptação para se jogar com Múmias na Era doVapor.