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Para chegar a tal conclusão, Mendel definiu uma característica para ser observada, no
caso a "cor das sementes", e fez o cruzamento de duas sementes puras. As sementes
puras são aquelas que durante 6 gerações reproduzem apenas sementes da mesma
cor.
Assim, o cruzamento foi feito entre uma semente de ervilha verde (vv) e uma semente
de ervilha amarela (VV). Esse cruzamento é chamado geração parental e teve como
resultado apenas sementes amarelas (Vv), que foram denominadas de geração F1.
Assim, conclui-se a partir desse resultado, que as características são formadas por um
par de fatores, que elas são hereditárias e transmitidas pelos genes, sendo que um
gene é proveniente da mãe e outro gene é proveniente do pai.
Para chegar a essa conclusão, Mendel observou como se daria a transmissão de mais
de uma característica ao mesmo tempo, e para isso cruzou sementes amarelas e lisas,
e sementes verdes e rugosas, ambas de plantas puras.
→ Dominância completa
O exemplo mais clássico de dominância é o albinismo, uma desordem genética em que se observa
um defeito na produção de melanina, pigmento responsável pela cor da pele e dos pelos. O alelo A
determina a produção de melanina, e o alelo a define a sua não produção. Indivíduos Aa
produzem melanina, assim como indivíduos AA. Somente indivíduos aa não produzem melanina,
sendo, portanto, albinos.
→ Dominância incompleta
Na planta conhecida como boca de leão, por exemplo, o alelo B determina a cor vermelha, e o b
determina a cor branca. Os indivíduos BB são vermelhos e os indivíduos bb são brancos. Em
organismos Bb, no entanto, não temos indivíduos vermelhos, e sim indivíduos de coloração rosa,
com menos pigmento que os homozigotos dominantes.
→ Codominância
O exemplo mais conhecido de codominância é o sistema ABO, que apresenta três alelos
envolvidos (IA, IB e i). Existe uma relação de dominância entre os alelos I A e i, e IB e i, entretanto,
entre IA e IB essa relação não é observada. Os genótipos IAi e IAIA determinam o sangue A, os
genótipos IBi e IBIB determinam sangue B, e o ii determina o sangue O. Quando o indivíduo
apresenta sangue IAIB, o sangue é AB, pois os dois alelos expressam-se, não existindo relação de
dominância entre eles.
Sistema ABO e Fator RH
O sistema ABO são classificações do sangue humano nos quatro tipos existentes: A, B, AB e O.
Enquanto que o Fator Rh é um grupo de antígenos que determina se o sangue possui o Rh positivo
ou negativo.
A herança sanguínea, ou seja, o tipo sanguíneo de uma pessoa, é determinada geneticamente, sendo
um caso de alelos múltiplos, pelos genes IA , IB e i.
Como foram descobertos os Sistemas ABO e Rh?
Eritroblastose fetal
A doença hemolítica do recém-nascido ou eritroblastose fetal ocorre quando o sangue de um feto Rh+
é aglutinado pelos anticorpos do sangue da mãe Rh-, num processo chamado de hemólise.
Assim, a criança nasce com profunda anemia (icterícia), decorrente da alta destruição das hemácias.
Dessa forma, fica claro que o sistema ABO e o fator Rh possuem uma função muito importante na
biologia humana.
Para identificar se uma pessoa tem Rh positivo ou negativo, mistura-se o sangue com anticorpos Rh e
se as hemácias se aglutinarem, essa pessoa tem sangue Rh+. Por outro lado, se não se aglutinarem,
essa pessoa tem sangue Rh-.
Sistema XY
Ocorre em todos os mamíferos, em alguns insetos e algumas plantas com sementes. As
fêmeas têm um par de cromossomos homólogos, os cromossomos X. Nos machos há
cromossomos diferentes, um X e um Y. Neste sistema, o sexo é determinado pelos machos.
Sistema X0
Ocorre em alguns insetos, como os gafanhotos. Nesse sistema, as fêmeas têm dois
cromossomos X e os machos, apenas um, por isso são chamados de “xis – zero”.
Sistema ZW
Ocorre nas aves, em diversas espécies de répteis, em algumas espécies de peixes e em
algumas espécies de insetos. As fêmeas têm cromossomos sexuais diferentes, um
cromossomo Z e um W. Os machos têm dois cromossomos Z. Desse modo, nesse sistema de
determinação sexual cromossômica, o sexo do embrião é determinado pelo gameta
feminino.
Sistema Z0
Ocorre na galinha doméstica e em algumas espécies de répteis. Os machos têm dois
cromossomos Z e as fêmeas possuem apenas um, por isso são chamadas de “zê-zero”.
Como os cromossomos sexuais não vêm sempre em pares homólogos, os genes que
eles carregam apresentam padrões únicos e distintos de herança.
Como uma fêmea tem dois cromossomos X, ela terá duas cópias de cada gene ligado
ao X. Por exemplo, na mosca da fruta Drosophila (que, como humanos, tem fêmeas XX
e machos XY), existe um gene que determina a cor dos olhos, encontrado no
cromossomo X, da seguinte maneira: XW (dominante, com olhos vermelhos normais) e
XW (recessivo, com olhos brancos).
Uma mosca fêmea, por conter duas cópias do cromossomo X, pode apresentar os olhos
vermelhos (XWXW ou XWXw), ou os olhos brancos (XwXw). Um macho tem diferentes
possibilidades genotípicas do que uma fêmea.
Como ele tem apenas um cromossomo X (emparelhado com um Y), ele terá apenas
uma cópia de qualquer gene ligado ao X. Por exemplo, no exemplo da cor dos olhos das
moscas, os dois genótipos que um macho pode ter são XWY (olhos vermelhos) e XwY
(olhos brancos).
Qualquer que seja o alelo que ele herde do pai, o gene ligado ao X determinará sua
aparência. Em vez de homozigotos ou heterozigotos, diz-se que os homens são
hemizigotos para os genes ligados ao X. Veja o exemplo abaixo.
Em um cruzamento entre duas moscas, uma fêmea de olhos brancos, XwXw, e um
macho de olhos vermelhos XWY. Ao mesmo tempo, todos os filhos fêmeas têm olhos
vermelhos, porque recebem dois Xs, sendo que o XW dominante do pai “esconde” o Xw
recessivo da mãe. A herança ligada do X pode ser esquematizada da seguinte maneira:
Existem dois tipos de hemofilia: A e B. A hemofilia A ocorre por deficiência do fator VIII
de coagulação do sangue e a hemofilia B, por deficiência do fator IX.
Portanto, os indivíduos afetados sangram por mais tempo até que ocorra a coagulação.
Isso significa que normalmente feridas menores podem ser fatais em uma pessoa com
hemofilia.
O tipo mais comum de daltonismo está relacionado à deficiência nos cones verdes,
afetando a percepção de tons de vermelho e amarelo. Essa anormalidade é produzida
por um alelo recessivo presente no cromossomo X, chamado de Xd ou simplesmente d.
Já o alelo que condiciona a visão normal, dominante, é chamado de X D ou simplesmente
D.
Exemplo de uma placa de teste de cores (placa Ishihara). Com monitores de computador
corretamente configurados, pessoas com visão normal devem ver o número 7, 13, 16, 8, 12 e
9, da esquerda para a direita e de cima para baixo. Muitas pessoas que são daltônicas
confundem os números e, aquelas com daltonismo total, podem não os ver.
Mas não confunda! O gene que determina a calvície é autossomo, e não ligado ao sexo.