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Nome: Turma:

Professor: Andréa Lacerda e Fernando Ramos


Disciplina: Biologia

Data: _____ /_____ / 2020

Tema:
Polialelia ( Alelos Multiplos): Sistema ABO e Cor da Pelagem de Coelhos e
Sistema Rh ( Herança Monogênica)
Diferentemente do que vimos até agora, vamos estudar neste capítulo, características em que na população,
aparecem mais do que duas formas de alelos para o mesmo locus em cromossomos homólogos (Figura 1 A).
Entretanto, cada indivíduo tem, no genótipo, apenas dois alelos, um de origem paterna e outro de origem
materna.

Para você compreender, vamos lembras das ervilhas de Mendel. Por exemplo, para condicionar a cor da
semente, tínhamos um par de alelos (A/a) em que os indivíduos na população de ervilhas poderiam apresentar
um dos 3 genótipos diferentes: AA, Aa e aa.
Se fosse um caso de polialelia, poderíamos encontra por exemplo, na população, 3 alelos diferentes (A, A1 e
a) para um mesmo caráter (Figura 1B). Nesse exemplo, na população teríamos possibilidades de encontrar
entre os indivíduos 6 genótipos diferentes: AA, AA1, Aa, A1A1, A1a e aa. Dependendo da característica, podem
existir número variado de alelos para o mesmo locus e esses alelos surgem por mutação dos alelos “originais”
(selvagem). Na figura 1 A você pode observar que para um mesmo locus (região amarela) existem 2
possibilidades de alelos e na Figura 1 B, para um mesmo locus, na população existem 3 possibilidades de alelos.

Figura 1- (A) Caráter determinado por 2 tipos de alelos (monogênica) (B) Caráter determinado por vários alelos (polialelia)

Dois exemplos clássicos de polialelia ou alelos múltiplos são geralmente apresentados aos estudantes do
Ensino Médio: a pelagem de coelhos e a determinação de grupos sanguíneos do Sistema AB0.

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1. Polialelia e o Sistema AB0 de grupos sanguíneos – O conhecimento que salva vidas!
Antes da descoberta dos grupos sanguíneos, a transfusão de sangue era feita por tentativa e erro. Algumas
pessoas, quando recebiam sangue de outras, ficavam doentes e muitas vezes morriam, enquanto outras não.
Pesquisadores decidiram estudar por que isso ocorria, e foi assim que, em 1900, Karl Landsteiner chegou à
descoberta dos grupos sanguíneos. Landsteiner colheu amostras de sangue de diversas pessoas, isolou as
hemácias e fez diferentes combinações entre plasmas e glóbulos vermelhos. Em alguns casos os glóbulos se
juntaram, formando grânulos e em outros casos isso não ocorria. Em 1900 descobriu as diferenças básicas do
comportamento do sangue de uma pessoa em relação ao de outras. Ele considerou que havia três tipos de
sangue – A, B e 0, descobriu-se assim os tipos ou grupos sanguíneos, criando o “sistema de classificação
sanguínea de Landsteiner ou sistema AB0”. Posteriormente outros cientistas identificaram um quarto tipo,
que foi nomeado AB.
Mas afinal, o que diferencia um tipo sanguíneo de outro?
Ao dar prosseguimento às suas pesquisas, Landsteiner verificou que algumas hemácias possuem certos tipos
de antígenos1 aderidos às suas superfícies, que receberam o nome de aglutinogênios. Os aglutinogênios são
na verdade glicoproteínas que fazem parte do glicocálix das hemácias.
Esses aglutinogênios passaram a ser a referência para classificar os tipos sanguíneos.
No Sistema de classificação sanguínea AB0, foram identificados 2 tipos de aglutinogênios (antígenos):
- Aglutinogênio A
- Aglutinogênio B
A partir daí, identificou-se que alguns indivíduos só apresentavam aglutinogênio A nas suas hemácias e, desse
modo, são classificados como pertencentes ao grupo A e outros apresentavam apenas aglutinogênio B sendo
então inseridos no grupo B. Há indivíduos, entretanto que apresentam os dois aglutinogênios A e B e então,
pertencerão ao grupo AB e outros não apresentam nenhum dos dois, sendo então incluídos no grupo 0 (Zero).
Por essa lógica, o correto é chamarmos de grupo zero e não O, já que indica ausência (Figura 2). Os grupos A,
B, AB e 0, representam os fenótipos dentro deste sistema de classificação.

Figura 2: Hemácias com aglutingênios do Sistema AB0 e a do grupo 0 sem aglutinogênios.

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Antígenos são substâncias que o organismo entende como ”invasoras” e anticorpos são proteínas encontradas no plasma
sanguíneo que têm a função de neutralizar ou destruir essas substâncias
A presença/ ausência desses aglutinogênios é condicionada por 3 genes alelos encontrados na população
humana, caracterizando assim, um caso de polialelia: gene IA, gene IB e gene i.
Esses genes apresentam uma relação de Dominância e Codominância entre eles.

IA = IB > i Recessivo

Codominantes
Os alelos IA IB
e são codominantes entre si e ambos são dominantes em relação a i que é recessivo em
relação aos dois. Lembre-se que genes codominantes são aqueles em que ambos os alelos se expressam
integralmente no heterozigoto. Cada um de nós herdamos um desses alelos do pai e outro da mãe. Desse
modo, podemos prever os genótipos (Figura 3) dos diferentes grupos sanguíneos:

Figura 3: Fenótipo (Grupo) e Genótipos no Sistema AB0

Repare que os indivíduos dos grupos A e B podem ser heterozigotos uma vez que, os genes IA e IB dominam o
i e ter apenas um desses genes, é o suficiente para produzir os respectivos aglutinogênios.
Nas suas pesquisas de Karl Landsteiner colheu amostras de sangue de diversas pessoas, isolou as hemácias e
fez diferentes combinações entre plasmas e hemácias. Em alguns casos as hemácias se juntaram, formando
grânulos e em outros casos isso não ocorria.

E porque isso acontecia?


Os antígenos, nesse caso representados pelos aglutinogênios A e B, têm uma propriedade especial: toda vez
que ele é reconhecido pelo sistema imunológico como algo estranho – diferente das substâncias que fazem
parte do organismo -, ele estimula a ação dos anticorpos presentes no sangue. Descobriu-se então que
alguns grupos sanguíneos apresentam no seu plasma sanguíneo anticorpos (proteínas) capazes de reagir à
presença de aglutinogênios específicos. No sistema AB0 estes anticorpos são denominados de aglutininas e
são de 2 tipos: os anti- A e anti-B.
É justamente o encontro entre alguns aglutinogênios e anticorpos específicos que causa a agregação das
hemácias formando grânulos e o que demonstra a incompatibilidade entre alguns grupos sanguíneos. Essa
reação é chamada de reação de aglutinação (Figura 4).
Figura 4: Representação da reação de aglutinação entre Aglutinogênios encontrados na superfície das hemácias e aglutininas (anticorpos) do
plasma.

Para entendermos melhor vejamos que anticorpos podem ou não aparecer nos 4 grupos sanguíneos do
sistema AB0 (Figura 5).
Se o indivíduo apresenta na membrana plasmática de suas hemácias o aglutinogênio (antígeno) A,
consequentemente ele não deve produzir anticorpos (aglutininas) anti-A, mas pode produzir anticorpos anti-
B no seu plasma. Se ao contrário, possuir nas suas hemácias aglutinogênio B ele conterá as aglutininas anti-
A no seu plasma. Se possuir os dois aglutinogênios nas hemácias (grupo AB), não produzirá nenhuma
aglutinina enquanto que o indivíduo do grupo 0 (sem aglutinogênios) produzirá tanto as aglutininas anti-A
quanto anti-B (Figura 5).
Então resumindo no quadro:

Figura 5: Aglutinogênios e Aglutininas dos grupos AB0


Curiosidade
As aglutininas são consideradas anticorpos naturais e o seu surgimento em alguns
grupos pode ser explicado por estímulos passivos, particularmente da nossa microbiota
bacteriana intestinal, onde essas bactérias possuem na sua superfície antígenos que são
similares ou idênticos aos nossos aglutinogênios do grupo sanguíneo AB0. Essas bactérias,
assim como outras substâncias presentes na natureza (poeira, pólen, alimentos, etc), vão
estimular a formação dos anticorpos anti-A e/ou anti-B, que passam a ser classificados,
portanto, como naturais e regulares.
Estes antígenos bacterianos estimulam a formação de anticorpos em indivíduos que não
possuem o correspondente antígeno em suas próprias hemácias, desta forma os indivíduos do
tipo O, que não possui antígeno A e B, têm ambos os anticorpos anti-A e anti-B enquanto que
indivíduos do tipo AB não têm nenhum.

A classificação do sangue dentro do sistema AB0 é baseada na presença/ausência dos aglutinogênios A e B


na superfície das hemácias dos indivíduos, entretanto existem outros sistemas de classificação que levam em
conta a presença/ ausências de outras moléculas na superfície das hemácias. Depois do Sistema AB0 o mais
conhecido e de maior importância é o Sistema Rh.

3. Sistema Rh – Uma herança Monogênica


O termo Rh é referente ao gênero Rhesus de macacos com as quais as foram feitas as pesquisas também de
Karl Landsteiner com a colaboração do também médico Alex Wiener no ano de 1940.
Os pesquisadores injetaram o sangue de
macacos Rhesus em coelhos o que
desencadeava a produção de anticorpos que
combatiam as hemácias introduzidas no corpo
do receptor (Figura 7).
Diante disso, concluiu-se que as hemácias do
macaco Rhesus apresentavam antígenos, que
receberam o nome de fator Rh ou Fator D e os
anticorpos produzidos pelos coelhos receberam
o nome de anti-Rh ou anti-D (Figura 7)

Figura 6: Presença/ ausência do Fator Rh (fator D)


na superfície das hemácias.
Figura 7: Reação antígeno-anticorpo do Sistema Rh e respectivos grupos sanguíneos.
Ao testar o anti-Rh em sangue humano, verificou-se que 85% das amostras das pessoas testadas aglutinavam
enquanto que apenas 15% não aglutinavam. Então, nesse sistema de classificação do sangue considera-se a
presença/ausência do Fator Rh ou Fator D na superfície das hemácias (Figura 6), diferentemente do Sistema
AB0 que considera os aglutinogênios A e B. São sistemas de classificação independentes.
Assim:
- Quem tem o fator Rh reage ao anti-Rh Rh positivo
- Quem não tem o fator Rh não reage ao anti-Rh Rh negativo
Atenção que isso não quer dizer que um sangue seja melhor que o outro, é apenas uma característica!

OBS: Diferente dos antígenos, os anticorpos do sistema Rh não estão presentes naturalmente nos seres
humanos eles apenas serão produzidos em caso de a pessoa Rh negativa ser sensibilizada (entrarem
contato) com o fator Rh, por exemplo por uma transfusão de sangue Rh+ para uma pessoa Rh-.

E como é a genética do Sistema Rh?


Apesar de hoje já se saber que há vários alelos envolvidos na herança do fator Rh, vamos considerar no nosso
nível acadêmico como uma herança monogênica, dentro da 1ª lei de Mendel. Desse modo, consideraremos
que a determinação do Sistema Rh será determinada por um par de genes alelos:
Gene R ou D – expressa o Fator Rh ou D (dominante).
Gene r ou d – não expressa o fator Rh (recessivo).
Gene R > Gene r

Dominante Recessivo

Figura 8: Fenótipos (Grupos) e genótipos do Sistema Rh.

O Sistema Rh apresenta um grande interesse clínico por seus anticorpos estarem envolvidos em casos de
incompatibilidade sanguínea feto-materna em uma doença denominada Eritroblastose Fetal ou Doença
Hemolítica do Recém-nascido (D.H.R.N.).
Se você é mulher e pretende ter filhos, precisa prestar atenção no seu tipo de sangue referente ao Sistema
Rh! E se não for também pode passar a informação para outras pessoas!
Você sabe porquê?
Então veremos!
Como foi dito anteriormente, pessoas RH+ não produzem anti-Rh mas pessoas Rh- podem produzir esses
anticorpos, se entrarem em contato com o fator Rh.
Assim, a Eritroblastose fetal é uma anemia grave que pode acometer geralmente, a segunda criança de uma
gestação nas seguintes condições (Figura 9):

- Mulheres Rh- (rr);

- Pai Rh+ (RR ou Rr);

- 1ª Criança Rh+;

- Transferência de sangue fetal para a mãe, em razão de um defeito na


placenta ou hemorragias durante a gestação e o parto;

- Criança com eritroblastose Rh+

Figura 9: Condições para que ocorra a Eritroblastose fetal.

Caso haja passagem de hemácias fetais para a mãe, os antígenos Rh presentes na superfície dessas células
sensibilizarão a mãe fazendo com que ela produza anti-Rh. Numa primeira gestação, a sensibilização ainda é
pequena e a quantidade de anti-Rh que a mãe produz ainda é pouca. Nessa primeira gestação o anti-Rh pode
destruir algumas das hemácias do primeiro filho, caso seja Rh+, mas apenas causando uma anemia branda
(Figura 10).
No caso de não haver nenhuma medida preventiva, numa segunda gravidez nas mesmas condições da
primeira, a sensibilização já é maior, por conta da primeira gestação, havendo um “ataque” maciço dos
anticorpos anti-Rh materno às hemácias fetais. A destruição das hemácias da criança causa forte anemia no
recém-nascido e icterícia (pele amarelada), por conta da destruição dessas células (Figura 11). Como tentativa
de compensar a perda das
hemácias destruídas, a medula
óssea do bebê lança na
circulação hemácias ainda
jovens e imaturas – os
eritroblastos - justificando
assim, o nome da doença –
Eritroblastose fetal ou também
chamada de Doença Hemolítica
do Recém-Nascido (D.H.R.N.)
pelo fato de as hemácias
sofrerem hemólise (do
grego, haema, sangue e lysis,
romper/quebrar).
Figura 10: Condições e desenvolvimento da Eritroblastose fetal.

OBS: Caso a mãe tenha sido sensibilizada, como por exemplo por uma transfusão Rh+, antes da 1ª gestação, essa criança
poderá apresentar a D.H.R.N.
A doença hemolítica do recém-nascido por incompatibilidade AB0 ocorre entre mães O e filhos A e/ou B, muito embora
esses casos sejam menos graves que incompatibilidade por Rh pois, no caso AB0, geralmente os sintomas e a evolução
são menos acentuados.

É possível prevenir a D.H.R.N.?


O primeiro passo para prevenir a Eritroblastose fetal é conhecer se existe um risco de incompatibilidade
sanguínea do casal.
A outra medida é a aplicação na mãe de um soro com anticorpos anti-Rh ( atenção! Não é vacina!),
produzidos em cobaias que são injetados na corrente sanguínea de mãe Rh -. Ela recebe uma injeção
aproximadamente na 28ª semana de gestação e novamente 72 horas após o parto para evitar que a doença
ocorra na próxima gravidez. O objetivo desse procedimento é o de destruir (imunologicamente) hemácias
fetais, antes que as mesmas possam induzir resposta e provocar o desenvolvimento de memória anti-Rh.

Você sabe o seu grupo sanguíneo?


Qual a importância de se saber o nosso tipo sanguíneo?
Acabamos de ver um caso em que é muito importante saber o tipo sanguíneo do Sistema Rh para evitar uma
doença fetal, mas é ainda mais importante sabermos o tipo sanguíneo, por exemplo, para o caso de
precisarmos de uma transfusão sanguínea, para doarmos sangue ou em casos mais específicos, para um
transplante!
Como os laboratórios identificam os grupos sanguíneos?
É muito simples! Veremos então, como se faz a chamada Tipagem Sanguínea!
Basta misturar anticorpos do Sistema AB0 e Rh (Figura 11) em amostras de sangue e observar se ocorre reação
de aglutinação ou não. Se houver reação o sangue deixa de ter um aspecto homogêneo, ficando com alguns
grumos (Figura 12).

Anti-A Anti-B Anti- Rh

Figura 11: Soros com anticorpos utilizados para determinação dos grupos sanguíneos.

Lembrem-se que o tipo sanguíneo é classificado em função da presença/ausência de antígenos


(aglutinogênios e fator Rh). Se houver aglutinogênios no sangue testado, haverá reação de aglutinação por
reação com os soros que são pingados no sangue.
Então, observe o resultado, após o procedimento abaixo (Figura 12) e tente identifique o grupo sanguíneo!

Não aglutinou Aglutinou Não aglutinou


Figura 12: Reação do mesmo sangue aos diferentes soros com anticorpos.

Se respondeu B, Rh negativo! Acertou!


Se não, preste atenção no raciocínio!
Ao pingar o anti-A ao sangue, não houve reação, então é sinal que nesse sangue não havia aglutinogênio
A.
Ao pingar o anti-B ao sangue, houve reação, então é sinal que nesse sangue havia aglutinogênio B.

Ao pingar o anti-Rh ao sangue, não houve reação, então é sinal que nesse sangue não havia fator Rh.

Concluindo: No Sistema AB0 o único grupo que só tem aglutinogênio B é o tipo B e no Sistema RH quem
não tem o fator Rh é o tipo Rh negativo!
A lógica será sempre a mesma! Tente identificar os tipos sanguíneos que estão a seguir! Preste atenção na
ordem dos soros! É um DESABIO! O resultado estará no final do capítulo!
Já sei meu grupo sanguíneo!
Agora quero saber para quem posso doar ou receber sangue?
Você já compreendeu o que é uma reação de aglutinação!
Mas se ainda não compreendeu bem, voltamos a dizer que
ela acontece quando os antígenos de um grupo sanguíneo
estimulam a reação dos anticorpos respectivos! Você
utilizou a presença ou ausência dessa reação para identificar
os grupos na tipagem sanguínea.
As reações de aglutinação, como o próprio nome diz, aglutina
(agrega) as hemácias e se ela ocorrer dentro dos vasos
sanguíneos de um receptor, vai gerar bloqueio dos vasos
sanguíneos podendo levar à morte.
Figura 13: Imagem alusiva à transfusão sanguínea.

A primeira transfusão precedida de exame de compatibilidade AB0 foi realizada em 1907, por Reuben
Ottenberg. No entanto, esse procedimento só passou a ser utilizado em larga escala a partir da Primeira
Guerra Mundial (1914 - 1918).
Como as reações de incompatibilidade no Sistema AB0 são mais graves, consideraremos primeiro as
possibilidades transfusionais entre os grupos desse sistema! Considere sempre o tipo de aglutinogênios
(antígenos) do doador em relação às aglutininas do receptor para compreenderas as possibilidades!

Então vamos lá! Passo a passo! Daremos um Exemplo!


Um indivíduo do grupo A pode doar sangue para o Grupo AB? Vamos ao raciocínio!

Doador: tem aglutinogênio A Receptor: não tem aglutininas

Não reage

PODE DOAR!

E ao contrário? Um indivíduo do grupo AB pode doar sangue para o Grupo A?


Doador: tem aglutinogênio A e B Receptor: tem aglutinina anti-B

Reage

NÃO PODE DOAR!


Um indivíduo do grupo 0 pode doar sangue para o Grupo AB?
Doador: Não tem aglutinogênios Receptor: tem aglutininas anti- A e anti-B

Não reage

PODE DOAR!

E ao contrário? Um indivíduo do grupo AB pode doar sangue para o Grupo 0?


Doador: tem aglutinogênio A e B Receptor: tem aglutinina anti A e anti-B

Reage

NÃO PODE DOAR!

Seguindo essa lógica, todos os indivíduos do grupo 0 podem doar para todos os outros porque não tem
aglutinogênio nem a nem B para reagir com anticorpos que possa até existir em um receptor! Entretanto, os
indivíduos 0, por terem os dois tipos de aglutininas, só podem receber deles mesmos.
Ao contrário, os indivíduos do grupo AB não podem doar para nenhum grupo porque tem os dois tipos de
aglutinogênios mas podem receber de todos pelo fato de não terem nenhuma aglutinina.
Todos os grupos podem receber deles próprios!
Resumindo:

Figura 14: Possibilidades de transfusões dentro do Sistema AB0.

OBS: Uma dúvida muito comum que surge ao estudarem é se as aglutininas do doador podem causar
reação em relação aos aglutinogênios do receptor. A resposta é não! Isso não tem relevância porque as
aglutininas do doador são poucas em relação ao volume total do sangue do receptor, e se houver reação
ela não é significativa.
Em relação ao Sistema Rh é mais fácil!
Indivíduos Rh negativo, por não terem o fator Rh podem doar sangue tanto para Rh negativo quanto para
Rh positivo.
Indivíduos Rh positivo não deve doar sangue para indivíduos Rh negativo porque o Fator Rh, presente no
sangue desses doadores, sensibiliza o receptor a produzir anti-Rh.
Em casos excepcionais, e se o indivíduo Rh negativo não tiver nenhuma opção de doador e nem tiver recebido
esse tipo de sangue, poder-se-á fazer a transfusão de um doador Rh positivo! Mas só nas condições descritas!
Isso porque os anticorpos do sistema Rh, ao contrário dos do sistema AB0, só são produzidos mediante
sensibilização e numa primeira vez a produção é baixa e possivelmente, não terá consequências graves.
Lembra da situação da D.H.R.N? É semelhante!

Situação especial!!!!!!

Figura 15: Possibilidades de transfusões considerando o Sistema Rh.

Depois de analisar os dois sistemas sanguíneos podemos dizer que o verdadeiro doador universal seriam os
indivíduos 0 Rh negativo! E os receptores Universais os AB positivos!
A seguir, você terá um quadro resumo que apresenta diversos aspectos dos Sistemas AB0 e Rh.
2. Polialelia na cor da pelagem de coelhos.
Outro exemplo de polialelia é a determinação da cor da pelagem de coelhos. Neste caso, existem 4 genes
alelos na população:
Gene alelo C - selvagem (aguti).
Alelos
Gene alelo c ch - chinchila.
na população
Gene alelo c h - himalaia.

Gene alelo c - albino.


Existe uma relação de dominância entre esses alelos em que:
O gene C é dominante em relação a todos os alelos, o c ch é recessivo em relação ao C mas dominante em
relação aos demais. O alelo c h é dominante em relação ao alelo c enquanto este é recessivo em relação a
todos os outros.

Figura 16: Polialelia na determinação na pelagem de coelhos

RESPOSTA DO DESABIO!
Todas as imagens aqui utilizadas são derivadas de sites com teor educativo e algumas delas foram editadas.

Créditos das imagens:

http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20140131095549.pdf
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842004000100006
https://saude.rs.gov.br/upload/arquivos/carga20190507/03150754-conceitos-basicos-em-
imunohematologia.pdf
https://www.todamateria.com.br/sistema-abo-e-fator-rh/
http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20140131095549.pdf

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