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INFORMAÇÕES EXTRAÍDAS DE:

BETEMPS, Leandro Ramos. A Colônia Francesa de Pelotas e seus Acervos Culturais:


Memória, História e Etnia. 2008.
219 f. Dissertação (Mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural) – Instituto
de Ciências Humanas.
Universidade Federal de Pelotas, Pelotas.

1. A colonização francesa em Pelotas se iniciou depois que o processo geral de


exploração da terra já havia se dado em meados de 1880.

2. A maioria dos franceses que vieram para Pelotas eram homens, solteiros,
profissionais liberais que não vieram para colonizar e sim para fazer dinheiro e
voltar para a França;

3. Pelotas, naquela época, era um município muito rico e um dos principais núcleos
urbanos da região sul. As charqueadas prósperas, a incorporação dos ideais europeus
e as constantes inovações tecnológicas atraíam olhares estrangeiros;

4. Ideias do francês Louis Couty, enviado pelo Imperador para analisar a erva mate
e o charque no Brasil, fizeram com que Pelotas abandonasse o sistema escravocrata
antes de 1888 e preferisse a mão de obra de colonos, que era mais barata e já
utilizada em outros países limítrofes;

5. "A contribuição da cultura francesa no século XIX estava nas casas de moda, nos
salões de beleza, nos
saraus, na música, nas artes, na escultura, na arquitetura, nas confeitarias, nos
espaços públicos, na fotografia, nos serviços terceirizados, na filantropia, na
igreja, na educação
com a vinda de professores da França e ainda, na fundação da primeira loja maçônica
de Pelotas"

6. A cultura francesa era o padrão, não só em Pelotas mas no Brasil como um todo,
de civilização e os pelotenses se orgulhavam em dizer que Pelotas era a cidade mais
francesa do Brasil, a "Princesa do Sul";

7. Havia comparações da torre do Mercado Público com a Torre Eiffel;

8. O padrão de urbanismo da avenida Bento Gonçalves foi herdado dos boulevards


franceses;

9. A fonte da Praça Coronel Pedro Osório foi inspirada em motivos franceses. O


Parque da Baronesa ainda guarda, para quem entra à direita, os resquícios dos
traços dos jardins franceses;

10. A caixa d'água feita de ferro na praça Piratinino de Almeida é, segundo o


imaginário, de origem francesa. Os registros remontavam para uma possível compra da
cidade inglesa de Glasgow, porém, quando estes se perderam, a ideia de procedência
francesa foi amplamente aceita;

11. "Os colonos de Santo Antônio buscavam um produto para mercado, tentaram
primeiro a alfafa, depois o vinho e por fim dedicaram-se a fruticultura e a
fabricação do
que chamamos de compotas. Os franceses chamam “compote” todo tipo de doce de
frutas cozidas diretamente com calda de açúcar. Se a fruta é cozida antes e depois
acrescida de banhos sucessivos de calda chamam de “confiture”, a exceção do doce de
frutas cítricas a que chamam de “marmelade”. Se a “compote”, “confiture” ou
“marmelade” for cozida até tornar-se sólida chamam de “pâte de fruits” e torna-se o
doce em pasta que conhecemos por pessegada, goiabada ou marmelada.
Já o que conhecemos por compota, eles chamam apenas de “fruits au sirop”, ou
seja, frutas em calda, por exemplo, “pêche au sirop”, ou seja, pêssego em calda.
Já as frutas cristalizadas chamam de “fruits confits”, ou seja, frutos confeitados,
pois nem sempre são cristalizados. A cristalização das frutas confeitadas, embora
também já conhecida na França, tornou-se mais freqüente entre os franceses daqui.
Pois
devido ao clima úmido de nossa região, os frutos com o tempo melavam e quando
cristalizados se conservam melhor. Assim surgiram os cristalizados pelotenses.
"

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