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JOÃO PESSOA
2019
JOSÉ EDINALDO GOMES DA SILVA FILHO
JOÃO PESSOA
2019
À minha mãe, Maria Severina da Conceição, ao meu pai
José Edinaldo Gomes da Silva e a minha irmã, Nayra
Eduarda Gomes da Silva.
Dedico
AGRADECIMENTOS
A Deus, por ter me dado forças para continuar em muitos momentos que pensei em
parar, por ter me dado sabedoria e saúde para chegar até aonde cheguei.
À minha família, por sempre me apoiar e me dar todo suporte necessário, sem o apoio
e o amor de vocês eu não teria chegado tão longe.
Aos amigos, Jean, Jefferson, Lucas, Humberto, Eronaldo e Marlon, por me ajudarem a
viver longe de casa, sempre colaborando com tudo, aguentando todas as chatices do dia-a-dia,
compartilhando todos os momentos bons e ruins de dividir apartamento, obrigado a todos que
viveram esse período comigo.
Agradeço muito aos meus amigos de turma, Flora, Georges, Jayme e Luiz, sem vocês
eu não teria passado nem do primeiro período. Foi com vocês que comecei a crescer,
amadurecer tanto pessoalmente quanto profissionalmente, vocês me ensinaram muito da vida,
mostraram o quanto é bom e leve trabalhar em equipe, nunca deixaram ninguém ficar pra
baixo ou desistir de nada, sou muito grato por ter conhecido e convivido com vocês. Muito
obrigado.
Agradeço de forma particular a minha orientadora, Profa. Rayssa Carvalho, por ter
aceitado me orientar em uma área que não é a sua, pelos conselhos, puxões de orelha, todos os
ensinamentos, por todo auxilio que recebi. Obrigado por ser essa pessoa incrível, que pensa
em todo mundo, que tem um coração enorme e quer ajudar a todos. Sou muito grato por ter
conhecido essa pessoa de bom coração, como à senhora sempre falava “brincando” em sala.
Thank you Queen.
Aos professores que me ensinaram tanto nesses quatro anos e meio de graduação:
Adriana, Ana Luiza, Ana Alice, Angela, Carolina, Cristiani, Fernanda Vanessa, Graciele,
Haíssa, João Paulo, Ismael, e Kettelin. Todos vocês fazem do CTDR um local diferenciado.
Obrigada por compartilhar todo o conhecimento, que contribuiu para o meu trabalho.
Aos técnicos de laboratório, Alline Souza, Aline, Erivelton, Diego, João Bosco, José
Carlos, José Evangelista, Larissa e Patrícia, obrigado por sempre estarem nos ajudando de
todas as formas e por todo o apoio nas análises. Um agradecimento em especial a José Carlos,
você é o cara, o mito. Obrigado por me ajudar e me ensinar muito, obrigado de coração.
Aos funcionários terceirizados que sempre colaboram com tudo para trazer o melhor
para todos. Obrigado pelas conversas, vocês são fantásticos.
A todos os colegas que fiz nessa jornada, a todos que contribuíram direta e
indiretamente na realização desse trabalho, obrigado.
RESUMO
Hidromel é uma das bebidas mais antigas consumidas pelo homem, obtida pela fermentação
alcoólica de solução de mel de abelha, sais nutrientes e água potável. No entanto, polpa ou
suco de frutas, podem ser adicionados, dando origem ao melomel. A utilização de cajá, fruta
cultivada em quase todo o Brasil e bastante conhecida pelas suas propriedades antioxidantes,
para elaboração de melomel é uma alternativa para o mercado de bebidas fermentadas. Desta
forma, o presente estudo objetivou produzir e caracterizar hidromel e duas formulações de
melomel de cajá. Inicialmente, a polpa de cajá foi avaliada quanto a ao teor de sólidos
solúveis, acidez, pH, perfil de açúcares e compostos voláteis. A qualidade do mel foi avaliada
analisando os seguintes parâmetros: umidade, cinzas, sólidos solúveis, pH, acidez livre e
perfil de açúcares. As bebidas (H – hidromel; M20 – melomel com adição de 20% de polpa de
cajá; M30 – melomel com 30% de polpa de cajá) foram elaboradas e caracterizadas
analisando umidade, cinzas, sólidos solúveis, pH, acidez livre e perfil de açúcares. No geral, o
mel e a polpa de cajá apresentaram-se dentro dos padrões exigidos pela legislação e
consequentemente aptos para a produção tanto do hidromel quanto do melomel. O processo
de fermentação das bebidas durou 10 dias e o tempo final de fermentação foi determinado de
acordo com a estabilização dos parâmetros ºBrix e densidade. Observou-se uma redução do
teor de sacarose, indicando que, durante o processo de fermentação, as enzimas glicolíticas
produzidas quebraram a sacarose. O hidromel continha mais álcool (12,75 ºGL) do que as
formulações M20 (11,75 º GL) e M30 (11,41 ºGL), diferença que pode estar relacionada com
a quantidade de açúcares. A análise colorimétrica indicou que a amostra M30 apresentou
maior luminosidade. Na análise sensorial, o hidromel se destacou para aparência e cor, e no
atributo sabor, o M30 foi a única bebida com nota acima de 7. Observou-se que o hidromel, a
formulação M20 e a formulação M30 apresentaram um índice de aceitabilidade de 81,1%,
80% e 84,4%, respectivamente. O M30 foi a bebida mais preferida pelos julgadores e com
maior nota para intenção de compra (4 - possivelmente compraria). A adição de 30% de polpa
de cajá se mostrou uma alternativa viável para produção de melomel, permitindo a obtenção
de uma bebida com valor agregado e com possível visibilidade do mercado de bebidas
alcoólicas no Brasil.
Mead is one of the oldest drinks consumed by man, obtained by the alcoholic fermentation of
solution of bee honey, nutrient salts and drinking water. However, pulp or fruit juice may be
added, giving rise to melomel. The use of cajá, fruit grown in almost all Brazil and well
known for its antioxidant properties, for melomel elaboration is an alternative for the market
of fermented beverages. In this way, the present study aimed to produce and characterize
mead and two formulations of cajá melomel. Initially, the cashew pulp was evaluated for
soluble solids content, acidity, pH, sugar profile and volatile compounds. The honey quality
was evaluated by analyzing the following parameters: moisture, ash, soluble solids, pH, free
acidity and sugar profile. The beverages (H - mead, M20 - melomel with addition of 20% of
cassava pulp, M30 - melomel with 30% of cassava pulp) were elaborated and characterized by
analyzing moisture, ash, soluble solids, pH, free acidity and sugars. In general, honey and cajá
pulp were within the standards required by the legislation and consequently suitable for the
production of both mead and melomel. The fermentation process lasted 10 days and the final
fermentation time was determined according to the stabilization of the parameters ºBrix and
density. A reduction in the sucrose content was observed, indicating that during the
fermentation process the glycolytic enzymes produced broke the sucrose. Mead contained
more alcohol (12.75 ºGL) than formulations M20 (11.75 º GL) and M30 (11.41 ºGL), a
difference that may be related to the amount of sugars. The colorimetric analysis indicated
that the sample M30 presented greater luminosity. In sensory analysis, the mead stood out for
appearance and color, and in the flavor attribute, M30 was the only beverage with a note
above 7. Mead, M20 formulation and M30 formulation were found to have an acceptability
index of 81.1%, 80% and 84.4%, respectively. The M30 was the drink most preferred by the
judges and with more note for intention of purchase (4 - possibly would buy). The addition of
30% of cashew pulp proved to be a viable alternative for melomel production, allowing the
obtainment of a beverage with added value and with possible visibility of the alcoholic
beverage market in Brazil.
.
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 14
2 OBJETIVOS ...................................................................................................................... 16
2.1 OBJETIVOS GERAIS ..................................................................................................... 16
2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS ........................................................................................... 16
3 REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................................... 17
3.1 HIDROMEL ..................................................................................................................... 17
3.2 PRODUÇÃO DO HIDROMEL ....................................................................................... 18
3.2.1 Matérias-primas ........................................................................................................... 18
3.2.1.1 Mel de abelha .............................................................................................................. 18
3.2.1.2 Água ............................................................................................................................ 19
3.2.1.3 Levedura ..................................................................................................................... 19
3.2.2 Etapas do processamento do Hidromel ..................................................................... 20
3.3 MELOMEL DE CAJÁ ..................................................................................................... 22
4 MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................................. 24
4.1 MATERIAIS .................................................................................................................... 24
4.2 MÉTODOS ....................................................................................................................... 25
4.2.1 Caracterização da polpa de cajá ................................................................................ 25
4.2.2 Análise físico-química do mel de abelha .................................................................... 26
4.2.3 Elaboração do Hidromel e Melomel de cajá ............................................................. 26
4.2.4 Caracterização do hidromel e das formulações de melomel de cajá ...................... 28
4.2.5 Análise sensorial do melomel de cajá ......................................................................... 28
4.2.6 Análise estatística ......................................................................................................... 29
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 29
5.1 Caracterização da polpa de cajá ........................................................................................ 29
5.2 Análise físico-química do mel de abelha .......................................................................... 30
5.3 Caracterização do hidromel e das formulações de melomel de cajá ................................ 34
5.4 Análise sensorial do hidromel e das formulações de melomel de cajá ............................ 37
6 CONCLUSÃO .................................................................................................................... 39
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 41
APÊNDICES ......................................................................................................................... 49
APÊNDICE A – Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) ................................. 50
APÊNDICE B – Ficha para análise sensorial ......................................................................... 52
ANEXOS ................................................................................................................................ 53
ANEXO A – Parecer consubstanciado do CEP ...................................................................... 53
14
1 INTRODUÇÃO
A apicultura é uma das atividades mais antigas e importantes do mundo (TERİN et al.,
2018). No Brasil, de modo especial no Nordeste, é bastante propício ao ótimo desempenho da
apicultura, devido a sua grande extensão territorial, vasta diversidade florística e pela
possibilidade de produção durante o ano todo. A atividade é geralmente praticada pelo
pequeno produtor rural ou pelo agricultor familiar (WIESE, 2005; BARBOSA et al., 2007;
KHAN, AHMAD SAEED, 2014).
O principal produto proveniente da apicultura é o mel, alimento natural de grande
valor nutritivo e funcional, que contém cerca de 200 substâncias sendo as principais: açúcares,
água, minerais, proteínas, vitaminas, lipídios, ácidos orgânicos, compostos fenólicos,
enzimas, flavonóides e outros fitoquímicos (PEREIRA, 2008).
O mel é uma substância doce, produzida por abelhas, que tem sido usado há séculos
no preparo de diferentes produtos e bebidas, podendo ser fermentado para produzir diferentes
tipos de hidromel, que podem ter sabores distintos, dependendo da origem floral do mel, dos
aditivos e das leveduras utilizadas na fermentação (GUPTA; SHARMA, 2009).
Para a elaboração de fermentados alcoólicos, o micro-organismo utilizado a milhares
de anos é Saccharomyces cerevisiae, conhecido como “levedura do vinho”. O resultado final
da bebida fermentada depende da ação desse micro-organismo em transformar o conteúdo de
açúcares em álcool, ésteres e outros compostos voláteis e não voláteis (DIAS, 2007).
Segundo a Instrução Normativa n° 64 do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (BRASIL, 2008), hidromel é uma bebida alcoólica fermentada a partir de mel,
água potável e levedura, com graduação alcoólica que varia de 4 a 14%.
O hidromel pode ser aditivado com ervas, especiarias e frutas durante ou após a
fermentação, o que resulta em uma ampla variedade de produtos possíveis (BERRY, 2007).
A denominação dos hidroméis muda de acordo com sua formulação. Os hidroméis com
adição de outros componentes como maçã, uva, especiarias e outras frutas são denominados
de acordo com sua matéria-prima. Com a adição de maçã tem-se o Cyser; com especiarias
como lúpulo, pétala de rosa tem o Metheglin; e com adição de outros frutos, como o cajá,
temos o melomel (VENTURINI FILHO, 2016).
O cajá (Spondias mombin L.) é um fruto bem conhecido e cultivado em quase todo o
Brasil, desde os tempos coloniais. O fruto é extremamente aromático e rico em carotenoides,
que dão à sua polpa, além de uma intensa coloração amarela, um apelo funcional bastante
significativo. Junto aos carotenoides, o cajá possui um elevado teor de taninos, que faz com
15
que a polpa do fruto ganhe destaque como antioxidante natural (MATTIETTO; LOPES;
MENEZES, 2010).
Considerando os aspectos citados e a importância e visibilidade do mercado de
bebidas alcoólicas no Brasil, a produção do melomel de cajá pode ser uma alternativa viável à
sazonalidade da fruta e a redução das perdas pós-colheita, além de permitir a obtenção de uma
bebida com valor agregado e proporcionar um incremento na renda do agricultor.
16
2 OBJETIVOS
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 HIDROMEL
O hidromel é uma bebida reconhecida como uma das mais antigas consumidas pelo
homem, e é provavelmente a precursora da produção de cerveja (PEREIRA, 2008). Segundo
o Decreto nº 6871 de 4 de julho de 2009, é “a bebida com graduação alcoólica de 4 a 14 % em
volume, 20 ºC, obtida pela fermentação alcoólica de solução de mel de abelha, sais nutrientes
e água potável” (BRASIL, 2009). Sua produção representa uma alternativa econômica
possível aos produtores de mel que pretendem obter derivados do mel com valor agregado,
permitindo o desenvolvimento de uma bebida com grande potencial comercial
(RAMALHOSA et al., 2011).
Embora não se possa identificar o período de tempo exato em que ou a localização
onde o hidromel foi descoberto, há evidências disso em quase todas as culturas antigas
(VIDRIH; HRIBAR, 2016). Segundo Gupta e Sharma (2009), originalmente o hidromel pode
ter sua origem nos países africanos, se espalhando e sendo produzido posteriormente em toda
a bacia do Mediterrâneo e na Europa, desempenhando um papel importante nas primeiras
civilizações antigas. De fato, o hidromel era uma parte importante dos rituais dos celtas,
anglo-saxões e vikings, referido como a bebida de nobres e deuses, proporcionando
imortalidade, conhecimento e acredita-se ter poderes mágicos e curadores capazes de
aumentar força, virilidade e fertilidade (BATISTA, 2017).
Há evidências arqueológicas da produção de hidromel a 7000 a.C., onde vasos de
cerâmica contendo mistura de hidromel, arroz e outras frutas com compostos orgânicos de
fermentação foram encontrados no norte da China (GUPTA; SHARMA, 2009). Embora o
hidromel seja o mais antigo produto fermentado utilizado pelo homem, é difícil encontrá-lo
comercialmente nos tempos atuais. Um dos motivos da escasses do hidromel é o custo da
matéria-prima, onde se torna mais fácil a produção de uma boa quantidade de vinho que a
produção da mesma quantidade de hidromel (MORAES, 2018).
O hidromel ainda é pouco conhecido em algums países, mas é uma bebida que
apresenta um grande potencial de comercialização. Em países, como nos EUA, o hidromel já
é bastante comercializado, havendo em torno de 45 hidroméis comerciais, e este número
continua em ascensão (IGLESIAS et al., 2014).
O hidromel pode ser classificado como seco, licoroso, doce e espumoso, de acordo
com o tempo de fermentação, quantidade e qualidade do mel utilizado na diluição, escolha da
levedura e da graduação alcoólica (MILESKI, 2016).
18
3.2.1 Matérias-primas
3.2.1.2 Água
3.2.1.3 Levedura
A fermentação do hidromel era resultado do crescimento de micro-organismos
selvagens naturalmente presentes no mel. No entanto, essa fermentação é imprevisível e pode
impedir a aceitabilidade e o consumo do hidromel, devido a presença de leveduras
contaminantes e de bactérias que alteram as propriedades sensoriais. Cepas selecionadas e
leveduras comerciais têm sido utilizadas com o objetivo de reduzir os riscos de contaminação
e de obter maior controle durante o processo fermentativo (MENDES-FERREIRA et al.,
2010, ROLDAN et al., 2011).
20
mudando de um gosto áspero, ácido e desagradável para uma bebida suave com um agradável
buquê e fragrância. A duração do envelhecimento pode ser de meses a anos, dependendo do
tipo de hidromel (CHEN et al., 2013; GUPTA; SHARMA, 2009; PEREIRA et al., 2013).
Bebidas à base de mel geralmente possuem pouco corpo e são muito doces, então
frutas na forma de sucos, polpas ou pedaços podem ser adicionados para contribuir com a
acidez (AMORIM et al., 2018; GUPTA; SHARMA, 2009; KOGUCHI et al., 2009). Frutas e
suas polpas têm sido altamente recomendadas devido à sua riqueza em carboidratos, fibras,
minerais, vitamina C, carotenoides, substâncias fenólicas e substâncias sulfúricas, e também
por sua ação antioxidante que ajuda a manter um equilíbrio entre a produção e a eliminação
de espécies reativas de oxigênio e outros compostos relacionados, assim atenuando as células
23
de dano induzidas fisicamente (MAIA; SOUSA; LIMA, 2007). Em soma, o uso de frutas na
produção de bebida alcoólica contribui para redução do desperdício pós-colheita, além de
proporcionar um incremento na renda do agricultor (DIAS et al., 2003).
O cajá (Spondias mombim L.) é um fruto extremamente aromático, sendo essa
característica responsável, em parte, pela sua boa aceitabilidade e popularidade no Brasil,
consumido na forma in natura principalmente no Nordeste, e mais comumente na forma de
polpa em outras regiões do país (CARVALHO, 2018; FRANÇA; SILVA; PORTO, 2017). É
um fruto caracterizado como drupa de 3 a 6 cm de comprimento, de formato ovoide, achatado
na base, com cor variando do amarelo ao alaranjado, casca fina e lisa. Sua polpa, pouco
espessa e suculenta, de sabor ácido-adocicado, também varia do amarelo ao alaranjado
(BRASIL, 2015; SILVIANO; SILVA; SANTOS, 2017).
O cajá tem propriedade funcionais, pois possui elevado teor de carotenoides, vitamina
C e taninos, que podem atuar como substâncias antioxidantes. Estes aspectos colaboram para
o aumento do consumo e interesse das indústrias alimentícias que o utilizam como matéria-
prima (MATTIETTO; LOPES; MENEZES, 2010).
No entanto em grande parte o cajá (Spondias mombin L.) é obtido através do
extrativismo por famílias ou pequenos produtores rurais, sendo essa atividade sua única fonte
de renda sazonal. É muito consumida in natura, entretanto, por ser altamente perecível, grande
parte tem vida curta pós-colheita sofrendo deterioração em poucos dias. Sua comercialização
é dificultada principalmente pelo transporte por longas distâncias, necessitando de técnicas de
conservação, que propiciem manter as características naturais da fruta (DUTRA, 2017).
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 MATERIAIS
Para elaboração das bebidas utilizou-se o mel de abelha-italiana (Apis mellifera), que
foi obtido de apicultores do município de Caiçara-PB, polpa de cajá, adquirida em uma
empresa de polpa de fruta local (João Pessoa-PB), e a levedura Shaccaromyces cerevisiae
25
LALVIN® tipo K1-V1116, que foi adquirida na empresa Insumos Tauron (Lagoa da Prata,
Minas Gerais).
A cepa LALVIN® tipo K1-V1116 foi escolhida para esse estudo por possuir uma
iniciação rápida, capaz de sobreviver a uma série de condições difíceis, tais como mostos com
pouco nutrientes e elevados níveis de açúcar, e ainda, por proporcionar uma constante e
completa fermentação entre 10° e 35° C.
4.2 MÉTODOS
A polpa de cajá foi caracterizada quanto ao teor de sólidos solúveis, sólidos totais,
acidez, pH, cor e perfil de açúcares.
O conteúdo de sólidos totais (nº 950.46) e cinzas (nº 920.153) foi determinado por
gravimetria (AOAC, 2016). A determinação do teor de sólidos solúveis foi realizada por
refratometria e expressa em ºBrix (IAL, 2008). Os valores de pH foram determinados
utilizando um potenciômetro digital (Quimis, modelo Q400AS) (nº 981.12; AOAC, 2016). A
acidez titulável foi determinada usando fenolftaleína como um indicador com NaOH a 0,1
mol/L, e os resultados expressos em porcentagem (nº 942.15; AOAC, 2016).
Os parâmetros de cor da polpa foram determinados utilizando colorímetro Konica
Minolta (modelo CR-400, Osaka, Japão) e os resultados expressos em valores de L*, a* e b*,
com os valores de L* (luminosidade ou brilho) variando do preto (0) ao branco (100), os
valores do croma a* variando do verde (-60) ao vermelho (+60) e os valores do croma b*
variando do azul (-60) ao amarelo (+60).
O perfil de açúcares (sacarose, glicose e frutose) foi determinado por Cromatografia
Líquida de Alta Eficiência utilizando cromatógrafo VARIAN (Waters, Califórnia, USA), com
detector de índice de refração (Varian 356 - LC), equipado com sistema isocrático de
solvente, válvula "Rheodyne" com alça de 20 μl; acoplado com uma coluna agilent Hi-Plex
Ca (300 mm x 7,7 mm). Foi utilizado temperatura de 85 °C, como fase móvel utilizou-se água
ultrapura em fluxo de 0,6 mL/min, e o tempo de análise foi de 30 min. O software utilizado
para processamento dos dados foi GALAXIE Chromatography Data System. Os
cromatogramas das amostras foram comparados com os padrões dos componentes analisados
e a quantificação foi realizada pela área composta em uma curva de calibração de cada
composto, em cinco concentrações, dependendo do composto analisado. Os resultados foram
expressos em g do composto por 100 mL de amostra.
26
O mel de abelha utilizado para elaboração das bebidas fermentadas foi avaliado quanto
aos parâmetros umidade, cinzas, sólidos solúveis, sólidos insolúveis, pH, acidez livre e perfil
de açúcares. A umidade do mel foi determinada, segundo o Instituto Adolfo Lutz (IAL, 2008),
utilizando-se um refratômetro de Abbe. A leitura do índice de refração foi transformada em
umidade de acordo com a tabela de Chataway, a 20°C. A determinação da acidez livre foi
realizada conforme descrito no Instituto Adolfo Lutz (IAL, 2008). As demais análises
supracitadas foram realizadas como descritas no item 4.2.1.
Para avaliação da qualidade do mel também foi realizada a determinação de
hidroximetilfurfural por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência utilizando cromatógrafo
VARIAN (Waters, Califórnia, USA), com detector de índice de refração (Varian 356 - LC),
equipado com sistema isocrático de solvente, válvula "Rheodyne" com alça de 20 μl;
acoplado com uma coluna Agilent Hi-Plex H (300 mm x 7,7 mm). Foi utilizado temperatura
de 65 °C, como fase móvel utilizou-se água ultrapura em fluxo de 0,6 mL/min, e o tempo de
análise foi de 60 min. O software utilizado para processamento dos dados foi GALAXIE
Chromatography Data System. Os cromatogramas das amostras foram comparados com os
padrões dos componentes analisados e a quantificação foi realizada pela área composta em
uma curva de calibração de cada composto.
Para identificar possível adulteração/fraude, o mel também foi analisado através do
teste de reação de Lund (IAL, 2008).
Para elaboração do hidromel e das formulações de melomel de cajá, todo material que
entrou contato com o mosto foi higienizado com água clorada a 200 ppm por 15 min. Após a
higienização de todo material iniciou-se o processo de produção (Figura 3).
Foram preparados 15 litros de mosto, com 23 ºBrix, a partir da diluição de mel em
água (3:1 v/v). Em seguida, foram separados 5 litros para cada tratamento: H: hidromel; M20:
melomel com 20% de cajá; M30: melomel com 30% de cajá.
Após o preparo do mosto, a levedura (desidratada) foi suspensa em 1 litro de mosto a
35°C por 10 min e depois misturada ao restante do mosto, sob agitação, por 1 min. Após a
hidratação, a temperatura da levedura foi igualada a do mosto e depois adicionada para dar
início a fermentação.
27
do mosto, até que a borra (leveduras e sólidos insolúveis) e a bebida (líquido sobrenadante)
formassem duas fases distintas bem definidas. A trasfega da bebida foi feita para outro
recipiente de polipropileno, onde foi clarificado. A clarificação foi realizada através da adição
de 0,6g de bentonita para cada 1L de bebida, até a bebida apresentar aspecto transparente e
límpido. Depois desse período, foi realizada uma nova trasfega e, só então, as amostras foram
acondicionadas em garrafas de vidro, prévia e adequadamente higienizadas e esterilizadas. A
bebida foi armazenada sob refrigeração até a realização das análises físico-químicas e
sensorial.
O teor de sólidos solúveis, acidez total e volátil, pH, cinzas e a análise da cor
instrumental foram determinados nas bebidas seguindo metodologia descrita no item 4.2.1. A
densidade foi determinada a 20 °C utilizando balança analítica e picnômetro (IAL, 2008). O
teor alcoólico foi determinado após a determinação da densidade, que foi convertida através
de valores tabelados para teor alcoólico (º GL). O perfil de açúcares foi determinado seguindo
metodologias descritas nos itens 4.2.1.
a provar as três diferentes amostras e atribuir uma pontuação em relação à aceitação dos
atributos aparência, cor, aroma, sabor, e avaliação global utilizando, para isso, uma escala
hedônica de nove pontos (variando de 1 = “desgostei muitíssimo” a 9 = “gostei muitíssimo”).
A intenção de compra das amostras foi avaliada utilizando uma escala hedônica de 5 pontos,
variando de 1 (jamais compraria) a 5 (compraria). Por último, foi pedido que os julgadores
ordenassem as três amostras em relação a sua preferência. Os julgadores foram orientados a
consumir bolachas de baixo teor de sal e água para limpar os seus paladares entre as amostras
avaliadas. As notas foram registradas em uma ficha de avaliação (APÊNDICE B).
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
FILHO et al., 2017; NASCIMENTO, 2013). Não foi encontrado HMF no mel utilizado no
presente estudo, confirmando a ótima qualidade do mesmo.
CAJÁ
vez que ao adicionar a polpa de cajá no mostos das amostras M20 e M30, já foi observado um
decaimento de 23 ºBrix para 21 ºBrix.
Segundo Gomes (2010), a densidade das bebidas está diretamente relacionada com o
consumo de substrato e produção de álcool, pois, o consumo de glicídios diminui o teor de
sólidos solúveis dissolvidos e consequentemente diminui a densidade. No entanto, mesmo
apresentando valores distintos para os sólidos solúveis, essa diferença não foi suficiente para
causar diferença significativa (p > 0,05) nos valores obtidos para densidade das bebidas.
Os valores de pH encontrados nas bebidas diminuíram com a adição de polpa de cajá,
ou seja, a amostra H apresentou um pH mais elevado (3,15) do que as amostras M20 (2,78) e
M30 (2,73). Ferri e Saggin (2014) encontraram um pH de 3,05 para fermentado alcoólico de
amora-preta. O baixo pH dos fermentados é um fator importante para inibir a contaminação
bacteriana (TORRES NETO et al., 2006), além de favorecer o crescimento das leveduras
(MUNIZ et al., 2002).
A acidez total da amostra H foi de 69,17 meq/L, estando de acordo com a Instrução
Normativa Nº 34 de 29 novembro de 2012 (BRASIL, 2012), que estabelece os parâmetros
legais para o hidromel. Em fermentados a acidez total está relacionada com o pH,
compreendendo a quantidade total de ácidos presentes na amostra, como por exemplo
aminoácidos, ácidos orgânicos e inorgânicos, ácido lático, ácido succínico e ácido fosfórico
(RIBEIRO, 2017). É importante ressaltar que na etapa de fermentação há a formação
principalmente dos ácidos acético e succínico, responsáveis por aumentar a acidez total e
reduzir o pH, e que, essa redução também sofre contribuição quando há a adição de suco de
frutas (FERRAZ, 2015; ROLDÁN et al., 2011), como pode ser observado nos valores de
acidez para M20 (74,68 meq/L) e M30 (77,85 meq/L).
Ao analisar a acidez volátil, mede-se a quantidade dos ácidos voláteis presentes na
amostra, principalmente o ácido acético (SROKA; SATORA, 2017), onde valores baixos
indicam que as matérias-primas utilizadas na produção do hidromel estavam em condições
adequadas (RIBEIRO, 2017). No presente estudo, os valores encontrados para a acidez volátil
foram de 3,94 meq/L, 2,96 meq/L e 1,97 meq/L para as amostras H, M20 e M30,
respectivamente. Mesmo não tendo legislação específica para melomel, comparando com o
padrão estabelecido para hidromel (Tabela 4), observa-se que todas as amostras estão de
acordo com a legislação. Ferraz (2015) encontrou uma acidez de 4,83 meq/L em hidromel
36
suplementado com suco de maça, e Ribeiro (2017) encontrou uma acidez de 2,54 meq/L em
melomel de frutas vermelhas.
Diferente do observado para o parâmetro acidez, as amostras H e M20 estão abaixo do
valor mínimo exigido para o teor de cinzas, que é de 0,15%. A amostra M30, com maior
concentração de polpa de cajá, apresentou 0,16% de cinzas e, portanto, dentro do padrão
estabelecido para hidromel. Essa diferença nos teores de cinzas entres as bebidas pode ser
justificada pelo fato de que o mel apresenta baixo teor de cinzas e, portanto, a adição de polpa
de frutas aumentaria essa quantidade.
Diante dos resultados obtidos para os açúcares (Tabela 4), observa-se que, como
esperado os açucares redutores (frutose e glicose) foram consumidos quase que em sua
totalidade. Observa-se ainda que, tendo em vista a quantidade inicial de sacarose (valores
obtidos ao analisar o mel e o cajá), os valores obtidos para esse açúcar indicam que, durante o
processo de fermentação, as enzimas glicolíticas produzidas quebraram a sacarose liberando
glicose e frutose, que também foram sendo consumidas durante o processo.
Os resultados evidenciam que o fim da fermentação ocorreu pelo consumo, quase que
em sua tonalidade, dos açúcares. O fim da fermentação pode ter sido influenciado também
pela quantidade de álcool produzida durante o processo. O hidromel contém mais álcool
(12,75 ºGL) do que as formulações M20 (11,75 º GL) e M30 (11,41 ºGL). Essa diferença na
quantidade de álcool produzida pode estar relacionada com a quantidade de açúcares. Como
discutido anteriormente, ao adicionar a polpa de cajá no mostos das amostras M20 e M30,
observou-se um decaimento de 23 ºBrix para 21 ºBrix.
Por meio da evolução do processo fermentativo foi observado que a leveduras
Saccharomyces cerevisae, demonstrou ter ótima capacidade fermentativa, já que o consumo
de substrato de todas as formulações foram maiores que 96%. Portanto, como indicado pelo
fabricante, a cepa LALVIN® tipo K1-V1116 foi eficiente durante o processo de fermentação.
Após análise da cor instrumental, observou-se que o hidromel apresentou menor
luminosidade (81,54) do que a formulação M20 (82,49), que, por sua vez, apresentou menor
luminosidade do que a formulação M30 (86,06). Esse resultado pode estar relacionado com a
adição da polpa de cajá. Em relação a coordenada a*, as bebidas não apresentaram diferença
significativa entre si (p > 0,05), com coloração tendendo a verde, o que contribui para
caracterizá-las como bebidas claras. Por fim, em relação a coordenada b*, observou-se
diferença significativa (p ≤ 0,05) entre as formulações, com valor para H (10,19) maior do
que para M20 (7,24), que apresentou valor de b* maior do que para M30 (4,14). Diante desse
37
Figura 4 – Coloração visual e instrumental do Hidromel (A), melomel com 20% de cajá
(M20) (B) e melomel com 30% de cajá (M30) (C).
DE CAJÁ
30% foi satisfatória. Do mesmo jeito, para a avaliação global, a formulação M30 foi a que
apresentou a maior nota. Diante dos valores obtidos para avaliação global, observou-se que o
hidromel, a formulação M20 e a formulação M30 apresentaram um índice de aceitabilidade
de 81,1%, 80% e 84,4%, respectivamente. Para ser considerado aceitável, o índice de
aceitabilidade deve ser superior a 70% (TEIXEIRA; MEINERT; BARBETZ, 1987), portanto
a bebida fermentada foi considerada aceitável pelos julgadores.
Figura 5 - Médias atribuídas aos parâmetros aparência, cor, aroma, sabor e avaliação global
para as bebidas: hidromel, melomel com 20% de cajá (M20) e melomel com 30% de cajá
(M30).
Figura 6 – Preferência dos julgadores em relação ao hidromel (M), melomel com 20% de
cajá (M20) e melomel com 30% de cajá (M30).
Por fim, os julgadores atribuíram notas para intenção de compra das bebidas (Figura
6), utilizando uma escala variando de 5 (compraria) a 1 (jamais compraria). As médias
atribuídas as bebidas foram maiores que 3 (Talvez comprasse/ talvez não comprasse). O
melomel com 30% de cajá (M30), foi a bebida que recebeu a maior nota, 4, que corresponde a
possivelmente compraria.
Figura 7 – Intenção de compra para o hidromel, melomel com 20% de cajá (M20) e melomel
com 30% de cajá (M30).
5,00
4,00
Escala hedônnica
3,00
2,00
1,00
Hidromel M20 M30
6 CONCLUSÃO
do hidromel quanto do melomel. A metodologia utilizada para a elaboração das bebidas foi
eficaz, uma vez que o hidromel ficou dentro dos padrões exigidos pela legislação, assim como
as formulações de melomel, que também atenderam aos padrões exigidos para o hidromel. A
análise do perfil de açúcares indicou que o processo de fermentação foi efetivo, uma vez que
foi observado o consumo da frutose e glicose, como também a quebra da sacarose por
enzimas glicolíticas.
A adição de polpa de cajá influenciou alguns parâmetros físico-químicos, cor e os
resultados obtidos para a análise sensorial. A formulação com maior quantidade de cajá
adicionada, M30, apresentou o maior índice de aceitabilidade, foi a amostra mais preferida e a
única com notas para intenção de compra maior que 4.
Portanto, a adição de 30% de polpa de cajá se mostrou uma alternativa viável para
produção de melomel, permitindo a obtenção de uma bebida com valor agregado e com
possível visibilidade do mercado de bebidas alcoólicas no Brasil.
41
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APÊNDICES
Convidamos o (a) Sr. (a) para participar como voluntário (a) da pesquisa Produção e caracterização
de melomel de cajá (Spondias mombin L.) desenvolvida por estudantes da Universidade Federal da Paraíba
(UFPB) e que está sob a coordenação da Professora Doutora Rayssa Julliane de Carvalho.
Esta pesquisa tem como objetivo geral produzir melomel de cajá, caracteriza-lo quanto suas
propriedades físico-químicas e avaliar sua qualidade sensorial.
O tempo gasto para a entrevista será de aproximadamente 15 minutos. Serão oferecidas três amostras de
melomel para degustação e avaliação de suas características sensoriais (aparência, cor, aroma, sabor e avaliação
global), com posterior preenchimento do formulário dos Testes de Aceitação (escala de nove pontos) e Intenção
de Compra (escala de cinco pontos). Também será oferecido um copo com água e bolacha para limpeza do
paladar entre uma amostra e outra. Por fim, os formulários serão devolvidos à equipe de pesquisadores e o Sr (a)
estará liberado (a) para suas atividades particulares.
Riscos: O teste sensorial não apresenta riscos previsíveis ou mensuráveis, pois serão utilizados alimentos e
ingredientes de uso comum na culinária, e em quantidades que não trazem prejuízos à saúde humana. Todo o
procedimento de elaboração do melomel será conduzido de acordo com as Boas Práticas de Fabricação, de
acordo com as legislações vigentes. Além disto, as amostras de hidromel apresentam teor alcoolico de xx,
garantindo que o Sr (a) está recebendo amostras sem nenhum risco de contaminação microbiológica. Caso
apresente alguma intolerância ou reação alérgica, não antes vivenciada, a equipe estará preparada a chamar o
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, por meio do número 192, assim como na ausência deste
orientá-lo a ir ao hospital de referência mais próximo. Ainda, será oferecida uma prova mínima, antes da
degustação oficial, para verificar a sua aceitabilidade orgânica ao produto.
Benefícios: Os resultados oriundos da investigação poderão contribuir para a disponibilização de novas bebidas
fermentadas com características sensoriais diferencias e agradáveis, e ainda, com valor agregado.
Critérios de inclusão e exclusão: Os sujeitos participantes serão funcionários, estudantes, professores e
visitantes, maiores de 18 anos, que se encontrem no CTDR da UFPB nos dias de realização dos testes sensoriais,
e que estejam interessados em participar voluntariamente da pesquisa. Serão selecionados de acordo com seu
interesse em participar e possuir o hábito de ingerir bebida alcoólica fermentada, ou seja, prováveis
consumidores desse tipo de produto. Não participarão da pesquisa pessoas menores de 18 anos, indivíduos que
não tenham o hábito de ingerir bebida alcoólica fermentada, alérgicos aos ingredientes e tabagistas.
As informações desta pesquisa serão confidenciais e serão divulgadas apenas em eventos ou
publicações científicas, não havendo identificação dos voluntários, sendo assegurado o sigilo sobre a sua
participação. Os dados coletados nesta pesquisa ficarão armazenados em pastas de arquivo e computador
pessoal, sob a responsabilidade do pesquisador, no endereço informado pelo período mínimo de 5 anos.
Solicitamos a sua colaboração na pesquisa, como também sua autorização para apresentar os resultados deste
estudo em eventos da área de saúde e publicar em revista científica, bem como da realização de imagens (fotos).
Por ocasião da publicação dos resultados, seu nome será mantido em sigilo.
Esclarecemos que sua participação no estudo é voluntária e, portanto, o (a) senhor (a) não é obrigado (a)
a fornecer as informações e/ou colaborar com as atividades solicitadas pelo Pesquisador (a). Caso decida não
participar do estudo, ou resolver a qualquer momento desistir do mesmo, não sofrerá nenhum dano, nem haverá
modificação na assistência que vem recebendo na Instituição.
Os pesquisadores estarão à sua disposição para qualquer esclarecimento que considere necessário em
qualquer etapa da pesquisa.
A primeira página deste termo será rubricada e a segunda assinada.
Diante do exposto, declaro que fui devidamente esclarecido (a) e dou o meu consentimento para
participar da pesquisa e para publicação dos resultados. Estou ciente que receberei uma cópia desse documento.
51
____________________________________________________
Assinatura do Participante da Pesquisa ou Responsável Legal
______________________________________
Assinatura da Testemunha
Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Campus I – Cidade Universitária – 1º Andar – CEP 58051-900 – João Pessoa/PB – (83) 3216-7791 – E-mail:
eticaccsufpb@hotmail.com
Atenciosamente,
____________________________________________
Assinatura do Pesquisador Responsável
___________________________________________
Assinatura do Pesquisador Participante
Obs.: O sujeito da pesquisa ou seu representante e o pesquisador responsável deverão rubricar todas as folhas do
TCLE apondo suas assinaturas na última página do referido Termo.
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1. Você está recebendo três amostras de Melomel de Cajá. Por favor, prove as amostras da esquerda
para direita, avalie-as sensorialmente e use a escala abaixo para indicar o quanto você gostou ou
desgostou de cada atributo. Antes de cada avaliação, você deverá fazer uso da água e da bolacha.
2. Agora, indique sua atitude ao encontrar essas amostras de Melomel de Cajá no mercado.
3. Ordene as amostras de acordo com a sua preferência, colocando em primeiro lugar a que você mais
gostou e por último a que menos gostou.
Comentários:_______________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
______________________________________
OBRIGADO!
53
ANEXOS