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Sumário
Vice-presidente da Assespro-MG lança livro inovador sobre gestão em PMEs de TI............................................. 04
GT de Segurança e Privacidade de Dados da Assespro-RS completa 4 anos.......................................................... 06
Reges Bronzatti é indicado para integrar o CNPD da ANPD............................................................................... 07
Comitiva da Federação Assespro e da Assespro-TO visita Governador................................................................. 09
Assespro-AL fortalece parcerias e atrai novos associados...................................................................................... 10
Aplicativo criado no Paraná ajuda governadores e prefeitos na gestão pública..................................................... 12
Campanha arrecada eletroeletrônicos sem uso para capacitar mulheres em TI...................................................... 15
Caroline da VieTech associa-se à Asespro/Acate PR............................................................................................. 18
Como a tecnologia pode ajudar a melhorar a experiência do cliente em restaurantes?........................................... 21
O desafio das empresas de tecnologia é manter talentos........................................................................................ 24
ROBOIT: robô tem cargo, função e dia cheio na ROIT........................................................................................ 26
Startup do PR lança tecnologia que aprimora processos seletivos......................................................................... 28
Tecnologia dispara campanhas e gerencia atendimento de forma automática....................................................... 31
Documentos são processados em 4 minutos...........................................................................................................33
CAPA – Conselhão: setor de TIC ocupa espaço fundamental................................................................................ 35
EBANX expande operação para mais 5 países africanos e 2 na América Latina................................................... 44
Inteligência Artificial terá papel fundamental no combate a ataques cibernéticos................................................ 48
Programa CI Inovador capacitará profissionais para a microeletrônica................................................................ 50
Programa Empreende+ Amazônica chega para estimular a inovação aberta........................................................ 52
LISSoftex: auxiliando empresas na utilização de benefícios fiscais....................................................................... 54
Residência em TIC capacitará 15 mil profissionais em TIC................................................................................... 56
Reforma tributária: Setor de TI defende alíquota reduzida.................................................................................. 58
Procuradores municipais investem em inteligência artificial................................................................................. 64
Maratona de Curitiba 2023: inovação como parte da cultura................................................................................ 67
Estudantes buscam sistemas planetários e mundos semelhantes à Terra............................................................... 71
Empresa fornece tecnologia para a Santa Casa de Araçatuba............................................................................... 75
Empresas que investem em transformação digitam têm aumento nas receitas...................................................... 77
Positivo Tecnologia anuncia investimento no WE Ventures................................................................................. 79
Telemetria: conheça a importância e como é aplicada no mercado atual............................................................... 82

Expediente
Conselho Editorial
Intelligence Business & Service de Tecnologia da Informação
Luís Mário Luchetta
Editor Responsável Jornalista Responsável
luis.mario@assespro.org.br Maycon Corazza - MTB 0009991/PR

Anselmo Gentile Diagramação

Diretor Executivo da ABES Pro.zza Resultados em Comunicação
Viviane Smangorzeski
Rubén Delgado
Presidente da Sociedade Softex Fotolito e Impressão

Gérson Schmitt
Representante do Conselho de Ano XXIII - Número 85 - 3º trimestre de
Administração da ABES 2023 - Tiragem de 5.000 exemplares -
84 páginas - Circulação Nacional
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Contato: pauta@revistati.com.br
 Vice-presidente da Assespro-MG,
Presleyson Lima, lança livro inovador
sobre Gestão da Inovação em PMEs
de TI
O novo livro “Modelos de Gestão da Inovação em PMEs de TIC” promete
ser um guia essencial para pequenas e médias empresas no setor de
Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)
Em uma época em que a tecnologia é
cada vez mais o pilar central de pratica-
mente todos os setores, Presleyson Lima,
vice-presidente da Associação das Em-
presas Brasileiras de Tecnologia da Infor-
mação de Minas Gerais (Assespro-MG),
acaba de lançar o livro “Modelos de Ges-
tão da Inovação em PMEs de TIC”. Este li-
vro chega ao mercado com a proposta de
ser um manual completo para gestores e
líderes de pequenas e médias empresas
(PMEs) que atuam no setor de Tecnolo-
gia da Informação e Comunicação (TIC).
Um guia prático e teórico para a gestão
de inovação
Presleyson Lima oferece uma abor-
dagem equilibrada de teoria e prática
para enfrentar os desafios intrincados
da gestão da inovação. Reconhecendo
que o setor de TIC é efêmero e que no-
vas tecnologias surgem a cada dia, o li-
vro aborda como PMEs podem se man-
ter competitivas neste cenário volátil.
4
“Estamos em uma era em que a trans-
formação digital não é mais uma opção,
mas uma necessidade. E é ainda mais pre-
mente para as PMEs, que enfrentam recur-
sos mais limitados e um cenário competi-
tivo brutal”, comenta Lima. “Este livro não
só delineia estratégias para navegar nes-
te cenário em constante mudança, mas
também fornece ferramentas práticas
para implementar um programa de ges-
tão da inovação de sucesso”, acrescenta.
Tópicos detalhados e relevância setorial
O livro cobre uma variedade de temas
críticos que vão desde modelos de ges-
tão adaptáveis a diferentes tipos de PMEs,
passando por estudos de caso reais que
ilustram práticas bem-sucedidas, até
estratégias práticas para fomentar uma
cultura de inovação nas organizações.
“Modelos de Gestão da Inovação em
PMEs de TIC” também se destaca por tra-
zer análises sobre tendências emergentes
como Inteligência Artificial, Internet das
Coisas e Blockchain, mostrando como
essas tecnologias podem ser aplicadas
para impulsionar a inovação nas PMEs.
Sobre o autor
Presleyson Lima é mais do que um exe-
cutivo com décadas de experiência em
TIC. Diretor de marketing e comunicação
da Prolinx, ele é também um estudioso do
assunto. Como vice-presidente da Asses-
pro-MG, trabalhou de perto com diversas
startups e empresas estabelecidas para
melhorar a competitividade e a inovação
no cenário tecnológico de Minas Gerais e
do Brasil. Este livro é o culminar de anos de
pesquisa e experiência prática, posicio-
nando Lima como uma voz autoritativa no
campo da inovação em TIC.
Presleyson Lima também realizará uma
série de workshops e webinars para divul-
gar os conceitos e práticas discutidos em
seu livro.
Toda a receita gerada com as vendas do
livro será doada de forma contínua para
projetos sociais que promovam a edu-
cação, capacitação de crianças e ado-
lescentes no campo da programação de
computadores e robótica em nosso país.
Para mais informações, visite o Linke-
dIn do autor https://www.linkedin.com/
in/presleyson/ ou fale com ele no e-mail
contato@presleyson.com.br

Principais tópicos abordados

• Modelos de gestão adap-
táveis a diferentes tipos de PMEs.
• Estudos de caso reais que de-
monstram práticas bem-sucedidas.
• Estratégias para estimular a cultu-
ra da inovação no ambiente de trabalho.
• Tendências emergentes no se-
tor de TIC e como se preparar para elas.

Disponibilidade
O livro “Modelos de Gestão da Inovação
em PMEs de TIC” está disponível em algu-
mas livrarias físicas e plataformas digitais.

5
 GT de Segurança e Privacidade de
Dados da Assespro-RS completa
quatro anos
O Grupo de Trabalho (GT) de Segu-
rança e Privacidade de Dados da As-
sespro-RS está completando quatro
anos de atividade em 2023. Coordena-
do pelo ex-presidente da Assespro-RS,
Reges Bronzatti, o GT foi criado a partir
da certificação em DPO oferecida pela
associação, quando se percebeu a ne-
cessidade de manter atualizados os pro-
fissionais que participavam da formação.
Ao longo desse período, o GT vem re-
alizando encontros mensais para discutir
os temas mais atuais ligados a seguran-
ça e privacidade de dados, além de ser-
vir de espaço para o compartilhamento
de cases bem-sucedidos de empresas
e profissionais de diversas áreas. Cada
vez mais, o grupo se consolida como
um fórum de discussões privilegiado,
em que cada participante pode dividir
suas dúvidas e se manter atualizado em
um tema em constante transformação.
“O GT de Segurança e Privacidade da
Assespro-RS trouxe valiosas contribuições,
nestes últimos quatro anos de atuação.
6
Além de conscientizar e mobilizar um
grupo de experts no tema, ao compar-
tilharem suas experiências profissionais,
trazem atualizações sobre as novas téc-
nicas de defesa e segurança de infor-
mações, que mantêm uma vigilância
constante sobre os golpes que se multi-
plicam no mercado”, destaca Bronzatti.
“O espaço de networking que se cria en-
tre os participantes permite que profissio-
nais, pesquisadores e entusiastas da segu-
rança de dados se conectem e colaborem.
Isso tem criado várias parcerias e projetos
conjuntos que fortalecem a segurança
cibernética em nível regional e nacional.”
O GT de Segurança e Privacida-
de de Dados da Assespro-RS é aberto
a qualquer pessoa, que deve contribuir
com um valor semestral. Para mem-
bros de empresas associadas da As-
sespro-RS, o valor é reduzido em 50%.
A inscrição pode ser feita pela ficha de
adesão disponível neste link: www.asses-
pro-rs.org.br/segurancaeprivacidade.
Reges Bronzatti é indicado para
integrar o CNPD da ANPD
O coordenador do GT de Segurança e
Privacidade de Dados da Assespro-RS,
Reges Bronzatti, foi indicado pela Fede-
ração Assespro para integrar o Conselho
Nacional de Proteção de Dados Pessoais
e da Privacidade (CNPD), órgão consul-
tivo da Autoridade Nacional de Proteção
de Dados (ANPD). O Conselho é composto
por membros da sociedade civil e repre-
sentantes do poder público e tem as atri-
buições de propor diretrizes estratégicas e
fornecer subsídios para a elaboração da
Política Nacional de Proteção de Dados
Pessoais e da Privacidade e para a atua-
ção da ANPD, elaborar relatórios anuais de
avaliação, sugerir ações a serem realiza-
das pela ANPD, elaborar estudos e realizar
debates e audiências públicas e dissemi-
nar o conhecimento sobre a proteção de
dados pessoais à população.
7
 “É uma honra estar na lista de indicações para compor
o Conselho Nacional de Proteção de Dados da ANPD.
Como representante da Federação Assespro, estou
entusiasmado para contribuir na defesa da privacida-
de e segurança dos dados, promovendo a confiança
e o desenvolvimento das empresas brasileiras, espe-
cialmente como representante do setor da Tecnologia
da Informação. É fundamental termos representantes
com conhecimentos multidisciplinares no Conselho
que apoiem e garantam que políticas e regulamen-
tações estejam adequadas e aderentes aos princípios
da legislação em vigor, fomentando um ambiente pro-
pício à inovação e ao desenvolvimento e crescimento
sustentável da economia”, destacou Bronzatti.

Além de ex-presidente da Assespro-RS, As inscrições já estão abertas pelo link ht-

Bronzatti também é coordenador da cer-
tificação para DPO, que está na sua 26ª
edição e com inscrições abertas. A próxi-
ma formação vai ocorrer de 23 a 27 de ou-
tubro, das 8h às 12h, em formato on-line.
tps://certificacaodpo26.eventize.com.br/.
Desde sua criação, a certificação já bene-
ficiou mais de 1,2 mil profissionais de todo o
país das mais diversas áreas profissionais.

8
Comitiva da Federação Assespro
e da Assespro Tocantins
visita governador
Governador em exercício parabenizou pela fundação da associação no
Estado

Em junho, a comitiva da Federação

Assespro e a recém-criada Assespro To-
cantins estiveram com o governador em
exercício do Tocantins, Laurez Moreira
que parabenizou pela fundação da As-
sociação das Empresas Brasileiras de
Tecnologia da Informação – Tocantins.
Para Deybson Cipriano, vice-presi-
dente de Articulação Política da Federa-
ção Assespro, foram dias importantes.
“Estou extremamente feliz com o que
vivenciei nesses dois dias de agendas
intensas em Palmas (TO). Conhecemos
empresários engajados, que sabem o que
querem.” E completa: “participamos de
uma visita muito profícua ao governador
em exercício, Laurez Moreira, e sua equipe.
Além de sermos muito bem recebidos, fo-
mos contemplados com a disposição do
governo em ouvir demandas do nosso se-
tor através da fala dos novos associados.
Temos convicção de que bons projetos
acontecerão através da parceria Asses-
pro-TO e Governo do Estado do Tocantins”.

9
 Assespro-AL fortalece parcerias
e atrai novos associados
São 40 empresas de tecnologia associadas na entidade
A nova gestão da Assespro-AL iniciou as
atividades no dia 1 de abril de 2023 com
Carlos Lima liderando o grupo que, atual-
mente, conta com 40 empresas de tec-
nologia associadas. Uma das principais
missões é escalar a adesão de start-ups
e, para isso, a promoção de eventos, a di-
gitalização dos processos de filiação e do
sistema financeiro são prioridades.
“O propósito de participar e de promo-
ver eventos é tornar a Assespro mais co-
nhecida em Alagoas e mais conectada
com o mercado local e nacional”, expli-
cou Carlos Lima, que cita a nova Intranet
da Assespro-AL, implementada no início
da gestão, como uma importante ferra-
menta para manter os associados bem
informados sobre as ações da entidade.
Outra medida essencial para impulsio-
nar a Assespro em Alagoas foi a substi-
tuição do sistema de controle financei-
ro da Associação. Com o novo sistema,
aumentou a eficiência e a transparência
financeira, agilizando os processos de fi-
liação. Outra estratégia é divulgar os be-
nefícios. “O Clube de Benefícios está em
andamento e será outro recurso para
10
conectar mais empresas à Assespro-AL”,
informa o presidente.
Desde que assumiu a presidência da As-
sespro-AL, Carlos Lima prioriza a participa-
ção em eventos, como forma de estreitar
laços estratégicos com parceiros, dentro
e fora de Alagoas. A Assespro-AL marcou
presença na reunião dos presidentes re-
gionais do Nordeste, em Fortaleza (CE), e
em âmbito nacional, do Conselho Admi-
nistrativo (CA) em Porto Alegre (RS). Além
disso, as relações com o poder público
alagoano estão cada vez mais próximas.
Encontros com representantes da Se-
cretaria de Estado da Ciência e Tecno-
logia (SECTI) e de outras instituições de
fomento, a exemplo do Sebrae, ocor-
rem de forma recorrente, na tentativa de
identificar novas possibilidades de arti-
culação. Um recente resultado concreto
dessas parcerias foi o Match Assespro,
evento que estreou do dia 28 de julho, re-
alizado com o apoio da SECTI. O objetivo
é aproximar, uma vez por mês, as start-
tups locais com os diversos segmentos
do mercado, levando em conta a trans-
versalidade da tecnologia nos negócios.
 “A promoção de eventos é um dos focos da nossa
gestão. Parabenizamos a gestão anterior pelo bri-
lhante trabalho de abertura de espaços políticos e
pela influência na concepção do Centro de Inova-
ção de Alagoas que hoje é uma realidade”, disse o
presidente Carlos Lima,

reforçando que o momento atual da As- também parabeniza e agradece os esfor-

sespro-AL é de divulgação ampla de suas
ações para atrair novos parceiros e asso-
ciados, favorecer o acesso da tecnologia
às empresas e sociedade em geral, sendo
a realização de eventos uma das suas es-
tratégias prioritárias.
O presidente da Assespro em Alagoas
ços da Federação Assespro pela articu-
lação nos estados, fortalecendo a união
entre as empresas de tecnologia do Bra-
sil para que, juntas, consigam mais facil-
mente impulsionar os negócios no setor
de tecnologia no país, reduzindo também
as fronteiras do mercado no exterior.

11
 Aplicativo criado no Paraná e
presente em mais de 700 cidades
ajuda governadores e prefeitos na
gestão pública
Governo do Estado é o mais novo cliente da startup de Umuarama que,
ao adquirir a licença do app GovFácil, vai implantar o sistema de tecno-
logia e administração pública

Ari Dias
Solenidade recente de entrega do aplicativo GovFacil
para o Governo do Paraná

12
 A gestão pública de uma cidade, de um
estado e de um país todo, precisa aten-
der às demandas que vão ao encontro do
interesse coletivo. Ao mesmo tempo, dar
voz à comunidade é algo que precisa es-
tar conforme a legislação, que exige pra-
zos, valores e outras obrigações do ges-
tor. A tarefa não é das mais fáceis, mas, o
mercado vem oferecendo soluções com
tecnologia para tornar a administração
pública dinâmica, funcional e organizada.
No Paraná há quatro anos, Isma-
el Duraes da Costa, empresário da área
de Tecnologia e Informação (TI), en-
tendeu que de fato, uma “casa” or-
ganizada funciona bem melhor.
“Eu trabalhava com consultoria no se-
tor público nas prefeituras e fazia tudo em
planilha em Excel para manter os gestores
atualizados. Foi então que um dia pensei:
‘a onda agora é celular; preciso desenvol-
ver um aplicativo e trazer tudo isso no apli-
cativo. Se posso fazer para os meus clien-
tes, posso fazer para todo Brasil!’”, conta.
Assim, o empresário que tem no DNA
o apreço pela gestão pública – ele tem
duas especializações na área – uniu o
útil ao agradável ao criar a empresa e
aplicativo GovFácil, uma solução com o
foco de atuação exclusiva na área pú-
blica. “Onde o gestor público, indepen-
dente da sua desenvoltura digital ou
administrativa, possa utilizar a ferra-
menta diariamente, facilitando assim
sua gestão”, explica Ismael. “Nosso sotf-
tware facilita a vida do gestor público.”
O GovFácil foi desenvolvido visan-
do unir informações por meio de dados
completos, além de desburocratizar o
acesso aos índices e documentos. O sof-
tware permite que o gestor público fique
sabendo tudo o que acontece em cada
secretaria, pois acompanha da sua sala
os indicadores em tempo real, através
de dashboard. Através do app, é possível
acompanhar, por exemplo, se o municí-
pio está com todas as certidões em dia,
se a receita sofreu queda e neste caso,
de quanto foi. O software demostra ainda
o histórico dos últimos cinco anos, o valor
de uma criança na sala de aula, compa-
rativos, investimento, números de empre-
sas, de empregos e do saldo em caixa.
A solução já está presente em aproxi-
madamente 700 municípios brasileiros. Em
Roraima, o Governo de Estado, em parce-
ria com o Sebrae, adquiriu o app para dis-
ponibilizar para todas as cidades. A meta
é alcançar três mil cidades nos próximos
quatro anos, período em que a startup al-
meja faturar R$ 50 milhões e já para este
semestre, contratar 50 programadores.
O Governo do Paraná é o cliente mais
jovem da GovFácil, empresa associada
da Assespro-PR/parceria ACATE. Por meio
da Secretaria da Inovação, Modernização
e Transformação Digital (SEI), a instituição
adquiriu a licença do aplicativo para imple-
13
 mentação do sistema de tecnologia e ad-
ministração pública no estado. Com isso, o
Estado se torna o primeiro do Brasil a utili-
zar o aplicativo de forma unificada entre as
secretarias e entidades governamentais.
“Quando viu o software, Marcelo Ran-
gel [secretário da SEI] disse que era exa-
tamente daquilo que o Paraná precisava.
Foi muito especial”, destaca o empre-
sário. O processo de implementação
segue: serão inseridos módulos perso-
nalizados para cada secretaria de estado
trazendo indicadores específicos de cada
Pasta, facilitando a gestão “para uma to-
mada de decisão mais eficiente”.
“Isso é um sonho para mim! Sem-
pre estudei na escola pública e com a
força de vontade dedicação, criei um
aplicativo”, emociona-se o empre-
sário que também integra a Asses-
pro-PR/parceria ACATE. A entidade é
um fomento à inovação tecnológica.

“O ambiente da nossa entidade foi construído para

defender os interesses das empresas do setor de TI,
afinal, a entidade entende que, apenas assim, alinhan-
do ações da área aos objetivos estratégicos da orga-
nização, se chega ao sucesso de grande parte das
iniciativas que se empreende. Este projeto vai desbu-
rocratizar as ações públicas e facilitar a gestão esta-
dual, o que realmente muito importante”, comenta a
presidente da entidade, Josefina Gonzalez.

14
Campanha arrecada
eletroeletrônicos sem uso
para capacitar mulheres em TI
Na tentativa de sanar esse problema, projeto Tech Girls, além de re-
cuperar o que era considerado sucata digital, propicia educação em
programação e informática para mulheres em alto índice de vulnerabi-
lidade social
Com o propósito de sensibilizar e esti-
mular a população a adotar práticas de
descarte sustentável de eletroeletrônicos,
a Associação das Empresas Brasileiras
de Tecnologia da Informação (Assespro-
-PR), a Universidade Positivo (UP) e o Tech
Girls se uniram para envolver tanto a ca-
deia produtiva da área de Tecnologia da
Informação (TI) como a comunidade em
geral na coleta de equipamentos ele-
trônicos não utilizados, contribuindo as-
sim para a educação profissionalizante.
Os Itens eletrônicos podem ser doa-
dos nos campi Ecoville, Santos Andra-
de e Osório da Universidade Positivo, de
segunda a sexta-feira, das 8h às 22h.
A iniciativa faz projeto de impacto so-
cioambiental chamado Tech Girls, en-
tidade sem fins lucrativos organizada
por mulheres para atender mulheres em
vulnerabilidade social. O projeto existe
desde 2007 e proporciona um tratamen-
to adequado para tudo o que é conside-
rado lixo eletrônico. Isso é feito por meio de
uma imersão digital, que inclui duas ofici-
nas específicas: uma de reciclagem e ou-
tra de manutenção de notebooks.
Na primeira oficina, chamada “Arte em
Lixo Eletrônico”, as alunas em situação de
extrema pobreza recebem educação pro-
fissionalizante que começa com a confec-
ção artesanal de brincos, colares, pulseiras
e outras bijuterias. A partir do ateliê-es-
cola, essas technojóias são levadas às
ruas e, sendo bem aceitas pelo público -
principalmente por mulheres -, são todas
registradas com a marca Bijouxtechs®.
Na segunda atividade, de “Manutenção
de Computadores”, as alunas recebem
instruções para recuperar o que até então
era considerado lixo eletrônico. Aquelas
que tiram boas notas são premiadas com
um computador recuperado, que podem
levar para casa. Além disso, elas também
recebem instruções em programação e
até mesmo sobre o desenvolvimento de
15
 software. O objetivo é que continuem seus
estudos na área de tecnologia e colo-
quem em prática o que aprenderam, seja
no mercado de TI, trabalhando para em-
presas ou realizando vendas pela internet.
Quem explica melhor é a desenvolve-
dora de software e fundadora da Tech
Girls, Gisele Lasserre: “A primeira oficina é a
nossa porta de entrada, um atrativo para
pessoas que nunca tiveram contato com
softwares. Depois, elas vão adquirindo no-
ções progressivamente até estarem pron-
tas para aprender a recuperar um equi-
pamento. E com cada computador doado
nasce uma nova profissional no universo
digital “. É na tentativa de combater os ma-
lefícios à saúde, às finanças e ao meio am-
biente que a Tech Girls vem trabalhando.
Há três anos, o Decreto n.º 10.240/2020
passou a vigorar, trazendo as determina-
ções que os municípios brasileiros devem
seguir para o recolhimento correto do lixo
eletrônico. Desde então, o Brasil vem re-
gistrando um crescimento na quantida-
de de coleta desse material. Em 2019, por
exemplo, segundo o Ministério do Meio
Ambiente, foram coletadas 16 toneladas.
No ano seguinte, esse número aumentou
para 105 toneladas. Já em 2021, as pre-
feituras recolheram 1,2 mil toneladas de
materiais que não são mais utilizados,
como computadores, baterias, smar-
tphones, fones de ouvido, entre outros.
16
Contudo, mesmo com essa lei em vigor,
o descarte irregular de sucata digital con-
tinua a crescer. Segundo a Organização
das Nações Unidas (ONU), no que se refere
à América Latina, apenas 3% do lixo eletrô-
nico é descartado de maneira adequada.
A outra parcela - 97% - não é devidamen-
te monitorada e, embora contenha mate-
riais de alto valor, mistura-se a alimentos
e outros resíduos, indo parar na natureza.
Isso gera um desperdício que atinge cerca
de US$1,7 bilhão por ano e pode ocasionar
uma série de doenças tanto em pesso-
as quanto em animais, devido à presen-
ça predominante de metais pesados.
Mercado aquecido
Ao passo que aumenta a venda de ele-
trônicos, cresce também o descarte irre-
gular. Segundo o relatório “Future of Com-
merce”, da Shopify, a previsão é que o
mercado de venda de eletrônicos alcance
um faturamento de US$5,9 bilhões até o
final de 2023. No ano de 2022, esse núme-
ro foi de US$5,4 bilhões. Especialistas no
ramo apontam que uma das razões para
esse aumento é a crescente necessida-
de de utilização de dispositivos digitais
em casa, para atividades como trabalho,
saúde, entretenimento e estudos, também
impulsionada pela pandemia de Covid-19.
“O aumento das vendas ocorre devido
à obsolescência técnica ou funcional dos
aparelhos, causada por uma série de si-
tuações que vão desde o surgimento de
produtos com tecnologia superior - o que
os torna mais eficazes e, portanto, mais
desejáveis para os consumidores - até a
falta de peças de reposição. Também en-
tra em jogo a inviabilidade econômica do
conserto, uma vez que, muitas vezes, um
novo produto acaba sendo mais acessí-
vel financeiramente do que o serviço de
manutenção”, destaca Josefina Gonzalez,
presidente da Assespro-PR_Acate. “É por
isso que apoiamos a Tech Girls: além de
promover boas práticas de sustentabili-
dade ambiental e social, elas trabalham
na reciclagem de produtos que, quan-
do descartados irregularmente, liberam
substâncias tóxicas que poluem o solo e
a água, prejudicando a saúde humana e
dos animais”, acrescenta a primeira mu-
lher a liderar a entidade em seus 40 anos
de existência.
O projeto está devidamente legaliza-
do pelos órgãos competentes e detém
o Certificado de Destinação Final, obtido
através do Sistema Nacional de Informa-
ções sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos
(Sinir). Isso permite que o projeto realize
a coleta, transporte e destinação apro-
priada de equipamentos digitais que de
outra forma seriam descartados inade-
quadamente.
Saiba mais:
Em cinco anos de atuação, a Tech Girls
capacitou mais de 590 profissionais nas
áreas de hardware, software, programa-
ção e assistência técnica de computador
em cursos disponíveis gratuitamente, de
forma presencial, nas cidades de Curi-
tiba, São Paulo, Taubaté e Florianópolis.
SERVIÇO
O que: Campanha de arrecadação de
equipamentos eletroeletrônicos.
Organizadores: Tech Girls, Assespro-PR
Acate e Universidade Positivo.
Onde: Ecohub Inovação - Bloco Verme-
lho - Sede Universidade Positivo.
Endereço: R. Professor Pedro Viriato Pa-
rigot de Souza, 5300 – Curitiba/PR.
17
 Caroline da VieTech associa-se
à Assespro/Acate PR com a meta
de reforçar participação femini-
na na área de TI do estado
Em todo o Brasil, mulheres ocupam hoje apenas 20% dos pontos de tra-
balho no segmento

A Associação das Empresas Brasileiras

de Tecnologia da Informação do Paraná
(Assespro Acate-PR), que contribui para o
fortalecimento de todas as empresas de
tecnologia da informação (TI), está com
uma nova associada: Caroline Zanata
Pereira, que chega para reforçar a atua-
ção da entidade em áreas de acelerado
crescimento. A entidade conta agora com
mais uma participação feminina. Em todo
Brasil, a ocupação das mulheres na área
está em torno de apenas 20%, segundo
informações da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (PNAD).
Dentre as áreas de TI que mais atraem
as mulheres, destaque para os cargos
de desenvolvedora de dispositivos mó-
veis, conforme indicado pelo Women in tão ingressando de forma gradual, porém
Tech 2022 Report, um relatório da Baires- constante, no setor de tecnologia.
Dev, uma companhia norte-americana Na visão de Caroline, como essa par-
de outsourcing de TI. O relatório aponta ticipação ainda é tímida, o trabalho está
que mulheres de diferentes gerações e em fazer com que elas tenham interesse
com variados níveis de qualificação es- por outras áreas, assumindo assim pos-

18
tos distintos e proporcionando a equidade
de gênero, uma vez que as empresas se
beneficiam e, ao mesmo tempo, a socie-
dade dá um passo adiante na aceitação
da diversidade e na luta por direitos iguais
para ambos os sexos.
“Observo que muitas vezes as meninas
perdem o interesse em buscar capaci-
tação na área de TI muito cedo, porque
acreditam não serem capazes. Elas fre-
quentemente pensam que seu futuro pro-
fissional será afetado por um ambiente
machista. Como resultado, é comum op-
tarem por outros caminhos.”
E ela sabe que isso realmente pode
acontecer. “Apaixonada por programa-
ção, entrei para o universo digital em 2013,
participando de campeonatos de robó-
tica. Na época, os programadores eram
quase todos rapazes.”
Hoje, após 10 anos de entrar essa área,
Caroline é CEO da VieTech. A empresa
trabalha para revolucionar o sistema de
aprendizagem, incorporando tecnologia
em todas as matérias do ensino funda-
mental. Uma das metas da VieTech é au-
xiliar as mulheres a enfrentarem a pressão
em um ambiente predominantemente
masculino e, principalmente, a se desen-
volverem mesmo quando estão em uma
“zona de desconforto”.
“Percebo que há um grande risco de nos
sentirmos inferiores na área, e a síndrome
do impostor se manifesta mesmo quan-
do possuímos conhecimento similar ou até
superior ao dos homens. No entanto, ape-
sar dessas adversidades, é essencial se
capacitar na área que escolhemos, assu-
mindo o protagonismo em nossas próprias
vidas. Devemos sempre continuar a estu-
dar e praticar o autoconhecimento, pois
é isso que realmente fará a diferença em
nosso progresso. O objetivo é garantir que
nada desestabilize ou descredibilize o que
estamos construindo em um campo que
está em constante evolução e inovação.”
O ingresso de Caroline na Assespro-PR
Acate aconteceu durante um evento da
Viasoft Connect, por intermédio de Cleiton
Sacoman, vice-presidente da área jurídi-
ca na entidade. “Foi como amor à primeira
vista, deu mais do que certo. Em menos de
um mês como filiada, já consegui cone-
xões para parcerias. Por conta do acordo
que a associação mantém com o Sebrae,
participei de eventos e terei a oportunida-
de de estar presente no Salão de Robóti-
ca, organizado pelo Claudio Navarro, que
também é associado, e que ocorrerá nos
dias 18 e 19 de agosto, “.
Para a presidente da Assespro-PR Aca-
te, Josefina Nascimento, primeira mulher
a estar no cargo de liderança desde 1976,
quando a entidade foi fundada, a partici-
pação da nova associada é muito bem-
-vinda, uma vez que a entidade reúne
profissionais especializados em todas as
áreas de TI e tem por meta enaltecer a
19
 figura feminina no mercado: “Orientados
a atuar com projetos multidisciplinares,
nosso foco é avançar e alcançar solu-
ções práticas, inovadoras e resolutivas,
atendendo rapidamente as demandas
dos nossos associados de forma cui-
dadosa, abrangente e personalizada”.
20
VieTech e Mulheres na TI
Por meio das aulas desenvolvidas pela
VieTech, é possível alcançar meninas,
crianças e adolescentes na fase da edu-
cação básica. Isso oferece a esse público
a oportunidade de um contato mais apro-
fundado com a tecnologia, indo além do
uso simples como usuário.
Como a tecnologia pode ajudar a
melhorar a experiência do cliente
em restaurantes?
Especialista explica como, com a tecnologia, a experiência em restau-
rantes se torna cada vez mais prazerosa e menos complicada, o que
ajuda na fidelização de clientes
Se você é um amante da gastronomia,
com certeza já passou pela frustração
de esperar muito tempo para ser atendi-
do em um restaurante, ou por situações
como pedidos perdidos por garçons, pra-
tos trocados ou até mesmo dificuldade na
hora de pagar a conta.
Um levantamento feito pelo Instituto
Foodservice Brasil (IFB) mostrou que, em
2022, brasileiros gastaram R$ 216,2 bilhões
com alimentação fora de casa. Mas o que
pode ser feito para que, cada vez mais, a
experiência dos clientes em bares, restau-
rantes ou até mesmo ao pedir comida em
casa possa ser mais satisfatória?
“A implementação de sistemas de ges-
tão, menus virtuais e aplicativos para o
controle de pedidos dentro e fora do esta-
belecimento, por exemplo, facilitam a co-
municação e a integração de processos
dentro da operação do restaurante, ga-
rantindo uma experiência mais ágil e per-
sonalizada”, diz Eduardo Ferreira, CCO da
ACOM Sistemas, empresa que desenvolve
tecnologia para a gestão de negócios do
food service.
O especialista lista alguns pontos im-
portantes e tendências que prometem se
estabelecer em 2023 e permitir que a expe-
riência gastronômica, seja em um bar ou
restaurante, ou mesmo pedindo de casa,
se torne mais interessante e agradável.
Automatização de pedidos e uso de
devices
Cada vez mais comuns, o uso de devices
ou gadgets para realizar pedidos e outros
serviços toma conta do setor de food ser-
vice. O uso do cardápio eletrônico é uma
tendência que está ganhando terreno.
Com o simples acesso a um QR Code, por
exemplo, é possível dar início ao processo
de atendimento que integra o pedido, com
os processos da cozinha, até o fechamen-
to de conta. Rachar a despesa por nome
de cliente já é uma realidade e reduz dras-
ticamente o tempo ao fazer isso “na mão”.
21
 Alguns lugares já oferecem tablets que
permitem acompanhar todo o andamen-
to deste intenso fluxo que faz parte da ro-
tina dos restaurantes.
Minimizar erros
Se tem uma coisa que deixa qualquer
cliente maluco é receber o pedido errado.
Especialmente quando é perceptível que
o erro foi humano. Por isso, ao fazer uso de
ferramentas automatizadas, os erros com
pedidos são drasticamente reduzidos,
pois o próprio cliente tem registrado o que
foi pedido, e assim pode solicitar a troca
em caso de erro.
Experiência in loco
Além disso, alguns restaurantes têm uti-
lizado sistemas de gerenciamento de filas,
que permitem que os clientes possam
acompanhar o fluxo de atendimento do
restaurante e o tempo de espera estima-
do para conseguir uma mesa. No decorrer
do processo, ele pode ser notificado, até o
momento em que a mesa estará disponi-
vel. Isso ajuda a gerenciar as expectativas
dos clientes e torna sua experiência mais
agradável.
Algumas redes de fast food estão tes-
tando tecnologias de reconhecimento
facial para permitir que os clientes fa-
çam pedidos simplesmente olhando para
22
uma câmera. Totens de autoatendimento
também estão cada vez mais presentes,
deixando o cliente livre para realizar seu
pedido, pagar e retirá-lo sem a necessi-
dade de atendimento humano.
Delivery mais fácil
Esqueça o bom e velho procedimen-
to de ligar para a lanchonete e pedir seu
lanche. O uso de aplicativos de delivery,
como o iFood, é uma tendência que che-
gou para ficar. Segundo dados da plata-
forma, entre janeiro e dezembro de 2022,
foram mais de 115 milhões de pedidos Bra-
sil afora, com cerca de 141 hambúrgueres
vendidos por hora.
Apesar de plataformas prontas e já
consolidadas no mercado nacional, mui-
tos empresários veem no desenvolvimen-
to de aplicativos próprios uma forma de
controlar melhor os custos da operação, a
qualidade da entrega, a carteira de clien-
tes e os lucros gerados.
“Para escolher a melhor solução, seja
própria ou contratada, é muito importan-
te, antes de qualquer coisa, que o empre-
sário faça um mapeamento dos seus pro-
cessos, certifique-se das possibilidades
de integrações e avalie como a solução
vai se encaixar no modelo da sua opera-
ção. Uma análise como essa vai ajudá-lo
a escolher o melhor caminho”, diz o CCO
da ACOM Sistemas.
 Inteligência Artificial e Business Intelli-
gence (BI)
Mesmo que de forma indireta, o uso de
sistemas de gestão municiados com Inte-
ligência Artificial e ferramentas estratégi-
cas como um BI traz impactos na experi-
ência do cliente final.
Processos automatizados e informa-
ções que podem ser levantadas a qual-
quer momento ajudam o empresário a
criar fluxos operacionais que podem levar
à redução desperdício, uma gestão mais
eficiente dos seus recursos, processos
produtivos mais organizados, melhoria na
qualidade do seu produto, aprimoramen-
to do cardápio, entre outros fatores que
podem impactar diretamente na experi-
Eduardo Ferreira, CCO da ACOM
ência do cliente com o restaurante. Cer-
tamente, elementos como preço, promo-
ções e o serviço podem ser beneficiados
com dados atualizados e processos que
funcionam de fato.
“Em resumo, a tecnologia é fundamen-
tal na gestão de restaurantes e serviços
de alimentação, permitindo uma maior
eficiência operacional, análise de dados
mais precisa e uma experiência mais
personalizada e agradável para os clien-
tes. Os estabelecimentos que souberem
utilizar de forma estratégica essas ferra-
mentas certamente sairão na frente em
um mercado cada vez mais competitivo”,
alerta Eduardo Ferreira.
23
 O desafio das empresas de
tecnologia é manter talentos
que buscam ganhar em dólar
Contratações em escala global ampliam desafio dos gestores em man-
ter times
Embora a onda de demissões de pro-
fissionais do setor de tecnologia represen-
te um aumento de 38.487% neste ano, na
comparação com o mesmo intervalo de
2022, segundo o relatório Challenger, da
companhia de recolocação Challenger,
Gray & Christmas, o “olho da rua” não é o
destino de todo esse time. Levantamento
recente da Icon Talent, especializada em
recrutamento nessa área, aponta que 75%
dos entrevistados em uma pesquisa sobre
o tema estão dispostos a abandonar o
mercado brasileiro para ganhar em dólar.
Foram ouvidos mais de 20 mil candidatos
registrados na base de dados da empre-
sa pesquisadora.
Na avaliação do diretor de Marketing da
secional do Paraná da Associação Brasi-
leira de Recursos Humanos (ABRH) e as-
sociado da Assespro-PR/ACATE, Ricardo
de Almeida Pereira, o grande desafio das
empresas tech é a retenção de talentos.
Para ele, apenas quem oferecer a melhor
cultura e um modelo de gestão ágil e de
resultados conseguirá manter o time in-
24
tacto e resoluto a permanecer na empre-
sa, mesmo com os tentadores convites
para trabalhar além das fronteiras.
“Desde a pandemia e do aumento do
trabalho em home office, tivemos um au-
mento da procura dos profissionais de TI
por empresas de outros países também.
Anteriormente, no modelo presencial, a
procura dos profissionais era mais local;
agora é global”, sublinha o paranaense,
natural de Guaíra, curitibano desde os 6
anos de idade e executivo em TI desde o
início dos anos 2000, Ricardo de Almeida
Pereira.
A pandemia, de fato, tornou-se um sím-
bolo de aquecimento do setor, e nesse
sentido Ricardo vê muito mais vantagens
do que obstáculos na jornada de cresci-
mento do setor.
“Vivemos anos de crescimento, espe-
cialmente para aquelas empresas do
setor de tecnologia que conseguiram se
adaptar rapidamente às circunstâncias.
Mantenho essa expectativa de crescimen-
to devido à procura contínua de empre-
 sas e departamentos que querem melho-
rar seus processos, suas experiências com
clientes e colaboradores, principalmente
e frequentemente sendo impactadas por
novos modelos de negócios”, afirma.
O cenário de tecnologia segue em as-
censão, mas revela gaps importantes, e a
falta de mão de obra especializada é uma
delas. No entendimento de Ricardo, bus-
car formações continuadas e treinamen-
tos que atendam às novas demandas
tecnológicas é especialmente decisivo,
até mesmo para os donos dos negócios.
Ricardo de Almeida Pereira
Times de liderança também precisam
ampliar suas competências, defende o
executivo.
“Cito novos temas para o setor, com
data-driven (programação orientada por
dados), inovação aberta, mindset de alta
performance, gestão de times remotos,
saúde mental e inteligência híbrida. É um
novo cenário que o trabalho do futuro pre-
vê. O novo líder de hoje vai lidar com ce-
nários cada vez mais dinâmicos, rápidos e
complexos. Precisa estar preparado.”
25
 ROBOIT: robô tem cargo, função
e dia cheio na ROIT
Conheça o colaborador da empresa de hiperautomação de gestão
contábil, fiscal e financeira

Diariamente, ele tem uma jornada a
cumprir. Afinal, como qualquer outro cola-
borador, conta com cargo e função, por-
tanto, com demandas diárias de atribui-
ções. Seu serviço, como o dos humanos,
vai além de executar tarefas para cumprir
tabela. Consiste em dar o seu melhor, em
prol da satisfação dos clientes atendidos
pela empresa.
Há uma diferença, elementar, em re-
lação aos demais integrantes da equipe.
Este personagem veio do futuro. E, apesar
de aprender diariamente a ter emoções
com os humanos, ele tem uma história e

26
uma missão: gerar o maior número de in-
sights para o mercado brasileiro e, quem
sabe, até mesmo, para o mercado interna-
cional. Eis, pois, a minibiografia do protago-
nista deste texto, o ROBOIT, o robô da ROIT.
Na empresa, cada colaborador, inde-
pendentemente da sua função, é cha-
mado de “Roiter”. Ora, se ele tem cargo,
função e um dia cheio de trabalho, o robô
tem direito ao sufixo “er” também: ele é
um “Roboiter”.
COMBINAÇÃO COM CHATGPT
O fundador e CEO da ROIT, Lucas Ribei-
ro, explica como nasceu o ROBOIT. Ele é o
resultado de uma combinação entre a in-
teligência artificial desenvolvida pela pró-
pria ROIT e outra tecnologia que se tornou,
digamos, sensação: o ChatGPT.
As funcionalidades e potencialidades
de ambas as tecnologias resultaram nes-
se colaborador sui generis.
“O ROBOIT representa a inteligência dos
nossos robôs, mas, de fato, ele é um per-
sonagem que nasceu a partir da combi-
nação do ChatGPT com a Inteligência Ar-
tificial desenvolvida pela ROIT”, reitera.
O gestor acrescenta: “Com o novo po-
sicionamento da ROIT, que é ‘tecnologia
além do futuro’, a ideia foi buscar esse
personagem justamente na ROIT do futu-
ro, pois está em nossa essência conectar o
presente ao futuro, e o futuro ao presente.”
O Head de Marketing da empresa, Rico
Chermont, cocriador do ROBOIT, é só elo-
gios ao dedicado colaborador. “O ROBOIT
trabalha o tempo todo buscando novas
oportunidades para nossos clientes e re-
solvendo as maiores dores deles. Quem o
acompanhar diariamente em seu Twitter
descobrirá muitas novas possibilidades e
oportunidades.”
Há também indicadores de sua produ-
tividade: “O ROBOIT, com sua capacidade
de aprendizado da máquina e inteligência
artificial, tem mapeado mais de 2,1 bilhões
de cenários tributários”, sublinha Rico.
Com esse acervo de conhecimento, o
ROBOIT tem um perfil próprio no Twitter,
o @roboitdaroit, e, diariamente, ele solta
um insight das descobertas tributárias. O
ROBOIT apresenta a cada empresa clien-
te, em cada processo de gestão contábil,
fiscal e financeira gerido pela ROIT, um pa-
norama preciso.
Munidos de tal estrutura, os humanos
conseguem aplicar todo o talento e a
competência em suas tomadas de deci-
sões. “O ROBOIT faz o trabalho humana-
mente impossível, para que nós, gestores,
possamos nos dedicar a tarefas mais es-
tratégicas”, pontua Ribeiro.
27
 Startup do PR lança tecnologia
com I.A. que aprimora processos
seletivos
Tecnologia oferece maior alcance geográfico e agilidade nos trâmites
de avaliação e seleção

28 Tecnologia dentro e fora da sala

 O ensino no Brasil está vivenciando uma
verdadeira transformação digital, por
meio de ferramentas tecnológicas que
conectam professores e alunos, automa-
tizam tarefas e tornam o dia a dia cada
vez mais prático.
Esse movimento tem impactado não
apenas as aulas e o cotidiano acadêmi-
co, mas também os processos seletivos,
que têm migrado expressivamente para o
ambiente digital.
Além de garantir benefícios como redu-
ção de custos, a tecnologia aplicada nos
processos seletivos oferece maior alcan-
ce geográfico e agilidade nos trâmites de
avaliação e seleção.
Uma pesquisa do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep) revelou um aumento sig-
nificativo nos cursos de Ensino à Distân-
cia no país. O número de matrículas em
cursos de graduação na modalidade a
distância cresceu 45% entre 2016 e 2020,
chegando a quase 2 milhões de brasilei-
ros matriculados em EAD no último ano
de referência do estudo. Segundo dados
do Inep, dos 16.004 cursos superiores ofer-
tados no Brasil, 7.611 foram presenciais e
8.393 foram à distância.
E, se pensarmos que atualmente, não só
o curso, mas também as provas do pro-
cesso seletivo são realizadas de forma on-
line, conseguimos perceber a intensa de-
manda por soluções educacionais digitais
e sua evolução ano a ano, inclusive para ga-
rantir a integridade dos testes e avaliações.
Empresas de tecnologia voltadas para
a educação, como a SWA, com sede no
Paraná, estão lançando plataformas mo-
dernas, dotadas de inteligência artificial,
que oferecem soluções diretas para esse
desafio. Leandro Scalabrin, sócio-dire-
tor do grupo, destaca que a tecnologia é
capaz de proporcionar uma experiência
aprimorada tanto para alunos quanto
para professores e instituições.
Acompanhe os quatro benefícios que a
tecnologia trouxe para os processos sele-
tivos:
1 - Cronômetro para os candidatos
Por meio de um portal, os candidatos
podem verificar prazos, ter acesso ao ga-
barito assim que a prova for concluída e
agendar uma segunda chamada, quan-
do permitido. O uso de cronômetros tam-
bém auxilia na gestão do tempo durante
a realização dos exames.
Mesmo nos casos em que a presença
física é necessária, todo o processo é au-
tomatizado. Os candidatos simplesmente
chegam ao local designado, fazem login
em uma máquina e realizam a prova,
aproveitando todos os benefícios do mé-
todo online.
29
 2 - Correção automática de provas e
banco de questões que evitam retraba-
lho para os professores
Os professores se beneficiam com a
simplificação das tarefas, organizando
suas perguntas avaliativas em um banco
de questões para facilitar a elaboração
das provas. Isso economiza tempo valioso,
pois não é necessário cadastrar pergun-
tas e gabaritos novamente ao criar uma
nova prova.
evitar ocorrências de “colas”. Além de re-
duzir o número de pessoas envolvidas nos
processos e minimizar erros, a agilidade
na resolução de cada período de aula é
maior, evitando burocracias desneces-
sárias ou processos fragmentados que
afastem os alunos e diminuam o interesse
pela instituição.

3 - Status de aprovação imediato

Com o uso dessa tecnologia, as provas
dos candidatos são corrigidas automati-
camente, fornecendo uma nota e o status
de aprovação imediatamente. Além dis-
so, plataformas como o Jacad, da SWA,
oferecem funcionalidades que permitem
a criação de provas dissertativas, propor-
cionando ainda mais flexibilidade no pro-
cesso avaliativo.

4 - Prevenção da fraudes
Scalabrin ressalta que, para as insti-
tuições de ensino, a tecnologia se tornou
essencial, proporcionando robustez, faci-
lidade de uso e segurança, capaz até de Leandro Scalabrin, CEO da SWA

30
Startup paranaense cria tecnologia
que dispara campanhas e gerência
atendimento ao cliente de forma
automática
Entenda como a ferramenta DisparaAí, criada no Paraná, pode revolu-
cionar a comunicação com o cliente e impulsionar resultados
A automação de marketing está rapi-
damente se tornando uma necessidade
para as empresas que buscam garantir
o sucesso nesta era digital. Não somente
pela eficiência que traz, mas pela vanta-
gem competitiva que oferece.
Se depender das previsões, essa es-
tratégia crescerá a todo vapor. Segundo
dados do “Marketing Automation Global
Market Report 2022”, especialistas esti-
mam que o mercado global de auto-
mação de marketing deverá chegar aos
US$9,36 bilhões até 2026.
Surfando nessa onda, diversas empre-
sas e startups lançam suas próprias ferra-
mentas para impulsionar as vendas, for-
talecer a sua imagem e ganhar mercado.
É o caso da IRRAH, uma empresa com ex-
pertise em moda e varejo, concebida em
2004, e que desenvolveu recentemente
sua própria ferramenta de automação, o
DisparaAí.
A plataforma, com pouco mais de um
mês no mercado, está surpreendendo as
micro, médias e grandes empresas ao unir
o inbound marketing e WhatsApp. Com a
ferramenta, é possível disparar campa-
nhas de divulgação de lançamentos, ras-
trear leads, divulgar catálogo de produtos
da empresa e até mesmo melhorar o en-
gajamento.
“Desde o desenvolvimento da ferra-
menta, a startup teve cuidado em forne-
cer números precisos em tempo real so-
bre as entregas de mensagens, além de
apresentar indicadores relevantes que
garantem a eficácia das entregas e en-
gajamento com os clientes”, disse Miriã
Plens, cofundadora e CMO do grupo IRRAH.
Jornada completa do cliente
O WhatsApp veio para revolucionar a
forma de comunicação, se tornando um
canal essencial para vendas e negócios,
principalmente pela sua praticidade e
rapidez. E, em um mundo onde é essen-
31
 cial às empresas estarem onde estão os
clientes, disparadores como o DisparAí se
mostram como uma solução assertiva.
Entre as demais funcionalidades da
plataforma, está a criação de mensagens
automáticas e a geração de gatilhos para
compras instantâneas, ou seja, campa-
nhas de marketing de fácil operação. É o
caso, por exemplo, de uma filial de frango
frito que utiliza a solução para criar cam-
panhas promocionais automatizadas e
melhorar o fluxo de trabalho da equipe,
ganhando tempo para se dedicar a ou-
tras atividades.
32
“A ferramenta consegue entender a
necessidade do consumidor e, criando
análises personalizadas disponíveis em
dashbords de fácil compreensão, é pos-
sível criar campanhas e atender suas ne-
cessidades específicas. Temos observado
situações de clientes que têm conseguido
otimizar tempo, além de alavancar ven-
das e qualidade no atendimento com a
ferramenta e essa era a proposta quando
idealizamos o DisparaAí”, conclui a CMO.
Tecnologia processa documentos
que levariam semanas em quatro
minutos
O que era considerado utópico em 2019, quando anunciado pela ROIT ao
mercado, agora se tornou uma realidade.
A ROIT, empresa brasileira especializada
em hiperautomação, atingiu um marco
impressionante no lançamento fiscal de
entradas e pagamentos a fornecedores.
O que era considerado utópico em 2019,
quando anunciado pela ROIT ao mercado,
agora se tornou uma realidade. Conheci-
da como “Esteira Mágica”, a solução ba-
seada em nuvem, com inteligência artifi-
cial e robotização, promete transformar o
processamento de documentos e ações
complexas que costumavam levar mais
de 20 dias em apenas alguns minutos.
Segundo Lucas Ribeiro, CEO da ROIT, o
tempo de processamento humano alcan-
çou um novo patamar “nunca antes vis-
to”. “Aquilo que parecia impossível agora
é uma realidade”, afirmou. Nos primeiros
meses de 2023, quase 2 milhões de docu-
mentos foram processados, e a verdadei-
ra surpresa está no tempo humano gasto
por documento: apenas 4 segundos! “É a
verdadeira magia da Inteligência Artificial
operando a cada segundo”, completou.
A solução da ROIT automatizou mais
de 200 tarefas humanas, desde o recebi-
mento de uma ampla variedade de docu-
mentos (mais de 30 tipos), classificação,
extração, complementação, vinculação
e validação em relação aos pedidos de
compra, até a verificação fiscal, escritu-
ração, contabilização, realização de pa-
gamentos e integração com sistemas de
gestão (ERP), esse é o fluxo conhecido pelo
mercado internacional como “Invoice-
2Pay”. Embora pareça impossível, é uma
realidade!
A empresa, preparou um vídeo (ht-
tps://youtu.be/8aCkeBJv9aM) mostran-
do os bastidores e os painéis de controle
do tempo, chamado de Telemetria. Nele,
é possível ver com precisão cirúrgica o
tempo humano consumido em cada tela,
clique e atividade.
A Esteira de Hiperautomação represen-
ta uma mudança de paradigma na forma
como as empresas gerenciam suas ope-
rações fiscais e o contas a pagar.
“A capacidade da nossa plataforma em
realizar tarefas complexas com interven-
33
 ção humana mínima é verdadeiramente
extraordinária. Ao aproveitar o potencial
da inteligência artificial e dos processos
robóticos, redefinimos eficiência, precisão
e produtividade. Estamos impulsionando
as empresas a alcançarem níveis inima-
gináveis de eficiência e produtividade”,
comemorou Lucas Ribeiro.
A Esteira de Hiperautomação, desenvol-
vida pela empresa brasileira ROIT, tem se
destacado por suas funcionalidades que
revolucionam o mundo fiscal. Conforme a
empresa, essa solução inovadora oferece
uma série de benefícios.
Um dos principais pontos destacados é
a drástica redução no tempo de processa-
mento de documentos fiscais. O que cos-
tumava levar semanas para ser concluído
agora é realizado em um curto espaço
de tempo, graças à automação propor-
cionada pela Esteira de Hiperautomação.
Outro destaque é o chamado “Touchless
Document Processing”, ou seja, a capa-
cidade de processar documentos sem
a necessidade de intervenção humana.
Segundo a ROIT, aproximadamente 96%
dos documentos são processados dessa
forma em sua Esteira de Hiperautomação,
o que aumenta a eficiência e reduz erros.
Além disso, a solução oferece maior
precisão e conformidade com as normas
fiscais, o que contribui para evitar proble-
mas com órgãos reguladores e possíveis
penalidades. A integração perfeita com
34
sistemas ERP também é um ponto positi-
vo, facilitando o gerenciamento das ope-
rações fiscais.
Uma das vantagens mais significativas
da “Esteira de Invoice2Pay” é a liberação
de recursos humanos para atividades
mais estratégicas. Ao automatizar tarefas
complexas, a solução permite que os pro-
fissionais foquem em atividades de maior
valor agregado, impulsionando a eficiên-
cia e a produtividade da empresa.
Outro benefício é a melhoria no com-
pliance fiscal, ou seja, no cumprimento
das obrigações fiscais. Com a esteira hi-
perautomatizada, as chances de erros
operacionais são reduzidas, o que evita
multas, juros e problemas com as autori-
dades fiscais.
Por fim, a solução também aprimora a
relação com os fornecedores. Ao otimizar
o processamento de pagamentos e do-
cumentos relacionados, a empresa pode
garantir uma comunicação mais eficiente
e transparente com seus parceiros de ne-
gócios.
Em resumo, a Esteira de Invoice2Pay
da ROIT tem se mostrado uma ferramen-
ta essencial para empresas que buscam
agilidade, eficiência e conformidade no
processamento fiscal. Com suas funcio-
nalidades avançadas, promete revolucio-
nar a maneira como as empresas lidam
com suas operações fiscais e a relação
com fornecedores.
“Conselhão”: setor de TIC ocupa
espaço fundamental
Confira entrevista com o secretário executivo do CDESS, Paulo Henrique
Rodrigues Pereira
O Conselho de Desenvolvimento Econô-
mico Social Sustentável (CDESS), conheci-
do como “Conselhão”, tem um importante
papel na estrutura governamental federal.
Seu trabalho consiste no assessoramento
imediato ao Presidente da República, pro-
duzindo indicações normativas, propostas
políticas e acordos de procedimento. O
grupo proporciona a articulação das re-
lações do Governo Federal com os repre-
sentantes da sociedade civil, construindo
diálogo com os diversos setores.
O CDESS é formado pelo Presidente da
República, pelo Vice-Presidente da Repú-
blica, pelo ministro de Estado da Secreta-
ria de Relações Institucionais e por cida-
dãos brasileiros de reconhecida liderança
e representatividade. Os conselheiros e
conselheiras são de livre escolha do Presi-
dente, e sua composição busca ser repre-
sentativa da diversidade territorial, étnico-
-racial e de gênero.
Em maio, o Presidente da República, Luiz
Inácio Lula da Silva, deu posse aos inte-
grantes do Conselhão, tendo ficado defini-
do para secretário da Secretaria Executiva
do CDESS, Paulo Henrique Rodrigues Pe-
reira. Ele é doutorando pela Faculdade de
Direito da Universidade de São Paulo (De-
partamento de Filosofia e Teoria do Direi-
to); pesquisador visitante no Departamen-
to de História de Harvard – Faculdade de
Artes e Ciências – e no Afro-Latin Ameri-
can Research Institute (ALARI) no Hutchins
Center para o ano de 2020; bacharel em
Direito (Universidade de São Paulo - USP),
certificado em Direito Tributário (IBDT),
mestre em Filosofia do Direito (Universida-
de de São Paulo - USP), tendo 10 anos de
experiência no terceiro setor/organização
não governamental, patrocinando alguns
dos maiores institutos do país.
Paulo também é especialista em Direito
Societário, que lida com relações comer-
ciais em grandes corporações. Acumula
mais de 7 anos de experiência com Revi-
são Tributária, atuando junto às maiores
empresas do mundo. É sócio de Castagna
& Monteiro Advogados. Com uma vasta
experiência, tem conduzido os trabalhos
do Conselhão e, nesta entrevista, fala um
pouco sobre os objetivos do CDESS, bem
como um olhar especial para o setor de
Tecnologia da Informação.
35
CAPA
36 Foto: Divulgação
 Confira a entrevista completa com
Paulo Henrique Rodrigues Pereira:
RNTI: Qual sua avaliação geral sobre o
momento que vive o setor de TIC no Brasil?
Paulo Henrique Rodrigues Pereira: O
setor de Tecnologia da Informação no
Brasil tem passado por um momento de
grande relevância e crescimento. A cres-
cente digitalização da economia e da
sociedade, impulsionada pela pandemia
da Covid-19, destacou a importância das
tecnologias de informação e comunica-
ção em diversos setores. Observa-se um
aumento significativo no investimento em
tecnologia e inovação, bem como um au-
mento na demanda por serviços digitais.
Assim, o momento do TIC no Brasil é de
grandes oportunidades para se moder-
nizar e fortalecer ainda mais a economia
brasileira - seja em discussões legislativas,
seja em colaborações entre o setor públi-
co e o privado, o setor é fundamental para
dinamizar a economia nacional e ajudar
a integrar setores-chave para o desenvol-
vimento no Brasil. Não deixa de ser tam-
bém um momento paradoxal: se, por um
lado, a explosão da tecnologia pode abrir
espaço para que o Brasil se insira na eco-
nomia mundial de forma mais ampla do
que já fizera, a perda dessa oportunidade
pode significar um desastre para o futuro
da economia e das gerações brasileiras.
Precisamos ficar atentos.
RNTI: Como foi a trajetória de discus-
sôes que precederam a recriação do
CDESS?
PHRP: A trajetória das discussões que
culminaram na recriação do CDESS pelo
Presidente Lula neste ano foi de um diá-
logo intenso e profícuo com especialistas
e figuras representativas de diversos se-
tores da sociedade, como o de TIC, para
construirmos uma seleção de conselhei-
ras e conselheiros comprometidos com o
combate às desigualdades, aliado ao de-
senvolvimento econômico, uma grande
preocupação do Presidente. O Presidente
Lula e o ministro Padilha - coordenador do
Conselho - sabem que a complexidade
da economia mundial na era tecnológica
exige que os países usem os acúmulos da
sua sociedade, para além das lideranças
governamentais. Nesse sentido, o Conse-
lho é uma das formas de se aproveitar de
tudo o que tem mudado na economia, na
universidade e no ativismo brasileiro das
últimas décadas. Das discussões, desta-
co a grande diversidade de perspectivas
e visões, consequência natural do am-
plo leque de segmentos sociais convida-
dos a participar do colegiado. Por trás de
toda a diversidade, porém, foi identificada
uma convergência fundamental entre os
setores da sociedade envolvidos com a
proposta e o novo Governo: a vontade de
construir caminhos comuns rumo ao de-
senvolvimento econômico social susten-
tável. O processo envolveu ainda discus-
37
CAPA
 sões sobre os desafios e oportunidades
enfrentados pelo Brasil em sua busca por
desenvolvimento econômico social sus-
tentável e uma percepção de que a tec-
nologia da informação desempenha um
papel fundamental nesse contexto.
RNTI: Em Linhas Gerais, como avalia a
maturidade do ecossistema de TIC brasi-
leiro frente aos desafios atuais e que virão?
PHRP: O ecossistema de Tecnologia da
Informação no Brasil demonstrou amadu-
recimento significativo nos últimos anos.
Temos uma comunidade de startups e
empresas de tecnologia em crescimento,
bem como uma base sólida de profissio-
nais de TI talentosos. Segundo dados da
Associação Brasileira de Startups, existem
atualmente no país mais de 12,7 mil star-
tups, com um crescimento médio de dois
dígitos todo ano. Esse grupo de empresas
se diferencia pela facilidade que tem de
inovar e criar soluções tecnológicas para
diversos segmentos. Penso que, desde a
pandemia, o Brasil vem valorizando cada
vez mais o potencial que esse setor per-
mite para integrar diversas frentes, das
pautas sociais à economia, mas, acima
de tudo, permitindo a interatividade dinâ-
mica que é vital ao desenvolvimento. No
entanto, ainda enfrentamos desafios rela-
cionados à infraestrutura de telecomuni-
cações, educação em tecnologia e regu-
lamentação. À medida que a digitalização
continua a avançar, é crucial fortalecer
38
ainda mais esse ecossistema para en-
frentar os desafios futuros, como a trans-
formação digital de setores tradicionais e
a segurança cibernética.
RNTI: Quais fatores levaram o CDESS a
criar uma comissão, além das previstas
inicialmente, dedicada à tecnologia da
informação?
PHRP: Além do interesse genuíno de
membros do Conselho, a criação de uma
comissão temática dedicada exclusiva-
mente à tecnologia da informação foi
impulsionada por diversos fatores: reco-
nhecimento da importância estratégica
da tecnologia da informação no desen-
volvimento econômico e social; percep-
ção de que a tecnologia desempenha
papel transversal em praticamente todos
os setores da economia; identificação da
necessidade de abordar questões espe-
cíficas relacionadas à inovação, regula-
mentação, educação tecnológica e inclu-
são digital; e a oportunidade de aproveitar
o potencial transformador da tecnologia
para promover o desenvolvimento sus-
tentável e a equidade social. A tecnologia
da informação é ainda integradora, uma
das funções do CDESS, reunindo indivídu-
os dos mais variados matizes e com pre-
ocupações distintas. A TI não é apenas o
veículo, mas também uma parceira na
superação das desigualdades pelo de-
senvolvimento econômico.
Conselhão realiza reuniões periódicas com pautas relevantes
para a sociedade. Foto: Washington Costa/MF
RNTI: O que vai diferenciar essa comis-
são de outros espaços de discussão do
setor?
PHRP: Acredito que o principal diferen-
cial dessa comissão será a interlocução
com parceiros que estão fora do setor de
TI, ainda que a ele ligados, como acadê-
micos, representantes de outras indústrias
e até mesmo ativistas, o que permitirá um
aprofundamento das discussões do Con-
selhão, nas quais o papel da tecnologia
da informação é central para que avan-
cemos, isto é, aproveitando o potencial
que o setor oferece para enfrentar os mais
variados desafios, de comunicação social
sobre temas de saúde pública à moder-
nização de setores vitais e extremamente
integrados da economia.
RNTI: Por que é tão importante dialogar
com o governo, sobretudo neste atual
momento do setor?
PHRP: Ao recriarem o Conselhão, o Pre-
sidente Lula e o ministro Padilha deixaram
claro que o papel do governo e, mais, da
sociedade, precisa ser a união em prol da
superação das extremas desigualdades
sociais de nosso país como resultado do
desenvolvimento sustentável. Fomentar o
diálogo faz parte disso, especialmente em
um momento em que o setor de TI bus-
ca se modernizar e se integrar cada vez
mais às necessidades da economia bra-
sileira. O diálogo com o governo é ainda
fundamental, pois ele desempenha papel
39
CAPA
 central na formulação de políticas, regu-
lamentação e incentivos que podem im-
pactar diretamente o setor. Além disso,
parcerias entre o setor público e privado
são essenciais para abordar questões
como infraestrutura, educação tecnoló-
gica e a criação de um ambiente de ne-
gócios favorável à inovação. O diálogo
contínuo com o governo permite alinhar
interesses, identificar oportunidades e su-
perar desafios em conjunto.
RNTI: Existe um planejamento estraté-
gico que norteará esse trabalho do con-
selho?
PHRP: Sim, existe um planejamento es-
tratégico para que as comissões sejam
construídas e operem da forma produtiva,
contribuindo com temas que possam im-
pactar o desenvolvimento braileiro. Além
disso, há uma preocupação forte com a
questão da inclusão, e com o fortaleci-
mento do valor do diálogo para produzir
resultados intersetoriais, que possam ins-
tigar a reformulação de políticas públicas
neste momento de profunda reconstru-
ção pelo qual passamos enquanto so-
ciedade , integrando as políticas públicas
com as necessidades da sociedade bra-
sileira para fomentar o desenvolvimento
sustentável. No planejamento, as comis-
sões devem ainda levar em consideração
as contribuições de todas as partes inte-
ressadas e ser flexíveis o suficiente para se
adaptar a mudanças no ambiente eco-
40
nômico e tecnológico.
RNTI: Qual a velocidade que o CDESS
deverá adotar em suas ações e trabalhos
e o que podemos esperar em curto pra-
zo, sobretudo na Comissão Temática de
Tecnologia?
PHRP: Com a constituição da Comis-
são Temática de Tecnologia, esperamos
alcançar resultados positivos no curto
prazo, especialmente na formulação de
pautas de interesse da indústria integra-
das aos desafios enfrentados na promo-
ção do desenvolvimento econômico e no
enfrentamento às disparidades sociais,
na identificação de oportunidades de ino-
vação tecnológica para enfrentar desa-
fios sociais e econômicos, no desenvolvi-
mento de propostas de políticas públicas
para promover o setor de TIC de forma
sustentável, no apoio à capacitação em
tecnologia e inovação e na promoção de
discussões sobre regulamentação do se-
tor. A abertura que a tecnologia tem tido,
certamente, tornará o trabalho da Comis-
são ainda mais proveitoso, em especial
se considerarmos o papel crucial que tem
para a economia brasileira do século XXI,
do campo às grandes cidades e na in-
tegração com o resto do mundo. A partir
de outubro, o Presidente Lula começará
a analisar o resultado dos trabalhos, que
deverão ter uma primeira geração pronta
de sugestões no próximo pleno, a se rea-
lizar no começo de dezembro.
Foto do dia que marcou recriação do Conselhão.
Foto: Divulgação
RNTI: Bem, temos vivido tempos de dis-
cussão sobre Inteligência Artificial e acre-
ditamos que isso seja um aspecto em foco.
Qual sua visão sobre o tema? Precisamos
caminhar para uma regulamentação?
PHRP: A Inteligência Artificial é, de fato,
um aspecto fundamental no cenário atual
e futuro da tecnologia, e sua regulamen-
tação passa por importantes discussões
como o próprio papel desta na promo-
ção do desenvolvimento sustentável. Não
podemos nos furtar a promover o diálo-
go de uma vertente que se mostra cada
vez mais presente em nosso cotidiano, e
penso que a promoção da democratiza-
ção do acesso à informação, um de seus
grandes potenciais, balizará as discus-
sões sobre sua regulamentação. Estamos
preocupados com esse tema, e ele apa-
recerá nos nossos trabalhos.
RNTI: E sobre o Grupo de Trabalho de
Política Tecnológica, neoindustrialização
e sustentabilidade para a economia do
futuro, o que podemos esperar?
PHRP: O Grupo de Trabalho de Política
Tecnológica, neoindustrialização e susten-
tabilidade para a economia do futuro terá
um papel ímpar, por se tratar de um grupo
que concentrará discussões sobre temas
como economia verde, novas indústrias
e sobre como podemos aproveitar a tec-
nologia para desenvolver cada vez mais
o Brasil, integrando-o com nossos parcei-
ros na América Latina e no mundo. Nessa
41
CAPA
 frente, os conselheiros e conselheiras estão
trabalhando para pensar um modelo de
centros de inovação de alto impacto, que
possam ser o começo de uma estratégia
de desenvolvimento de alto valor agre-
gado. Esses são temas incontornáveis, e
promover o diálogo intersetorial e social
sobre eles nos permitirá expandir cada
vez mais o potencial que têm. Especifica-
mente, esperamos que o Grupo consiga
identificar tecnologias para investimento
e desenvolvimento e discuta sobre como
a tecnologia pode ser usada para abor-
dar desafios de sustentabilidade, como
mudanças climáticas e energia limpa.
RNTI: Podemos dizer que há um poten-
cial transformador da TIC na realidade
brasileira?
PHRP: Continuando no tema do poten-
cial a ser explorado, a TIC já demonstrou
sua indissociabilidade de um modelo de
desenvolvimento moderno e sustentá-
vel, dado que impulsiona a produtividade,
melhora a prestação de serviços públi-
cos, aumenta a competitividade e pro-
move a inclusão digital. Além disso, a TIC
desempenha papel crucial na criação de
empregos qualificados e na geração de
inovação, contribuindo para o desenvolvi-
42
mento econômico e social do Brasil. Par-
ticularmente, acredito que no Conselhão
poderemos explorar ainda mais como
aliar esse potencial à luta pela superação
da pobreza, às melhorias na educação e,
principalmente, na transparência e inclu-
são dos debates públicos no Brasil.
RNTI: E o reflexo do momento econômi-
co e político nesse cenário geral?
PHRP: Passamos por um momento de
trabalho intenso, focado na reconstrução
das instituições e do espaço público para
o diálogo, e é natural que integremos cada
vez mais o setor de TIC aos debates, já que
ele é responsável por viabilizar boa par-
te das pautas discutidas, especialmente
se buscamos uma economia cada vez
mais moderna. A estabilidade econômi-
ca e um ambiente político favorável fruto
deste trabalho serão também essenciais
para atrair investimentos e promover o
crescimento do setor. Além disso, as po-
líticas públicas desempenham papel fun-
damental na criação de incentivos para
a inovação e na remoção de barreiras
ao crescimento. Portanto, um ambiente
econômico e político estável e favorável é
crucial para aproveitar plenamente o po-
tencial transformador da TIC.
 RNTI: Algo mais que gostaria de acrescentar?

PHRP: Gostaria de acrescentar apenas que é com grande alegria que par-
ticipo dessa entrevista, por considerar a RNTI um espaço de contínua reflexão
e informação sobre a tecnologia da informação. O Presidente Lula e o ministro
Padilha afirmam como uma prioridade a promoção do diálogo, razão de ser
do Conselhão, e um veículo como este é fundamental para que possamos
seguir integrando cada vez mais as discussões ao potencial da TIC.

435
DIVULGAÇÃO
 EBANX expande operação
para mais oito países africanos
e dois na América Latina,
conectando empresas globais
a mais de 1 bilhão de pessoas
A fintech também anuncia expansão na América Latina, para as Baha-
mas e Jamaica, e chega a 29 países com operações, reforçando sua
presença global
A EBANX, empresa global de tecnologia
especializada em pagamentos para mer-
cados em ascensão, anunciou, durante a
sétima edição do seu Payments Summit,
realizada de 18 a 20 de setembro, na ci-
dade de São Paulo, a expansão de suas
operações para mais oito países na África.
Essa ampliação estratégica vem na estei-
ra do ingresso bem-sucedido daEBANX no
mercado africano em setembro de 2022,
quando estabeleceu operações na Áfri-
ca do Sul, Nigéria e Quênia. Os novos pa-
íses somados ao ecossistema da fintech
são Costa do Marfim, Egito, Gana, Marro-
cos, Senegal, Tanzânia, Uganda e Zâmbia,
onde a EBANX vai processar os pagamen-
tos locais preferidos para merchants glo-
bais da economia digital.
Com essa expansão, a EBANX consoli-
da sua cobertura no continente africano,
estendendo sua atuação para 11 países,
44
incluindo a África Setentrional, Ocidental,
Oriental e Austral. Além da África, a finte-
ch também anunciou durante o summit a
continuidade da sua expansão pela Amé-
rica Latina e Caribe, com a adição das
Bahamas e da Jamaica a seu portfólio,
chegando a 17 países latino-americanos,
e um total de 29 pelo mundo, com a adi-
ção recente de Índia.
“Com essa expansão, reforçamos nos-
so alcance global e profundidade local,
nosso compromisso com os mercados
em ascensão e com nossos merchants, e
a missão da EBANX de criar acesso. Atra-
vés de tecnologia e pagamentos locais,
passamos a conectar mais de 1 bilhão de
pessoas, de 29 países na África, América
Latina e Ásia, três regiões de rápido cres-
cimento digital, às maiores marcas do
mundo”, diz Paula Bellizia, presidente de
Pagamentos Globais da EBANX.
 As próximas fronteiras digitais afri-
canas
O continente africano apresenta um
potencial significativo para o crescimen-
to do comércio digital: espera-se que a
taxa de compradores online na região
aumente 10% ao ano até 2027, de acordo
com dados da Insider Intelligence – numa
população que ultrapassa um bilhão de
pessoas. Ao mesmo tempo, apenas 15%
dos africanos fizeram uma compra online,
de acordo com dados do Banco Mundial,
indicando um mercado emergente que
está prestes a acelerar.
O elevado grau de utilização de celula-
res tem sido a base para a inclusão finan-
ceira e para os pagamentos digitais: 83%
da população tem uma assinatura mobi-
le, e 75% do tráfego de internet na região é
feito através do celular, segundo dados do
Banco Mundial. Uma realidade que impul-
siona a adoção de pagamentos digitais:
46% dos adultos africanos já fez pelo me-
nos um pagamento digital, um aumento
expressivo em menos de oito anos, quan-
do a penetração era de apenas 23%.
Aliados à infraestrutura de telecomu-
nicações, esses fatores criaram na Áfri-
ca a maior penetração de mobile money
do mundo: o continente é responsável
por quase 70% do volume transacionado
globalmente e por mais de metade dos
usuários. No Quênia, por exemplo, onde a
EBANX opera desde setembro de 2022, o
mobile money reina: quase 70% da popu-
lação queniana tem uma conta de mobile
money, de acordo com dados do Banco
Mundial e cálculos da EBANX.
“A penetração significativa de telefones
celulares, baixo custo de dados móveis
e uma aceleração dos serviços digitais
também estão posicionando países como
a Tanzânia, Gana, Uganda e Zâmbia en-
tre as ‘próximas fronteiras da África’, para
mencionar apenas alguns, que deverão
tornar-se polos de crescimento para em-
presas digitais”, afirma Andre Allain, VP de
Parcerias Estratégicas e Desenvolvimento
de Mercado da EBANX.
A EBANX começa suas operações nes-
ses países, além da Costa do Marfim e
Senegal, com o mobile money, conectan-
do merchants globais a esse método de
pagamento local. No Egito e Marrocos, a
fintech começa as operações com méto-
dos baseados em dinheiro, os mais usa-
dos no comércio digital. Segunda maior
economia da África, o Egito tem taxas de
penetração de telefonia móvel e internet
superiores à média. Em paralelo, 73% dos
egípcios estão desbancarizados, e ape-
nas 3% deles têm um cartão de crédito,
segundo o Global Findex 2021 do Banco
Mundial. Marrocos tem a maior penetra-
ção da internet da região, chegando a
90%, segundo a Euromonitor, e um uso de
mobile que cresce dia a dia, criando um
cenário frutífero para o comércio digital,
45
 um mercado que deve chegar a US$5 bi-
lhões em volume no final deste ano, se-
gundo a Statista Market Insights.
“Com nossa expansão para 11 merca-
dos na África, a EBANX consolida sua pre-
sença na região, com um mercado de
imenso potencial, que está vivendo um
crescimento econômico notável e uma
crescente penetração de serviços digitais.
Estamos comprometidos em continuar
aprimorando nossos serviços e conectan-
do marcas globais e todos os ecossiste-
mas”, afirma Allain.
Caribe, a região naturalmente adepta
ao comércio cross-border
A expansão da EBANX para as Bahamas
e Jamaica complementa o movimento
para América Central e Caribe da fintech,
que começou em 2021 com Costa Rica,
El Salvador, Panamá, Guatemala e Repú-
blica Dominicana, e reflete um momento
de consolidação do mercado digital cari-
benho: o comércio cross-border domina
a região, sendo responsável por 80% das
vendas online. A proximidade com os Es-
tados Unidos e o histórico fluxo turístico
ajudam na familiaridade com marcas
globais e, consequentemente, com essa
aceleração.
Em termos de métodos de pagamento
mais utilizados, há uma presença forte do
cartão nas vendas online nas Bahamas e
na Jamaica, com o débito ultrapassan-
do os 30% do volume do comércio digital,
46
segundo dados da Americas Market In-
telligence - AMI, e onde espera-se que as
vendas online acelerem a taxas anuais de
dois dígitos até 2027. Seguindo esse cená-
rio, o EBANX lança suas operações cobrin-
do inicialmente esses métodos.
“Olhar para a região da América Central
e do Caribe de maneira integrada, consi-
derando todas as suas potências econô-
micas, e oferecer os métodos de paga-
mento locais aos quais a população de
cada país está acostumada é imprescin-
dível para que merchants globais apro-
veitem todo o potencial dessa região”,
completa Allain.
SOBRE A EBANX
EBANX é a plataforma de pagamentos
líder que conecta empresas globais com
clientes dos mercados digitais que mais
crescem no mundo. A empresa foi funda-
da em 2012 com a missão de dar acesso
às pessoas para comprar no comércio di-
gital internacional. Com poderosa tecno-
logia proprietária e infraestrutura, aliadas
a um profundo conhecimento dos merca-
dos nos quais opera, a EBANX permite que
as empresas globais se conectem com
centenas de métodos de pagamento em
diferentes países na África, Ásia, América
Latina e Caribe. A EBANX vai além dos pa-
gamentos, aumentando as vendas e pro-
movendo experiências de compra fluidas
para empresas e clientes.
47
 Especialista do IEEE afirma que
Inteligência Artificial terá papel
fundamental no combate a
ataques cibernéticos
Mas também pode ser usada como porta de entrada para possíveis
ataques, alerta Raul Colcher, membro sênior do IEEE (Instituto dos Enge-
nheiros Elétricos e Eletrônicos), maior organização profissional técnica
do mundo dedicada ao avanço da tecnologia para a humanidade

O uso da Inteligência Artificial na se-
gurança pode tornar os sistemas mais
robustos, mas também representa uma
possível porta de entrada para possíveis
ataques cibernéticos. Quem alerta é Raul
Colcher, membro sênior do IEEE (Instituto
dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos),
maior organização profissional técnica do
mundo dedicada ao avanço da tecnolo-
gia para a humanidade. “O problema é
que, assim como esta tecnologia pode ser
usada na prevenção de ataques, o opos-
to também se aplica”, adverte Colcher.
Segundo ele, “a inteligência artificial está
sendo encarada pelas arquiteturas de
segurança de várias maneiras, mas uma
bem importante é identificar previamente
perfis que caracterizam acessos suspei-
tos, por exemplo”.
Colcher explica que o mecanismo usa-
do nos cada vez mais frequentes ataques
com IA é o de engenharia social, na qual
“um ator malicioso pode conseguir de al-
guma maneira informações sigilosas de
um funcionário ou parceiro de negócios
da empresa, que conseguem penetrar no
perímetro da organização.” A partir daí,
eles podem obter todas as informações
necessárias para acessar os sistemas. Ele
alerta que isto nem sempre acontece da
noite para o dia. Em suas palavras, “esses
ataques frequentemente têm longos perí-
odos silenciosos. Assim, se você não tiver
uma defesa estruturada, nem saberá o
que está acontecendo. Quando o ataque
for consumado, você já terá pouca coisa
a fazer”.
Hoje, a maioria dos ataques nas orga-
nizações de grande porte são ransomwa-
re, e muitos nem são notificados, pois não
geram muitas consequências. O proble-
ma é que nos casos mais graves, mesmo
que o resgate seja pago, não existe a ga-
rantia de que o sistema poderá ser repos-

48
to para continuar funcionando de forma
imediata. “Muitas vezes, temos a ilusão de
que existe um backup, mas nos esquece-
mos que, dependendo da forma como você
alimenta esse backup, ele próprio pode ser
atingido por um ataque”, conta Colcher.
Para ele, “a inteligência artificial pode
ser usada para fazer a coleta dessas infor-
mações, mostrando tentativas de aces-
sos bem sucedidos, e fazendo o algoritmo
aprender a identificar possíveis brechas.
O melhor é tentar se antecipar para ter
mais sucesso na prevenção, que é a me-
lhor forma de causar menos prejuízo”. O
especialista explica que “este movimento
é responsável por um incremento grande
dos orçamentos de segurança, que é a
parte que mais cresce nos orçamentos de
TI das organizações”.
Colcher acredita que, na área de segu-
rança, “a bola da vez é a Inteligência Artifi-
cial, que está presente em todas as áreas,
mas aqui é absolutamente fundamental.”
Ela tem sido usada para “o desenvolvi-
mento de arquiteturas computacionais
que já levam nativamente a questão de
segurança, tornando-as mais robustas”,
explica Colcher. E continua: “antigamen-
te, você tinha um sistema de autentica-
ção que partia de um pressuposto que
alguns atores eram mais confiáveis que
outros. Hoje, existe uma filosofia chamada
Zero Trust, na qual você assume que nin-
guém é confiável. Mesmo que você tenha
acessado o sistema no passado, quando
acessar novamente será tratado como se
estivesse começando do zero, verificando
todos os aspectos. Desta forma, é possível
prevenir acessos por meio de tecnologias
como o deepfake ou características bio-
métricas falsificadas”.
Além desta metodologia, “a questão
da educação e da conscientização são
fundamentais”, diz Colcher. “Se você re-
cebe uma mensagem ou e-mail do seu
banco, a primeira coisa que deve fazer é
olhar o endereço e qual é o domínio. Isto
parece básico, mas muitas vezes as pes-
soas caem em golpes grosseiros. Quem
está atento sabe que aquilo é um ataque,
e simplesmente descarta a mensagem,
mas quem estiver distraído pode clicar e
gerar uma brecha de segurança.”
Sobre IEEE
O IEEE é a maior organização profissio-
nal técnica do mundo dedicada ao avan-
ço da tecnologia em benefício da hu-
manidade. Seus membros inspiram uma
comunidade global a inovar para um
futuro melhor por meio de seus mais de
420.000 membros em mais de 160 países.
Suas publicações, conferências, padrões
de tecnologia e atividades profissionais
são recomendadas por diversos especia-
listas. O IEEE é a fonte confiável para infor-
mações de engenharia, computação e
tecnologia em todo o mundo.
49
 Programa CI Inovador capacitará
profissionais para a microeletrônica
Com duração estimada em dois anos, programa contará com R$ 33
milhões em recursos para a capacitação técnica e empreendedora de
200 profissionais
O Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI) anunciou recentemente
o lançamento do Programa Residência
em Microeletrônica – CI Inovador. Execu-
tado pela Softex no âmbito do Progra-
ma Prioritário PNM Design Microeletrônica
seus objetivos são promover a formação
de recursos humanos na área de micro-
eletrônica; capacitar gestores e empreen-
dedores, aumentar a densidade empre-
endedora nesse segmento e fortalecer o
ecossistema nacional de microeletrônica.
Com duração estimada em dois anos,
ele contará com R$ 33 milhões em recur-
sos e com o apoio da SBMicro, da Asso-
ciação Brasileira da Indústria Elétrica e Ele-
trônica (Abinee) e do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará
(IFCE) para a sua realização.
“A microeletrônica desempenha um
papel vital na economia global, impulsio-
nando o desenvolvimento de tecnologias
inovadoras em diversos setores. Esse pro-
grama abrange parcerias colaborativas
entre ICTs e indústria - inclusive em nível
internacional, uma forma eficaz de for-
50
necer aos estudantes acesso a conheci-
mentos práticos e experiência no setor, en-
riquecendo assim a formação dos alunos”,
destaca Hamilton José Mendes da Silva,
diretor do Departamento de Ciência, Tec-
nologia e Inovação Digital (DECTI) do MCTI.
Nesta primeira fase do CI Inovador se-
rão escolhidos três ICTs credenciados ao
CATI e executores de projetos do Progra-
ma de Parcerias para Investimentos (PPI)
que ficarão responsáveis por efetuar o
processo de seleção e acompanhamento
de 200 estudantes, organização das tri-
lhas de capacitação para os perfis técni-
co e gestor, montagem da curadoria dos
conteúdos, definição dos projetos para
as etapas de vivência internacional e in
company, além da gestão das bolsas.
Os ICTs selecionados deverão compro-
var experiência na execução de projetos
ou programa de microeletrônica nacional
ou de relevante impacto e junto ao setor
produtivo, além de possuir equipe técnica
especializada e infraestrutura física ade-
quada para a realização de projetos cien-
tíficos e tecnológicos.
 “Esse programa chega em um momen-
to em que o mundo enfrenta um apagão
gigante no segmento de semicondutores
e necessita de técnicos nas áreas de de-
sign e de produção. O CI Inovador se dife-
rencia por capacitar não apenas pessoas
com perfil técnico, mas também empre-
endedores que colaborarão para alavan-
car a densidade de empresas especiali-
zadas, fortalecendo assim o ecossistema
nacional de microeletrônica”, avalia Di-
ônes Lima, vice-presidente executivo da
Softex.
Poucos países detêm a tecnologia para
a fabricação de semicondutores, que são
empregados em larga escala em uma
enorme gama de indústrias, como smar-
tphones, computadores, tablets, televiso-
res, câmeras digitais, iluminação (LEDs);
medicina (em equipamentos médicos
como tomógrafos e aparelhos de resso-
nância magnética); telecomunicações e
indústria automotiva, para citar apenas
alguns.
Estratégico para a economia nacional
e para o desenvolvimento tecnológico do
país, o setor de semicondutores, segundo
dados da Associação Brasileira da Indús-
tria de Semicondutores (ABISEMI), fatura
mais de R$ 3 bilhões por ano, gera mais
de 2.500 empregos qualificados e investe
mais de US$ 100 milhões em atividades de
PD&I.
Para mais informações sobre o CI Ino-
vador, visite https://ciinovador.softex.br/.
51
 Programa Empreende+ Amazônia
chega para estimular a inovação
aberta e a cultura empreendedora
na região
Objetivo é transformar a Amazônia Ocidental e o Amapá em um hub de
empreendedorismo e inovação
A Softex, coordenadora do Programa
Prioritário de Fomento ao Empreendedo-
rismo Inovador (PPEI), em parceria com
a Superintendência da Zona Franca de
Manaus (SUFRAMA), está implementando
o programa Empreende+ Amazônia. Seu
objetivo é fortalecer a cultura empreen-
dedora e de inovação na região da Ama-
zônia Ocidental - integrada pelos Estados
do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima - e
também do Amapá, por meio de ações de
capacitação, empreendedorismo e ino-
vação aberta.
O programa Empreende+ Amazônia é
composto por cinco projetos que atuam
em momentos de maturidade específi-
cos. São eles: Professor+ Empreendedor,
Ela Empodera+ Amazônia, Avança+ Ama-
zônia, Amazônia+ Inovadora e Amazônia+
Global. Ao todo, serão 100 professores, 50
startups 10 ICTs e 20 empresas beneficia-
das pelo programa, além de cinco institui-
ções executoras.
52
“A meta é transformar a Amazônia Oci-
dental e o Amapá, em um hub de empre-
endedorismo e inovação, criando oportu-
nidades, promovendo a sustentabilidade
e valorizando as vocações e talentos lo-
cais. Impulsionarmos a inovação e o de-
senvolvimento econômico e social de for-
ma sustentável, gerando impacto positivo
de longo prazo por meio da capacitação
de professores, de empreendedores, de
pesquisadores e de atores de inovação;
do estímulo à geração de negócios – no
Brasil e também no exterior - e do fortale-
cimento da cultura empreendedora”, ex-
plica o superintendente da Suframa, Bos-
co Saraiva.
Da Amazônia para o mundo – A jor-
nada do Empreende+ Amazônia começa
com o projeto Professor+ Empreendedor,
que tem como objetivo capacitar até 100
professores para atuar como dissemina-
dores dos conceitos do empreendedoris-
mo em suas salas de aula.
 Para estimular a criação e o desenvolvi-
mento de novos negócios, 20 startups em
estágio inicial lideradas por mulheres se-
rão escolhidas para pré-aceleração no Ela
Empodera+ Amazônia e 20 startups com
soluções já validadas e em fase de tração
serão aceleradas no Avança+ Amazônia.
“A atuação em acesso a mercado ocor-
re pelos projetos Amazônia+ Inovadora,
de inovação aberta, e Amazônia+ Global,
de internacionalização. Essas ações são
voltadas para ampliar oportunidades de
negócios e expandir a colaboração”, des-
taca Ruben Delgado, presidente da Softex.
Os recursos para a execução do pro-
grama Empreende+ Amazônia provêm do
Programa Prioritário de Empreendedoris-
mo Inovador (PPEI) na Amazônia, desen-
volvido em parceria com a SUFRAMA.
Para mais informações sobre o progra-
ma Empreende+ Amazônia, visite http://
empreendemais.softexamazonia.com.br/
53
 LISSoftex: auxiliando empresas
na utilização de benefícios fiscais
em suas estratégias ASG
O LISSoftex atuará em sintonia com os objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) da ONU e espera alcançar R$ 1 milhão em sua primei-
ra rodada de captação
O maior interesse e conscientização da
sociedade brasileira como um todo em
relação à importância das questões Am-
bientais, Sociais e de Governança vem
mobilizando um número crescente de
empresários e de investidores e alavan-
cando os investimentos em ASG no país.
Um estudo recente da SAP com mais de
400 líderes empresariais no Brasil, México,
Argentina e Colômbia apontou um ex-
pressivo aumento no número de grandes
empresas com uma estratégia ASG já em
execução: de 46% em 2021, esse total sal-
tou para 69% em 2022.
E é nesse ambiente de transformação
que a Softex, entidade com mais de duas
décadas de experiência na concepção e
gestão de programas de impacto, anun-
cia o lançamento do seu Laboratório de
Inovação Social (LIS) que tem a proposta
de auxiliar as empresas a utilizarem be-
nefícios fiscais previstos em lei no desen-
volvimento de suas estratégias ASG em
sintonia com os 17 Objetivos de Desenvol-
54
vimento Sustentável (ODS) da Organiza-
ção das Nações Unidas (ONU).
“Queremos auxiliar as empresas a al-
cançarem suas metas em ASG com efeti-
vo impacto social, conectando os recursos
a projetos que transformam vidas. Desta
forma, a empresa pode ir além e, ainda,
otimizar seu investimento utilizando be-
nefícios fiscais como, por exemplo, a doa-
ção do IRPJ prevista em lei”, explica Diônes
Lima, vice-presidente executivo da Softex.
O LISSoftex atua como uma ferramen-
ta de financiamento combinando aportes
da Softex e das empresas doadoras, pro-
pondo assim um novo modelo de relacio-
namento entre as empresas investidoras
e as iniciativas de impacto.
A iniciativa tem como público prioritá-
rio organizações de médio e grande por-
te que possuam estratégia de ASG e perfil
engajado em ações com foco na geração
de impacto positivo e sustentabilidade.
“Para cada real aportado pela iniciati-
va privada, a Softex fará um investimento
econômico ou financeiro no mesmo mon-
tante. Vamos empregar nossa experiência
de décadas na gestão de políticas públi-
cas e na geração de impacto para poten-
cializar os resultados, beneficiando toda
a sociedade brasileira”, destaca Diônes
Lima.
Como mecanismo para a obtenção do
aporte de recursos a entidade adotará a
Chamada Pública, o que conferirá ao pro-
cesso maior governança, obrigações e di-
reitos para as partes interessadas.
Um levantamento realizado pela Confe-
rência Nacional da Indústria (CNI) mostra
que empresas que incorporaram a agen-
da ASG em suas estratégias conseguem
mitigar cerca de 51% dos riscos e valorizar
suas marcas em 42,9%.
Para saber mais sobre o LISSoftex, visite
https://lis.softex.br/
55
 Residência em TIC capacitará 15
mil profissionais em Tecnologia da
Informação e Comunicação
Iniciativa é realizada em 33 institutos de pesquisa e universidades de
todo o Brasil e tem parceria com mais de 200 empresas do setor de TICs
Mais 15 mil pessoas devem ser capaci-
tadas na nova fase do programa Residên-
cia em TIC do Ministério da Ciência, Tec-
nologia e Inovação (MCTI) e executado
em parceria com a Softex.
A iniciativa, focada na formação de re-
cursos humanos para atuação nas áreas
das Tecnologias da Informação e da Co-
municação (TIC), recebeu mais R$ 150 mi-
lhões para a realização desta nova etapa.
“O Residência em TIC é um programa
de grande capilaridade, com instituições
parceiras por todo o país. Buscamos for-
mar alunos em quase todos os estados
preparados para atender as demandas
reais da indústria de TIC de suas regiões”,
explica Ulisses Campoi Rosa, coordenador
de Fomento à Inovação da Secretaria de
Ciência e Tecnologia para Transformação
Digital do MCTI.
Segundo ele, a nova fase terá um foco
especial na capacitação de especialistas
em desenvolvimento de hardware, o que
tem sido muito demandado pela indústria.
“Pretendemos atacar o déficit de projetis-
56
tas e especialistas em semicondutores e
microeletrônica. Existe uma grande falta
de profissionais nessa área e a demanda
por mão de obra especializada é alta. Por
isso, vamos oferecer uma série de cursos
focados nessa especialização, atendendo
à necessidade da indústria e possibilitan-
do a contratação dos novos especialis-
tas”, detalha.
O Residência em TIC é realizado em 33
institutos de pesquisa e universidades de
todo o Brasil, e tem parceria com mais
de 200 empresas do setor de TICs. Um
dos parceiros executores é o Núcleo Sof-
tex Campinas (NSC), com o TrendsIT, que
contempla o oferecimento de três mil va-
gas para estudantes de todo o Brasil em
cursos nas áreas de desenvolvimento full
stack (web) e mobile por meio de uma
plataforma de ensino à distância.
Além de receberem treinamento téc-
nico, os alunos também participarão de
cursos voltados para o desenvolvimento
de competências comportamentais - co-
municação eficaz, trabalho em equipe,
resolução de conflitos, pensamento crí-
tico, liderança, criatividade e inteligência
emocional - e uso de ferramentas de in-
teligência artificial generativa de forma
a moldar um perfil ainda mais valorizado
pelas empresas.
Após a etapa de capacitação, os inte-
ressados em dar continuidade à forma-
ção poderão concorrer a 80 bolsas de
ajuda de custo para a realização de resi-
dência e vivência profissional em empre-
sas e ICTs (Institutos de Ciência e Tecno-
logia) parceiros do projeto. Os residentes
selecionados receberão do programa
uma bolsa de ajuda de custo para cum-
prir uma jornada de 30 horas por semana
durante seis meses.
As empresas parceiras estão localiza-
das em várias regiões do país e contri-
buem para a formação dos conteúdos de
acordo com as demandas em seus res-
pectivos mercados. Os currículos daque-
les que concluírem os cursos de capacita-
ção, independentemente de terem ou não
participado da etapa de residência, serão
disponibilizados às empresas parceiras
que estejam interessadas em contratar
profissionais de TI.
“Os participantes terão na etapa de
capacitação o apoio de mentores para
esclarecer dúvidas técnicas e fornecer
orientações sobre a carreira de TI. Os alu-
nos interessados em seguir para a etapa
de residência terão a oportunidade de
atuar em projetos reais e serão orientados
por profissionais experientes das empre-
sas parceiras do Núcleo Softex”, explica
Edvar Pera Jr., diretor-executivo do Núcleo
Softex Campinas.
No Paraná, o NSC, em parceria com a
Assespro-PR/Acate, realizará, por meio do
Programa TECHDEV, a capacitação gra-
tuita via plataforma de ensino à distância
de três mil pessoas em habilidades inter-
pessoais (soft skills) e técnicas (hard skills)
e as conectará a vagas de trabalho em
empresas de tecnologia.
O público-alvo são jovens do ensino
médio, estudantes de escolas técnicas e
universitários, além de cidadãos interes-
sados em ingressar ou migrar para a área
de tecnologia.
Os residentes selecionados receberão
do programa uma bolsa de ajuda de cus-
to para cumprir uma jornada de 30 horas
por semana durante seis meses. Para esta
edição do TechDev, a bolsa-auxílio tem o
valor de R$ 1.100,00 com duração de seis
meses.
57
 Reforma Tributária: setor de TI
defende alíquota reduzida
O manifesto que foi apresentado ao Senado tem o intuito de reavaliar
as taxas apresentadas para o setor de tecnologia no texto da reforma

Texto por: Cecília Ledo formação e de informática e congêneres

A Federação das Associações das Em-
presas Brasileiras de Tecnologia da Infor-
mação (Assespro) defendeu que as ati-
vidades do setor de serviços digitais, de
internet, de inovação, de tecnologia da in-
sejam inseridas na alíquota reduzida em
60% da alíquota padrão (art. 9, § 1º).
O posicionamento está em um mani-
festo assinado a respeito da reforma tri-
butária, encaminhado ao Senado, e que

58
tem o aval de outras entidades nacionais
como ABES, Abranet, Brasscom e a Fenainfo
e as entidades estaduais ACATE e Sintesp.
A Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) 45/2019 foi aprovada pela Câmara
dos Deputados e segue em tramitação
no Senado Federal. Tendo em vista que o
texto aprovado pela Câmara não permite
o creditamento do maior insumo da ati-
vidade de TIC – a mão de obra – e prevê
uma alíquota padrão de 25%, o setor aler-
ta que a aprovação impactará na eleva-
ção dos preços ao consumidor final entre
12% a 16% nos serviços de internet e de 7%
a 11% em software e de TI.
Atualmente, as médias pagas pelo se-
tor de TI são de 2% (ISS) e 3,65% (PIS/CO-
FINS). Em decorrência desse aumento, o
impacto no acesso da população e de
empresas de outros setores a produtos
tecnológicos será evidente.
Segundo o estudo do International Data
Corporation (IDC) o Brasil é o 5° maior
mercado de usuários de internet do mun-
do e o 2° maior mercado de tecnologia. A
falta de um ambiente econômico e regu-
latório mais favorável restringe seu pleno
desenvolvimento.
A tecnologia tem demonstrado sua ca-
pacidade de impulsionar o crescimento
econômico e social. Dessa forma, o im-
pacto nessa área afeta de maneira trans-
versal a produtividade e o crescimento
em quase todos os setores produtivos. O
Brasil hoje possui mais de 135 mil empre-
sas de tecnologia que geram mais de 1,67
milhão de empregos diretos.
Com relação a essa pauta, a Federação
Assespro tem participado ativamente das
discussões e alertado sobre os impactos
desse cenário. A entidade marcou pre-
sença no painel sobre “A nova reforma tri-
butária e como ela pode moldar o futuro
do setor de tecnologia”, parte da semana
de eventos promovida pelo Instituto Cal-
deira em Porto Alegre/RS. A instituição foi
representada por seu presidente Christian
Tadeu e por Renato Roll (Foco RelGov).
Na oportunidade, foram apresenta-
dos os principais pontos do texto da PEC
45/2019 aprovada pela Câmara dos De-
putados, o contexto político da discussão,
os possíveis impactos para o setor de TI e
as ações que a Federação Assespro vem
fazendo em conjunto com as demais enti-
dades do setor de TI na defesa pelo trata-
mento adequado das empresas do setor.
59
 “A nossa missão é representar o setor
como voz unificada em colaboração com
outras entidades, além de atuar em bus-
ca de soluções que auxiliem não apenas
o setor de tecnologia, mas a economia
como um todo”, comentou Christian Ta-
deu, presidente da Federação Assespro
em entrevista.
Nesse sentido, a Federação Assespro
conta com um sólido apoio proveniente
de suas 14 regionais e diversas outras en-
tidades estaduais. Essa união de forças
resulta em uma representação robusta e
eficaz, capaz de articular posicionamen-
tos coesos e estratégicos em prol do setor
de tecnologia. No que tange ao tema em
questão, as regionais têm apresentado
suas perspectivas e posicionamentos so-
bre a atuação da nacional:
Assespro Espírito Santo
“Estou iniciando minha caminhada
frente à Assespro-ES, mas já nos contatos
iniciais já era perceptível o compromisso
do Christian com os interesses das em-
presas de TI em temas como tributação,
segurança jurídica e competitividade. Sua
busca em fortalecer as regionais da As-
sespro e ampliar a representatividade da
entidade no cenário nacional é admirável,
demonstrando liderança, visão estratégi-
ca e articulação com o poder público.”
— Niase Borjaille, presidente Regio-
nal Espírito Santo
60
Associação Catarinense de Tecnologia
- ACATE
“O Christian tem feito um trabalho ex-
cepcional na articulação da Federação
Assespro, principalmente conseguindo
que o organismo das entidades estaduais
apareça e também consiga verificar quais
as prioridades e o alinhamento com a Fe-
deração. Um outro aspecto que a gente
tem trabalhado muito é a questão da re-
forma tributária, conseguindo o protago-
nismo da entidade perante as discussões
principalmente no Senado e também co-
locando estabilidade em cima das enti-
dades estaduais para que juntos a gente
consiga fazer com que essa reforma seja
benéfica para o país mas também bené-
fica para o nosso setor.”
— Iomani Engelmann Gomes, presi-
dente da ACATE
Assespro Alagoas
“Christian é um presidente que valoriza
o maior ativo da Federação Assespro, que
são as suas Regionais. Através das fede-
radas é possível articular demandas im-
portantes como a reforma tributária. So-
mente com a proximidade das empresas
locais com os deputados e senadores de
cada estado conseguiremos sensibilizar
os legisladores para pautas que são mais
importantes para o nosso segmento. Mas
a liderança de Christian vai além. Ele mos-
trou poder de articulação também com
outras associações e instituições do nosso
setor, agregando ainda mais força para
debater e encontrar soluções para os de-
safios enfrentados pelas empresas brasi-
leiras de tecnologia da informação.”
— Carlos Lima, presidente Regional
Alagoas
Assespro Tocantins
A Assespro tocantins é a caçula da fe-
deração, representando um estado novo
e ainda em desenvolvimento do ponto de
vista de TI, mas isso não foi um empecilho
para recebermos todo apoio e prestígio
do presidente Christian nessa fase ainda
embrionária, através de todo suporte da
federação e sua equipe, que nos apoiou
desde a fundação e diretrizes para nosso
crescimento. Estamos muito otimistas pois
em pouco tempo já notamos o potencial
do ecossistema Assespro e tamanha ar-
ticulação de nosso presidente e diretoria
em defesa do nosso setor em Brasília.
— Iratã Abreu Silvestre, presidente
Regional Tocantins
Assespro Distrito Federal
“O presidente Christian tem desempe-
nhado um papel fundamental no tocante
à reforma tributária, não só levando para
os deputados e senadores nossas pro-
postas, mas também articulando com
outras entidades do setor de TIC.”
— Rodrigo Fragola, presidente Regio-
nal Distrito Federal
Assespro Goiás
O presidente Christian Tadeu está fa-
zendo uma grande gestão à frente da Fe-
deração Assespro nesse primeiro ano de
gestão. Um exemplo disso é o posiciona-
mento da Federação Assespro em relação
à Reforma Tributária, com articulações
políticas relevantes. O manifesto sobre
a reforma tributária foi uma conquista, e
mostra a unidade da Federação Assespro
com outras entidades nacionais de TI, em
termos de uma agenda estratégica e for-
talecimento da cadeia”.
— Marcos Bernardo Campos, presi-
dente Regional Goiás
Assespro Minas Gerais
“A atuação do presidente da Federa-
ção, Christian Tadeu, tem se revelado de
fundamental importância no contexto da
pauta da reforma tributária. De forma in-
cansável e estratégica, ele tem colabora-
do ativamente com os parlamentares na
defesa dos interesses do setor, destacan-
do nossa essencialidade e o significativo
impacto que podemos exercer, caso não
recebamos a devida atenção.”
61
 — Fernando Santos, Presidente Asses-
pro Regional Minas Gerais
Assespro Ceará
“Falar de Christian Tadeu é falar de um
grande empreendedor, com vasta expe-
riência em cooperativismo empresarial
e com enorme poder de articulação po-
lítica. Christian é um homem que agrega
bastante em seus empreendimentos e
relacionamentos. Tem realizado, à frente
da presidência da Federação Assespro,
grande articulação junto aos nossos par-
lamentares, no Congresso Nacional, atu-
ando nos diversos temas de interesses do
segmento da tecnologia da informação,
tais como, manutenção da desoneração
da folha de pagamento para o setor de
TIC, e mais ativamente, realizando inú-
meras reuniões, lutando ardorosamente
para incluir o setor de TIC no rol dos servi-
ços que terão redução da carga tributá-
ria, buscando emendas ao PL que institui
a reforma tributária. Para concluir, falar de
Christian é falar de um verdadeiro amante
da tecnologia da informação”.
— Delano Gadelha, presidente Regio-
nal Ceará
Assespro Bahia
É importante reconhecer e elogiar a
contribuição da Federação Assespro em
relação à Reforma Tributária. Quando as
62
entidades empresariais estão envolvidas
em debates sobre políticas públicas, po-
dem trazer perspectivas valiosas e expe-
riência prática para ajudar a moldar po-
líticas que beneficiem tanto as empresas
quanto a sociedade em geral. Em resumo,
reconhecer a contribuição da Federação
Assespro em relação à Reforma Tributária
é uma maneira importante de incentivar
o engajamento cívico e a participação na
formulação de políticas públicas que afe-
tam a sociedade como um todo.
— Sandro Lisboa, presidente Regional
Bahia
Assespro Rio de Janeiro
“A atuação do presidente Christian Ta-
deu foi fundamental enquanto entidade.
Demonstrar como o setor de tecnologia
é importante, e o quanto ele é estratégi-
co é indispensável, afinal de contas, qual
é o setor que consegue ficar de pé sem
tecnologia? Então, sem dúvida nenhuma,
ele precisa ter um tratamento especial,
precisa estar em conformidade e precisa
ser estimulado para que ele possa prover
exatamente que ele precisa entregar. En-
tão o fato do Christian ter dedicado 24 ho-
ras e 7 dias da semana que necessitavam
para articulação e para que todos perce-
bam a importância do setor de tecnologia
para o país e principalmente no que diz
respeito ao desenvolvimento econômico”.
 — Robert Janssen, presidente Regional
Rio de Janeiro
Assespro Rio Grande do Sul
“A liderança do presidente Christian foi
fundamental para aglutinar as entidades
representativas do setor de TI em torno de
uma proposta conjunta, para uma Refor-
ma Tributária mais justa.
A sua posição conciliadora e as atitu-
des proativas possibilitaram uma série
de ações práticas e bem articuladas, que
acabaram por sensibilizar os senadores
a apresentarem emendas à PEC 45/2018,
reconhecendo a relevância do setor para
o futuro do Brasil.”
— Marcelo Streck, presidente Regional
Rio Grande do Sul
Além disso, a Foco - Relações Governa-
mentais tem desempenhado um papel
fundamental ao colaborar ativamente na
definição da agenda. No que diz respeito
ao tópico em questão, a Foco demonstra
sua perspectivas e posicionamentos:
Foco - Relações Governamentais
“A iniciativa do presidente Christian Ta-
deu foi essencial para dar início ao pro-
cesso de articulação das entidades do se-
tor de TI em prol de uma atuação conjunta
sobre um tema tão complexo e relevante
como a Reforma Tributária para o futuro
das empresas do setor. O trabalho coor-
denado que vem sendo promovido pe-
las entidades é fundamental para que o
pleito do setor ressoe com maior potência
perante os senadores, elevando as chan-
ces de sucesso em um cenário de difícil
inclusão de novas exceções à regra geral.”
— Renato Roll, sócio da Foco
63
 Procuradorias municipais investem
em inteligência artificial para acelerar
atendimento de processos
IA Themis realiza 10 mil petições a cada quatro meses, enquanto procu-
radores atendem processos estratégicos dos municípios
A busca por soluções que auxiliem a ad-
ministração pública na jornada da Trans-
formação Digital dos seus serviços tem
sido um dos grandes focos dos municípios
brasileiros. Quando se trata de demandas
das procuradorias municipais, o grande
objetivo é otimizar o tempo dos procura-
dores, para que possam dar maior aten-
ção aos assuntos mais estratégicos.
Com uso de uma tecnologia desenvol-
vida pelo Instituto das Cidades Inteligen-
tes (ICI), isso tem se tornado realidade
nos quatro municípios mais populosos do
estado do Paraná: Curitiba, Londrina, Ma-
ringá e Ponta Grossa. Gestores públicos
e procuradores dessas prefeituras deci-
diram investir na plataforma de Gestão
de Processos Judiciais Eletrônicos (eGPJ),
que centraliza todas as demandas em um
único sistema e utiliza a inteligência arti-
ficial (IA) como aliada das procuradorias.
“Essa solução foi desenvolvida para
gerenciar o grande volume de processos
judiciais e outras demandas das procu-
radorias-gerais dos municípios em uma
64
única ferramenta”, comenta o coordena-
dor de Sistemas Departamentais e líder
do projeto no ICI, Felipe Rezende. “A plata-
forma também proporciona maior trans-
parência e facilidade de acesso às infor-
mações e processos por ser integrada a
outras soluções tecnológicas do poder ju-
diciário, como o Processo Eletrônico do Ju-
diciário do Paraná (Projudi)”, acrescenta.
O coordenador ainda explica que essa
tramitação digital agrupa em um único
painel a gestão dos processos, o que faci-
lita o cumprimento dos prazos, algo muito
importante no universo jurídico, reduzindo
gastos com papel e automatizando algu-
mas funções.
Em Maringá, a solução foi implantada
em agosto deste ano com a expectativa
de contribuir no gerenciamento de cerca
de 40 mil ações judiciais sob responsabili-
dade da Procuradoria-Geral do Município.
“É algo que facilita o trabalho dos servi-
dores, garante agilidade nas respostas
das ações judiciais para a comunidade,
e também proporciona mais efetividade
Sistema é utilizado desde 2018 pela Procuradoria-
Geral do Município de Curitiba (Foto: Hully Paiva/SMCS)
aos processos”, afirma o prefeito de Ma-
ringá, Ulisses Maia.
IA Themis
O eGPJ conta com uma inteligência ar-
tificial integrada à plataforma. Denomina-
da IA Themis, em referência à deusa da
justiça na mitologia grega, a aplicação é
responsável por realizar peticionamentos
automáticos de diversas ações judiciais
baseados em padrões anteriores enca-
minhados pelos procuradores e regras
sistêmicas predefinidas.
Segundo levantamento realizado pela
equipe responsável pelo projeto no ICI, a
IA Themis consegue realizar mais de 10
mil petições em quatro meses, o que seria
equivalente ao trabalho de um procura-
dor por um ano e meio, em média.
“O uso da inteligência artificial retira
uma grande carga dos procuradores de
petições simples e repetitivas, possibilitan-
do a eles o uso desse tempo para aten-
dimento de processos mais estratégicos
para os municípios”, explica Rezende.
Reconhecimento
Em Curitiba, o sistema foi implantado
em 2018 com o nome de Controle de Pro-
cessos da Procuradoria-Geral do Municí-
pio (CPPGM), gerando uma grande mo-
dernização no processo de trabalho do
órgão. Por sua robustez, a ferramenta foi
uma das finalistas do Prêmio Excelência
65
 em Governo Eletrônico 2021 (e-Gov), ação
criada em 2002 pela Associação Brasileira
de Entidades Estaduais de Tecnologia da
Informação e Comunicação (Abep) e pelo
Ministério do Planejamento, Desenvolvi-
mento e Gestão.
No ano de 2022, foi a vez da solução im-
plantada em Londrina ser reconhecida no
Programa de Incentivo à Inovação, pro-
movido pela prefeitura da cidade. O eGPJ
ficou na quarta colocação na premiação.
Expansão à vista
No mês de agosto, o ICI firmou acordo
66
com o Governo do Paraná, por meio da
Secretaria da Inovação, Modernização
e Transformação Digital (SEI), para levar
suas soluções tecnológicas a cidades do
interior, o que pode ampliar ainda mais o
uso do eGPJ no estado. A assinatura do
protocolo de intenção visa formalizar um
convênio de contratação de serviços para
o governo estadual.
Além dos municípios paranaenses, a ci-
dade de Uberlândia (MG) também conta
com a solução de Gestão de Processos
Judiciais Eletrônicos na Procuradoria-Ge-
ral do Município desde maio deste ano.
Maratona de Curitiba 2023: inovação
como parte da cultura e da entrega
na jornada de experiências
A Maratona de Curitiba é uma das maiores corridas de rua do Brasil
O desenvolvimento de uma cultura de
inovação parte da experimentação cons-
tante, da disponibilidade e capacidade
de transformarmos os nossos hábitos e
ações com o objetivo de alcançar melho-
res resultados e capturar mais valor.
Assim como para a construção de uma
forte cultura de inovação, os princípios por
trás de encarar o desafio de uma mara-
tona são similares. Se você está come-
çando a correr na rua, por exemplo, par-
ticipar das distâncias de 21k ou de 42k da
Maratona de Curitiba não serão objetivos
de curto prazo. Para alcançar essa meta,
o ideal é estabelecer um plano de ações
com mudanças graduais, incluindo ob-
jetivos intermediários que permitam pe-
quenas vitórias constantes e abasteçam
a sensação de progressão no objetivo
principal.
A lógica é simples: para enfrentar uma
maratona, é necessário perceber a pró-
pria evolução e aprender continuamen-
te, evitando frustrações por não entender
todas as variáveis físicas e emocionais,
assim como as próprias capacidades e
ajustes no processo de treinamento para
a distância escolhida.
A Maratona de Curitiba 2023 e sua re-
lação com a cultura da inovação
Cada empresa é um organismo vivo,
composto por uma série de variáveis que
definem a saúde corporativa e sua própria
capacidade de adaptação na resolução
dos desafios. Planejamento estratégico,
objetivos claros e mensuráveis, exposição
a riscos e especialmente, diálogo e ali-
nhamento entre as pessoas e times são
essenciais na construção de um ambien-
te com espaço para inovação.
Quando fazemos um paralelo entre a
inovação no ambiente corporativo e a
participação em uma maratona, vemos
que a essência é a mesma. Tudo parte
do desenvolvimento de uma cultura e da
construção do comportamento inovador,
valorizando e abrindo espaço para erros e
aprendizados que promovem a transfor-
mação e nos aproximam do objetivo final.
Inovações da Maratona de Curitiba na
jornada de experiências da prova
Do lado da organização de corridas, é
67
 normal vermos instituições fechadas no
seu planejamento e na proposta da ex-
periência de prova, acostumadas a uma
abordagem top-down, na qual os corre-
dores são relegados a uma função passi-
va, única e exclusivamente de coadjuvan-
tes do que é ofertado.
Na maratona de Curitiba, vemos essa
dinâmica de forma diferente. Entendemos
que o produto final é resultado de uma
cocriação com a base de corredores e de
todos os stakeholders envolvidos na am-
pla jornada de experiências da prova.
Desde sempre acreditamos no diálogo,
em uma relação de troca e aprendizado
nas redes sociais e nos demais canais de
comunicação da Maratona. Com o ob-
jetivo de impulsionar ainda mais o forta-
lecimento de uma comunidade ativa no
entorno da prova, assim como encontrar
formas de nos conectar emocionalmen-
te e construir relações reais em todos os
pontos de contato, em que não só as pes-
soas interagem com a organização, par-
ticipando de decisões, como interagem
entre si, gerando valor, buscamos por fer-
ramentas e softwares que nos auxiliem a
consolidar os dados do público e geren-
ciar essa rica troca de informação.
Nesse sentido, encontramos o One Hub,
um ecossistema de soluções que trans-
forma a nossa audiência em dados, assim
como a troca de informações em planos
de ações que promovem melhorias na ex-
68
periência do nosso consumidor, tanto no
digital como no ambiente físico.
Com essa mudança, transformamos
o nosso relacionamento com a comuni-
dade em dados relevantes para tomada
de decisão. Hoje temos capacidade para
implementar uma estratégia de captação
de leads com enriquecimento de dados,
lançar páginas para ativações e promo-
ções phygitais sem gastar com desenvol-
vimento ou entregar experiências imersi-
vas e gamificadas para ampliar o nosso
alcance com muita agilidade. Um diferen-
cial competitivo que envolve as marcas
parceiras, viabilizando a troca de informa-
ções e dados adquiridos em conformida-
de com a LGPD.
Inovação na experiência
A Maratona de Curitiba por essência é
um desafio esportivo, porém o conjunto
de experiências em toda a jornada fazem
dela um projeto de esporte, entretenimen-
to, arte, relacionamento e negócios entre
os mais variados stakeholders do ecossis-
tema da corrida. Uma união de fatores são
o que tornam a Maratona de Curitiba um
momento inesquecível para os atletas.
Entre eles, estão os percursos pensados
para os mais de 10 mil atletas, que valo-
rizam os principais pontos turísticos da
cidade, experiências exclusivas nos trei-
nos da Maratona Running Crew, uma das
maiores premiações do Brasil para atletas
695
 de elite, e a Expo Maratona, uma grande
feira esportiva que eleva a experiência dos
mais de 30 mil participantes com três dias
de festa e muita troca positiva no Museu
Oscar Niemeyer, o principal ícone do turis-
mo e da arte de Curitiba.
Inovar é fazer o mesmo de forma dife-
rente, melhor. Correr a Maratona de Curi-
tiba é encarar um processo de busca pela
sua melhor versão.
A jornada conta com uma rede de
apoio, entre elas, está a Assespro-PR/
Acate, entidade que no estado representa
o setor de TI. À frente da presidência, Jose-
fina Gonzalez entende como fundamental
a aliança entre esporte, comunicação e
tecnologia. “Participo em dois momen-
70
tos: primeiro, como representante de uma
entidade que entende a força do esporte
como fundamental na saúde das pessoas
e como válvula de escape inclusive para
nós, profissionais, que atuamos em uma
carreira que, por vezes, toma muito do
nosso tempo; segundo, como maratonis-
ta, afinal, sou entusiasta do esporte, prati-
co com rotina atividade física e fico muito
contente em poder unir tecnologia e vida
saudável neste grande momento que é a
Maratona de Curitiba”, destaca. Josefina
destaca, ainda, que essa tríplice união –
esporte, comunicação e TI – é importan-
te para a forma como experimentamos,
consumimos e participamos da vida em
comunidade.
Estudantes universitárias
brasileiras buscam sistemas
planetários e mundos semelhantes
à Terra espalhados pela galáxia
Jovens participam do programa Disk Detetive, da Nasa, e contam com o
apoio do Centro Universitário Facens
No vasto cenário da ciência, as mulhe-
res têm conquistado cada vez mais espa-
ço. Isso porque contribuem significativa-
mente para o avanço do conhecimento
e também para a equidade na participa-
ção em grandes descobertas espaciais.
Exemplos disso são duas estudantes do
Centro Universitário Facens, de Sorocaba
(SP), que representam o Brasil pela pri-
meira vez no programa Disk Detetive, uma
plataforma de ciência cidadã da NASA
que tem como objetivo analisar discos
galácticos e identificar sistemas planetá-
rios escondidos entre os dados telescópi-
cos, aumentando as chances de encon-
trar planetas habitáveis.
Larissa Paiva, conhecida como “Larittrix”,
soma de seu nome com o de sua estre-
la favorita, a Bellatrix, 18, cursa psicologia,
e Amanda Silva Soares, 22, estuda Enge-
nharia da Computação. Apesar de áreas
distintas, a paixão das duas pelo espaço e
por contribuir com o incentivo à participa-
ção feminina na ciência são um ponto em
comum. Juntas, acumulam a descoberta
de 23 asteroides e essa é a primeira vez
que se arriscam na missão, ainda mais
difícil, de encontrar sistemas e planetas
parecidos com a Terra.
“Além de toda a relevância cidadã de
estar fazendo pesquisas voluntárias em
prol da proteção do nosso planeta, tem
também a importância científica de poder
contribuir demais com as pesquisas que
já são feitas há tempos para buscar alter-
nativas além da Terra ou ainda analisar e
buscar por vida fora do nosso planeta”, diz
Larissa, que se tornou astronauta análo-
ga ao concluir um curso sobre o tema, no
Centro de Treinamento Espacial da WEA
(Wogel Enterprise Aerospace), em Brasília.
Já Amanda diz que o trabalho é difícil
e complexo, mas recompensador. “É uma
experiência muito interessante. Eu já tinha
participado de coisas do tipo antes, como
a análise de asteroides, mas dessa vez
71
 é diferente. Confesso que às vezes é um
pouquinho cansativo porque são muitos
objetos que temos que analisar, além de
avaliar os bons candidatos a serem dis-
cos galácticos possíveis. Mas apesar disso
vale muito a pena.”
Fabiano Marques, reitor do Centro Uni-
versitário Facens, afirma que a Instituição,
ao longo dos seus 47 anos, sempre inves-
tiu em pessoas e seus talentos, além de
fomentar a inovação em ciência e tecno-
logia. “Temos talentos dentro da Facens
que são reconhecidos nacional e inter-
nacionalmente nesta área, com diversas
descobertas e contribuições. Um aspecto
muito importante na valorização de inicia-
tivas como esta é que elas desenvolvem
em nossos alunos a curiosidade e a busca
por novos conhecimentos, que é a base
para o desenvolvimento humano. Incen-
tivamos isso pois acreditamos que, desta
forma, cumprimos nosso papel de desen-
volver os alunos de maneira responsável,
ao mesmo tempo em que promovemos a
geração de conhecimento e o progresso
da nossa ciência.”
Clube Meninas Enlace
A criação do Meninas Enlace em STEM
(sigla em inglês para ciência, tecnologia,
engenharia e matemática), um clube que
surgiu a partir do movimento Força Meni-
nas com o objetivo de unir jovens e mu-
lheres, também foi iniciativa das alunas.
72
Amanda e Larissa, como líderes do projeto
que leva o mesmo nome, contaram com o
apoio do Laboratório de Colaboração So-
cioemocional (Enlace) do Centro Universi-
tário Facens para fomentar a ideia dentro
e fora do câmpus.
Para Raquel Barros, coordenadora do
Enlace, desenvolver, promover e motivar
projetos inovadores faz parte do propósito
do laboratório. “É tão importante perceber
o poder mobilizador das mulheres no pro-
cesso de transformação da ciência, como
também de transformação delas mes-
mas, com postura, com posicionamen-
to. O Enlace existe para dar oportunidade
para os alunos poderem ser protagonis-
tas dos próprios processos de mudança e
isso é o que nos movimenta. O grupo terá
nosso acompanhamento e também va-
mos viabilizar toda estrutura e materiais
necessários para as atividades”, finaliza.
As estudantes reconhecem a necessi-
dade de promover a igualdade de gênero
nas áreas de STEM, por isso o clube é aber-
to ao público e atualmente tem atividades
online, mas pretende promover ações no
câmpus da Facens, inclusive para unir as
alunas do sexo feminino espalhadas pelos
cursos. O intuito é acolher e estimular me-
ninas interessadas nessas áreas, propor-
cionando oportunidades de networking e
apoio mútuo.
Amanda destaca que fazer parte des-
sa iniciativa é muito gratificante. “É signi-
ficativo para mim. Vejo que o clube tem
um potencial de fazer a diferença na vida
de muitas meninas e que pode contribuir
para um futuro mais justo e equilibra-
do”, diz. Larissa concorda, afirmando que
“a gente percebeu que seria muito legal
adotar a ideia na Facens porque temos
mulheres em STEM sim. Mas onde elas es-
tão? Elas se conhecem? Elas podem con-
tar com o apoio umas das outras? É disso
que precisamos”.
735
 O reitor conta que existe um aumento
substancial no número de mulheres bus-
cando as áreas de STEM. “Elas vêm ocu-
pando com êxito este espaço que lhes é
de direito. Acreditamos que o futuro en-
volve a complementaridade nas formas
de pensamento e ação, enfim, a diversi-
dade. Neste contexto, é de grande impor-
tância que tenhamos cada vez mais pes-
soas com formas diversas de encarar os
problemas e solucioná-los e, sendo assim,
sem dúvida nenhuma, as mulheres têm
papel de extrema relevância e de funda-
mental importância para expandirmos o
ecossistema”, conclui Marques.
Sobre a Facens
O Centro Universitário Facens é um
grande hub de inovação e tecnologia -
um Smart Campus, conceito premiado
dentro e fora do país, que alinha o desen-
volvimento de projetos práticos aos eixos
de cidades inteligentes e aos 17 Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da
ONU. É o 1º Câmpus 5G do Estado de São
Paulo, signatário do Pacto Global e a pri-
meira universidade privada no ranking in-
74
ternacional de sustentabilidade UI Green
Metrics, em um espaço verde de 100 mil
m², mais de 50 laboratórios especializa-
dos e diversos Centros de Inovação. Nota
máxima (5) no MEC e com ótimas avalia-
ções nas demais categorias do Ministério
da Educação e no ranking Guia da Facul-
dade (Quero Educação/Estadão) somen-
te reforçam o compromisso em se manter
como uma das melhores instituições pri-
vadas de ensino superior no Brasil. Seus
46 anos de história sempre priorizaram
a integração da Academia ao Mercado,
foco no desenvolvimento empreendedor
e cidadão de seus alunos e colaborado-
res, a busca constante por inovação social
e tecnológica e o fomento por um ecos-
sistema de educação completo. Oferece
atualmente cursos de graduação, pós-
-graduação e extensão, abrangendo áre-
as da Saúde, Engenharia, Arquitetura e Ur-
banismo, Tecnologia, entre outros. Possui
um Instituto de Pesquisas, IP Facens, que
atua há mais de 20 anos com os serviços
de pesquisa, desenvolvimento e inovação
para conectar empresas ao futuro.
Em projeto filantrópico,
empresa fornece tecnologia de
monitoramento para a Santa Casa
de Araçatuba
A adesão da Santa Casa de Araçatuba a esse sistema foi confirmada
durante uma reunião realizada em 12 de setembro.
A Santa Casa de Araçatuba está dan-
do um passo significativo em direção à
otimização de seus serviços de saúde
,com a implementação da tecnologia de
monitoramento da Semantix, especialista
em Enterprise AI e brasileira pioneira em
deep tech da Nasdaq. A parceria visa me-
lhorar a gestão de fluxos de atendimento
de emergência e internações, fornecendo
informações em tempo real e indicadores
cruciais para os gestores e a administra-
ção da instituição.
Os painéis de monitoramento, desen-
volvidos pela Semantix, permitirão que a
equipe de gestão do Serviço de Urgência e
Emergência, o Núcleo Interno de Regulação
e a administração da Santa Casa de Ara-
çatuba tenham acesso a informações crí-
ticas diretamente em seus computadores.
A Semantix, conhecida por suas solu-
ções em Big Data, Inteligência Artificial, IoT,
Quantum Computing, Integrações e APIs,
dedicou esforços à filantropia para ins-
tituições hospitalares, ajudando a Santa
Casa de Araçatuba a gerar inteligência
dos dados para atender sua grande es-
trutura. Luiz Otávio Barbosa Vianna, admi-
nistrador da Santa Casa, enfatiza: “Com
isso, a Semantix passa a conhecer todas
as demandas dos fluxos de um hospital
público, para que o produto final esteja to-
talmente ajustado às necessidades des-
tas instituições”.
A adesão da Santa Casa de Araçatu-
ba a esse sistema foi confirmada durante
uma reunião realizada em 12 de setembro.
A tecnologia será disponibilizada gratuita-
mente ao hospital e está programada para
ser implementada até o final de outubro.
Benefícios para a gestão de saúde
Os painéis de monitoramento trarão in-
formações valiosas para a administração
da Santa Casa de Araçatuba. O painel do
Serviço de Urgência e Emergência exibirá
dados em tempo real, incluindo a quanti-
75
 dade de pacientes admitidos, espera para
classificação de riscos, consultas e exa-
mes, bem como o tempo médio necessá-
rio para providências. Essas informações
permitirão ajustes imediatos para agilizar
os fluxos e melhorar a eficiência do serviço.
O segundo painel fornecerá informa-
ções em tempo real sobre as internações,
incluindo o total de pacientes internados,
alta de pacientes, média de permanência
76
nos leitos, pacientes aguardando interna-
ção e outros dados relevantes da área.
Essa parceria representa um marco na
jornada da Santa Casa de Araçatuba em
direção a uma gestão mais eficaz e cen-
trada no paciente, além de contribuir com
a expertise para que o projeto piloto da Se-
mantix possa ser expandido e implemen-
tado em outras instituições hospitalares.
Empresas que investem
em transformação digital
registram aumento nas receitas,
diz levantamento
Segundo o CEO da CPE Tecnologia, inovação garante maior precisão e
agilidade, além da modernização de processos
De acordo pesquisa recente da Altime-
ter, 30% das empresas que já se moderni-
zaram e implantaram recursos digitais em
suas operações saltaram na frente e tive-
ram elevação no faturamento. De acordo
com o documento, esse movimento se dá
pelo maior poder competitivo das com-
panhias no mercado, motivado pela efici-
ência e padronização de processos e pela
agilidade na entrega de serviços e produ-
tos aos clientes.
Para Rogério Neves, CEO da CPE Tec-
nologia, empresa que atua no mercado
de soluções para geotecnologia, aportes
em novos recursos tecnológicos refletem
diretamente no potencial de entrega aos
clientes. “O uso de novas ferramentas é
essencial para tornar os processos mais
ágeis e seguros. Além disso, a mão de
obra se torna mais estratégica, possibi-
litando a criação de produtos e serviços
que atendam as diversas demandas do
mercado com excelência”, diz.
Segundo o executivo, um bom exemplo
é o mercado de geotecnologia, que “tem
evoluído ao longo dos anos com o sur-
gimento de novos recursos para auxiliar
o trabalho dos profissionais do ramo. Os
equipamentos disponíveis atualmente
garantem maior precisão na varredura de
terrenos, medição de áreas, coleta, leitura
e análise de dados, entre outras ativida-
des. Além disso, tornam os processos mais
ágeis e produtivos”.
Neves diz que hoje em dia, por exem-
plo, há recursos como laser scanners, que
podem ser acoplados em drones e vários
outros equipamentos e são capazes de
fazer a leitura inclusive de ambientes fe-
chados. “Há também ferramentas como
os ecobatímetros, que fazem varreduras
e modelos em 3D de áreas submersas,
reduzindo o tempo necessário para ter a
medição e o mapeamento total do local”,
comenta.
“Os lasers realizam levantamentos to-
77
 pográficos, geram modelos digitais de
terrenos, elevações e encostas, modelos
em 3D e inspeção de estruturas, podendo
ser utilizados por profissionais de topogra-
fia, construção civil, engenharia, minera-
ção, geologia, agricultura, cartografia, en-
tre outros”, conta Neves. Ele ainda ressalta
que essa polivalência só é possível por
conta dos investimentos das empresas
em inovação e transformação digital.
Ainda de acordo com Neves, a tecnolo-
gia promove mudanças também na mão
de obra. “Quando utilizamos novos recur-
sos, precisamos investir na capacitação
dos profissionais, o que alimenta o fluxo
contínuo de desenvolvimento de novas
habilidades e modernização de proces-
sos”, finaliza.
Sobre a CPE Tecnologia
A CPE Tecnologia atua no mercado de
soluções para geotecnologia desde 1974
e é pioneira na implantação de algumas
tecnologias no mercado brasileiro. Com
nove unidades próprias (MG, SP, SC, PR,
78
RJ, PE, RN, GO e BA) e mais de 30 licencia-
das distribuídas pelo país, a companhia
fornece aos clientes treinamentos para o
uso correto dos equipamentos e cursos
ministrados por especialistas. Além da
capacitação, a corporação oferece aos
compradores ou locatários de equipa-
mentos assistência técnica especializada,
serviço premium cujo objetivo é assegurar
a manutenção e o reparo de equipamen-
tos com peças e calibrações originais dos
fabricantes, além da garantia. Por conta
do relevo acidentado do Brasil e do gran-
de número de encostas, barragens, usi-
nas hidrelétricas, florestas e outras áreas
de risco, a CPE Tecnologia está preparada
para analisar tendências e trabalhar para
prevenir catástrofes ambientais, atuando
em situações de emergência. A empre-
sa também atua em parceria com equi-
pes de vigilância ambiental, fornecendo
equipamentos para o monitoramento da
Floresta Amazônica, em trabalho conjunto
com Exército, Incra, institutos nacionais e o
Corpo de Bombeiros.
Positivo Tecnologia anuncia
investimento no WE Ventures
Aporte está alinhado com a estratégia de diversidade e inclusão da em-
presa, que visa apoiar negócios plurais e inovadores na área da tecnologia
A Positivo Tecnologia, empresa brasi-
leira de tecnologia de hardware e servi-
ços, anunciou investimento de R$ 3,6 mi-
lhões e se tornou a mais nova cotista do
WE Ventures, primeiro fundo de Corporate
Venture Capital da América Latina 100%
dedicado ao investimento em negócios
comandados por mulheres. Além da Po-
sitivo Tecnologia, outros grandes players
apoiam a iniciativa, incluindo a Flex, Grupo
Multi, Suzano, Porto Seguro, AgeRio, Mag-
named e Grupo Sabin.
O fundo, desenvolvido pela Microsoft
Participações em parceria com o Sebrae
Nacional e a M8 Partners, conta com a
consultoria técnica da Bertha Capital, que
tem o objetivo de liderar o movimento de
equidade de gênero no setor de empreen-
dedorismo no Brasil e equilibrar o cenário
na economia mundial. O primeiro aporte
da Positivo Tecnologia no fundo faz parte
da unidade de Estratégia e Inovação que
foi recém-implementada na companhia
para incentivar o crescimento e diversifi-
cação de negócios inovadores, ao mesmo
tempo que fortalece um novo momento
de transformação da empresa.
Como investidora estratégica, a Positi-
vo Tecnologia também aportará ao fundo
o conhecimento de mercado e o apoiará
no processo de seleção e desenvolvimen-
to das startups. “O investimento no fundo
WE Ventures tem o objetivo de expandir a
diversidade no ecossistema de inovação,
além de cumprir o nosso propósito de
usar a tecnologia para impulsionar vidas e
acelerar negócios que sejam inovadores,
sustentáveis e humanos”, afirma Leandro
Rosa dos Santos, vice-presidente de Es-
tratégia e Inovação da Positivo Tecnologia.
A aplicação dos recursos é prevista em
contrapartida da Lei da Informática, que
concede incentivos fiscais para empre-
sas do setor de tecnologia que tenham
por prática investir em Pesquisa e Desen-
volvimento. O governo federal utiliza esse
mecanismo para incentivar investimen-
tos em inovação no setor de tecnologia
para indústrias brasileiras com produção
fundamentalmente nacional. Desde 2018,
a legislação permite a aplicação em FIPs
(Fundos de Investimento em Participa-
79
 ções) autorizados pela CVM (Comissão
de Valores Mobiliários).
O Fundo WE Ventures
Com a tese principal voltada a financiar
empreendedoras mulheres e promover o
acesso a capital para startups de tecno-
logia com lideranças femininas, o fundo
oferece networking e relacionamento com
os principais players do setor, incluindo as
empresas idealizadoras da iniciativa, as
investidoras do fundo e as startups que
fazem parte do ecossistema do WE Ven-
tures e da WE Impact, Venture Builder do
programa.
“Investir em empreendedorismo femi-
nino contribui para uma maior igualdade,
gerando empoderamento econômico e
negócios de qualidade. Há diversos da-
dos e estudos que comprovam isso. Ainda
assim, o fluxo de investimentos aportados
em startups criadas por mulheres é mui-
to menor do que para empreendedores
homens. Nossa missão é mudar essa re-
alidade, oferecendo não só o investimento
financeiro, mas recursos e mentorias para
que os negócios liderados por mulheres
prosperem”, explica Franklin Luzes, vice-
-presidente de Inovação, Transformação
e Startups em fase de crescimento acele-
rado na Microsoft Brasil.
Os aportes vão de R$ 1 milhão a R$ 5
milhões. Até o momento, o WE Ventures
já investiu em quatro startups: Pack ID,-
80
Mobees,Smarkets e WEImpact. O fundo já
recebeu mais de 1,2 mil startups inscritas e
já captou mais de R$ 60 milhões.
Marcella Ceva, CIO do WE Ventures, re-
força sobre a importância de incentivar-
mos o empreendedorismo feminino no
Brasil. “Com o WE Ventures buscamos in-
centivar a participação de mulheres no
mercado de tecnologia e inovação, para,
ao mesmo tempo, incluir mulheres em
carreiras STEM (sigla em inglês para Ciên-
cias, Tecnologia, Engenharia e Matemáti-
ca) e impulsionar a transformação digital
do país”, explica a CIO.
O WE Ventures conta com a consultoria
técnica da Bertha Capital, responsável por
criar uma jornada de desenvolvimento
para as startups investidas. Dessa forma,
é possível entender as dores das startups
beneficiadas e conectá-las com os de-
mais cotistas, promovendo negócios cru-
zados dentro dessa rede que inclui, além
do portfólio WE, as investidas dos mais de
10 fundos de investimentos (FIPs) ativos do
portfólio da Bertha Capital.
Segundo Márcia Cavalcante, head de
Open Innovation na Bertha Capital, a par-
ceria com uma grande empresa como a
Positivo Tecnologia contribui para que mu-
lheres líderes assumam cada vez mais o
protagonismonoecossistemadeinovação.
“O compromisso da Positivo Tecnolo-
gia para impulsionar empresas que pro-
movam diversidade e inclusão multiplica
o potencial para promovermos conexões
de valor, inserindo a lente de gênero nes-
sa equação. A jornada que construímos
junto com a corporação nunca se esgo-
ta no investimento; é muito mais sobre
investir de maneira inteligente, buscando
não apenas impulsionar esses novos ne-
gócios, como também liderar uma trans-
formação real naquela cadeia produtiva”,
explica Márcia.
O próximo passo dessa nova parceria é
definir quais outras características serão
buscadas dentro do universo de startups
com liderança feminina, como principais
verticais a serem trabalhadas e a identifi-
cação do estágio do negócio.
“O nosso investimento não termina
quando o aporte financeiro é realizado. A
startup que passa a fazer parte do nosso
ecossistema de inovação recebe todo o
apoio necessário para que ela continue
crescendo e evoluindo em seu propósi-
to principal. A seleção de iniciativas que
apoiam a pauta de diversidade nos esti-
mula a continuar investindo em iniciativas
que fortalecem a atuação de mulheres
em negócios inovadores”, conclui Gracie-
te de Lima, responsável pelo CVC na Posi-
tivo Tecnologia.
81
 Telemetria: conheça a importância e
como é aplicada no mercado atual
A telemetria está em expansão no Brasil e no mundo
Uma pesquisa recente realizada pela
Dell, em parceria com a Forrester, mostra
que 73% das empresas do Brasil se con-
sideram orientadas por dados. E dessas,
80% afirmam que estão lidando com al-
guma barreira para capturar, usar e ana-
lisar diversos tipos de informações. Muitas
vezes, a dificuldade está na integração
desses dados, o que dificulta a leitura de
forma inteligente.
E é para sanar essa dor que o uso da
telemetria se faz presente em vários seto-
res, pois possui a capacidade de compilar
uma alta quantidade de informações e
auxilia os gestores em tomadas de deci-
sões cada vez mais assertivas. Segundo
Carlos Campos, diretor-geral da emnify
no Brasil, provedora líder de conectivida-
de celular IoT no mundo e referência glo-
bal em tecnologia e inovação para tele-
comunicações, as soluções de telemetria
e Internet das Coisas dependem da co-
nectividade celular para se comunicarem
com plataformas, gateways e outros dis-
positivos.
“Para o sucesso de um projeto de tele-
82
metria, é essencial avaliar aspectos crí
ticos da conectividade IoT, como cober-
tura e redundância de rede, integrações
via API, segurança e qualidade de serviço.
Sem dúvidas, isso garante que a solução
de telemetria seja implantada de forma
rápida, tenha desempenho satisfatório e,
o mais importante, seja resiliente diante
de desafios e mudanças futuras”, explica.
Assim, a telemetria tem feito a diferen-
ça em diferentes mercados, trazendo in-
formações importantes em um cenário
em que o uso de dados está em alta. Um
exemplo é o uso e os inúmeros benefícios
para o monitoramento de obras e gestão
de máquinas móveis para construtoras.
“Essa tecnologia nos permite acompa-
nhar o avanço das obras e a produtivida-
de/medição dos contratos de forma online.
É um suporte fundamental para qualquer
construtora/locador de máquinas que
deseje atender o cliente com excelência”,
afirma Vinicius Callegari, cofundador da
GaussFleet, maior plataforma SaaS de
gestão de máquinas móveis para constru-
toras, operadores logísticos e siderúrgicas.