Você está na página 1de 20

john keegan

Um a H i s t ó r i a
da Guerra
Tradução
Mariana Pinto dos Santos
Pedro Serras Pereira

Revisão Cientíica
Major Miguel Freire

lisboa:
tinta‑da‑china
MMVI
Sumário

Agradecimentos 9
Introdução 13

Capítulo 1 – A Guerra na História da Humanidade 19


O Que É a Guerra? 21
Quem Foi Clausewitz? 32
A Guerra enquanto Cultura 47
Ilha da Páscoa 47
Os Zulus ­2
Os Mamelucos ­7
Os Samurais 68
Uma Cultura sem Guerra 7­
Interlúdio 1 – Limitações da Prática de Guerra 93

Capítulo 2 – Pedra 11­


Porque Lutam os Homens? 117
A Guerra e a Natureza Humana 119
A Guerra e os Antropólogos 124
A Guerra entre Alguns Povos Primitivos 13­
Os Ianomâmis 13­
Os Marings 141
Os Maoris 147
Os Astecas 1­1
O Início da Guerra 162
Guerra e Civilização 176
Interlúdio 2 – Fortificação 189
Capítulo 3 – Carne 209
Os Homens dos Carros de Guerra 212
O Carro de Guerra e a Assíria 229
O Cavalo de Guerra 240
Os Povos Equestres da Estepe 242
Os Hunos 247
O Horizonte dos Povos Equestres, 4­3‑12­8 2­3 Agradecimentos
Árabes e Mamelucos 2­7
Os Mongóis 269
O Declínio dos Povos Equestres 277
Interlúdio 3 – Exércitos 289 Grandes mudanças ocorreram no mundo desde que comecei a escre‑
ver este livro em 1989, e devem ser elas as primeiras a ser mencionadas.
Capítulo 4 – Ferro 309 A Guerra Fria acabou. No Golfo, travou‑se uma breve mas dramática
Os Gregos e o Ferro 314 guerra aérea e terrestre. Na antiga Jugoslávia, rebentou uma prolon‑
Guerra de Falanges 320 gada e cruel guerra civil que ainda hoje perdura. Muitos dos temas
Os Gregos e a Estratégia Anfíbia 334 desenvolvidos neste livro foram relectidos — pelo menos para mim
A Macedónia e o Culminar da Guerra de Falanges 337 — nas guerras do Golfo e da Jugoslávia.
Roma: Casa‑Mãe dos Exércitos Modernos 34­ No Golfo, as forças da coligação inligiram uma derrota clausewit‑
A Europa depois de Roma: Um Continente Sem Exércitos 368 ziana às forças de Saddam Hussein. Contudo, a recusa deste último
Interlúdio 4 – Logística e Abastecimento 391 em admitir a realidade da catástrofe que sobre ele se abatera, recor‑
rendo a uma retórica islâmica através da qual negava ter sido venci‑
Capítulo 5 – Fogo 413 do em espírito, independentemente do volume de perdas materiais,
Pólvora e Fortiicação 417 roubou o signiicado político à vitória clausewitziana da coligação.
Batalhas na Era Experimental da Pólvora 428 A Guerra do Golfo pode ser vista como o confronto entre duas cul‑
Pólvora no Mar 436 turas militares muito diferentes, cada uma com profundas raízes his‑
A Estabilidade da Pólvora 444 tóricas e nenhuma podendo ser compreendida com abstracções em
Revolução Política e Transformação Militar 4­3 torno da «natureza da guerra» propriamente dita, visto que tal não
O Poder do Fogo e a Cultura de Serviço Militar Universal 470 existe.
Armas Derradeiras 479 Os horrores da guerra na Jugoslávia, tão incompreensíveis como
A Lei e o Fim da Guerra 496 revoltantes para o homem civilizado, desaiam a explicação em ter‑
mos militares convencionais. O padrão de ódios locais que esses
Conclusão ­0­ horrores revelam é estranho a qualquer pessoa, excepto aos antro‑
pólogos proissionais que têm como objecto de estudo a guerra entre
povos tribais e marginais. Muitos antropólogos negam a existência
Notas ­13 de «guerras primitivas». Os leitores de jornais mais inteligentes, ou
Bibliograia seleccionada ­2­ a maioria deles — profunda e indelevelmente impressionados pelos
Índice Remissivo ­31 relatos de «limpeza étnica», os sistemáticos maus tratos a mulheres,
o prazer da vingança, a organização de massacres e o subsequente
Introdução

Eu não estava destinado a ser um guerreiro. Em criança, em 1948, uma


doença deixou‑me incapacitado para o resto da vida e coxeio desde há
quarenta e cinco anos. Quando, em 19­2, compareci ao exame médico
para o recrutamento para o serviço militar, o médico que examina‑
va as pernas — foi, inevitavelmente, o último médico a examinar‑me
naquela manhã — abanou a cabeça, escreveu qualquer coisa no meu
formulário e disse‑me que podia ir‑me embora. Algumas semanas
mais tarde chegou uma carta oicial a informar que eu tinha sido clas‑
siicado como inapto para o serviço em qualquer um dos ramos das
forças armadas.
Todavia, o destino levou‑me a viver entre guerreiros. O meu pai
fora soldado na Primeira Guerra Mundial. Cresci durante a Segunda,
numa zona da Inglaterra onde estavam estacionados os exércitos bri‑
tânico e americano, preparando‑se para a invasão do Dia D à Europa.
Apercebi‑me, de alguma forma, de que o serviço prestado pelo meu
pai na Frente Ocidental em 1917‑18 fora a mais importante experiência
da sua vida. Em 1943‑4, o espectáculo da preparação da invasão tam‑
bém me marcou. Fui assim desenvolvendo um interesse em assuntos
militares, que se enraizou de tal forma que quando fui para Oxford,
em 19­3, escolhi História Militar como disciplina nuclear.
Uma disciplina nuclear era não mais que um requisito para a
obtenção de um grau académico; assim, as minhas relações com a his‑
tória militar poderiam ter terminado no inal da licenciatura. Porém,
o interesse pelo tema enraizou‑se durante os meus anos de estudante
em Oxford, pois, ao contrário de mim, a maior parte dos meus amigos
tinha cumprido serviço militar. Eles tornaram‑me consciente de que
tinha perdido algo. Oiciais na sua maioria, muitos tinham servido
em operações, uma vez que no início dos anos ­0 a Grã‑Bretanha se
[14] uma história da guerra introdução [15]

estava a libertar do império com uma série de pequenas guerras colo‑ O primeiro período que passei em Sandhurst atirou‑me de cabeça
niais. Alguns dos meus amigos foram soldados nas selvas da Malásia para um mundo para o qual nem a minha imaginação me tinha prepa‑
ou nas lorestas do Quénia. Outros serviram em regimentos enviados rado. Em 1960, o quadro de militares da Academia — eu pertencia ao
para a Coreia e chegaram mesmo a combater em batalhas a sério. lado académico — era composto, a nível superior, exclusivamente por
Por eles aguardavam vidas proissionais mais sóbrias, e procura‑ homens que tinham combatido na Segunda Guerra Mundial. Os oiciais
ram alcançar o sucesso académico e a boa opinião de tutores como subalternos e capitães eram quase todos veteranos da Coreia, da Malásia,
passaporte para o futuro. No entanto, era claro para mim que os do Quénia, da Palestina, do Chipre ou de qualquer uma das outras cam‑
dois anos passados em uniforme os tinham enfeitiçado com a aura panhas coloniais. Usavam uniformes cobertos com itas de medalhas,
de um mundo totalmente diferente daquele em que estavam prestes que em muitos casos eram altas condecorações por bravura. Nos serões
a entrar. A aura era, em parte, a da experiência — de lugares estra‑ passados na messe, o chefe do meu departamento, um oicial aposen‑
nhos, de responsabilidades pouco familiares, do entusiasmo e até do tado, usava a Distinguished Service Order e a Military Cross com duas
perigo. Era também a aura do contacto com os oiciais proissionais barras, e estas não eram as condecorações mais excepcionais. Havia
que os tinham comandado. Se os nossos professores eram admirados majores e coronéis com medalhas por bravura conquistadas em Alamein,
pela sua sabedoria e pelas suas excentricidades, os meus contempo‑ Cassino, Arnhem e Kohima. A história da Segunda Guerra Mundial foi
râneos continuavam a admirar os oiciais com quem tinham travado escrita nestas pequenas itas de seda; os momentos mais notáveis ica‑
conhecimento por um conjunto de outras qualidades — impetuosi‑ ram gravados em cruzes e medalhas cujos condecorados mal pareciam
dade, elã, vitalidade e impaciência com as coisas do dia‑a‑dia. Os seus aperceber‑se de que as tinham ganho.
nomes eram frequentemente mencionados, o seu carácter e manei‑ Não era apenas o caleidoscópio de medalhas que me fascinava. Era
rismos recordados e os seus feitos — sobretudo as escaramuças auto‑ também o caleidoscópio de uniformes e tudo o que estes signiicavam.
coniantes com a autoridade — recriados. De alguma forma, acabei Muitos dos meus contemporâneos de universidade tinham trazido
por sentir que conhecia estes guerreiros bem‑dispostos — e eu queria pedaços de glória militar — casacos do regimento ou sobretudos do tipo
muito conhecer pessoas como eles, mais que não fosse para veriicar British Warm. Os que tinham sido oiciais de cavalaria continuavam a
de perto se correspondiam à visão do mundo dos combatentes que, usar com o traje de noite as botas de montar com cortes nos tacões para
à medida que trabalhava nos meus textos de história militar, se ia len‑ as esporas, que pertenciam aos uniformes dos lanceiros ou dos hussar‑
tamente desenhando na minha mente. dos. Tinham‑me alertado para o paradoxo de o uniforme não ser uni‑
Quando os tempos de estudante chegaram ao im e os meus amigos forme, pois os regimentos vestiam de forma variada. O primeiro serão
partiram para se tornarem advogados, diplomatas, funcionários civis de messe que passei em Sandhurst ensinar‑me‑ia quão variadamente
ou eles próprios professores na universidade, descobri que a agradável se vestiam. Havia lanceiros e hussardos em azul e escarlate, mas tam‑
memória dos seus anos passados enquanto militares me tinha enfeiti‑ bém cavaleiros da Household Cavalry esmagados pelo peso dos galões
çado. Decidi tornar‑me historiador militar, uma decisão imprudente, entretecidos de ios de ouro, rilemen num verde‑escuro quase preto,
visto haver poucos lugares académicos disponíveis para tal cadeira. gunners de calças justas, soldados da Guarda Real com camisas aperta‑
Mais rapidamente do que eu alguma vez poderia esperar, apareceu uma das, soldados das terras altas da Escócia com seis padrões diferentes de
vaga para um desses lugares na Royal Military Academy de Sandhurst, xadrez, soldados das terras baixas da Escócia com calças axadrezadas e
a escola de cadetes da Grã‑Bretanha, e, em 1960, juntei‑me ao quadro. homens da infantaria dos regimentos de condado com casacos revesti‑
Tinha vinte e cinco anos, não tinha quaisquer conhecimentos acerca dos a amarelo, branco, cinzento, púrpura ou couro.
do exército, nunca ouvira um tiro disparado com fúria, praticamente
não conhecia oiciais regulares e a imagem que tinha dos soldados e das  Quando um militar recebe outra Military Cross por feitos de valentia, é adicionada uma
suas missões era apenas fruto da minha imaginação. pequena barra à ita da condecoração (n. do r.c.).
[16] uma história da guerra introdução [17]

Pensava que o exército era apenas um exército. Depois daque‑ muitos outros exércitos. Senti a aura tribal em oiciais franceses que
la noite percebi que não era. Ainda teria de aprender que as diferen‑ combateram na Guerra da Argélia conduzindo soldados muçulmanos
ças no vestuário eram sinal de muito mais signiicativas diferenças cujas tradições são as dos ghazi, os saqueadores da fronteira do Islão.
internas. Descobri que os regimentos se autodeiniam acima de tudo Senti‑a também nas recordações de oiciais alemães, realistados para
pela sua individualidade e que era essa individualidade que os trans‑ construir o exército alemão do pós‑guerra, que tinham combatido os
formava nas organizações de combate cuja eicácia em batalha era russos na estepe e mantinham um sentimento de orgulho pela prova‑
proclamada pelas medalhas e cruzes que via em meu redor. Os meus ção que tinham sofrido que remontava às guerras travadas pelos seus
amigos de regimentos — a prontidão na oferta de amizade é uma das antepassados medievais. Senti‑a muito presente entre oiciais indianos,
qualidades mais estimadas entre os guerreiros — eram camaradas‑de‑ especialmente na rapidez com que insistiam que eram rajputs ou dogras,
‑armas; mas eram camaradas só até determinado ponto. A lealdade descendentes dos invasores que conquistaram a Índia antes de a sua
ao regimento era a pedra‑de‑toque das suas vidas. Um diferendo pes‑ história começar a ser escrita. Senti‑a entre oiciais americanos que ser‑
soal poderia ser perdoado no dia seguinte. Uma crítica ao regimento viram no Vietname ou no Líbano ou no Golfo, representantes de um
nunca seria esquecida, ou melhor, nunca seria pronunciada, sob pena código de coragem e dever que vem desde as origens da sua república.
de atingir profundamente os valores da tribo. Os soldados não são como os outros homens — foi esta a lição que
Tribalismo — foi o que encontrei. Os veteranos que conheci em Sand‑ aprendi ao longo de uma vida construída entre guerreiros. Esta lição
hurst nos anos 60 não eram diferentes, em muitos aspectos, de proissio‑ ensinou‑me a ter extremas reservas em relação a todas as teorias e
nais de outras áreas. Vinham das mesmas escolas, às vezes das mesmas representações da guerra que a colocam em pé de igualdade com qual‑
universidades, eram dedicados às famílias, tinham as mesmas esperanças quer outra actividade humana. Sem dúvida que, como demonstram
para os seus ilhos que outros homens, tinham as mesmas preocupações os teóricos, a guerra está relacionada com a economia, a diplomacia e
inanceiras. Porém, nem o dinheiro nem a promoção dentro do sistema a política. Contudo, a ligação entre elas não se deve a uma identidade
militar eram valores prioritários ou condicionantes. É claro que os oi‑ ou sequer similitude. A guerra é totalmente diferente da diplomacia ou
ciais ansiavam por subir na hierarquia, mas não era esse o valor pelo qual da política porque deve ser travada por homens cujos valores e compe‑
se aferiam a si próprios. Um general podia ou não ser admirado. A ad‑ tências não são os dos políticos ou diplomatas. São os de um mundo à
miração não provinha das insígnias de posto superior. Era antes fruto parte, um mundo muito antigo que existe em paralelo ao mundo do
da reputação que detinha enquanto homem entre outros homens, uma dia‑a‑dia mas que não lhe pertence. Ambos os mundos mudam ao longo
reputação construída ao longo de muitos anos sob os olhos do regimen‑ do tempo, e o mundo dos guerreiros adapta‑se a par do civil. Porém,
to tribal. A tribo não era apenas constituída por camaradas oiciais, mas segue‑o à distância. A distância nunca pode ser colmatada, pois a cul‑
também por sargentos ou soldados rasos. «Não ter jeito nenhum com os tura do guerreiro nunca pode ser a da civilização. Todas as civilizações
soldados» era uma condenação deinitiva. Um oicial podia ser esperto, devem as suas origens ao guerreiro; as culturas civilizacionais treinam
competente e trabalhador, mas se os soldados não tivessem coniança os guerreiros que as defendem, e as diferenças entre as várias culturas
nele nenhuma destas qualidades compensava. Não pertencia à tribo. tornarão os guerreiros de uma muito diferentes, a nível da aparência,
O exército britânico é tribal a um grau extremo; alguns dos seus dos de outra. A existência de três tradições guerreiras exteriormente
regimentos têm histórias que vêm desde o século xvii, quando os distintas é, efectivamente, um dos temas deste livro. Porém, em última
exércitos modernos começavam a moldar‑se a partir das hostes feu‑ análise, existe apenas uma cultura guerreira. A sua evolução e trans‑
dais de guerreiros cujos antepassados tinham entrado na Europa Oci‑ formação no tempo e no espaço, desde o início da humanidade até ao
dental durante as invasões que derrubaram o Império Romano. mundo contemporâneo, é a história da guerra.
Porém, na minha juventude, desde que entrei para Sandhurst,
encontrei, ao longo dos anos, os mesmos valores guerreiros tribais em
c a pít u l o 2
Pedra
Porque Lutam os Homens?
Porque lutam os homens? Os homens combatiam‑se na Idade da
Pedra, ou o homem primitivo não era agressivo? Os homens — e tam‑
bém as mulheres — discutem ferozmente, com tinta e papel, estas
questões. Não os historiadores militares, que raramente se preocu‑
pam com as origens das actividades de que falam, mas os cientistas
que se dedicam ao estudo das relações sociais e do comportamento.
Talvez os historiadores militares fossem melhores historiadores se
parassem para relectir sobre o que predispõe um homem a matar
outro. Os estudiosos das relações sociais e do comportamento não
têm outra escolha senão relectir sobre isso. O homem e a sociedade
são o seu objecto de estudo, apesar de a maioria dos seres humanos,
durante a maior parte do tempo, cooperarem para o bem comum.
A cooperação deve ser entendida como a norma, e a razão por que tal
deve acontecer requer uma explicação, embora não muito profunda,
visto que a simples observação permite perceber que a cooperação é de
interesse comum. Assim, se não houvesse desvios em relação ao prin‑
cípio da cooperação, os que estudam as relações sociais e o compor‑
tamento pouco teriam para fazer. Teriam a tarefa pouco gratiicante
de explicar o previsível. É a imprevisibilidade do comportamento
humano, sobretudo a do comportamento violento, nos indivíduos e
nos grupos, que os desaia a fornecer explicações. O indivíduo violen‑
to é a principal ameaça à norma de cooperação dentro dos grupos, e o
grupo violento, a principal causa de ruptura da sociedade.
Os estudos do comportamento individual e de grupo tomam
diferentes direcções. Partilham, porém, uma base comum a que o
debate acaba por regressar: será o homem violento por natureza ou
será que a potencial violência — sobre essa potencialidade não pode
haver discussão, mais que não seja porque o homem tem a capacidade
de pontapear e morder — é posta em prática devido à acção de fac‑
tores materiais? Os que defendem este último ponto de vista, gene‑
[120] uma história da guerra uma história da guerra [121]

ricamente classiicados como «materialistas», acreditam que a sua gavelmente belicosos, está consciente dos seus próprios impulsos
perspectiva destrói a posição naturalista. Os naturalistas unem‑se violentos, mas não tem conhecimentos especializados de genética ou
para se opor aos materialistas, mas, na verdade, estão profundamen‑ neurologia para tomar partido. No entanto, o debate entre as duas
te divididos entre si. Há uma minoria cujos membros insistem que o posições naturalistas é importante, ou mesmo fundamental, tal como
homem é naturalmente violento; muitos não permitiriam a analogia, o debate entre naturalistas e materialistas. Numa época de esperan‑
mas o seu argumento é o que mesmo os teólogos cristãos usam para ça na história da humanidade, uma época em que o desarmamento é
explicar a Queda e a doutrina do pecado original. A maioria rejeita eicaz e o humanitarismo foi adoptado como princípio nas negocia‑
esta caracterização. Consideram o comportamento violento ou como ções mundiais, o leigo procura naturalmente ser assegurado de que os
uma actividade aberrante de indivíduos perturbados, ou como uma autores da Declaração de Sevilha têm a razão do seu lado. O sucesso
reacção a determinados tipos de provocação ou estímulo, daí se infe‑ obtido pela humanidade nos últimos dois séculos na melhoria das
rindo que, se esses gatilhos da violência forem identiicados e mino‑ condições materiais de vida poderia encorajar o apoio à tese materia‑
rados ou eliminados, então poder‑se‑á banir totalmente a violência lista da violência humana organizada, na antecipação de que a conti‑
das relações humanas. O debate entre as duas escolas de naturalis‑ nuação dos esforços que derrotaram, de maneira geral, a doença, as
tas tem originado grandes emoções. Num encontro na Universidade carências, a ignorância e a dureza do trabalho manual possa também
de Sevilha, em Maio de 1986, a maioria dos presentes emitiu uma eliminar a guerra. A história da guerra, da Idade da Pedra em dian‑
declaração, baseada na Declaração sobre Raça e Preconceito Social te, tornar‑se‑ia então uma curiosidade de antiquário, tão relevante
da UNESCO, condenando de forma absoluta a crença na natureza para a vida quotidiana como a da exploração do mundo ou a da ciên‑
violenta do homem. A Declaração de Sevilha sobre a Violência con‑ cia pré‑newtoniana. Se, por outro lado, os autores da Declaração de
tém cinco artigos, todos iniciando com as palavras «É cientiicamen‑ Sevilha estão errados, se a sua condenação da explicação naturalista
te incorrecto», que se espera virem a ser homologados. Os artigos para a violência humana é uma mera expressão de optimismo, então
consistem numa condenação de todas as caracterizações do homem a explicação materialista está também errada, e as nossas expectati‑
como naturalmente violento. Negam sucessivamente que «tenha‑ vas de im de século para o im da guerra são totalmente deslocadas.
mos herdado uma tendência para fazer a guerra dos animais nossos É importante saber o que têm para dizer quer os pessimistas quer os
ancestrais», que «a guerra ou qualquer outro comportamento violento optimistas da escola naturalista.
seja geneticamente programado na nossa natureza humana», que «no
curso da evolução humana tenha havido uma selecção mais favorável
ao comportamento agressivo do que a outros tipos de comporta‑ A Guerra e a Natureza Humana
mento», que «os seres humanos tenham um cérebro “violento”» ou,
inalmente, que «a guerra seja provocada pelo “instinto” ou qualquer O estudo cientíico da violência e da natureza humana centra‑se na
motivação isolada»1. investigação do que os cientistas chamam, talvez por preconceito,
A Declaração de Sevilha conseguiu forte apoio. Foi adoptada, «a sede da agressão», que se encontra na área do cérebro conhecida
por exemplo, pela Associação Americana de Antropologia. Porém, por sistema límbico. Esta área, localizada no cérebro central inferior,
não é de grande ajuda para o leigo que está ciente de que a guerra tem contém três grupos de células, o hipotálamo, o septo e a amígdala.
origens antigas, tem conhecimento de que os povos sobreviventes Cada uma delas provoca, quando daniicada ou estimulada electrica‑
da Idade da Pedra, como os montanheses da Nova Guiné, são ine‑ mente, alterações no comportamento do sujeito. Uma lesão em parte
do hipotálamo de ratos machos, por exemplo, reduz o seu comporta‑
 A Declaração de Sevilha sobre a Violência foi aprovada pelo Conselho Europeu de Junho de
mento agressivo e elimina a actividade sexual, ao passo que o estímu‑
2002 (n. da r.). lo eléctrico da mesma zona aumenta a agressividade — embora «os
[154] uma história da guerra uma história da guerra [155]

tiicação de que os maoris faziam a guerra para redistribuir a terra cia proteica, um ponto de vista que mais tarde ganhou muitos adeptos
dos mais fracos pelos mais fortes. Contudo, o plano de guerra maori mas que tem gradualmente vindo a perdê‑los)­0. Nenhum dos grupos,
era comer o inimigo derrotado (com excepção das cabeças, que eram porém, praticava a tortura ritual dos prisioneiros, seguindo‑se ou não
guardadas como troféus). Esta disparidade entre o que os objectos da o canibalismo, como o faziam alguns índios das planícies e os astecas,
etnograia faziam e o que os antropólogos concluíam ser o verdadeiro entre outros. Turney‑High relata:
objectivo das suas acções constitui a base de um dos mais ferozes deba‑
tes académicos. Para os historiadores militares, parece claro que a cul‑ Os skidi pawnee esforçavam‑se por capturar uma rapariga bonita em
tura militar maori se orientava por propósitos de vingança. As crianças cada um dos seus ataques. A rapariga era então adoptada por uma famí‑
do sexo masculino eram ensinadas desde a mais tenra idade que o lia pawnee muito distinta, que, para surpresa da jovem, a tratava com
insulto, já para não falar no roubo ou assassínio, era imperdoável, e os mais consideração do que as próprias ilhas. Era mimada e acarinha‑
maoris eram implacáveis em guardar agravos acumulados na memó‑ da. Mas numa noite era rudemente agarrada, despida e metade do seu
ria, às vezes de geração em geração, só resolvidos quando o inimigo era corpo era pintada em comprimento desde a cabeça, passando pela viri‑
morto, o seu corpo comido e a sua cabeça exposta na paliçada da aldeia lha, até ao pé, com carvão. Simbolizava então a junção do dia e da noite.
fortiicada, onde era simbolicamente insultada. Esta guerra de vin‑ Depois era amarrada entre dois postes verticais […]. O pai adoptivo era
gança não era conduzida numa base de um para um; comer o inimigo e obrigado a disparar‑lhe uma seta ao coração quando surgisse a Estrela
cortar uma ou várias cabeças bastava para apagar uma ofensa antiga ou da Manhã. Pouco depois, seguiam‑se as setas dos sacerdotes, e o corpo
até mais mortes que tivessem sido inligidas em represália49. dela era horrivelmente mutilado antes de servir o seu propósito. O rito
Aqui está outro exemplo de como uma ética cultural, até do tipo de apaziguamento da Estrela da Manhã era considerado essencial ao
mais selvagem, pode ter o efeito paradoxal de limitar o mal que os bem‑estar pawnee e ao sucesso de todas as coisas, em particular da
guerreiros podem fazer uns aos outros. Reforçada por restrições agricultura.­1
materiais, como as apresentadas pelas fortiicações, o resultado inal
com os maoris foi assegurar que a possibilidade de a sua sociedade Um missionário jesuíta entre os huronianos descreveu um ritual de
transcender a tecnologia do bastão e da lança num impulso para a morte ainda mais tenebroso, ocorrido com um dos cativos sénecas em
conquista total da ilha não ocorreria. Com a chegada do mosquete, 1637. Também ele fora adoptado pela família de um chefe, mas fora
várias sociedades maoris evoluíram para estados com uma rapidez depois rejeitado por ter cicatrizes. Foi condenado a morrer pelo fogo
aterradora, mas essa é uma outra história. Entretanto, numa socieda‑ e levado ao conselho, depois de os captores festejarem, para uma noite
de da América pré‑colombiana, muito mais soisticada do que a dos de agonia. O chefe huroniano anunciou como dividiriam o seu corpo,
maoris, uma ética cultural limitou a sua grande tendência para a bata‑ enquanto a vítima entoava cânticos guerreiros, começando depois
lha decisiva de Clausewitz num grau ainda mais impressionante. a vítima «a correr num circuito à volta dos fogos, uma e outra vez,
enquanto todos tentavam queimá‑lo [com tições] quando passava por
Os Astecas eles; guinchava como uma alma perdida; a cabana inteira retumbava
Há uma crueldade na guerra de alguns povos pré‑colombianos da com guinchos e gritos. Alguns queimavam‑no, alguns agarravam‑lhe
América do Norte e Central que não tem paralelo em lugar algum do as mãos e partiam‑lhe ossos, outros eniavam‑lhe paus nas orelhas».
mundo. Turney‑High considera que os melanésios do Pacíico Sul são No entanto, quando desmaiou, foi gentilmente reanimado, foi‑lhe
os piores na «crueldade elementar» — faltam indícios que comprovem dada comida, foram‑lhe dirigidas palavras como se fosse da família,
a veracidade ou a falsidade desta consideração — e que talvez alguns ao que ele respondia, às pessoas que lhe tinham queimado a carne, nos
sul‑americanos sejam os piores canibais (foi um dos primeiros defen‑ mesmos termos, e durante todo o tempo «soltava os cânticos de guerra
sores da crença de que o canibalismo se explicaria por uma deiciên‑ o melhor que podia». De madrugada, ainda mal consciente, foi leva‑
O fogo é uma arma muito antiga. Sob a forma de «fogo grego»,
foi posto em uso pelos bizantinos no século vii. Estes guardaram o
segredo da sua composição com tanto cuidado que ainda hoje os aca‑
démicos debatem a natureza exacta dos seus ingredientes. A única
coisa que se sabe ao certo é que era descarregado em forma líquida
por uma espécie de seringa, especialmente como agente incendiário
contra estruturas de madeira em operações de cerco e em batalhas
navais. Não era o «fogo» no sentido moderno de propulsor ou explo‑
sivo. Não era, apesar do medo que despertava e do mistério que o
envolvia, uma inovação muito eiciente. Não revolucionou a prática
da guerra como a chegada da pólvora viria a fazer.
Contudo, a pólvora está relacionada com ele, pois acredita‑se
que a base do «fogo grego» era aquilo a que os babilónios chamavam
«nafta» ou «o que lameja», um vazamento de depósitos supericiais de
petróleo1. Mas não lhe deram qualquer utilização prática. Na China,
porém, por volta do século xi d.C., descobriu‑se que a mistura de
substâncias à base de nafta a partir de vazamentos de superfície locais
com salitre fornecia um composto que tinha propriedades explosivas
e incendiárias. Os chineses tinham descoberto acidentalmente que o
acendimento de fogueiras, especialmente de carvão vegetal, em solos
que contivessem concentrações elevadas de enxofre também produ‑
zia efeitos explosivos. Quando o enxofre puriicado foi combinado
com carvão vegetal em pó e salitre cristalino — isto começou talvez
por ser feito para ins semimágicos em templos taoístas por volta de
9­0 d.C. —, o resultado foi aquilo a que hoje chamamos pólvora 2. Se
os chineses a usavam ou não nas suas guerras é uma questão muito
controversa. Não existem provas de que izessem canhões (ao contrá‑
rio de fogos de artifício) antes do inal do século xiii3; pouco depois
[416] uma história da guerra fogo [417]

dessa data, a pólvora já era certamente conhecida na Europa, onde os tiro extraviado. Quarenta anos depois, porém, quando os franceses
seus segredos poderão ter sido desvendados inadvertidamente pelos expulsaram inalmente os ingleses da Normandia e da Aquitânia na
alquimistas no decorrer das suas eternas e infrutíferas buscas de campanha de 14­0‑14­3, arrombaram as muralhas das fortiicações
meios para transformar escória em ouro, e onde a sua utilidade mili‑ inglesas com canhões; exactamente na mesma altura, os turcos mas‑
tar foi reconhecida assim que as suas propriedades explosivas foram sacravam as muralhas de Teodósio em Constantinopla com bombar‑
descobertas. Já reconstituir como foi feita a descoberta posterior de deamentos colossais (os turcos nutriam uma predilecção especial
que, quando a pólvora e um projéctil eram confinados num tubo, por canhões muito grandes, de tal maneira que, por vezes, tinham de
a força libertada pela detonação da primeira imprimia quer distância ser montados in situ antes de o cerco começar). Em 1477, Luís XI de
quer direcção ao segundo constitui um verdadeiro desaio. Mas pode‑ França (1461‑1483) estendeu a sua área de controlo sobre as suas terras
mos situá‑la com segurança em inícios do século xiv, pois subsiste um ancestrais pelo uso de canhões contra os castelos dos duques de Bor‑
desenho de 1326 que nos mostra um vaso em forma de cântaro — tal‑ gonha. Consequentemente, em 1478, a casa real francesa estava em
vez moldado por um fundidor de sinos que estava habituado a traba‑ pleno domínio do seu próprio território pela primeira vez desde os
lhar este tipo de formas — com uma grande seta projectada a partir tempos do império carolíngio, seis séculos antes, e pronta para erigir
do gargalo; vemos igualmente um atirador a aplicar um círio ao ouvi‑ um governo centralizado — suportado por um sistema iscal em que
do do canhão, com o engenho apontado ao portão de um castelo. os canhões eram os derradeiros colectores de impostos dos vassalos
No século xv, a tecnologia das armas tinha avançado. Os pro‑ refractários —, que depressa se tornou o mais poderoso da Europa 4.
jécteis de canhão tinham substituído as setas e o canhão assumira
uma forma tubular, por vezes obtida pela junção de barras de ferro
forjado, como num barril, com arcos de ferro. Ainda assim, o uso do Pólvora e Fortiicação
canhão permaneceu coninado às operações de sítio. Embora pare‑
çam ter sido utilizados canhões na Batalha de Agincourt (141­), pouco Os canhões com que os reis franceses e os turcos otomanos derrubaram
podiam fazer no campo de batalha para além de barulho e fumo; só as muralhas defensivas dos seus inimigos tinham, no entanto, defeitos
um arqueiro muito desafortunado poderia ser apanhado por um que limitaram gravemente a sua utilidade militar: eram grandes, pesa‑
dos e montados sobre plataformas imóveis, pelo que só podiam ser pos‑
tos em acção em territórios já controlados pelos seus detentores, como
era o caso dos franceses nos campos da Normandia e dos otomanos nos
acessos terrestres e marítimos a Constantinopla. Para que os canhões
se tornassem instrumentos de campanha, teriam de ser suicientemen‑
te aligeirados para poderem ser transportados sobre rodas e à mesma
velocidade do exército que os acompanhava, para que peões, cavalos e
armas de fogo pudessem movimentar‑se como unidades integradas em
território inimigo, evitando assim o perigo de a artilharia ser captura‑
da enquanto os artilheiros se debatiam para acompanhar a força em
marcha ou de terem de ser abandonados em caso de retirada.
Primeira representação conheci‑ Em 1494, os franceses conseguiram dar o passo que faltava:
da de um canhão, datada de 1326;
a cautelosa aplicação do bota‑
‑fogo ao ouvido mostra até que
Em inícios da década de 1490 […] os artíices e os fundidores de sinos
ponto a arma era mal conhecida. franceses […] tinham desenvolvido um canhão que era reconhecida‑
[418] uma história da guerra fogo [419]

mente o mesmo instrumento que viria a decidir as batalhas e os cer‑


cos durante os quatrocentos anos seguintes. A bombarda pesada, que
disparava uma bala de pedra a partir de uma plataforma de madeira
que tinha de ser laboriosamente colocada em cima de uma carreta sem‑
pre que era preciso mudar de posição, tinha sido substituída por um
tubo delgado e integralmente moldado em bronze, com menos de dois
metros e meio de comprimento, de proporções perfeitamente calcu‑
ladas para absorver o choque cada vez mais reduzido da descarga da
culatra à boca‑de‑fogo. Disparava balas de ferro forjado, mais pesadas
do que os seus equivalentes em pedra mas, por isso mesmo, com um
efeito três vezes mais destrutivo num mesmo calibre.­

Mais importante do que tudo, os canhões eram móveis; como os


tubos eram fundidos numa peça única, podiam ser moldados com
«munhões», pequenos flanges que se projectavam logo adiante do
Os primórdios da relação entre o homem e a arma de fogo, cerca de 1400; ponto de equilíbrio, por meio dos quais podiam ser ixados em car‑
um século mais tarde, o soldado começaria a trazê‑la ao ombro.
retas de madeira de duas rodas. O canhão tornou‑se assim tão mano‑
brável como um pequeno carro — ainda mais manobrável quando a
conteira da carreta passou a ser atrelada a uma outra carreta de duas
rodas, formando uma unidade articulada a que os cavalos podiam ser
directamente arreados entre os varais; a própria carreta podia ser con‑
igurada de modo a permitir que a boca do tubo, o cano (em inglês,
a designação do canhão montado com barras metálicas cingidas por
arcos subsiste até hoje), pudesse ser rebaixada ou elevada por meio de
cunhas sob a culatra. Para girar o canhão da esquerda para a direita
ou vice‑versa, a conteira da carreta, que assentava no chão para confe‑
rir maior estabilidade, era movida na direcção adequada.
Na Primavera de 1494, Carlos VIII mandou embarcar quarenta
dos seus novos canhões de França para o porto de La Spezia, no norte de
Itália, para onde tinha conduzido o seu exército através dos Alpes pela
passagem de Mont‑Genèvre. Daí, pôs‑se em marcha ao longo de toda
a extensão da Itália para reclamar a sua pretensão ao reino de Nápoles.
Assim que se soube da rapidez com que os seus canhões tinham derru‑
bado a muralha do castelo de Firizzano, as cidades‑estado e as terras
papais por onde passou coibiram‑se de oferecer qualquer resistência.
Entrou em Florença em Novembro como um conquistador. Em Feve‑
Gravura de inais do século xv retratando a escalada das muralhas de
uma cidade cercada. Os soldados utilizam armadura mas já se vêem
canhões nas trincheiras.  «Barrel» (barril, cano, tubo, etc.) em inglês (n. do t.).
[504] uma história da guerra

Para repudiarmos a mensagem pregada por Clausewitz, não


precisamos de acreditar, como Margaret Mead, que a guerra é uma
«invenção». Tão‑pouco precisamos de ponderar formas de alterar a
nossa herança genética, um processo autodestrutivo em si mesmo.
Não precisamos de nos libertar das nossas circunstâncias materiais.
A humanidade já domina o mundo material a um ponto que nem os
mais optimistas dos nossos antepassados teriam julgado possível. Conclusão
A única coisa que precisamos de aceitar é que, ao longo de quatro
mil anos de experiência e repetição, a guerra se tornou um hábito.
No mundo primitivo, este hábito era ritual e cerimonialmente cir‑
cunscrito. No mundo pós‑primitivo, o engenho humano eliminou o
ritual e a cerimónia, bem como as restrições que estes impunham à «O que é a guerra?» foi a pergunta com que iniciei este livro. Agora
guerra, das práticas militares, possibilitando aos homens violentos que o acabei, no caso de o leitor me ter acompanhado até ao fim,
levar a violência até aos limites do tolerável, eventualmente para além espero ter conseguido pôr em causa a convicção de que existe uma
do extremo. A «guerra», disse Clausewitz, o ilósofo, «é um acto de resposta simples para tal pergunta ou de que existe algo como a natu‑
violência levado aos seus limites mais extremos». Enquanto homem reza da guerra. Espero também ter conseguido questionar a ideia de
de guerra, Clausewitz não podia adivinhar os horrores a que a sua que o homem está condenado a fazer a guerra ou de que os problemas
lógica ilosóica conduziria, mas nós entrevimo‑los. Os hábitos dos do mundo devem, em última instância, ser resolvidos pela violência.
primitivos — eles próprios adeptos da contenção, da diplomacia A história conhecida do mundo é, em grande parte, uma história de
e da negociação — merecem uma reaprendizagem. Se não conse‑ guerra porque os estados em que vivemos nasceram através de con‑
guirmos desaprender os hábitos que ensinámos a nós próprios, não quistas, combates cívicos ou lutas por independência. Para além
sobreviveremos. disso, os maiores estadistas da história foram quase sempre homens
de violência; mesmo que não fossem guerreiros, compreendiam o uso
da violência e não se coibiam de a usar para atingir os seus ins.
No século xx, a frequência e a intensidade da guerra afectaram
também as perspectivas dos homens e das mulheres comuns. Na
Europa Ocidental, nos Estados Unidos, na Rússia e na China, as exi‑
gências da guerra interferiram com a maioria das famílias ao longo
de duas, três ou quatro gerações. O apelo às armas levou milhões
de ilhos, maridos, pais e irmãos para o campo de batalha; milhões
destes homens não regressaram. A guerra deixou cicatrizes profun‑
das entre povos inteiros, deixando‑os na eterna expectativa de que
as vidas dos seus ilhos e netos pudessem ser poupadas às provações
que eles próprios sofreram. No entanto, no seu dia‑a‑dia, as pessoas
mal chegam a saber o que é a violência, a crueldade ou os sentimen‑
tos mais impiedosos. É o espírito de cooperação, e não de confronto,
que faz girar o mundo. A maioria das pessoas passa a maior parte dos
seus dias num espírito de companheirismo e procura por quase todos
Índice Remissivo

Abássida, califado 61, 264, 266, 269, Alpes 201, 2­0‑1, 3­­, 387, 400, 419, 473
279‑80 Alsácia‑Lorena 40
Abbeville 484 Amorita, dinastia 211, 227
Abu Shama 61, 281 Amr 263
academia militar 448‑9 Amu Dária, Rio 76‑7, 2­7, 262, 331
acadianos 18­‑7 An Lu‑Shan 271
Acre 280 Anatólia 69, 228, 262, 269, 28­, 312‑4
Adler, Afred 21 Andreski, Stanislav 293‑9
Adriano, imperador 362 Aníbal 3­­‑6
Adrianópolis 10­‑6, 109, 244, 2­0, 261, 367 Antioquia 207, 382, 396
Aécio 3­1‑2, 367‑8 Antonino Pio, imperador 362
Afeganistão 60, 178, 262, 266 antropologia 10, 22, 118, 124‑34, 148
África do Norte ­9, 103, 2­1, 2­8, 262, 26­, 3­­, Antuérpia 49­
368‑9, 374, 439, 4­0, 497 Aquiles 323
Agincourt, Batalha de 388, 416 árabes ­9‑63, 69, 111, 20­, 233, 2­7‑66, 271,
Agrigento 200 298, 302, 369, 383, 438, ­08, ­10
Ain Jalut 61, 280‑2 Ardrey, Robert 12­, 167
Ajnadain, Batalha de 263 Arene Candide 16­
Akhenaton, faraó 17­ Argélia 17, 6­, 8­‑7, 201‑2
Alamagordo 496 Argos 318, 330‑1
alanos 249, 2­2 arianos 211, 227‑8
Alarico 2­0‑1 Ariovisto 3­7
Albânia 438‑9 Aristóteles 21, 7­
Alemanha 6­, 67‑8, 200, 267, 304, 3­7, 3­9, armas de fogo 34, ­3‑4, ­7, 63‑4, 68‑74, 79, 96,
362, 371, 37­, 400‑1, 404, 409, 42­‑6, 43­‑6, 40­, 417, 422‑3, 428‑32, 43­, 444‑­, 474‑­, ­10
44­, 448, 4­9, 463, 467, 469‑70, 474‑­, armas nucleares 78‑ 9, 87, 89, 133, 49­,
478‑8­, 490‑1, 494‑6 499‑­02, ­12
Alepo 280 Arménia 266, 280, 362, 364
Alésia 200, 3­7 Armínio 362
Alexandre, o Grande 30, 111, 200, 236, 241, Armstrong, William 406
2­8, 261, 27­, 303, 338, 340‑­, 3­­‑6, 364, 371, artilharia 29, 34, 63, 79, 98‑100, 402‑8, 417,
396‑7, 421, 4­7, 483, 486, ­09‑10 420‑­, 431‑2, 43­‑44, 449‑­3, 4­8‑60, 473,
Alexandre VI, papa 424 483‑4
Alfredo, o Grande 396 Ascalon, Batalha de 383
Alkmaar 426 Asdrúbal 3­­‑6
al‑Mansur 381 Ashur‑nasir‑pal 232
al‑Mu’tasim, califa 60, 26­ Ashuruballit, rei 228
al‑Muzt’asim, califa 280 Askut 197
al‑Nasir, califa 266 Asquith, Cynthia 478
Alp Arslan 266 assinboin, tribo 131
[532] uma história da guerra índice remissivo [533]

Assíria [assírios] 208, 228‑41, 244, 2­0, 2­8, Boers, Guerra dos ­2‑­, 2­3, 472 Châlons, Batalha de 2­2 da Vinci, Leonardo 424
288, 301, 313, 319, 349, 3­7, 362‑3 Bohemond 280 Checoslováquia 314, 481 Dácia 249, 2­1, 340, 362, 36­
Assur 228, 233 Bokhara 262, 274 cherta 110, 202, ­07 Dalton, Francis 126
Astecas 1­3‑61, 176, 28­, 441 Bonifácio, São 378 Chiang Kai‑shek 81, 84, 497 Damasco 264, 280
Atatürk 480 Bórgia, César 424 Chin 203, 27­ Dandolo, Doge 10­
Atenas 316, 319 Borgonha 2­1‑2, 369‑70, 37­, 382, 417, 429‑30, China 68‑9, 73, 77, 80‑1, 8­‑6, 101, 104, 110, 17­, Dário III 340
Ática 316 436 200, 202‑3, 211, 223, 226‑8, 242‑3, 246‑7, 249, Dário, imperador 341‑3, 397, 483, ­09, ­10
Átila 247‑­­, 274, 367, 37­, ­07 Borodino, Batalha de 28‑9, 37, 471 2­­‑7, 269‑73, 276‑7, 282, 28­‑7, 293, 344, 364, Darwin, Charles 121, 126
Atlanta 2­, 399 Bougainville, Louis Antoine de ­1 377, 396, 41­, 442, 490‑1, 497, ­0­, ­07, ­11 Dawkins, Richard 122
Atlântico, Batalha do 100, 103, 411 Breda 427, 449 Chipre 1­, 314, 369, 387 Deakin, sir William 82, 84
Augereau, marechal 4­7 Bredow, von 64 Chou, dinastia 224, 228, 23­ Deli 266
Augsburgo 37­‑6 Brenta, Batalha do Rio 37­ Churchill, Winston 479, 48­, 496 Delino, Batalha de 328
Augusto, imperador 3­9‑61, 36­, 369‑70 Breuil, H. 16­ cimérios 241 Delos, Liga de 33­‑6
Austerlitz, Batalha de 462, 483 Brune, marechal 477 Cipião, o Africano 347, 3­6 Demeunier 12­
Áustria 43, 3­4, 400‑1, 42­, 4­­, 460, 467, 472, búlgaros 10­, 2­6 Cipião, Cornélio 3­6 Demóstenes 338
481 Bush, George 90 Ciro, o Grande 319 desarmamento 72, 119, 133, ­00, ­02
Australopithecus 163 Byron, George Gordon (6.º barão) 30 citas 241‑­, 342 Gobi, Deserto de 243, 2­7, 27­
avaros 77, 206, 2­6, 261 Civita Castellana, forte de 424 Dien Bien Phu 160
Aiubida, dinastia 279‑80, 301 Cabos da Virgínia, Batalha dos 101, 103 Clair, William St. 31 dilectus, processo de selecção 3­0
Cairo 62‑4, 66, 264 Cláudio, imperador 361 Diocleciano, imperador 367
Babilónia 227, 232, 241, 343, 41­ caldeus 232, 234 Clausewitz, Carl von 21, 23‑9, 31‑3, 3­‑46, Diu, Batalha de 442
Babur 269, 4­2 Cambodja, Guerra Civil do 87 ­0‑2, 66, 68, Djerba, Batalha de 439
Bagdade 61, 261, 264‑­, 269, 279‑80, 283‑4 Camperdown, Batalha de 101, 103 7­‑80, 89, 1­­, 288, 291‑3, 306, 364, 462‑4, 486, Djilas, Milovan 82, 8­
Balaclava, Batalha de 29 Canas, Batalha de 3­­‑6, 471 488, ­04, ­11 dóricos 316
Balcãs 89, 10­, 109, 249, 2­6, 28­, 369, 382, canhão 40, 63, 66, 70‑3, 287, 40­‑7, 41­‑26, Clendinnen, Inga 1­4‑­, 160 Dorstadt 377
438, 4­0‑2 428‑31, 43­‑7, 440‑4 Clermont, Concelho de 381 Douhet 487‑9
Baldwin, imperador 10­ Caprarole 424 Clóvis 266 Duffy, Christopher 10, 28­
bárbaros 24, 76, 112, 204‑­, 217‑8, 22­, 249‑­0, Carlos II, o Calvo 373 Cnido, Batalha de 337 Dumouriez, general 4­9
2­6‑7, 270‑2, 286, 304‑­, 316, 330, 349, 3­9, Carlos Magno, imperador 20­, 2­6, 371, 373, Cnossos 314 Dunquerque 484
367‑71, 469 378, 404, 432 Colombo, Cristóvão 441
Baviera 302, 39­, 469 Carlos VII de França 34 comandos 1­4, 394, 409, 473 Eanatum II 186
Bayard, Pierre du Terrail 64, 434 Carlos VIII 34, 419‑20, 422, 423 compagnies d’ordonnance 34 eftalitas 2­6‑7
Baybars 62, 280‑2 Carlos, o Temerário 430 Comuna de Paris de 1871 41 Egipto 46, ­9, 61‑3, 6­‑7, 169, 174,180‑1, 184, 188,
Belgrado 83, 438, 4­1 carolíngios 316, 371 Constâncio 367, 369 197, 206, 211, 21­, 226‑9, 236, 238, 241, 262, 267,
Belisário 368‑9 carro de guerra 226‑9, 23­‑41, 2­8, 31­, 341 Constantino, imperador 10­, 2­8‑9, 366‑7 279, 280, 296, 313, 323, 331, 334‑­, 340, 342‑3,
Benedict, Ruth 127 Cartagena 347‑8, 3­6 Constantinopla (Istambul) 10­‑6, 2­1, 2­­‑6, 3­6, 3­9, 361, 366, 369, 383‑4, 432, 438, 492‑3
Benevento, Batalha de 34­ Cartago 332, 347‑9, 3­4‑6, 370, 374 262, 283, 302, 368, 383, 417, 438, 4­1‑2 Einstein, Albert 124, 49­
Berenger 37­ cassitas 188, 227‑8 Convenção de Haia ­01 El‑Amarna 17­
Berlim 3­, 80, 292, 401, 403, 482, 48­‑6 Çatal Hüyuk 173‑4 Convenções de Genebra ­01 elamitas 227, 231, 234
Berlin, sir Isaiah 76 cavalaria 1­, 24, 29, 34, 43, ­8, 60, 62‑64, 77, Cook, capitão James 48 Elis 323
Bernadotte, marechal 4­7 130, 14­, 172, 237, 241, 2­0, 2­2‑4, 261, 274‑­, Copenhaga, Batalha de 98, 101, 103 Epaminondas 337‑8, 343, 483
Berthier, marechal 292 278, 279, 281, 286, 292, 326, 328, 334, 338, Corinto 330‑1, 333, 33­‑6 equus caballus 212‑3
Bessières, marechal 477 340‑4, 349, 3­­, 361, 366, 369, 371, 374, 376, Córsega 3­­, 368, 374 Ericksson, Leif 149
besta 64, 384, 388, 428‑30, 432, 434 381, 383‑6, 388‑9, 394‑­, 397, 429‑32, 43­, Cossacos 27 Esarhaddon 232
Bicocca, Batalha de 432 444, 449, 4­0, 4­2‑3, ­10 Creasy 101 Escandinávia 374
Bigeard, coronel 160 cavalo de guerra 64, 130, 372 Crécy, Batalha de 388 escravos 26, 36, 46, ­7‑8, 60‑­, 77, 1­­‑8, 161,
Birmânia 497 celtas 314, 3­7, 434 Creel, H. 236 178, 18­, 200, 22­‑8, 241, 246‑7, 26­‑7,
Biskupin 199 Cem Anos, Guerra dos 387‑8 Cremona, cerco de 304, 422 283, 28­, 296, 316‑7, 331, 347, 3­6, 432, 439,
Bismarck, navio 100 centuriões 3­1‑3 Creso da Lídia 331 442‑3, 4­2, 46­
Bizâncio 2­6‑7, 260‑3, 266, 288, 344, 368‑9, Cerignola, Batalha de 432 Cresson, Batalha de 384 Esmirna Antiga 199
377, 383 César, Júlio 106, 201, 349, 3­3, 3­6‑9, 366, Creta 174, 228, 297, 314‑­, 317‑8, 369, 387 Espanha 2­, 101, 1­4, 199, 20­, 2­1, 2­8, 262,
Blake, almirante Robert 98 380, 433, 480 Crimeia, Guerra da 29, 297, 406 264‑­, 28­, 302, 3­2, 3­­‑7, 3­9, 368, 371, 377,
Blenheim, Batalha de 4­0 Ch’in, dinastia 270 cristandade 22, 73, 77, 266‑7, 378, 381‑3 381‑2, 386, 394‑6, 398, 420, 422, 424, 427,
blitzkrieg 106‑7, 2­4, 283, 422, 483‑9, 494 Ch’ing, dinastia 287 cristianismo 72, 266, 371, 38­ 43­‑9, 442, 4­3, 4­­, 460
Boas, Franz 127‑8 Chagnon, Napoleon 13­, 138‑40 cruzadas 267, 278, 28­, 383, 38­, 388, ­10 Esparta 30­, 318‑9, 326, 330‑8, 340, 343
[534] uma história da guerra índice remissivo [535]

Estaline, José 233, 477, 48­ Gerasimov, Sergei 83 Harris, marechal do ar Arthur 490 Índia 17, 77, 98, 101, 104, 174‑­, 197, 200‑1. 213,
etruscos 34­ Géricault, Jean 84 Harris, William 347‑8 223, 227, 242, 2­6‑7, 262, 269, 271, 282, 341,
Evans‑Pritchard, Edward 129 Gettysburg, Batalha de 467 Hassing, R. 1­­ 344, 273, 396, 442‑3, 4­1, 4­3, 467, 493
Extremo Oriente 100, 248, 271, 387 Gibbon, Edward 366 Hastings, Batalha de 380 Indo, Vale do 172, 178, 180, 188, 211, 226, 228, 397
Ezequias, cerco de 234 Gilgamesh, rei 18­ Hattin, Batalha de 384 Indochina 8­‑6, 271, 497
Glorioso Primeiro de Junho, Batalha do 99 Hayek, F. A. 2­ Inglaterra 13, 70, 98, 169, 19­‑6, 202, 207, 293,
Fábio Máximo 3­­ Gneisenau, general 37 Heitor 323, 433 304, 377, 382, 387, 39­‑6, 40­‑6, 426, 43­,
Fairbank, John King 28­ godos 10­, 249‑­1, 2­3‑4, 2­8, 261, 367, 369 Helvécios 3­7 437, 443, 4­3‑­
falanges 304, 320, 322, 32­‑6, 337, 338, 340, Leyte, Batalha do Golfo de 103 Henrique IV 380 Irão 176, 211, 217, 227, 229, 231, 241‑2, 262
34­‑6, 348, 38­, 388, 431, 433, 44­ Golfo, Guerra do 9, 10, 17, 88 Henrique, o Passarinheiro 37­‑6 Iraque ­9, 6­, 87, 162, 172, 176, 187, 211, 232, ­03
Farajallah 6­ Golikov, general 107 Herbert, A. J.120 iroqueses 131
fenícios 199, 231, 334, 3­4 Gotland 170 Heródoto 323, 327, 332 Isaac, Benjamin 202
Ferrill, Arthur 167, 169, 170 Grã‑Bretanha 13‑4, 80, 98‑101, 174, 199, 201, hicsos 211, 227‑9, 238 Islândia 377
feudalismo 3­, 70, 300‑1, 373 294, 303, 306, 348, 3­1, 3­­, 3­7, 362, 36­‑6, Hidetada 72 Isócrates 2­8
ilelenismo 30‑1, 67, 263, 292 376, 39­, 400, 404, 409, 460, 467, 474, 479, Hideyoshi, Toyotoi 70, 72 Israel 229, 2­9
Filipe da Macedónia 338, 340, 3­2 481‑2, 48­, 488‑90, 494 hititas 227‑8, 239, 312 Isso, Batalha de 200, 341‑2
Filipe V da Macedónia 3­­ Graciano, imperador 249 Hitler, Adolph 237, 292, 422, 470, 479‑90, Istemi Khan 2­7
Filipinas 72, 108, 442 Graco, irmãos 3­8 493‑­ Itália 104, 16­, 200, 20­, 248, 2­0, 2­2, 2­4,
Finisterra, Batalha de 99 Grande Exército 28, 44, 291, 293, 462 Ho Chi Minh 84, 86, 271 267, 306, 34­‑7, 349, 3­2, 3­­‑7, 368‑70,
Finley, M.I. 236‑7 Grande Muralha da China 110, 202‑3, 242, Hoche, general 4­9 374‑7, 382, 387, 396, 419‑20, 422‑­, 433‑6,
Firizzano, castelo de 419 364, ­07 Holanda 101, 426‑8, 43­, 4­9 438, 4­8‑9, 467, 478, 480, 482, 484, ­10
Florença 2­1, 419, 424, 464 Granico, Batalha do Rio 200, 341‑2 holandesas, guerras 436, 449 Ivan, o Terrível 26
Fontenoy, Batalha de 4­0 Great Harry 441 Homero 42, 228, 236, 31­‑6, 323
Fornovo, Batalha de 420 Grécia 30, 84, 101, 109, 111, 174, 200, 228, 236, Homo erectus 163‑4 janíçaros 46, 283, 4­1‑2
fortaleza ­0, 70, 191‑7, 200, 202, 20­, 207‑8, 249, 2­1‑2, 304, 314‑­, 318‑23, 331, 334, 336, Homo sapiens sapiens 162, 16­‑6, 174, 212 Japão 73‑­, 101, 103, 269, 287, 400, 490‑4
232, 274, 366, 424‑8, 439, 4­4, 460, 491 338, 340, 343, 34­, 349, 3­6, 36­, 370, 387‑8, hopis do Arizona 323 Jebel Sahaba 169
fortiicação ­0, 110, 112, 188, 191‑6, 199, 207‑8, 433, 439, 488 Howard, sir Michael 34, 38 Jena, Batalha de 28, 462
364, 417, 422‑6, 439 Gregório VII, papa 380, 381 Hsia ocidental (tangutes) 272, 274‑ ­ Jericó 173‑4, 191, 194‑­, 199, 206
Fox, Robin 12­ Gribeauval, Jean 406 huaxtecas 1­8 Jerusalém 207, 234, 267, 278, 281, 381‑4
França 11, 34, 38, 43, 4­, 70, 86, 98, 101, 106‑7, Gronelândia 104, 377 Hülegü 277‑81 Jiddah 441
192, 200, 202, 206, 2­4, 262, 267, 302‑3, Grotius, Hugo ­01, ­03 Hungria 249, 2­1‑3, 2­6, 269, 362, 366, 378, Nassau, João de 448, 4­3
306, 319, 370‑1, 374‑­, 377, 382‑3, 387, 39­, Grouchy, marechal 4­8 387, 400, 4­0‑1 João, rei 207
400‑1, 406, 417, 419‑20, 422, 424, 43­, 438, Guderian, Heinz 481 hunos 8, 77, 10­, 219‑20, 244, 246‑­3, 2­­‑6, Johnson, Dr. Samuel 216, 294
447‑8, 4­­‑6, 4­8, 460, 467, 471, 47­, 478, Guerra Civil Americana 398‑400, 471 274, 277, 367, 369, 376 Jourdan, marechal 4­7, 4­9
482, 484, 486, 494, 497 Guerra Civil de Espanha 302 huronianos, tribo 1­3‑4, 323 judeus 2­8, 362
Franco, general Francisco 302 Guibert, conde de 4­8 hurrianos 188, 227‑9 Jugoslávia 9, 10, 80, 82, 84‑6, 488
francos 2­2, 266, 371, 373, 37­, 378, 478 Guicciardini 420 Huxley, Aldous 298 Juliano, o Apóstata 2­0, 261, 367
Frazer, sir James 127 Guilherme, o Conquistador 380 Hysiae, Batalha de 318 Jung, Carl G. 21
Frederico I, imperador (Barbarossa) 20­ Guilmartin, John 98, 22­, 439 Justiniano, imperador 368
Frederico II 302 Gurganj, cerco de 274 ianomâmis 13­‑7, 139‑43, 148, 162, 168, 170 Justino II 2­7
Frederico, o Grande ­1, 302, 30­, 386, 4­8 Gurkhas 303 Ibn Khaldun 298 Jutland, Batalha de 101, 103
Freud, Sigmund 21, 124, 129 Gustavo Adolfo, rei da Suécia 44­ Ibn Zabul 64
frígios 228 gutis 188, 227 Idade da Pedra 47, 117‑9, 136, 146, 16­‑6, Kamatari, Jujiwara 69
funcionalismo estrutural 128 168‑73, 213‑4, 217, 314, 404 kamikaze 6­
Haarlem 426 Idade do Ferro 199, 311, 313, 324 Kant, Immanuel 23
galés 98, 99 Habsburgos 10, 110, 202, 292, 387, 42­, 429, Idade do Gelo 166, 169‑72, 212 Kardelj 83
Gália 106, 204, 248, 2­1, 349, 3­­‑8, 366, 368, 438, 44­, 4­1, 4­8 Idade Média 221, 389, 423 Karlowitz, paz de 4­1
376, 396 Hale, John 448 Ieyasu, Tokugawa 70, 72 Khair ed‑Din, almirante 438
Gallipoli 47­ Hall, W.E. ­01 Ilha da Páscoa 46‑­2 Khalid 263
Gardner 408 Hallstatt, cultura 313‑4, 433 imperialismo ­6, 288, 348, 467 Khiva 39­
Gaugamela, Batalha de 200, 236, 341‑2, 483 Hamburgo 490 Império Antigo 229 Khmer Rouge 87
Gelimer 369 Hamurabi 211, 227 Império Médio 181, 182 Khwarazamianos 27­
Genghis Khan 61, 111, 2­4, 269, 272‑7, 282, Han, dinastia 247, 2­6, 272 Império Novo 181‑3, 228‑9, 239, 371 Khyber Riles 197, 199
284‑­, 300 Hanson, Victor Davis 109, 320, 322, 326, 329, incas 28­, 441 Kiersey, Capitulação de 373
Génova 438 332, 388, 433 Independência, Guerra da 30, 67, 84, 263 Kiev 107, 489
[536] uma história da guerra índice remissivo [537]

Kitbuga 280‑1 Malta 424, 439 Mícale, Batalha de 334 nervianos 3­3
Kluck, von 39­ Malthus, Thomas Robert 294 Micenas 31­‑6 Nettuno 424
Krupp, Alfred 407 mamelucos 46, ­7‑8, 60‑8, 2­­, 2­7, 264, 281‑3, Midway 100‑1, 103, 494 Ney, marechal 4­7
Kublai Khan 269, 277, 282, 286 296, 300, 383, 432, 438, 444, 4­1, 492, ­08, ­10 Miguel Ângelo 424 Nezib, Batalha de 67
Kuwait ­03 Manchu, dinastia 243‑4, 272, 293 Miguel VII, imperador 267 Nice 438
Manhattan, Projecto 49­ Mihailovic, Draga 82 Nicolau I, czar 27, 108
La Spezia 419 Mantineia, Batalha de 337‑8 Milch, general Erhard 484 Nilo, Batalha do 98‑103
Labaume, Eugène 29 Manzikert, 266‑7, 381 milícias 197, 271, 293, 30­‑9, 367‑9, 4­4‑6, 480 Nimrud 228
Lamarck, Jean Baptiste 121 Mao Tsé‑Tung 80‑1, 84‑6, 109, 263, 271, 497 Mílvia, Batalha da Ponte 2­8 Nínive 228, 231‑2, 241
Langemarck, cemitério 470 Maomé, profeta ­8‑9, 111, 2­9‑62, 264‑­, 378, Ming, dinastia 204, 282, 286‑7 Nizam al‑Mulk, vizir 266
Latifau 12­ 486 minóicos 200, 228, 31­ Nobunaga, Oda 70‑1
Lattimore, Owen 203, 223‑4, 226 maoris 147‑­1, 162, 192 Minsk 489 nómadas 27, 110, 202‑4, 218‑2­, 242‑8, 2­­,
Lautier, R. 16­ Maquiavel 30­, 430, 462 Mitrović, Golub 84 261, 266, 270‑1, 277, 283‑6, 297, 323, 343,
Leão I, papa 2­2 Mar de Coral, Batalha do 494 Mogol, Império 269, 442, 4­2‑3 349, 373‑7, 382, 39­, ­08‑10
Leão III, papa 371, 380 Maratona, Batalha de 332, 334 Mohacs, Batalha de 138 Nordenfeldt 408
Lech, Batalha do Rio 376 Marco Aurélio, imperador 362 Moltke, general Helmuth von 42, 46, 66‑8 Normandia [normandos] 19­‑6, 293, 377,
Lefebvre, marechal 4­7 Marco Polo 2­2 mongóis 61, 69, 77, 103, 111, 213, 219, 223, 380‑2, 417
legionários 201, 346, 3­2, 3­7‑9, 363, 433 Marengo, Batalha de 483 244‑­4, 269‑88, 300, 347, 349, 492 novos hebridenses 131
Lenine, Vladimir Ilyich 39, 473 Marignano 430‑1 Montgomery, marechal de campo Bernard Núbia 169‑83, 196‑7, 202
Leninegrado (São Petersburgo) 107, 488 Marignano, Batalha de 430 (depois 1.º visconde) 102 numidianos 323, 36­
Leónidas, rei de Esparta 333 marings 142‑8, 162, 168, 170, 192 Morosini, Francesco 302
Lepanto 98, 101, 103, 439, 440 Mário, cônsul 3­8 Moscovo 2­‑7, 107‑8, 288, 292, 471, 488 Obermaier, Hugo 169
Lepanto, Batalha do 98, 101 Maritz, Jean 40­ mosqueteiros 63‑4, 71, 427, 439, 444‑6, 4­0, Offa, dique de 202
Leuctra, Batalha de 337, 343, 383 Marj Dabiq, Batalha de 63, 6­ 4­8, 473 Olduvai, desiladeiro de 163
Leuthen, Batalha de 4­0 Marj’Ayyun, Batalha de 384 Mu’awiya, califa 262 Olímpia 323
Leyte, Batalha do Golfo de 103 Marmont, marechal 4­8 Mueller, John 90 ópio, guerras do 287
Líbano 17, 88, 187 Marne 39­, 401, 472 Muhammed Ali 66‑7 Oppenheim 236
Líbia 201, 319, 487 Marselha, cerco de 422 Mujesinovic, Ismet 84 Orestes 368
Líbia, Guerra da 487 Mars‑la‑Tour, Batalha de 64 Muralha Antonina 110, 201 Orleães, cerco de 2­1
Licínio 10­ Martel, Carlos 371 Muralha de Adriano 19­‑6, 201, 3­4, 366 Ormuz, Batalha de 442
Liddell Hart, capitão Basil 77, 463 Marx, Karl 39‑41, 44‑­, 80, 86, 109, 29­, Muralha da China 110, 202‑3, 242, 364, ­07 Osaka, cerco da fortaleza de 70
Ligúria 349 462‑3, 486 Murat, marechal 477 Ostend 428
Ligustinus, Spurius 3­2 marxismo 39, 41, 86, 311, 463, 497, ­02 Mussolini, Benito 477, 480, 482 Oudinot, marechal 4­7
Lindisfarne, mosteiro de 377 Mary Rose 441
Lisboa, terramoto de 2­ Mauritânia 3­4, 36­ Nações Unidas, Organização das 90, ­02‑3 pacifismo 22‑3, 44
Litório 247 Maxim, Hiram 408 Nagasáqui 496 Paleolítico 16­, 182
Longa Marcha, A 8­‑6, 397 McCLellan, George W. 399 Nagashino, Batalha de 71 Palestina 1­, 16­, 237, 241, 263, 280, 386‑7
Lorenz, Konrad 124‑­, 167 McNamara, Robert 79 Napoleão Bonaparte 2­‑9, 37‑9, 44, ­1, 6­‑6, papagos, chefes 131
Luís XI 417 McNeill, William 111, 217, 240, 243, 24­, 294, 468 101, 208, 291‑2, 306, 398, 403, 4­3‑62, 471, pártios 261, 364
Luís XIV 202, 426, 449, 4­8 Mead, Margaret 127‑8, 131, 133, ­04 477, 483, 486 partizans 8­‑5
Luís XVI 4­4‑­ Meca 2­9‑60 napoleónicas, guerras 21, 2­, 292, 4­8, 462, 471 pastorícia ­3‑4, ­7, 113, 168, 171‑2, 176, 181, 188,
Luís, o Infante 37­ Medina, Batalha de 2­9 Nápoles 377, 419‑21 203, 214, 217‑26, 244, 283, 311, 36­
Luttwak, Edward 201, 36­ Médio Oriente 77, 187, 242‑4, 246, 2­3, 2­­, Naram‑sin, rei 187‑8 Pátroclo 323
Lützen, Batalha de 44­ 2­8, 261, 276, 282, 316, 332, 340‑2, 344, 3­0, Narmer, faraó 182 Pearl Harbor 100, 492, 49­‑6
3­7‑8, 424, 433, 480, ­10 Narses, general 121, 368‑9 Peloponeso 103, 303, 31­, 318‑20, 323, 333‑40,
Macedónia 10­, 111, 288, 314, 337‑40, 343‑­, Meguido, Batalha de 237‑9 Nassau, primos de 427, 448, 4­3 431, 438‑9
3­2, 3­­ Mehmet, o Conquistador 368 Navarino, Batalha de 101, 103 Péricles 336
magiares 34, 77, 206, 2­6, 37­‑8, 384 Mênis 181, 211 Nazarenko, Tatyana 84 Pérouse, La 48
Maginot, Linha 478, 482, 484 mercenários 27, 33, 299, 303, 464 nazis ­4, 292, 409 Perry, comodoro 71
maias 161, 441 Mesopotâmia 174‑88, 206‑17, 226‑7, 232, 236, Neandertal, homem de 16­‑6 Pérsia 31, 111, 186, 200, 236‑7, 241‑4, 2­0,
Maiden, castelo de 348 241, 248, 261‑3, 280, 331, 340‑3, 362, 396 Nedeljković, Raja 8­ 2­6‑8, 261, 274, 304, 319, 331‑4, 337, 340‑4,
Majoriano, imperador fantoche 368 Messénia 318 Nelson, almirante lorde 98‑9 3­0, 367‑9, 397
Malásia 14‑­, 103, 491, 497 Metauro, Batalha do Rio 3­6 Neolítico 166‑7­ Pevensey 196
Malik Shah 266 Metz, escola de artilharia de 449, 4­8 Nero, imperador 362 Picq, Ardant du 3­6
Malinowski, Bronislaw 128 México 1­4, 1­6, 441, 496 Nerva, imperador 362 Piggott, Stuart 200, 21­‑6
[538] uma história da guerra índice remissivo [539]

pinturas rupestres 166‑7 Revolução Russa 42‑­, 473, 489 seljúcidas 26­‑7, 301, 382 tártaros 273, 292
Pipes, Daniel 60 Rodes 438 Selous, Frederick 168 tchetniks 82, 84
Pirâmides, Batalha das 66 Ricimer 368 semai, tribo 168 Tebas 181, 197, 30­, 330‑1, 33­‑8,
piratas 73, 96‑7, 110, 176, 20­, 31­, 36­, 368, Roberts, J.M. 162, 164, 171 Semna 197, 199 Temístio 2­8
374‑7, 382, 439 Rochester, cerco de 207 Sennacherib, rei 231‑4 Temístocles 333
Pirro 34­ Roe, sir Thomas 4­2 Senuseret III, faraó 231‑4 Templários 386
Pisa 20­, 422 Roeder, capitão Franz 292 Sérvia 82‑3, 10­, 292, 387, 438, 4­1 Teodósio, imperador 10­, 2­0, 2­8, 367, 417
Plassey, Batalha de 4­3 Roma 16, 22, ­8, 97, 10­‑6, 110, 183, 19­‑6, Sérvio Túlio 34­ Terceira Guerra Sagrada 338
Platão 324 200‑­, 233, 236, 244‑61, 270, 288, 299, Sève, coronel 67 Termópilas, Batalha das 30, 337
Plateias, Batalha de 331, 334‑­ 304, 316, 344‑83, 386‑8, 394‑6, 398, 400, Sevilha 118‑9, 377 Teutoburg, Batalha da Floresta 3­4, 362, 471
Poggio Imperiale 424 402, 404, 420, 422‑3, 427, 433‑4, 438, 44­, Shaka ­4‑7, 182 teutónicos, povos 196, 2­1‑2, 349, 367, 386,
Poitiers, Batalha de 371, 388 448‑9, 471, 476, 480, ­00, ­10 Shang, dinastia 200, 211, 226‑8 433, ­10
Políbio 207, 347, 462 Rommel, marechal de campo Erwin 103 Shelley, Percy Bysshe 31 Tiger, Lionel 12­
Polinésia 47‑­2, 131, 147, 149 Rómulo, imperador 368 Sherman, general William Tecumesh 2­ timúridas 347, 349
pólvora 26, 34, 62‑4, 68‑74, 96‑7, 130, 149, Roosevelt, Franklin D. 49­ shimbara, rebelião 73 Tito Lívio 3­1
174, 194, 206‑8, 274, 282, 291, 301, 389, 393, Rousseau, Pierre 76 Sicília 19­, 200, 319, 332, 336, 3­4, 368, 374, Tito, marechal Josip Broz 80‑4, 86
403‑7, 411, 41­, 417, 420, 428‑36, 444‑­, rota da seda 246, 262 377, 382, 439 Tolstoi, Leão Nikolaievich 27, 3­
473‑6, 491‑2, 496, 498, ­01, ­10 rota das especiarias 441 Siegen, schola militaris 448 Topkapi, Palácio 222, 246
Portugal 2­, 63, 70, 72, 98, 424, 441‑3, 497 Royal Military Academy of Sandhurst 10, Singapura 160 Toulouse, Batalha de 247
povos equestres 81, 191, 241‑66, 269, 273‑9, 14‑6, 449 Siracusa 336 Trabanters da Baviera 302
283‑4, 287, 298, 300, 316, 393 Rusa, rei 23­ Síria ­9, 67, 110, 176, 187, 228‑9, 238‑9, 262, Trafalgar, Batalha de 98, 101, 103, 443, 460
Preveza, Batalha de 438 Rússia 26, 37, 42, 44, 100, 107‑8, 277, 299, 387, 278‑81, 334, 340, 3­4, 3­6, 3­9, 366, 369, Trajano, imperador 343, 362‑3
Primeira Guerra Mundial 13, 27, 43‑­, 77, 80, 401, 407, 409, 424, 448, 4­­, 460, 467, 476, 382‑3, 386‑7 Trasimene, Batalha do Lago 3­­
100, 124, 129, 160, 307, 402‑3, 409, 463‑4, 480, 48­, 488, 493‑4, ­02, ­0­ Skidi Pawnee, tribo, 1­3 Tratado Geral para a Renúncia da Guerra
469, 472‑3, 477‑83, 487, 490, ­01, ­11 Smail, R.C. 388 (Pacto de Paris) ­02‑3
Próximo Oriente 172, 176, 266, 281‑2, 313, Sa’adat Muhammed, sultão 64 Smith, Adam 40 Tremouille, Louis de la 434
323‑4, 3­8 sacrifício 23, 38, 80, 90, 112, 1­4, 1­6, 1­8, 160, Smith, Gertrude 236 Três Dias, Batalha dos 443
Prússia 3­‑9, 42‑3, ­1, 67, 269, 291‑2, 302, 30­‑6, 182, 228, 333, 480, 484, ­03 Smolensk 48 Tricameron, Batalha de 368
386, 39­, 400‑3, 448, 4­­, 4­8‑63, 473 Saddam Hussein 9, 262, Sociedade das Nações ­02‑3 Trieste 16­
púnicas, guerras 200, 347‑­­ Saguntum, cerco de 3­­ Sócrates 2­8, 328 Trinta Anos, Guerra dos 426, 428, 44­‑7, ­03
Pylos, palácio de 31­ Saladino 267, 278‑80, 28­, 384, Somme, Batalha do 22­, 394, 404, 472, 47­ Tróia 144, 228, 31­‑6, 323, 329, 433
Salamina, Batalha de 101, 103 Soult, marechal 4­7 Truman, Harry, S. 496
Qadesh, Batalha de 239‑40 Samarcanda 77, 262, 274 Special Air Service (SAS), regimento 302 Tsushima, Batalha de 101, 103
Qadisiyah, Batalha de 261‑3 samnitas 34­ Spitzbergen 104 Tucídides 32­‑8
Quebeque 4­4 Samurai 29, 46‑7, 6­, 68‑72, 74‑­, 287, 296, Srednij Stog, cultura 213 tungu 243
Queroneia, Batalha de 338 300, 442, 492 Stanwix 366 turcos 30‑1, 46, 60‑3, 67‑8, 73, 77, 83, 202, 219,
Quiberon, Batalha da Baía 99‑103 San Giovanni, fortaleza de 420 Stilicho 2­0‑1 222, 244, 246, 248, 2­­‑8, 26­‑7, 273‑82, 286,
Qutuz, sultão 281 Sangallo, Antonio da 424 Stimson, Henry 496, 499 288, 292, 302, 349, 369, 37­, 381‑3, 387, 417,
Sansom, G. B. 74 Suécia 376, 377, 44­, 4­7 437‑40, 4­1, 47­, 480, 487, 492, ­08, ­11
Radagásio 2­1 Santa Liga, Guerra da 420 Sui, dinastia 270‑1 Turner, Frederick Jackson 203
Ramsés II, faraó 182‑3, 239 Santo Agostinho de Hipona ­00 Suíça 302‑4, 3­7, 388, 429, 431 Turquia 46, 67‑8, 10­, 173, 176, 178, 187, 19­, 213,
Ramsés III, faraó 96 Saragoça 199 Suleiman, o Magníico 438 227‑9, 262‑3, 266, 267, 47­, 480, 493, ­11
Rapaport, David 132 Sardenha 3­­, 368, 374 Suméria 172, 174, 176‑8, 180‑7, 196, 214, 220, Tutmés III, faraó 238
Ravena 369, 430‑1 Sargão da Acádia, imperador 18­, 187 288, 301, 307
Raydaniya, Batalha de 63, 6­ Sargão II 232, 240 Sun Tzu 271 Uedahara, Batalha de 71
recrutamento 27, 43‑4, 60, 83, 241, 26­, 271‑3, Sármatas 244 Sung, dinastia 23­, 272 Ur 180, 18­‑6, 214
346, 3­0‑1, 3­4, 3­9, 370, 380, 409, 4­0, 462‑4 sarracenos 34, 374, 377 Urartu 232, 23­
Reculver 196 Saxe, marechal de 31 T’ang, dinastia 69, 2­7, 270‑1, 364 Urbano II, papa 381
regimento 26‑7, 29, 32, 3­‑6, 42‑3, 46, ­1, ­4‑­, Scharnhorst, general 37 Taginae, Batalha de 369 Uruk 180, 18­, 214
64, 79, 86, 112, 130, 273, 292, 302, 340, 366, Sedan, Batalha de 403 Takashima 29
369, 429, 436, 446‑7, 4­7, 470, 473 Segunda Guerra Mundial 1­, 23, 37, 77, 100, Talas, Batalha do Rio 2­7, 262 Valens, imperador 10­, 249, 367
república francesa, primeira 39, 30­, 471 403, 409, 422, 464, 496, 499, ­12 Tamerlão 77, 111, 282, 298, 349, ­07 vândalos 191, 2­1, 368, 374
Requesens 426 Sekenenré, o Bravo, faraó 183 Tanais, Batalha do Rio 249 varegues 302, 4­8
Revolução Francesa 24, 36, 40, ­1, 7­‑6, 80, Seleuco 261 Tanzânia 163 Varro 3­­
88, 4­0, 4­­, 468, 477, 480 Selim I, sultão 63, 438 Tarawa 493 Vauban, marechal 426
[540] uma história da guerra

Vayda, Andrew 142‑­ Wei, dinastia 2­6, 2­7


Vegécio 394, 462 Weigley, Russel 88, 449
vénetos da Bretanha 3­7 Wellington, duque de 7­, 394, 396‑8, 460, 471
Veneza 10­, 2­2, 269, 297, 302, 387, 420, 426, Wendorf, F. 169
430, 438‑9, 448 Whittaker, C. R. 202
Vercingetorix 201, 3­7‑8 Whitworth 406
Verdun, Batalha de 472 Wilson, professor 236
Vermelho, Mar 63, 181, 201, 403, 441, 489, 494 Woolwich, Arsenal de 407
Versalhes, Tratado de 479, 481‑2
Vespasiano, imperador 362 Xerxes, imperador 2­9, 332‑4, 337
Vico, Giambattista 76 xógum 69‑72 O autor
Victor, marechal 109, 320, 388, 433, 4­7
Viena 77, 80, 201, 269, 283, 438, 444, 4­1, 479 Yakutsk 242
Vietname 17, 80, 86‑7, 133, 269, 467, 470 Yamamoto, almirante 491, 493
viquingues 34, 97‑8, 148, 206, 296‑8, 377‑8, 384 Yeomen of the Guard 302 John Keegan (n. 1934) é um dos autores que
Visby, Batalha de 170 Yoritomo, xógum 69
Vitória, rainha 269 Yorktown 4­4
mais contribuíram para a renovação da his‑
Vittoria, Francisco de ­01 Ypres 469 tória militar e para a imensa popularidade
Voltaire 76, 77 Ypres, Batalha de 470
Yuan, dinastia 269, 277, 286
de que este género goza actualmente na Grã‑
Wagram, Batalha de 46, 83 ‑Bretanha e em muitos outros países.
Waterloo, Batalha de 28, 403, 471 Zama, Batalha de 3­6 Docente na Academia Militar de Sandhurst
Weber, Max 148 Zulus 46‑7, ­2‑4, ­6‑8, 182, 299, 434
durante várias décadas, foi também profes‑
sor convidado da Universidade de Princeton
e do Vassar College, nos Estados Unidos da
América. Na década de 80, abandonou a
carreira universitária para se tornar corres‑
pondente (e depois editor) dos assuntos de
Defesa do jornal Daily Telegraph, cargo que
ainda mantém.
É autor de vários bestsellers internacionais,
dos quais poderíamos destacar O Rosto da Bata‑
lha (edição portuguesa 1987), The Mask of Com‑
mand (1987), The Iraq War (2004) e Espionagem
na Guerra (edição portuguesa 2006).
Ilustr ações: Carl von Clausewitz (Hulton Deutsch); Ilha da Páscoa (Barnaby’s Picture Library); Guerreiros Após a Guerra do Golfo (1991), recebeu a
zulus (Mansell Collection); Guerreiro mameluco (British Library); Batalha das Pirâmides (Robert Harding
Picture Library); Samurais japoneses (Victoria & Albert Museum); Navio de guerra romano (C.M. Dixon); Ordem do Império Britânico e em 2000 foi
Grande Muralha do China (G & A Loescher/Barnaby’s Picture); Futuro guerreiro ianomâmi (Sue Cunningham
Photographic); Guerreiros astecas (British Museum); Ramsés II (British Museum); Estela de Ur (British condecorado pela rainha Isabel II.
Museum); Muralha de Adriano (Barnaby’s Picture Library); Seti (British Museum); Guerreiros assírios (C.M.
Dixon); Assírios em combate (C.M. Dixon); Guerreiro sármata (Peter Newark’s Historical Pictures); Cruzados
(Peter Newark’s Historical Pictures); Elmo e couraça gregos (C.M. Dixon); Guerreiros hoplitas (Peter Newark’s
Historical Pictures); Batalha de Isso (C.M. Dixon); Centurião romano (Mansell Collection); Legionários
romanos (Mansell Collection); Cavaleiro franco (Robert Harding Picture Library); Guerreiros carolíngios
(Robert Harding Picture Library); Construção do caminho‑de‑ferro (M.A.R.S.); Primeiro canhão conhecido
(E.T. Archive); Primórdios do uso da pólvora (E.T. Archive); Escalada de muralhas (Hulton Deustsch); Fábrica
de pólvora (Mansell Collection); Great Harry (Mansell Collection); Manual de armas do século xvii (Mansell
Collection); Guerreiro zuavo (Mansell Collection); Janíçaros (Sonia Halliday); John Hawkwood (Mansell Collection);
Recrutamento militar (Mansell Collection); Trincheira do Somme (E.T. Archive); Bombardeiro Junkers 87
alemão (E.T. Archive); B‑17 (M.A.R.S.); Teste nuclear (Peter Newark’s Historical Pictures)

Você também pode gostar