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estava em apuros. Jax é um bad boy e Evan se sente como se ele estivesse
hipnotizado - especialmente quando a sua irmã o avisa para ficar longe do
motoqueiro. Evan tenta, mas é atraído para Jax de uma forma que ele não
entende plenamente.
Jaxxon Remus é o mais velho de seis irmãos. Ele é dono do seu
próprio negócio e atira sem remorso. Quando ele descobre quem é o seu
companheiro, Jax tenta protege-lo, assustando o ser humano para longe. Mas
Jax é determinado e não desiste, mesmo que ele tenha que perseguir o seu
companheiro, a fim de reivindica-lo.
Quando Evan é atacado, Jax fica em pé de guerra. Pior, um
assassinato ocorreu e alguém é preso pelo crime de Jax. Um preço é colocado
sobre a cabeça de Jax, e cabe a ele e os seus irmãos descobrir as coisas antes
que alguém receba a recompensa.
— Isso é estupidamente chato. — Evan disse enquanto olhava para
fora da grande janela. — Eu odeio lavar roupas.
— Bem, se você não esperasse até que tudo no seu armário
estivesse sujo, você não estaria aqui eternamente. — Disse a sua irmã quando
ela empurrou as roupas na máquina.
Evan não se importava tanto com lavar a roupa e sim com a espera
entre os ciclos. Não havia nada a fazer. A lavanderia nem sequer tinha uma
televisão, e por que parecia que cada pessoa estranha do bairro vinha lavar
quando ele estava lá?
Um cara parecia como se fosse uma relíquia dos dias em que um
cafetão usava um longo casaco de pele de onça, uma bengala e uma corrente
de ouro no pescoço. Estava quente como o inferno lá fora. Como ele estava
usando aquele casaco?
Um cara chegou com pelo menos sete grandes sacos de lixo cheios
de coisas, e algumas pessoas agiam como se o lugar fosse um parque,
permitindo que os seus filhos corressem gritando, batendo às portas da
máquina e pulando sobre as mesas dobráveis.
Evan tinha uma dor de cabeça bem forte.
— Eu vou lá fora.
Evan vivia há algumas quadras. Sua irmã vivia a duas portas abaixo
da lavanderia. A qualquer momento em que Evan precisava lavar a sua roupa,
ela vinha e ajudava. Essa era uma das coisas que amava sobre a sua irmã.
Mais parecido com lavar a sua roupa para ele. Quando ele tinha que
lavar a roupa, Evan jogava tudo em uma máquina. Beth separava tudo. Ela era
uma dádiva. Se não fosse por ela, todas as suas camisas brancas seriam
rosas, das toalhas de banho vermelhas que possuía.
— Eu vou sair para sentar com você uma vez que eu colocar o resto
das suas roupas na máquina.
— Obrigado. — Havia cadeiras do lado de fora, mas também havia
uma multidão de pessoas monopolizando o lugar, em pé e sentados, enquanto
eles conversavam e riam.
Evan decidiu caminhar até o final da calçada e inclinar-se contra a
cerca de arame que separava o estacionamento da casa ao lado. Deu-lhe
tempo para observar as pessoas e ficar mais longe daquelas crianças
barulhentas tanto quanto podia.
Seu bairro era divertido, para dizer o mínimo. Havia uma casa na rua
onde as pessoas mentalmente doentes viviam. Ele sempre sabia quando a
senhora com o chapéu de penas parava de tomar os seus remédios.
Normalmente calma, ela entrava em um discurso, falando para si mesma em
voz alta sempre que ela não era medicada. Evan sentia pena dos moradores
daquela casa. Eles eram forçados a sair após o café, não podiam voltar até o
almoço, e depois eram obrigados a sair novamente até que as luzes da rua se
acendessem.
Um carro da polícia passou zunindo pela rua, sirene estridente, e um
minuto depois, uma ambulância o seguiu. Havia uma loja de conveniência em
frente, carros no estacionamento, pessoas indo e vindo da loja. A música alta
podia ser ouvida de alguns desses carros quando um caminhão de bombeiros
passou por ele.
O clima mais quente sempre fez o bairro parecer mais vivo. A
primavera tinha chegado com uma vingança se apossando de tudo. O sol
brilhante estava quente na pele de Evan enquanto observava o tráfego na rua
principal. Um carro lavanda passava lentamente, a pesada música tocava
enquanto o motorista passava o seu olhar sobre Evan de uma forma que disse
que o cara estava interessado.
Evan deu ao homem as costas.
O carro seguiu em frente.
Ele se virou ao som dos roncos das motos. Deus, aquele som. Evan
adorava. Ele tinha montado na parte traseira de motos várias vezes enquanto
crescia, mas sempre tinha sido com um tio ou primo que havia lhe dado uma
carona. Pela primeira vez, ele adoraria que o motoqueiro fosse um menino
mau que não estava relacionado.
Nos seus sonhos.
As motos vieram rugindo pela rua, e Evan ficou com luxúria
instantânea. Os homens usavam bandanas ao redor da parte inferior do seu
rosto, a maioria era de cor única, mas a bandana do líder tinha uma mandíbula
do esqueleto. Parecia tão durão.
Havia seis homens ao todo, e cada um deles parecia que vivia em um
ginásio. Seus corpos eram definidos pelo que ele podia ver debaixo dos seus
casacos. Eles também tinham coxas grossas e mãos grandes agarrando o
guidão se é que era assim que era chamado. Evan não sabia nada sobre moto,
apenas que estava morrendo de vontade de andar na parte de trás de uma.
Eles passaram por ele, suas motos em várias cores e desenhos, mas
cada uma parecia que o trabalho de pintura era personalizado.
Ele suspirou pesadamente enquanto os observava, esquecendo-se
dos carros barulhentos do outro lado da rua, o sol brilhante o fazendo suar, e
os esquisitos na lavanderia atrás dele. Evan só tinha olhos para os seis
motoqueiros passando pela rua como se fossem donos da vizinhança.
O coração de Evan começou a bater mais rápido quando o cara
liderando fez uma inversão de marcha na rua. Por que ele estava virando?
Provavelmente para parar na loja. Pena que ele não estava se virando por
Evan.
— É melhor ir para o abrigo! — A senhora com chapéu de penas
gritou. —Esses ursos vão comê-lo vivo, esmagar seus ossos com os dentes! —
Ela gargalhou quando ela olhou para a calçada. — Eu fodi seu pai. Ele era um
cafetão!
Querido Deus. Evan sacudiu a cabeça.
— Corra, rapaz. Corra! Eles estão indo atrás de você. Você não pode
escapar dos macacos voadores!
A mulher se afastou. Evan observou por alguns segundos realmente
sentindo pena da senhora com o chapéu de penas. Seus pensamentos se
embaralharam quando uma moto parou no meio-fio em frente a ele. Os olhos
de Evan se arregalaram. Era o líder com a bandana de esqueleto sobre a
metade inferior do rosto. Ele tinha olhos surpreendentes azuis que lembravam
Evan do oceano tropical, forte contra os cílios escuros e cabelos.
Mais à frente, as outras motos tinham parado. Os homens estavam
sentados ali conversando um com o outro enquanto o seu líder sentava-se em
silêncio olhando para Evan.
O que ele deveria dizer? “Por que você está me olhando?” Mas ele
não disse isso. A voz de Evan tinha ido embora. Quando ele abriu a boca, tudo
o que saiu foi um guincho estrangulado. Claro, homens se aproximaram dele
antes, mas nenhum de tão bom aspecto como o estranho sentado na sua
moto.
O cara baixou a bandana de crânio para revelar o sorriso mais sexy
que Evan já tinha visto. Ele passou os olhos sobre Evan da cabeça aos pés,
calor líquido e puro radiante neles.
— Qual é o seu nome, luz do sol?
— Cafetão.
Evan. Estava. Mortificado. O aviso que a senhora do chapéu de penas
tinha dado atravessou a sua mente, e ele... oh merda. Seja qual fosse a
chance no inferno que Evan tinha tido com o cara tinha acabado de ir para
dentro do abrigo com o chapéu de penas.
O homem sorriu.
— Sério?
— Não.
Evan sacudiu a cabeça.
— Então qual é?
O cara se inclinou para trás enquanto mordia o lábio inferior. Seu
olhar estava colado no traseiro de Evan. Maldição, o homem era ousado. Ele
não tinha escrúpulos em deixar Evan saber exatamente o que estava na sua
mente.
Ele também era ainda maior de perto. E alto. Evan não poderia
realmente saber a altura do cara desde que o homem estava sentado, mas ele
parecia enorme. Musculoso também. Ele era o pacote completo, e tudo o que
Evan podia fazer era olhar para o homem como um bobo completo.
— Nome?
— E-Evan. — Evan enfiou as mãos nos bolsos de trás e se obrigou a
não olhar para a virilha do estranho. — O seu?
— Ele é meu amor criança. — A senhora com o chapéu de penas
disse quando ela caminhou até eles.
— Oi, Sra. Florença. — O estranho disse com um sorriso encantador.
Ele olhou para ela com simpatia com aquelas profundezas azuis.
— Você a conhece? — Perguntou Evan.
— Desde que ela era uma bela jovem.
Isso era impossível. A senhora com o chapéu de penas parecia ter
cerca de setenta. O cara não parecia ter mais de trinta anos.
A mulher se afastou novamente.
— Jaxxon. — O cara disse. — Mas você pode me chamar de Jax. — O
homem entortou o seu dedo. Evan foi como se estivesse sendo puxado por
uma corda invisível. Jax inclinou-se, passando um dedo pelo braço nu de Evan.
Ele estremeceu com o contato. — Eu prometo dar-lhe um passeio se você me
der o seu número.
Estava o cara falando sobre a sua moto ou sexo?
Evan nunca tinha estado mais desesperado por uma caneta na sua
vida. Ele se contentaria com um marcador, uma pena de tinta, um lápis, ou
mesmo um formão e uma laje de pedra para escrever sobre.
— Eu não tenho nada para escrever.
— Tem um telefone?
Duh. Evan puxou-o do bolso de trás. Jax o pegou da mão de Evan e
começou a digitar. O homem não tinha falta de confiança. Isso era certo. Evan
sentiu todo o seu corpo corar enquanto mordia o lábio inferior, observando
como Jax digitava.
— Eu coloquei o meu número no seu telefone. — Jax disse e então
piscou. O coração de Evan quase bateu para fora do seu peito ao flerte quando
Jax entregou o seu telefone. — Chame-me mais tarde, luz do sol.
Jax se afastou e juntou-se aos outros homens. Evan suspirou. Ele era
um pedaço.
— Você está louco? — Beth gritou enquanto andava através do
estacionamento, com as mãos abertas e olhos esbugalhados. — Você tem
alguma ideia de quem ele era?
Obviamente ela sabia.
— Não.
Ela jogou as mãos, um olhar de desespero no rosto.
— Esse era Jaxxon Remus.
— E porque eu deveria conhecer o seu nome?
Evan teve a mente abalada quando outro carro de bombeiros passou
zunindo, sirenes ligadas. Ele não tinha nada. Antes do homem se apresentar,
Evan nunca tinha ouvido esse nome.
Beth revirou os olhos.
— Às vezes eu juro que você vive em uma caverna. Você nunca
ouviu falar dos irmãos Remus?
— Me perguntando de uma forma diferente ainda não me fará saber
de quem você está falando.
Disse Evan. Ele estava bastante familiarizado com as pessoas do seu
bairro, mas ele nunca tinha ouvido falar dos irmãos Remus. Ele com certeza se
lembraria de alguém como Jax. O cara parecia tão porra delicioso que Evan
teria se masturbado com a imagem do homem, mais cedo se tivesse visto ele
antes de hoje.
— Ele é o proprietário da Creative Customs. — Disse ela, como se
isso ajudasse. E não ajudou. — É uma loja e oficina no lado sul.
Não admira que ele nunca tinha ouvido falar deles.
— Eu tento ficar longe dos bairros que comeriam um cara como eu
vivo, irmã.
Com um grunhido frustrado, ela balançou a cabeça.
— Ele é más notícias, Evan. Fique longe dele.
Mitchell, o namorado de Beth, morava no lado sul. O cara era um
canalha e dava em Evan todas as vibrações erradas sempre que ele estava por
perto. Tinha Beth o ouvido quando Evan sugeriu que ela se separasse do cara?
Não. Então, por que ele deveria ouvi-la? Seu gosto por homens indicava que o
seu julgamento de caráter precisava de uma revisão.
Era verdade que os motoqueiros eram estereotipados por serem
loucos, ilegais ou ambos. Ele se perguntou qual era Jax.
Deslizando o telefone no bolso, ele sorriu para ela.
— A roupa já está lavada?
Beth estreitou os olhos.
— Não mude de assunto assim, Evan. Prometa que vai ficar o mais
longe possível dele.
Ele não podia prometer isso porque Evan planejava ligar para Jax
quando chegasse em casa. Seria cedo demais? O cara disse para ligar mais
tarde, mas ele quis dizer hoje mais tarde ou apenas mais tarde, como em
poucos dias?
Ele descobriria isso quando ele não tivesse a sua irmã olhando para
ele.
Evan estremeceu quando Beth golpeou-o no ombro.
— Eu conheço esse olhar, Evan Winchester. Você vai ligar para ele,
não é?
Beth era uma pequena mulher, mas nada se os nós dos dedos ósseos
não doíam.
— Eu tenho roupas para lavar. — Evan a circulou e caminhou para
dentro. Sua roupa molhada estava em cima da máquina de lavar, lavando as
coisas de outra pessoa na máquina.
Deus, ele realmente odiava lavar roupa.
Desde que chegou em casa uma hora atrás, Evan tinha olhado para o
telefone que estava na mesa da cozinha. Ele guardou a sua roupa limpa, lavou
os pratos, varreu e esfregou, e fez qualquer outra coisa que ele poderia pensar
para atrasar o telefonema. Ele não queria parecer desesperado, mas ligar para
Jax era tudo o que podia pensar.
Ele foi até a geladeira para encontrar algo para jantar, mas parou. Ele
não estava com fome. Não havia mais nada que pudesse fazer para ocupar o
seu tempo, nada mais para tirar a sua mente fora do seu telefone.
Evan zapeou a televisão o Netflix, porque a cabo era muito caro e,
verdade seja dita, ele quase não assistia o suficiente para fazer esse tipo de
investimento, mas não havia nada que lhe interessava.
Videogames? Não, ele tinha encerrado o último e não tinha nada de
novo para jogar.
Domingos eram uma merda. Nunca tinha nada para fazer. Ele teria
chamado o seu amigo Hector, mas o cara estava no trabalho. Evan não tinha
muitos amigos. Ele não era o que as pessoas chamariam de borboleta social.
Ele praticamente ficava com sigo mesmo, o que o manteve fora de um monte
de problemas.
Beth uma vez tinha dito que Evan era tão ingênuo que ele era de ser
sequestrado, o que isso significa. Evan só gostava de ver o lado bom das
pessoas. O que havia de errado com isso?
Incapaz de suportar por mais tempo, Evan jogou o controle remoto
no sofá e pegou o telefone da mesa da cozinha. Ele olhou para o telefone como
se fosse magicamente lhe dar uma resposta. Ligue agora ou espere até
amanhã?
— Você tem um amigo, sua irmã e os seus pais. Você não tem uma
vida, e você não tem namorado — disse para si mesmo. — Não há nada de
errado em viver um pouco.
Ele pressionou o ícone para a sua agenda, e então a sua boca abriu.
Jax não tinha colocado seu nome no telefone de Evan. Ele simplesmente pôs,
“Apto a foder”.
Ele estava falando sobre si mesmo ou de Evan? Evan não tinha
certeza se ele deveria ficar insultado ou não. Oh, a quem ele estava
enganando? Tão bom como Jax parecia, o cara podia ser tão arrogante como
ele queria ser.
Seu dedo pairou sobre o botão de ligar, mas Evan estava com muito
medo de apertar. Em vez disso, ele desligou o telefone. E se Jax o usasse para
uma noite e, em seguida, o descartasse? Seria uma coisa ruim? E se fosse
algum tipo de brincadeira, e se quando Evan ligasse, fosse para algum tipo de
tele sexo? E se ele ficasse com Jax e o homem fosse apanhado com algum
material ilegal?
Evan andou pela cozinha, roendo as unhas enquanto mil perguntas
diferentes o atormentava. Jax era um motoqueiro, mas ele possuía o seu
próprio negócio. Isso era um plus. Jax parecia que podia estar envolvido em
algumas coisas sombrias, mas tinha um corpo assassino. Essa era também
uma vantagem. O cara andava com outros cinco homens. E se Jax quisesse
passá-lo ao redor? Esse era um ponto negativo do nível mais alto.
Merda. O que ele deveria fazer? Embora Evan muitas vezes se
imaginasse um aventureiro, ele não era. Imaginar que iria roubar um banco
para que ele pudesse rolar nu sobre o dinheiro, ou sair com bandidos, ou até
mesmo sair com uma estrela do rock era uma coisa. Realmente fazer era uma
coisa totalmente diferente. Evan andava na linha, porque o pensamento de ser
preso, mesmo que por um dia, o assustava para caramba.
Então, novamente, Evan poderia estar estereotipando Jax. O cara
podia ser bom e íntegro. Isso era no que ele realmente queria acreditar.
Certo, mantenha se dizendo isso.
Evan saiu da cozinha, deixando o seu telefone em cima da mesa. Ele
precisava pensar um pouco mais antes que ele tomasse uma decisão que
poderia fazer um buraco em um universo paralelo.
Ok, isso foi um pouco dramático, mas ainda assim, ele podia estar
abrindo uma lata de vermes melhor fechada e selada.
Sim, essa era uma melhor descrição da sua desgraça e tristeza.
Viu. Veja, Beth? Eu não sou tão ingênuo.
Tudo o que tinha a fazer era não ligar para Jax, e ele não teria que se
preocupar com os universos paralelos colidirem.
Ocupando uma cadeira na loja, Jax olhou para o telefone pela quinta
vez naquela noite. Por que Evan não tinha ligado? Tinha colocado o seu
charme, garantindo que o humano estava interessado, mas Evan não tinha
ligado. Jax tinha ainda verificado para se certificar de que não tinha
acidentalmente colocado o telefone no modo vibração.
— Mantenha-se olhando para o telefone e vou começar a pensar que
você e o seu celular estão namorando, — Hound brincou. — Por que diabos
você continuar olhando para ele de qualquer maneira?
Hound Dog estava intrigado. E deveria estar. Jax nunca esperou uma
ligação de ninguém. Ele nunca pegou um número, ou deu o seu, e em seguida,
colocava o pensamento fora da sua mente. Não dessa vez. Estava andando
com os seus irmãos quando um cheiro tinha batido nele como um punho no
seu estômago. Foi quando se virou, apenas para descobrir que o cheiro
maravilhoso pertencia ao humano perto do muro.
Nunca em um milhão de anos Jax tinha pensado encontrar o seu
companheiro apenas ali pela rua como se estivesse esperando por ele. E tinha
estado tão chocado que ele tinha arrancado, deixando Evan para trás.
Você fez alguns movimentos no seu dia, mas isso tinha que ser a
coisa mais idiota que você poderia ter feito. E se ele não ligar? Como você vai
encontrar o seu companheiro? Não é como se ele vivesse na lavanderia.
Jax resmungou.
— Foda-se, Hound.
Ele colocou o seu telefone no bolso, apenas para retirá-lo dois
minutos depois. Foda-se, se Evan não ligar logo, o urso de Jax iria à caça.
Rolando através dos seus contatos e, em seguida discou.
O telefone de Hound tocou. As sobrancelhas do seu irmão franziram
quando ele olhou para o telefone e, em seguida, para Jax.
— Por que diabos você está me ligando?
Bem, isso responde à questão de saber se o seu telefone estava
funcionando ou não. Pelo menos ligando. Jax guardou o telefone.
E tocou.
Ele puxou-o de volta tão rápido que o atirou através da sala e bateu
no chão, deslizando pelo cimento liso.
— Merda. — Jax saiu da sua cadeira e o recuperou. Quando olhou
para a chamada perdida, era sua mãe. Droga. Ligaria de volta.
— Por que você jogou o seu telefone?— Cruz perguntou quando
entrou na loja. — Com quem você está puto desta vez?
— Ele está saindo com o seu telefone — disse Hound. — Não tem
sido capaz de parar de olhar para ele durante as últimas duas horas. Se
começar a transar, dou o fora daqui.
Cruz cai na risada. Hound riu também. Jax fez uma careta para os
dois.
— Fiquem rindo vou lembrar a Mamãe por que ela deveria ter
comido os seus filhotes.
Blaze, um dos seus funcionários, empurrou uma chave de fenda no
bolso traseiro do seu jeans gasto enquanto se aproximava.
— Tenho o sistema de áudio instalado no Mustang.
E um dia mais cedo. Jax ficou impressionado. Tinha contratado Blaze
alguns meses atrás, quando Bruno decidiu não voltar depois da sua temporada
na reabilitação. Bruno era um inferno de um designer e detalhista, mas Jax
entendia que às vezes a vida levava uma pessoa em um caminho diferente.
Blaze era humano, não sabia nada sobre o mundo sobrenatural, era
de estatura média, com cabelo penteado para trás, preto e olhos azuis bonito e
Jax desejava que o cara fosse raspar o bigode ridículo. Ele era mais velho, em
algum lugar nos seus quarenta e tantos anos, e parecia uma relíquia de
Woodstock, mas o cara tinha habilidades loucas.
— Apenas certifique-se de que você guardou a maldita chave de
fenda — disse Jax. Desde que Blaze começou a trabalhar lá ferramentas
começaram a desaparecer. Ele não tinha certeza se Blaze era um ladrão, ou
esqueceu que a merda estava no seu bolso, ou se outro funcionário tinha
dedos pegajosos, mas se continuasse, Jax iria começar a questionar as
pessoas.
Blaze puxou a chave de fenda para fora e jogou-a sobre uma
bancada.
— Não estou pegando uma ferramenta de cinco dólares, chefe.
— A maldita coisa custa quarenta dólares, — Jax rosnou.
— Oh. — Blaze deu de ombros. — Acho que preciso trazer de volta a
cabeça chata também.
Jax apertou a ponte do seu nariz.
— Não me faça ir a sua casa para pegar as minhas coisas, Blaze.
— Não há necessidade. — O cara falou tão devagar, tão calmamente,
que Jax jurou que o homem estava elevado a metade do tempo. — Juro que
não têm qualquer outra coisa.
Agora, por que Jax não acreditou no cara?
— Vou enviar Cruz para a sua casa.
Blaze estendeu as mãos tão lentamente que era como se o ato levou
minutos em vez de segundos.
— Ok, eu poderia ter uma chave de impacto, também, bro.
— Como diabos?— Jax suspirou.
— Deve ter caído no meu bolso —, disse Blaze.
— Uma chave de impacto? —, Perguntou Cross, rindo enquanto
falava. — Você deve ter alguns bolas grandes...
— Elas correm profundo, bro. E correm bem profundo, — Blaze
disse, como se não tivesse ideia de como as malditas ferramentas
continuavam a segui-lo para casa.
— Preciso que você traga as ferramentas de volta —, Jax disse, já
cansado da discussão. — Você vai precisar de... — O telefone tocou. Jax
puxou-o do bolso, amaldiçoando que a parte de trás foi riscada da sua viagem
através do chão. Não reconheceu o número. Afastando-se de Blaze, ele
respondeu. — Olá?
A outra extremidade estava em silêncio. Jax saiu da loja, indo para o
seu escritório. Estalou os dedos e apontou para a porta quando viu Houston na
sua mesa.
Seu irmão olhou para ele, mas se levantou e saiu. Jax fechou a porta
atrás do cara.
— Olá?
— É-é Jax?
Jax sorriu enquanto se sentou na sua mesa e colocou seus pés para
cima. É Evan. E não tinha certeza por que ele suava. É claro que o seu
companheiro chamaria. A atração era uma coisa poderosa. Jax deveria saber.
Ele tinha estado pronto para ir atrás porque Evan lhe tinha deixado pendurado.
— Oi, luz do sol, — ele disse enquanto um largo sorriso se espalhou
pelo seu rosto. — Tem pensado em mim?
— Você realmente é arrogante, não é?
Evan perguntou como se realmente quisesse saber.
— Nada de errado com uma boa dose de confiança — Jax admitiu. —
Falando de doses saudáveis, você está pronto para ter o seu pequeno traseiro
bem aqui e ficar na minha cama?
Evan desligou.
Jax puxou o telefone longe e franziu a testa. Agora por que diabos
tinha o cara desligado? Tinha sido uma pergunta simples. Não tinha havido
nenhuma razão para obter suas calcinhas em um plissado.
Mas estava tudo bem. Jax tinha o número de Evan agora. Antes de
ligar para o seu companheiro, ele guardou o número no seu telefone. Quando
ligou para o ser humano, tocou duas vezes antes de Evan atender.
— Assustei você, luz do sol?
Evan desligou novamente.
Jax estava ficando irritado. Qual era a coisa do cara? Ele endireitou-
se e virou-se sobre as coisas na sua mente. Talvez Evan fosse tímido. Talvez o
cara não estivesse acostumado que alguém seja tão direto. Ou talvez ele
tivesse um tumor cerebral que o fez fazer coisas aleatórias, como desligar no
meio de uma conversa.
Jax tentou novamente. Quando Evan atendeu, ele disse, — Desligue e
juro que vou caçá-lo e bater no seu lindo traseiro.
— Você realmente precisa aprender a falar com alguém —, disse
Evan. — Não sou uma vagabunda que se joga em caras aleatórios. Aprenda a
falar comigo como se você tivesse bom senso e então talvez eu não vou
desligar.
Evan desligou novamente.
Jax sorriu. Seu companheiro tinha fogo. E gostava disso. Ele ligou
novamente.
— Você realmente é persistente.
— Onde você mora? —, Perguntou Jax. E duvidava que o cara fosse
dizer a ele, mas Jax era nada se não teimoso. Este era o seu companheiro, o
único cara destinado a ele, e embora Jax gostasse de jogar no campo de
flertar, essa merda estava cansando, rápido. Se Evan achava que continuar
ligando era ser persistente, em seguida, o ser humano não tinha visto nada
ainda.
— Não na sua vida, amigo — disse Evan. — Não estou dizendo a
você para que você possa vir e agir como um Neanderthal.
— Sou domesticado —, disse Jax. — Prometo.
Wyatt caminhou pela entrada de trás do escritório. Jax acenou para o
seu irmão mais jovem sumir. Wyatt revirou os olhos antes de sair, fechando a
porta atrás de si.
— Você com certeza não age como um —, disse Evan.
O que diabos eles estavam falando? Ah, sim, ser domesticado.
— Ok, então você não gosta de alguém ser tão para frente com você
— disse Jax. — Então por que não começar de novo?
— Hmm, não sei — disse Evan. — Você já me mostrou as suas cores
verdadeiras.
O urso de Jax rosnou, pronto para encontrar Evan e reivindicar o
cara. — Sou um homem de muitas faces — disse Jax. — Eu posso ser civilizado
e educado.
— Prove isso.
— Oi, Evan. Gostaria de dar um passeio na minha moto, ver o sol
nascer, e sair para um café da manhã? — Logo depois vou comê-lo pela
próxima semana?
— Vou pensar sobre isso —, disse Evan.
Jax esfregou a testa. Seu companheiro pode ter fogo, mas ele estava
começando a ser um pé no saco. E ele não tinha certeza se Evan sabia sobre o
sobrenatural. E desejou que o homem soubesse. Isso teria feito isso muito
mais fácil. Os seres humanos sempre queriam um encontro primeiro, ser
cortejado, e levado para jantar antes mesmo de considerar ter relações
sexuais.
Shifters? Eles sabiam que a pontuação e não tinha problema fazendo
sexo sem preliminares. Se Evan não fosse seu companheiro, Jax teria lavado
as mãos deste já.
— Olha, só quero ver você, ok? — Era a verdade. Por seu
companheiro, Jax iria em tom mais baixo. Ele nunca tinha sido um homem de
morder a língua, mas estava disposto a dar-lhe uma chance.
— Eu posso amanhã —, disse Evan.
Amanhã? Porra. Esperando que esse longo tempo não matasse Jax.
Ele queria ter as suas bolas profundamente em Evan esta noite.
— Amanhã está bom.— Jax deu ao seu companheiro o endereço da
loja.
— Vejo você amanhã. — Evan desligou.
Maldição. Jax tinha estado mais preso nos últimos dez minutos do
que em toda a sua vida, e isso estava dizendo um monte desde que ele tinha
bem mais de cento e setenta anos de idade.
Foda-se. Ele não estava disposto a esperar. Levantando-se da mesa,
abriu a porta do escritório e gritou por Cruz.
Cruz estava caminhando do outro lado da loja, e no telefone. E
desligou antes que ele alcançasse Jax.
— E aí?
— Preciso que você faça aquilo que você faz com os telefones.
— Digite um número?
Jax rosnou.
— Não, idiota. Preciso que você encontre alguém para mim.
— Oh, que coisa.
Ele gemeu quando Beth entrou na sua casa, Mitchell bem atrás dela.
Evan não estava com disposição para qualquer porcaria, não depois da forma
como ele desligou na cara de Jax várias vezes. Evan não iria culpar o cara se
ele nunca ligasse de volta. Isso tinha sido estúpido, estúpido, estúpido. Tarde
demais para fazer qualquer coisa sobre isso agora.
— Diga-me que não ligou — disse Beth, deixando cair a sua bolsa
sobre o sofá. Ela virou-se para Evan, de braços cruzados, os olhos apertados.
Ela realmente era uma mulher bonita, quando não estava incomodando Evan.
Ela tinha longos cabelos castanhos que tinha a extensão das suas costas,
grandes e expressivos olhos azuis, tinha cerca de um metro e sessenta e oito
de altura, que era mais alta do que Evan e adorava usar brilhantes unhas
polonesas rosa.
Por que ela não poderia ter algo melhor do que Mitchell era uma
incógnita. Beth era linda e poderia obter qualquer homem que quisesse.
Porque se estabelecer com esse fracassado?
Evan bateu a porta atrás deles, rangendo os dentes. Mitchell se
encostou a parede, de braços cruzados, dando a Evan um olhar que não
poderia ser confundido com outra coisa que senão desejo. Evan realmente
odiava o cara. E uma vez tentou dizer a Beth que o seu namorado olhou para
ele de uma forma que disse que Mitchell pode não ser tão simples quanto
pretendia ser, mas ela riu e disse que Evan estava fora do seu juízo.
Ele não toma quaisquer medicamentos.
Beth estava tão longe de Mitchell que ela não conseguiu ver o
aquecido olhar que o cara deu a Evan ou estava alheia a eles. Duvidava que
ela fosse cega, mas, novamente, Beth nem sempre foi a ferramenta mais
afiada no galpão.
Se Mitchell era gay, por que estava com Beth? Evan nunca entendeu
homens enrustidos. E não os julgava, mas não havia nenhuma maneira que
negaria quem ele era.
— Diga-me que você não veio até aqui para me perguntar isso. —
Evan se moveu para o outro lado da sala, colocando a maior distância possível
entre ele e O Homem no Armário. Mitchell sorriu, como se soubesse
exatamente por que Evan havia se afastado.
Evan estava começando a desejar que tivesse aceitado a oferta de
Jax para se encontrar. Pelo menos ele não estaria preso ouvindo a sua irmã
tentar e dar-lhe um sermão e ser cobiçado pela fluência que ainda estava
olhando para ele. Ela precisava dar esse sermão para si mesma sobre Mitchell.
— Mitchell achou que deveríamos vir e verificar você —, disse ela. —
Não sou a única que se preocupa com o que acontece com você, Evan.
Se preocupa? Mitchell não se preocupa com Evan. Tudo o que o cara
queria era... Evan não tinha certeza do que Mitchell queria, mas era
definitivamente alguma forma de sexo.
— Você não deve se envolver com esses caras —, disse Mitchell. Ele
se afastou da parede e se dirigiu para Evan. Quando passou a dirigiu-se para a
cozinha, sua mão roçou o quadril de Evan. Evan se afastou, o que só fez O
Homem no Armário sorrir.
— Mantenha suas mãos para si mesmo, — Evan estalou. Ele
estreitou os olhos para o deslizamento, mas Mitchell não parecia perturbado.
Beth olhou entre eles. — O que você está falando?
— Acho que falar com aqueles motoqueiros deixou o seu irmão
nervoso —, disse Mitchell. Ele olhou para Beth. — Eu disse que precisávamos
vê-lo.
Beth virou-se para pegar algo da sua bolsa. Mitchell se inclinou, voz
baixa.
— Não jogue um jogo que você não pode vencer. Não importa o que
você diga a ela, ela nunca vai acreditar em você.
Evan se afastou e desejou que ele pudesse se atracar com Mitchell.
Não importa o quanto ele queria colocar o cara no lugar dele, Mitchell era
construído como uma casa de tijolo e iria esmagar Evan como um inseto.
Mitchell entrou na cozinha assim que Beth se virou, o telefone na
mão. — Eu amo você, Evan, mas se você chamar esse cara, estou dizendo a
mamãe e papai.
Ele sabia que Beth se importava, mas ela sempre foi sobre mostrar a
sua preocupação na maneira errada ameaçando chamar os seus pais. Tinha
sido assim desde sempre, e sempre tinha levado ele até uma parede.
Por que a tolerava? Por um lado, ele amava sua irmã até à morte. E
dois, ela sempre espancava os valentões que tinham escolhido Evan quando
eram mais jovens. Ela tinha sido a sua salvadora mais vezes do que gostaria
de lembrar, mas nada se ela não era uma dor real na bunda, às vezes.
— Não se atreva a chamá-los —, Evan avisou. Sua mãe teria um
ataque cardíaco, e o seu pai teria atingido o telhado. Seus pais não estavam
bem de vida, não possuía nada extravagante, ou tinham empregos que os
ajudaram a viver confortavelmente, mas eles fizeram bem dando aos seus
filhos uma educação, e eles eram pessoas decentes.
Se eles descobrissem que Evan mesmo tinha considerando falar com
Jax, ele estaria em apuros. Eles não se importaram, no mínimo, quando Evan
saiu para eles, mas com certeza se importariam se ele começasse a sair com
um grupo áspero de homens.
— Por que você não sai com aquele cara com quem trabalho? —
Beth perguntou quando apontou o seu telefone rosa para Evan. — Você sabe,
Drake.
Evan ouviu Mitchell tossir na cozinha. Pela primeira vez, ele
concordou com a fluência.
— Drake? — Suas sobrancelhas subiram. — Ele ainda vive com seus
pais, é alérgico a tudo sob o sol, e bufa quando ele ri. — Sem mencionar que o
cara parecia um redondo, pequeno porco-espinho. O cabelo do cara estava em
todos os lugares, e ele usava coletes e camisas. Evan gostava dos seus
homens corpulentos, sexy e vivendo sozinhos. — E você esqueceu uma coisa
importante, mana. Ele não é gay.
Graças a Deus por pequenos favores.
Ela torceu o nariz. — Não é possível caras fazerem um ao outro gay?
Evan bateu com a mão sobre o rosto quando Mitchell deixou cair
alguma coisa na cozinha. Vá em frente, O Homem no Armário. Diga a ela que
nascemos desse jeito, não importa o quão duro você tente escondê-lo.
— Pode uma mulher se transforma em lésbica? — Perguntou Evan.
Isso era irreal. Beth não era o pastel mais brilhante na caixa, mas ele não
achava que ela era sem noção.
Ela piscou para ele.
— Depende de quanto ela é linda.
Bem, ele calou a boca, agora não é? Outra coisa caiu na cozinha. Ou
Mitchell era o homem mais desajeitado que Evan conhecia, ou o cara estava
tendo um choque após o outro.
— Esqueça. Não vou a lugar nenhum perto de Drake.
— Ok, tudo bem —, disse ela, empurrando o seu telefone de volta na
sua bolsa pequena. — Mas não chame aquele cara, ok?
Mitchell saiu da cozinha, garrafa de cerveja na mão. Ele jogou o
braço sobre o ombro de Evan e deu-lhe um abraço brincalhão. Evan bateu o
braço do cara fora dele.
— Ela está certa, Evan. Não chame o cara. — Mitchell virou-se para
Beth. — Mas de ao seu irmão alguma folga. Se ele quer ficar só, o deixe.
Ele não gostou da forma como Mitchell tinha dito essa última parte.
Como se o cara tivesse interesse nele. Não nesta vida. Evan não brincava com
as pessoas ainda escondidas no armário. Além disso, o cara estava namorando
a sua irmã. Que nojo. Evan e Beth eram próximos, mas não tão próximos
assim.
Evan preferiria namorar Drake para o resto da sua vida do que deixar
Mitchell perto dele. É certo que o cara tinha um belo corpo, lindos olhos
cinzentos e um sorriso agradável, quando não era lascivo, mas a sua bizarrice
o fez pouco atraente aos olhos de Evan. Mitchell era um canalha. Pena que
Beth não poderia ver isso.
— Vocês dois, para fora. Tenho trabalho na parte da manhã. — Evan
realmente tinha amanhã de folga, mas eles não precisam saber disso.
Ele caminhou até a porta e abriu-a para eles. Beth parou no seu
caminho para fora para dar-lhe um beijo na bochecha.
— Eu amo você, Evan.
— Eu também te amo, mana.
Mitchell fez uma pausa e deu a Evan um olhar que o fez se sentir
sujo.
— Vou parar e verificar você amanhã.
— Eu prefiro ser devorado por uma matilha de lobos. — Evan bateu
a porta na cara do sujeito. Ugh, ele queria gritar. Depois de lidar com esses
dois, Evan queria ligar para Jax. Mas o cara veio demasiado forte, e na
verdade, issi dava medo a Evan. Ele nunca tinha lidado com alguém tão
atirado assim, e para piorar as coisas, Evan era tímido como o inferno. Ele não
tinha certeza se ele poderia lidar com alguém tão corajoso quanto Jaxxon
Remus.
Evan deixou-se cair no sofá, tentando encontrar algo na televisão que
iria pegar o seu interesse, quando uma batida soou na porta. Se fosse Mitchell,
Evan ia bater na cabeça do homem com uma frigideira.
Saindo do sofá e indo para a porta, Evan a abriu, pronto para mandar
O Homem no Armário se foder quando o ar deixou os seus pulmões.
Não era Mitchell.
Era Jax.
Jax estava na varanda de Evan, um braço apoiado contra o batente
da porta. Deus, ele parecia bom o suficiente para comer. A boca de Evan
encheu de água quando o seu coração disparou. O cara era sedutoramente
bonito e Evan queria um pedaço dele. Cabelo castanho claro, incríveis olhos
azuis, e era bem construído, também. Jax era o pacote dos sonhos.
E então ficou claro para ele. — Como você sabe onde eu moro?
Jax lhe deu um sorriso malicioso. O cara se endireitou, houve um
ranger de couro enquanto empurrava os polegares nos bolsos da frente. Agora
que o homem estava na frente de Evan, viu o quão alto Jax realmente era.
Vaca sagrada. O homem tinha que ter, pelo menos, uns dois metros de altura.
Evan tinha apenas um metro e setenta e cinco. A diferença de altura era
perceptível e sexy pra caralho.
— Tenho os meus caminhos. — Jax piscou para ele, aquele sorriso
perverso permanente.
— Você sabe como assustador é isso? — Não outro homem
assustador. Evan não conseguiria lidar com isso. Jax era lindo de morrer, mas
não era bonito o suficiente para Evan querer lidar com um louco.
— Vai me convidar ou deixar-me aqui de pé? — Jax olhou ao redor.
— Este não é o melhor bairro.
A mandíbula de Evan caiu. Isto vindo de um cara que vivia no lado
sul.
— Tenho certeza de que você está seguro na minha varanda. —
Evan agarrou a porta com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos.
— Sou eu quem deveria estar preocupado. Você só me perseguiu.
Apenas atrás de Jax estava a sua moto. Tinha estacionado na
garagem, atrás do Mazda surrado de Evan. Os dois veículos pareciam a Bela e
a Fera. A moto de Jax parecia digna de uma sala de exposições enquanto o
carro de Evan parecia pronto para o ferro-velho.
— Apenas o conheci, então você de alguma forma, descobrir onde eu
vivo, aparece sem ser convidado, e agora você quer que eu o deixe entrar?
Evan estava a segundos de bater a porta na cara de Jax.
Havia bandeiras vermelhas acenando em volta de Jax, bandeiras que
avisavam que Evan deveria bater com a porta e correr sem olhar para trás.
Não se importava que estivesse profundamente atraído por Jax. Evan
não se importava que parecesse como se tivesse conhecido o cara para
sempre, o que era estranho tudo sozinho. Não se importava que quisesse pular
nos ossos do homem. Jax o tinha caçado, assim como prometeu, e agora
estava ali olhando para Evan como se ele fosse o único com alguns parafusos
soltos.
— Seu ponto? — Perguntou Jax. — Chame isso de destino. — Ele
correu os dedos sob o queixo de Evan, seus olhos azuis cheios de fome. —
Chame isso do que quiser, luz do sol. Tudo o que sei é que, desde o primeiro
olhar em você, tudo o que posso pensar é em lhe fazer coisas muito ruins.
Se estivessem ao telefone, Evan teria desligado. Estava feliz que não
estavam no telefone. Estava com medo, e o seu corpo balançou a partir do
contato, a forma como Jax o olhou, e a necessidade crescente dentro dele,
mas não queria que Jax se afastasse.
Que loucura era essa? Insana. Evan nem sequer conhecia o cara. Não
devia ter sentimentos tão intrigantes por Jax.
— Desculpe, tenho que lavar o meu cabelo.
E começou a fechar a porta.
Jax empurrou a sua bota no caminho.
— Seu cabelo parece bem. Diga-me a verdade e juro que vou
embora.
O cara parecia sincero. Evan podia confiar na sua palavra? Seus
instintos disseram que sim, mas Evan era crédulo. Queria acreditar que Jax
não era um cara mau. Suspirando quando seus ombros caíram, abriu mais a
porta larga.
— Olha, é só que... — os olhos de Evan se arregalaram.
Era Mitchell estacionando no meio-fio?
Beth não estava com ele.
Que porra é essa? Como ele se livrou de Beth tão rápido, e porque
voltou?
Ao contrário do senso comum, Evan agarrou a frente da jaqueta de
couro de Jax e puxou o homem para dentro. Tinha que ter pego Jax
desprevenido, porque puxando-o para a frente não deveria ter sido assim tão
fácil, no entanto Evan estava feliz de ter sido. Bateu a porta, agarrou a mão do
homem, e tentou levá-lo para a cozinha.
— Uau, segure os cavalos.
Jax puxou sua mão livre. Olhou por cima do ombro, para a porta e,
em seguida, para Evan. Suas sobrancelhas se juntaram como se estivesse
tentando juntar as peças do quebra-cabeça na sua mente.
— O que está acontecendo? Você tem namorado?
Jax lhe deu um olhar assassino. Evan deu um passo para trás. Tinha
apenas puxado o diabo para a sua casa? Deus, o que estava pensando?
Mitchell. Isso era no que Evan estava pensando.
Não tinha ideia de porque o cara tinha retornado e não queria
descobrir. Mitchell poderia estar escondido no armário, mas tinha um grande
conjunto de bolas que mostrava sem o apoio de Beth. O que pensou que
aconteceria?
Jax acabou o seguindo, Evan estava feliz que o cara o seguiu, por
agora. Se ele iria se arrepender ainda ia ser determinado mais cedo ou mais
tarde.
Mitchell bateu na porta.
Evan saltou na frente de Jax.
— Não é ninguém. Vamos pegar uma cerveja.
Evan não queria beber. Tinha algumas garrafas na geladeira para
quando o seu pai vinha visitar. Neste ponto, beberia cada uma se mantivesse
Jax na cozinha e longe de atender a porta.
— É o seu namorado? — O olhar de Jax foi para a porta.
— Não, é o namorado da minha irmã.
Jax inclinou a cabeça ligeiramente.
— Então porque você parece como se estivesse prestes a se molhar?
Evan não achou que parecia como se estivesse entrando em pânico,
mas perto. Mitchell diria a Beth que o motoqueiro tinha aparecido. Beth iria
contar aos seus pais, logo após invadir a sua casa e constranger Evan além da
conta.
— Minha irmã não gosta de motoqueiros. — Evan deu meia verdade.
— Ele vai dizer a ela, e então todo o inferno vai cair.
Jax olhou para Evan, como se não acreditasse nele.
— Você tem certeza que é isso?
— Positivo.
Evan ficou lá com o coração batendo no peito, imaginando se Jax iria
atender a porta ou segui-lo para a cozinha. Correu atrás de Jax e começou a
empurrar o cara para a cozinha. Obrigado a foda que Jax foi.
— Vocês conhecem muitos motoqueiros? — Jax perguntou quando se
sentou à mesa. O conjunto de mesa de Evan era pequeno, um conjunto que
tinha comprado no Wal-Mart. O conjunto era de madeira, e a cadeira sob Jax
rangeu com o seu tamanho. Evan orava como o inferno que não entrasse em
colapso sob o homem.
— Não estava ciente de que estávamos namorando.
Evan pegou duas cervejas, Mitchell continuou a bater. Por favor,
deixe o homem ir embora. Entregou uma garrafa para Jax, que a pegou e
abriu a tampa.
— Estou interessado em você — Jax disse, torcendo a garrafa na
grande mão. — Vai manter-me como um pequeno segredo sujo da sua família?
O homem não parecia feliz com isso. Evan estava sete tipos de
confuso. Tinham acabado de se conhecer, o cara já estava falando sobre ser
mantido escondido da família de Evan. Fale sobre a todo vapor.
— Devagar, Jax — disse Evan. — Acabamos de nos conhecer. Que
tal dar um passo de cada vez?
Evan não tinha certeza se estava interessado em sair com o cara.
Não se importava com o que Jax disse. Deixar Jax conhecer a sua família era a
última coisa que Evan planejava fazer. Além disso, o cara não tinha o
perseguido?
Colocando a garrafa de lado, Jax se levantou. Puxou Evan perto e
beijou-o como se o mundo estivesse prestes a acabar. Suas línguas se
emaranharam, Evan gemeu, e Jax o puxou ainda mais perto. O homem era
hard-rock, e o corpo de Evan se sentiu como se estivesse pegando fogo. Seus
pensamentos ficaram confusos quanto se sentiu endurecer.
O que Jax estava fazendo com o seu corpo? Evan não tinha certeza,
mas o contorno rígido na calça de Jax disse que o homem tinha um pacote
bem dotado. Então, novamente, Evan não esperava que Jax fosse pequeno
nesse departamento, comparado com a sua altura. Isso teria sido um crime
em si, ter Jax falhando nisso.
Mas ele não era, e Evan não tinha certeza de que poderia tomar esse
grande pênis no seu corpo. Será que queria descobrir? Claro que sim, mas não
iria se curvar e implorar. Não era assim tão fácil.
Ainda assim, seus dedos curvaram quando agarrou os bíceps de Jax,
sem saber se deveria se afastar ou manter-se beijando o cara. Jax inclinou a
sua boca e aprofundou a sua língua, e Evan sentiu-se tonto.
Se o beijo de Jax era assim ou qualquer coisa perto, o homem seria
um deus na cama. Uau! Não. Evan não ia pensar nisso. As coisas já estavam
se movendo muito rápido. Precisava encerrar essa linha de pensamento, antes
que descarrilhasse e fizesse algo estúpido.
Como pedir ao homem para transar com ele.
Jax beliscou Evan no seu lábio inferior, o mordendo. Evan estava
chocado que gostou. Demais. Quebrou o beijo, sentindo-se como se os seus
pulmões estivessem com fome de oxigênio. Ofegava enquanto lambia os
lábios, olhando para Jax, que parecia estar lutando pelo controle. Os olhos do
homem estavam fechados, e estava dando respirações profundas.
— Foda-se, luz do sol. — Jax tentou beijá-lo novamente, mas Evan
se arrastou. Se não parasse agora, iria implorar para Jax fode-lo na mesa da
cozinha.
Mitchell tinha finalmente parado de bater, e Evan esperava como o
inferno que o cara tivesse ido embora. Uma complicação de cada vez, por
favor. — Devagar, cara grande. — Evan deu um tapinha no peito de Jax.
Jax pigarreou e esfregou a mão no rosto.
— Você está pronto para um passeio na minha moto?
Evan sentiu-se embriagado. Cambaleou um pouco quando deixou Jax
se movimentar. Nunca tinha sido beijado sem sentido antes. Quando tentou
virar e ir embora, Jax agarrou o cinto de Evan e virou-o.
— Sei como você se sente, sol. Aquele beijo foi no ponto.
Como poderia o homem saber como Evan se sentia? Jax
provavelmente tinha beijado uma tonelada de pessoas, enquanto Evan poderia
contar em uma mão quantas vezes tinha sido beijado. Patético mas
verdadeiro.
— Duvido — disse Evan. Seu corpo ainda estava cantarolando
daquele beijo. Evan tentou limpar a sua mente, tentou se concentrar, mas era
difícil de fazer quando Jax estava tão perto, seu perfume masculino invadindo
os pulmões de Evan.
— Você é diferente.
Claro que era. Era mais do que provável que Jax disse isso, para cada
pessoa que tentou foder. Evan decidiu, nesse segundo que não ia ser mais um
entalhe na cabeceira da cama do homem. Se Jax quisesse dormir com ele, o
cara teria que trabalhar para isso.
Olhando por cima do corpo sexy de Jax, Evan esperava que pudesse
manter essa decisão.
Vamos para um passeio, ele disse. Vai ser divertido, ele disse.
— Isto não é lento!— Evan manteve-se agarrado a Jax, temendo por
sua vida. Será que o homem tinha um desejo de morte? Ele cortava dentro e
fora do tráfego, chegando muito perto dos carros mais do que uma vez. —
Quero descer desta coisa!
— Tem que aprender a relaxar, luz do sol. — Jax afagou as mãos de
Evan, que estavam atualmente estrangulando a sua cintura. — Isso não é
rápido.
Se essa era a ideia de Jax de lento, Evan odiaria ver o que o homem
considerava excesso de velocidade. O limite de velocidade era de trinta e
cinco, mas Jax dirigia a pelo menos, quarenta e cinco. Talvez. Evan não tinha
certeza. Qualquer velocidade numa moto era rápido demais para ele. Essa era
uma das razões pelas quais não queria ir. Em um carro, com certeza Evan
poderia aceitar ir um pouco rápido. Lá, ele não poderia voar fora da coisa e
pousar no para-brisa de alguém como um cervo atingido numa estrada, o que
era algo completamente diferente.
— Ok, você pode me deixar aqui mesmo.
Evan não tinha ideia de onde estava, mas preferia caminhar até a sua
casa a continuar a acelerar pelas ruas. Porém, teve que admitir, ter os seus
braços em volta da cintura de Jax era bom. O homem cheirava bem. Muito
bem. Mais de uma vez enfiou o nariz no couro do casaco e inalou Jax.
— A não ser que esteja pronto para uma festa com alguns homens
reais e obscuros... — Disse Jax. — Ainda quer que o deixe aqui?
Evan olhou em torno quando chegaram a um semáforo. Havia
homens encostados do lado de fora da loja da esquina, homens que pareciam
como se pudessem roubar as suas próprias mães. Outro grupo estava mais à
frente com alguns cafetões ouvindo música latina a partir de um carro
estacionado. O carro provocou inveja em Evan. Sua Mazda parecia merda.
Sorriu para si mesmo, enquanto aumentava o seu aperto na cintura de Jax.
— Eles se parecem com um grupo amigável. Talvez pudessem me
dar uma carona para casa.
Jax empurrou para frente e depois, virou a cabeça. Evan nunca tinha
visto alguém tão ameaçador antes.
— Você deve ter uma porra de desejo de morte.
Engraçado, Evan tinha pensado a mesma coisa sobre a condução de
Jax.
— E por que diz isso?
— Por um lado, eles são hienas.
Evan franziu a testa quando balançou a cabeça.
— Você acabou de dizer que eu poderia...
— Não vai acontecer — Jax acelerou a sua moto. — E dois, apenas
tente entrar num carro com outro cara e veja quão longe chega antes que eu
rasgue o filho da puta.
E ele chamou os tipos maus de hienas? Esquisito. E Jax era apenas
um pouco demasiado possessivo para o gosto de Evan. Acabaram de se
conhecer. Era ruim o suficiente ter concordado em ir para um passeio. Não
precisava de Jax batendo no peito como um homem das cavernas.
— Tudo bem, mas vá mais devagar. — Jax acelerou. Evan quase
perdeu o seu capacete. — Você é um idiota!
— Espero que não esteja apenas tentando descobrir isso. — Jax
virou à direita. Movendo a moto muito perto do chão. Evan fechou os olhos e
rezou para não cair.
— Se sobreviver a isto, vou chutar a sua bunda...
— Você acabou de dizer que quer entrar na minha calça? — Jax
perguntou sobre o seu ombro.
— Olhe a estrada.
Gemeu Evan.
— Posso deixar você entrar na minha calça, contanto que possa
entrar na sua.
Evan bateu sua mão nas costas de Jax.
— Olhe a maldita estrada! — Com uma gargalhada masculina, Jax se
virou e dirigiu para um galpão cercado. Evan olhou para o sinal na janela. Por
que estavam na loja de Jax? O sinal na porta marcava fechado. O que Jax
queria fazer com ele numa loja fechada? Quando Jax desligou o motor, Evan
ouviu música vindo de algum lugar. Havia cinco motos alinhadas ao lado do
edifício. Seria uma festa?
— Vamos, luz do sol. — Jax ajudou Evan a sair da parte traseira da
moto. Ele ainda não tinha tanta certeza sobre seguir o cara. Não era do tipo
aventureiro e não fazia festa a fantasia com motoqueiros. Tinha ouvido
histórias. Assistiu a vídeos na TV.
— Não vou a lugar nenhum. — Evan se afastou.
Jax franziu a testa.
— São apenas meus irmãos lá atrás.
Tomando alguns passos para trás, Evan disse.
— Não estou prestes a ser passado ao redor.
O olhar no rosto de Jax só poderia ser descrito como assassino. Seus
olhos azuis se estreitaram, suas sobrancelhas enrugaram e os seus lábios
ficaram duros. Mas foi a raiva nos olhos do homem que assustou Evan.
— Não compartilho. Coloque isso na cabeça. — Jax fechou a
distância entre eles em três passos. Puxou Evan perto e acariciou o seu rosto.
— Ninguém vai bater em você. Ninguém vai dizer nada depreciativo e ninguém
vai porra tocá-lo. Entendeu? Você pertence a mim. Fim da história.
— Whoa. Espere. O que? Não pertenço a você.
Jax riu. O sorriso o fez parecer tão bonito, tão acessível.
— Mantenha-se dizendo isso, luz do sol.
Parecia que Jax estava brincando. Ele estava brincando? Evan sentiu
uma dor de cabeça. Precisava apenas se virar e ir embora. Beth estava certa?
Deveria tê-la escutado? Evan queria acreditar que Jax era um bom homem,
mas estava começando a pensar que cometeu um grave erro de julgamento.
Jax agarrou a sua mão e o puxou junto. Eles rodearam o lugar e Evan puxou a
sua mão, mas Jax não soltou. Havia cinco homens, cinco homens enormes,
sentados em cadeiras no gramado em torno de uma churrasqueira, a fumaça
ondulando para cima. Todos tinham bebidas na mão, vestiam roupas de couro,
riam e conversavam. O estômago de Evan retumbou e a sua boca aguou com
o cheiro da carne assando na grelha. Ele estava morrendo de fome. Numa
pequena mesa, um laptop estava aberto, um alto-falante preso a ele. Rock
tocava no crepúsculo. A noite ainda estava quente mesmo que fosse
primavera. Evan amava noites como esta, mas não estava muito certo se
queria passá-la com estes homens. Ficou em silêncio quando cada um deles o
olhou. Deu um passo para trás, desejando estar em qualquer lugar, menos
aqui. Quem não fantasiava sobre estar com um bad boy? Mas estar realmente
em torno desses homens... Evan engoliu seco.
— Este é Houston, Cruz, Hound Dog, Kade e Wyatt.
Jax apontou cada um dos homens. Não haveria maneira de Evan se
lembrar de qualquer um dos seus nomes. O mais carrancudo era o que
chamava Hound Dog. Quem chamaria o seu filho de Hound Dog? Esquisito.
Muito estranho.
— Este é Evan. — Jax disse aos homens quando pegou uma garrafa
de cerveja do refrigerador e se sentou na borda da mesa. — Ele é da família
agora. — Os olhos de Evan se arregalaram. O que na terra Jax estava falando?
Alguns dos homens pareceram surpresos, enquanto outros sorriram para ele.
Jax cavou através do refrigerador de novo, tirou uma lata de refrigerante e
entregou a Evan que a agarrou como uma tábua de salvação. Parecia que
saltara para fora da frigideira e direito para o fogo. Jax era comprovadamente
insano. Quem conhecia um cara e no mesmo dia, chamava-o de família? Jax
pegou o seu telefone celular e olhou para ele.
— Preciso retornar esta chamada. — Disse a Evan. — Meus irmãos
não vão morder.
Eles com certeza pareciam que queriam.
— Espere, está indo embora? — Seus batimentos cardíacos
triplicaram. Não, Jax não podia deixá-lo com esses homens. Evan era
antissocial, por uma razão: Não conseguia ter uma conversa ociosa e havia
cinco homens para conversar aqui. Jax balançou a cabeça, enquanto respondia
ao seu telefone. Moveu-se para longe deles, mas ainda permaneceu à vista.
Evan mordeu o lábio inferior quando se virou. Todos os cinco homens olhavam
para ele. Mantenha a sua boca fechada. Não diga nada, porque você sempre se
envergonha.
— Então... — Evan disse, enquanto esfregava a parte de trás do seu
pescoço. — Vocês vêm sempre aqui?— Os homens começaram a rir, e Evan
queria cavar um buraco em algum lugar. Todos estavam olhando para ele.
Sentiu-se compelido a dizer alguma coisa.
— Eu já gosto de você. — Disse Houston. Ou, pelo menos, Evan
pensou que o seu nome era Houston. Mas, poderia estar errado. — Vai se
encaixar muito bem aqui.
Fazia duas semanas desde que Beth tinha sido atacada e Jax tinha
tirado a vida de Mitchell. Evan ainda estava se adaptando ao mundo
sobrenatural, mas Jax sabia que levaria tempo especialmente considerando
que ele tinha arrancado o coração de Mitchell na frente do seu companheiro.
Ele e Fingers ainda estavam em um impasse, mas eles não tinham
ido atrás um do outro no hospital naquele dia e tinham evitado uns aos outros
desde então. Jax achava que eles tinham uma trégua tácita.
Por agora.
─ Beth acabou de ligar, ─ Evan disse quando ele entrou no escritório
de Jax.
─ Como ela está?
─ Se recuperando, ─ disse Evan. ─ Mamãe e papai estão cuidando
dela agora que ela foi liberada do hospital e eles nos convidaram para jantar
neste domingo.
Jax tinha conhecido os pais de Evan quando eles chegaram após a
notícia de que Beth tinha sido ferida. Ele tinha pensado que iriam interrogá-lo
ou dar-lhe um pedaço da sua mente. Evan lhe tinha dito que os seus pais não
aprovavam motoqueiros.
Mas depois de saber que o irmão de Jax tinha salvado a vida de Beth,
eles foram acolhedores.
Movendo-se de trás da mesa, Jax fechou a porta do escritório e em
seguida, virou-se para Evan.
─ Diga-lhes que aceita.
Evan estudou Jax.
─ Eu conheço esse olhar.
─ Acostume-se, luz do sol, ─ Jax disse quando ele se aproximou de
Evan, o escorou contra a parede.
Só então Hound entrou no escritório. Ele olhou entre Evan e Jax
antes de rolar os olhos.
─ E eles me chamam de cão.
Jax riu enquanto Hound virou-se e saiu. Dando a sua atenção de
volta para o seu companheiro, Jax baixou a cabeça e deu um leve beijo na
boca do homem.
─ Como você está indo?
─ Muito melhor do que eu estava antes, ─ Evan admitiu. ─ Vocês
estão crescendo em mim.
E isso era tudo o que Jax poderia pedir.
─ Você ainda não me disse por que você me chama de luz do sol, ─
Evan disse enquanto colocava as mãos nos bolsos da frente de Jax e segurou.
─ Porque... ─ Jax beijou atesta de Evan ─ Você iluminou a minha
vida assim que eu o vi de pé no meio-fio, como se esperando por mim chegar.
Os lábios de Evan se separaram quando ele olhou para Jax. E então
Evan sorriu.
─ Então seria bom se eu dissesse que te amava?
O coração de Jax expandiu quando ele puxou Evan em seus braços.
─ Mais do que tudo bem, luz do sol. ─ Limpando a garganta, Jax
disse essas três pequenas palavras que ele nunca disse a ninguém, só a sua
mãe.
─ Eu te amo.
Evan assentiu alargando o sorriso. Sim, tudo ia ficar bem entre eles.
─ Fico feliz em ouvir isso, garotão.
─ Não tem problema cafetão.
Evan riu, e o coração de Jax derreteu.
─ Você ainda precisa me explicar como você conhece a senhora do
chapéu de penas.
Jax piscou para o seu companheiro, o homem que segurava o seu
coração.
─ Talvez algum dia.
Puxando Evan atrás dele, Jax saiu do seu escritório e levou o seu
companheiro para um longo passeio, lento.