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Quando Evan foi abordado por um motoqueiro sexy, ele sabia que

estava em apuros. Jax é um bad boy e Evan se sente como se ele estivesse
hipnotizado - especialmente quando a sua irmã o avisa para ficar longe do
motoqueiro. Evan tenta, mas é atraído para Jax de uma forma que ele não
entende plenamente.
Jaxxon Remus é o mais velho de seis irmãos. Ele é dono do seu
próprio negócio e atira sem remorso. Quando ele descobre quem é o seu
companheiro, Jax tenta protege-lo, assustando o ser humano para longe. Mas
Jax é determinado e não desiste, mesmo que ele tenha que perseguir o seu
companheiro, a fim de reivindica-lo.
Quando Evan é atacado, Jax fica em pé de guerra. Pior, um
assassinato ocorreu e alguém é preso pelo crime de Jax. Um preço é colocado
sobre a cabeça de Jax, e cabe a ele e os seus irmãos descobrir as coisas antes
que alguém receba a recompensa.
— Isso é estupidamente chato. — Evan disse enquanto olhava para
fora da grande janela. — Eu odeio lavar roupas.
— Bem, se você não esperasse até que tudo no seu armário
estivesse sujo, você não estaria aqui eternamente. — Disse a sua irmã quando
ela empurrou as roupas na máquina.
Evan não se importava tanto com lavar a roupa e sim com a espera
entre os ciclos. Não havia nada a fazer. A lavanderia nem sequer tinha uma
televisão, e por que parecia que cada pessoa estranha do bairro vinha lavar
quando ele estava lá?
Um cara parecia como se fosse uma relíquia dos dias em que um
cafetão usava um longo casaco de pele de onça, uma bengala e uma corrente
de ouro no pescoço. Estava quente como o inferno lá fora. Como ele estava
usando aquele casaco?
Um cara chegou com pelo menos sete grandes sacos de lixo cheios
de coisas, e algumas pessoas agiam como se o lugar fosse um parque,
permitindo que os seus filhos corressem gritando, batendo às portas da
máquina e pulando sobre as mesas dobráveis.
Evan tinha uma dor de cabeça bem forte.
— Eu vou lá fora.
Evan vivia há algumas quadras. Sua irmã vivia a duas portas abaixo
da lavanderia. A qualquer momento em que Evan precisava lavar a sua roupa,
ela vinha e ajudava. Essa era uma das coisas que amava sobre a sua irmã.
Mais parecido com lavar a sua roupa para ele. Quando ele tinha que
lavar a roupa, Evan jogava tudo em uma máquina. Beth separava tudo. Ela era
uma dádiva. Se não fosse por ela, todas as suas camisas brancas seriam
rosas, das toalhas de banho vermelhas que possuía.
— Eu vou sair para sentar com você uma vez que eu colocar o resto
das suas roupas na máquina.
— Obrigado. — Havia cadeiras do lado de fora, mas também havia
uma multidão de pessoas monopolizando o lugar, em pé e sentados, enquanto
eles conversavam e riam.
Evan decidiu caminhar até o final da calçada e inclinar-se contra a
cerca de arame que separava o estacionamento da casa ao lado. Deu-lhe
tempo para observar as pessoas e ficar mais longe daquelas crianças
barulhentas tanto quanto podia.
Seu bairro era divertido, para dizer o mínimo. Havia uma casa na rua
onde as pessoas mentalmente doentes viviam. Ele sempre sabia quando a
senhora com o chapéu de penas parava de tomar os seus remédios.
Normalmente calma, ela entrava em um discurso, falando para si mesma em
voz alta sempre que ela não era medicada. Evan sentia pena dos moradores
daquela casa. Eles eram forçados a sair após o café, não podiam voltar até o
almoço, e depois eram obrigados a sair novamente até que as luzes da rua se
acendessem.
Um carro da polícia passou zunindo pela rua, sirene estridente, e um
minuto depois, uma ambulância o seguiu. Havia uma loja de conveniência em
frente, carros no estacionamento, pessoas indo e vindo da loja. A música alta
podia ser ouvida de alguns desses carros quando um caminhão de bombeiros
passou por ele.
O clima mais quente sempre fez o bairro parecer mais vivo. A
primavera tinha chegado com uma vingança se apossando de tudo. O sol
brilhante estava quente na pele de Evan enquanto observava o tráfego na rua
principal. Um carro lavanda passava lentamente, a pesada música tocava
enquanto o motorista passava o seu olhar sobre Evan de uma forma que disse
que o cara estava interessado.
Evan deu ao homem as costas.
O carro seguiu em frente.
Ele se virou ao som dos roncos das motos. Deus, aquele som. Evan
adorava. Ele tinha montado na parte traseira de motos várias vezes enquanto
crescia, mas sempre tinha sido com um tio ou primo que havia lhe dado uma
carona. Pela primeira vez, ele adoraria que o motoqueiro fosse um menino
mau que não estava relacionado.
Nos seus sonhos.
As motos vieram rugindo pela rua, e Evan ficou com luxúria
instantânea. Os homens usavam bandanas ao redor da parte inferior do seu
rosto, a maioria era de cor única, mas a bandana do líder tinha uma mandíbula
do esqueleto. Parecia tão durão.
Havia seis homens ao todo, e cada um deles parecia que vivia em um
ginásio. Seus corpos eram definidos pelo que ele podia ver debaixo dos seus
casacos. Eles também tinham coxas grossas e mãos grandes agarrando o
guidão se é que era assim que era chamado. Evan não sabia nada sobre moto,
apenas que estava morrendo de vontade de andar na parte de trás de uma.
Eles passaram por ele, suas motos em várias cores e desenhos, mas
cada uma parecia que o trabalho de pintura era personalizado.
Ele suspirou pesadamente enquanto os observava, esquecendo-se
dos carros barulhentos do outro lado da rua, o sol brilhante o fazendo suar, e
os esquisitos na lavanderia atrás dele. Evan só tinha olhos para os seis
motoqueiros passando pela rua como se fossem donos da vizinhança.
O coração de Evan começou a bater mais rápido quando o cara
liderando fez uma inversão de marcha na rua. Por que ele estava virando?
Provavelmente para parar na loja. Pena que ele não estava se virando por
Evan.
— É melhor ir para o abrigo! — A senhora com chapéu de penas
gritou. —Esses ursos vão comê-lo vivo, esmagar seus ossos com os dentes! —
Ela gargalhou quando ela olhou para a calçada. — Eu fodi seu pai. Ele era um
cafetão!
Querido Deus. Evan sacudiu a cabeça.
— Corra, rapaz. Corra! Eles estão indo atrás de você. Você não pode
escapar dos macacos voadores!
A mulher se afastou. Evan observou por alguns segundos realmente
sentindo pena da senhora com o chapéu de penas. Seus pensamentos se
embaralharam quando uma moto parou no meio-fio em frente a ele. Os olhos
de Evan se arregalaram. Era o líder com a bandana de esqueleto sobre a
metade inferior do rosto. Ele tinha olhos surpreendentes azuis que lembravam
Evan do oceano tropical, forte contra os cílios escuros e cabelos.
Mais à frente, as outras motos tinham parado. Os homens estavam
sentados ali conversando um com o outro enquanto o seu líder sentava-se em
silêncio olhando para Evan.
O que ele deveria dizer? “Por que você está me olhando?” Mas ele
não disse isso. A voz de Evan tinha ido embora. Quando ele abriu a boca, tudo
o que saiu foi um guincho estrangulado. Claro, homens se aproximaram dele
antes, mas nenhum de tão bom aspecto como o estranho sentado na sua
moto.
O cara baixou a bandana de crânio para revelar o sorriso mais sexy
que Evan já tinha visto. Ele passou os olhos sobre Evan da cabeça aos pés,
calor líquido e puro radiante neles.
— Qual é o seu nome, luz do sol?
— Cafetão.
Evan. Estava. Mortificado. O aviso que a senhora do chapéu de penas
tinha dado atravessou a sua mente, e ele... oh merda. Seja qual fosse a
chance no inferno que Evan tinha tido com o cara tinha acabado de ir para
dentro do abrigo com o chapéu de penas.
O homem sorriu.
— Sério?
— Não.
Evan sacudiu a cabeça.
— Então qual é?
O cara se inclinou para trás enquanto mordia o lábio inferior. Seu
olhar estava colado no traseiro de Evan. Maldição, o homem era ousado. Ele
não tinha escrúpulos em deixar Evan saber exatamente o que estava na sua
mente.
Ele também era ainda maior de perto. E alto. Evan não poderia
realmente saber a altura do cara desde que o homem estava sentado, mas ele
parecia enorme. Musculoso também. Ele era o pacote completo, e tudo o que
Evan podia fazer era olhar para o homem como um bobo completo.
— Nome?
— E-Evan. — Evan enfiou as mãos nos bolsos de trás e se obrigou a
não olhar para a virilha do estranho. — O seu?
— Ele é meu amor criança. — A senhora com o chapéu de penas
disse quando ela caminhou até eles.
— Oi, Sra. Florença. — O estranho disse com um sorriso encantador.
Ele olhou para ela com simpatia com aquelas profundezas azuis.
— Você a conhece? — Perguntou Evan.
— Desde que ela era uma bela jovem.
Isso era impossível. A senhora com o chapéu de penas parecia ter
cerca de setenta. O cara não parecia ter mais de trinta anos.
A mulher se afastou novamente.
— Jaxxon. — O cara disse. — Mas você pode me chamar de Jax. — O
homem entortou o seu dedo. Evan foi como se estivesse sendo puxado por
uma corda invisível. Jax inclinou-se, passando um dedo pelo braço nu de Evan.
Ele estremeceu com o contato. — Eu prometo dar-lhe um passeio se você me
der o seu número.
Estava o cara falando sobre a sua moto ou sexo?
Evan nunca tinha estado mais desesperado por uma caneta na sua
vida. Ele se contentaria com um marcador, uma pena de tinta, um lápis, ou
mesmo um formão e uma laje de pedra para escrever sobre.
— Eu não tenho nada para escrever.
— Tem um telefone?
Duh. Evan puxou-o do bolso de trás. Jax o pegou da mão de Evan e
começou a digitar. O homem não tinha falta de confiança. Isso era certo. Evan
sentiu todo o seu corpo corar enquanto mordia o lábio inferior, observando
como Jax digitava.
— Eu coloquei o meu número no seu telefone. — Jax disse e então
piscou. O coração de Evan quase bateu para fora do seu peito ao flerte quando
Jax entregou o seu telefone. — Chame-me mais tarde, luz do sol.
Jax se afastou e juntou-se aos outros homens. Evan suspirou. Ele era
um pedaço.
— Você está louco? — Beth gritou enquanto andava através do
estacionamento, com as mãos abertas e olhos esbugalhados. — Você tem
alguma ideia de quem ele era?
Obviamente ela sabia.
— Não.
Ela jogou as mãos, um olhar de desespero no rosto.
— Esse era Jaxxon Remus.
— E porque eu deveria conhecer o seu nome?
Evan teve a mente abalada quando outro carro de bombeiros passou
zunindo, sirenes ligadas. Ele não tinha nada. Antes do homem se apresentar,
Evan nunca tinha ouvido esse nome.
Beth revirou os olhos.
— Às vezes eu juro que você vive em uma caverna. Você nunca
ouviu falar dos irmãos Remus?
— Me perguntando de uma forma diferente ainda não me fará saber
de quem você está falando.
Disse Evan. Ele estava bastante familiarizado com as pessoas do seu
bairro, mas ele nunca tinha ouvido falar dos irmãos Remus. Ele com certeza se
lembraria de alguém como Jax. O cara parecia tão porra delicioso que Evan
teria se masturbado com a imagem do homem, mais cedo se tivesse visto ele
antes de hoje.
— Ele é o proprietário da Creative Customs. — Disse ela, como se
isso ajudasse. E não ajudou. — É uma loja e oficina no lado sul.
Não admira que ele nunca tinha ouvido falar deles.
— Eu tento ficar longe dos bairros que comeriam um cara como eu
vivo, irmã.
Com um grunhido frustrado, ela balançou a cabeça.
— Ele é más notícias, Evan. Fique longe dele.
Mitchell, o namorado de Beth, morava no lado sul. O cara era um
canalha e dava em Evan todas as vibrações erradas sempre que ele estava por
perto. Tinha Beth o ouvido quando Evan sugeriu que ela se separasse do cara?
Não. Então, por que ele deveria ouvi-la? Seu gosto por homens indicava que o
seu julgamento de caráter precisava de uma revisão.
Era verdade que os motoqueiros eram estereotipados por serem
loucos, ilegais ou ambos. Ele se perguntou qual era Jax.
Deslizando o telefone no bolso, ele sorriu para ela.
— A roupa já está lavada?
Beth estreitou os olhos.
— Não mude de assunto assim, Evan. Prometa que vai ficar o mais
longe possível dele.
Ele não podia prometer isso porque Evan planejava ligar para Jax
quando chegasse em casa. Seria cedo demais? O cara disse para ligar mais
tarde, mas ele quis dizer hoje mais tarde ou apenas mais tarde, como em
poucos dias?
Ele descobriria isso quando ele não tivesse a sua irmã olhando para
ele.
Evan estremeceu quando Beth golpeou-o no ombro.
— Eu conheço esse olhar, Evan Winchester. Você vai ligar para ele,
não é?
Beth era uma pequena mulher, mas nada se os nós dos dedos ósseos
não doíam.
— Eu tenho roupas para lavar. — Evan a circulou e caminhou para
dentro. Sua roupa molhada estava em cima da máquina de lavar, lavando as
coisas de outra pessoa na máquina.
Deus, ele realmente odiava lavar roupa.

Desde que chegou em casa uma hora atrás, Evan tinha olhado para o
telefone que estava na mesa da cozinha. Ele guardou a sua roupa limpa, lavou
os pratos, varreu e esfregou, e fez qualquer outra coisa que ele poderia pensar
para atrasar o telefonema. Ele não queria parecer desesperado, mas ligar para
Jax era tudo o que podia pensar.
Ele foi até a geladeira para encontrar algo para jantar, mas parou. Ele
não estava com fome. Não havia mais nada que pudesse fazer para ocupar o
seu tempo, nada mais para tirar a sua mente fora do seu telefone.
Evan zapeou a televisão o Netflix, porque a cabo era muito caro e,
verdade seja dita, ele quase não assistia o suficiente para fazer esse tipo de
investimento, mas não havia nada que lhe interessava.
Videogames? Não, ele tinha encerrado o último e não tinha nada de
novo para jogar.
Domingos eram uma merda. Nunca tinha nada para fazer. Ele teria
chamado o seu amigo Hector, mas o cara estava no trabalho. Evan não tinha
muitos amigos. Ele não era o que as pessoas chamariam de borboleta social.
Ele praticamente ficava com sigo mesmo, o que o manteve fora de um monte
de problemas.
Beth uma vez tinha dito que Evan era tão ingênuo que ele era de ser
sequestrado, o que isso significa. Evan só gostava de ver o lado bom das
pessoas. O que havia de errado com isso?
Incapaz de suportar por mais tempo, Evan jogou o controle remoto
no sofá e pegou o telefone da mesa da cozinha. Ele olhou para o telefone como
se fosse magicamente lhe dar uma resposta. Ligue agora ou espere até
amanhã?
— Você tem um amigo, sua irmã e os seus pais. Você não tem uma
vida, e você não tem namorado — disse para si mesmo. — Não há nada de
errado em viver um pouco.
Ele pressionou o ícone para a sua agenda, e então a sua boca abriu.
Jax não tinha colocado seu nome no telefone de Evan. Ele simplesmente pôs,
“Apto a foder”.
Ele estava falando sobre si mesmo ou de Evan? Evan não tinha
certeza se ele deveria ficar insultado ou não. Oh, a quem ele estava
enganando? Tão bom como Jax parecia, o cara podia ser tão arrogante como
ele queria ser.
Seu dedo pairou sobre o botão de ligar, mas Evan estava com muito
medo de apertar. Em vez disso, ele desligou o telefone. E se Jax o usasse para
uma noite e, em seguida, o descartasse? Seria uma coisa ruim? E se fosse
algum tipo de brincadeira, e se quando Evan ligasse, fosse para algum tipo de
tele sexo? E se ele ficasse com Jax e o homem fosse apanhado com algum
material ilegal?
Evan andou pela cozinha, roendo as unhas enquanto mil perguntas
diferentes o atormentava. Jax era um motoqueiro, mas ele possuía o seu
próprio negócio. Isso era um plus. Jax parecia que podia estar envolvido em
algumas coisas sombrias, mas tinha um corpo assassino. Essa era também
uma vantagem. O cara andava com outros cinco homens. E se Jax quisesse
passá-lo ao redor? Esse era um ponto negativo do nível mais alto.
Merda. O que ele deveria fazer? Embora Evan muitas vezes se
imaginasse um aventureiro, ele não era. Imaginar que iria roubar um banco
para que ele pudesse rolar nu sobre o dinheiro, ou sair com bandidos, ou até
mesmo sair com uma estrela do rock era uma coisa. Realmente fazer era uma
coisa totalmente diferente. Evan andava na linha, porque o pensamento de ser
preso, mesmo que por um dia, o assustava para caramba.
Então, novamente, Evan poderia estar estereotipando Jax. O cara
podia ser bom e íntegro. Isso era no que ele realmente queria acreditar.
Certo, mantenha se dizendo isso.
Evan saiu da cozinha, deixando o seu telefone em cima da mesa. Ele
precisava pensar um pouco mais antes que ele tomasse uma decisão que
poderia fazer um buraco em um universo paralelo.
Ok, isso foi um pouco dramático, mas ainda assim, ele podia estar
abrindo uma lata de vermes melhor fechada e selada.
Sim, essa era uma melhor descrição da sua desgraça e tristeza.
Viu. Veja, Beth? Eu não sou tão ingênuo.
Tudo o que tinha a fazer era não ligar para Jax, e ele não teria que se
preocupar com os universos paralelos colidirem.

Ocupando uma cadeira na loja, Jax olhou para o telefone pela quinta
vez naquela noite. Por que Evan não tinha ligado? Tinha colocado o seu
charme, garantindo que o humano estava interessado, mas Evan não tinha
ligado. Jax tinha ainda verificado para se certificar de que não tinha
acidentalmente colocado o telefone no modo vibração.
— Mantenha-se olhando para o telefone e vou começar a pensar que
você e o seu celular estão namorando, — Hound brincou. — Por que diabos
você continuar olhando para ele de qualquer maneira?
Hound Dog estava intrigado. E deveria estar. Jax nunca esperou uma
ligação de ninguém. Ele nunca pegou um número, ou deu o seu, e em seguida,
colocava o pensamento fora da sua mente. Não dessa vez. Estava andando
com os seus irmãos quando um cheiro tinha batido nele como um punho no
seu estômago. Foi quando se virou, apenas para descobrir que o cheiro
maravilhoso pertencia ao humano perto do muro.
Nunca em um milhão de anos Jax tinha pensado encontrar o seu
companheiro apenas ali pela rua como se estivesse esperando por ele. E tinha
estado tão chocado que ele tinha arrancado, deixando Evan para trás.
Você fez alguns movimentos no seu dia, mas isso tinha que ser a
coisa mais idiota que você poderia ter feito. E se ele não ligar? Como você vai
encontrar o seu companheiro? Não é como se ele vivesse na lavanderia.
Jax resmungou.
— Foda-se, Hound.
Ele colocou o seu telefone no bolso, apenas para retirá-lo dois
minutos depois. Foda-se, se Evan não ligar logo, o urso de Jax iria à caça.
Rolando através dos seus contatos e, em seguida discou.
O telefone de Hound tocou. As sobrancelhas do seu irmão franziram
quando ele olhou para o telefone e, em seguida, para Jax.
— Por que diabos você está me ligando?
Bem, isso responde à questão de saber se o seu telefone estava
funcionando ou não. Pelo menos ligando. Jax guardou o telefone.
E tocou.
Ele puxou-o de volta tão rápido que o atirou através da sala e bateu
no chão, deslizando pelo cimento liso.
— Merda. — Jax saiu da sua cadeira e o recuperou. Quando olhou
para a chamada perdida, era sua mãe. Droga. Ligaria de volta.
— Por que você jogou o seu telefone?— Cruz perguntou quando
entrou na loja. — Com quem você está puto desta vez?
— Ele está saindo com o seu telefone — disse Hound. — Não tem
sido capaz de parar de olhar para ele durante as últimas duas horas. Se
começar a transar, dou o fora daqui.
Cruz cai na risada. Hound riu também. Jax fez uma careta para os
dois.
— Fiquem rindo vou lembrar a Mamãe por que ela deveria ter
comido os seus filhotes.
Blaze, um dos seus funcionários, empurrou uma chave de fenda no
bolso traseiro do seu jeans gasto enquanto se aproximava.
— Tenho o sistema de áudio instalado no Mustang.
E um dia mais cedo. Jax ficou impressionado. Tinha contratado Blaze
alguns meses atrás, quando Bruno decidiu não voltar depois da sua temporada
na reabilitação. Bruno era um inferno de um designer e detalhista, mas Jax
entendia que às vezes a vida levava uma pessoa em um caminho diferente.
Blaze era humano, não sabia nada sobre o mundo sobrenatural, era
de estatura média, com cabelo penteado para trás, preto e olhos azuis bonito e
Jax desejava que o cara fosse raspar o bigode ridículo. Ele era mais velho, em
algum lugar nos seus quarenta e tantos anos, e parecia uma relíquia de
Woodstock, mas o cara tinha habilidades loucas.
— Apenas certifique-se de que você guardou a maldita chave de
fenda — disse Jax. Desde que Blaze começou a trabalhar lá ferramentas
começaram a desaparecer. Ele não tinha certeza se Blaze era um ladrão, ou
esqueceu que a merda estava no seu bolso, ou se outro funcionário tinha
dedos pegajosos, mas se continuasse, Jax iria começar a questionar as
pessoas.
Blaze puxou a chave de fenda para fora e jogou-a sobre uma
bancada.
— Não estou pegando uma ferramenta de cinco dólares, chefe.
— A maldita coisa custa quarenta dólares, — Jax rosnou.
— Oh. — Blaze deu de ombros. — Acho que preciso trazer de volta a
cabeça chata também.
Jax apertou a ponte do seu nariz.
— Não me faça ir a sua casa para pegar as minhas coisas, Blaze.
— Não há necessidade. — O cara falou tão devagar, tão calmamente,
que Jax jurou que o homem estava elevado a metade do tempo. — Juro que
não têm qualquer outra coisa.
Agora, por que Jax não acreditou no cara?
— Vou enviar Cruz para a sua casa.
Blaze estendeu as mãos tão lentamente que era como se o ato levou
minutos em vez de segundos.
— Ok, eu poderia ter uma chave de impacto, também, bro.
— Como diabos?— Jax suspirou.
— Deve ter caído no meu bolso —, disse Blaze.
— Uma chave de impacto? —, Perguntou Cross, rindo enquanto
falava. — Você deve ter alguns bolas grandes...
— Elas correm profundo, bro. E correm bem profundo, — Blaze
disse, como se não tivesse ideia de como as malditas ferramentas
continuavam a segui-lo para casa.
— Preciso que você traga as ferramentas de volta —, Jax disse, já
cansado da discussão. — Você vai precisar de... — O telefone tocou. Jax
puxou-o do bolso, amaldiçoando que a parte de trás foi riscada da sua viagem
através do chão. Não reconheceu o número. Afastando-se de Blaze, ele
respondeu. — Olá?
A outra extremidade estava em silêncio. Jax saiu da loja, indo para o
seu escritório. Estalou os dedos e apontou para a porta quando viu Houston na
sua mesa.
Seu irmão olhou para ele, mas se levantou e saiu. Jax fechou a porta
atrás do cara.
— Olá?
— É-é Jax?
Jax sorriu enquanto se sentou na sua mesa e colocou seus pés para
cima. É Evan. E não tinha certeza por que ele suava. É claro que o seu
companheiro chamaria. A atração era uma coisa poderosa. Jax deveria saber.
Ele tinha estado pronto para ir atrás porque Evan lhe tinha deixado pendurado.
— Oi, luz do sol, — ele disse enquanto um largo sorriso se espalhou
pelo seu rosto. — Tem pensado em mim?
— Você realmente é arrogante, não é?
Evan perguntou como se realmente quisesse saber.
— Nada de errado com uma boa dose de confiança — Jax admitiu. —
Falando de doses saudáveis, você está pronto para ter o seu pequeno traseiro
bem aqui e ficar na minha cama?
Evan desligou.
Jax puxou o telefone longe e franziu a testa. Agora por que diabos
tinha o cara desligado? Tinha sido uma pergunta simples. Não tinha havido
nenhuma razão para obter suas calcinhas em um plissado.
Mas estava tudo bem. Jax tinha o número de Evan agora. Antes de
ligar para o seu companheiro, ele guardou o número no seu telefone. Quando
ligou para o ser humano, tocou duas vezes antes de Evan atender.
— Assustei você, luz do sol?
Evan desligou novamente.
Jax estava ficando irritado. Qual era a coisa do cara? Ele endireitou-
se e virou-se sobre as coisas na sua mente. Talvez Evan fosse tímido. Talvez o
cara não estivesse acostumado que alguém seja tão direto. Ou talvez ele
tivesse um tumor cerebral que o fez fazer coisas aleatórias, como desligar no
meio de uma conversa.
Jax tentou novamente. Quando Evan atendeu, ele disse, — Desligue e
juro que vou caçá-lo e bater no seu lindo traseiro.
— Você realmente precisa aprender a falar com alguém —, disse
Evan. — Não sou uma vagabunda que se joga em caras aleatórios. Aprenda a
falar comigo como se você tivesse bom senso e então talvez eu não vou
desligar.
Evan desligou novamente.
Jax sorriu. Seu companheiro tinha fogo. E gostava disso. Ele ligou
novamente.
— Você realmente é persistente.
— Onde você mora? —, Perguntou Jax. E duvidava que o cara fosse
dizer a ele, mas Jax era nada se não teimoso. Este era o seu companheiro, o
único cara destinado a ele, e embora Jax gostasse de jogar no campo de
flertar, essa merda estava cansando, rápido. Se Evan achava que continuar
ligando era ser persistente, em seguida, o ser humano não tinha visto nada
ainda.
— Não na sua vida, amigo — disse Evan. — Não estou dizendo a
você para que você possa vir e agir como um Neanderthal.
— Sou domesticado —, disse Jax. — Prometo.
Wyatt caminhou pela entrada de trás do escritório. Jax acenou para o
seu irmão mais jovem sumir. Wyatt revirou os olhos antes de sair, fechando a
porta atrás de si.
— Você com certeza não age como um —, disse Evan.
O que diabos eles estavam falando? Ah, sim, ser domesticado.
— Ok, então você não gosta de alguém ser tão para frente com você
— disse Jax. — Então por que não começar de novo?
— Hmm, não sei — disse Evan. — Você já me mostrou as suas cores
verdadeiras.
O urso de Jax rosnou, pronto para encontrar Evan e reivindicar o
cara. — Sou um homem de muitas faces — disse Jax. — Eu posso ser civilizado
e educado.
— Prove isso.
— Oi, Evan. Gostaria de dar um passeio na minha moto, ver o sol
nascer, e sair para um café da manhã? — Logo depois vou comê-lo pela
próxima semana?
— Vou pensar sobre isso —, disse Evan.
Jax esfregou a testa. Seu companheiro pode ter fogo, mas ele estava
começando a ser um pé no saco. E ele não tinha certeza se Evan sabia sobre o
sobrenatural. E desejou que o homem soubesse. Isso teria feito isso muito
mais fácil. Os seres humanos sempre queriam um encontro primeiro, ser
cortejado, e levado para jantar antes mesmo de considerar ter relações
sexuais.
Shifters? Eles sabiam que a pontuação e não tinha problema fazendo
sexo sem preliminares. Se Evan não fosse seu companheiro, Jax teria lavado
as mãos deste já.
— Olha, só quero ver você, ok? — Era a verdade. Por seu
companheiro, Jax iria em tom mais baixo. Ele nunca tinha sido um homem de
morder a língua, mas estava disposto a dar-lhe uma chance.
— Eu posso amanhã —, disse Evan.
Amanhã? Porra. Esperando que esse longo tempo não matasse Jax.
Ele queria ter as suas bolas profundamente em Evan esta noite.
— Amanhã está bom.— Jax deu ao seu companheiro o endereço da
loja.
— Vejo você amanhã. — Evan desligou.
Maldição. Jax tinha estado mais preso nos últimos dez minutos do
que em toda a sua vida, e isso estava dizendo um monte desde que ele tinha
bem mais de cento e setenta anos de idade.
Foda-se. Ele não estava disposto a esperar. Levantando-se da mesa,
abriu a porta do escritório e gritou por Cruz.
Cruz estava caminhando do outro lado da loja, e no telefone. E
desligou antes que ele alcançasse Jax.
— E aí?
— Preciso que você faça aquilo que você faz com os telefones.
— Digite um número?
Jax rosnou.
— Não, idiota. Preciso que você encontre alguém para mim.
— Oh, que coisa.

Ele gemeu quando Beth entrou na sua casa, Mitchell bem atrás dela.
Evan não estava com disposição para qualquer porcaria, não depois da forma
como ele desligou na cara de Jax várias vezes. Evan não iria culpar o cara se
ele nunca ligasse de volta. Isso tinha sido estúpido, estúpido, estúpido. Tarde
demais para fazer qualquer coisa sobre isso agora.
— Diga-me que não ligou — disse Beth, deixando cair a sua bolsa
sobre o sofá. Ela virou-se para Evan, de braços cruzados, os olhos apertados.
Ela realmente era uma mulher bonita, quando não estava incomodando Evan.
Ela tinha longos cabelos castanhos que tinha a extensão das suas costas,
grandes e expressivos olhos azuis, tinha cerca de um metro e sessenta e oito
de altura, que era mais alta do que Evan e adorava usar brilhantes unhas
polonesas rosa.
Por que ela não poderia ter algo melhor do que Mitchell era uma
incógnita. Beth era linda e poderia obter qualquer homem que quisesse.
Porque se estabelecer com esse fracassado?
Evan bateu a porta atrás deles, rangendo os dentes. Mitchell se
encostou a parede, de braços cruzados, dando a Evan um olhar que não
poderia ser confundido com outra coisa que senão desejo. Evan realmente
odiava o cara. E uma vez tentou dizer a Beth que o seu namorado olhou para
ele de uma forma que disse que Mitchell pode não ser tão simples quanto
pretendia ser, mas ela riu e disse que Evan estava fora do seu juízo.
Ele não toma quaisquer medicamentos.
Beth estava tão longe de Mitchell que ela não conseguiu ver o
aquecido olhar que o cara deu a Evan ou estava alheia a eles. Duvidava que
ela fosse cega, mas, novamente, Beth nem sempre foi a ferramenta mais
afiada no galpão.
Se Mitchell era gay, por que estava com Beth? Evan nunca entendeu
homens enrustidos. E não os julgava, mas não havia nenhuma maneira que
negaria quem ele era.
— Diga-me que você não veio até aqui para me perguntar isso. —
Evan se moveu para o outro lado da sala, colocando a maior distância possível
entre ele e O Homem no Armário. Mitchell sorriu, como se soubesse
exatamente por que Evan havia se afastado.
Evan estava começando a desejar que tivesse aceitado a oferta de
Jax para se encontrar. Pelo menos ele não estaria preso ouvindo a sua irmã
tentar e dar-lhe um sermão e ser cobiçado pela fluência que ainda estava
olhando para ele. Ela precisava dar esse sermão para si mesma sobre Mitchell.
— Mitchell achou que deveríamos vir e verificar você —, disse ela. —
Não sou a única que se preocupa com o que acontece com você, Evan.
Se preocupa? Mitchell não se preocupa com Evan. Tudo o que o cara
queria era... Evan não tinha certeza do que Mitchell queria, mas era
definitivamente alguma forma de sexo.
— Você não deve se envolver com esses caras —, disse Mitchell. Ele
se afastou da parede e se dirigiu para Evan. Quando passou a dirigiu-se para a
cozinha, sua mão roçou o quadril de Evan. Evan se afastou, o que só fez O
Homem no Armário sorrir.
— Mantenha suas mãos para si mesmo, — Evan estalou. Ele
estreitou os olhos para o deslizamento, mas Mitchell não parecia perturbado.
Beth olhou entre eles. — O que você está falando?
— Acho que falar com aqueles motoqueiros deixou o seu irmão
nervoso —, disse Mitchell. Ele olhou para Beth. — Eu disse que precisávamos
vê-lo.
Beth virou-se para pegar algo da sua bolsa. Mitchell se inclinou, voz
baixa.
— Não jogue um jogo que você não pode vencer. Não importa o que
você diga a ela, ela nunca vai acreditar em você.
Evan se afastou e desejou que ele pudesse se atracar com Mitchell.
Não importa o quanto ele queria colocar o cara no lugar dele, Mitchell era
construído como uma casa de tijolo e iria esmagar Evan como um inseto.
Mitchell entrou na cozinha assim que Beth se virou, o telefone na
mão. — Eu amo você, Evan, mas se você chamar esse cara, estou dizendo a
mamãe e papai.
Ele sabia que Beth se importava, mas ela sempre foi sobre mostrar a
sua preocupação na maneira errada ameaçando chamar os seus pais. Tinha
sido assim desde sempre, e sempre tinha levado ele até uma parede.
Por que a tolerava? Por um lado, ele amava sua irmã até à morte. E
dois, ela sempre espancava os valentões que tinham escolhido Evan quando
eram mais jovens. Ela tinha sido a sua salvadora mais vezes do que gostaria
de lembrar, mas nada se ela não era uma dor real na bunda, às vezes.
— Não se atreva a chamá-los —, Evan avisou. Sua mãe teria um
ataque cardíaco, e o seu pai teria atingido o telhado. Seus pais não estavam
bem de vida, não possuía nada extravagante, ou tinham empregos que os
ajudaram a viver confortavelmente, mas eles fizeram bem dando aos seus
filhos uma educação, e eles eram pessoas decentes.
Se eles descobrissem que Evan mesmo tinha considerando falar com
Jax, ele estaria em apuros. Eles não se importaram, no mínimo, quando Evan
saiu para eles, mas com certeza se importariam se ele começasse a sair com
um grupo áspero de homens.
— Por que você não sai com aquele cara com quem trabalho? —
Beth perguntou quando apontou o seu telefone rosa para Evan. — Você sabe,
Drake.
Evan ouviu Mitchell tossir na cozinha. Pela primeira vez, ele
concordou com a fluência.
— Drake? — Suas sobrancelhas subiram. — Ele ainda vive com seus
pais, é alérgico a tudo sob o sol, e bufa quando ele ri. — Sem mencionar que o
cara parecia um redondo, pequeno porco-espinho. O cabelo do cara estava em
todos os lugares, e ele usava coletes e camisas. Evan gostava dos seus
homens corpulentos, sexy e vivendo sozinhos. — E você esqueceu uma coisa
importante, mana. Ele não é gay.
Graças a Deus por pequenos favores.
Ela torceu o nariz. — Não é possível caras fazerem um ao outro gay?
Evan bateu com a mão sobre o rosto quando Mitchell deixou cair
alguma coisa na cozinha. Vá em frente, O Homem no Armário. Diga a ela que
nascemos desse jeito, não importa o quão duro você tente escondê-lo.
— Pode uma mulher se transforma em lésbica? — Perguntou Evan.
Isso era irreal. Beth não era o pastel mais brilhante na caixa, mas ele não
achava que ela era sem noção.
Ela piscou para ele.
— Depende de quanto ela é linda.
Bem, ele calou a boca, agora não é? Outra coisa caiu na cozinha. Ou
Mitchell era o homem mais desajeitado que Evan conhecia, ou o cara estava
tendo um choque após o outro.
— Esqueça. Não vou a lugar nenhum perto de Drake.
— Ok, tudo bem —, disse ela, empurrando o seu telefone de volta na
sua bolsa pequena. — Mas não chame aquele cara, ok?
Mitchell saiu da cozinha, garrafa de cerveja na mão. Ele jogou o
braço sobre o ombro de Evan e deu-lhe um abraço brincalhão. Evan bateu o
braço do cara fora dele.
— Ela está certa, Evan. Não chame o cara. — Mitchell virou-se para
Beth. — Mas de ao seu irmão alguma folga. Se ele quer ficar só, o deixe.
Ele não gostou da forma como Mitchell tinha dito essa última parte.
Como se o cara tivesse interesse nele. Não nesta vida. Evan não brincava com
as pessoas ainda escondidas no armário. Além disso, o cara estava namorando
a sua irmã. Que nojo. Evan e Beth eram próximos, mas não tão próximos
assim.
Evan preferiria namorar Drake para o resto da sua vida do que deixar
Mitchell perto dele. É certo que o cara tinha um belo corpo, lindos olhos
cinzentos e um sorriso agradável, quando não era lascivo, mas a sua bizarrice
o fez pouco atraente aos olhos de Evan. Mitchell era um canalha. Pena que
Beth não poderia ver isso.
— Vocês dois, para fora. Tenho trabalho na parte da manhã. — Evan
realmente tinha amanhã de folga, mas eles não precisam saber disso.
Ele caminhou até a porta e abriu-a para eles. Beth parou no seu
caminho para fora para dar-lhe um beijo na bochecha.
— Eu amo você, Evan.
— Eu também te amo, mana.
Mitchell fez uma pausa e deu a Evan um olhar que o fez se sentir
sujo.
— Vou parar e verificar você amanhã.
— Eu prefiro ser devorado por uma matilha de lobos. — Evan bateu
a porta na cara do sujeito. Ugh, ele queria gritar. Depois de lidar com esses
dois, Evan queria ligar para Jax. Mas o cara veio demasiado forte, e na
verdade, issi dava medo a Evan. Ele nunca tinha lidado com alguém tão
atirado assim, e para piorar as coisas, Evan era tímido como o inferno. Ele não
tinha certeza se ele poderia lidar com alguém tão corajoso quanto Jaxxon
Remus.
Evan deixou-se cair no sofá, tentando encontrar algo na televisão que
iria pegar o seu interesse, quando uma batida soou na porta. Se fosse Mitchell,
Evan ia bater na cabeça do homem com uma frigideira.
Saindo do sofá e indo para a porta, Evan a abriu, pronto para mandar
O Homem no Armário se foder quando o ar deixou os seus pulmões.
Não era Mitchell.
Era Jax.
Jax estava na varanda de Evan, um braço apoiado contra o batente
da porta. Deus, ele parecia bom o suficiente para comer. A boca de Evan
encheu de água quando o seu coração disparou. O cara era sedutoramente
bonito e Evan queria um pedaço dele. Cabelo castanho claro, incríveis olhos
azuis, e era bem construído, também. Jax era o pacote dos sonhos.
E então ficou claro para ele. — Como você sabe onde eu moro?
Jax lhe deu um sorriso malicioso. O cara se endireitou, houve um
ranger de couro enquanto empurrava os polegares nos bolsos da frente. Agora
que o homem estava na frente de Evan, viu o quão alto Jax realmente era.
Vaca sagrada. O homem tinha que ter, pelo menos, uns dois metros de altura.
Evan tinha apenas um metro e setenta e cinco. A diferença de altura era
perceptível e sexy pra caralho.
— Tenho os meus caminhos. — Jax piscou para ele, aquele sorriso
perverso permanente.
— Você sabe como assustador é isso? — Não outro homem
assustador. Evan não conseguiria lidar com isso. Jax era lindo de morrer, mas
não era bonito o suficiente para Evan querer lidar com um louco.
— Vai me convidar ou deixar-me aqui de pé? — Jax olhou ao redor.
— Este não é o melhor bairro.
A mandíbula de Evan caiu. Isto vindo de um cara que vivia no lado
sul.
— Tenho certeza de que você está seguro na minha varanda. —
Evan agarrou a porta com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos.
— Sou eu quem deveria estar preocupado. Você só me perseguiu.
Apenas atrás de Jax estava a sua moto. Tinha estacionado na
garagem, atrás do Mazda surrado de Evan. Os dois veículos pareciam a Bela e
a Fera. A moto de Jax parecia digna de uma sala de exposições enquanto o
carro de Evan parecia pronto para o ferro-velho.
— Apenas o conheci, então você de alguma forma, descobrir onde eu
vivo, aparece sem ser convidado, e agora você quer que eu o deixe entrar?
Evan estava a segundos de bater a porta na cara de Jax.
Havia bandeiras vermelhas acenando em volta de Jax, bandeiras que
avisavam que Evan deveria bater com a porta e correr sem olhar para trás.
Não se importava que estivesse profundamente atraído por Jax. Evan
não se importava que parecesse como se tivesse conhecido o cara para
sempre, o que era estranho tudo sozinho. Não se importava que quisesse pular
nos ossos do homem. Jax o tinha caçado, assim como prometeu, e agora
estava ali olhando para Evan como se ele fosse o único com alguns parafusos
soltos.
— Seu ponto? — Perguntou Jax. — Chame isso de destino. — Ele
correu os dedos sob o queixo de Evan, seus olhos azuis cheios de fome. —
Chame isso do que quiser, luz do sol. Tudo o que sei é que, desde o primeiro
olhar em você, tudo o que posso pensar é em lhe fazer coisas muito ruins.
Se estivessem ao telefone, Evan teria desligado. Estava feliz que não
estavam no telefone. Estava com medo, e o seu corpo balançou a partir do
contato, a forma como Jax o olhou, e a necessidade crescente dentro dele,
mas não queria que Jax se afastasse.
Que loucura era essa? Insana. Evan nem sequer conhecia o cara. Não
devia ter sentimentos tão intrigantes por Jax.
— Desculpe, tenho que lavar o meu cabelo.
E começou a fechar a porta.
Jax empurrou a sua bota no caminho.
— Seu cabelo parece bem. Diga-me a verdade e juro que vou
embora.
O cara parecia sincero. Evan podia confiar na sua palavra? Seus
instintos disseram que sim, mas Evan era crédulo. Queria acreditar que Jax
não era um cara mau. Suspirando quando seus ombros caíram, abriu mais a
porta larga.
— Olha, é só que... — os olhos de Evan se arregalaram.
Era Mitchell estacionando no meio-fio?
Beth não estava com ele.
Que porra é essa? Como ele se livrou de Beth tão rápido, e porque
voltou?
Ao contrário do senso comum, Evan agarrou a frente da jaqueta de
couro de Jax e puxou o homem para dentro. Tinha que ter pego Jax
desprevenido, porque puxando-o para a frente não deveria ter sido assim tão
fácil, no entanto Evan estava feliz de ter sido. Bateu a porta, agarrou a mão do
homem, e tentou levá-lo para a cozinha.
— Uau, segure os cavalos.
Jax puxou sua mão livre. Olhou por cima do ombro, para a porta e,
em seguida, para Evan. Suas sobrancelhas se juntaram como se estivesse
tentando juntar as peças do quebra-cabeça na sua mente.
— O que está acontecendo? Você tem namorado?
Jax lhe deu um olhar assassino. Evan deu um passo para trás. Tinha
apenas puxado o diabo para a sua casa? Deus, o que estava pensando?
Mitchell. Isso era no que Evan estava pensando.
Não tinha ideia de porque o cara tinha retornado e não queria
descobrir. Mitchell poderia estar escondido no armário, mas tinha um grande
conjunto de bolas que mostrava sem o apoio de Beth. O que pensou que
aconteceria?
Jax acabou o seguindo, Evan estava feliz que o cara o seguiu, por
agora. Se ele iria se arrepender ainda ia ser determinado mais cedo ou mais
tarde.
Mitchell bateu na porta.
Evan saltou na frente de Jax.
— Não é ninguém. Vamos pegar uma cerveja.
Evan não queria beber. Tinha algumas garrafas na geladeira para
quando o seu pai vinha visitar. Neste ponto, beberia cada uma se mantivesse
Jax na cozinha e longe de atender a porta.
— É o seu namorado? — O olhar de Jax foi para a porta.
— Não, é o namorado da minha irmã.
Jax inclinou a cabeça ligeiramente.
— Então porque você parece como se estivesse prestes a se molhar?
Evan não achou que parecia como se estivesse entrando em pânico,
mas perto. Mitchell diria a Beth que o motoqueiro tinha aparecido. Beth iria
contar aos seus pais, logo após invadir a sua casa e constranger Evan além da
conta.
— Minha irmã não gosta de motoqueiros. — Evan deu meia verdade.
— Ele vai dizer a ela, e então todo o inferno vai cair.
Jax olhou para Evan, como se não acreditasse nele.
— Você tem certeza que é isso?
— Positivo.
Evan ficou lá com o coração batendo no peito, imaginando se Jax iria
atender a porta ou segui-lo para a cozinha. Correu atrás de Jax e começou a
empurrar o cara para a cozinha. Obrigado a foda que Jax foi.
— Vocês conhecem muitos motoqueiros? — Jax perguntou quando se
sentou à mesa. O conjunto de mesa de Evan era pequeno, um conjunto que
tinha comprado no Wal-Mart. O conjunto era de madeira, e a cadeira sob Jax
rangeu com o seu tamanho. Evan orava como o inferno que não entrasse em
colapso sob o homem.
— Não estava ciente de que estávamos namorando.
Evan pegou duas cervejas, Mitchell continuou a bater. Por favor,
deixe o homem ir embora. Entregou uma garrafa para Jax, que a pegou e
abriu a tampa.
— Estou interessado em você — Jax disse, torcendo a garrafa na
grande mão. — Vai manter-me como um pequeno segredo sujo da sua família?
O homem não parecia feliz com isso. Evan estava sete tipos de
confuso. Tinham acabado de se conhecer, o cara já estava falando sobre ser
mantido escondido da família de Evan. Fale sobre a todo vapor.
— Devagar, Jax — disse Evan. — Acabamos de nos conhecer. Que
tal dar um passo de cada vez?
Evan não tinha certeza se estava interessado em sair com o cara.
Não se importava com o que Jax disse. Deixar Jax conhecer a sua família era a
última coisa que Evan planejava fazer. Além disso, o cara não tinha o
perseguido?
Colocando a garrafa de lado, Jax se levantou. Puxou Evan perto e
beijou-o como se o mundo estivesse prestes a acabar. Suas línguas se
emaranharam, Evan gemeu, e Jax o puxou ainda mais perto. O homem era
hard-rock, e o corpo de Evan se sentiu como se estivesse pegando fogo. Seus
pensamentos ficaram confusos quanto se sentiu endurecer.
O que Jax estava fazendo com o seu corpo? Evan não tinha certeza,
mas o contorno rígido na calça de Jax disse que o homem tinha um pacote
bem dotado. Então, novamente, Evan não esperava que Jax fosse pequeno
nesse departamento, comparado com a sua altura. Isso teria sido um crime
em si, ter Jax falhando nisso.
Mas ele não era, e Evan não tinha certeza de que poderia tomar esse
grande pênis no seu corpo. Será que queria descobrir? Claro que sim, mas não
iria se curvar e implorar. Não era assim tão fácil.
Ainda assim, seus dedos curvaram quando agarrou os bíceps de Jax,
sem saber se deveria se afastar ou manter-se beijando o cara. Jax inclinou a
sua boca e aprofundou a sua língua, e Evan sentiu-se tonto.
Se o beijo de Jax era assim ou qualquer coisa perto, o homem seria
um deus na cama. Uau! Não. Evan não ia pensar nisso. As coisas já estavam
se movendo muito rápido. Precisava encerrar essa linha de pensamento, antes
que descarrilhasse e fizesse algo estúpido.
Como pedir ao homem para transar com ele.
Jax beliscou Evan no seu lábio inferior, o mordendo. Evan estava
chocado que gostou. Demais. Quebrou o beijo, sentindo-se como se os seus
pulmões estivessem com fome de oxigênio. Ofegava enquanto lambia os
lábios, olhando para Jax, que parecia estar lutando pelo controle. Os olhos do
homem estavam fechados, e estava dando respirações profundas.
— Foda-se, luz do sol. — Jax tentou beijá-lo novamente, mas Evan
se arrastou. Se não parasse agora, iria implorar para Jax fode-lo na mesa da
cozinha.
Mitchell tinha finalmente parado de bater, e Evan esperava como o
inferno que o cara tivesse ido embora. Uma complicação de cada vez, por
favor. — Devagar, cara grande. — Evan deu um tapinha no peito de Jax.
Jax pigarreou e esfregou a mão no rosto.
— Você está pronto para um passeio na minha moto?
Evan sentiu-se embriagado. Cambaleou um pouco quando deixou Jax
se movimentar. Nunca tinha sido beijado sem sentido antes. Quando tentou
virar e ir embora, Jax agarrou o cinto de Evan e virou-o.
— Sei como você se sente, sol. Aquele beijo foi no ponto.
Como poderia o homem saber como Evan se sentia? Jax
provavelmente tinha beijado uma tonelada de pessoas, enquanto Evan poderia
contar em uma mão quantas vezes tinha sido beijado. Patético mas
verdadeiro.
— Duvido — disse Evan. Seu corpo ainda estava cantarolando
daquele beijo. Evan tentou limpar a sua mente, tentou se concentrar, mas era
difícil de fazer quando Jax estava tão perto, seu perfume masculino invadindo
os pulmões de Evan.
— Você é diferente.
Claro que era. Era mais do que provável que Jax disse isso, para cada
pessoa que tentou foder. Evan decidiu, nesse segundo que não ia ser mais um
entalhe na cabeceira da cama do homem. Se Jax quisesse dormir com ele, o
cara teria que trabalhar para isso.
Olhando por cima do corpo sexy de Jax, Evan esperava que pudesse
manter essa decisão.

— Jax ainda não voltou? — Kade perguntou quando entrou na loja.


Tentou falar com o seu irmão três vezes, mas Jax não havia respondido. Jax
sempre respondia. Kade teria se preocupado, mas Jax podia lidar consigo
mesmo se estivesse em apuros. Kade não tinha nenhuma dúvida sobre isso.
— Não, — Hound disse quando fechou a frente da loja. — Ele fez o
Cruz rastrear um número e, em seguida, correu para fora daqui.
Cruz não tinha dito isso a ele.
— Problemas?
— Não penso assim, — Cruz disse quando saiu do escritório, com um
iPad na mão. — Fiz uma verificação de antecedentes sobre a pessoa que
possui o telefone. Evan Winchester. Humano. Vinte e um anos de idade.
Trabalha na Farmácia Regal e não tem um registo criminal.
Kade coçou o queixo barbudo.
— Então porque ele estava seguindo o ser humano?
Cruz deu de ombros.
— Pessoal, eu acho.
— Diga a ele que eu estou procurando por ele se você vê-lo — disse
Kade. Precisava falar com Jax. O traficante, Delgado, poderia ter sido
eliminado, mas a noticia na rua era que, embora o último Delgado estivesse
morto, um dos seus superiores hierárquicos não só continuava com as vendas
de drogas, mas estava agora também vendendo armas.
Os homens Remus não eram exatamente completamente limpos, mas
se a merda ia ser administrada através de Sugar Creek, não ia ser um shifter
hiena a fazê-lo.
— Vou deixá-lo saber — disse Cross.
Kade saiu da parte de trás da loja, cortando através do seu quintal, e
se dirigiu para a casa.

— Acho que vou passar esse passeio — disse Evan.


Jax não tinha certeza do que estava acontecendo com o seu
companheiro. Quando pisou na varanda, tinha cheirado hiena, mas Evan era
humano. Jax tinha certeza disso. Hienas não eram nada além de problemas,
dissimulados filhos, sorrateiros da puta.
— Você está me negando?
Foda-se, seu companheiro era uma dor de cabeça sólida. Num minuto
estava quente. No próximo, frio. Jax tinha dificuldade em obter uma leitura
sobre o ser humano. Gostou do fato de que Evan não era rápido a cair todo em
um cara. Que lhe disse que o seu companheiro não era uma puta, muito pelo
contrário.
Isso não importa, no entanto. O único lugar que Evan iria ficar de
agora em diante seria na cama de Jax.
Colocando a sua garrafa fechada de volta na geladeira, Evan se virou
para ele.
— Estou lhe dizendo para abrandar, cara grande, embora esteja
começando a suspeitar que você não tenha uma embreagem baixa. É tudo
acelerador aberto para você, não é?
Referências de motos. Agradável.
— O que há de errado com isso? Você só vive uma vez.
— Às vezes abrandar o suficiente para cheirar as rosas tem suas
recompensas.
— Eu não gosto de rosas. — Jax fez uma careta. Sabia o que Evan
estava dizendo, mas o seu urso estava no limite, pronto para colocar Evan
para baixo. Jax teve que respirar profundamente, acalmando o seu animal
enquanto o seu pênis ainda pulsava no seu jeans.
— Você é sempre tão desesperado? — Perguntou Evan. Ostentando
um sorriso enquanto cruzava os braços sobre o peito magro.
— Faça um passeio comigo e vou lhe mostrar. — Piscou para Evan.
— Nós nem sequer temos que deixar a cidade.
Pela terceira vez, Jax sentiu o seu celular vibrar no bolso. Estava
tentado a responder, mas estava muito ocupado tentando atrair o ser humano.
Nunca tinha trabalhado tão duro na sua vida para conseguir alguém
interessado. Era uma mudança para ele, um desafio, e Jax amava um desafio.
Embora desejasse que o seu companheiro fosse jogar-lhe um osso.
Era apenas um passeio de moto maldição. Em poucos passos, estava no rosto
de Evan, arrastando o homem de volta em seus braços.
— Apenas diga sim. Prometo que você vai gostar.
— De alguma forma tenho um pressentimento de que você nunca foi
rejeitado antes.
— Pare de acariciar o meu ego.
Jax brincou com a orelha de Evan passando a língua.
— Pare com isso.
Seu companheiro virou a cabeça, mas não podia fugir. Não havia
para onde ir, mas Jax amou como o homem se mexeu em seus braços.
Preferia ter Evan se mexendo debaixo dele, nu. O pensamento fez o seu pau
pulsar mais forte.
Soltou um rosnado baixo, amando como a pele de Evan saboreava.
— Não é possível pensar quando a minha língua está brincando com
você?
Evan ficou mole em seus braços.
— Você é impossível.
— Você não tem ideia. — Evan era seu companheiro, e não havia
nada que Jax não faria a fim de reivindicar o ser humano. Se tivesse que vir
forte, era isso que faria. Se tivesse que desacelerar, faria isso, Nah, foda-se.
Não estava mudando quem era por ninguém. Forte era a sua maneira, sempre
tinha sido.
Ele foi o primeiro nascido, o mais dominante de todos os seis irmãos.
Jax tinha que ser. Os shifters em Sugar Creek procuravam por ele por
proteção, e protegê-los não era uma tarefa fácil. Não só teve problemas com
as hienas, mas também houve aqueles que tentaram em uma base constante
começar problemas.
Era por isso que precisava ver quem estava chamando, mas, no
momento, tinha as mãos cheias. Literalmente. Até que conseguisse passar a
primeira barreira com Evan, Jax não estava se mexendo.
— Se eu prometer ir a um passeio com você, vai abrandar?
Não era provável.
— Vou pensar sobre isso.
Por uns cinco segundos.
— Você tem um capacete extra? — Perguntou Evan. — Não estou
andando sem proteção.
Jax poderia ler sobre isto de muitas maneiras. Mal sabia o ser
humano que a proteção era desnecessária. Tanto quanto para o sexo. Pelo
menos tinha Evan disposto a ir para um passeio.
— Não, mas não vamos longe. Você tem um par de óculos de sol?
Segurou o traseiro arredondado de Evan, gemendo interiormente em
como boa a bunda do homem se sentia nas suas mãos, parou a imagem de
por o cara para baixo e trepar com ele.
Torcendo seus lábios para o lado, Evan estudou Jax. Pensou que o
homem iria prendê-lo novamente, mas finalmente concordou.
— Mas é melhor você pilotar bem devagar. Sou meio amante do meu
cérebro estar dentro do meu crânio.
Jax sorriu, abaixou a cabeça, e roubou um beijo.
— Você estará seguro comigo, luz do sol.
E para Jax significava isso. Evan era seu companheiro, e se alguém
pensasse em foder com o ser humano, teriam que lidar não só com ele, mas
com os seus cinco irmãos também.
— Kade estava perguntando ao redor. Acho que ele vai ser um
problema.
Alexander Cantino sabia que os irmãos Remus não iriam desistir, nem
mesmo após a morte do último Delgado. Seus sobrinhos tinham sido idiotas,
perdido o foco e acabaram mortos. Foi por isso que, como o verdadeiro chefe
do cartel de drogas, Alexander permitiu a Ricardo e Estefan viverem na sua
casa, levar o crédito por seu trabalho e colher as recompensas. E Estefan
permitiu que a bela casa de Alexander queimasse até o chão. Os dois
almejavam o glamour de serem ricos, mas Alexander era tudo sobre o
negócio. Ele estava atualmente em negociações com Hugo Boustead, o leão
que dirigia a Costa Oeste. Estava fazendo conexões, expandindo o seu império
e não precisava de nenhum desses ursos cruzando o seu caminho. Deveria ter
se livrado deles anos atrás.
— Algum deles está acasalado?
— Não, Fingers. — Disse Smiley. — Tanto quanto sabemos, nenhum
deles encontrou o seu companheiro.
Alexander acreditava em bater onde dói. Qualquer um poderia
explodir um prédio ou acabar com uma família inteira. Tome o que é mais
precioso para o seu inimigo, veja-o sofrer e depois o mate. Ele não era um
monstro. Ainda assim, não podia deixar os irmãos Remus continuar a
complicar as coisas.
— Envie algumas hienas no seu caminho. Mantenha-os ocupados
com outras coisas para que os seus olhos não vejam o que estou fazendo.
A última coisa que queria era que qualquer um desses ursos
descobrisse a sua verdadeira posição. Queria deixá-los continuar a pensar que
ele não era nada mais do que um peão na cadeia de comando. Era assim que
preferia.
— E se matarem as hienas? — Perguntou Smiley.
— Mande mais... — Respondeu Alexander.
— Sim, Fingers. — Smiley sorriu antes de sair da modesta casa de
dois andares que Alexander possuía. Alexander sorriu. Seu amigo era um
simplório, mas conhecia Smiley desde que eram crianças e tinha um ponto
fraco pelo cara. Smiley, cujo nome verdadeiro era Hendry, era como um irmão
mais novo para ele, e Alexander não tinha tais sentimentos macios por
qualquer um. Não, ele era um homem de negócios impiedoso que sabia como
permanecer nas sombras, enquanto o resto dos seus homens fazia o que
precisava ser feito, a fim de fazer o império Cantino crescer.

Vamos para um passeio, ele disse. Vai ser divertido, ele disse.
— Isto não é lento!— Evan manteve-se agarrado a Jax, temendo por
sua vida. Será que o homem tinha um desejo de morte? Ele cortava dentro e
fora do tráfego, chegando muito perto dos carros mais do que uma vez. —
Quero descer desta coisa!
— Tem que aprender a relaxar, luz do sol. — Jax afagou as mãos de
Evan, que estavam atualmente estrangulando a sua cintura. — Isso não é
rápido.
Se essa era a ideia de Jax de lento, Evan odiaria ver o que o homem
considerava excesso de velocidade. O limite de velocidade era de trinta e
cinco, mas Jax dirigia a pelo menos, quarenta e cinco. Talvez. Evan não tinha
certeza. Qualquer velocidade numa moto era rápido demais para ele. Essa era
uma das razões pelas quais não queria ir. Em um carro, com certeza Evan
poderia aceitar ir um pouco rápido. Lá, ele não poderia voar fora da coisa e
pousar no para-brisa de alguém como um cervo atingido numa estrada, o que
era algo completamente diferente.
— Ok, você pode me deixar aqui mesmo.
Evan não tinha ideia de onde estava, mas preferia caminhar até a sua
casa a continuar a acelerar pelas ruas. Porém, teve que admitir, ter os seus
braços em volta da cintura de Jax era bom. O homem cheirava bem. Muito
bem. Mais de uma vez enfiou o nariz no couro do casaco e inalou Jax.
— A não ser que esteja pronto para uma festa com alguns homens
reais e obscuros... — Disse Jax. — Ainda quer que o deixe aqui?
Evan olhou em torno quando chegaram a um semáforo. Havia
homens encostados do lado de fora da loja da esquina, homens que pareciam
como se pudessem roubar as suas próprias mães. Outro grupo estava mais à
frente com alguns cafetões ouvindo música latina a partir de um carro
estacionado. O carro provocou inveja em Evan. Sua Mazda parecia merda.
Sorriu para si mesmo, enquanto aumentava o seu aperto na cintura de Jax.
— Eles se parecem com um grupo amigável. Talvez pudessem me
dar uma carona para casa.
Jax empurrou para frente e depois, virou a cabeça. Evan nunca tinha
visto alguém tão ameaçador antes.
— Você deve ter uma porra de desejo de morte.
Engraçado, Evan tinha pensado a mesma coisa sobre a condução de
Jax.
— E por que diz isso?
— Por um lado, eles são hienas.
Evan franziu a testa quando balançou a cabeça.
— Você acabou de dizer que eu poderia...
— Não vai acontecer — Jax acelerou a sua moto. — E dois, apenas
tente entrar num carro com outro cara e veja quão longe chega antes que eu
rasgue o filho da puta.
E ele chamou os tipos maus de hienas? Esquisito. E Jax era apenas
um pouco demasiado possessivo para o gosto de Evan. Acabaram de se
conhecer. Era ruim o suficiente ter concordado em ir para um passeio. Não
precisava de Jax batendo no peito como um homem das cavernas.
— Tudo bem, mas vá mais devagar. — Jax acelerou. Evan quase
perdeu o seu capacete. — Você é um idiota!
— Espero que não esteja apenas tentando descobrir isso. — Jax
virou à direita. Movendo a moto muito perto do chão. Evan fechou os olhos e
rezou para não cair.
— Se sobreviver a isto, vou chutar a sua bunda...
— Você acabou de dizer que quer entrar na minha calça? — Jax
perguntou sobre o seu ombro.
— Olhe a estrada.
Gemeu Evan.
— Posso deixar você entrar na minha calça, contanto que possa
entrar na sua.
Evan bateu sua mão nas costas de Jax.
— Olhe a maldita estrada! — Com uma gargalhada masculina, Jax se
virou e dirigiu para um galpão cercado. Evan olhou para o sinal na janela. Por
que estavam na loja de Jax? O sinal na porta marcava fechado. O que Jax
queria fazer com ele numa loja fechada? Quando Jax desligou o motor, Evan
ouviu música vindo de algum lugar. Havia cinco motos alinhadas ao lado do
edifício. Seria uma festa?
— Vamos, luz do sol. — Jax ajudou Evan a sair da parte traseira da
moto. Ele ainda não tinha tanta certeza sobre seguir o cara. Não era do tipo
aventureiro e não fazia festa a fantasia com motoqueiros. Tinha ouvido
histórias. Assistiu a vídeos na TV.
— Não vou a lugar nenhum. — Evan se afastou.
Jax franziu a testa.
— São apenas meus irmãos lá atrás.
Tomando alguns passos para trás, Evan disse.
— Não estou prestes a ser passado ao redor.
O olhar no rosto de Jax só poderia ser descrito como assassino. Seus
olhos azuis se estreitaram, suas sobrancelhas enrugaram e os seus lábios
ficaram duros. Mas foi a raiva nos olhos do homem que assustou Evan.
— Não compartilho. Coloque isso na cabeça. — Jax fechou a
distância entre eles em três passos. Puxou Evan perto e acariciou o seu rosto.
— Ninguém vai bater em você. Ninguém vai dizer nada depreciativo e ninguém
vai porra tocá-lo. Entendeu? Você pertence a mim. Fim da história.
— Whoa. Espere. O que? Não pertenço a você.
Jax riu. O sorriso o fez parecer tão bonito, tão acessível.
— Mantenha-se dizendo isso, luz do sol.
Parecia que Jax estava brincando. Ele estava brincando? Evan sentiu
uma dor de cabeça. Precisava apenas se virar e ir embora. Beth estava certa?
Deveria tê-la escutado? Evan queria acreditar que Jax era um bom homem,
mas estava começando a pensar que cometeu um grave erro de julgamento.
Jax agarrou a sua mão e o puxou junto. Eles rodearam o lugar e Evan puxou a
sua mão, mas Jax não soltou. Havia cinco homens, cinco homens enormes,
sentados em cadeiras no gramado em torno de uma churrasqueira, a fumaça
ondulando para cima. Todos tinham bebidas na mão, vestiam roupas de couro,
riam e conversavam. O estômago de Evan retumbou e a sua boca aguou com
o cheiro da carne assando na grelha. Ele estava morrendo de fome. Numa
pequena mesa, um laptop estava aberto, um alto-falante preso a ele. Rock
tocava no crepúsculo. A noite ainda estava quente mesmo que fosse
primavera. Evan amava noites como esta, mas não estava muito certo se
queria passá-la com estes homens. Ficou em silêncio quando cada um deles o
olhou. Deu um passo para trás, desejando estar em qualquer lugar, menos
aqui. Quem não fantasiava sobre estar com um bad boy? Mas estar realmente
em torno desses homens... Evan engoliu seco.
— Este é Houston, Cruz, Hound Dog, Kade e Wyatt.
Jax apontou cada um dos homens. Não haveria maneira de Evan se
lembrar de qualquer um dos seus nomes. O mais carrancudo era o que
chamava Hound Dog. Quem chamaria o seu filho de Hound Dog? Esquisito.
Muito estranho.
— Este é Evan. — Jax disse aos homens quando pegou uma garrafa
de cerveja do refrigerador e se sentou na borda da mesa. — Ele é da família
agora. — Os olhos de Evan se arregalaram. O que na terra Jax estava falando?
Alguns dos homens pareceram surpresos, enquanto outros sorriram para ele.
Jax cavou através do refrigerador de novo, tirou uma lata de refrigerante e
entregou a Evan que a agarrou como uma tábua de salvação. Parecia que
saltara para fora da frigideira e direito para o fogo. Jax era comprovadamente
insano. Quem conhecia um cara e no mesmo dia, chamava-o de família? Jax
pegou o seu telefone celular e olhou para ele.
— Preciso retornar esta chamada. — Disse a Evan. — Meus irmãos
não vão morder.
Eles com certeza pareciam que queriam.
— Espere, está indo embora? — Seus batimentos cardíacos
triplicaram. Não, Jax não podia deixá-lo com esses homens. Evan era
antissocial, por uma razão: Não conseguia ter uma conversa ociosa e havia
cinco homens para conversar aqui. Jax balançou a cabeça, enquanto respondia
ao seu telefone. Moveu-se para longe deles, mas ainda permaneceu à vista.
Evan mordeu o lábio inferior quando se virou. Todos os cinco homens olhavam
para ele. Mantenha a sua boca fechada. Não diga nada, porque você sempre se
envergonha.
— Então... — Evan disse, enquanto esfregava a parte de trás do seu
pescoço. — Vocês vêm sempre aqui?— Os homens começaram a rir, e Evan
queria cavar um buraco em algum lugar. Todos estavam olhando para ele.
Sentiu-se compelido a dizer alguma coisa.
— Eu já gosto de você. — Disse Houston. Ou, pelo menos, Evan
pensou que o seu nome era Houston. Mas, poderia estar errado. — Vai se
encaixar muito bem aqui.

Evan tomou banho e vestiu um short de nylon e uma camisa. Abriu a


janela do quarto e depois se jogou sobre a cama. Foi um dia longo e louco.
Evan estava tentado a chamar Jax quando olhou para o telefone na
mesa de cabeceira. Virou-se, obrigando-se a sair do seu quarto sozinho. O
vento ligeiro agradou as cortinas, e a lua brilhava iluminando o quarto. A noite
esfriou rapidamente, mas Evan gostava de dormir no clima frio. Ele odiava
dormir quando estava quente. Na verdade, nunca poderia dormir quando a
temperatura era de mais de oitenta graus, porque, bem, era também
extremamente quente.
Suspirou quando Jax entrou na sua mente. Deus, por que não podia
parar de pensar no homem? O cara era agressivo, teimoso, muito para frente,
e exigente. Ele intimidava Evan apenas por estar perto dele.
Gah! Evan se virou de novo, empurrando a mão sob a sua bochecha.
Não ia ligar para Jax.
Evan levantou a cabeça quando ouviu um barulho fora da janela do
seu quarto. Ele vivia num duplex. O primeiro andar era dele. O ruído poderia
ser o seu vizinho de cima.
Rolando da cama, Evan olhou para o quintal escuro. Não viu
ninguém. Talvez Jax tivesse voltado. Mas por que o cara estaria no seu
quintal? Isso não fazia qualquer sentido, portanto, Evan descartou a ideia.
Girou quando ouviu algo passar pela porta do quarto. Que diabos?
Evan olhou pela janela mais uma vez, não viu nada, e depois na ponta dos pés
foi em direção à porta. Pressionou o ouvido à madeira, mas não ouviu nada.
Depois do dia que teve, era possível que estivesse ouvindo coisas.
Uma imaginação fértil. Mitchell o tinha abalado. Jax o tinha abalado. Sua irmã
o irritou muito. O que realmente tinha Evan na borda eram as reivindicações
que Jax fez.
Família agora? O que exatamente isso significa? E por que o homem
agiu tão possessivo quando o tinha acabado de conhecer naquele dia? Jax
tinha praticamente carimbado propriedade nele todo. Estava começando a
acreditar que Jax era realmente insano.
Bem, olhe para o lado positivo. Pelo menos descobriu que tipo de
motoqueiro que ele é.
Evan revirou os olhos e afastou o pensamento.
Fortalecendo a sua coluna e dizendo a si mesmo que estava sendo
tolo por temer um ruído, abriu a porta do quarto. Moveu-se para o corredor e
estava indo em direção ao banheiro quando ouviu uma cadeira raspar pelo
chão. Não tinha certeza se o barulho veio de uma cadeira, mas isso era como
soou.
Ele acalmou a sua respiração que ficou presa nos seus pulmões.
Ninguém deveria estar na sua casa. Evan tentou ouvir mais, mas o barulho
não se repetiu. Estava com muito medo de se mover e só queria levar o
traseiro de volta para o seu quarto, mas não conseguiu fazer os seus pés
trabalhar.
Evan quase molhou-se quando viu uma sombra cruzar o limiar para a
cozinha. Alguém definitivamente estava lá. Evan caminhou para trás, na
esperança de chegar ao seu quarto antes que fosse descoberto. Precisava do
seu telefone celular para chamar a polícia, policiais que mais do que
provavelmente não iriam chegar a tempo.
Ainda assim, Evan tinha que tentar.
Ele quase chegou ao seu quarto quando alguém saiu da cozinha. O
cara olhou para o corredor, e Evan reconheceu quem era. Que diabos Mitchell
está fazendo lá? Alguém veio de trás de Mitchell.
Oh Deus! Havia dois homens na casa de Evan.
Aterrorizado além das palavras, Evan girou sobre os calcanhares e
saiu. Correu para o quarto e bateu a porta, pressionando as suas costas na
madeira desejando que a sua porta tivesse uma fechadura.
Um som de raspagem podia ser ouvido na porta.
—Saia e jogue, Evan.
Era Mitchell. Sabia que o homem era sombrio, mas Evan não achou
que estivesse totalmente perturbado.
— Que porra está fazendo aqui?
— Só quero conversar — disse Mitchell a partir do outro lado da
porta. Os olhos de Evan foram para a janela aberta. Podia jurar que só viu
uma sombra. Seu pulso disparou enquanto o seu corpo tremia. Evan não era
páreo para Mitchell em uma luta. Não havia nenhuma maneira que seria capaz
de assumir dois homens e vencer.
A porta empurrou para frente. Evan usou o seu corpo para empurrá-
la para trás.
— Pare e seja razoável, Evan, — Mitchell disse com raiva na voz. —
Só quero falar contigo.
— Você invade as casas das pessoas para conversar? —, Perguntou
Evan. Precisava chegar ao seu telefone, mas se afastasse da porta, não seria
capaz de fechá-la se Mitchell tentasse abri-la novamente.
Evan desejava que o seu coração parasse de bater tão duro. A tensão
deu-lhe um inferno de uma dor de cabeça. Esfregou as têmporas e se
perguntou como iria sair dessa bagunça.
Beth iria definitivamente levar uma bronca sobre o seu namorado. O
homem era um psicopata.
Mitchell empurrou contra a porta novamente. Desta vez a deixou
completamente aberta. Evan voou pelo quarto e bateu no chão. Sabia que
Mitchell era forte, mas não tão forte. Evan ficou de pé, com o coração na
garganta, seu estômago em nós e a boca seca.
Pegando o seu telefone fora da mesa de cabeceira, Evan tentou
correr pela porta do quarto, mas Mitchell foi rápido. Abordou Evan. Os dois
foram voando para a penteadeira. Evan gritou de dor quando caiu no chão. O
telefone dele voou da sua mão quando Mitchell caiu em cima dele.
— Saia de perto de mim!
— Disse–lhe para não se aproximar desses motoqueiros, — Mitchell
disse e tentou agarrar os braços de Evan. O homem montou o colo de Evan, e
o peso era esmagador. — Agora você está na lista de merda.
Evan não tinha ideia do que Mitchell estava falando. Atirou os braços
em volta, tentando parar o cara de prendê-lo. Pena que não poderia tirar
Mitchell fora dele, mas isso não ia acontecer.
— Tem as coisas sob controle?
Evan olhou para a janela do seu quarto para ver alguém parado do
outro lado. O cara estava meio escondido nas sombras, mas o que Evan sentiu
gelou o seu sangue. O estranho tinha uma longa cicatriz no lado esquerdo do
seu rosto, o corte rodando para direita sobre o olho.
— Disse que tenho isso, Smiley — disse Mitchell. Evan foi pego de
surpresa, e Mitchell se aproveitou disso. Prendeu os braços de Evan.
— Não use a porra do meu nome — disse Smiley antes de
desaparecer de vista.
— O que planeja fazer comigo mim? — Evan estava perfeitamente
imóvel. Seus músculos estavam tensos, a respiração rouca.
— Tão cheio de perguntas — disse Mitchell. Ele mudou de posição
ligeiramente. — E se está pensando em contar a Beth sobre isso, não, ou
estarei de volta, e na próxima vez não serei tão bom.
Agradável? O cara estava falando sério? Evan apertou os seus lábios,
suas narinas dilatadas. Queria xingar Mitchell, mas tinha medo do que o
homem faria. Evan sacudiu a cabeça para o lado quando Mitchell se inclinou
para frente, com o rosto tão perto que a respiração ofegante podia ser sentida
na pele de Evan.
— Acho que não adianta fingir mais, agora está lá? — Mitchell
aninhou-o e bile trabalhou o seu caminho até a garganta de Evan. — Você não
pertence a ninguém, somente a mim, Evan. Faria bem lembra-lo.
Oh Deus, por favor, não. Por favor, não, não, não. O corpo de Evan
balançou como um louco enquanto as lágrimas saiam dos seus olhos. A mão
de Mitchell deslizou entre os seus corpos, e ele agarrou pau flácido de Evan.
— Fique longe de mim! — Evan resistiu e se debateu, lutando como
o inferno para tirar o homem dele. — Saia de perto de mim!
Mitchell acertou um golpe duro em Evan que ele jurou que a sua
mandíbula quebrou. A dor explodiu no lado do seu rosto quando o quarto
girou.
— Diga a Beth ou ao motoqueiro sobre isso e juro que vou te caçar e
matar você, Evan. Se você acha que estou blefando, tente-me.
Mitchell puxou Evan do chão e arrastou-o para a cama. Em um
movimento fluido, jogou Evan sobre o colchão.
— Você não vai estar gritando para eu sair de você quando eu
terminar com você, Evan.
Evan ouviu um rugido alto, um ruído que poderia ser descrito apenas
como animalesco. Evan cobriu o rosto. Mitchell deixou o cós da bermuda de
Evan.
Soou como se algo tivesse sido quebrado. Evan não queria olhar, com
medo de ser Smiley, mas não podia parar de mover as mãos longe do seu
rosto.
Seu queixo caiu quando viu Jax e Mitchell lutando. Eles golpeando e
fazendo movimentos que Evan só tinha visto na televisão. Mitchell tentou
acertar Jax, mas Jax se moveu rapidamente, seguindo com uma batida do seu
punho no estômago de Mitchell. Os dois se moveram tão rápido que tudo
parecia um borrão.
E então Mitchell recuou, virou-se, e saltou pela janela aberta. Jax
começou a avançar e depois parou. Ele virou-se para Evan. O olhar no rosto de
Jax era francamente assustador.
Evan gritou e tentou se arrastar para o outro lado da cama. Agarrou
o colchão quando Jax o agarrou e puxou Evan em seus braços.
— Foda-se, a luz do sol. Sinto Muito. Sinto muito.
Ele não tinha certeza do que Jax estava se desculpando. O homem o
tinha salvo de Mitchell. Evan estremeceu enquanto enxugava seus olhos.
Estava abalado e não sabia o que pensar. Não conseguia se concentrar. Seus
pensamentos estavam espalhados por toda parte.
Jax se sentou na beirada da cama, levando Evan com ele. Os dois
sentaram-se lado a lado, enquanto Jax mantinha o seu braço em torno de
Evan.
— Você se machucou?
Evan sacudiu a cabeça. Seu lado ferido colidiu com a cômoda, o rosto
ainda doía de ser desajeitado, mas tinha certeza que iria viver.
— Que porra aconteceu? — Evan olhou ao redor e tentou fazer
sentido de tudo isso, mas não podia. O que Mitchell tinha feito, não fazia
nenhum sentido para Evan. Claro, o cara era um canalha e um homem gay
armário, mas Evan nunca pensou que Mitchell iria invadir a sua casa e tentar...
Evan engoliu e lutou para empurrar a memória para longe.
Não importa como olhava para a situação, a verdade era a verdade.
Mitchell tinha planejado estuprá-lo. Evan cerrou os punhos enquanto olhava
para a janela do quarto. A tela agora estava dividida, mas a noite estava
tranquila como antes de tudo ir para o inferno.
Seu armário estava quebrado, apesar de tudo. A parte superior foi
esmagada para dentro e Evan ficou intrigado de como o peso de Mitchell
poderia ter feito isso. O cara tinha uma sólida, construção muscular, mas
porra.
— Ele não vai voltar a feri-lo —, disse Jax. — Não vou te deixar
desprotegido em caso dessas hienas voltarem.
Voltar? O pensamento fez Evan desejar rastejar para dentro do seu
armário e se trancar lá. Além disso, essa foi a segunda vez que Jax usou a
palavra hiena. A mente de Evan estava girando, e ele não deu a escolha
estranha em palavras um segundo pensamento.
Diga a Beth ou ao motoqueiro sobre isso e juro que vou te caçar e
matar você, Evan. Se você acha que estou blefando, tente-me.
O pulso de Evan acelerou enquanto ele engoliu. Ele viu a verdade nos
olhos frios de Mitchell. O homem estaria de volta como prometido se Evan
falasse uma palavra sobre o que tinha acontecido esta noite.
— O-obrigado. — Ele correu as mãos para cima e para baixo nos
braços.
Jax levantou. Pegou a mão de Evan e puxou-o de pé.
— Vamos para a cozinha. Vou fazer um chá. O calor vai ajudar a
acalmar seus nervos.
Evan não achava que nada iria acalmar os seus nervos depois do que
quase aconteceu com ele, mas seguiu Jax entanto.

Mitchell deslizou no carro de Smiley, chateado que Jax apareceu e


interferiu. A ordem foi para ir atrás de um dos irmãos de Remus, mas Mitchell
tinha conhecimento pessoal que Jax tinha tomado um brilho sobre Evan.
Seu Evan.
Tinha planejado usar Evan para ferir Jax, mas porra. Bateu com o
punho no painel. Evan era dele, e apenas o pensamento de Jax tocar o
humano tinha os molares posteriores de Mitchell moendo.
— Se o tivesse levado em vez de foder ao redor, não estaríamos de
mãos vazias. — Smiley pareceu assassino enquanto dirigia pela rua. — Mas
pelo menos agora sabemos que Jaxxon Remus tem um ponto fraco.
Mitchell ficou lá puto. Ele queria Evan desde o primeiro momento em
que pôs os olhos sobre o homem. Mitchell não era gay, nunca foi. Havia
apenas algo sobre Evan. Ele não tinha certeza do que era, mas algo estava lá,
e hoje à noite, depois de ter Evan se contorcendo sob ele, Mitchell sabia que
não ia parar até que tivesse o homem.
E se Beth estivesse no caminho, bem, os seres humanos eram
propensos a tantos acidentes.
— Vou lidar com Evan — disse Mitchell.
— Isso não é com você, — Smiley lembrou. — Vou ter que dizer a
Fingers sobre o humano.
Mitchell olhou para Smiley.
— Eu disse que tenho isso.
O homem deu de ombros.
— Tanto faz.
Mitchell sabia o que tinha que fazer. Smiley iria para os Fingers
independentemente e Mitchell não podia permitir que isso acontecesse. Ele
queria Evan, e ninguém iria ficar no seu caminho. Nem Beth, nem Jax, e nem
os Fingers.
— Por que você não toma essa rua? — Disse Mitchell.
Quando Smiley olhou para o lado, Mitchell tirou a nove milímetros da
cintura. Ele manteve ao seu lado até que Smiley fez a curva. Quando pararam
no semáforo, ele puxou o gatilho e rapidamente saiu do carro.
Ninguém iria ficar entre ele e Evan.
A buzina soou quando Smiley caiu sobre ela. Mitchell era um
fantasma. Os policiais diriam que era outro tiroteio de gangues sem sentido.
Investigariam, com certeza, mas desde que Mitchell tinha queimado suas
impressões digitais quanto entrou para os Fingers há muito tempo, boa sorte
com isso.
Sorriu para si mesmo enquanto fez o seu caminho até o carro. Tinha
estacionado a poucos quarteirões da rua de Evan. Escorregando para dentro,
saiu do meio-fio e dirigiu-se para Beth.
Quando Evan foi para o banheiro, Jax puxou o telefone e chamou
Kade. Ele era o braço direito de Jax. O cara tinha uma cabeça fria e era muito
bom sob pressão.
Algo que Jax não se sentia bem agora. Sua raiva ferveu dentro dele
enquanto andava na cozinha. Queria a cabeça do intruso em uma bandeja,
ontem.
— O que está acontecendo? — Kade perguntou quando atendeu o
telefone.
Jax foi até para a porta da cozinha e olhou para o corredor. A porta
do banheiro ainda estava fechada.
— A porra da hiena estava atacando Evan quando apareci.
— Você tem que estar brincando comigo —, disse Kade. — Precisa de
mim para ajudá-lo a enterrar o corpo?
— Ele pulou pela janela. — disse Jax. Ele ainda estava fervendo
sobre o fato de que o shifter hiena tinha escapado. — Mas vi o rosto dele, e
quero o seu sangue.
— Apenas me diga o que precisa que eu faça, mano.
Jax queria bater com o punho na parede. Uma caçada teria sido
preferível, mas não ia deixar Evan só, ele parecia que estava desconfiado dos
irmãos de Jax, então não poderia ter um deles sentando com o seu
companheiro enquanto caçava o hiena.
— Vou levar Evan para casa esta noite. Quero um alerta para que as
hienas saibam sobre o meu companheiro e que não se aproximem dele.
Jax voltou para a cozinha quando ouviu a água na pia do banheiro
liga.
— Vai levar um minuto para convencer Evan para vir comigo. Preciso
de alguém aqui para manter um olho enquanto lido com o meu companheiro.
— Vou pegar o endereço com Cruz e estarei no meu caminho —,
disse Kade.
— Obrigado. — Jax desligou e guardou o telefone, assim que Evan
entrou na cozinha. O homem parecia um pouco pálido e os seus passos eram
instáveis.
Se alguma das hienas sabia quem Evan era e que era o companheiro
de um alfa, Evan seria um prêmio a ser capturado e usado contra Jax. Uma
vez que apenas os seus irmãos sabiam, Jax não conseguia entender como
alguém poderia saber sobre Evan, a menos que alguém o tinha visto aqui mais
cedo.
Jax queria caçar a hiena e lentamente torturá-lo pelo que o cara tinha
planejando fazer com Evan. Só um cego teria perdido a forma como o cara
tinha puxado o calção de Evan.
Depois de entregar a Evan a xícara de chá, Jax puxou uma cadeira da
mesa.
— Sente-se.
Evan sentou-se, mas suas mãos tremiam tanto que o líquido quente
espirrou em torno. Temendo que o seu companheiro fosse queimar-se, Jax
tomou o copo e colocou-o sobre a mesa. Agachou-se na frente de Evan e levou
as mãos do humano na sua.
— Até que eu saiba o que está acontecendo, me sentiria muito
melhor se você ficasse na minha casa.
— OK.
Jax abriu a boca para argumentar o seu ponto quando percebeu que
Evan tinha concordado. Esperava um argumento ou, pelo menos, um debate
acalorado. Rápida aceitação de Evan disse-lhe apenas como verdadeiramente
abalado o homem estava.
— Conhece o cara que te atacou? — Perguntou Jax.
Evan olhou para a porta de trás, lágrimas transbordando dos seus
olhos. Ele sentou-se em silêncio enquanto tremia ligeiramente. Jax amaldiçoou
e puxou Evan em seus braços. Ele segurou o homem, passando uma mão
pelas costas de Evan.
— Vou encontrar quem fez isso, Evan. Prometo a você, e vou ter
certeza de que nunca o incomode novamente. — Pressionando um beijo contra
a bochecha de Evan, Jax abraçou o seu companheiro por mais um momento
antes que de coloca-lo de pé. — Devemos sair daqui.
Evan oscilou um pouco e, em seguida, começou a entrar em colapso.
Jax chamou o seu companheiro então pegou Evan em seus braços. Sentou-se
enquanto segurava o homem. Desgastado pelo choque e adrenalina.
Jax não era o tipo de homem de ir à procura de problemas. Tinha
chegado em uma correção mais de uma vez, e na maioria das vezes era da
sua responsabilidade. Outros não eram, mas alguém trouxe a luta até a porta
de Evan, e Jax planejava proteger o que era dele.
— Respire fundo, luz do sol.
A respiração de Evan era irregular enquanto ele olhava para frente.
Piscou algumas vezes, lambeu os lábios, e depois sacudiu a cabeça.
— Por que continua me chamando assim?
— O que? Luz do Sol? — Jax coçou a barba. — Isso deveria ser
óbvio.
Evan franziu as sobrancelhas.
— Não é.
Jax inclinou a cabeça quando ouviu alguém pisar na varanda. Botas
de encontro à madeira. Quem quer que fosse, ele não estava tentando
mascarar seus passos.
— O que há de errado? — Evan sacudiu com mais força. Ele começou
a ofegar fortemente enquanto chupou o seu lábio inferior repetidamente
mordendo-o.
Jax colocou Evan na cadeira e colocou o dedo nos lábios. Quando Jax
começou a se afastar, Evan agarrou o braço dele quando ele balançou a
cabeça.
— Não vá — ele sussurrou em uma voz em pânico. — Não me deixe
sozinho.
Jax se agachou, deslizando a mão sobre a mandíbula suave de Evan.
O medo nos olhos do seu companheiro fez o peito de Jax ficar apertado.
— Sou vou verificar as coisas lá fora, luz do sol, — ele disse,
mantendo a voz baixa. — Prometo que não vou demorar, ok?
Os lábios de Evan se separaram quando seus olhos se arregalaram
um pouco. Ele assentiu enquanto soltava Jax. Orgulho inchou em Jax, quando
Evan endireitou os ombros e ergueu o queixo uma pouco.
— Ficarei bem enquanto estiver fora.
Jax agarrou a parte de trás do pescoço de Evan e puxou o seu
companheiro para um beijo rápido, mas com fome.
— Não se mova desta cadeira.
Avançando para a porta da cozinha, Jax verificou o corredor. Ele não
tinha ouvido a porta da frente abrir, mas era melhor errar do lado da cautela.
Jax se dirigiu para a porta da frente e a abriu com um rugido feroz.
Os olhos de Kade se arregalaram um pouco antes dele sorrir.
— Essa é maneira que cumprimenta o seu irmão?
— Você deveria estar apenas vigiando. — Disse Jax. Depois do que
Jax tinha acabado de passar, Kade teve sorte de Jax ter hesitado, ou o seu
irmão poderia ter tido a sua garganta arrancada.
Deixando a porta aberta, Jax voltou para a cozinha. Precisava voltar
para o seu companheiro e garantir a Evan que estava tudo bem. Quando
entrou, encontrou Evan de pé, como se estivesse pronto para lutar. Tinha uma
grande faca de açougueiro na mão e tremia.
Kade entrou atrás de Jax e parou.
— Era apenas o meu irmão. — Jax disse levantando a mão. — Se
acalme.
Como se um interruptor tivesse sido ligado, os olhos de Evan se
acalmaram. Sua postura relaxou enquanto seus ombros ligeiramente
baixaram.
— Embora não teria me importado em ver alguns movimentos ninjas
loucos com essa faca. — Disse Kade com humor na sua voz.
— Não conheço nenhum. — Evan disse colocando a faca sobre a
mesa.
— Poderia te ensinar. — Kade ofereceu.
Jax olhou para o seu irmão. Evan já tinha passado por muita coisa.
— Se alguém aqui vai ensinar ao meu companheiro autodefesa, esse
alguém vou ser eu.
— Seu o quê? — Evan perguntou e depois sacudiu a cabeça. — Deixa
para lá. Juro que você às vezes fala em código.
Kade olhou para Jax.
— Ainda não lhe disse nada, pelo que vejo.
Jax deu uma cotovelada no estomago de Kade, e deu ao homem um
olhar duro.
— Se nós vamos sair, temos que fazer isso logo. — Evan disse
enquanto passava por Jax e Kade. — Estou exausto, se me sentar novamente,
não vou levantar mais.
Jax viu que Evan estava em negação sobre o ataque.
Evan parou no corredor e olhou em direção ao seu quarto. Ficou lá
por um segundo antes de voltar tremendo e correr em direção da porta da
frente. Jax iria voltar mais tarde para pegar alguns itens que Evan poderia
precisar, mas não queria forçar o seu companheiro a voltar para pegar as suas
coisas.
Digitalizando a rua, Jax levou Evan para a sua Harley. Antes de
entregar um óculos de sol para Evan, colocou a sua jaqueta de couro em Evan,
Jax parou e Evan teve que puxá-lo para seguir a diante. Ficou consciente de
que tudo que Evan usava era um calção e uma camiseta. Passou sua perna por
cima da moto, e esperou que Evan se acomodasse na sua garupa.
Como se fosse o único a pensar claramente no momento, Kade saiu
da casa com um par de tênis. E o entregou a Jax. Desmontando da moto, Jax
deslizou os tênis nos pés de Evan e depois voltou a subir na Harley. Seu
companheiro não tinha dito uma palavra, e tinha permitido que Jax cuidasse
dele.
Isso era bom. Jax gostava de cuidar de Evan. Nunca pensou que isso
fosse possível, desde que Jax estava acostumado a estar sempre sozinho.
— Devagar desta vez. — Disse Evan.
Jax assentiu. Pilotaria devagar esta noite. Daria a Evan qualquer
coisa que quisesse depois do que passou. O que Jax precisava descobrir
primeiro era o por que a hiena tinha Evan como alvo. Não era como se o ser
humano fosse o primeiro cara com quem Jax já tinha sido visto. Sempre
gostou muito de sexo e já tinha ido em várias casas, onde os seus encontros
de uma noite viviam.
Inferno, Jax ainda nem tinha dormido com Evan. Isso era um
retrocesso. Kade ficou ao lado dele enquanto os dois faziam o caminho de
casa. Evan o segurava apertado, e Jax manteve a sua velocidade no limite,
conforme a cidade lentamente deslizava por eles.
Quando finalmente estacionaram, Jax ficou surpreso ao ver o resto
dos seus irmãos em torno da entrada. Houston e Wyatt estavam inclinados
contra a parede da casa, conversando. Hound estava ao telefone e Cross
andava de um lado para o outro na entrada da casa até que avistou Jax e
Kade.
Jax desligou a moto, mas não desmontou. Ficou sentado na moto,
enquanto olhava para os homens.
Foi Houston quem falou primeiro.
— Ele está bem?
Com um aceno de cabeça, Jax disse.
— Só um pouco abalado.
Não revelou o que tinha visto no quarto. Ou seus irmãos teriam
montado as suas motos e ido atrás da hiena responsável. O que era trabalho
de Jax, e um prazer que iria desfrutar futuramente.
Jax olhou por cima do ombro, enquanto Evan descia da moto. Seu
companheiro caminhou para a calçada, que separava o gramado das árvores, e
pegou o seu celular.
— Você reconheceu o invasor? — Perguntou Houston.
O resto dos homens se viraram para Jax, à espera de uma resposta.
Jax sacudiu a cabeça.
— Não, mas o vi e não vou esquecer da sua cara.
— Nós podemos começar a procurar ao redor amanhã. — Disse
Wyatt. — Podemos fazer paradas em alguns lugares, para ver se você pode
encontrá-lo.
Sugar Creek era uma cidade grande, e embora as hienas ficassem
principalmente no lado sul da cidade, não costumavam andar fora do seu
território. Seria como procurar uma agulha num palheiro. Jax iria procurar o
cara. Não tinha nenhuma dúvida sobre isso. Mas naquele momento, seu foco
estava em Evan.
— Que diabos você quer dizer, está falando que estou mentindo? —
Evan gritou no seu telefone.
Todos seus irmãos se viraram na direção da explosão. Jax deslizou
para fora da sua motocicleta e caminhou em direção ao seu companheiro.
Poucos carros passaram por eles. Seu vizinho que saia de casa,
acenou para Jax. Uma sirene pode ser ouvida ao longe. A cidade nunca parecia
dormir, e sinceramente, Jax não gostava que Evan estivesse a céu aberto. Não
quando ele ainda não sabia por que Evan tinha sido um alvo.
Os irmãos de Jax migraram para a varanda da frente. Kade e Cross
sentaram nos degraus. Houston, Hound e Wyatt se sentaram nas cadeiras da
varanda. Evan virou e olhou para Jax.
— Vamos falar sobre isso mais tarde. — Evan desligou e guardou o
telefone. Jax não precisava dos seus sentidos aguçados para dizer que o seu
companheiro estava chateado.
— Alguém que preciso matar? — Perguntou Jax.
Evan olhou para ele como se não tivesse certeza se Jax estava
brincando com ele ou não. E ele não estava.
— Assim tão fácil?
— Para você, sim, isso é. — Jax colocou a mão na parte inferior das
costas de Evan e guiou-o para varanda.
— E se eu dissesse que sim? — Evan perguntou enquanto olhava
para os irmãos de Jax. Seu companheiro se moveu para o fim da varanda, o
mais longe dos outros quanto possível antes de descansar contra a grade de
madeira.
Jax não iria deixar o seu companheiro colocar muito espaço entre
eles. E se moveu para onde Evan estava e se inclinou ao lado do cara.
— Então tudo o que você tem a fazer, é me dar o nome e dizer o que
essa pessoa fez com você.
— Você realmente se preocupa. — Disse Evan. Uma das suas
sobrancelhas levantou enquanto olhava para Jax de cima para baixo. — Tenho
a sensação de que está falando sério.
— E me sentiria muito melhor se nós levássemos esta conversa para
dentro de casa. — Jax disse observando a rua. Tinha a sensação de que
estavam sendo observados. Os cabelos da sua nuca se arrepiaram. Kade e
Cross sentaram eretos e firmaram os pés no chão. Parecia que tiveram a
mesma sensação também. Os dois olharam para cima e para baixo da rua
antes de voltar a relaxar.
— Vamos entrar. — Jax disse, Houston se levantou e abriu a porta
da frente. Seus irmãos estavam ali, e não entrariam até que Jax e Evan
entrassem.
— É estranho ter tantos homens me olhando. — Evan sussurrou para
Jax. Mal sabia o ser humano que cochichar era inútil. Criaturas sobrenaturais
tinham uma audição superior, bem como a visão e o olfato.
Guiou Evan para o andar de cima e o levou para o seu quarto antes
de fechar a porta atrás deles. Seu companheiro olhou ao redor do quarto, que
foi decorado para um ocupante masculino. As paredes eram da cor creme, mas
o resto do quarto era decorado com as cores azul escuro, verde e esmeralda,
do tapete indo para a colcha e as cortinas.
A mãe de Jax tinha tido uma grande mão para decorar a casa dos
seus filhos. Se fosse por Jax e os seus irmãos, a casa iria parecer mais como
um confuso apartamento de solteiro, porque nenhum deles tinha jeito para
esquemas de cores ou até mesmo se importavam com isso.
A casa era grande o suficiente para acomodar todos os seis homens
com espaço de sobra. O quintal era espaçoso, e o seu negócio era a poucos
passos de distância. A instalação era perfeita. A única coisa que faltava eram
seus companheiros.
— Bonito quarto. — Evan disse se sentando na cama king-size.
— Obrigado. — Jax sentou na poltrona no canto do quarto e tirou as
suas botas. — Quer me dizer com quem você estava discutindo ao telefone?
Pressionando as mãos no seu colo, Evan sacudiu a cabeça.
— É tarde e estou exausto. — Chutou seus tênis para fora dos pés, e
removeu a jaqueta de Jax, depois se enrolou em cima da cama.
Jax tirou a roupa deixando a sua cueca boxer antes de rastejar ao
lado de Evan. Jogando um braço sobre o seu companheiro, só para ter Evan
fugindo para longe. Quando seu companheiro virou, seus olhos estavam
arregalados.
— Você não tem um pijama?
— Não.
— Você não pode vestir outra coisa?
— Costumo dormir nu. — Disse Jax. — Tem sorte que mantive a
minha roupa de baixo. — Puxou Evan de volta para ele e abraçou o seu
humano. Evan ficou ali, rígido. — Relaxe e durma um pouco.
— Tenho um homem quase nu deitado ao meu lado. Como posso
conseguir dormir? — Evan se moveu. Sua bunda esfregou sobre o pênis de
Jax. Foda, se o homem não estava tornando mais difícil para que jogasse
bonito.
Jax agarrou o quadril de Evan para impedi-lo de se mover. Outro
roçar assim e as boas intenções de Jax estariam saindo pela janela. Ele nunca
tentou se comportar com ninguém antes, e agora sabia o porquê. Ficar deitado
lá com uma ereção completamente rígida era torturante.
— Fique quieto. — Disse ele com os dentes cerrados.
— Seu quarto é abafado. — Evan reclamou. — Sinto muito, mas
estou acostumado a dormir com a janela aberta ou com um ventilador ligado
na minha direção.
Jax virou e levantou. Abriu a janela, em seguida, se arrastou de volta
para a cama.
— Melhor?
— Obrigado. Vou ficar melhor, uma vez que refrescar. — Evan
começou a se mover novamente. E Jax apertou os dentes.
— Ou você fica parado ou vai ter que lidar com o que está fazendo
para o meu pênis. — Os dedos de Jax apertaram o quadril de Evan. Fechou os
olhos e tentou acalmar o seu tesão em fúria, mas não resolveu muito. Jax
queria o ser humano tão mal. Só o seu aroma já estava deixando Jax louco.
Depois disso Evan ficou imóvel, nem parecia que o homem estava
respirando.

Evan olhou para o armário quando a mão de Jax descansou no seu


quadril. Disse a si mesmo que não seria um cara fácil, mas Jesus. Como um
cara poderia resistir a tanta tentação. Jax estava atrás dele, seu grande corpo
estava estendido contra o seu e coberto com nada a não ser uma fina cueca.
A protuberância na cueca do homem não passou despercebida, e
Evan a queria. Deus, como queria. A mão no seu quadril era como um toque
elétrico, e o corpo de Evan desejava ser tocado em outros lugares, mais
íntimos. Queria apagar o que Mitchell tinha tentado fazer com ele da sua
memória, e ter relações sexuais com Jax. Evan estava desesperado por isso.
Será que essa seria a coisa certa a fazer? Provavelmente não, mas no
momento, sua lógica se foi, substituída pelo desejo.
Mordendo o lábio inferior, Evan empurrou a sua bunda para trás. Seu
pulso disparou quando sentiu a ereção de Jax pressionada contra ele.
Jax rosnou e virou Evan. O homem tinha realmente rosnado. E agora
pairava sobre Evan, uma mão estava de cada lado da cabeça de Evan.
— Você fez isso de propósito, porra!
— Estava apenas tentando ficar confortável. — Evan mentiu. —
Ainda está quente aqui.
Me beije. Me beije. Por favor me beije.
Não, não me beije. Não deixe que ele tenha o seu caminho tão
facilmente.
Evan não estava certo do que fazer. Seu peito subia e descia em
fôlegos rápidos, enquanto olhava dentro dos lindos olhos azuis de Jax.
— Quantos homens você já teve na sua cama? — Por que diabos
tinha apenas perguntado isso? Evan desejava poder tomar a sua pergunta de
volta. Não era da sua conta. Tinha acabado de conhecer o cara, e estava
cavando fundo e ficando mais pessoal.
Tem um caminho a percorrer, idiota.
— Nenhum. — Disse Jax.
O olhar sério de Jax fez Evan querer acreditar no homem. Não que
importasse. Não estavam namorando nem nada.
— Está ficando tarde. — Evan desviou o olhar, perturbado pelo
quanto queria Jax.
Engasgou quando Jax baixou a cabeça e roçou os lábios no seu
queixo. As pálpebras de Evan agitaram e teriam fechado se não tivesse
parado. Apertou as mãos no peito impressionante de Jax, quase babando
antes de empurrar o cara para longe.
— O que você está fazendo?
— Tentando deixa-lo à vontade. — Jax disse enquanto mordiscava o
seu caminho ao longo da mandíbula de Evan. A barba começando a crescer de
Jax raspou na sua pele, e o formigamento aumentou a sensação maravilhosa.
— Não quero... isto é... não estou tentando... — Evan gemeu. Não
poderia amarrar duas palavras juntas com a língua de Jax se arrastando ao
longo do seu pescoço. O pênis de Evan cresceu e ficou duro enquanto a sua
respiração estava ofegante.
Os olhos de Jax se estreitaram, antes que virasse Evan de bruços.
Evan ofegava fortemente, plantando as palmas das mãos contra o colchão
enquanto a sua cabeça girava. Jax pressionou o seu pênis coberto contra o
traseiro de Evan.
— Você realmente precisa tirar o seu calção.
Em vez disso, Evan fechou os dedos no lençol. E mordeu o lábio
inferior, seu coração estava quase batendo para fora do seu peito.
— Porque eu faria isso?
Jax empurrou seus quadris para frente, e os olhos de Evan quase
rolaram para a parte de trás do seu crânio. Seu corpo pulsava de desejo.
Esfregou a sua ereção contra a cama, precisando desesperadamente de algum
atrito.
O ar frio que flutuava pela janela passou sobre a bunda nua de Evan,
enquanto Jax puxava o seu calção para baixo e tirava. Em seguida foi a sua
camiseta. Evan deveria parar com isso. Devia dizer não a Jax. As coisas
estavam indo muito rápido, mas Evan não queria que ele parasse. Nunca tinha
caído por alguém tão rapidamente, e precisava de tempo para pensar.
Ele disse para Jax parar? Não disse? Tremeu quando Jax lambeu um
caminho para baixo por sua coluna vertebral. A única peça de roupa deixada
entre eles era a cueca boxer de Jax. Evan empurrou para trás, morrendo para
sentir o pênis de Jax. Gemeu de desejo.
— Mmm. — Jax murmurou beijando a sua nuca. — Posso cheirar o
seu desejo, luz do sol.
Isso era uma coisa estranha para se dizer. Evan tinha que admitir,
mas mesmo assim empurrou a bunda com mais força contra a ereção de Jax.
— Então, faça algo sobre isso.
Evan sentia o corpo duro delicioso que parecia uma parede de carne
contra ele. Jax não era somente alto, mas era musculoso. Evan se sentia preso
sob o homem, e adorou. Sua pele formigava em todos os lugares que Jax o
tocou, sua mão quente parecia marca-lo. Evan se contorcia, arqueava as
costas, e tentava respirar enquanto o seu coração continuava acelerado.
Evan nunca tinha estado com tanto tesão antes. Assim não. Não ao
ponto de sentir que ficaria louco se não tivesse Jax dentro dele.
— Por favor faça alguma coisa.
A mão de Jax parecia maravilhosa explorando o seu corpo, mas Evan
precisava de mais.
— Sou uma criatura tátil, luz do sol. — Jax mordiscou o seu ombro,
fazendo com que Evan estremecesse. — O toque é importante para mim.
— Então, toque a minha bunda com o seu pênis. — Evan empurrou a
bunda para trás, com a intenção de pressionar a virilha de Jax. O homem riu e
deu um tapa no quadril de Evan.
— Comporte-se.
— Isto, vindo de um cara que me perseguiu. — Disse Evan. — O
mesmo cara que me perturbou tanto que acabei desligando o telefone na sua
cara várias vezes.
— É verdade, mas algumas coisas não devem ser apressadas. —
Disse Jax. — Não vou mentir e dizer que não sou agressivo ou exigente, mas
você nunca vai querer que eu pare, luz do sol.
Lá vai ele de novo, se movendo na velocidade da luz.
— Nem tenho certeza do que isso significa, mas não me importo
agora. Nós não deveríamos nem mesmo estar conversando.
— Então o que deveríamos fazer? — Jax perguntou apoiando o
queixo no ombro de Evan.
— Você é a porra de um provocador, Jaxxon Remus. Me coloca na
sua cama, tira a minha roupa e agora não quer fazer nada, a não ser
conversar. — Evan disse batendo a mão no colchão.
Evan estava a segundos de distância de rastejar debaixo de Jax e se
vestir. Estava duro, pronto para entrar em combustão, e tudo que Jax queria
fazer era provocá-lo.
Jax moveu o seu braço direito. Evan não pode ver o que o homem
estava fazendo. O peito dele nunca deixou as costas de Evan quando enfiou a
mão sob o travesseiro. Evan respirou fundo, e o seu corpo estremeceu quando
viu que Jax tirou de lá um frasco de lubrificante.
Nem mesmo iria perguntar por que o lubrificante estava lá. Evan não
se importava. Seu corpo parecia uma corta tensa, quando Jax se moveu um
pouco mais, em seguida, seus dedos lubrificados estavam sondando a entrada
de Evan.
— Abra mais suas pernas. — Jax ordenou, e Evan obedeceu. Seus
ombros pressionaram contra cama quando os dedos de Jax entraram dentro
dele. Evan fechou os olhos quando sentiu a ardência, e respirou fundo através
dela.
— Relaxe, querido. — Jax puxou os dedos para trás, e então os
deslizou de volta para dentro do ânus de Evan. — Respire através da dor.
Evan tentou relaxar, mas todo o seu corpo estava rígido enquanto os
dedos grossos de Jax se moviam dentro dele. Quando Jax torceu os dedos para
o lado, Evan quase babou. Seus dedos curvaram enquanto seus lábios se
separaram. Seu corpo pulsou de prazer quando Jax acariciou a sua próstata.
Evan começou a gemer. Empurrou o corpo para frente e depois para trás. Jax
segurou a nuca de Evan com a mão livre.
Inclinado para frente, Jax apertou com os dentes o ombro de Evan. O
homem rosnou. Porra rosnou. Evan parou.
— Melhor. — A voz de Jax estava profunda e grave.
Evan estava respirando com dificuldade enquanto se perguntava por
que o homem tinha rosnado. Quem rosnava? Seus pensamentos pararam
quando Jax acrescentou um terceiro dedo.
Evan fechou os olhos enquanto mordia o lábio inferior, espalhando
mais as pernas. Os dedos de Jax se moviam como se fossem o pênis do
homem. Rápido e profundo. Evan sentiu a tensão se construindo dentro dele.
Se Jax se mantivesse fazendo isso, tudo iria acabar antes mesmo de começar.
Como se sentisse o seu orgasmo se aproximando, Jax afastou a sua
mão.
— Não! — Evan se moveu, quando se sentiu vazio, quis perseguir os
dedos de Jax. Seus olhos abriram enquanto tentava se mover para trás. — Por
que você parou?
Jax colocou a mão entre as omoplatas de Evan e se inclinou para
frente, colocando os lábios perto do ouvido de Evan.
— Porque quando você gozar, pretendo estar enterrado
profundamente dentro de você, luz do sol.
A janela estava aberta e o ar fresco entrava pelo quarto, mas Evan
estava coberto de suor. Estremeceu quando sentiu Jax se movimentar atrás
dele. Segundos depois, a cabeça do pênis de Jax estava pressionando contra o
ânus pulsante de Evan.
— Meu! — Jax rosnou antes de empurrar para frente, sem parar até
que estava enterrado até as bolas dentro de Evan.
Evan gritou quando fechou os olhos. Porra! Porra! Porra! Isso tinha
doído como o inferno! Jax continuou enterrado dentro dele, mas não se
mexeu. Suas mãos suaves passeavam pelo corpo de Evan, pelos quadris, pela
sua bunda e coxas. Evan ouviu a respiração pesada de Jax e podia dizer que
ele lutava para não se mover.
Pareceu ter passado uma eternidade, o tempo que Evan lutou para se
ajustar à invasão. Seus dedos estrangulavam as cobertas enquanto respirava
através da sua boca.
Em seguida, Jax começou a se mover.
Cada impulso foi sentido na sua próstata, e Evan gemeu, ondulando
enquanto se moviam juntos. Desejo e fome formavam uma espiral através de
Evan enquanto seu pênis endurecia como aço, balançando conforme Jax se
movia dentro dele.
Jax desacelerou, bombeando dentro e fora de Evan. Nunca Evan tinha
se sentido tão possuído, assim como desejado, quando as mãos de Jax
acariciavam para cima e para baixo as suas costas em movimentos suaves. Era
como se Jax não conseguisse parar de tocá-lo... como se precisasse tocá-lo.
Seus dedos deslizaram pelo cabelo de Evan, puxando a sua cabeça para trás
antes de Jax reivindicar os seus lábios. Era um ângulo estranho, mas Evan se
recusou a virar.
— Preciso de mais. — Jax disse quando interrompeu o beijo. E soltou
o corpo de Evan, deixando Evan se perguntando do que o homem estava
falando. Jax se moveu até que estava sentado junto à cabeceira da cama, e
em seguida, deu um tapinha na sua coxa. — Sente-se aqui, luz do sol.
Evan estava desesperado para ter Jax de volta dentro dele. E se
arrastou até as pernas de Jax e depois montou o homem, segurando os
ombros de Jax com um gemido enquanto era empalado novamente.
Recuperando os lábios de Evan, Jax esmagou Evan junto dele.
Evan apertou os músculos, que prenderam o pênis de Jax em um
aperto forte. Jax rosnou na boca de Evan antes de quebrar o beijo.
Jax ofegou e depois gemeu.
— Maldição, luz do sol. É tão apertado, porra. Senti o seu aperto
percorrer todo o meu corpo até os dedos dos pés.
Evan estremeceu com o aumento da excitação e clamou em alta voz
quando Jax o colocou sentado nas suas grandes coxas.
Tinha imaginado que Jax seria um deus na cama, e o seu
pensamento estava correto. O corpo de Evan começou a vibrar como fogo
líquido quando Jax empurrou os seus quadris para cima.
Evan não era virgem, mas nunca tinha pensado que sexo poderia ser
alucinante. Em comparação com Jax, os amantes do passado de Evan ficavam
devendo. O único problema era que a conexão anterior que Evan já tinha
sentido em direção a Jax se aprofundou. E isso o aterrorizava.
Homens como Jaxxon Remus não mantinham seus amantes. Ele era
um bad boy que gostava de uma boa foda. Isso era tudo o que Jax queria, e
Evan tinha que se lembrar que isso era apenas duas pessoas fodendo, nada
mais. Precisava manter qualquer tipo de emoção fora disso.
No entanto, era mais fácil dizer do que fazer, especialmente quando
Jax olhava para ele com rosto cheio de prazer, podia ver o desejo cru no seu
rosto.
Evan olhou para o lado, incapaz de suportar a expressão sensual.
Trancou as emoções florescendo dentro de si e se atirou para o ato. Seus
lábios se separaram quando Jax o puxou para frente e começou a beijar ao
longo da sua mandíbula, mordeu os lábios, e depois soltou. Os beijos de Jax
eram tão leves como uma brisa de verão, drogando Evan enquanto ele dizia a
si mesmo uma e outra vez para não se apaixonar pelo cara.
— Tão bonito. — Jax murmurou quando se separaram e o homem
esfregou a barba que crescia ao longo do rosto de Evan. Acariciou a pele nua
das costas e dos ombros de Evan. — Quis você desde que te vi de pé nessa
cerca.
As pálpebras de Evan se fecharam quando soltou um suspiro
profundo. Mesmo sabendo das chances entre eles, Evan se sentiu cair. O corpo
musculoso de Jax era como um instrumento afinado, fazendo Evan ronronar
enquanto o pênis do homem continuava a balançar dentro dele.
Os toques de Jax permaneceram leves, mas pareciam possessivos.
Seus braços flexionavam enquanto segurava Evan, deslizando as suas mãos
sobre as costas e bunda de Evan, seus dedos faziam pequenos círculos sobre
as nádegas de Evan.
Evan teria preferido sexo rápido, duro e cru. Pelo menos, então não
seria atormentado com a doçura de Jax, e pela necessidade insana de
pertencer ao homem.
— Vou te fazer meu, luz do sol. — Jax se moveu novamente até que
tinha Evan sob ele. As pernas de Evan instintivamente se posicionaram em
volta da cintura de Jax.
— Foda mais áspero. — Evan implorou. Queria acabar com qualquer
emoção que o fizesse querer Jax para mais, do que apenas sexo. Tinha que
guardar o seu coração, tinha de mantê-lo intacto quando isso acabasse.
Fechou os olhos, enquanto Jax dava a ele exatamente o que pediu. O
homem o fodeu com força, fazendo com que Evan gemesse de prazer. Agarrou
o seu próprio pênis que estava balançando e começou a se masturbar. Tanto
quanto Evan amava o que Jax estava fazendo com ele, precisava acabar com
isso, era necessário colocar um muro entre eles.
O prazer foi puro e explosivo quando Evan gritou o seu orgasmo.
Seus olhos rolaram, e a sua cabeça balançou quando começou a gritar o nome
de Jax, mas as palavras foram perdidas quando Jax mordeu o seu ombro.
O ato selvagem levou o orgasmo de Evan a outro nível. Quase sentiu
que era demais, em seguida, Jax se afastou. E beijou Evan.
Com uma enxurrada de golpes duros e rápidos, Jax finalmente
congelou e gritou enquanto o seu pênis pulsava fortemente dentro do ânus de
Evan.
Evan estava lá, tentando se lembrar de como respirar, enquanto
olhava para boca de Jax. O homem já tinha um pedaço dele. O choque o
deixou sem palavras enquanto Jax o erguia e em seguida, se estendia ao lado
de Evan.
Não se queixou quando Jax se aconchegou contra ele, descansando
um braço sobre a cintura de Evan. Evan apenas ficou ali com o ombro
latejando.
Jax lhe mordeu. Que porra era essa?
O homem deu um beijo no ombro de Evan.
— Descanse um pouco, luz do sol.
Evan tinha que sair de lá. Não só estava completamente confuso,
mas também sentida como se a sua conexão com Jax tivesse de alguma forma
ficado ainda mais profunda.

Mitchell amaldiçoou quando ele deixou a casa de Beth. Ele tinha


advertido Evan para não dizer nada, e o idiota tinha ligado e dito que Mitchell
tinha invadido a sua casa e atacado Evan.
Levou muito tempo e bastante garantia da sua parte para finalmente
acalmá-la. Mitchell viu nos olhos dela que ela estava começando a acreditar no
seu irmão.
O problema tinha de ser cuidado. Mitchell não poderia se importar
menos com os olhares acusadores de Beth. Mas o fato era que Evan tinha visto
Mitchell com Smiley. Ele não podia deixar uma testemunha. Mas Evan era dele,
por que ele deveria ter que matá-lo? Não, ainda não. Ainda não. Ele tinha que
terminar isso com Evan antes de assistir a vida desaparecer dos olhos do
homem.
Quanto a Beth, Mitchell tinha recebido uma mensagem de um dos
seus rapazes dizendo que Fingers estava em pé de guerra. Smiley tinha sido o
braço direito de Fingers e queria outra pessoa responsável. Fingers estava
diretamente abaixo de Estefan Delgado, e não importava que Delgado
estivesse morto. Fingers tinham intensificado e ficou ainda mais brutal nos
últimos meses.
Embora Mitchell nunca fosse admitir isso para ninguém, Fingers o
assustava.
Não era um segredo que Mitchell estava namorando Beth. Se Fingers
ficasse desconfiado e a questionasse, ela poderia levá-lo direito a Evan.
Ele precisava silenciar os dois.

Evan fechou a porta da frente e, em seguida, correu atravessando o


gramado, e desceu a rua. Era cedo e ainda estava escuro, mas ele precisava
colocar distância entre ele e Jax.
Ontem à noite tinha sido incrível, exceto a parte da mordida, que
tinha sido ao mesmo tempo totalmente estranha e sexy. Mas Evan conhecia a
historia, e embora Jax o tivesse ajudado com Mitchell, Evan não seria uma
daquelas pessoas que ficavam ao redor após o convite ter desgastado.
Ambos Evan e Jax tinham que voltar para as suas próprias vidas, não
importa o quanto Evan queria uma repetição. Não importa o quanto se afastar
o incomodava.
Enquanto se dirigia para a rua principal, Evan esfregou o seu peito.
Sério, realmente o incomodava. Seu peito parecia estar sendo esmagando
quanto mais longe ele andava. Evan parou na calçada e esfregou o seu peito.
Não, ele não poderia voltar, mas tudo nele estava gritando para ele se virar e
fazer exatamente isso.
Puxando o seu telefone do bolso de trás, Evan chamou o seu amigo.
Hector respondeu após o segundo toque.
― Eu preciso de algo para fazer hoje ― Evan disse enquanto andava
novamente.
Ele precisava de algo para fazer além de voltar para casa. Evan
estava com medo que Mitchell fosse aparecer após o telefonema que ele tinha
feito na noite anterior à sua irmã. Beth não tinha acreditado nele, como de
costume, e Evan queria sufocá-la através do telefone.
Mitchell tinha ameaçado a sua vida e Evan tinha acreditado no
homem, mas depois de andar com Jax na sua moto e pensar em tudo o que
tinha acontecido, Evan não ia ser silenciado. Ele estava com medo de que
Mitchell seguisse com a sua promessa, mas Evan não ia ser intimidado...
Muito.
Agora tudo que Evan tinha a fazer era descobrir para onde ir para
que as coisas ficassem bem. Talvez Alaska. Isso seria longe o suficientemente.
― Jay caiu fora de qualquer maneira ― disse Hector. Não só era o
cara seu amigo, mas seu chefe também. ― Em quanto tempo você pode estar
aqui?
Evan encontrou um ponto de ônibus na rua principal e viu um na sua
direção. Seus dentes batiam enquanto corria para se abrigar no ônibus. Ele
tinha deixado o casaco de Jax para trás. Não adiantava pegar algo e dar a Jax
uma desculpa para vir buscá-la. Ele tinha acabado, e Evan precisava seguir em
frente.
― Primeiro eu tenho que ir para casa e mudar de roupa, mas eu vou
estar aí em trinta minutos.
― Vejo você então ― Hector desligou.
Evan pegou o ônibus e chegou em casa, mudou de roupa tão rápido
quanto podia, desde que ele não queria esperar que Mitchell aparecesse, em
seguida, foi para o trabalho.
Na sala de descanso, Hector cruzou os braços e sorriu quando Evan
entrou.
― Ou você foi bem fodido, ou alguém te chutou.
Evan fez uma careta.
― Por que você acha isso?
O homem deu uma risada suave.
― Eu posso adivinhar essas coisas. Além disso, seus movimentos
estão engraçados, e o seu pescoço esta vermelho.
Evan apertou o seu pescoço e lembrou que Jax o tinha mordido. Mas
isso foi no seu ombro, e Hector não devia ser capaz de ver isso. Tinha que ser
a queimadura da barba rala de Jax. O homem tinha beijado e esfregado o seu
pescoço como um louco.
Correndo para o banheiro, Evan olhou no espelho. Com certeza, seu
pescoço estava vermelho. Evan puxou o colarinho da camisa de lado e olhou
para as marcas de mordida de Jax. A ferida parecia quase curada. Havia duas
manchas vermelhas para provar o que Jax tinha feito. Como as marcas
curaram tão rápido?
Quando Evan roçou os dedos sobre as marcas vermelhas, ele sentiu o
seu corpo formigar com a lembrança do que Jax tinha feito. Sua mente
rapidamente conjurou as imagens, e Evan começou a endurecer no banheiro.
― Merda.
― Disse alguma coisa? ― Hector perguntou da sala de descanso.
Evan fechou a porta do banheiro e continuou a examinar o seu
pescoço. Ele não gostaria que os clientes vissem, mas não havia nada que
Evan pudesse fazer sobre isso.
Ele saiu do banheiro.
― Eu preciso falar com você mais tarde ― disse Evan. Ele tinha que
contar a alguém sobre toda a merda acontecendo. Evan já havia confiado em
Hector sobre o comportamento assustador de Mitchell, então o seu amigo iria
acreditar nele quando contasse sobre o que tinha acontecido na noite passada.
― Você vai trabalhar com William hoje ― disse Hector. ― Venha me
ver quando for horário de almoço.
Balançando a cabeça, Evan atravessou a loja até alcançar o caixa.
Seria um longo dia, mas isso era melhor do que ficar em casa se perguntando
quando Mitchell iria aparecer. Pior, se perguntando o que Mitchell faria com
ele.
― Você está corado ― William Donovan disse enquanto Evan
chegava atrás do balcão. ― Você correu até aqui?
Evan gostava de William. O cara era pequeno, elegante e tinha o
cabelo curto, preto e elegante. Ele também era ingênuo como o inferno. O cara
vivia com a sua avó e agia como se o mundo fosse uma grande bola de
felicidade.
― Noite difícil ― disse Evan.
William sorriu.
― Como assim?
Evan revirou os olhos. Ele não estava prestes a dizer a William sobre
Jax. Inferno, Evan ainda estava tentando entender.
― Roubei um banco, invadi uma loja de bebidas, e depois festejei
com duas prostitutas até o sol nascer.
― Você vive uma vida tão emocionante ― William disse com um
suspiro.
― Eu estava brincando.
O sorriso de William cresceu.
― Oh eu sei. Mas a vermelhidão no seu pescoço diz que você fez
algo que vale um sorriso no rosto. Tem certeza de que não quer partilhar
quaisquer detalhes?
Evan fez uma careta.
― Sua vida é realmente tão chata?
― Então, o que se for? ― Perguntou William. Ele parecia prestes a
explodir se Evan não lhe dissesse qualquer coisa. Como um filhote de cachorro
pequeno e bonito.
― Tudo bem.
Evan se inclinou para perto. William se inclinou ainda mais perto.
― Mas você tem que prometer não repetir qualquer coisa que vou
dizer para você.
William mordeu o lábio inferior e balançou a cabeça com os olhos
brilhantes. O cara estava tão serio que cruzou os dedos sobre o seu coração.
― Eu prometo.
Evan olhou por cima do ombro, como se fosse contar um grande
segredo para William.
― Eu fiz sexo com um dos irmãos Remus.
William parecia confuso.
― Quem?
― Um motoqueiro ― Evan esclareceu ― um grande e mau
motoqueiro que abalou o meu mundo.
William engasgou antes que se abanasse. O cara parecia prestes a
desmaiar. Evan riu. Ele não poderia evitar. William era dramático, e era
genuíno.
William abriu a boca, franziu a testa, e depois fechou. Seus olhos se
arregalaram quando ele olhou atrás de Evan.
― Ele parece com aquele cara?
William apontou para a porta.
Se virando, Evan quase engoliu a língua quando viu Jax olhando para
ele, seus olhos azuis brilhavam com raiva enquanto estava na porta.
― Por que diabos fez você fugiu da minha cama? ― Jax gritou,
fazendo os poucos clientes na loja virar a cabeça. O calor embaraçoso que
inundou o corpo de Evan o fez sentir-se como se pudesse explodiu em chamas
a qualquer momento. Agora seria um bom momento para um buraco se abrir e
engoli-lo.
― Você escapou da cama dele? ― Os olhos de William ainda
estavam arregalados. ― Se eu estivesse com alguém tão bonito quanto aquele
cara, você precisaria de um pé de cabra para me afastar dele.
Tão ingênuo.
― Baixe a voz ― Evan resmungou. Seu coração quase saltando do
seu peito. Sua garganta estava seca e as suas mãos úmidas. Ver Jax parado ali
fez Evan querer correr para ele e lançar-se em seus braços.
Evan se forçou a ficar preso ao chão. Ele não tinha ideia de por que
Jax tinha vindo atrás dele, mas ele não iria agir como um tolo e assumir que o
homem ainda o queria. Ele não conseguia pensar em uma razão pela qual Jax
estava lá. Evan não tinha levado nada do quarto do homem quando ele saiu.
Ele tinha certeza disso.
Jax avançou para o balcão, sua mandíbula apertada.
― Você sabe o quão louco fiquei quando eu acordei e não encontrei
você?
― Isso é tão doce ― disse William com um suspiro. ― Por que não
consigo encontrar um cara que seja louco por mim assim?
Louco era definitivamente a palavra certa. Jax parecia à beira da
loucura.
― Foi apenas sexo ― disse Evan em um tom sussurrado. ― Por que
você está agindo assim?
― Por quê? ― Jax passou a mão sobre o rosto. Ele amaldiçoou,
apertou as mãos nos quadris, e respirou fundo. ― Se você tivesse esperado,
eu teria lhe dito o porquê.
― Você pode dizer para mim ― William disse e corou. ― Eu vou
ouvir.
Evan fez uma careta para William.
― Fique fora disso.
O homem parecia chateado.
― Tudo bem, vá em frente e se divirta sozinho.
O cara realmente precisava sair mais vezes.
Jax apontou na direção da porta.
― Vá para minha moto agora.
Os olhos de Evan arregalaram quando ele acenou com as mãos para
trás e para frente.
― Eu estou trabalhando seu Neanderthal.
― Que diabos? ― Disse Hector em um tom baixo, porém forte
quando se dirigiu para Evan. ― O que está acontecendo, Evan?
Hector parou quando viu Jax. Seus olhos se arregalaram quando ele
olhou Jax.
― Existe um problema, senhor?
― Não ― disse Evan.
William correu para o balcão enquanto assentia. ― Eles dois
dormiram juntos, e agora o grande e mau motoqueiro quer que Evan vá com
ele.
― William!
Evan gemeu. Isso não poderia estar acontecendo.
― Você prometeu que não ia dizer nada.
― Oh merda ― William torceu as suas mãos. ― Desculpe, eu
esqueci.
Evan estava pronto para estrangular o idiota.
― Vá para o deposito agora.
― E perder isso? ― William balançou a cabeça. ― De jeito nenhum.
― Vá para o deposito ― Hector virou-se para William.
William parecia à beira das lágrimas. Hector suspirou.
― Desculpe por ser tão brusco. Basta ir para o deposito, ok?
Parecendo bem chateado, William saiu. Hector se virou para Evan.
― Sério, cara? Você trouxe seus problemas pessoais para trabalhar?
Evan tentou dar a volta no balcão e, em seguida, se virou quando
uma cliente idosa se aproximou. Ela levantou o seu dedo indicando Jax
enquanto pagava suas compras. A mulher não parava de olhar para Jax, como
se Jax fosse ataca-la a qualquer momento, e então rapidamente saiu da loja.
― Fora. Agora.
Jax parecia bem chateado.
― Ou você sai, ou eu vou chamar a polícia ― Hector ameaçou. Evan
sabia que o seu amigo não era tão corajoso, mas Hector manteve a sua
posição. Uma gota de suor escorreu no rosto do homem e ele estava
vermelho.
― Eu não vou a lugar nenhum ― Jax disse a Evan. ― Eu vou ficar lá
fora, mesmo que tenha que esperar você terminar o seu turno.
Evan caiu contra o balcão quando Jax saiu. Hector parecia prestes a
desmaiar.
― Por que diabos você não me disse que estava transando com um
dos irmãos Remus? ― Hector olhou para ele. ― Pensei que fossemos amigos.
― Era isso o que eu queria falar com você! ― Evan gemeu. ― Você
não vai acreditar nas merdas que eu já passei ao longo das últimas vinte e
quatro horas.
Evan teve certeza de que ninguém estava perto da frente da loja,
quando correu ao redor do balcão. Ele manteve a sua voz baixa quando disse,
― Mitchell apareceu ontem à noite. Beth não estava com ele.
Os olhos de Hector arregalaram. Com sua raiva rapidamente,
esquecida.
― Não brinca. O que aconteceu?
― Ele me atacou, Hector. Ele também tinha alguém com ele. Se Jax
não tivesse aparecido... ― Evan estremeceu quando se lembrou do que
Mitchell tinha tentado fazer.
― Você chamou a polícia? ― Perguntou Hector. ― Você disse a
Beth?
― Eu disse a ela, mas você sabe que ela se recusa a ver qualquer
coisa ruim sobre o seu namorado.
― Cara, isso é fodido. Você deve dizer aos seus pais sobre Mitchell.
Evan rejeitou a ideia.
― Ele é um santo aos seus olhos. Ele engana todos. Eu sei que eles
me levariam a sério, mas eu não vou abrir a lata de vermes.
Evan sabia que os seus pais iriam acreditar nele, não importa como
se sentiam sobre Mitchell. Mas isso era uma luta que ele não estava pronto
para começar. Beth estaria em pé de guerra, e Evan não queria perdê-la ou
criar tensão na sua família.
Hector olhou para a porta.
― Se as ações de Jaxxon são qualquer coisa perto disso, é melhor
você encontrar um barco e bons remos cara, porque você está em um riacho
de merda.
Evan tinha chegado à mesma conclusão. Ele só não tinha certeza do
por quê.

― Apenas mande um fax sobre a papelada e eu vou ter certeza de


olhar isso ― Jax disse, enquanto observava a entrada da farmácia. Ele estava
sentado na sua Harley durante as últimas duas horas, esperando por qualquer
problema que pudesse vir até Evan. Até agora, estava tudo tranquilo, mas Jax
não confiava em calmaria.
― Assim que tiver tudo assinado, eu vou ter a moto enviada a você
― disse Law Santiago. ― As especificações sobre o projeto serão enviados via
correio.
― Gostaria que você enviasse o negócio do meu jeito ― disse Jax.
Customização era um negócio muito rentável, mas não havia problemas ter
conexões e ajudar um amigo.
Law riu suavemente.
― Como se você precisasse ouvir que você é um dos melhores
designers na Costa Leste.
Jax sorriu.
― Eu vou fazer isso, só porque é um favor para você.
― Obrigado ― Law desligou.
Jax ligou para Kade.
― Como estão as coisas?
― Ele ainda está lá dentro ― disse Jax. ― Mas não é por isso que
liguei. Law Santiago mandará alguns papéis. Veja isso, assine, e envie por fax
de volta para ele.
― Não é um problema ― disse Kade. ― Tem certeza que você não
precisa de ajuda?
― Eu estou de babá ― disse Jax. ― Não preciso de ajuda para
esperar o meu companheiro.
Kade riu.
― O humano tem você correndo em círculos.
Jax rosnou.
― Foda-se.
Isso fez Kade rir ainda mais quando ele desligou. O quão irritante
era, Kade tinha falado a verdade. Jax não sabia para que direção tomar
quando se tratava de Evan. Apenas quando ele pensava que tinha alcançado o
cara, Evan jogava algo novo na mistura.
Jax devia estar muito distraído, porque não deveria ter sido tão fácil
para Evan se levantar, vestir-se e fugir sem ele ouvir o cara. O que o seu
companheiro estava pensando? Alguém o atacou e Evan então simplesmente
saiu da casa e se dirigiu para o trabalho? Que tipo de pensamento insano era
esse?
Jax ainda se sentia abalado. Ele esteve tão preocupado quando
descobriu que Evan tinha sumido que tinha despertado toda a casa e exigido
que encontrassem o seu companheiro. Kade e os outros podem ser seus
irmãos, mas eles estavam sob o seu comando. Cruz tinha dado a Jax o
endereço da farmácia, e Jax estava contente por ter encontrado o seu
companheiro ileso.
Fale sobre um quase ataque cardíaco. Um companheiro era especial
para os seres sobrenaturais, um achado raro, e Jax não perderia o seu.
Ele olhou para cima quando alguém saiu da farmácia. Evan olhou na
sua direção e, em seguida, estreitou os bonitos olhos verdes. O cara parecia
chateado.
Atravessando o estacionamento, Evan foi direto para ele.
― Muito obrigado.
― Pelo que?
Jax enfiou o telefone no seu bolso.
Evan cruzou os braços sobre o peito.
― Hector me fez sair mais cedo. Meu chefe me disse para me livrar
do motoqueiro assustador no estacionamento que estava espantando os seus
clientes.
Que sorte. Isso significava que Jax não teria que se sentar lá até o
turno de Evan terminar.
― Então vamos.
― Calma lá ― Evan levantou uma mão para Jax. ― Você me faz
perder um dia de salário, e você age como se não se importasse. Que tipo de
besteira é essa?
Puxando a carteira do bolso de trás, Jax agarrou três notas de vinte
dólares e as colocou na frente de Evan.
― Aqui está o seu pagamento do dia.
Embora ele suspeitasse que Evan teria recebido menos.
― E isso deve fazer o que você fez ser esquecido? ― Evan pegou o
dinheiro e colocou-o no bolso da frente. ― Eu poderia ser demitido por sua
causa.
― Mas não foi ― Jax apontou. ― Então pare de reclamar e suba na
moto, luz do sol.
― Você realmente deve achar que tenho problemas mentais ― disse
Evan. ― Qualquer cara em sã consciência iria fugir dessa loucura.
Jax olhou em volta, ignorando o discurso de Evan. Ele tinha a mesma
sensação que teve na noite passada.
Alguém estava observando.
Ele examinou as ruas, mas eles estavam na esquina de um
cruzamento movimentado, e era difícil dizer se alguém estava prestando muita
atenção a eles.
― Vamos, luz do sol.
Evan deve ter notado a tensão de Jax, porque ele não discutiu. Ele
rapidamente subiu na parte de trás da moto, e depois Jax decolou. Ele
ziguezagueou através do tráfego e Evan se apertou ao redor da sua cintura.
Uma parte da tensão aliviou ao sentir o seu companheiro nas suas
costas. Ele tinha Evan com ele e estava levando o homem em segurança para
casa. Jax não gostava de se sentir como um alvo. Ele não gostava nem um
pouco.
Seu companheiro gritou mais de uma vez para ele abrandar, mas Jax
precisava deixar Evan em um lugar seguro. Quem quer que estivesse
observando-os, Jax tinha a sensação de que agora os estava seguindo. Era um
instinto, e Jax não ignorava o seu instinto.
Quando ele chegou à loja, a sensação de estar sendo seguido havia
desaparecido. Jax precisava encontrar respostas. Ele estava cansado desta
merda. Ele acasalou recentemente, e ele queria passar algum tempo com
Evan, sem incluir a noite anterior, quando ele reivindicou o humano.
― Pode me dizer por que você dirigiu pelas ruas como um louco?
Evan exigiu quando ele saiu da parte traseira da moto. Seu cabelo
curto e escuro estava em todo o lugar, como se tivesse passado em um túnel
de vento. Apesar da gravidade da situação, Jax sorriu e acariciou o cabelo de
Evan.
Evan bateu na sua mão.
― Pare com isso.
Kade e Cross apareceram. Eles olharam para Jax e Evan. Kade tinha
uma sobrancelha levantada enquanto Cruz sorria para Evan.
― Novo penteado?
Evan rosnou.
Cruz riu.
― Eu senti alguém nos observando enquanto eu estava esperando
por você ― Jax disse ao seu companheiro. ― Queria tirá-lo de lá antes de
qualquer coisa acontecer.
― As hienas? ― Perguntou Kade.
― Ok ― Evan levantou uma mão. ― Eu estou cansado de não saber
de nada. Eu continuo ouvindo essa palavra. Você está falando sobre a
personalidade sombria de alguém ou sobre um animal selvagem? Porque se for
um animal selvagem, vou levar vocês para serem examinados.
― Não aqui fora ― Jax colocou a mão entre as omoplatas de Evan e
levou-o para dentro. O escritório de Jax tinha outra porta na parte de trás do
edifício. Destrancando a porta, ele levou Evan para lá. Cruz e Kade estavam
seguindo, e Jax os deixou entrar.
Quando Evan descobrisse o que Jax e os seus irmãos eram, Jax
poderia precisar de Kade e Cross.
― Nunca é uma coisa boa quando alguém precisa estar sozinho para
explicar uma coisa ― Evan disse.
― Nós não estamos sozinhos. Meus irmãos estão aqui ― Jax
apontou.
― Eles não contam ― Evan respondeu. ― Eles são da sua família.
Eles provavelmente vão ajudá-lo a esconder o meu corpo.
Cruz riu.
― Eu realmente gosto dele.
― Ok ― disse Evan. ― Acabe logo com isso. O que você quis dizer
com hiena?
― Você quer algo suave, luz do sol ― Jax perguntou ― ou posso
apenas ir direto ao assunto?
Evan olhos Jax enquanto cruzava os braços sobre o peito. Ele olhou
entre os três irmãos antes de concordar.
― Cuspa.
Jax mudou na sua forma de urso.
— Acho que ele tomou essa bastante bem — Kade disse quando
olhou para Evan, que havia desmaiado.
Jax pegou o seu companheiro no colo. Quando Evan tinha desmaiado,
todos os três tinham tentado agarrar o ser humano antes de bater no chão.
A cabeça de Kade ainda doía de bater a testa contra a de Cross.
— Pelo menos não surtou e tentou esfaqueá-lo com um abridor de
cartas ou algo assim — disse Cross.
— Isso ainda está a ser determinado — disse Jax. — Espere até que
ele acorde, e vamos ver se tenta.
— Vou pegar algumas roupas — Cross disse para Jax antes de sair
do escritório.
Kade observava a maneira que Jax segurava Evan, e algo no seu
peito apertou. Não só porque Jax encontrou Evan, mas porque isso fez Kade
desejar o seu companheiro, um companheiro que ainda não tinha encontrado,
mas porque viu a mudança de Jax. O mais velho de seis, Jax sempre tinha sido
o responsável, aquele que assumiu as cargas dos shifters em Sugar Creek,
aquele que escondeu como realmente se sentia por trás de um exterior
imbecil.
Vendo tal profunda emoção nos olhos do seu irmão fez Kade sorrir.
— Pare com isso — disse Jax.
Kade franziu a testa.
— Parar com o quê?
— Aquele olhar que você tem — disse Jax. — Não se preocupe. Não
vou ficar macio.
— Não faria mal se você ficasse, pelo menos para Evan. — Kade
levantou as mãos quando Jax fez uma careta para ele. — Apenas dizendo.
— Guarde-o — Jax rosnou.
Cross voltou com um jeans, uma camisa e umas meias penduradas
em um braço, um par de botas penduradas na outra mão. Colocou os itens
sobre a mesa.
— Vou deixar você se vestir e ter aquela conversa com Evan. —
Cross voltou-se para Kade. — Vamos, intrometido. Deixe-os em paz.
— Não estava sendo intrometido — Kade reclamou enquanto saía do
escritório. Assim que fechou a porta, o telefone tocou. Puxando-o, Kade
respondeu. — Diga o que está na sua mente.
— Homem, merda atingiu a porra do ventilador — Blow disse na
outra extremidade. — Quero dizer uma tempestade de merda épica, se já vi
uma, e você e o seu irmão estão no centro dela.
Essa não tinha sido a notícia que Kade esperava ouvir.
— O que está acontecendo? — Perguntou. — Preciso de detalhes.
— A noticia na rua, cara, é que as hienas estão quentes pelo Jax. Um
dos seus cães superiores foi encontrado morto no seu carro, e alguém disse a
Fingers que foi Jax quem fez isso. Fingers está lançando a sua merda. Ele diz
que vai pagar cinco mil dólares a quem lhe trouxer a cabeça de Jax.
— Que porra é essa? — Kade olhou para a porta do escritório. — Jax
não matou nenhuma maldita hiena. Ele teria me dito.
— Estou apenas passando a notícia, mano. Se fosse você preparava-
me, porque o dinheiro fala. — Blow suspirou. — Eu tentei descobrir quem
apontou o dedo para Jax, mas partiram-me o nariz por fazer tantas perguntas.
— Desculpe por isso — disse Kade.
— Pfft, vem com o território, Kade. Jax é o meu alfa, e receberei
mais do que um nariz rebentado por ele. Você sabe disso.
Kade sabia. Blow era tão leal quanto eles. O cara era humano, mas
considerava-se um deles. Ele trabalhava numa empresa de chapas de metal,
mas ficava na loja e tinha sido os seus olhos e ouvidos na rua durante os
últimos anos. Blow era um dos raros humanos que sabiam da existência do
sobrenatural e não tinha respirado uma palavra sobre isso.
Kade sabia que o homem não iria armar para Jax por qualquer
quantidade de dinheiro. Mas outros iriam, porque hienas eram cruéis
sorrateiras, dissimuladas e cadelas e cinco mil era uma cenoura bem saborosa
para balançar na frente dos seus rostos.
— Obrigada, Blow. Vou dizer a Jax. — E talvez o seu irmão
conseguisse descobrir o que diabos estava acontecendo. Jax não tinha tido
tempo para fazer qualquer porcaria, considerando que estava perseguindo
Evan. Mesmo se Jax tivesse matado Smiley, teria dito a Kade.
— Vigie suas costas, Kade. Só porque Fingers pediu a cabeça de Jax
não quer dizer que algumas dessas hienas sarnentas não vão tentar arma para
qualquer um de vocês. Vai parecer o Oeste Selvagem.
Isso dizia algo, considerando que estava vindo de Blow. Ele ganhou o
seu apelido porque o cara explodiu tudo, como se a vida não fosse grande
coisa. Era difícil irritar as suas penas, e era extremamente raro ver o cara
chateado. Então, novamente, o cara fumava tanta erva que as suas células
cerebrais estavam provavelmente fritas.
Ainda assim, Blow era um bom amigo, e Kade apreciava a lealdade
do homem.
Ele bateu na porta do escritório.
— Entre — Jax gritou.
Quando Kade entrou no escritório, Jax estava vestido, mas Evan
ainda estava desmaiado. Ele disse ao seu irmão o que Blow tinha dito. Jax
parecia confuso no início, e então sua expressão se tornou assassina.
— Se matasse um deles, maldita certeza não teria deixado a céu
aberto para que todos pudessem ver — Jax gritou.
Jax era cuidadoso. Todos os irmãos Remus eram. Ele sabia que Jax
não tinha feito isso, porque nenhum deles teria deixado um cadáver para uma
criança ou outro inocente encontrar.
— Precisamos conseguir isto esclarecido — disse Kade. — Quanto
mais rápido, melhor.
— Concordo. — Jax olhou para Evan, que estava começando a
acordar. — Nós vamos ter uma reunião depois de eu falar com Evan.
— Vou fazer os outros se reunirem na casa — disse Kade. — Vamos
esperar você lá.
Kade saiu pela porta do escritório que dava para a loja. Quando
assobiou, Hound e Houston viraram-se para ele. Wyatt estava mexendo num
carro, mas parou e olhou para ele.
— Casa para uma reunião — Kade chamou.
Agora tudo o que tinha a fazer era encontrar Cross. Para onde no
inferno o cara foi?

Sou um génio. Mitchell sorriu para si mesmo quando deslizou no seu


carro e foi embora do beco. Ele tinha pago algum bêbado para dizer que tinha
visto Jaxxon Remus fugir da cena do crime, e Fingers tinha sido muito feliz em
saltar sobre isso.
Não incomodava Mitchell que apenas tinha matado o bêbado. Ele não
poderia ter ninguém por perto que pudesse contradizer a sua história
inventada.
Era verdade que hienas odiavam alguém que não era um deles, mas
realmente não podiam suportar os irmãos Remus. Tráfico de drogas em Sugar
Creek era difícil. Toda vez que se viraram, um desses ursos interferia para os
parar.
Fingers tinha parecido como se tivesse tido um orgasmo no local
quando ouviu que um dos ursos tinha matado Smiley. Bom. Realmente bom,
porque Mitchell não precisa de ninguém para suspeitar que tinha sido ele.
Tudo o que tinha que fazer agora era amarrar as pontas soltas, e
estaria em casa livre. Beth e Evan sabiam, e Mitchell não podia ter isso.
Mataria a sua namorada idiota primeiro e rápido.
Mas Evan? Mitchell iria saborear o que faria com o cara antes que
acabasse com a vida do ser humano. Realmente não queria matar Evan. O ser
humano era seu, mas Mitchell valorizava a sua vida mais do que ele queria
manter Evan.

Evan abriu os olhos e olhou para os azuis bonitos que estavam


preenchidos com preocupação. Ele virou a cabeça e olhou ao redor, mas Kade
e Cross tinham desaparecido.
Se tivesse sonhado com Jax transformando-se em um... Deus, Evan
orou para que tivesse sonhado. Mas por que iria? E havia o fato de que tinha
estado bem acordado quando Jax... Ele agarrou a sua cabeça e gemeu.
— Relaxe, sol. — Jax ajudou Evan a sentar-se. — Basta levar as
coisas devagar.
Evan sacudiu a cabeça. Seu cérebro estava tentando racionalizar o
que tinha visto, mas estava tendo dificuldade para chegar com alguma coisa
plausível. Tinha havido um real, vivo e respirando urso pardo no escritório.
Evan tinha certeza disso.
Ele pulou do sofá e começou a se afastar.
— Basta ficar longe de mim.
— Acalme-se, Evan. — Jax saiu do sofá. — Você queria como se
fosse o tirar de um curativo, lembra?
— Sim, se você estava falando sobre hienas selvagens — Evan
argumentou. — Não é algo que é impossível!
— Respire.
— Pare de me dizer para respirar e acalmar e relaxar — Evan
estalou. — Você não é o único que teve a sua mente soprada. Eu tenho todo o
direito de surtar.
Abraçando-se, Evan olhou ao redor. Ele sabia que o urso não estava
lá escondido no escritório, mas esperava que saísse de trás do balcão ou da
gaveta do armário a qualquer momento e rosnasse para ele.
Jax é o urso.
Oh Deus. Evan sentiu-se tonto. Não havia nenhuma maneira, de jeito
nenhum, uma pessoa poderia mudar em nada além do que já era. Jax era
humano. O cara - oh inferno. Evan tinha dormido com o homem. Ele tinha
dormido com um homem que tinha um urso dentro dele, ou poderia mudar em
um, ou... inferno, ele não tinha certeza, mas o pensamento fez seus joelhos
ficarem fracos.
Jax amaldiçoou quando correu para Evan quando Evan começou a
cair em direção ao chão. Ele não ia desmaiar novamente, talvez, mas
definitivamente necessitava sentar-se.
Se Jax poderia mudar em um urso, então a referência às hienas...
Evan pressionou a palma da sua mão no seu olho. Significava que haviam
homens que poderiam mudar em hienas. Eles não tinham falado
metaforicamente. Ursos e hienas. Porcaria. Havia outros animais lá fora? Evan
não tinha certeza se queria saber a resposta para isso.
Jax o guiou para o sofá, e Evan sentou-se. Sua cabeça girava, e os
seus pensamentos estavam em todo o lugar.
— Então, v-você é um urso?
— Eu sou um shifter urso — Jax esclareceu, como se isso significasse
alguma coisa. Não significava. Evan ainda estava sete tipos de confuso. — Com
medo que vou atacá-lo? — Jax piscou para ele.
— Que tipo de pergunta de merda é essa? — Evan estalou e então
franziu a testa. — Você iria?
Jax esticou as pernas na frente dele, apertando as mãos sobre o
estômago enquanto estudou Evan. — Acha que passei por tudo isso com você
só para atacá-lo? — O homem bufou. — Me dê algum crédito.
— Crédito? — Evan ficou boquiaberto com Jax. — Isso vindo de um
homem que me perseguia, um cara que eu honestamente não conhecia, mas
com quem dormi, e aquele que se apavorou quando saí na manhã seguinte.
— Seu ponto?
Esfregando uma mão sobre o rosto, Evan respondeu.
— Meu ponto é o seu comportamento não tem sido de um cidadão
modelo, e eu não te conheço. Como eu sei se vai me atacar ou não?
Evan guinchou quando Jax o puxou para o seu colo. Ele lutou para se
levantar, mas o aperto de Jax era sólido.
— Porque nós somos companheiros, sol, e eu não teria esperado
todo esse tempo para encontrá-lo só para te machucar.
— Ainda não. — Evan não tinha certeza se poderia aguentar mais
revelações. Ele ainda estava tentando duro como o inferno engolir o fato de
que Jax era um urso. O que diabos Jax queria dizer com companheiros? Não,
não. Evan não queria saber. Realmente não queria.
Jax era um maldito urso. Oh Deus. Evan engoliu, enquanto tentou o
seu melhor para envolver a sua mente em torno disso.
Jax agarrou a nuca de Evan e o puxou para perto antes de mordiscar
a sua mandíbula. Evan empurrou Jax.
— Você não vai me distrair. Estou no meio de um colapso. Deixe-me
pirar.
O sorriso malicioso que floresceu no rosto de Jax foi de parar o
coração.
— Que melhor maneira de superar o choque do que ter relações
sexuais?
Quando Jax apertou o contorno do pênis de Evan, a boca de Evan se
abriu, e ele achou difícil de respirar. Ele queria discutir, mas Jax estava certo.
O pensamento de Jax ser um urso desapareceu quando a luxúria de Evan
chutou, o seu pênis ficou mais grosso.
Não, não, não. Não perca a sua linha de pensamento. Não deixe Jax
desviar você. Termine o seu colapso. Mas Evan achou difícil surtar quando a
mão do homem apertou e esfregou o seu pau.
— Veja — Jax disse enquanto massageava a crescente protuberância
— muito melhor do que pirar.
Evan lutou para segurar os seus pensamentos, para se lembrar por
que estava tão chateado, mas ter os lábios de Jax no seu pescoço e a mão do
homem no seu pau estava causando estragos no seu cérebro.
— U-urso.
— É uma coisa normal no meu mundo, luz do sol. Não há nada para
insistir sobre isso.
Evan engasgou e gemeu quando Jax desabotoou a calça e deslizou
sua grande mão, grossa entre a cintura e a cueca de Evan. Jax envolveu a sua
mão ao redor do pênis de Evan e depois espremeu, enviando um arrepio de
prazer através dele.
— Só sei que tudo o que o meu urso quer fazer é protegê-lo,
querido. Nunca te machucar. — Com dois dedos, Jax inclinou a cabeça de Evan
para trás e mordiscou o seu caminho até o seu pescoço, a sombra da barba
raspando a pele de Evan acrescentou sensações eróticas com o que o homem
já estava fazendo. — Eu quero que você confie em mim, Evan. — Ele beijou a
mandíbula de Evan. — Confie em mim com tudo.
Era tão bom estar nos braços de Jax que Evan não se importava que
alguém pudesse entrar no escritório a qualquer momento. Ele queria confiar
em Jax. Evan queria acreditar que o homem estava apenas tentando protegê-
lo e que o urso não iria atacá-lo. Evan desejava acreditar no lado bom de Jax.
— Coloque seus braços em volta do meu pescoço — Jax ordenou. De
costas para o peito de Jax, Evan fez o que lhe foi dito. Ele esticou os braços
para cima e olhou para baixo, vendo os dedos grossos de Jax acariciar o seu
pênis dolorido, a cabeça chorando pré-sêmen.
— Confie que nunca vou fazer nada para prejudicá-lo, luz do sol.
Com a outra mão livre, Jax desceu a calça de Evan até as suas coxas.
A exposição fez Evan sentir-se impertinente. Eles estavam no escritório de Jax,
mas Evan ainda podia ouvir os caras na loja, podia ouvir as ferramentas e a
música tocando.
A mão livre de Jax movia-se sobre o estômago de Evan, fazendo com
que os músculos se contraíssem quando respirou fundo. A mão de Jax era
bronzeada, calejada, e parecia grande contra a barriga pálida e plana de Evan.
O contraste era tão excitante.
Evan quase choramingou quando Jax o soltou, mas o seu coração
começou a bater mais forte quando o homem apertou as mãos entre eles e
desfez o seu jeans, liberando o seu próprio pênis endurecido. Evan foi pra trás
um pouco para que pudesse sentir a ereção de Jax contra a sua bunda à
mostra.
— Você me deixa louco, luz do sol. — Jax vaiou quando Evan brincou
com ele.
Evan queria ser fodido tão mal que estava pronto para implorar por
isso. Soltando o pescoço de Jax, Evan deslizou de joelhos, o que não foi fácil,
considerando que a sua calça estava em torno das suas coxas.
Evan olhou para Jax, para aqueles olhos bonitos, azuis, e viu o
quanto o homem o queria. Os lábios de Jax se separaram, seus olhos focados
em Evan quando Evan levou o pau do homem na sua boca.
— Merda, luz do sol. — A cabeça de Jax caiu para trás enquanto suas
mãos se fechavam na cabeça de Evan. Seus dedos apertavam o cabelo de
Evan, puxando os fios, enquanto Evan lambeu e chupou, lambendo o pré-
sêmen na fenda.
As coxas de Jax ficaram tensas quando Evan tomou o pau de Jax
todo o caminho até a sua garganta. Ele engasgou, se afastou, e depois tossiu.
Evan nunca tinha sido bom em dar sexo oral, mas estava determinado a fazer
Jax gozar.
O almiscarado perfume masculino invadiu os pulmões de Evan. A
cabeça larga encheu a sua boca quando ele usou a língua para lamber a pele
sedosa. Jax vaiou novamente, seus dedos apertando o cabelo de Evan.
Evan nunca tinha manuseado um pau tão grande antes. Ele passou
as mãos em torno da base para diminuir alguns centímetros e, em seguida,
tentou levar Jax de volta para baixo na sua garganta.
— Perto — Jax disse entre dentes.
Essa única palavra estimulou Evan a continuar. Ele ergueu o punho
quando chupou a cabeça, animado para provar o homem. Jax arqueou as
costas e deu um grunhido alto antes do sêmen espirrar no fundo da garganta
de Evan. Ele tentou engolir tudo, mas Evan se afastou, tossindo e engolindo
quando Jax caiu contra o sofá.
— Droga, a luz do sol. — Jax estava ofegante, passou o braço sobre
as sobrancelhas, e depois levantou Evan. — Eu deveria estar ajudando a
acalmar, e não o contrário.
— Reclama? — Evan perguntou quando mexeu a calça mais para
baixo das suas pernas.
— Porra, não. — Jax sentou-se entre as pernas de Evan e retornou o
favor. Os olhos de Evan rolaram para a parte de trás da sua cabeça quando o
homem o engoliu inteiro.
— Oh Deus! — Evan arranhou a parte de trás do sofá, empurrou e
contorceu-se sob Jax. A língua do homem era mágica enquanto Evan estava
perto da borda e quase caiu sobre o abismo.
Jax não desistiu. Ele chupou, lambeu e acariciou Evan. Evan estava
perto. Deus, estava perto, e ele queria a liberação, precisava. Nada mais
importava para ele naquele momento quando Jax puxou as bolas de Evan e
usou os seus músculos da garganta para massagear o pênis de Evan.
Quando Jax deslizou um dedo na bunda de Evan, Evan despedaçou-
se. Ele se contorceu no sofá enquanto Jax bebeu até à última gota. O coração
de Evan bateu fortemente no seu peito quando caiu como um macarrão
molhado.
— Sem cochilar. — Jax sorriu para ele quando as pálpebras de Evan
começaram a fechar.
— Só mais cinco minutos — Evan disse quando virou no sofá e
fechou os olhos novamente. Seu traseiro pendurado fora, exposto, mas Evan
não se importava. Tudo o que ele queria fazer era dormir.
— Mais cinco minutos — Jax murmurou antes de Evan sentir uma
mão sobre o seu traseiro nu. Seus olhos se abriram, e então ele virou-se,
olhando para Jax.
— O que você está fazendo?
— Tendo mais cinco minutos com você, querido.
Evan ficou surpreso ao ver que o pênis de Jax estava duro
novamente. Ambos gozaram e o homem queria mais.
Jax despiu-se e subiu no sofá. Ele pairava sobre Evan, um olhar de
pura luxúria nos seus olhos azuis.
— Pensou que tinha acabado com você?
— Bem, sim. — Evan não se mexeu, não respirou, enquanto Jax
puxou os seus sapatos, meias e então a boxer. Ele estava lá com nada, exceto
a sua camisa. — E se alguém entra?
— Então eles vão ter uma vista completa — disse Jax. Levantou-se,
andando nu para a mesa, e, em seguida, puxou algo da gaveta.
Lubrificante.
— Venha aqui, querido. — Jax apontou para a mesa. — Curve-se
sobre ela para mim.
O comando causou espasmos no pau flácido de Evan quando ele se
levantou e fez o que Jax ordenou. Ele colocou as mãos sobre a mesa, e
empurrou a bunda no ar.
— É isso que você quer?
Quando Jax bateu na sua bunda, Evan saltou. Jax sorriu.
— Não negue que você gostava disso.
Na verdade, Evan gostou. Seu companheiro o tinha esticado e estava
profundamente dentro de Evan em menos de três minutos.
— Precisa de um apoio melhor — Jax disse enquanto puxava Evan
sobre a mesa. Os joelhos de Evan repousavam sobre a madeira polida quando
Jax começou a se mover dentro dele. Mais uma vez ele não se importava se
alguém entrasse. Tudo que Evan se importava era o quão duro o seu
companheiro poderia transar com ele.
Evan puxou a madeira, clamando enquanto Jax martelava nele.
— É isso aí, querido. Chore o meu nome. — Jax grunhiu quando
socou os seus quadris para frente.
Mesmo depois de gozar poucos minutos antes, Evan estava no limite,
o seu pau duro, pronto para explodir com prazer. Ele jogou a cabeça para trás
e uivou a sua libertação quando Jax mordeu o seu ombro. Seu clímax disparou
enquanto o seu sêmen bateu na mesa. Jax retirou os dentes e começou a
ofegar.
— Foda-se, querido. — Jax soou ofegante enquanto empurrava duro
e rápido. — Só... foda.
— Hey, Jax, eu preciso... — Hound chegou a uma parada dura
apenas dentro da porta, os olhos arregalados.
— Dá o fora — Jax gritou.
Hound foi embora rapidamente. Evan teria ficado constrangido, mas
ainda estava montando o alto do seu clímax. Jax apertou os quadris, e, em
seguida, Evan sentiu o pau do homem pulsar dentro dele.
— Evan! — Jax empurrou para frente, enterrado o seu pênis
profundamente, e caiu nas costas de Evan, seu corpo suado.
— Agora eu posso ter uma soneca? — Evan perguntou entre
respirações ofegantes.
— Tenho uma reunião na casa, e não vou deixar você aqui sozinho.
— Jax ajudou Evan a se levantar e, em seguida, puxou a calça de volta no
lugar. Jax agarrou Evan e puxou-o para perto. — Você está bem?
Havia uma preocupação genuína nos olhos do homem.
— E se não estiver?
As pálpebras de Evan vibraram quando Jax apertou um beijo suave
na testa.
— Então eu iria fazer o que for preciso para ajudá-lo a ajustar-se.
O homem falava sério. A verdade estava nos seus olhos e voz. Evan
derreteu contra Jax, se perguntando como poderia se sentir tão feliz quando
tinha acabado de conhecer o cara. Evan não acreditava em amor à primeira
vista, mas havia definitivamente uma conexão, algo tão profundo que Evan
sentiu todo o caminho até os dedos dos pés.
— Apenas me dê tempo para absorver tudo — Evan disse quando
deu um tapinha no peito sólido de Jax. — Não é todo dia que eu descubro... do
que você é chamado novamente?
— Um shifter — Jax respondeu enquanto soltava Evan e prendia a
sua calça. — Desde que arrancar o curativo completamente é demais para
você lidar, vou dizer o que quer saber em pequenas quantidades. — O cara
piscou para ele. — Mas eu sei que você pode lidar com isso.
Evan não tinha tanta certeza sobre isso. Ele tinha uma sensação de
que havia muito mais que Jax não lhe estava dizendo. Será que queria se
aprofundar na loucura? Sem saber o que fazer ou como se sentia, Evan seguiu
Jax para a casa.
— Vocês estão sabendo ― disse Kade. — Precisamos saber quem
testemunhou contra Jax.
— Sobre o que vocês estão falando? — Evan perguntou para Jax,
enquanto puxava o seu companheiro contra o peito e passou os braços em
torno do homem. — Ou não preciso saber?
Jax deu um beijo na parte de cima da cabeça de Evan. Ele não
conseguia parar de tocar o seu companheiro. Jax não sabia que um simples
gesto poderia ser reconfortante. Ele não queria que Evan ficasse muito longe
dele. Estava sendo um sentimento novo para ele, considerando que ele nunca
tinha sentido assim com mais ninguém. Ele estava surpreendido que um
pequeno homem poderia virar o seu mundo de cabeça para baixo em um
piscar de olhos.
Estava assombrado o que Evan ficasse confortável na presença dos
seus irmãos. A última vez que todos os seus irmãos estiveram junto com Evan,
ele pode sentir que o seu companheiro estava com medo. Mas agora, seu
companheiro estava se adaptando tão rapidamente. Por um momento, ele
estava temendo que ele não se adaptasse.
— Alguém matou uma hiena e estão acusando Jax de assassinato —
disse Kade para Evan. — Guy pelo nome de Smiley foi encontrado morto no
seu carro, e agora a cabeça de Jax está a prêmio.
Evan endureceu. Jax franziu a testa.
— O que é, luz do sol?
Cruz, Hound e Wyatt sorriram. E Jax olhou para os seus irmãos.
— Tenho um problema?
— Não — disse Wyatt lutando para não sorrir.
— Luz do sol? — Hound riu. — Agradável.
— Foda-se, todos vocês. — Jax se voltou para o seu companheiro. —
O que está acontecendo?
Evan olhou para todos os homens que estavam reunidos na cozinha
antes de se abraçar mais forte em Jax.
— Eu sei quem me atacou.
A sala ficou em silêncio. O urso de Jax rosnou. Evan cerrou a
mandíbula, e Jax olhou profundamente nos olhos verde de Evan.
— Por que você não me contou isso antes?
— Caramba, eu não sei — Evan disse enquanto agitava os braços. —
Talvez porque eu estava em choque com o que tinha acontecido. E porque eu
não quero que nada aconteça com a minha irmã.
— Sua irmã? — Disse Houston.
— O que ela tem a ver com tudo isso? — Perguntou Jax. Ele estava
completamente confuso. Por que a irmã de Evan estava envolvida? Como? Não
estava fazendo qualquer sentido para ele.
— Porque foi o seu namorado que me atacou. — O olhar de Evan
tinha indo para o chão. Quando Evan olhou para cima, ele estava recusando-se
a encontrar com o olhar dos outros — E ele tinha um outro cara com ele.
Mitchell chamou-o de Smiley.
Cruz saiu pela porta da cozinha. Jax não estava entendendo nada.
— Desde o início, luz do sol.
Evan respirou fundo e disse que Mitchell tinha batido nele. Ele
também falou sobre o ataque, e que Mitchell tinha ameaçado caçar Evan para
matá-lo, junto com o seu companheiro se ele dissesse o que tinha acontecido
para Beth ou Jax.
— Parece que ele está obcecado com você, material curto — disse
Hound.
Jax odiava que o seu companheiro tivesse dito aos seus irmãos sobre
como Mitchell tinha puxando a sua cueca quando Jax chegou. E ele queria
matar Mitchell.
Jax não estava sabendo que Mitchell tinha agredido o seu
companheiro, e tudo o que ele estava vendo agora era vermelho. Ele lutou
para não deixar os seus caninos sair, mas estava sendo difícil.
— Quero encontra ele — Jax ordenou entre os dentes cerrados. — Eu
quero aquele bastardo morto.
Seus irmãos pareciam sombrios quando eles assentiram. Evan foi
direto para a geladeira e começou a olhar o que estava dentro. Jax franziu a
testa.
— O que você está fazendo?
— Vou comer, — Evan disse quando ele empilhava os recipientes no
balcão. — Todas as vezes que estou estressado, eu fico com fome.
Evan olhou para Jax.
— Por que há uma tonelada de sobremesas na geladeira?
— Somos ursos — disse Kade com um sorriso fácil. — Os doces são
nossa fraqueza.
As sobrancelhas de Evan levantaram-se, e então ele balançou a
cabeça.
— Deixa para lá.
— Eu poderia fazer a comida se você estiver com fome, — Houston
ofereceu.
— Obrigado. — Enquanto todo mundo olhava, Evan procurou nos
armários, encontrou um prato, e colocou a comida no micro-ondas.
— Se ele come deixe jeito em uma base regular, de que jeito ele e
tão magro? — Wyatt perguntou em voz alta. — Não é como se ele pudesse se
transformar e liberar as calorias.
— Eu estou esperando para ver se ele come tudo isso — disse
Hound. — Se ele comer, eu vou ficar impressionado.
— Ele não é uma exposição no zoológico — Jax disse e apontou para
a porta dos fundos. — Tire suas bundas daqui e vá encontrar Mitchell.
— Tem uma foto dele? — Perguntou Cross. — Isso poderia ajudar.
Essa pergunta fez Jax percebe que não estava focado no que estava
acontecendo. Se ele tivesse, já teria pensado nisso.
Evan virou-se para eles, com o garfo na mão. — De fato, eu tenho. —
Ele pegou o seu telefone do bolso de trás e começou a apertar botões. —
Minha irmã tinha enviando algumas fotos com ela e o Sr. Assustador. A única
razão pela qual eu não excluir, é porque o seu sorriso é bonito.
Jax ouviu o amor na voz de Evan pela sua irmã. Ele sabia o que Evan
estava sentindo. Jax amava os seus irmãos ferozmente e faria qualquer coisa
para cada um deles.
Evan fez uma pausa quando ele olhou para os homens que estavam
esperando para ver a foto de Mitchell. — E se Mitchell matou Smiley? —
Perguntou. — E se Beth estiver em perigo?
— Foco — Jax atravessou a cozinha e gentilmente pegou o telefone
da mão de Evan. Ele viu uma foto de Mitchell e uma morena bonita. Ela
parecia feliz, mas os olhos de Mitchell eram calculistas. Jax apertou os dentes
ao ver o rosto do Mitchell, lembrando que ele tinha batido em Evan. Ele enviou
a foto para os telefones dos seus irmãos, antes de entregar o telefone de volta
para Evan.
— Eu já vi esse cara antes — disse Wyatt, enquanto olhava para a
foto no seu telefone. — Anda naquele clube de stripper Skank. — Wyatt franziu
as sobrancelhas, tentando lembrar o nome do clube. Ele estalou os dedos. — A
Jolt.
— Ela não está respondendo — disse Evan, puxando a atenção de
todos para ele.
— Isso e comum? — Perguntou Jax.
Evan mordeu o lábio inferior quando ele balançou a cabeça.
— Não, mas eu ainda estou preocupado.
Jax virou-se para Houston.
— Vá verificar a irmã do meu companheiro.
Houston assentiu enquanto Evan deu o endereço.
— Eu quero ir com você — disse Evan.
— Não — disse Jax. — Eu não posso arriscar que você fique
machucado.
— Mas Beth é minha irmã! — Evan foi para a porta. Jax agarrou o
seu companheiro em torno da cintura e puxou-o.
— Houston vai até ela, para ver se está tudo bem. Eu prometo que
ele vai ligar assim que ele soube de alguma coisa. — Jax apertou os seus
braços quando Evan queria se libertar.
— Eu vou ligar — Houston prometeu antes de sair pela porta.
Jax esperava como o inferno que o bastardo fosse encontrado,
porque ele tinha perguntas que precisavam ser respondidas, e ele estava
morrendo de vontade de bater nele.
O micro-ondas apitou, mas Evan não estava olhando para ele. Ele só
caiu nos braços de Jax e olhou para a porta, como se Houston pudesse
atravessá-la a qualquer momento com Beth ao seu lado.
— Ainda com fome? — Perguntou Jax.
— Não — A voz de Evan soou triste e Jax abraçou o seu
companheiro. Ele sabia que não havia nada que ele pudesse dizer para aliviar
a preocupação de Evan até que tivesse notícia.
Houston estacionado na garagem de uma casa de um andar, e tinha
um canteiro de flores plantadas na frente, e havia plantas penduradas na
varanda. Da água pingando das panelas, que parecia que tinham sido regadas
agora. Poderia ser possível que a irmã de Evan não tinha ouvido o telefone
tocar. Houston esperava que fosse o caso. Ele não gostava de inocentes sendo
apanhados na mentira preternatural.
Andando até a varanda, Houston olhou em volta, procurando alguém
que possa estar observado. Só porque eles queriam a cabeça de Jax, não
queria dizer que as hienas não estavam tentando derrubar qualquer um dos
homens Remus. Voltando-se ao redor, Houston percebeu que a porta da frente
estava aberta. Ele bateu na porta de tela, e falou — tem alguém em casa?
Ninguém respondeu.
— Espero que ela não tenha uma arma. — Houston abriu a porta de
tela e entrou. — Olá?
Ainda sem resposta. Houston respirou fundo e andou até a sala,
olhando em volta. O lugar não parecia tão grande, e ele procurou em cada
quarto em minutos. A apenas um dos quartos que Houston hesitou. E se ela
estivesse tirando a roupa?
Ele teria que correr esse risco. Ainda assim, ele bateu na porta. Ele se
sentiu tolo por bater, considerando que ele estava gritando olá, e se a mulher
estivesse em casa, ela o teria ouvido. Inferno, os vizinhos tinham
provavelmente o escutado. Quando ninguém respondeu, Houston lentamente
empurrou a porta aberta. O cheiro de sangue encheu as suas narinas quando
ele avistou um par de pés descalços no chão do outro lado da cama. Correndo
ao redor da cama, Houston amaldiçoou. Parecia que Mitchell tinha dado um
jeito nela. Em cócoras, ele passou a mão no cabelo longo e escuro,
encolhendo-se com o sangue coagulado debaixo do seu nariz e ao redor da sua
boca. Ambos os olhos estavam inchados, e havia sangue seco no seu cabelo
para baixo em um ponto. Com um toque hesitante, Houston verificou o pulso.

Evan estava subindo pelas paredes à espera de Houston dar notícia.


Ele tentou o telefone umas três vezes, mas ela não respondeu. A espera
estava matando-o.
Jax estava no telefone com os seus pais, assegurando-os que estava
tudo bem e que Jax e os seus irmãos tinham as coisas sobre controle. Evan
esperava que fosse verdade. Ele não tinha certeza o que ele faria, se algo
acontecesse com a sua irmã. Ela pode não ser perfeita, mas ele a amava.
Jax desligou e virou-se para Evan.
— Nada ainda?
Evan sacudiu a cabeça, com o telefone na sua mão.
— Ela ainda não está atendendo. Você não pode chamar Houston?
— Se ele está se escondendo, eu não quero que o meu telefonema
possa mostra a sua localização.
— Por que ele estaria se escondendo?
A declaração que Jax tinha feito, estava deixando Evan frenético. Ele
sabia que Mitchell era nada além de problemas desde o início, e o bastardo só
poderia provar isso indo atrás de Beth. Evan estava sentido que tudo isso fosse
sua culpa. Se ele não tivesse começado a falar com Jax, então eles não
estariam nesta situação. Então, novamente, se Mitchell não fosse burro, eles
não estariam nesta situação. Sim, isso soa muito melhor. Colocar a culpa onde
ela pertencia não fazia Evan se sentir melhor.
Jax envolveu Evan em seus braços e o beijou na bochecha.
— As coisas vão mudar, luz do sol.
Se Evan pudesse acreditar, ele nunca tinha estado nessa situação tão
estressante. Parecia que estava pronto para arrancar os seus cabelos, por falta
de notícia de Houston.
— Eu não gosto disso — Evan confessou. — Meu estômago está
torcido em nós, e os meus nervos estão me deixando louco. É sempre assim o
tempo todo?
Se fosse, Evan não tinha certeza se poderia viver assim junto com
Jax.
— Não, não é — disse Jax. — Mas vamos concerta as coisas e elas
vão se acalmar.
Evan com certeza esperava que sim. Ele não gostava de ser ferido, e
isso não ajudava que ele ainda estava tentando absorver o fato de que Jax e
os seus irmãos eram ursos. Evan tinha medo que ele quebrasse a qualquer
momento. Se não fosse pela presença de Jax, ele poderia ter quebrado. Mas
estando em torno do... seu companheiro, Evan gostava do som disso, teve um
efeito calmante sobre ele. Mas ainda não estava acasalado. Mas a noite ainda
era jovem.
Quando o telefone de Jax começou a tocar, Evan ficou ao lodo do seu
companheiro. Esperava que fosse Houston chamado. Se não fosse, Evan
poderia ir buscar ele mesmo a sua irmã. A espera estava sendo difícil.
— É Houston. — Jax atendeu o telefone. Os pulmões de Evan
começaram a queimar, então ele deixou escapar um longo suspiro.
— Merda — disse Jax. — E ruim?
A ansiedade de Evan disparou. Eles estavam falando de Beth ou algo
mais? O suspense estava matando. Ele andou até Jax, dizendo a si mesmo
para não tirar conclusões precipitadas.
Evan não confiava em Mitchell, mas isso não significava que ele tinha
ido machucar Beth. Evan tentou ter pensamentos positivos. Mas ele não
conseguia, com Mitchell envolvido.
— Nós estamos indo. — Jax desligou, e olhou para o seu rosto, a
notícia não era boa. Evan parou de andar e apertou a mão contra o seu
coração acelerado.
— O que aconteceu?
— Beth foi atacada. Houston a encontrou no seu quarto. Ela está
viva, mas... — Jax sacudiu a cabeça. — Eu preciso levá-lo para o hospital.
O coração de Evan bateu mais rápido, enquanto as lágrimas caíram
dos seus olhos. Era verdade que Beth tinha estado mais irritante ao longo dos
anos, mas ele a amava tão profundamente. Ela sempre tinha boas intenções, e
Evan não tinha certeza o que ele faria se ele a perdesse.
Apressando-se para porta de trás, ele seguiu Jax a moto do homem.
Levou dez minutos com o tráfego para chegar ao Sugar Creek Memorial. Evan
tentou pular da moto antes que Jax estivesse parado, mas o seu companheiro
agarrou a sua perna.
— Não preciso de você no hospital, também — disse Jax. Ele deligou
o motor, enquanto Evan saiu de cima. Os dois entraram na sala de
emergência, com a sua preocupação aumentando dez vezes.
— Eu estou aqui por Beth Winchester, — Evan disse a enfermeira
atrás da mesa. Ele precisava ligar para os seus pais. Por mais que ele não
quisesse envolvê-los, Beth era sua filha, e eles tinham o direito de saber que
ela tinha sido atacada.
— E você é? — perguntou a enfermeira.
— O irmão dela.
A enfermeira levou ambos para trás e, em seguida, mostrou-lhes o
quarto de Beth. Evan engasgou quando viu a sua irmã. Seu rosto estava todo
inchado, e o seu corpo estava todo ferido. Para não mencionar os tubos e IV
presos nela.
Evan cobriu a boca com a mão trêmula quando ele se aproximou da
cama. As lágrimas começaram a cair.
— Eu sinto muito, Beth — ele sussurrou enquanto passava os dedos
sobre a sua mão.
Jax ficou em silêncio ao lado da porta, observando Evan. Havia um
olhar nos olhos do homem que Evan poderia relacionar. Raiva.
Evan tinha sido sempre um homem pacífico, não violento, mas
naquele momento, ele queria o sangue de Mitchell. Ele acariciou as costas dos
seus dedos sobre a cabeça de Beth, quando ele disse para Jax, — Prometa-me
que quando você encontrar Mitchell nada será deixado para identifica-lo.
Jax baixou a cabeça.
— Você tem a minha palavra.

— Jax Remus foi visto entrando no Sugar Creek Memorial.


Olhando para o que ele estava fazendo e fez uma careta.
— Traga o meu carro.
Evan se sentou na cadeira estofada, laranja, enquanto segurava a
mão de Beth. Ele estava tentando criar coragem para chamar os seus pais na
última hora. Jax tinha saído para a área de espera para se reunir com os seus
irmãos.
Parecia estranho ter tantos homens vindos ao seu auxílio quando
Evan precisava. Ele pensou que os homens Remus eram nada além de
problemas, mas Evan tinha estado errado. Eles eram ásperos em torno das
bordas. Ele admitiu isso. Mas eles também eram os homens mais amáveis que
conhecera.
Se movendo no seu assento, Evan se inclinou para trás. Ele olhou
para fora da janela e se perguntou quanto mais caos Mitchell causaria antes
que ele fosse capturado. Isso fez a sua pele arrepiar sabendo que o homem
tinha saído com Beth, tinha tentado ser amigo dele e tinha sorrido para os pais
de Evan.
Se Evan pudesse ter apenas dois minutos com Mitchell e fosse capaz
de socar o cara sem ser atingido em troca, ele jogaria Mitchell no chão.
Deixou esse pensamento de lado, Evan sabia que não podia adiar
chamar seus pais por mais tempo. Ele pegou o seu telefone do bolso de trás.
Seus pais iriam pirar sobre isso. Pior, eles se sentiriam terríveis, porque eles
tinham aceitado Mitchell tão bem.
Evan estava ainda à espera do médico para entrar e falar com ele.
Desde que estava tão tranquilo no quarto, agora seria o momento perfeito
para ligar.
Antes de Evan ter uma chance para discar, a porta do quarto de Beth
abriu. A mandíbula de Evan caiu e ele atirou-se da cadeira quando Mitchell
caminhou na sua direção.
─ Você é um homem difícil de obter sozinho, ─ disse ele, quando a
porta se fechou atrás dele.
─ Estava esperando em uma sala vazia até que você chegasse e
aquele pedaço sujo de lixo deixasse você sozinho.
Evan não tinha para onde ir. Mitchell bloqueou a porta e eles estavam
no décimo andar, não que as janelas teriam lhe feito bem. Elas não abriam.
Tomando alguns passos para dentro do quarto, Mitchell olhou o corpo
de Evan. Seus olhos estavam selvagens, fora de foco e Evan se perguntou se o
homem tinha vindo para matá-lo ou terminar com Beth ou ambos.
─ Eu não tenho certeza do que existe sobre você que me tem tão
interessado. Talvez seja apenas curiosidade. Talvez seja apenas uma coceira
que eu preciso coçar.
Evan se lembrou do que Mitchell tinha tentado fazer com ele no seu
quarto e recuou. Ele não queria o homem perto dele, muito menos o tocando.
─ Por que você teve que machucar Beth? ─ Evan perguntou quando
ele rezou para que uma enfermeira ou o médico entrassem no quarto. ─ Ela te
amou.
─ Eu tentei amá-la também, ─ disse Mitchell. Houve uma faísca
momentânea de arrependimento nos seus olhos antes que virasse selvagem
novamente. ─ Mas em vez disso, eu comecei a me apaixonar pelo seu irmão.
Não que eu queria, mas aconteceu.
─ Você está doente, ─ Evan disse quando ele recuou em direção à
cabeceira da cama de Beth. ─ Você precisa de ajuda, Mitchell.
─ Eu não preciso de qualquer ajuda, porra! ─ Mitchell respirou fundo
e soltou lentamente enquanto corria uma mão sobre a sua cabeça. Quando
voltou a falar, sua voz estava mais calma. ─ O que eu preciso é que você
venha tranquilamente comigo ou eu vou terminar o que comecei com Beth.
O tempo parecia ter parado enquanto Evan olhou para Mitchell. O
cara era completamente maluco. A mistura de palavras veio à mente enquanto
Evan ainda orou por algum tipo de interferência. Como na terra Mitchell
esperava tirar Evan à pé fora do hospital? Evan não iria de boa vontade.
Apenas após isso, por cima do ombro de Mitchell, Evan viu uma
sombra no pequeno vidro da porta. Ele precisava deixar quem quer que fosse
saber que ele estava em apuros. Felizmente, essa pessoa poderia ouvi-lo.
─ Por que você matou Smiley e colocou a culpa em Jax? ─ Na
verdade, Evan queria saber a resposta. Ele não tinha certeza de que iria obter
uma considerando que Mitchell não tinha feito qualquer sentido.
─ Então você ouviu falar sobre isso? ─ Mitchell perguntou com um
sorriso, como se estivesse impressionado que Evan fosse tão experiente. Evan
sentiu a bile subir para o fundo da sua garganta. Não só Mitchell tinha matado
alguém, mas ele tentou matar Beth, bem como, a havia espancado a uma
polpa sangrenta. Apenas a visão de Mitchell fez Evan ter vontade de vomitar.
Com um encolher de ombro, Mitchell disse.
─ Fácil. Tive que obter os holofotes fora de mim.
─ Então você enquadrou Jax? Por quê? ─ Perguntou Evan. ─ O que
ele já fez para você?
O rosto de Mitchell se contorceu com raiva.
─ Ele estava tentando levá-lo para longe de mim!
Oh garoto. O homem era delirante. Quando Evan falou, foi num tom
calmo e tranquilo. Ele tinha que desarmar o lunático.
─ Eu não pertenço a você, Mitchell. Lembre-se, você estava
namorando a minha irmã.
Evan teve calafrios só de dizer isso. Sua pele se arrepiou e ele
empurrou de volta quando Mitchell se moveu ainda mais perto.
─ Vem comigo agora, Evan, ─ o homem disse com os dentes
cerrados.
─ Por que eu iria com qualquer pessoa que matou uma pessoa e
tentou matar a minha irmã? ─ Tanto para tentar acalmar o lunático delirante.
Só então, a porta se abriu, e entrou alguém que Evan não
reconheceu. Por trás do estranho estava Jax. As narinas do seu companheiro
queimando enquanto suas mãos se apertavam ao seu lado.
─ Já ouvi o suficiente, ─ disse o estranho.
─ Como se eu desse a mínima, Fingers, ─ Jax respondeu.
─ Antes de levá-lo a qualquer lugar, eu gostaria de ter uma conversa
em particular com Mitchell.
Mitchell deu alguns passos para trás, com os olhos voltados para
Fingers. Evan não tinha ideia de quem era Fingers, mas parecia que Mitchell
sabia porque o cara parecia completamente aterrorizado.
─ Eu não vou a lugar nenhum com você, ─ disse Mitchell. Sua voz
era áspera e rouca e quase soou como se o homem estivesse implorando.
Evan ficou chocado ao ver Mitchell com tanto medo.
─ Você ficou sem opções, ─ disse Jax.
O olhar de Mitchell se voltou para Jax. Ele olhou Jax, como se Jax
fosse esterco sob o seu sapato. Mitchell girou sobre os calcanhares e saltou
para Evan. Evan gritou enquanto Mitchell bateu no seu corpo. Ele caiu no chão
se enrolado nos fios das máquinas.
Um rugido alto soou no ar antes de Jax arrancar Mitchell fora de
Evan. Ele bateu os seus punhos contra o peito e estômago de Mitchell uma e
outra vez quando Evan se levantou.
A única coisa que Evan podia fazer era proteger Beth. Dois grandes
homens estavam lutando e ele não precisaria de ninguém caindo sobre ela.
Obrigado, diabos ela estava desmaiada. Evan não gostaria dela pirando por
causa disso.
E ela piraria.
O estranho parou na porta, parecendo levemente divertido, enquanto
observava os dois homens rasgarem uns aos outros.
─ Faça alguma coisa! ─ Evan gritou para o estranho.
O homem baixou a cabeça.
─ Eu vou. Eu estou permitindo que Jax tenha a sua vingança antes
de Mitchell tomar a sua punição.
Evan saltou sobre os seus pés, sem saber o que fazer. Não havia
nenhuma maneira que ele pudesse ficar entre os homens sem ser atacado. Por
que qualquer pessoal médico não tinha entrado? Não havia nenhuma maneira
que não podiam ouvir os dois homens lutando.
Quando as unhas do Jax se transformaram em garras escuras, Evan
sentiu-se tonto. Jax era um urso. Um urso pardo. Como Evan tinha esquecido
esse fato tão rapidamente?
Então, novamente, Mitchell era uma hiena. Evan não tinha certeza de
qual caminho o seu mundo virou, mas ele esperava como o inferno que não
fosse Mitchell, que ganhasse a luta.
─ Por que você está permitindo-lhe a vingança? ─ Mitchell perguntou
ao estranho, quando ele desviou do punho de Jax.
─ Porque, ─ Fingers disse calmamente, ─ Você foi atrás do seu
companheiro.
Os olhos de Mitchell se arredondado por um breve segundo antes que
eles se estreitassem. Ele rosnou quando ele bateu em Jax com as suas
próprias garras, mas Jax saltou fora apenas no tempo, de acerta-lo com as
suas.
Sangue floresceu sobre a camisa de Mitchell. O homem pareceu
chocado como Jax lhe tinha cortado. ─ Eu nunca vou deixar Evan sozinho, ─
Mitchell provocou.
─ Ele não pertence a você.
─ É aí que você está errado. ─ Quando Jax levou a mão no peito de
Mitchell, Evan gritou.
A equipe veio até a porta, mas Fingers entrou no corredor. Evan não
tinha certeza do que o homem disse, mas ninguém entrou no quarto.
O corpo de Mitchell caiu no chão. Evan olhou para o coração na mão
com garras de Jax.
E então Evan desmaiou.

Fazia duas semanas desde que Beth tinha sido atacada e Jax tinha
tirado a vida de Mitchell. Evan ainda estava se adaptando ao mundo
sobrenatural, mas Jax sabia que levaria tempo especialmente considerando
que ele tinha arrancado o coração de Mitchell na frente do seu companheiro.
Ele e Fingers ainda estavam em um impasse, mas eles não tinham
ido atrás um do outro no hospital naquele dia e tinham evitado uns aos outros
desde então. Jax achava que eles tinham uma trégua tácita.
Por agora.
─ Beth acabou de ligar, ─ Evan disse quando ele entrou no escritório
de Jax.
─ Como ela está?
─ Se recuperando, ─ disse Evan. ─ Mamãe e papai estão cuidando
dela agora que ela foi liberada do hospital e eles nos convidaram para jantar
neste domingo.
Jax tinha conhecido os pais de Evan quando eles chegaram após a
notícia de que Beth tinha sido ferida. Ele tinha pensado que iriam interrogá-lo
ou dar-lhe um pedaço da sua mente. Evan lhe tinha dito que os seus pais não
aprovavam motoqueiros.
Mas depois de saber que o irmão de Jax tinha salvado a vida de Beth,
eles foram acolhedores.
Movendo-se de trás da mesa, Jax fechou a porta do escritório e em
seguida, virou-se para Evan.
─ Diga-lhes que aceita.
Evan estudou Jax.
─ Eu conheço esse olhar.
─ Acostume-se, luz do sol, ─ Jax disse quando ele se aproximou de
Evan, o escorou contra a parede.
Só então Hound entrou no escritório. Ele olhou entre Evan e Jax
antes de rolar os olhos.
─ E eles me chamam de cão.
Jax riu enquanto Hound virou-se e saiu. Dando a sua atenção de
volta para o seu companheiro, Jax baixou a cabeça e deu um leve beijo na
boca do homem.
─ Como você está indo?
─ Muito melhor do que eu estava antes, ─ Evan admitiu. ─ Vocês
estão crescendo em mim.
E isso era tudo o que Jax poderia pedir.
─ Você ainda não me disse por que você me chama de luz do sol, ─
Evan disse enquanto colocava as mãos nos bolsos da frente de Jax e segurou.
─ Porque... ─ Jax beijou atesta de Evan ─ Você iluminou a minha
vida assim que eu o vi de pé no meio-fio, como se esperando por mim chegar.
Os lábios de Evan se separaram quando ele olhou para Jax. E então
Evan sorriu.
─ Então seria bom se eu dissesse que te amava?
O coração de Jax expandiu quando ele puxou Evan em seus braços.
─ Mais do que tudo bem, luz do sol. ─ Limpando a garganta, Jax
disse essas três pequenas palavras que ele nunca disse a ninguém, só a sua
mãe.
─ Eu te amo.
Evan assentiu alargando o sorriso. Sim, tudo ia ficar bem entre eles.
─ Fico feliz em ouvir isso, garotão.
─ Não tem problema cafetão.
Evan riu, e o coração de Jax derreteu.
─ Você ainda precisa me explicar como você conhece a senhora do
chapéu de penas.
Jax piscou para o seu companheiro, o homem que segurava o seu
coração.
─ Talvez algum dia.
Puxando Evan atrás dele, Jax saiu do seu escritório e levou o seu
companheiro para um longo passeio, lento.

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