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Funções e suas

representações gráficas

MATEMÁTICA
Ensino Médio, 1º Ano

Função: conceito
Um pouco da história
O conceito de função, presente nos mais diversos
ramos da ciência, teve sua origem na tentativa de
filósofos e cientistas em compreender a realidade e
encontrar métodos que permitissem estudar e
descrever os fenômenos naturais. Ao longo da
História vários matemáticos contribuíram para que
se chegasse ao conceito atual de função.
Ao matemático alemão Leibniz (1646-1716) atribui-
se a denominação função que usamos hoje.
A representação de uma função pela notação (x) Imagem : Christoph Bernhard
Francke / Portrait of Gottfried Leibniz, c.
(lê-se:  de x) foi atribuída ao matemático suíço 1700 / Herzog-Anton-Ulrich-Museum,
Braunschweig / Public Domain.
Euler (1707-1783), no século XVII.
O Matemático alemão Dirichlet (1805-1859)
escreveu uma primeira definição de função muito
semelhante àquela que usamos atualmente.
Aplicação do conceito

O conceito de função é um dos mais importantes


da Matemática e ocupa lugar em destaque em
vários de seus ramos, bem como em outras áreas
do conhecimento. É muito comum e conveniente
expressar fenômenos físicos, biológicos, sociais,
etc. por meio de funções.
A noção intuitiva de função
Situação 1
João vai escolher um plano de saúde entre duas opções: A e B. Veja as
condições dos planos:
Plano A: cobra um valor fixo mensal de R$ 140,00 e R$ 20,00 por
consulta num certo período.
Plano B: cobra um valor fixo mensal de R$ 110,00 e R$ 25,00 por
consulta num certo período.

Dependendo da necessidade, João fará 5, 6 ou 7 consultas. Qual o plano


mais econômico para ele em cada situação?

Observe que o gasto total de cada plano é dado em função do número


de consultas dentro do período preestabelecido.
Às vezes, a polícia usa a evidência de pegada
para estimar a altura de um suspeito e a
altura é incluída em uma descrição que se
torna parte dos “procurados”. Por volta de
1877, o antropólogo Paul Topinard coletou
medidas de pé/altura e as usou para
desenvolver a seguinte regra: Estime a altura
de uma pessoa dividindo o comprimento de
seu pé por 0,15. (Um cálculo equivalente é
estimar-se a altura multiplicando-se o
comprimento do pé por 6,67.) Tente isso
você mesmo – meça o comprimento de seu
pé e, então, divida-o por 0,15 (ou
multiplique-o por 6,67) para obter sua altura
estimada. O resultado é razoavelmente
preciso?
Um pequeno experimento:
Vamos aferir o tamanho do pé e a altura de
alguns colegas e verificar se há alguma relação
entre essas grandezas.
Vamos usar o Excel para compilar nossos dados:
VAMOS LÁ...
Um pequeno experimento:
Que conclusão chagamos após a realização
desse experimento?
Situação 2
Na cidade do Recife, de acordo com
valores em vigor desde 01/01/2015, um
motorista de táxi cobra R$ 4,32 de
bandeirada (comum) mais R$ 2,10 por
quilômetro rodado (comum). Sabendo que
o preço a pagar é dado em função do
número de quilômetros rodados, calcule o
Imagem: The Wordsmith / Creative
preço a ser pago por uma corrida em que Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported.

se percorreu 22 quilômetros?
Situação 3
O diagrama a seguir considera a quantidade de litros de gasolina e os seus
respectivos preços a pagar em um posto de combustível na cidade de Itapetim:
Quantidade Preço
de litros (l) a pagar (R$) O preço a pagar é dado em função
da quantidade de litros que se coloca
1 3,37 no tanque, ou seja o preço depende
2 6,74 do número de litros comprados.
3 10,11
. . Agora, responda:
. . a) Qual é o preço de 10 litros de
. . gasolina?
50 168,50 b) Quantos litros de gasolina podem
x 3,27x
ser comprados com R$ 43,81?

preço a pagar (p) = R$ 3,27 vezes o número de litros (x) comprados


p = 3,27.x (lei da função ou fórmula matemática da função)
Situação 4
A tabela a seguir relaciona a medida do lado de um terreno quadrado (l), em
metros, e o seu perímetro (P), também em metros.
Medida Perímetro (P) Observe que o perímetro do quadrado é dado em
do lado (l) função da medida do seu lado, isto é, o perímetro
depende da medida do lado. A cada valor dado
1 4 para a medida do lado corresponde um único
2 8 valor para o perímetro.
2,5 10
perímetro (P) = 4 vezes a medida do lado (l ) ou
3 12 P = 4.l
4,1 16,4 Como o perímetro depende da medida do lado,
ele é a variável dependente, a medida do lado é a
...

...

l 4l chamada variável independente.

Agora, responda:
l
a) Qual o perímetro de um terreno quadrado cuja medida do lado é 3,5 m?
b) Qual a medida do lado do terreno quadrado cujo perímetro é de 22 m?
l
Situação 5
Uma maneira útil de interpretar uma função é considerá-la como uma
máquina, onde os números que entram nessa máquina são processados ou
calculados. Os números que saem da máquina são dados em função dos
números que entram. Observe a seguir uma “máquina” de dobrar números.
1 2 -3 4,3 x

Máquina
de dobrar
2 4 -6 8,6 2x

Representando o número de saída n e o número de entrada x, temos:


n = 2.x (fórmula matemática da função)
Agora, invente uma “máquina de triplicar e somar 1”, baseada no exemplo
acima, e escreva a fórmula matemática dessa função.
A noção de função por meio de conjuntos
1) Observe os conjuntos A e B relacionados da seguinte forma: em A estão os
números inteiros e em B, outros.
Devemos associar cada elemento de A ao seu triplo em B
∙ -8
-2∙ ∙ -6
-1∙ ∙ -4
0∙ ∙ -3
1∙ ∙0
2∙ ∙3
∙6
A B
Note que:
- todos os elementos de A têm correspondente em B;
- a cada elemento de A corresponde um único elemento de B.
Nesse caso, temos uma função de A em B, expressa pela fórmula y = 3x.
2) Dados A = {0, 4} e B = {2, 3, 5}, relacionamos A e B da seguinte forma: cada
elemento de A é menor do que um elemento de B:

∙2
0∙
∙3
4∙
∙5

A B

Nesse caso, não temos uma função de A em B, pois ao elemento 0 de A


correspondem três elementos de B, e não apenas um único elemento de B.
3) Dados A = {- 4, - 2, 0, 2, 4} e B = {0, 2, 4, 6, 8}, associamos os elementos de A
aos elementos de igual valor em B.

-4∙ ∙0
-2∙ ∙2
0∙ ∙4
2∙ ∙6
4∙ ∙8

A B

Observe que há elementos em A que não têm correspondente em B. Nesse


caso, não temos uma função de A em B.
Definição e notação
Dados dois conjuntos não vazios, A e B, uma função de A em B é uma relação
que indica como associar cada elemento x do conjunto A a um único elemento
y do conjunto B.
Usamos a seguinte notação:

A B
x  f(x)

: A → B

“A cada x de A corresponde um único (x) de B, levado pela função .”


Domínio, contradomínio e conjunto imagem
O diagrama de flechas a seguir representa uma função f de A em B.
Vamos determinar: ∙0
2∙
∙2
∙4
3∙
∙6
∙8
5∙
∙ 10
A B
a) D(f) b) CD(f)
D(f) = 2, 3, 5 ou D(f) = A CD(f) = 0, 2, 4, 6, 8, 10 ou CD(f) = B
c) Im (f) d) f(3)
Im(f) = 4, 6, 10 f(3) = 6
e) f(5) f) x para f(x) = 4
f(5) = 10 x=2
Uma pausa para um vídeo...
No link https://www.youtube.com/watch?v=UhIbDZaObfQ vamos assistir um
vídeo do Programa M3 Matemática Multimídia da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp).
Vídeo: Carro Flex
Série Matemática na Escola
Objetivos
1. Recordar conceitos básicos relacionados a funções;
2. Exemplificar o uso de funções no cotidiano.
Sinopse
Frentista ajuda cliente a descobrir quais são as proporções de álcool e gasolina
que devem ser abastecidas em seu carro flex para que o custo tenha um valor
preestabelecido.
Função e gráfico
Coordenadas cartesianas
A forma de localizar pontos no plano foi imaginada por René
Descartes (1596-1650), no século XVII. O sistema cartesiano é
formado por duas retas perpendiculares entre si e que se cruzam
no ponto zero. Esse ponto é denominado origem do sistema
cartesiano e é frequentemente denotado por O. Cada reta
representa um eixo e são nomeados Ox e Oy. Sobrepondo um
sistema cartesiano e um plano, obtém-se o um plano Imagem: Frans Hals / Portrait of
René Descartes, c. 1649-1700 /
cartesiano, cuja principal vantagem é associar a cada Louvre Museum, Richelieu, 2nd
floord, room 27 Paris / Public
ponto do plano um par de números reais. Assim, um ponto Domain.
Eixo das ordenadas
A do plano corresponde a um par ordenado (m, n) com m y
e n reais. 2º Q 1º Q
n A (m,n)
O eixo horizontal Ox é chamado de eixo das abscissas e o
eixo vertical Oy, de eixo das ordenadas. Esses eixos x
0 m Eixo das
dividem o plano em quatro regiões chamadas quadrantes. abscissas
3º Q 4º Q
Gráfico de função
O gráfico de uma função é o conjunto de pares ordenados (x, y) que tenham x
pertencente ao domínio da função  e y = f(x).
Reconhecimento do gráfico de uma função
Para saber se um gráfico representa uma função é preciso verificar se cada
elemento do domínio existe apenas um único correspondente no
contradomínio. Geometricamente significa que qualquer reta perpendicular ao
eixo Ox deve interceptar o gráfico em um único ponto.
y y y

x x x

Qualquer reta perpendicular ao eixo Ox Existem retas perpendiculares ao eixo Ox Existem retas perpendiculares ao eixo Ox
intercepta o gráfico em um único ponto; que interceptam o gráfico em mais de que interceptam o gráfico em mais de
portanto, o gráfico representa uma um ponto; portanto, o gráfico não um ponto; portanto, o gráfico não
função de x em y. representa uma função de x em y. representa uma função de x em y.
Matemática, 1º Ano, Função: conceito

Domínio e imagem a partir do gráfico

f(b)

Imagem: f(a)  x  f(b) ou [f(a), f(b)]

f(a)

a b x
Domínio: a  x  b ou [a, b]
Matemática, 1º Ano, Função: conceito

Função crescente e decrescente


Todos os dias nos deparamos com notícias do tipo:

•Dólar fecha em queda após quatro altas seguidas;


•Mercado prevê mais inflação, queda maior do PIB e
nova alta dos juros;
•Com mercado de carros novos em queda, cresce a
venda de veículos novos;
•Previsão de inflação para o ano continua subindo;
•Agência aprova novas taxas, e conta de luz vai subir
em todo o país.
Matemática, 1º Ano, Função: conceito

Função crescente Função decrescente

quando o valor de y quando o valor de y


aumentar conforme o de x diminuir conforme o de x
aumentar, temos uma aumentar, temos uma
função crescente. função decrescente.
Matemática, 1º Ano, Função: conceito

1) A função y = f(x) é crescente para 1 ≤ x < 3, decrescente para 3 ≤ x < 4 e é constante


para x ≥ 4. O gráfico que mais adequadamente representa a função y = f(x) é

Imagem: SEE-PE

2) Observe abaixo o gráfico de uma função real definida no intervalo [–5, 6].

Essa função é decrescente em

a) [– 5, – 3] U [3, 5]
b) [– 3, 0] U [0, 3]
c) [– 3, – 1] U [4, 6]
d) [– 3, 0] U [5, 6]
e) [– 1, 2] U [2, 4]
Imagem: SEE-PE
Matemática, 1º Ano, Função: conceito

Um rapaz desafia seu pai para uma corrida de 100 m. O pai permite que o filho comece
30 m à sua frente. Um gráfico bastante simplificado dessa corrida é dado a seguir:
Distância (m)
a) Pelo gráfico, como é possível dizer
100 quem ganhou a corrida e qual foi a
80 diferença de tempo?
O pai ganhou a corrida, pois ele
60
chegou aos 100 m em 14 s e o filho,
40 em 17 s; a diferença de tempo foi de
20 3 s.

0 5 10 15
Tempo (s)
b) A que distância do início o pai
alcançou seu filho?
Cerca de 70 m.
c) Em que momento depois do início da corrida ocorreu a ultrapassagem?
Cerca de 10 s.
Imagem: JC Santos/ Public Domain.
PAR ORDENADO (x,y)

Entendemos por par ordenado um conjunto de dois


elementos, sendo:

( a, b) = (c, d) Û a = c e b = d
Produto cartesiano:

A X B = {(X,Y)/ X Î A e Y Î B}
Exemplo:
Dados os conjuntos A={2, 3} e B={1, 3, 5}, teremos:
A x B = {(2, 1),(2, 3),(2, 5),(3, 1),(3, 3),(3, 5)}
primeiro elemento é do conjunto A e o
segundo é do B.

Essa forma de representação é denominada forma


tabular.
Forma gráfica: A = {2, 3} e B = {1, 3, 5}
A x B = {(2, 1), (2, 3), (2, 5), (3, 1),(3, 3), (3, 5)} B x A = {(1, 2), (1, 3), (3, 2),(3, 3), (5, 2), (5, 3)}
Y
5 . (2, 5) .(3, 5) Y

3 . (2, 3) . (3, 3) 3 . (1, 3)


. . (3, 3) (5, 3)

2 .(1, 2) .(3, 2) .(5, 2)


1 .(2, 1) . (3, 1)
0 2 3 X 0 1 3 5 X
Chamamos de relação binária de A em B qualquer subconjunto do produto
cartesiano A x B.

Seja A = {2, 3, 4} e B = {2, 4, 5, 6, 7, 8, 9}, temos:

A x B ={(2, 2), (2, 4),(2, 5),(2, 6), (2, 7),(2, 8),(2, 9), (3, 2),(3, 4), (3, 5),
(3, 6), (3, 7), (3, 8), (3, 9), (4, 2), (4, 4),(4, 5), (4, 6), (4, 7), (4, 8),(4, 9)}
Chamemos uma relação binária R do produto cartesiano A x B, em
que y é o consecutivo do dobro de x.
R = {(X,Y)/ Î A X B/ Y = 2X+1} R= {(2, 5), (3, 7), (4, 9)}

A equação y = 2x + 1 é a Lei da relação R.


A = {2, 3, 4} e B = {2, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
A relação R = {(x,y)/ Î A x B/ y = 2x+1} em diagramas de flechas.
R= {(2, 5), (3, 7), (4, 9)}
A B D = {2, 3, 4} são os primeiros
•2 elementos da relação R.
•2 •4
•5
•3 CD = {2, 4, 5, 6, 7, 8, 9} são os
•7
•6 elementos do conjunto B.
•8
•4
•9
Im = {5, 7, 9} são os elementos
D = domínio do conj. B que fazem parte da
CD = contradomínio Im = imagem relação.
Exemplo:
A = {1, 3, 4, 7} e B = {2, 3, 5, 9}
A relação R = {(x,y)/ Î A x B/ y = x- 1} em diagramas de flechas.
R= {(3, 2), (4, 3)}
A B D = {3 , 4} são os primeiros
R elementos da relação R.
•1 •2
•3
•3
CD = {2, 3, 5, 9} são os elementos
•5
•4 do conjunto B.
•7 •9

Im = {2, 3} são os elementos do


D = domínio Im = imagem conj. B que fazem parte da relação.
CD = contradomínio
A = {1, 3, 4, 7} e B = {2, 3, 5, 9}
Y R= {(3, 2), (4, 3)}
9

3 . (4, 3)

2 .
(3, 2)

0 2 3 4 X
Sejam A e B conjuntos não vazios.
Função é uma relação binária em que cada elemento x do conjunto
A corresponde a um único elemento y do conjunto B.
f: A → B lê-se: f é função de A em B.
y = f(x) lê-se: y é função de x, com x Î A e y Î B.
Exemplos:
a) A B
R1 R1 é uma função de A em B,
•1 •2
pois cada elemento do
•3 •3 conjunto A corresponde a
um único elemento do
•4 •5
conjunto B.
b) A B
R2
•1 •2 R2 é uma função de A em B,
pois cada elemento do
•3 •3
conjunto A corresponde a um
•4 •5 único elemento do conjunto B.

c) A B
R3
•1 •2 R3 não é uma função de A em
B, pois o elemento 3 do
•3 •3
conjunto A corresponde a dois
•5 elementos do conjunto B.
d) A B
R4
•2 R4 não é uma função de A em
•3
B, pois o elemento 3 do
•3
conjunto A corresponde a três
•5 elementos do conjunto B.

e) A B
R5
•1 •2 R3 não é uma função de A em
B, pois o elemento 4 do
•3 •3
conjunto A não corresponde a
•4
•5 um elemento do conjunto B.
Quais diagramas representam funções?
A B A B A B
a) b) c)
•8 •9 • –1
•1
•7 •8 •2 •3
•3 •3
•6 •7 •4
Sim Não Sim
A B e) A B A B
d) f)
•4 • –2
• –12 •8 • –3 •.2
•6 •7
• 12 •3 • –1
•2 •0
•0
Não Sim Não
Sejam os conjuntos:
A= {–1, 0, 1, 2, 3} e B= {–3, –2, –1, 0, 1, 2} e a relação
R = {(x,y)/ ÎA x B/ y = x – 2}
R= {(–1, –3), (0, –2), (1, –1), (2, 0), (3, 1)}
e
A R B
• –1 • –3
•0 • –2
•1 • –1

•2 •0
•1
•3
•2
Considerando uma função f: A→B, temos:
A B
f
•1 •2
D(f) = {1, 3, 4}
CD(f) = {2, 3, 5}
•3 •3
Im(f) = {2, 3}
•4 •5

D(f) = A lê-se: o domínio da função f é igual ao conjunto A.


CD(f) = B lê-se: o contradomínio da função f é igual ao conjunto B.
Im(f) = {2, 3} lê-se: o conj. imagem da função f está contido no CD.
a) Considerando a função f(x)= x + 2, temos:

f:(1) = 1x + 2 = 3 (a imagem de 1 pela função f é f(1) = 3)


f:(x)

f:(x) == –2x + 2 = 0 (a imagem de –2 pela função f é f(– 2) = 0)


f:(–2)
b) Considerando a função f(x)= –2x2 – 3, temos:

–2.322–3
f:(3) = –2x
f:(x) –3= = –2.9 –3 = –18 –3 = –21
(a imagem de 3 pela função f é f(3) = – 21)

f:(x) == –2.(
f:(–1) –32 =–3 = –2.1 –3 = –2 –3 = –5
–2x2–1)
(a imagem de –1 pela função f é f(–1) = – 5)
FUNÇÃO INJETORA
Seja f uma função de A em B (f:A®B). Se para quaisquer elementos
distintos do conjunto A (x1 ≠ x2) correspondem elementos diferentes do
conjunto B (y1 ≠ y2), dizemos que a função é injetora.
Exemplo: Dados os conjuntos A= {–1, 0, 1} e B= {–1, 1, 2, 3}, determinar
a função f:A→B definida pela lei y = 2x +1.

x= –1 x= 0 x= 1 A B
y= 2.(–1) + 1 y= 2.0 + 1 y= 2.1 + 1 f
y = –2 +1 y = 0 +1 y = 2 +1 • –1 • –1
y= – 1 y= 1 y= 3 •1
•0
•2
OBS: Cada elemento de A corresponde •1
•3
apenas a um elemento em B.
FUNÇÃO SOBREJETORA
Seja f uma função de A em B (f:A→B). Dizemos que f é uma função
sobrejetora se o conjunto imagem for igual ao conjunto B.
Im(f) = B ou Im(f) = CD(f)
Exemplo: Dados os conjuntos A= {–1, 1, 2} e B= {1, 7}, determinar
a função f:A→B definida pela lei y= 2x2 –1.

x= –1 x= 1 x= 2 A B
y= 2.(–1)2 – 1 y= 2.12 – 1 y= 2.22 – 1 f
y = 2. 1–1 y = 2. 1–1 y = 2. 4–1 • –1 •1
y= 2 – 1 y= 2 – 1 y= 8 – 1
•1
y= 1 y= 1 y= 7
•7
•2
OBS: Cada elemento de B é imagem de
pelo menos um elemento de A.
FUNÇÃO BIJETORA
Seja f uma função de A em B (f:A→B). Dizemos que f é uma função
bijetora se for injetora e sobrejetora ao mesmo tempo. Neste caso, cada
elemento distinto de A corresponde a um elemento distinto em B
(injetora) e Im(f) = B (sobrejetora).
Exemplo: Dados os conjuntos A= {0, 2, 4} e B= {–1, 3, 7},
determinar a função f:A→B definida pela lei y= 2x –1.
x= 0 x= 2 x= 4 A f B
•0 • –1
y= 2.0 – 1 y= 2.2 – 1 y= 2.4 – 1
y= 0 – 1 y = 4 –1 y= 8 – 1 •2 •3

y= –1 y= 3 y= 7 •4 •7

OBS: Cada elemento de B é imagem de pelo menos um elemento de


A e cada elemento de A possui uma imagem distinta em B.
Determinar o domínio de uma função em IR, é determinar o
subconjunto de IR, formados por todos os valores de x possíveis,
para que as expressões resultem em um número real.
Exemplos:
Determine o domínio, em IR, das funções:
2x − 6
a) f (x) = 3 + x . b) f (x) = .
2x − 5 5
2x – 5 ≠ 0 2x – 6 ≥ 0
2x ≠ 5 2x ≥ 6
x ≠ 5/2 x≥3

D (f) = {x Î R/ x ≠ 5/2} D (f) = {x Î R/ x ≥ 3}


3
c) f ( x ) = .
x+2
x+2>0
x > 0 –2
x > –2

D (f) = {x Î R/ x > -2}

d) f ( x ) = x 3 + x
Não há restrição. Qualquer n.º
real é possível. D(f) = IR
Fazendo a composição das duas
tabelas, podemos obter o custo do
Observe as tabelas: percurso sem verificar o consumo.
Percurso Consumo Percurso Custo
(km) (L) (km) (R$)

10 1 10 12,00
f(x)= 0,1x h(x)= 1,2x
20 2 20 24,00
30 3 30 36,00
40 4 40 48,00
Consumo Custo Essa lei é obtida fazendo a
(L) (R$) composição entre as funções g(x) e
1 12,00 f(x), ou seja:
2 24,00 g(x)= 12x g o f(x) = g[f(x)] = 12.[f(x)]
3 36,00
g o f(x) = 12.(0,1x)
4 48,00
h(x) = g o f(x) = 1,2x
EM DIAGRAMAS
Percurso (km) Custo (R$)
h
• 12
• 10
C
A • 24
• 20
• 36
• 30
• 48
• 40

•1
f g
•2 B
Observe que CD(f) = D(g)
•3
Então: h é g o f (função
•4
Consumo (L) composta de g com f)
Exemplos
Dadas as funções f e g de IR em IR determine g o f e f o g:
a) f(x)= x + 3 e g(x)= x2 – 5.
gof fog

(g o f)(x)= g[f(x)] (f o g)(x)= f[g(x)]

(g o f)(x)= [f(x)]2 – 5 (f o g)(x)= [g(x)] + 3


(g o f)(x)= [x + 3]2 – 5 (f o g)(x)= x2 – 5 + 3

(g o f)(x)= x2 +6x + 9 – 5 (f o g)(x)= x2 – 2

(g o f)(x)= x2 +6x + 4
Dadas as funções f e g de IR em IR determine g o f e f o g:

b) f(x)= x + 5 e g(x)= x2 – 1.
gof fog

(g o f)(x)= g[f(x)] (f o g)(x)= f[g(x)]

(g o f)(x)= [f(x)]2 – 1 (f o g)(x)= [g(x)] + 5


(g o f)(x)= [x + 5]2 – 1 (f o g)(x)= x2 – 1 + 5

(g o f)(x)= x2 +10x + 25 – 1 (f o g)(x)= x2 + 4

(g o f)(x)= x2 +10x + 24
https://phet.colorado.edu/sims/html/function-builder/latest/function-
builder_pt_BR.html
https://phet.colorado.edu/sims/html/graphing-lines/latest/graphing-
lines_pt_BR.html
Referências
DANTE, Luiz Roberto Dante. Matemática: contexto & aplicações / Luiz Roberto
Dante. – 2. ed. – São Paulo: Ática, 2013. Obra em 3 v.
BIANCHINI, Edwaldo. Matemática, volume 1: versão beta / Edwaldo Bianchini,
Herval Paccola. 2. ed. Ver. E ampl. – São Paulo: Moderna 1995.
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