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Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do

PIDS

A localização do PIDS ameaça todo o Distrito de Barão

O PIDS é um projeto de lei da Prefeitura de Campinas que se estende do Polo 2


de Tecnologia (Ciatec) até o acesso do bairro Bosque das Palmeiras à Rodovia
Campinas-Mogi, na altura da Polícia Rodoviária. Com uma área total de 17,8
milhões de metros quadrados, toma 16,7% do território de Barão Geraldo. O
texto do projeto de lei é árido e remete a muitas leis, portarias e decretos
específicos, sem indicar claramente quais são. Por isso a mobilização.
Este material prevê as situações extremas prevista pelo Projeto de Lei
Complementar do PIDS.

Fonte: Prefeitura de Campinas e material de divulgação do PIDS


O PIDS localiza-se na região entre a Estrada da Rhodia, Campinas Mogi, Rodovia
D. Pedro e o acesso do Guará à Campinas-Mogi.
Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do
PIDS

O Zoneamento do PIDS ignora a demanda local


O zoneamento é exclusivo para prédios, exceto para os condomínios já
existentes. São 6,1 milhões m2 para prédios com comércio no térreo e moradias
nos superiores (Centralidade) e 11,2 milhões de m2 de uso comercial e industrial
(Econômica). Ambos com prédios de 7 andares. Os maiores impactos do PIDS
são perda do ecossistema, adensamento populacional e aumento do fluxo de
veículos. Destaca- se:
1. Prevê mais 60.000 novos habitantes
2. Permite até 500 apartamentos para cada área de 100x100m;
3. Permite indústrias sem dizer o tipo de impacto;
4. Permite uma expansão desordenada dos empreendimentos imobiliários.

Fonte: Prefeitura de Campinas e material de divulgação do PIDS


Zoneamento do PIDS exclusivo para ocupação imobiliária.
Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do
PIDS

A malha de ruas do PIDS tem descrição vaga e imprecisa


O PIDS prevê a construção de mais 50km de ruas, das quais 33% sem
especificação de largura e tipo. Não está claro se as medidas informadas são
somente das pistas de rolamento ou se são para pistas de rolamento, calçadas e
ciclovias. Chama a atenção que tudo depende do tamanho do lote que os
empreendimentos irão adquirir, inclusive a disposição das ruas.

Fonte: Prefeitura de Campinas e material do PIDS


Arruamento proposto pelo PIDS sujeito a mudanças e interpretações.
Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do
PIDS

O PIDS degrada o Meio-Ambiente e impede sua restauração


Apresenta 6,18% de sua área com vegetação; o mínimo legal é 20%. Impacta
dezenas de nascentes e 82,1% de sua área de preservação de rios estão
desmatados. Finalmente, 91,3% da sua área está em uma região própria para
permitir a passagem de animais terrestres entre o que resta de vegetação natural
e preservar espécies em extinção como o lobo-guará e a onça parda.

Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS, Serviço Florestal Brasileiro


As áreas sensíveis em perigo com o PIDS.
Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do
PIDS

O PIDS ameaça os animais e áreas preservadas por lei


Há mais de 25 cruzamentos sobre rios. Várias ruas são projetadas nos limites e
atravessando áreas que deveriam ser preservadas por lei. TODAS as ruas estão
dentro de uma área de corredores de conectividade de Campinas, que são áreas
que necessitam de um planejamento especial para permitir o trânsito de animais
terrestres.
O PIDS não considera quaisquer medidas de proteção dessas áreas sensíveis
contra os impactos negativos do novo arruamento. As passagens de animais
terrestres não estão previstas. Por exemplo, a marginal da Campinas-Mogi
ameaça áreas verdes, o Rio e o Parque Anhumas sem indicação de como ela
deve ser construída para evitar os seus impactos.

Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS, Serviço Florestal Brasileiro


Áreas verdes e de preservação despedaçadas pelo PIDS.
Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do
PIDS

O PIDS se sobrepõe a áreas ambientalmente sensíveis.


As áreas de preservação de rios (APP hídrica) são citadas no PIDS; contudo, o
zoneamento está sem a delimitação dessas áreas. Não menos importante que
isso, o PIDS propõe implementar o Parque Anhumas do Plano Verde de Campinas
ao redor do Ribeirão Anhumas, “desde que seja possível dentro dos projetos dos
futuros empreendimentos”.
Chama a atenção que a região do Parque está degradada, com apenas 15,0%
de vegetação natural. Apesar dessas áreas serem citadas no PIDS, elas estão
localizadas dentro das Zonas de alta exploração, sem uma delimitação de zonas
específicas.

Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS, Serviço Florestal Brasileiro


Áreas verdes e de preservação dentro de zonas imobiliárias.
Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do
PIDS

A área do PIDS é quase toda de uso rural


A Prefeitura de Campinas repete em todas as reuniões que o PIDS está localizado
na Zona Urbana. Porém, ela omite que a conversão dessa região em área urbana
foi definida em 2018, sem participação da população, que é exigida pela
Constituição Estadual.
Chama a atenção que toda área do PIDS carece de estrutura urbana. A região
do PIDS tem somente um acesso: estreito, sem calçada de pedestres e cercado
de propriedades rurais. O uso agropecuário ocorre em 65% da região; somando-
se as áreas naturais sobe para mais de 70%. Ou seja, a área urbana atual é
menos de 30%. Como o PIDS pretende justificar em termos sustentáveis a
transformação de uma área predominantemente rural em urbana??

Fonte: Projeto Mapbiomas, portal de dados da Prefeitura de Campinas e material do PIDS


Produção de alimentos e turismo rural ameaçados pelo PIDS.
Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do
PIDS

A região do PIDS é rica em propriedades Rurais


O território do PIDS é majoritariamente de propriedades rurais (44 cadastradas
no Governo Federal) que cercam o Rio Anhumas. Isso permite a Campinas ser
referência nacional na integração entre zona rural e urbana, com mais alimento
na mesa do campineiro e mais opções de lazer, promovendo a infraestrutura de
agricultura familiar e 4.0, tecnológica, sustentável, com investimento em
agroflorestas, compatível com as urgências climáticas e sociais. Localizadas no
eixo da primeira estruturação econômica baseada no trabalho escravizado para
produção de açúcar e no café, as sedes das fazendas do século XVIII e suas
senzalas têm grande importância histórica. Essas edificações podem tornar-se
centros culturais que fomentam a cultura e a economia criativa da região.

Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS, Cadastro Ambiental Rural.


Rio Anhumas cercado de propriedades rurais sem a mínima infraestrutura rural.
Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do
PIDS

As nossas melhores terras proibidas de produzir alimentos


O PIDS está em região de relevo suave com as terras agrícolas mais produtivas
de Campinas, próprias para produção de flores de corte, plantas ornamentais,
hortifrútis, pastagem, café, abelhas sem ferrão etc. Temos a grande
oportunidade de trazer receita a partir da conservação de serviços ambientais,
mas o PIDS propõe retirar de Campinas essa vocação agrícola sustentável, às
vésperas de um futuro de mudanças climáticas que impactará a produção de
alimentos. Acaba também com a oportunidade de créditos internacionais, altas
receitas que somente a árvore em pé pode trazer (bioeconomia), além do
turismo baseado no convívio com a natureza. A especulação imobiliária é uma
economia totalmente contrária ao que o momento histórico pede, com o risco
concreto de comprometer o futuro das próximas gerações.

Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS, Embrapa Meio Ambiente.


Região com aptidão das terras e relevo que facilitam a agricultura sustentável
Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do
PIDS

Priorização da verticalização com prejuízo do Pólo Tecnológico


O PIDS permite a exploração por empreendimentos imobiliários em todo o
território, com um zoneamento que ignora um plano de ocupação, permitindo
que os espaços que deveriam ser planejados para ter uso diversificado sejam
ocupados com um produto imobiliário mais lucrativo. Prevalece o uso residencial
vertical em terras que deveriam abrigar as atividades de inovação, como as do
HIDS. Além disso, a divisão de glebas do PIDS inviabiliza futuras instalações
semelhantes ao CPQD e ao SIRIUS (e empregos decorrentes), levando tráfego
intenso de carros e outros veículos para dentro da Unicamp.

Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS.


O PIDS tem um zoneamento sem reserva de áreas para que os usos aconteçam.
Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do
PIDS

O PIDS desconsidera outros estudos do território


Enfim, você conhece o HIDS? O HIDS (www.hids.unicamp.br) é o Hub
Internacional para o Desenvolvimento Sustentável. Ele está localizado entre a
Unicamp, Puc-Campinas e o CNPEM, com 11,4 milhões de metros quadrados, dos
quais 6,5 milhões são de agropecuária e 0,57 milhões são de áreas verdes. A
Unicamp, que coordena o HIDS, iniciou recentemente o debate com a
comunidade de Barão Geraldo.
Chama a atenção que o HIDS é um projeto de zoneamento anterior ao PIDS e
as zonas do PIDS atropelam todo esse projeto, desconsiderando as suas
orientações.

Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS.


HIDS: projeto da Unicamp e das empresas de tecnologia que inviabilizado
PIDS.
Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do
PIDS

Zoneamento Mobilização – uma proposta sustentável e local


Durante o mês de abril de 2023, um time de moradores de Barão Geraldo discutiu
as sugestões dos moradores manifestadas durante as oficinas de março 2023.
Esse time, com especialistas em urbanismo, ecologia, engenharia, legislação,
políticas públicas etc., preparou uma proposta de zoneamento que conseguiu
reduzir o aumento da população para menos de 25.000 habitantes ao invés dos
mais de 60.000 permitidos pelo PIDS.
Essa proposta considera os desejos e as angústias da população de Barão
Geraldo, com destaque para os pontos críticos identificados nas oficinas: 1) a
criação de uma Zona Especial de Proteção Ambiental ao longo do ribeirão
Anhumas; 2) compatibilização com o zoneamento do HIDS (estudo da Unicamp
em parceria com entidades tecnológicas do entorno); 3) proteção de áreas de
interesse histórico e cultural e 4) manutenção de zonas residenciais de menor
densidade para impedir a verticalização extrema.

Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS, Projeto Mapbiomas, Embrapa,


oficinas participativas de março de 2023
Zoneamento que respeita o meio ambiente, o Polo Tecnológico e os padrões de
ocupação de Barão Geraldo.
Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do
PIDS

Arruamento Mobilização – uma proposta alinhada à nossa realidade


Barão Geraldo tem um problema crônico de falta de planejamento viário, que se
agrava com o PIDS. O viário proposto no PIDS picota em 25 pontos as áreas de
proteção ambiental. Além de não resolver a falta de continuidade e a fluidez do
viário atual. Outro problema é a criação de um grande corredor especulativo e
elitizado (gentrificado) usando uma avenida sob o linhão (que é área pública),
ameaçando áreas verdes previstas no HIDS.
Propomos a ampliação do viário já implantado na área do projeto como
alternativa que reduz as interferências do viário do PIDS, obrigando a construção
de pontes sobre os cursos d'água e áreas de preservação, deixando um terreno
condizente sob elas para corredores ecológicos. As vias locais ficarão por conta
dos empreendimentos a serem desenvolvidos na região, assim como eventuais
vias de maior escopo.

Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS, Projeto Mapbiomas, Embrapa, ,


oficinas participativas de março de 2023.
Traçado de vias que favorece o uso local, que aproveita e amplia vias existentes.
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PIDS

O PIDS é o início do fim do verde em Campinas


A maior parte do PIDS faz parte de áreas de conectividade da fauna terrestres e
de animais em extinção, como o lobo Guará, que são indicadas para a
recuperação de nosso verde. O PIDS se sobrepõe a essas áreas com zonas
exclusivas para a verticalização da região. Fazer isso nessa região pode ser a
licença para a expansão predatória fazer o mesmo em mais de 40% do território
do município com as mesmas características. Somos a favor de um
desenvolvimento sustentável e que nos proteja das mudanças climáticas. Você
gostaria de ser a geração que deixou de herança o extermínio do último lobo
guará que sobrevivia atrás de nossos quintais?

Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS, Projeto Mapbiomas.


Mais da metade de Campinas ameaçada pela pressão imobiliária
Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do
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Adensamento populacional sem resolver problemas existentes


Em 2017, as áreas não ocupadas do perímetro urbano permitiam que Campinas
tivesse mais de 1.470.000 habitantes. Em todas as previsões a população nunca
passará de 1.250.000 habitantes. Em 2018, a prefeitura expandiu a área urbana
em mais 178km², sem participação popular. A especulação imobiliária acelerou
em toda Campinas, atropelando as áreas verdes. Priorizaram a verticalização das
novas áreas, deixando a decadência e a degradação tomarem conta do Centro,
em vez de buscar sua revitalização.

Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS.


2018: Expansão urbana que atropela o plano diretor e ameaça áreas verdes.

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