O município de Campinas, no estado de São Paulo, Brasil, ainda preserva espaço vazio para implementar um corredor verde ao redor da cidade e evitar que as malha urbana de Campinas se una à malha urbana das cidades vizinhas (conurbação urbana). Porém, estamos em uma triste situação em que o prefeito da cidade e sua equipe pretendem fazer uma expansão predatória da cidade, contra a vontade dos moradores, e que tornará Campinas com qualidade de vida ainda pior que as piores cidades do mundo.
Título original
Mobilizacao Barao Geraldo, Campinas, SP contra Especulação Predatória da Cidade
O município de Campinas, no estado de São Paulo, Brasil, ainda preserva espaço vazio para implementar um corredor verde ao redor da cidade e evitar que as malha urbana de Campinas se una à malha urbana das cidades vizinhas (conurbação urbana). Porém, estamos em uma triste situação em que o prefeito da cidade e sua equipe pretendem fazer uma expansão predatória da cidade, contra a vontade dos moradores, e que tornará Campinas com qualidade de vida ainda pior que as piores cidades do mundo.
O município de Campinas, no estado de São Paulo, Brasil, ainda preserva espaço vazio para implementar um corredor verde ao redor da cidade e evitar que as malha urbana de Campinas se una à malha urbana das cidades vizinhas (conurbação urbana). Porém, estamos em uma triste situação em que o prefeito da cidade e sua equipe pretendem fazer uma expansão predatória da cidade, contra a vontade dos moradores, e que tornará Campinas com qualidade de vida ainda pior que as piores cidades do mundo.
Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do
PIDS
A localização do PIDS ameaça todo o Distrito de Barão
O PIDS é um projeto de lei da Prefeitura de Campinas que se estende do Polo 2
de Tecnologia (Ciatec) até o acesso do bairro Bosque das Palmeiras à Rodovia Campinas-Mogi, na altura da Polícia Rodoviária. Com uma área total de 17,8 milhões de metros quadrados, toma 16,7% do território de Barão Geraldo. O texto do projeto de lei é árido e remete a muitas leis, portarias e decretos específicos, sem indicar claramente quais são. Por isso a mobilização. Este material prevê as situações extremas prevista pelo Projeto de Lei Complementar do PIDS.
Fonte: Prefeitura de Campinas e material de divulgação do PIDS
O PIDS localiza-se na região entre a Estrada da Rhodia, Campinas Mogi, Rodovia D. Pedro e o acesso do Guará à Campinas-Mogi. Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do PIDS
O Zoneamento do PIDS ignora a demanda local
O zoneamento é exclusivo para prédios, exceto para os condomínios já existentes. São 6,1 milhões m2 para prédios com comércio no térreo e moradias nos superiores (Centralidade) e 11,2 milhões de m2 de uso comercial e industrial (Econômica). Ambos com prédios de 7 andares. Os maiores impactos do PIDS são perda do ecossistema, adensamento populacional e aumento do fluxo de veículos. Destaca- se: 1. Prevê mais 60.000 novos habitantes 2. Permite até 500 apartamentos para cada área de 100x100m; 3. Permite indústrias sem dizer o tipo de impacto; 4. Permite uma expansão desordenada dos empreendimentos imobiliários.
Fonte: Prefeitura de Campinas e material de divulgação do PIDS
Zoneamento do PIDS exclusivo para ocupação imobiliária. Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do PIDS
A malha de ruas do PIDS tem descrição vaga e imprecisa
O PIDS prevê a construção de mais 50km de ruas, das quais 33% sem especificação de largura e tipo. Não está claro se as medidas informadas são somente das pistas de rolamento ou se são para pistas de rolamento, calçadas e ciclovias. Chama a atenção que tudo depende do tamanho do lote que os empreendimentos irão adquirir, inclusive a disposição das ruas.
Fonte: Prefeitura de Campinas e material do PIDS
Arruamento proposto pelo PIDS sujeito a mudanças e interpretações. Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do PIDS
O PIDS degrada o Meio-Ambiente e impede sua restauração
Apresenta 6,18% de sua área com vegetação; o mínimo legal é 20%. Impacta dezenas de nascentes e 82,1% de sua área de preservação de rios estão desmatados. Finalmente, 91,3% da sua área está em uma região própria para permitir a passagem de animais terrestres entre o que resta de vegetação natural e preservar espécies em extinção como o lobo-guará e a onça parda.
Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS, Serviço Florestal Brasileiro
As áreas sensíveis em perigo com o PIDS. Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do PIDS
O PIDS ameaça os animais e áreas preservadas por lei
Há mais de 25 cruzamentos sobre rios. Várias ruas são projetadas nos limites e atravessando áreas que deveriam ser preservadas por lei. TODAS as ruas estão dentro de uma área de corredores de conectividade de Campinas, que são áreas que necessitam de um planejamento especial para permitir o trânsito de animais terrestres. O PIDS não considera quaisquer medidas de proteção dessas áreas sensíveis contra os impactos negativos do novo arruamento. As passagens de animais terrestres não estão previstas. Por exemplo, a marginal da Campinas-Mogi ameaça áreas verdes, o Rio e o Parque Anhumas sem indicação de como ela deve ser construída para evitar os seus impactos.
Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS, Serviço Florestal Brasileiro
Áreas verdes e de preservação despedaçadas pelo PIDS. Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do PIDS
O PIDS se sobrepõe a áreas ambientalmente sensíveis.
As áreas de preservação de rios (APP hídrica) são citadas no PIDS; contudo, o zoneamento está sem a delimitação dessas áreas. Não menos importante que isso, o PIDS propõe implementar o Parque Anhumas do Plano Verde de Campinas ao redor do Ribeirão Anhumas, “desde que seja possível dentro dos projetos dos futuros empreendimentos”. Chama a atenção que a região do Parque está degradada, com apenas 15,0% de vegetação natural. Apesar dessas áreas serem citadas no PIDS, elas estão localizadas dentro das Zonas de alta exploração, sem uma delimitação de zonas específicas.
Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS, Serviço Florestal Brasileiro
Áreas verdes e de preservação dentro de zonas imobiliárias. Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do PIDS
A área do PIDS é quase toda de uso rural
A Prefeitura de Campinas repete em todas as reuniões que o PIDS está localizado na Zona Urbana. Porém, ela omite que a conversão dessa região em área urbana foi definida em 2018, sem participação da população, que é exigida pela Constituição Estadual. Chama a atenção que toda área do PIDS carece de estrutura urbana. A região do PIDS tem somente um acesso: estreito, sem calçada de pedestres e cercado de propriedades rurais. O uso agropecuário ocorre em 65% da região; somando- se as áreas naturais sobe para mais de 70%. Ou seja, a área urbana atual é menos de 30%. Como o PIDS pretende justificar em termos sustentáveis a transformação de uma área predominantemente rural em urbana??
Fonte: Projeto Mapbiomas, portal de dados da Prefeitura de Campinas e material do PIDS
Produção de alimentos e turismo rural ameaçados pelo PIDS. Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do PIDS
A região do PIDS é rica em propriedades Rurais
O território do PIDS é majoritariamente de propriedades rurais (44 cadastradas no Governo Federal) que cercam o Rio Anhumas. Isso permite a Campinas ser referência nacional na integração entre zona rural e urbana, com mais alimento na mesa do campineiro e mais opções de lazer, promovendo a infraestrutura de agricultura familiar e 4.0, tecnológica, sustentável, com investimento em agroflorestas, compatível com as urgências climáticas e sociais. Localizadas no eixo da primeira estruturação econômica baseada no trabalho escravizado para produção de açúcar e no café, as sedes das fazendas do século XVIII e suas senzalas têm grande importância histórica. Essas edificações podem tornar-se centros culturais que fomentam a cultura e a economia criativa da região.
Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS, Cadastro Ambiental Rural.
Rio Anhumas cercado de propriedades rurais sem a mínima infraestrutura rural. Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do PIDS
As nossas melhores terras proibidas de produzir alimentos
O PIDS está em região de relevo suave com as terras agrícolas mais produtivas de Campinas, próprias para produção de flores de corte, plantas ornamentais, hortifrútis, pastagem, café, abelhas sem ferrão etc. Temos a grande oportunidade de trazer receita a partir da conservação de serviços ambientais, mas o PIDS propõe retirar de Campinas essa vocação agrícola sustentável, às vésperas de um futuro de mudanças climáticas que impactará a produção de alimentos. Acaba também com a oportunidade de créditos internacionais, altas receitas que somente a árvore em pé pode trazer (bioeconomia), além do turismo baseado no convívio com a natureza. A especulação imobiliária é uma economia totalmente contrária ao que o momento histórico pede, com o risco concreto de comprometer o futuro das próximas gerações.
Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS, Embrapa Meio Ambiente.
Região com aptidão das terras e relevo que facilitam a agricultura sustentável Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do PIDS
Priorização da verticalização com prejuízo do Pólo Tecnológico
O PIDS permite a exploração por empreendimentos imobiliários em todo o território, com um zoneamento que ignora um plano de ocupação, permitindo que os espaços que deveriam ser planejados para ter uso diversificado sejam ocupados com um produto imobiliário mais lucrativo. Prevalece o uso residencial vertical em terras que deveriam abrigar as atividades de inovação, como as do HIDS. Além disso, a divisão de glebas do PIDS inviabiliza futuras instalações semelhantes ao CPQD e ao SIRIUS (e empregos decorrentes), levando tráfego intenso de carros e outros veículos para dentro da Unicamp.
Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS.
O PIDS tem um zoneamento sem reserva de áreas para que os usos aconteçam. Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do PIDS
O PIDS desconsidera outros estudos do território
Enfim, você conhece o HIDS? O HIDS (www.hids.unicamp.br) é o Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável. Ele está localizado entre a Unicamp, Puc-Campinas e o CNPEM, com 11,4 milhões de metros quadrados, dos quais 6,5 milhões são de agropecuária e 0,57 milhões são de áreas verdes. A Unicamp, que coordena o HIDS, iniciou recentemente o debate com a comunidade de Barão Geraldo. Chama a atenção que o HIDS é um projeto de zoneamento anterior ao PIDS e as zonas do PIDS atropelam todo esse projeto, desconsiderando as suas orientações.
Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS.
HIDS: projeto da Unicamp e das empresas de tecnologia que inviabilizado PIDS. Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do PIDS
Zoneamento Mobilização – uma proposta sustentável e local
Durante o mês de abril de 2023, um time de moradores de Barão Geraldo discutiu as sugestões dos moradores manifestadas durante as oficinas de março 2023. Esse time, com especialistas em urbanismo, ecologia, engenharia, legislação, políticas públicas etc., preparou uma proposta de zoneamento que conseguiu reduzir o aumento da população para menos de 25.000 habitantes ao invés dos mais de 60.000 permitidos pelo PIDS. Essa proposta considera os desejos e as angústias da população de Barão Geraldo, com destaque para os pontos críticos identificados nas oficinas: 1) a criação de uma Zona Especial de Proteção Ambiental ao longo do ribeirão Anhumas; 2) compatibilização com o zoneamento do HIDS (estudo da Unicamp em parceria com entidades tecnológicas do entorno); 3) proteção de áreas de interesse histórico e cultural e 4) manutenção de zonas residenciais de menor densidade para impedir a verticalização extrema.
Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS, Projeto Mapbiomas, Embrapa,
oficinas participativas de março de 2023 Zoneamento que respeita o meio ambiente, o Polo Tecnológico e os padrões de ocupação de Barão Geraldo. Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do PIDS
Arruamento Mobilização – uma proposta alinhada à nossa realidade
Barão Geraldo tem um problema crônico de falta de planejamento viário, que se agrava com o PIDS. O viário proposto no PIDS picota em 25 pontos as áreas de proteção ambiental. Além de não resolver a falta de continuidade e a fluidez do viário atual. Outro problema é a criação de um grande corredor especulativo e elitizado (gentrificado) usando uma avenida sob o linhão (que é área pública), ameaçando áreas verdes previstas no HIDS. Propomos a ampliação do viário já implantado na área do projeto como alternativa que reduz as interferências do viário do PIDS, obrigando a construção de pontes sobre os cursos d'água e áreas de preservação, deixando um terreno condizente sob elas para corredores ecológicos. As vias locais ficarão por conta dos empreendimentos a serem desenvolvidos na região, assim como eventuais vias de maior escopo.
Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS, Projeto Mapbiomas, Embrapa, ,
oficinas participativas de março de 2023. Traçado de vias que favorece o uso local, que aproveita e amplia vias existentes. Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do PIDS
O PIDS é o início do fim do verde em Campinas
A maior parte do PIDS faz parte de áreas de conectividade da fauna terrestres e de animais em extinção, como o lobo Guará, que são indicadas para a recuperação de nosso verde. O PIDS se sobrepõe a essas áreas com zonas exclusivas para a verticalização da região. Fazer isso nessa região pode ser a licença para a expansão predatória fazer o mesmo em mais de 40% do território do município com as mesmas características. Somos a favor de um desenvolvimento sustentável e que nos proteja das mudanças climáticas. Você gostaria de ser a geração que deixou de herança o extermínio do último lobo guará que sobrevivia atrás de nossos quintais?
Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS, Projeto Mapbiomas.
Mais da metade de Campinas ameaçada pela pressão imobiliária Mobilização de Barão Geraldo contra o Projeto de Lei do PIDS
Adensamento populacional sem resolver problemas existentes
Em 2017, as áreas não ocupadas do perímetro urbano permitiam que Campinas tivesse mais de 1.470.000 habitantes. Em todas as previsões a população nunca passará de 1.250.000 habitantes. Em 2018, a prefeitura expandiu a área urbana em mais 178km², sem participação popular. A especulação imobiliária acelerou em toda Campinas, atropelando as áreas verdes. Priorizaram a verticalização das novas áreas, deixando a decadência e a degradação tomarem conta do Centro, em vez de buscar sua revitalização.
Fonte: Prefeitura de Campinas, material do PIDS e do HIDS.
2018: Expansão urbana que atropela o plano diretor e ameaça áreas verdes.
Discutindo Possibilidades de Conciliar Proteção e Urbanização de Faixas Marginais de Rios Urbanos: O Caso Do Rio Dona Eugênia em Mesquita Na Baixada Fluminense