Você está na página 1de 29

CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DE PIRAPORA/MG

LEITURA TÉCNICA
O texto constate neste diagnóstico
compõem um dos produtos da Leitura
Técnica desenvolvido pela Comissão
Técnica para Revisão do Plano Diretor
Estratégico.

Página 2 de 29
FICHA TÉCNICA

Marcella Machado Ribas Fonseca


PREFEITA MUNICIPAL

Orlando Pereira de Lima


VICE-PREFEITO

Sinvaldo Pereira
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE GOVERNO

Luiz Antônio Pulcherio Lopes Conde Bastos Rego Matos de Souza


SECRETARIO MUNICIPAL DE PLENEJAMENTO E MEIO AMBIENTE

Dr. Raul Ulysses Rodrigues de Araújo


PROCURADOR GERAL DO MUNICIPIO

Ana Paola Ramos


PRESIDENTE DA COMISSÃO

Larissa Rayan Pereira Rocha


REDAÇÃO OFICIAL

GRUPO GESTOR
DECRETO Nº 36 DE 29 DE AGOSTO DE 2018

Representante da Prefeitura Municipal de Pirapora:


Titular: Sinvaldo Alves Pereira
Suplente: Luiz Antonio Pulcherio L. C. B. R. M. Souza

Representante da Câmara Municipal de Vereadores:


Titular: Vereador Eder Danilo Pereira da Silva
Suplente: Vereador Luciano Rodrigues Pereira

Representante da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB:


Titular: Mauricio Tadeu Machado Vargas
Suplente: Maristela Porto

Representante de entidade empresarial:


Titular: Mauricélio Lucas de Oliveira Junior
Instituição: Interpira
Suplente: Hélio de Oliveira Mendonça Junior
Instituição: Grupo Center Data Compuway Unip

Representante de seguimento acadêmico:


Titular: Daniel Mendes Magalhães
Página 3 de 29
Instituição: FAC/Funam
Suplente: Lucas Higino Versiani Fonseca
Instituição:FAC/Funam

Representante de segmento comunitário:


Titular: Felipe de Brito Feitosa
Instituição: Levante Popular da Juventude
Suplente: Damião Braz (Irajá Pataxó)
Instituição:APOINME – Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas
Gerais e Espírito Santo.

COMISSÃO TÉCNICA PARA REVISÃO DO PLANO DIRETOR


Decreto N° 04 de 19 de Janeiro de 2018. Portaria N° 44 de 15 de Fevereiro de
2018.
Ana Paola Ramos
Carlos Amorim Correa da Silva
Erica de Freitas Guimarães Ramos
Gabriel Vinícius Nascimento Alves
Hebert Vinicius Dias Leite
João Rafael Santos Silva
Juliana Veloso Neves
Juvenal Agostinho Rodrigues
Larissa Rayan Pereira Rocha
Lidiana Emanulle Muniz Machado
Moacir Moreira Filho
Plínio Geraldo Pinto de Oliveira
Priscilla Miranda dos Santos
Vinícius Nunes Barreto
Walter Edson de Oliveira

LEITURA TÉCNICA
Texto: DESCRIÇÃO E ANÁLISE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE PIRAPORA
Servidora Erica de Freitas Guimarães Ramos
Servidor Hebert Vinicius Dias Leite
Servidora Juliana Veloso Neves
Servidora Priscilla Miranda dos Santos
Servidor Vinícius Nunes Barreto.
Pirapora, 05 de outubro de 2017.

Página 4 de 29
APRESENTAÇÃO

A Lei Municipal nº 1846 de 10 de outubro de 2006, instituiu o Plano Diretor


Estratégico, o sistema e o processo de planejamento e gestão do
desenvolvimento do Município de Pirapora, que teve como diretriz orientadora e
definidora a Lei Federal 10.257 de 10 de julho de 2001 que dispõe o Estatuto da
Cidade.

O Estatuto da Cidade orienta a política urbana em todo o país, buscando garantir


a todos o Direito à Cidade, definiu regras para a organização do território
municipal. Sendo que o Plano Diretor é a lei municipal criada para organizar o
crescimento e o desenvolvimento do Município, planejando o futuro da cidade,
tanto para as áreas urbanas como para as áreas rurais.

Plano Diretor é obrigatório para os municípios que possuem as seguintes


características:

• Possuem mais de 20 mil habitantes;


• Fazem parte de regiões metropolitanas;
• São turísticos;
• Sofrem impactos causados por grandes obras que colocam o meio
ambiente em risco, como rodovias, barragens, hidrelétricas, aeroportos,
indústrias.

Nesse contexto o Município de Pirapora se enquadra principalmente por


apresentar mais de 60 mil habitantes, possuir uma importante malha rodoviária,
estar as margens do Rio São Francisco, e abarcar um importante potencial
turísticos. Para a elaboração do Plano Diretor Estratégico em 2006, o Município
realizou uma ação conjunta de diferentes atores sociais e políticos, incluindo
participação de equipe especializada e participação direta da população.

Ressalta-se que, se a cidade já possui Plano Diretor, o Estatuto da Cidade


determina ainda que este deve ser revisado no prazo máximo de 10 anos. Assim,
o processo de Revisão do Plano Diretor Estratégico de Pirapora deveria ter se
iniciado em 2016. Identificada a pendência, esta administração decidiu que uma
comissão de servidores municipais estaria apta para realizar o processo de
revisão, analisar e adequar a legislação urbanística complementar.

Importante ressaltar que essa revisão é necessária, pois o Município, como tantos
outros, precisam se enquadrar nas constantes modificações que ocorrem nas
ordens sociais, políticas, ambientais, econômicas e vocacionais.

Página 5 de 29
Esses processos de mudanças dinâmicas, legais e urbano ambientais necessitam
que a revisão do Plano Diretor Estratégico seja realizada tanto de forma técnica
quanto de forma participativa, através das leituras técnica e comunitária.

O texto constante neste diagnóstico compõem um dos produtos da leitura técnica


desenvolvido pela Comissão Técnica para Revisão do Plano Diretor Estratégico.

Página 6 de 29
Pirapora
Fundação em 1 de junho de 1912
Gentílico: piraporense
Lema: Das águas do rio São Francisco onde tudo é belo
Região: Norte de Minas Gerais

Brasão

Instituído pela lei municipal nº 1294/94, conforme criação do artista piraporense


Luiz Cardoso (Luiz Café).

Página 7 de 29
Hino oficial

O hino oficial de Pirapora é de autoria do cabo telegrafista Edson de


Oliveira (Militar da Marinha).

Hino de Pirapora
Contemplando a formosa princesa
E cantando com todo fervor
Os seus vultos e suas riquezas
Sua vida de paz e amor
Acompanha de perto o progresso
Integrando o seu lar social
Pirapora florida e bela
A crescer de modo industrial

O seu céu tem mais estrelas


Sua vida mais amor
Pirapora Deus Abençoou...
Margem do Rio São Francisco
Sexagenária princesa
Quem visita nossa Pirapora
Se encanta com sua beleza
Hoje canto feliz este nome
Porque sei não existir igual,
Pirapora, cidade mineira,
Cantemos de pés os seus anais

O seu céu tem mais estrelas


Sua vida mais amor
Pirapora Deus abençoou...
Salmeron e Rodrigo Soeiros
Bandeirantes que chegaram aqui
Muitas lutas que foram travadas
Com a tribo dos índios Cariris
Transformaram os índios guerreiros
Numa tribo de grande valor
Na façanha foram pioneiros
Agraciados pelo bravo destemor

O seu céu tem mais estrelas


Sua vida mais amor
Pirapora Deus Abençoou...
O passado não foge à época
Dos Salmeron e Soeiros
Encontraram lugar na história
Página 8 de 29
Deste povo ribeirinho e hospitaleiro
A trilhar o caminho do sucesso
Evoluindo seu nível cultural
conquistando a sua supremacia
Completando o cenário nacional.

Cidade

O município de Pirapora está localizado na mesorregião do Norte de


Minas Gerais, localizado a aproximadamente 349 quilômetros da capital, Belo
Horizonte. É o segundo maior pólo industrial do norte do estado e também a 33ª
economia exportadora do e 2° PIB norte - mineiro.
Destaca-se por ser o começo do trecho navegável do rio São Francisco, a
cidade de Pirapora fica à margem direita do rio, local onde os primeiros habitantes
se instalaram usufruindo dos recursos naturais como a água e os peixes.
O rio São Francisco ocupou um lugar de destaque na história do
município de Pirapora, pois oportunizou não somente a migração de pessoas,
mas propiciou o desenvolvimento de atividades econômicas na cidade e região.

Fonte: https://www.flickr.com/photos. Acesso em 25/05/2018.

Destaca-se, também, a importância da localização geográfica de Pirapora


perante as atrações de investimentos, que a tornaram durante certo tempo um
local de referência na região. Primeiro pela utilização do rio São Francisco para a
navegação e logo, pela passagem do trem de ferro, tendo como origem o Rio de
Janeiro e destino final Belém do Pará, num projeto de interligação nacional.

Página 9 de 29
INAUGURAÇÃO DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE PIRAPORA

Fonte: http://www.estacoesferroviarias.com.br Acesso em 23/05/2018.

Pirapora inserida num contexto de desenvolvimento tornou-se um


importante entroncamento hidroferroviário, expondo uma divisão entre a hidrovia
e ferrovia, sendo um importante fator econômico na vida das comunidades.

A expansão ferroviária teve continuidade em direção ao Norte de Minas


Gerais, através do rio das Velhas e do rio São Francisco, chegando a Sete
Lagoas em 1896, Cordisburgo em 1903, Curvelo em 1904, Corinto em 1906 e
finalmente em Pirapora, no ano de 1910, conforme aponta Fonseca (2010).

Página 10 de 29
Em 1922,
22, com o término da construção da ponte de ferro Marechal
Hermes, o ramal ferroviário chega à atual cidade de Buritizeiro, mas o plano inicial
de ligar o Rio de Janeiro a Belém do Pará é abortado, por questões políticas e
econômicas.
A Ponte, com 694 metr
metros
os de extensão, foi inaugurada no dia 7 de outubro de
1922, com a presença do então Presidente da República Epitácio Pessoa e desde
aquele dia passou a ser utilizada para ligar as cidades de Pirapora e Buritizeiro.

PROPOSTA DE PROLONGAMENTO DA ESTRADA DE FERRO CENTRAL DO


BRASIL

Fonte: www.transportes.gov.br .Acesso em 24/05/2018

Página 11 de 29
CONSTRUÇÃO DA PONTE MARECHAL HERMES EM Pirapora

Fonte: www.ihgmc.art.br. Acesso em 22/05/2018.

Com a chegada da ferrovia à Pirapora, com transporte de cargas e


passageiros, o desenvolvimento por indústrias de ferro-silício, silício metálico,
ferro - ligas, ligas de alumínio e tecidos, bem como o comércio trouxe diversos
investimentos para a região. Visto a dinâmica nos meios de transportes
interligando toda a microrregião de Pirapora.

QUADRO - ACONTECIMENTOS EM PIRAPORA NO TEMPO DOS VAPORES E


DOS TRILHOS

ANO ACONTECIMETO
1908 - Abertura da 1ª farmácia em Pirapora.
1909 - Inauguração do Posto de Fiscalização do Estado.
1910 - Inauguração da Estrada de Ferro Central do Brasil.
- Inauguração da Escola de Aprendizes Marinheiros.
1911 - Instalação do Posto de Meteorologia do Ministério da
Agricultura.
- Circulação do primeiro jornal (semanário: O Pirapora).
1912 - Emancipação do município de Pirapora.
- Inauguração da Coletoria Estadual.
- Inauguração do cine-teatro Avenida.
1913 - Primeira rede de abastecimento de água.
- Primeira rede de telefones urbanos da cidade.
- Inauguração do cinema “Cine Progresso”.

Página 12 de 29
1914 - Primeira usina de lenha para fornecimento de energia
elétrica.
1915 - Inauguração da Coletoria Federal.
1917 - Fundada a CIVP – Companhia Indústria e Viação de
Pirapora.
- Criado o Tiro de Guerra n.º 428.
1918 - Pirapora passa a constituir uma divisão jurídico-
administrativa da Comarca
de Curvelo. 1º Juiz municipal.
1919 - Primeira Igreja Batista.
1921 - Primeiro Grupo Escolar (hoje, Escola Estadual Fernão
Dias).
- Chegada do primeiro automóvel em Pirapora.
- Inauguração da Ponte Marechal Hermes.
1922 - Inauguração do Hospital Carlos Chagas no distrito de São
Francisco de Pirapora (Buritizeiro).
- Primeira visita de um Presidente da República – Epitácio
Pessoa
1924 - Inauguração do matadouro municipal.
1925 - Fundação da Companhia Navegação Mineira do Rio São
Francisco ou “a
Mineira”.
1926 - Inauguração do Cine Teatro Pirapora
1929 - Instalação da Capitania Fluvial dos Portos do São
Francisco.
1932 - Instalação do Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais
S.A.
1933 - Inaugurado o campo de aviação de Pirapora.
1934 - Inaugurado o posto médico do Instituto de Aposentadoria e
Pensões dos
Marítimos – IAPM.
1935 - Funcionamento da Delegacia do Trabalho Marítimo.
- Criada a Associação Comercial de Pirapora.
1936 - Instalação da Comarca de Pirapora.
1938 - Inauguração do Banco de Minas Gerais S.A.
1940 - Inauguração da agência do Banco do Brasil S.A.
1941 - Instalação da Agência Municipal de Estatística
1942 - Criação do Ginásio São João Batista

Página 13 de 29
1944 - Instalação da Cia. Siderúrgica Belo Mineira (Várzea da
Palma).

Fonte: Adaptado de (SILVA; MOTA, 2012, p. 49-57).

A cidade Pirapora entra na rota do progresso e do crescimento. Passa a


ser uma cidade pólo na região e carrega consigo o símbolo de uma cidade
desenvolvida.

ETIMOLOGIA

Seu nome tem origem tupi e significa "Salto do peixe", através da junção
dos termos pirá ("peixe") e pora ("Salto").
Segundo o professor Christóvão Joaquim Fernandes Ramos, o nome
Pirapora tem sua origem em Pirá-Poré, com o sentido de lugar onde o peixe salta.
É também defensável a opinião de que o termo teria vindo direto da
expressão Pirá-Pora, significando então morada do peixe. Poderia ainda derivar-
se de Pirá-Por, significando pulo do peixe. O fato é que a pesca abundante e a
imponência da corredeira foram a causa primeira da fixação dos índios cariris no
local que viria a ser o coração da cidade de Pirapora.
O nome é uma referência ao fato de, no período da desova dos peixes,
eles saltarem sobre a água para vencer as corredeiras do rio e, desse modo,
poderem alcançar a cabeceira dos rios, que são locais mais propícios à desova.

HISTÓRIA

Segundo o livro, “Pirapora, 100 anos de história”, os índios Cariris,


possuíam segmentos em todo o nordeste brasileiro e em época remota, a tribo
dos Cariris teriam subido o rio São Francisco, a procura de regiões menos
inóspitas, de caça e pesca abundantes. Além da fama de guerreiros, os Cariris
trouxeram consigo seus costumes, seus utensílios, suas armas e objetos de arte.
Aportaram-se na área hoje compreendida pelo município de Pirapora,
permanecendo defronte à corredeira, estabelecendo sua aldeia justamente onde
atualmente situa-se a praça dos Cariris.
Informações históricas, afirmam que o idioma falado pelos índios fosse o
Tupi, impregnado de modificações normais, provenientes do meio e dos contatos
com tribos diversas e com os brancos. A língua Tupi foi a mais difundida pelos
bandeirantes e missionários no interior do Brasil, particularidade que, aliás,
explica a existência de topônimos de origem Tupi em regiões onde os Tupis
nunca estiveram.
Segundo a lenda de Salmeron e Soeiros, em 1678 o homem “civilizado”
avistou as águas cristalinas, matas verdejantes que margeavam o rio e as praias
de areias soltas. Tal fato levou os bandeirantes Salmeron e Rodrigo Soeiros,
foram os pioneiros nessa empreitada. Salmeron, brasileiro, filho de espanhóis,
Página 14 de 29
residia no Maranhão, onde sua família dispunha de terras e de regular fortuna,
organizou com agregados e amigos de seu pai a bandeira que o tinha como
chefe, sendo seu lugar-tenente o espanhol Soeiros.
Atraído pela miragem do ouro e da prata das Minas, Salmeron veio ter a
Sabarabuçu – denominação indígena da região da serra da Piedade, próximo à
nascente do rio das Velhas. Aí, armando-se de duas embarcações fluviais,
toscas, mas sólidas, desceu o rio das Velhas – ao qual os indígenas davam o
nome de Guaicuí – até a sua foz do São Francisco, na Barra do Guaicuí. Jogando
sorte, optou pela subida do São Francisco, ao invés de tomar a direção norte.
Assim, veio a ter com seus companheiros à corredeira do Pirá-Poré.
Não chegaram a sequer desembarcar, os índios defenderam com ardor
seus domínios, expulsando os bandeirantes. Salvaram-se poucos componentes
da bandeira, Salmeron e seu lugar-tenente Soeiros, este último com ferimentos
graves, falecendo e sepultado em Guaicuí. Com a chegada de novas bandeiras e
de aventureiros à cata de ouro e cativos indígenas, os Cariris abandonaram seus
domínios, cedendo aos brancos a exploração do território. Porém, segundo a
tradição, um componente da tribo teria aqui sobrevivido, chegando a constituir um
núcleo familiar nas redondezas. Um descendente seu, Ezequiel Indio da Missão
Jacob Tupinambá – que residiu em Pirapora, onde veio a falecer, já centenário,
por volta de 1950 – terá sido o ultimo remanescente dos Cariris em nosso
município.
Da bandeira Salmeron-Soeiros não resultou povoamento, uma vez que a
derrota para os indígenas não permitiu a entrada no território, até então dominada
pelos Cariris. Todavia, de acordo com relatos, constituiu-se a mesma de um
marco de real valia para o conhecimento da região, difundindo, na medida de
suas possibilidades, as riquezas e as belezas naturais do lugar, ainda
inexplorado. Assim os primeiros habitantes, garimpeiros, pescadores, pequenos
criadores de gado e aventureiros, foram chegando a Pirapora e morando em
casinhas de enchimento, cobertas de palha de buriti, construídas segundo a
influência indígena. Estes moradores pioneiros foram radicando-se à localidade,
exercendo desenvolvendo suas funções, constituindo suas famílias e, por fim,
fixando suas residências, em definitivo, na região.
Ainda na primeira metade do século XIX, havia uma população estimada de 70
pessoas, vivendo em 15 casinhas. Em meados da segunda metade, a estimativa
era de 150 pessoas, vivendo em 30 ou 35 casinhas.

NAVEGAÇÃO

O rio São Francisco e Pirapora tem forte traço ligado ao desenvolvimento,


sendo a navegação elemento fundamental para a chegada de novos moradores,
bem como novos artefatos comerciais. As mercadorias saíam da Bahia subindo o
rio e, quando terminava o trecho navegável, até Pirapora, seguiam por terra até o
destino final. Inicialmente, a navegação era desbravada pelos índios em
pequenos barcos e canoas. A navegação a vapor pelo São Francisco começa em

Página 15 de 29
1871, mas a partir de 1902 que as embarcações a vapor iniciaram o tráfego
regular.

FIGURA - BACIA DO SÃO FRANCISCO

Fonte: http://www.sfrancisco.bio.br/html/ mapbacia.htm Acesso em 15/05/2018.

A figura mostra a bacia do São Francisco, com distancia de 639.217 m²,


sendo sua nascente na Serra da Canastra. Nota-se que o rio São Francisco
banha cinco estados brasileiros (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e
Alagoas), atingindo cerca de 520 municípios.
No final do século XVIII, já havia muitos barcos transportando pessoas e
cargas, sendo o sal o principal produto comercializado e muitos baianos migrando
para o interior mineiro na intenção de explorar novos pontos trabalhistas.
Percebe-se que o transporte fluvial passa a se consolidar cada vez mais
no país, e em 1871 a navegação é concretizada quando o vapor Saldanha
Marinho navega pela primeira vez as águas do São Francisco, comandado pelo
primeiro Tenente da Armada, Francisco Manoel Álvares de Araújo. Em 1879
chega pela primeira vez em Pirapora e sua capacidade de carga era de 20
toneladas e possuía 30 metros de comprimento.

Página 16 de 29
Foto: Vapor Saldanha Marinho

Fonte: http://www.ihgmc.art.br/revista_volume4.htm Acesso em 25/06/2018

A cidade de Pirapora foi incluída regularmente na rota de navegação com


a construção do depósito da Companhia Cedro e Cachoeira e de Curvelo. O
objetivo era utilizar o vapor Saldanha Marinho no transporte de tecidos até a
Bahia e na viagem de volta trazia algodão comprado junto aos ribeirinhos.
Diante disso Pirapora torna-se a fazer parte do cenário econômico
regional com a construção do depósito das Fábricas de Tecido Cedro e Cachoeira
na cidade, com o objetivo de estocar o algodão adquirido na região.
Pirapora ganha destaque na região não somente pela navegação, mas
por todo o desenvolvimento comercial tendo a cidade como ponto de apoio.
A obra Rio São Francisco: vapores & vapozeiros (2009), o autores
afirmam que quarenta e cinco vapores navegaram no alto São Francisco a partir
de 1871, são eles:

QUADRO: VAPORES QUE NAVEGARAM NO MÉDIO E SUBMÉDIO SÃO


FRANCISCO

ANO DE
NOME DO VAPOR ORIGEM
CONSTRUÇÃO
Saldanha Marinho Antes 1869 Europa
Presidente Dantas Antes 1872 Rio de Janeiro
Delsuc Moscoso (ex-Cadete 1.889 Inglaterra
Xavier Leal)
Jansen Melo (ex-Alves Linhares) 1.895 Inglaterra
Djalma Dutra (ex-Prudente de 1.900 Inglaterra

Página 17 de 29
Morais, ex-Pirapora, ex-Costa
Pereira)
Cordeiro de Miranda (ex-Rio 1.907 Inglaterra
Branco, ex-João Pessoa)
Iguassu 1.907 Alemanha
Siqueira Campos (ex-Carinhanha) 1.907 Inglaterra
Comendador Peixoto 1.909 Inglaterra
Franscisco Bispo 1.911 Rio de Janeiro
Governador Valadares (ex-Pires 1.912 -
do Rio)
Paracatu (ex-União) 1.913 Inglaterra
São Francisco (vapo mineiro) 1.913 EUA
Barão de Cotegipe (ex-Severino 1.913 EUA
Vieira)
Benjamin Guimarães 1.913 EUA
Wenceslau Braz Antes 1920 EUA
Engenheiro Halfed (vapor 1.926 Alemanha
mineiro)
Fernandes da Cunha (ex- 1.926 França
Cargueiro)
Raul Soares (ex-Melo Viana) 1.926 Alemanha
Bahia (ex-São Paulo) 1.928 Pirapora-MG
Fernão Dias 1.928 Glasgow – Escócia
Affonso Arinos 1.929 Glasgow – Escócia
Curvello 1.929 Inglaterra
Antônio Nascimento 1.930 Pirapora-MG
Júlio Vio 1.930 Niterói-RJ
Otávio Carneiro (ex-Santa Clara) 1.931 França
Juracy Magalhães 1.934 Inglaterra
São Salvador (ex-Alfredo Viana) 1.937 Juazeiro-BA
Sertanejo 1.938 Inglaterra
Coronel Ramos (ex-Barbados) 1.939 Espírito Santo

Página 18 de 29
Baependi 1.943 Minas Gerais
Matta Machado - Glasgow – Escócia
Amaro Cavalcanti - -
Antônio Olinto - -
Conselheiro Luiz Viana - -
Engenheiro Halfed (vapor baiano) - -
Joaquim Távora (ex-Antônio - -
Moniz)
Luiz Vianna (ex-Juazeiro) - -
Mauá - -
Monsenhor Augusto - -
Nélson - -
Newton Prado - -
Rodrigo Silva - -
Santa Cruz - -
São Francisco (vapor baiano) - -

Fonte: Adaptado de DINIZ; MOTA; DINIZ (2009).

Ressalta-se que vários nomes dos vapores teve como homenagem os


proprietários e outras pessoas consideradas importantes naquela época. Isso
comprova a relevância de Pirapora junto à navegação para o desenvolvimento
local, e como fator preponderante para o transporte ferroviário que começava na
região.
Ficou evidente o uso constante do porto de Pirapora que
economicamente fez crescer outras fontes de renda. Com a chegada dos trilhos
no inicio do século XX, algumas empresas se instalaram na cidade, sendo que
duas ocuparam lugar de destaque: a Companhia Indústria e Viação de Pirapora
(CIVP) e a Companhia Navegação Mineira do São Francisco.
Além do crescimento econômico vivido na época, o fator demográfico
ficou notório, sobretudo, por causa dos movimentos migratórios. Assim tanto o
crescimento econômico quanto o demográfico teve relação com os vapores,
navegação e também os trilhos.
Com todos esses acontecimentos ocorridos no período, vários
investimentos foram acertados pelos empresários e o poder público, tais como
hospitais, bancos, escolas, postos de fiscalização e a Capitania dos Portos.
Página 19 de 29
Neste sentido, dois projetos marcaram história na cidade, foi a
inauguração da Estrada de Ferro Central do Brasil, em 1910 e da Ponte Marechal
Hermes, em 1922; na continuação do caminho do desenvolvimento econômico
regional.
Em nota, o vapor Benjamin Guimarães, construído em 1913, nos EUA,
navegou pelo rio Mississipi e na década de 20, a embarcação foi montada no
porto de Pirapora. Hoje, é o único exemplar movido a lenha no mundo em
funcionamento e faz passeios turísticos de no máximo quatro horas.

PONTE MARECHAL HERMES

Em 1920, a ponte começou a ser construída alcançando 694 metros de


extensão. Todo o material é importado, sendo as partes metálicas da Bélgica e o
cimento, em tambores, dos Estados Unidos. A idéia inicial da construção da ponte
estava vinculada ao projeto ferroviário de ligar o Rio de Janeiro a Belém do Pará.
Porém, os planos do governo foram mudando tornando-se a ponte dispensável.
A inauguração, com o nome de Marechal Hermes, se deu em 07 de
outubro de 1922, com a presença do Presidente da República Epitácio Pessoa.
Contudo só foi liberada para o tráfego no dia 28 do mesmo mês, após a liberação
da direção da Central do Brasil. Tombada pelos patrimônios municipal e estadual
em 1995.

FOTO: PONTE MARECHAL HERMES

Fonte:http://www.belgianclub.com.br/pt-br/heritage/ponte-marechal-hermes-pirapora, acesso em
27/06/2018

PIRAPORA E SUAS ENCHENTES

Página 20 de 29
A foto que ilustra está postagem mostra exatamente a Avenida Mascarenhas,
esquina com a rua Alagoas.

Fonte: http://piraporacentenaria.blogspot.com/2014/01/enchente-em-pirapora.html, acesso em


05/07/2018

Desde 1913 aconteceu diversas enchentes no trecho do rio São


Francisco sendo a maior delas em 1979. A cidade de Pirapora ficou parcialmente
inundada e deixou cerca de quatro mil pessoas sem abrigo. As repartições
públicas ficaram sem condições de funcionamento. A igreja Católica obteve ajuda
da Alemanha e construiu, ou reconstruiu, 105 casas para os desabrigados.
Nos relatos do livro “Pirapora, 100 anos de História”, algumas
testemunhas comentaram que houveram enchentes maiores, como em 1926 e
1906. Mas que em 1979 foi a pior enchente pelos danos causados principalmente
pelas famílias mais pobres.

MAIS ENCHENTES

Levantamentos históricos conotam que os anos de 1913, 1919, 1929,


1938, 1939, 1949, 1954, 1959, 1964 e a pior de todas, em 1979. Após a enchente
de 1949, a segunda maior enchente, o governo federal providenciou obras que
barrassem as “grandes águas”. Com isso, foram construído cais em todas as
cidades ribeirinhas. Essa obra solucionou vários aspectos decorrentes das
enchentes do rio evitando que a água corresse para dentro da cidade.
Página 21 de 29
PIRAPORA E SUA ADMINISTRAÇÃO

O Coronel Ramos chegou a Pirapora em 1902, para assumir a gerência


do depósito da Companhia Cedro e Cachoeira, mas sua trajetória foi muito além
da administração de um empreendimento. Acreditou no arraial de São Gonçalo de
Pirapora (assim chama na época), e usou todos os seus contatos, à sua visão
progressista, à liderança pessoal, tomou frente na luta pela transformação
administrativa municipal.
Em 30 de agosto de 1911 a lei estadual de nº 556 foi sancionada,
elevando o arraial de São Gonçalo de Pirapora à condição de vila de território.
Para que o distrito pudesse ser elevado a município, havia a necessidade de se
constituir previamente o patrimônio municipal. Exigência atendida na época ao
estado de Minas Gerais.
A primeira Câmara de Vereadores foi nomeada em 31 de março de 1912,
com mandato até 1915, constituída por: coronel José Joaquim Fernandes Ramos
(presidente), coronel Antônio do Nascimento (vice-presidente), major Joaquim
Rodrigues Santiago (secretário), capitão Washington Bernardes Barreto, coronel
Felipe Alves Sampaio, major Theófilo de Salles Barbosa (com o seu falecimento
em 1914, sua vaga foi preenchida pelo suplente Celso Gonzaga Pereira da
Fonseca) e Henrique Dias Coelho.
O presidente da câmara municipal exercia a função de agente executivo
municipal, cargo correspondente à função de prefeito. E na 1ª Sessão Ordinária
da Câmara Municipal da Villa de Pirapora, no dia 1º de junho de 1912 foi
decretada a “Certidão de Nascimento” e feriado municipal, sendo desmembrada
do municipio de Curvelo, tornando-se cidade.
Atualmente o Poder Legislativo é constituído por 15 vereadores eleitos
para mandatos de quatro anos. Eles são os responsáveis pela elaboração e
votação das leis fundamentais à administração. Com o poder de veto assegurado
ao prefeito municipal.
O Poder Executivo é representado pelo prefeito, vice e demais secretários
compondo: O Governo, Planejamento, Saúde, Administração e Finanças,
Infraestrutura e Urbanismo, Educação, Emprego, Renda e Agropecuária.

PREFEITOS MUNICIPAIS

A partir de sua instalação, o município já teve os seguintes agentes


executivos municipais e prefeitos:

1912 – José Joaquim Fernandes Ramos


1915 – José Joaquim Fernandes Ramos
1918 - José Joaquim Fernandes Ramos
1922 – Joaquim Rodrigues Santiago
1923 – Américo Ferreira Lima
1925 – Rodolfo Malard
Página 22 de 29
1927 – Arthur Nascimento
1931 – Genaro Henriques
1931 – Raimundo Soares de Santana
1932 – Genaro Henriques
1932 – Raimundo Soares de Santana
1932 – Durval Tavares de Albuquerque
1934 – Álvaro Nascimento
1937 – Carlos Matta Machado
1937 – Arnaldo Gonzaga
1941 – Cícero Passos
1944 – Raymundo Boaventura Leite
1945 – Humberto Malard
1946 – Frederico Ozanam Ramos
1947 – José Carlos Moore
1948 – Newton Cardoso de Souza
1951 – Antônio Cândido de Oliveira
1955 – Silvano Ribas
1959 – Antônio Cândido de Oliveira
1963 – José Martinez de Santana
1967 – Eduardo José Hatem
1971 – Flaviano Pereira
1973 – José Gomes de Sá
1977 – Cristiano Azevedo
1983 – Wanderley Geraldo de Ávila
1989 – José Raimundo Gitirana
1992 – Ailton Barreto
1992 – Davi Gonçalves
1993 – Walyd Ramos Abdalla
1996 – Antônio Cândido de Oliveira
1997 - Leônidas Gregório de Almeida
2001 – Leônidas Gregório de Almeida
2003 – Bartolomeu Manhães de Souza
2005 - Warmillon Fonseca Braga
2009 – Warmillon Fonseca Braga
2013 – Heliomar Valle Da Silveira
2017 – Marcella Machado Ribas Fonseca

HOMENAGEM AO PRIMEIRO PREFEITO DA CIDADE

Em 1959 foi criada a ESCOLA ESTADUAL CORONEL RAMOS pelo


Decreto 5.734, publicado no Estado de Minas Gerais de 29.12.59. O
Estabelecimento recebeu o nome do cidadão ilustre, Coronel José Joaquim
Fernandes Ramos, nascido em Cachoeira do Campo em 1874 e falecido em
1925.

Página 23 de 29
Bacharel em Letras, foi eleito agente executivo municipal, Presidente da
Câmara Municipal de Vereadores, Presidente do Diretório Municipal, Juiz de Paz,
Promotor Público Adjunto, Coronel da Guarda Municipal, Diretor da Companhia
Indústria e Viação Pirapora, representante da Cedro e Cachoeira, liderou a
campanha que culminou com a emancipação política de Pirapora, fundou a
Sociedade São Vicente de Paula, ajudou na construção da Matriz de São
Sebastião, enfim: "Foi a mais legítima e expressiva liderança que Pirapora teve
em todos os tempos. Digno dessa homenagem.

CULTURAS E MUITO MAIS

Alguns costumes eram notórios na década de 40, como ouvir a rádio


Cultura de Pirapora, freqüentar a sorveteria Califórnia, pular o carnaval nos clubes
Independentes, Recreativo, Operário e União e vários outros hábitos que havia
naquela época.
Em parte, os clubes festivos em Pirapora eram bem frenquentados na
época e com muitas opções artísticas. Dessa forma, os clubes recebiam festivais
de música, poesia, palestras, exposições de arte, companhias de teatro e
principalmente os bailes carnavalescos que até hoje é lembrado com muito
entusiasmo.

CARNAVAL INDEPENDENTES CLUBE

Fonte: http://diarioasemana.com/especial-a-historia-e-as-transformacoes-do-carnaval-piraporense-
desde-1912/, acessado em 08/07/2018
Página 24 de 29
Vale lembrar que os festejos carnavalescos predominaram em formação
de blocos caricatos e carros alegóricos. Ao som das marchinhas, todos se
espalhavam fantasiados e mascarados pelas ruas e avenidas da cidade, sendo o
ponto de encontro os salões de festas pela cidade.
O terceiro festival de Poesia em Pirapora foi realizado em 1970, sendo
fundado na mesma época o Grupo Folclórico Zabelê apresentando várias danças
populares regionais: dança das fitas, são Gonçalo, reizado do rei-do-boi, danças
gaúchas, moçambiques, catopé, xaxado, xote, baião e muito mais.
O grupo Movimento Seresteiro de Pirapora, foi oficialmente fundado em
1978 fazendo muito sucesso na época em conjunto com outros acontecimentos
de grande destaque na cidade como os festivais de música e poesia estudantis, a
olimpíada estudantil e grandes espetáculos teatrais.
A década de 70 foi de grande movimento na cidade com várias
inaugurações de grande importância, em destaque estão: o Lions Clube, o clube
Piracam, o jornal A Semana, A Cooperativa Mista de Pescadores, a delegacia do
Conselho Regional de Contabilidade, A Câmara dos Dirigentes Lojistas.
Nessa época, havia 20.617 habitantes no município e com o despertar do
interesse das pessoas pela cidade, muitos vieram morar em Pirapora, visto isso
que na década seguinte (1980), a população era de 32.709.

MICRORREGIÃO

A área de influência de Pirapora é de aproximadamente 23 113 km² e


uma população superior a 150 000 habitantes. A Microrregião do município é
constituída por nove cidades: Buritizeiro, Várzea da Palma, Ibiaí, Jequitaí, São
Romão, Lassance, Riachinho, Santa Fé de Minas e Lagoa dos Patos.
Pirapora encontra-se inserida na área de jurisdição da Agência de
Desenvolvimento do Nordeste e é representada pela Associação dos Municípios
da Bacia do Médio São Francisco.

GEOGRAFIA

O município está posicionado na interseção das coordenadas: latitude


17°21’55” ao sul da linha do Equador, e longitude 44°56’59” a oeste do Meridiano
de “Greenwich”, inserido na microrregião Norte do Estado de Minas Gerais, na
margem direita da zona do Alto Médio São Francisco, ocupando uma área
territorial de 582 km² e se destacando como pólo microrregional.

ECONOMIA

O desenvolvimento comercial era notório com a navegação em larga


escala e com a chegada da ferrovia. O transporte de cargas e passageiros
Página 25 de 29
intensificou os investimentos no município com melhorias estruturais, sendo a
primeira rede de abastecimento de água e de telefones urbanos grandes
exemplos à época.

ACONTECIMENTOS EM PIRAPORA NO TEMPO DOS VAPORES E DOS


TRILHOS

ANO ACONTECIMETO
1908 - Abertura da 1ª farmácia em Pirapora.
1909 - Inauguração do Posto de Fiscalização do Estado.
- Inauguração da Estrada de Ferro Central do Brasil.
1910
- Inauguração da Escola de Aprendizes Marinheiros.
- Instalação do Posto de Meteorologia do Ministério da
1911 Agricultura.
- Circulação do primeiro jornal (semanário: O Pirapora).
- Emancipação do município de Pirapora.
1912 - Inauguração da Coletoria Estadual.
- Inauguração do cine-teatro Avenida.
- Primeira rede de abastecimento de água.
1913 - Primeira rede de telefones urbanos da cidade.
- Inauguração do cinema “Cine Progresso”.
- Primeira usina de lenha para fornecimento de energia
1914
elétrica.
1915 - Inauguração da Coletoria Federal.
- Fundada a CIVP – Companhia Indústria e Viação de
1917 Pirapora.
- Criado o Tiro de Guerra n.º 428.
- Pirapora passa a constituir uma divisão jurídico-
1918 administrativa da Comarca
de Curvelo. 1º Juiz municipal.
1919 - Primeira Igreja Batista.
- Primeiro Grupo Escolar (hoje, Escola Estadual Fernão
1921 Dias).
- Chegada do primeiro automóvel em Pirapora.
- Inauguração da Ponte Marechal Hermes.
- Inauguração do Hospital Carlos Chagas no distrito de São
Francisco de Pirapora (Buritizeiro).
1922
- Primeira visita de um Presidente da República – Epitácio
Pessoa

Página 26 de 29
1924 - Inauguração do matadouro municipal.
- Fundação da Companhia Navegação Mineira do Rio São
1925 Francisco ou “a
Mineira”.
1926 - Inauguração do Cine Teatro Pirapora
- Instalação da Capitania Fluvial dos Portos do São
1929
Francisco.
- Instalação do Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais
1932
S.A.
1933 - Inaugurado o campo de aviação de Pirapora.
- Inaugurado o posto médico do Instituto de Aposentadoria e
1934 Pensões dos
Marítimos – IAPM.
- Funcionamento da Delegacia do Trabalho Marítimo.
1935
- Criada a Associação Comercial de Pirapora.
1936 - Instalação da Comarca de Pirapora.
1938 - Inauguração do Banco de Minas Gerais S.A.
1940 - Inauguração da agência do Banco do Brasil S.A.
1941 - Instalação da Agência Municipal de Estatística
1942 - Criação do Ginásio São João Batista
- Instalação da Cia. Siderúrgica Belo Mineira (Várzea da
1944
Palma).
Fonte: Adaptado de (SILVA; MOTA, 2012, p. 49-57).

Certamente o município já se destacava na região pelo progresso


adquirido até então. Pirapora passa a ser uma cidade pólo com todos os aspectos
desenvolvimentistas.
Hoje, Pirapora é o segundo maior pólo de industrialização do Norte de
Minas Gerais, sendo também o segundo PIB da mesma região, tendo como foco
principal o pólo industrial, prestação de serviços e comércio.
Situada a 340 km da capital mineira, Belo Horizonte; Pirapora marca o
ponto inicial da navegação no Rio São Francisco. Segundo maior centro industrial
da região mineira do Vale do São Francisco. A indústria têxtil e metalurgia são as
principais empregadoras de mão de obra fabril. A pesca, turismo e a fruticultura
irrigada também fazem parte da economia local, tendo como carro chefe a
produção de bananas.
Os principais produtos agropecuários do município são bananas, cana-de-
açúcar, café arábica, laranja, mamão, melancia, milho, rebanho bovino, tangerina
e uva.
Página 27 de 29
As empresas de pequeno, médio e grande porte com destaque são:

 Cedro Têxtil
 Cerâmica Pirapora
 Inonibrás (Ferro-ligas)
 Emifor
 Liasa (silício metálico)
 Minasligas (Ferro-ligas e Silício Metálico)
 NovaAgri (Armazenagem e Escoamento)
 Real Minas Têxtil (Produtos hospitalares)
 Ferrovia Centro Atlântica [FCA] / Vale (Terminal Intermodal)
 WAMAG (Transportes e Terraplenagem)
 Carmem Steffns (Ind. de Calçados)
 EDF Energia (Usina Fotovoltaica)

Página 28 de 29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DINIZ, Domingos; MOTA, Ivan Passos Bandeira da; DINIZ, Mariângela. Rio São
Francisco: Vapores & Vapozeiros. Pirapora (MG): Ed. dos autores, 2009.

SANTOS, Ralph José Neves dos. A trajetória de Desenvolvimento do Município


de Pirapora (MG): dos vapores ao turismo. Dissertação (Mestrado) Programa de
Pós-Graduação em Desenvolvimento Social. UNIMONTES. Montes Claros, 2017.

SEBRAE MINAS. Perfil dos pequenos negócios. Estatística dos estabelecimentos


e empregados em Minas Gerais – UINE – Unidade de Inteligência Empresarial.
2015.

SILVA, Brenno Álvares da.; DINIZ, Domingos; MOTA, Ivan Passos Bandeira da.
Pirapora, um Porto na História de Minas. Editora Interativa: 2000.

SILVA, Brenno Álvares da.; MOTA, Ivan Passos Bandeira da. Pirapora, 100 anos
de História. [s.n] [Pirapora], 2012.

SITES

http://www.belgianclub.com.br/pt-br/heritage/ponte-marechal-hermes-pirapora,
acesso em 27/06/2018
http://www.estacoesferroviarias.com.br Acesso em 23/05/2018.
https://www.flickr.com/photos. Acesso em 25/05/2018.
http://www.ihgmc.art.br/revista_volume4.htm Acesso em 25/06/2018
http://www.sfrancisco.bio.br/html/mapbacia.htm Acesso em 15/05/2018.
www.transportes.gov.br . Acesso em 24/05/2018

Página 29 de 29

Você também pode gostar