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Gabriela Lima n20 2F

Resumo por parágrafos:

1- O meio natural e sua relação com a técnica são discutidos, ressaltando o papel do
homem e como sua presença já apresenta técnicas. Relativismo nas designações "natural"
e "pré-técnico."

2- Descreve-se a paisagem antiga, onde a vida humana ocupava os espaços. Menciona-se


a Mata Atlântica e a Amazônia, habitadas por caçadores-coletores e grupos

3- Destaca-se a importância da domesticação de plantas e animais na história humana,


levando ao desmatamento e à imposição da presença técnica sobre a natureza. A relação
entre humanos e natureza é complexa.

4- Grupos étnicos diferentes desenvolveram objetos com semelhanças técnicas. Isso pode
ser resultado de uma universalidade das técnicas, surgindo independentemente, em vez de
difusão devido a contatos.

5- Descreve-se a matriz tupi, que habitava vastas áreas e tinha capacidade de navegar rios
e produzir excedentes agrícolas. A diversidade de dialetos levou à diferenciação de povos.

6- Outros grupos indígenas, como os caribas, tucanos, aruaques, panos, jê, cariri, e
charruas, ocupavam diferentes regiões, como a floresta amazônica, cerrado, caatinga e
campos do Sul.

7- Os assentamentos humanos eram influenciados pelas ofertas da natureza, resultando na


harmonia entre as necessidades humanas e as condições naturais. O exemplo do
Recôncavo Baiano e do Nordeste açucareiro ilustra essa relação.

8- Nesse contexto, o território caracterizava-se por uma evolução lenta, onde as


diferenciações eram enraizadas na natureza, e o tempo humano apenas timidamente
ocupava o tempo "natural."

9- A evolução da natureza está ligada à evolução da sociedade, e as divisões territoriais do


trabalho desempenham um papel crucial na transformação das relações e funções dos
lugares.

10- A invenção de máquinas e formas de organização complexas permitiu uma nova


utilização do território, criando próteses tecnológicas que representam o período técnico. As
lógicas e os tempos humanos passaram a se impor sobre a natureza.

11- Diferentes momentos na evolução do território brasileiro podem ser reconhecidos,


começando com um arquipélago e evoluindo para uma integração do mercado e do
território, revelando disparidades regionais.

12- Zonas econômicas foram formadas com base na demanda do exterior, criando famílias
e gerações de cidades. O desenvolvimento urbano estava intimamente ligado à localização
do poder político-administrativo e à centralização das atividades econômicas.

13- A unidade política e linguística no Brasil se desenvolveu enquanto diferentes regiões se


ligavam diretamente ao mercado externo, criando uma imagem de um vasto arquipélago de
"penínsulas" da Europa.
14- A história colonial do Brasil é marcada pela escravidão e pelo domínio, onde homens,
plantas e animais de três continentes criaram uma nova geografia.

15- A cultura da cana-de-açúcar, baseada no desmatamento da floresta, levou ao


surgimento de pequenos centros na Zona da Mata nordestina e no Recôncavo Baiano, com
os engenhos desempenhando um papel precoce na mecanização.

16- A interiorização do povoamento ocorreu devido à mineração e à criação de gado em


fazendas. Os sertões do Norte e do Nordeste, Minas Gerais e os campos do Sul
desempenharam papéis importantes na evolução do território.

17- Portos, ferrovias e estradas de rodagem permitiram a formação de sistemas de


engenharia no território brasileiro. A exploração da borracha, do café e do cacau
impulsionou o crescimento de cidades específicas.

18- A construção de cais nos portos e docas em várias cidades foi incentivada pela criação
de linhas regulares de navegação com o Velho Mundo a partir de 1850.

19- No final do século XIX, existiam caminhos de terra precários, e as estradas de ferro
superaram as estradas para escoar produções no Sudeste e no Sul.

Continuando o resumo por parágrafos:

20- O crescimento das cidades foi desigual devido às oscilações das economias regionais e
seu papel político. Circuits interiores se formaram, mas a falta de transportes interiores
rápidos levou a um isolamento, que só era quebrado pelos transportes marítimos.

21- Isso resultou na inexistência de uma rede urbana verdadeiramente nacional, exceto
para aspectos políticos e culturais. A centralização da administração estava presente, mas a
centralização dos impostos rendia grande soma de dinheiro ao governo federal.

22- As maiores cidades surgiram no litoral ou próximas a ele. As cidades coloniais eram, em
sua maioria, portos, enquanto centros intermediários se formavam nas áreas de produção.

23- As maiores cidades lideravam a economia voltada para o estrangeiro, refletindo a


dependência econômica do Brasil.

24- Durante quatro séculos, o território brasileiro, especialmente a Bahia, era baseado em
produções dependentes do trabalho humano, mais do que da incorporação de capital à
natureza. A natureza desempenhou um papel significativo na seleção das produções.

25- A partir da segunda metade do século XIX, a produção e o território se mecanizaram,


com usinas açucareiras, navegação a vapor e estradas de ferro introduzindo técnicas da
máquina no território.

26- As primeiras indústrias brasileiras não eram necessariamente urbanas, dependendo de


matérias-primas ou fontes de energia encontradas fora das cidades.

27- Em 1881, existiam estabelecimentos industriais têxteis brasileiros, com a região da


Bahia tendo o maior número. No entanto, a produção no Rio de Janeiro superou a da Bahia,
e São Paulo também começou a se destacar.

28- A localização da produção estava relacionada à população. O Rio de Janeiro tinha a


maior concentração de estabelecimentos industriais.
29- Em 1907, o Distrito Federal (atual Rio de Janeiro) detinha uma parte significativa da
produção industrial, seguido por São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. A
concentração industrial começou a se deslocar para São Paulo.

30- A política de imigração e colonização nos Estados do Sul, como Rio Grande do Sul,
Santa Catarina e Paraná, influenciou o povoamento e o trabalho. Em São Paulo, a
imigração trouxe mão-de-obra qualificada e modelos de consumo.

31- São Paulo expandiu a produção de café em um momento favorável no mercado


internacional, o que impulsionou o desenvolvimento industrial. Isso levou a um ciclo virtuoso
de crescimento econômico e industrial.

32- Uma transição entre o período pré-mecânico colonial e a integração nacional começou
no início do século XX e continuou até a década de 1940, com a formação de uma rede de
cidades e a hegemonia de São Paulo.

33- Nesse período de transição, a população aumentou rapidamente, mas as estruturas


sociais antigas permaneceram em grande parte.

34- O aparelhamento dos portos, a construção de estradas de ferro e a participação do


Brasil na fase industrial do capitalismo permitiram que as cidades aumentassem seu
comando sobre o espaço regional.

35- Máquinas de produção e de circulação se espalharam pelo território brasileiro,


consolidando áreas de produção e monoculturas de exportação ligadas aos portos, estradas
de ferro e telégrafos.

36- A produção e distribuição de energia eram inicialmente limitadas aos centros urbanos e
áreas de maior densidade de divisão do trabalho, como Minas Gerais. No entanto, em 1901,
a usina de Santana do Parnaíba, em São Paulo, foi implantada, gerando uma quantidade
significativa de energia.

37- Entre 1900 e 1935, 13 portos fluviais e marítimos foram estabelecidos no Brasil, com
cinco na região Nordeste, três no Sudeste, três no Sul e dois no Norte. Manaus e Belém se
destacaram na exportação de borracha amazônica, e o Porto de Belém foi planejado como
um sistema abrangente de infraestrutura.

38- Esse período testemunhou a mecanização e motorização do território brasileiro, com a


expansão das linhas ferroviárias. A expansão da rede ferroviária foi notável, com o Brasil
passando de 16.782 km em 1905 para 108.594 km em 1940, sendo a região Sudeste, em
particular Minas Gerais e São Paulo, a principal contribuinte.

39- A exportação de café desempenhou um papel crucial nesse processo, incorporando


áreas como o Triângulo Mineiro e o norte do Paraná. No entanto, a expansão da rede
ferroviária apresentou profundas disparidades regionais.

40- A partir dos anos 30, novos portos foram inaugurados, com destaque para a região Sul
do Brasil. Reformas na legislação permitiram concessões estaduais para construção e
administração de portos, incluindo Niterói, Angra dos Reis e São Sebastião. O crescimento
da urbanização aumentou a demanda por eletricidade, levando à construção de diversas
usinas elétricas em todo o país. Houve um processo de interligação e padronização das
linhas de transmissão e distribuição, com centralização estatal das empresas elétricas.

41- As comunicações internas também foram aprimoradas, com o telégrafo


desempenhando um papel significativo na integração de regiões remotas. O marechal
Rondon foi responsável pela construção de extensas linhas telegráficas em várias partes do
Brasil, incluindo a construção de estradas de rodagem em paralelo.

42- O trabalho do marechal Rondon representou uma forma de expansão do meio técnico
europeizado em áreas onde grupos indígenas ainda mantinham presença, contribuindo para
a integração efetiva do país

43- A população brasileira aumentou consideravelmente nas últimas décadas devido a uma
luta contínua contra a mortalidade e um combate menos eficaz contra o analfabetismo.
Esse aumento resultou em um grande crescimento populacional, com uma redistribuição da
população do Norte e Nordeste para as cidades do Sul.

44- O crescimento da população no Brasil favoreceu principalmente as áreas urbanas, com


um aumento significativo da população urbana em comparação com a rural. Isso ocorreu
devido ao êxodo rural, que foi mais influenciado por uma estrutura agrária deficiente do que
pela disponibilidade de empregos nas cidades.

45- A estrutura de propriedade da terra no Brasil é desigual, com um pequeno número de


proprietários detendo a maior parte da terra. Isso contribui para a persistência da pobreza
no campo e o aumento do êxodo rural para as cidades.

46-O crescimento da população nas cidades é acompanhado por um aumento no


desemprego e subemprego, criando desafios econômicos.

47- A migração para as cidades é muitas vezes impulsionada pela busca de melhores
condições de vida, facilitada por avanços nos meios de comunicação, como estradas,
aviões, rádio e transistor.

48- A industrialização no Sul do Brasil coincide com a falta de relações mais estreitas entre
as diferentes áreas do país, promovendo relações intra-regionais.

49- A configuração de bacias urbanas é influenciada por condições naturais e melhorias nos
transportes, como visto nas regiões do Recôncavo e São Paulo, que impulsionaram o
crescimento industrial.

50- A partir dos anos 1930, o Sul do Brasil viu o crescimento de uma indústria importante,
com São Paulo tornando-se uma grande metrópole industrial. Isso impulsionou a
necessidade de integração nacional.

51- A expansão dessa indústria exigia um mercado maior. A abolição das barreiras
comerciais entre os estados brasileiros marcou um avanço crucial na integração econômica
do país. No entanto, uma rede nacional de transportes também era necessária para
sustentar essa integração.

52- São Paulo começou a atrair migrantes de todo o Brasil, especialmente do Nordeste, na
década de 1930, criando as condições para a formação da região polarizada do país.

53- A integração territorial começou com a integração regional do Sudeste e Sul.

54- A partir de 1945 e 1950, a indústria brasileira ganhou novo impulso, e São Paulo
emergiu como a principal metrópole industrial do país.

55-A indústria do Sul, especialmente a de São Paulo, dependia de produtos agrícolas do


Nordeste, e as estradas facilitam essas trocas.
56- Nesse período, São Paulo consolidou sua hegemonia, com um aumento significativo
nos investimentos.

57- Em 1950, São Paulo tinha uma grande concentração de estabelecimentos industriais e
empregos industriais no Brasil.

58- Essas questões só podem ser compreendidas dentro dos contextos nacional e
internacional, considerando a política cambial, a modernização do aparato estatal, a
inserção na economia global e o investimento estrangeiro.

59- A modernização do Brasil, iniciada durante o governo de Getúlio Vargas, levou a uma
concentração econômica e espacial. O rápido crescimento da indústria no centro do país
demandava mercados, tanto nacionais quanto internacionais.

60- Para atender às necessidades de uma população com um padrão de vida crescente e
direcionar a produção de produtos exportáveis, surgiram várias cidades. Até então, as
cidades maiores estavam principalmente no litoral. No entanto, o desenvolvimento industrial
e as necessidades de uma economia em crescimento levaram ao surgimento de cidades no
interior do país.

61- A expansão do transporte rodoviário desempenhou um papel crucial na conexão entre a


metrópole econômica e os centros regionais, facilitando o transporte de mercadorias do Rio
de Janeiro para outras regiões.

62- O Rio de Janeiro havia sido beneficiado por sua função política, sendo a capital do país
por quase dois séculos. No entanto, o desenvolvimento industrial de São Paulo deu origem
a uma nova metrópole econômica com um papel distinto.

63- Antes da unificação do mercado interno, tanto a força da economia industrial como as
forças regionais dependiam de diversos fatores. Mas após a unificação do mercado, a
região mais desenvolvida ganhou condições para competir com outras regiões dentro de
sua própria zona de influência.

64- Houve uma mudança estrutural no padrão de produção industrial, juntamente com uma
polarização mais forte em São Paulo. Isso levou à afirmação de São Paulo como a principal
metrópole do país, enquanto o Rio de Janeiro perdeu relevância em termos de
desenvolvimento industrial.

65- Novos meios de transporte terrestre, em particular os caminhões, beneficiaram São


Paulo, a principal metrópole industrial do Brasil, em relação ao transporte marítimo,
reforçando ainda mais sua posição como centro produtor e distribuidor primário. A
construção de Brasília e o crescimento da indústria automobilística também contribuíram
para o desequilíbrio econômico a favor de São Paulo.

66- A construção de Brasília foi um marco crucial para a expansão das estradas, essenciais
tanto para o domínio estatal do território quanto para o consumo de produtos internos. Isso
foi possível devido ao desenvolvimento industrial em São Paulo. O asfaltamento de
estradas como a Rio-Bahia e a construção de vias como Belém-Brasília e Brasília-Acre,
juntamente com o golpe de Estado de 1964, contribuíram para a internacionalização da
economia brasileira.

67- A introdução de um novo sistema de transporte reduziu a polarização das antigas


metrópoles costeiras, levando ao deslocamento de pessoas para São Paulo e Rio de
Janeiro. As metrópoles regionais litorâneas tornaram-se incapazes de atender suas regiões,
ligando assim diretamente os núcleos urbanos mais recentes a São Paulo, transformando a
hierarquia tradicional em novas formas de dependência.

68- A industrialização no Sudeste e a produção agrícola moderna concentraram-se,


enquanto o consumo se espalhou, aprofundando as disparidades territoriais em um espaço
nacional já diferenciado. A continuidade entre a metrópole econômica e a área agrícola
dinâmica, como observado em São Paulo, intensificou o desenvolvimento, mas também
exacerbou as desigualdades durante um período de integração nacional ativa.

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