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Aula 06

Matemática e Raciocínio Lógico p/ TRTs - Todos os cargos


Professores: Arthur Lima, Equipe Arthur Lima

32656364884 - Felipe Henrique Pereira da Silva


MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO PARA TRIBUNAIS
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
P A L A

AULA 06: LÓGICA DE PROPOSIÇÕES (INTRODUÇÃO)

SUMÁRIO PÁGINA
1. Teoria 01
2. Resolução de questões 23
3. Lista das questões apresentadas na aula 67
4. Gabarito 87

Olá!
Hoje começamos o estudo do seguinte tópico dos editais de concursos de
Tribunais:

Compreensão do processo lógico que, a partir de um conjunto de hipóteses,


conduz, de forma válida, a conclusões determinadas. Lógica de argumentação:
analogias, inferências, deduções e conclusões. Lógica sentencial (ou
proposicional). Proposições simples e compostas. Tabelas-verdade. Equivalências.
Leis de De Morgan. Diagramas lógicos. Lógica de primeira ordem.

Costumo chamar estes temas simplesmente de “lógica proposicional”, ou


“lógica de proposições”. Dedicaremos a próxima aula para reforçar o seu
entendimento sobre os assuntos que iniciaremos hoje.

1. TEORIA
1.1 Introdução
Para começar este assunto, você precisa saber que uma proposição é uma
oração declarativa que admita um valor lógico (V – verdadeiro ou F – falso). Ex.: A
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bola é azul. Veja que não existe meio termo: ou a bola é realmente de cor azul,
tornando a proposição verdadeira, ou a bola é de outra cor, sendo a proposição
falsa. Observe que nem toda frase pode ser considerada uma proposição. Por
exemplo, a exclamação “Bom dia!” não pode ser classificada como verdadeira ou
falsa. O mesmo ocorre com as frases “Qual o seu nome?” ou “Vá dormir”, que
também não têm um valor lógico (V ou F). No estudo de lógica de argumentação,
usamos letras (principalmente p, q e r) para simbolizar uma proposição.

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É importante também conhecer alguns princípios relativos às proposições. O
princípio da não-contradição diz que uma proposição não pode ser, ao mesmo
tempo, Verdadeira e Falsa. Ou uma coisa ou outra. Já o princípio da exclusão do
terceiro termo diz que não há um meio termo entre Verdadeiro ou Falso. Portanto,
se temos uma proposição p (exemplo: “2 mais 2 não é igual a 7”), sabemos que:
- se essa frase é verdadeira, então ela não pode ser falsa, e vice-versa (não-
contradição), e
- não é possível que essa frase seja “meio verdadeira” ou “meio falsa”, ela deve ser
somente Verdadeira ou somente Falsa (exclusão do terceiro termo).
Uma observação importante: não se preocupe tanto com o conteúdo da
proposição. Quem nos dirá se a proposição é verdadeira ou falsa é o enunciado do
exercício. Ao resolver exercícios você verá que, a princípio, consideramos todas as
proposições fornecidas como sendo verdadeiras, a menos que o exercício diga o
contrário. Se um exercício disser que a proposição “2 + 2 = 7” é Verdadeira, você
deve aceitar isso, ainda que saiba que o conteúdo dela não é realmente correto. Isto
porque estamos trabalhando com Lógica formal.
Vejamos duas proposições exemplificativas:
p: Chove amanhã.
q: Eu vou à escola.

Note que, de fato, p e q são duas proposições, pois cada uma delas pode ser
Verdadeira ou Falsa.
Duas ou mais proposições podem ser combinadas, criando proposições
compostas, utilizando para isso os operadores lógicos. Vamos conhecê-los
estudando as principais formas de proposições compostas. Para isso, usaremos
como exemplo as duas proposições que já vimos acima. Vejamos como podemos
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combiná-las:

a) Conjunção (“e”): trata-se de uma combinação de proposições usando o


operador lógico “e”, ou seja, do tipo “p e q”. Por exemplo: “Chove amanhã e eu
vou à escola”. Utilizamos o símbolo ^ para representar este operador. Ou seja,
ao invés de escrever “p e q”, podemos escrever “ p  q ”.

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Veja que, ao dizer que “Chove amanhã e eu vou à escola”, estou afirmando que
as duas coisas acontecem (chover e ir à escola). Em outras palavras, esta
proposição composta só pode ser Verdadeira se as duas proposições simples que
a compõem forem verdadeiras, isto é, acontecerem. Se chover e, mesmo assim, eu
não for à escola, significa que a conjunção acima é Falsa. Da mesma forma, se não
chover e mesmo assim eu for à escola, a expressão acima também é Falsa.
Portanto, para analisar se a proposição composta é Verdadeira ou Falsa,
devemos olhar cada uma das proposições que a compõem. Já vimos que se p
acontece (p é Verdadeira) e q acontece (q é Verdadeira), a expressão p e q é
Verdadeira. Esta é a primeira linha da tabela abaixo. Já se p acontece (V), isto é, se
chove, e q não acontece (F), ou seja, eu não vou à escola, a expressão inteira
torna-se falsa. Isto também ocorre se p não acontece (F) e q acontece (V). Estas
são as duas linhas seguintes da tabela abaixo. Finalmente, se nem p nem q
acontecem (ambas são Falsas), a expressão inteira também será falsa. Veja esta
tabela:
Valor lógico de p Valor lógico de q Valor lógico de p e q
(“Chove amanhã”) (“Eu vou à escola”) (pq)

V V V
V F F
F V F
F F F

A tabela acima é chamada de tabela-verdade da proposição combinada “p e q”.


Nesta tabela podemos visualizar que a única forma de tornar a proposição
verdadeira ocorre quando tanto p quanto q são verdadeiras. E que, para desmenti-
la (tornar toda a proposição falsa), basta provar que pelo menos uma das
proposições que a compõem é falsa. 32656364884

b) Disjunção (“ou”): esta é uma combinação usando o operador “ou”, isto é, “p ou


q” (também podemos escrever p  q ). Ex.: “Chove amanhã ou eu vou à escola”.
Veja que, ao dizer esta frase, estou afirmando que pelo menos uma das coisas
vai acontecer: chover amanhã ou eu ir à escola. Se uma delas ocorrer, já estou
dizendo a verdade, independentemente da outra ocorrer ou não. Agora, se
nenhuma delas acontecer (não chover e, além disso, eu não for à escola), a minha
frase estará falsa. A tabela abaixo resume estas possibilidades:

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Valor lógico de p Valor lógico de q Valor lógico de p ou q


(“Chove amanhã”) (“Eu vou à escola”) (pq)

V V V
V F V
F V V
F F F
Como você pode ver na coluna da direita, a única possibilidade de uma
Disjunção do tipo p ou q ser falsa ocorre quando tanto p quanto q não acontecem,
isto é, são falsas.
Talvez você tenha estranhado a primeira linha da tabela. Na língua
portuguesa, “ou” é utilizado para representar alternativas excludentes entre si (isto
é, só uma coisa poderia acontecer: chover ou então eu ir à escola). Assim, talvez
você esperasse que, caso p fosse verdadeira e q também fosse verdadeira, a frase
inteira seria falsa. Veja que isto não ocorre aqui. Veremos isso no próximo item, ao
estudar a disjunção exclusiva.

c) Disjunção exclusiva (Ou exclusivo): esta é uma combinação do tipo “ou p ou


q” (simbolizada por p  q ). Ex.: “Ou chove amanhã ou eu vou à escola”.
Aqui, ao contrário da Disjunção que vimos acima, a proposição composta só é
verdadeira se uma das proposições for verdadeira e a outra for falsa. Isto é, se eu
digo “Ou chove amanhã ou eu vou à escola”, porém as duas coisas ocorrem
(amanhã chove e, além disso, eu vou à escola), a frase será falsa como um todo.
Veja abaixo a tabela-verdade deste operador lógico, chamado muitas vezes de “Ou
exclusivo”, em oposição ao “ou” alternativo que vimos acima:

Valor lógico de p Valor lógico de q


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Valor lógico de Ou p ou q
(“Chove amanhã”) (“Eu vou à escola”) (pq )

V V F
V F V
F V V
F F F
Marquei em vermelho a única mudança que temos em relação ao caso
anterior.

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d) Condicional (implicação): uma condicional é uma combinação do tipo “se p,
então q” (simbolizada por p  q ). Usando o nosso exemplo, podemos montar a
proposição composta “Se chove amanhã, eu vou à escola”.
Esta é a proposição composta mais comum em provas de concurso. Chamamos
este caso de Condicional porque temos uma condição (“se chove amanhã”) que,
caso venha a ocorrer, faz com que automaticamente a sua consequência (“eu vou à
escola”) tenha que acontecer. Isto é, se p for Verdadeira, isto obriga q a ser
também Verdadeira.
Se a condição p (“se chove amanhã”) não ocorre (é Falsa), q pode ocorrer (V)
ou não (F), e ainda assim a frase é Verdadeira. Porém se a condição ocorre (p é V)
e o resultado não ocorre (q é F), estamos diante de uma proposição composta que
é Falsa como um todo. Tudo o que dissemos acima leva a esta tabela:
Valor lógico de p Valor lógico de q Valor lógico de Se p,
(“Chove amanhã”) (“Eu vou à escola”) então q ( p  q )

V V V
V F F
F V V
F F V

e) Bicondicional (“se e somente se”): uma bicondicional é uma combinação do


tipo “p se e somente se q” (simbolizada por p  q ). Ex.: “Chove amanhã se e
somente se eu vou à escola”.
Quando alguém nos diz a frase acima, ela quer dizer que, necessariamente,
as duas coisas acontecem juntas (ou então nenhuma delas acontece). Assim,
sabendo que amanhã chove, já sabemos que a pessoa vai à escola. Da mesma
forma, sabendo que a pessoa foi à escola, então sabemos que choveu. Por outro
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lado, sabendo que não choveu, sabemos automaticamente que a pessoa não foi à
escola.
Note, portanto, que a expressão p  q só é verdadeira quando tanto p
quanto q acontecem (são Verdadeiras), ou então quando ambas não acontecem
(são Falsas). Se ocorrer outro caso (chover e a pessoa não for à escola, por
exemplo), a expressão p  q é Falsa. Isso está resumido na tabela abaixo:

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Valor lógico de p Valor lógico de q Valor lógico de p se e


(“Chove amanhã”) (“Eu vou à escola”) somente se q ( p  q )

V V V
V F F
F V F
F F V
Novamente, marquei em vermelho a única coisa que mudou em relação à
condicional p  q .

IMPORTANTE: Saiba que “e”, “ou”, “ou, ... ou...”, “se..., então...”, “se e
somente se” são as formas básicas dos conectivos conjunção, disjunção, disjunção
exclusiva, condicional e bicondicional. Entretanto, várias questões exploram formas
“alternativas” de se expressar cada uma dessas proposições compostas. Ao longo
das questões que resolvermos nessa e na próxima aula, você aprenderá a lidar com
estas alternativas. Veja os casos que considero mais importantes:

- Conectivo “mas” com idéia de conjunção (“e”). Ex.: Chove, mas vou à escola.
Observe que quem diz esta frase está afirmando que duas coisas acontecem: 1 =
chove, e 2 = vou à escola. No estudo da lógica, isto é o mesmo que dizer “Chove e
vou à escola”. Portanto, o “mas” está sendo usado para formar uma conjunção.

- Conectivo “ou” precedido por vírgula, com idéia de “ou exclusivo”. Ex.:
Chove, ou vou à escola. Aqui a pausa criada pela vírgula nos permite depreender
que apenas uma coisa ocorre: ou chove, ou vou à escola. Assim, temos uma forma
alternativa de representar o “ou ..., ou...” que estudamos na disjunção exclusiva.
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- Condicional utilizando “Quando...” ou “Toda vez que...”. Exemplos:


1)Quando chove, vou à escola.
2) Toda vez que chove vou à escola.
Veja que nos dois casos acima temos formas alternativas de apresentar uma
condição (“chove”) que leva a uma consequência (“vou à escola”). Portanto, estas
são formas alternativas ao clássico “se ..., então ...” da condicional.

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- Uso do “...ou..., mas não ambos” com idéia de disjunção exclusiva. Ex.: “Jogo
bola ou corro, mas não ambos”. Repare que a primeira parte dessa frase é uma
disjunção comum (inclusiva), mas a expressão “mas não ambos” exclui o caso onde
“jogo bola” é V e “corro” também é V. Isto é, passamos a ter uma disjunção
exclusiva. Alguns autores entendem que só temos disjunção exclusiva se a
expressão “mas não ambos” estiver presente (ainda que tenhamos “ou..., ou ...”),
mas isso não pode ser considerado uma verdade absoluta. Trabalharemos esse
problema ao longo das questões.

Sobre proposições compostas, veja uma questão introdutória:

1. FCC – ICMS/SP – 2006) Considere a proposição “Paula estuda, mas não passa
no concurso”. Nessa proposição, o conectivo lógico é:
a) condicional
b) bicondicional
c) disjunção inclusiva
d) conjunção
e) disjunção exclusiva
RESOLUÇÃO:
Vimos logo acima que o “mas” pode ser utilizado para representar o
conectivo conjunção (“e”). Do ponto de vista lógico, a frase “Paula estuda e não
passa no concurso” tem o mesmo valor da frase do enunciado. Isto porque o autor
da frase quer dizer, basicamente, que duas coisas são verdadeiras:
- Paula estuda
- Paula não passa no concurso
Portanto, temos uma conjunção (letra D).
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Ao estudar Português, você verá que o “mas” tem função adversativa. Isto é,
o autor da frase não quer dizer apenas que as duas coisas são verdadeiras. Ele usa
o “mas” para ressaltar o fato de que essas coisas são, em tese, opostas entre si
(espera-se que quem estuda seja aprovado). Por mais importante que seja este
detalhe semântico naquela disciplina, aqui na Lógica Proposicional devemos tratar
estas proposições como sendo equivalentes.
Resposta: D

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1.2 Negação de proposições simples
Representamos a negação de uma proposição simples “p” pelo símbolo “~p”

(leia não-p).Também podemos usar a notação


p , que é menos usual. Sabemos
que o valor lógico de “p” e “~p” são opostos, isto é, se p é uma proposição
verdadeira, ~p será falsa, e vice-versa.
Quando temos uma proposição simples (por ex.: “Chove agora”, “Todos os
nordestinos são fortes”, “Algum brasileiro é mineiro”), podemos negar essa
proposição simplesmente inserindo “Não é verdade que...” em seu início. Veja:
- Não é verdade que chove agora
- Não é verdade que todos os nordestinos são fortes
- Não é verdade que algum brasileiro é mineiro
Entretanto, na maioria dos exercícios serão solicitadas outras formas de
negar uma proposição. Para descobrir a negação, basta você se perguntar: o que
eu precisaria fazer para provar que quem disse essa frase está mentindo? Se você
for capaz de desmenti-lo, você será capaz de negá-lo.
Se João nos disse que “Chove agora”, bastaria confirmar que não está
chovendo agora para desmenti-lo. Portanto, a negação seria simplesmente “Não
chove agora”.
Entretanto, caso João nos diga que “Todos os nordestinos são fortes”,
bastaria encontrarmos um único nordestino que não fosse forte para desmenti-lo.
Portanto, a negação desta afirmação pode ser, entre outras possibilidades:
- “Pelo menos um nordestino não é forte”
- “Algum nordestino não é forte”
- “Existe nordestino que não é forte”
Já se João nos dissesse que “Algum nordestino é forte”, basta que um único
nordestino seja realmente forte para que a frase dele seja verdadeira. Portanto, aqui
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é mais difícil desmenti-lo, pois precisaríamos analisar todos os nordestinos e


mostrar que nenhum deles é forte. Assim, a negação seria, entre outras
possibilidades:
- “Nenhum nordestino é forte”
- “Não existe nordestino forte”

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A tabela abaixo resume as principais formas de negação de proposições
simples. Veja que, assim como você pode usar as da coluna da direita para negar
frases com as expressões da coluna da esquerda, você também pode fazer o
contrário.
Proposição “p” Proposição “~p”
Meu gato é preto Meu gato não é preto
Todos gatos são pretos Algum/pelo menos um/existe gato (que) não
é preto
Nenhum gato é preto Algum/pelo menos um/existe gato (que) é
preto

Note ainda que ~(~p) = p, isto é, a negação da negação de p é a própria


proposição p. Isto é, negar duas vezes é igual a falar a verdade. Ex.: “Não é
verdade que meu gato não é preto”  esta frase é equivalente a “Meu gato é preto”.
Veja abaixo uma questão inicial sobre negação de proposições simples.

2. FCC – Banco do Brasil – 2011) Um jornal publicou a seguinte manchete:


“Toda Agência do Banco do Brasil tem déficit de funcionários.”
Diante de tal inverdade, o jornal se viu obrigado a retratar-se, publicando uma
negação de tal manchete. Das sentenças seguintes, aquela que expressaria de
maneira correta a negação da manchete publicada é:
a) Qualquer Agência do Banco do Brasil não têm déficit de funcionários
b) Nenhuma Agência do Banco do Brasil tem déficit de funcionários
c) Alguma Agência do Banco do Brasil não tem déficit de funcionários
d) Existem Agências com déficit de funcionários que não pertencem ao Banco do
Brasil 32656364884

e) O quadro de funcionários do Banco do Brasil está completo


RESOLUÇÃO:
Olhando a manchete publicada pelo jornal, bastaria que um leitor constatasse
que em pelo menos uma agência do BB não há déficit e ele já teria argumento
suficiente para desmentir o jornal, afinal o jornal tinha dito que todas as agências
possuem déficit. Uma forma desse leitor expressar-se seria dizendo:
“Pelo menos uma agência do BB não tem déficit de funcionários”.

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Uma outra forma de dizer esta mesma frase seria:
“Alguma agência do BB não tem déficit de funcionários”.
Portanto, essa foi a frase que o jornal precisou usar para a retratação
(negação) da anterior.
Resposta: C

1.3 Negação de proposições compostas


Quando temos alguma das proposições compostas (conjunção, disjunção,
disjunção exclusiva, condicional ou bicondicional), podemos utilizar o mesmo truque
para obter a sua negação: buscar uma forma de desmentir quem estivesse falando
aquela frase. Vejamos alguns exemplos:

a) Conjunção: “Chove hoje e vou à praia”. Se João nos diz essa frase, ele está
afirmando que as duas coisas devem ocorrer (se tiver dúvida, retorne à tabela-
verdade da conjunção). Isto é, para desmenti-lo, bastaria provar que pelo menos
uma delas não ocorre. Isto é, a primeira coisa não ocorre ou a segunda coisa não
ocorre (ou mesmo as duas não ocorrem). Veja que para isso podemos usar uma
disjunção, negando as duas proposições simples como aprendemos no item
anterior: “Não chove hoje ou não vou à praia”. Da mesma forma, se João tivesse
dito “Todo nordestino é forte e nenhum gato é preto”, poderíamos negar utilizando
uma disjunção, negando as duas proposições simples: “Algum nordestino não é
forte ou algum gato é preto”.

b) Disjunção: “Chove hoje ou vou à praia”. Essa afirmação é verdadeira se pelo


menos uma das proposições simples for verdadeira. Portanto, para desmentir quem
a disse, precisamos provar que as duas coisas não acontecem, isto é, as duas
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proposições são falsas. Assim, a negação seria uma conjunção: “Não chove hoje e
não vou à praia”. Já a negação de “Todo nordestino é forte ou nenhum gato é preto”
seria “Algum nordestino não é forte e algum gato é preto”.

c) Disjunção exclusiva: “Ou chove hoje ou vou à praia”. Recorrendo à tabela-


verdade, você verá que a disjunção exclusiva só é verdadeira se uma, e apenas
uma das proposições é verdadeira, sendo a outra falsa. Assim, se mostrássemos
que ambas são verdadeiras, ou que ambas são falsas, estaríamos desmentindo o

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autor da frase. Para isso, podemos usar uma bicondicional: “Chove hoje se e
somente se eu vou à praia”. Veja que esta frase indica que ou acontecem as duas
coisas (chover e ir à praia) ou não acontece nenhuma delas.

d) Condicional: “Se chove hoje, então vou à praia”. Lembra-se que a condicional só
é falsa caso a condição (p) seja verdadeira e o resultado (q) seja falso? Portanto, é
justamente isso que deveríamos provar se quiséssemos desmentir o autor da frase.
A seguinte conjunção nos permite negar a condicional: “Chove hoje e não vou à
praia”.

e) Bicondicional: “Chove hoje se e somente se vou à praia”. O autor da frase está


afirmando que as duas coisas (chover e ir à praia) devem ocorrer juntas, ou então
nenhuma delas pode ocorrer. Podemos desmenti-lo provando que uma das coisas
ocorre (é verdadeira) enquanto a outra não (é falsa). A disjunção exclusiva nos
permite fazer isso: “Ou chove hoje, ou vou à praia”.

Veja na tabela abaixo as principais formas de negação de proposições


compostas+

Proposição composta Negação


Conjunção ( p  q ) Disjunção ( ~ p ~ q )
Ex.: Chove hoje e vou à praia Ex.: Não chove hoje ou não vou à praia
Disjunção ( p  q ) Conjunção ( ~ p  ~ q )
Ex.: Chove hoje ou vou à praia Ex.: Não chove hoje e não vou à praia
Disjunção exclusiva ( p  q ) Bicondicional ( p  q )

Ex.: Ou chove hoje ou vou à praia 32656364884


Ex.: Chove hoje se e somente se vou à praia
Condicional ( p  q ) Conjunção ( p  ~ q )
Ex.: Se chove hoje, então vou à praia Ex.: Chove hoje e não vou à praia
Bicondicional ( p  q ) Disjunção exclusiva ( p  q )
Ex.: Chove hoje se e somente se vou à praia. Ex.: Ou chove hoje ou vou à praia

Outra forma de negar a bicondicional é escrevendo outra bicondicional,


porém negando uma das proposições simples. Por exemplo, p ~ q é uma forma

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alternativa de negar p  q . Esta negação pode ser escrita como “Chove se e
somente se NÃO vou à praia).

Comece a exercitar a negação de proposições compostas a partir da questão


abaixo:

3. CESPE – TRT/17ª – 2009) A negação da proposição “O juiz determinou a


libertação de um estelionatário e de um ladrão” é expressa na forma “O juiz não
determinou a libertação de um estelionatário nem de um ladrão”.
RESOLUÇÃO:
Observe que a primeira frase pode ser escrita na forma “O juiz determinou a
libertação de um estelionatário E o juiz determinou a libertação de um ladrão”. Isto
é, temos uma proposição do tipo “p e q” onde:
p: O juiz determinou a libertação de um estelionatário
q: O juiz determinou a libertação de um ladrão
Sabemos que uma proposição do tipo “p e q” só é verdadeira se ambos p e q
forem verdadeiros. Portanto, basta que um dos dois (p ou q), ou ambos, sejam
falsos para que a proposição inteira seja falsa. Com isso, sabemos que para negá-la
basta dizer que o juiz não determinou a libertação de um estelionatário OU o juiz
não determinou a libertação de um ladrão. Reescrevendo: “O juiz não determinou a
libertação de um estelionatário ou de um ladrão”.
Lembrando da teoria que vimos acima, a negação de p  q é ~ p ~ q , o
que leva ao resultado que obtivemos. Item ERRADO.
Resposta: E.

1.4 Construção da tabela-verdade de proposições compostas


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Alguns exercícios podem exigir que você saiba construir a tabela-verdade de


proposições compostas. Para exemplificar, veja a proposição A  [(~ B )  C ] . A
primeira coisa que você precisa saber é que a tabela-verdade desta proposição terá
sempre 2n linhas, onde n é o número de proposições simples envolvidas. Como só
temos 3 proposições simples (A, B e C), esta tabela terá 23, ou seja, 8 linhas.

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Para montar a tabela verdade de uma expressão como A  [(~ B )  C ] ,
devemos começar criando uma coluna para cada proposição e, a seguir, colocar
todas as possibilidades de combinações de valores lógicos (V ou F) entre elas:

Valor lógico Valor lógico Valor lógico


de A de B de C
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

Agora, note que em A  [(~ B )  C ] temos o termo ~B entre parênteses.


Devemos, portanto, criar uma nova coluna na nossa tabela, inserindo os valores de
~B. Lembre-se que os valores de não-B são opostos aos valores de B (compare as
colunas em amarelo):

Valor lógico Valor lógico Valor lógico Valor lógico


de A de B de C de ~B
V V V F
V V F F
V F V V
V F F V
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F V V F
F V F F
F F V V
F F F V

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Agora que já temos os valores lógicos de ~B, e também temos os de C,
podemos criar os valores lógicos da expressão entre colchetes: [(~ B )  C ] . Observe
que se trata de uma conjunção (“e”), que só tem valor lógico V quando ambos os
membros (no caso, ~B e C) são V:
Valor lógico Valor lógico Valor lógico Valor lógico Valor lógico
de A de B de C de ~B de [(~ B )  C ]
V V V F F
V V F F F
V F V V V
V F F V F
F V V F F
F V F F F
F F V V V
F F F V F

Agora que já temos os valores lógicos de A e também os valores lógicos de


[(~ B )  C ] , podemos analisar os valores lógicos da disjunção A  [(~ B )  C ] .
Lembre-se que uma disjunção só é F quando ambos os seus membros são F
(marquei esses casos em amarelo):

Valor Valor Valor Valor Valor lógico Valor lógico


lógico de lógico de lógico de lógico de de de
A B C ~B [(~ B )  C ] A  [(~ B )  C ]
V V V F F V
V V F F F V
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V F V V V V
V F F V F V
F V V F F F
F V F F F F
F F V V V V
F F F V F F

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Assim, podemos omitir a 4ª e 5ª coluna, de modo que a tabela-verdade da
expressão A  [(~ B )  C ] é:
Valor Valor Valor Valor lógico
lógico de lógico de lógico de de
A B C A  [(~ B )  C ]
V V V V
V V F V
V F V V
V F F V
F V V F
F V F F
F F V V
F F F F

Veja que essa tabela nos dá os valores lógicos da expressão A  [(~ B )  C ]


para todos os possíveis valores das proposições simples que a compõem (A, B e
C).

1.5 Tautologia e contradição


Ao construir tabelas-verdade para expressões, como fizemos acima,
podemos verificar que uma determinada expressão sempre é verdadeira,
independente dos valores lógicos das proposições simples que a compõem. Trata-
se de uma tautologia. Por outro lado, algumas expressões podem ser sempre
falsas, independente dos valores das proposições que a compõem. Neste caso,
estaremos diante de uma contradição. Vejamos alguns exemplos:
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a) Veja abaixo a tabela-verdade de p  ~ p (ex.: Sou bonito e não sou bonito). Pela
simples análise desse exemplo, já vemos uma contradição (não dá para ser bonito e
não ser ao mesmo tempo). Olhando na coluna da direita dessa tabela, vemos que
ela é falsa para todo valor lógico de p:

P A L

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P A L A
Valor lógico de p Valor lógico de ~p Valor lógico de
p ~ p
V F F
F V F
Obs.: notou que essa tabela-verdade possui apenas duas linhas? Isso porque temos
apenas 1 proposição simples (p), e 21 = 2.

b) Veja abaixo a tabela-verdade de p ~ p (ex.: Sou bonito ou não sou bonito). Pela
simples análise desse exemplo, já vemos uma tautologia (essa frase sempre será
verdadeira, independente da minha beleza). Olhando na coluna da direita dessa
tabela, vemos que ela é verdadeira para todo valor lógico de p:
Valor lógico de p Valor lógico de ~p Valor lógico de
p ~ p
V F V
F V V

Pratique o que discutimos até aqui através da questão a seguir.

4. FCC – ICMS/SP – 2006) Considere as afirmações abaixo.


I. O número de linhas de uma tabela-verdade é sempre um número par.
II. A proposição “ (10  10)  (8  3  6) ” é falsa.

III. Se p e q são proposições, então a proposição “  p  q   (~ q ) ” é uma tautologia.

É verdade o que se afirma APENAS em:


a) I e II
b) I e III
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c) I
d) II
e) III
RESOLUÇÃO:
I. O número de linhas de uma tabela-verdade é sempre um número par.
O número de linhas de uma tabela verdade é 2n, onde n é o número de
proposições simples. Isto é, 2x2x2...x2, n vezes. Este número certamente é divisível
por 2, isto é, é par. Item VERDADEIRO.

P A L

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II. A proposição “ (10  10)  (8  3  6) ” é falsa.


Temos uma bicondicional onde a primeira parte é falsa (pois 10 é maior que a
raíz quadrada de 10), e a segunda parte também é falsa (pois 8 – 3 = 5). Na tabela-
verdade da bicondicional, veja que esta proposição composta é verdadeira quando
temos F  F. Item FALSO.

III. Se p e q são proposições, então a proposição “  p  q   (~ q ) ” é uma tautologia.

Para avaliar se temos uma tautologia, vamos construir a tabela verdade desta
proposição. Repare que temos 2 proposições simples (p e q), de modo que a tabela-
verdade da proposição composta terá 22 = 4 linhas. A tabela, construída da
esquerda para a direita, fica assim:
Valor Valor lógico Valor lógico Valor lógico de Valor lógico de
lógico de p de q de ~q  p  q  p  q   (~ q)
V V F V V
V F V F V
F V F V V
F F V V V

De fato a proposição  p  q   (~ q ) possui valor lógico V para qualquer valor

das proposições simples p e q. Isto é, temos uma tautologia. Item VERDADEIRO.


Resposta: B

1.6 Equivalência de proposições lógicas


Dizemos que duas proposições lógicas são equivalentes quando elas
possuem a mesma tabela-verdade. Como exemplo, vamos verificar se as
32656364884

proposições p  q e ~ q ~ p são equivalentes.


Faremos isso calculando a tabela verdade das duas, para poder compará-las.
Mas intuitivamente você já poderia ver que elas são equivalentes. Imagine que
p  q é “Se chove, então vou à praia”. Sabemos que se a condição (chove) ocorre,
necessariamente o resultado (vou à praia) ocorre. Portanto, se soubermos que o
resultado não ocorreu (não vou à praia), isso implica que a condição não pode ter

P A L

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ocorrido (não chove). Isto é, podemos dizer que “Se não vou à praia, então não
chove”. Ou seja, ~ q ~ p .
A tabela-verdade de p  q encontra-se abaixo. Calcule-a sozinho, para
exercitar:
Valor Valor Valor
lógico de lógico de q lógico de
p pq
V V V
V F F
F V V
F F V

Já a tabela-verdade de ~ q ~ p foi obtida abaixo:


Valor Valor Valor Valor Valor lógico
lógico de lógico de q lógico de lógico de de ~ q ~ p
p ~q ~p
V V F F V
V F V F F
F V F V V
F F V V V

Repare na coluna da direita de cada tabela. Percebeu que são iguais? Isso
nos permite afirmar que ambas as proposições compostas são equivalentes.
Veja ainda a tabela verdade de ~p ou q:
Valor lógico Valor Valor lógico Valor lógico
de p lógico de q de ~p de ~p ou q
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V V F V
V F F F
F V V V
F F V V

Perceba que a tabela-verdade de ~p ou q é igual às duas anteriores (pq e


~q~p). Assim, essas 3 proposições são equivalentes.

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Não usei este exemplo à toa. Ele cai bastante em concursos, portanto é bom
você gravar: ( p  q ), ( ~ q ~ p ) e (~p ou q) são proposições equivalentes!!!
Veja as questões abaixo para começar a treinar as equivalências lógicas:

5. FCC – ALESP – 2010) Durante uma sessão no plenário da Assembléia


Legislativa, o presidente da mesa fez a seguinte declaração, dirigindo-se às galerias
da casa:
“Se as manifestações desrespeitosas não forem interrompidas, então eu não
darei início à votação”.
Esta declaração é logicamente equivalente à afirmação:
a) se o presidente da mesa deu início à votação, então as manifestações
desrespeitosas foram interrompidas
b) se o presidente da mesa não deu início à votação, então as manifestações
desrespeitosas não foram interrompidas
c) se as manifestações desrespeitosas forem interrompidas, então o presidente da
mesa dará início à votação
d) se as manifestações desrespeitosas continuarem, então o presidente da mesa
começará a votação
e) se as manifestações desrespeitosas não continuarem, então o presidente da
mesa não começará a votação.
RESOLUÇÃO:
Observe que temos uma condicional ( p  q ), onde:
p = As manifestações desrespeitosas não forem interrompidas
q = Eu não darei início à votação

Esta é uma proposição “manjada”, pois sabemos que ela é equivalente a


32656364884

~ q ~ p e também a ~p ou q. Como ~q é “eu darei início à votação” e ~p é “as


manifestações desrespeitosas foram interrompidas”, temos:

~ q ~ p : “Se eu dei início à votação, então as manifestações desrespeitosas


foram interrompidas”.
~p ou q: “As manifestações desrepeitosas foram interrompidas ou eu não dei início à
votação”.

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Repare que a alternativa A é similar à expressão ~ q ~ p que escrevemos
acima, sendo este o gabarito.
Resposta: A

6. ESAF – ATRFB – 2009) A afirmação: “João não chegou ou Maria está atrasada”
equivale logicamente a:
a) Se João não chegou, Maria está atrasada.
b) João chegou e Maria não está atrasada.
c) Se João chegou, Maria não está atrasada.
d) Se João chegou, Maria está atrasada.
e) João chegou ou Maria não está atrasada.
RESOLUÇÃO:
A frase do enunciado pode ser escrita como “~p ou q”, onde:
p = João chegou
q = Maria está atrasada

Novamente estamos diante de uma proposição “manjada”, pois sabemos que


~p ou q é equivalente a pq e também a ~q~p. Essas duas últimas frases são,
respectivamente:
- Se João chegou, então Maria está atrasada.
- Se Maria não está atrasada, então João não chegou.

Veja que a primeira das duas frases acima é similar à alternativa D, sendo
este o gabarito.
Resposta: D
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1.7 Condição necessária e condição suficiente


Quando temos uma condicional pq, sabemos que se a condição p
acontecer, com certeza o resultado q deve acontecer (para que pq seja uma
proposição verdadeira). Portanto, podemos dizer que p acontecer é suficiente para
afirmarmos que q acontece. Em outras palavras, p é uma condição suficiente para
q.

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Por exemplo, se dissermos “Se chove, então o chão fica molhado”, é
suficiente saber que chove para afirmarmos que o chão fica molhado. Chover é uma
condição suficiente para que o chão fique molhado. Por outro lado, podemos dizer
que sempre que chove, o chão fica molhado. É necessário que o chão fique
molhado para podermos afirmar chove. Portanto, “o chão fica molhado” é uma
condição necessária para podermos dizer que chove (se o chão estivesse seco,
teríamos certeza de que não chove). Ou seja, q é uma condição necessária para p.
Resumidamente, quando temos uma condicional pq, podemos afirmar que
p é suficiente para q, e, por outro lado, q é necessária para p.
Por outro lado, quando temos uma bicondicional p  q , podemos dizer que
p é necessária e suficiente para q, e vice-versa. Para a proposição “Chove se e
somente se o chão fica molhado” ser verdadeira, podemos dizer que é preciso
(necessário) que chova para que o chão fique molhado. Não é dada outra
possibilidade. E é suficiente saber que chove para poder afirmar que o chão fica
molhado. Da mesma forma, é suficiente saber que o chão ficou molhado para
afirmar que choveu; e a única possibilidade de ter chovido é se o chão tiver ficado
molhado, isto é, o chão ter ficado molhado é necessário para que tenha chovido.

1.8 Sentenças abertas


Sentenças abertas são aquelas que possuem uma ou mais variáveis, como o
exemplo abaixo (do tipo pq):
“Se 2X é divisível por 5, então X é divisível por 5”

Temos a variável X nessa frase, que pode assumir diferentes valores. Se X


for igual a 10, teremos:
“Se 20 é divisível por 5, então 10 é divisível por 5”
32656364884

Esta frase é verdadeira, pois p é V e q é V. Se X = 11, teremos:


“Se 22 é divisível por 5, então 11 é divisível por 5”

Esta frase é verdadeira, pois p é F e q também é F. Já se X = 12.5, teremos:


“Se 25 é divisível por 5, então 12.5 é divisível por 5”

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Agora a frase é falsa, pois p é V e q é F!
Portanto, quando temos uma sentença aberta, não podemos afirmar de
antemão que ela é verdadeira ou falsa, pois isso dependerá do valor que as
variáveis assumirem. Assim, uma sentença aberta não é uma proposição (só será
uma proposição após definirmos o valor da variável).
Trabalhe o conceito de sentenças abertas na questão a seguir.

7. FCC – ICMS/SP – 2006) Considere as seguintes frases:


I. Ele foi o melhor jogador do mundo em 2005.
II. (x+y)/5 é um número inteiro.
III. João da Silva foi o Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo em 2000.
É verdade que APENAS:
a) I é uma sentença aberta
b) II é uma sentença aberta
c) I e II são sentenças abertas
d) I e III são sentenças abertas
e) II e III são sentenças abertas
RESOLUÇÃO:
Uma sentença aberta é aquela que possui uma variável cujo valor pode
tornar a proposição V ou F. O caso clássico é aquele presente na alternativa II.
Dependendo dos valores atribuídos às variáveis x e y, a proposição pode ser V ou
F. Entretanto, a alternativa I também é uma sentença aberta. Isto porque,
dependendo de quem for “Ele”, a proposição pode ser V ou F. Precisamos saber
quem é a pessoa referida pelo autor da frase para atribuir um valor lógico.
Resposta: C

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Agora é hora de praticar tudo o que vimos até aqui, resolvendo uma bateria
de questões.

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2. RESOLUÇÃO DE QUESTÕES
8. FCC – TJ/SE – 2009) Considere as seguintes premissas:
p : Trabalhar é saudável
q : O cigarro mata.
A afirmação “Trabalhar não é saudável" ou "o cigarro mata” é FALSA se
a) p é falsa e ~q é falsa.
b) p é falsa e q é falsa.
c) p e q são verdadeiras.
d) p é verdadeira e q é falsa.
e) ~p é verdadeira e q é falsa.
RESOLUÇÃO:
Veja que “Trabalhar não é saudável” é a negação da proposição p, isto é, ~p.
Já “o cigarro mata” é a própria proposição q. Portanto, o exercício nos deu uma
proposição ~p ou q.
Vimos que uma disjunção (“ou”) só é falsa se ambas as proposições que a
constituem sejam falsas. Portanto, vemos que a disjunção do enunciado será falsa
quando ~p for falsa e q for falsa. Entretanto, para que ~p seja falsa, o seu oposto
(isto é, p) deve ser verdadeira.
Assim, “Trabalhar não é saudável ou o cigarro mata” será falsa quando p for
verdadeira e q for falsa.
Resposta: D

9. FCC - TRT/2ª – 2008) Dadas as proposições simples p e q, tais que p é


verdadeira e q é falsa, considere as seguintes proposições compostas:
(1) p  q ; (2) ~ p  q ; (3) ~ ( p  ~ q ) ; (4) ~ ( p  q )
Quantas dessas proposições compostas são verdadeiras?
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a) nenhuma
b) apenas uma
c) apenas duas
d) apenas três
e) quatro.
RESOLUÇÃO:

P A L

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Vou resolver essa questão de duas formas: mais lentamente, usando a lógica
propriamente dita em cima de um exemplo, e mais rapidamente usando a tabela
verdade em cima de proposições abstratas “p” e “q”.

Vamos começar pela mais lenta. Vamos analisar as 4 proposições


compostas do enunciado através do exemplo:

p: Chove amanhã

q: Eu vou à escola

O exercício disse que p é verdadeira (portanto, efetivamente chove amanhã),


e q é falsa (isto é, eu não vou à escola).

(1) p  q (p e q) será: “Chove amanhã e eu vou à escola”. Sabemos que, neste


caso (operador lógico “e”), a frase inteira só será verdadeira se ambas as
proposições que a compõem forem verdadeiras. Como o exercício disse que q é
Falsa (isto é, eu não vou à escola), essa proposição composta é falsa. Ou seja:
p  q é F.

(2) ~ p  q (não-p implica q) será: “Se não chove amanhã, então eu vou à escola”.
Como sabemos que p é verdadeira (chove amanhã), isto significa que ~ p (não
chove amanhã) é Falsa. Por outro lado, sabemos que q é falsa (não vou à escola).
Ora, sabemos que este operador lógico (  ) só será falso em um caso: quando a
condição ( ~ p ) for verdadeira e a conseqüência (q) não ocorrer, isto é, for falsa.
Como a condição é falsa, podemos dizer que esta proposição ~ p  q tem valor
lógico Verdadeiro.

(3) ~ ( p  ~ q ) , isto é, não (p ou não-q). Aqui precisamos ir por etapas. Veja primeiro
o que está entre parênteses: “Chove amanhã ou eu não vou à escola”. O “não” que
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se encontra de fora do parênteses é a negação desta frase. Sabemos que para


negar uma proposição composta com “ou”, nenhuma das proposições simples que a
compõem deve ocorrer. Isto é, “Não chove amanhã e eu vou à escola”. Esta é a
frase representada por ~ ( p  ~ q ) . Como se trata de uma conjunção (“e”), ela só
será verdadeira se ambos os lados forem verdadeiros. Entretanto, veja que o lado
esquerdo é falso (pois, de fato, chove amanhã), e o lado direito também é falso (pois
sabemos que eu não vou à escola). Logo, a proposição composta é Falsa.

P A L

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(4) ~ ( p  q ) , isto é, não (p se e somente q). O que está dentro dos parênteses é
“Chove amanhã se e somente se eu vou à escola”. Para negar essa bicondicional,
devemos dizer apenas um lado dela acontece. Fazemos isso com um “ou
exclusivo”, isto é, “Ou chove amanhã ou eu vou à escola”. Isto é ~ ( p  q ) . Esta
proposição composta é verdadeira se um de seus lados for verdadeiro e o outro for
falso. Sabemos que chove amanhã, portanto o primeiro lado é verdadeiro, e
também sabemos que eu não vou à escola, portanto o lado direito é falso, o que
torna a proposição composta Verdadeira.
Assim, são verdadeiras as proposições 2 e 4.
Resposta: C.
Vejamos a solução mais rápida, através da tabela verdade. Do enunciado,
sabemos que p é V e q é F.
(1) p  q é V apenas se p e q são V. Como q é F, então p  q é Falsa.
(2) ~ p  q é F apenas se ~ p é V e q é F. Porém, como p é V, então ~ p é F.
Com isso, a implicação ~ p  q é Verdadeira.
(3) ~ ( p  ~ q ) . Veja que a negação da disjunção p  ~ q é a conjunção ~ p  q .
Essa conjunção só é V se ambos os lados são V. Como q é F, então essa
expressão é Falsa.
(4) ~ ( p  q ) . A negação da bicondicional p  q é o ou exclusivo p  q . Esta
proposição é V se uma das proposições simples é V e a outra é F. Como p é V e q é
F, podemos afirmar que p  q é verdadeiro.

10. FCC – TRT/BA – 2013 ) Devido à proximidade das eleições, foi decidido que os
tribunais eleitorais deveriam funcionar, em regime de plantão, durante um
determinado domingo do ano. Em relação a esse plantão, foi divulgada a seguinte
orientação:
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“Se todos os processos forem analisados até às 11 horas, então o plantão será
finalizado nesse horário.”
Considere que a orientação foi cumprida e que o plantão só foi finalizado às 18
horas. Então, pode-se concluir que, necessariamente,
(A) nenhum processo foi analisado até às 11 horas.
(B) todos os processos foram analisados até às 11 horas.
(C) pelo menos um processo terminou de ser analisado às 18 horas.

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(D) todos os processos foram analisados até às 18 horas.
(E) pelo menos um processo não foi analisado até às 11 horas.
RESOLUÇÃO:
Temos uma condicional pq onde:
p = todos os processos forem analisados até às 11 horas
q = o plantão será finalizado nesse horário

Ocorre que o plantão só foi finalizado às 18 horas, ou seja, q é F. Para


manter a condicional pq verdadeira, é preciso que p seja F também. Ou seja: pelo
menos um processo não foi analisado até as 11 horas.
Resposta: E

11. CONSULPLAN – TSE – 2012) Observe as proposições lógicas simples P, Q e


R.
• P: Hoje é dia de Natal.
• Q: Eu vou ganhar presente.
• R: A família está feliz.
As proposições ~P, ~Q , ~R são, respectivamente, as negações das proposições
P, Q e R. O conectivo “e” é representado pelo símbolo , enquanto o conectivo “ou”
é representado por . A implicação é representada por .
A proposição composta (~P R) Q corresponde a
a) Hoje é dia de Natal e a família está feliz e eu vou ganhar presente.
b) Hoje não é dia de Natal e a família está feliz ou eu vou ganhar presente.
c) Se hoje não é dia de Natal e a família está feliz então eu vou ganhar presente.
d) Se hoje é dia de Natal ou a família está feliz então eu vou ganhar presente.
RESOLUÇÃO:
Como “P = Hoje é dia de Natal”, então:
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~P = Hoje NÃO é dia de Natal

Assim, a conjunção (~P R) pode ser escrita como:


“Hoje NÃO é dia de Natal E a família está feliz”

Portanto, a condicional (~P R) Q corresponde a:


“SE hoje não é dia de Natal e a família está feliz, ENTÃO eu vou ganhar presente”
Resposta: C

P A L

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12. FCC – TRT/1ª – 2013) Um vereador afirmou que, no último ano, compareceu a
todas as sessões da Câmara Municipal e não empregou parentes em seu gabinete.
Para que essa afirmação seja falsa, é necessário que, no último ano, esse vereador
(A) tenha faltado em todas as sessões da Câmara Municipal ou tenha empregado
todos os seus parentes em seu gabinete.
(B) tenha faltado em pelo menos uma sessão da Câmara Municipal e tenha
empregado todos os seus parentes em seu gabinete.
(C) tenha faltado em pelo menos uma sessão da Câmara Municipal ou tenha
empregado um parente em seu gabinete.
(D) tenha faltado em todas as sessões da Câmara Municipal e tenha empregado um
parente em seu gabinete.
(E) tenha faltado em mais da metade das sessões da Câmara Municipal ou tenha
empregado pelo menos um parente em seu gabinete.
RESOLUÇÃO:
Temos a condicional “p e q” que pode ser resumida por “compareceu a todas
E não empregou”. A sua negação é dada por “~p ou ~q”, que pode ser resumida
como “não compareceu a pelo menos uma OU empregou”. Temos essa última
estrutura na alternativa C.
Resposta: C

13. FCC – TRT/1ª – 2013) Leia os Avisos I e II, colocados em um dos setores de
uma fábrica.
Aviso I
Prezado funcionário, se você não realizou o curso específico, então não pode
operar a máquina M.
Aviso II
Prezado funcionário, se você realizou o curso específico, então pode operar a
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máquina M.
Paulo, funcionário desse setor, realizou o curso específico, mas foi proibido, por seu
supervisor, de operar a máquina M. A decisão do supervisor
(A) opõe-se apenas ao Aviso I.
(B) opõe-se ao Aviso I e pode ou não se opor ao Aviso II.
(C) opõe-se aos dois avisos.
(D) não se opõe ao Aviso I nem ao II.

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(E) opõe-se apenas ao Aviso II.
RESOLUÇÃO:
Cada aviso é uma condicional pq , cujo resumo encontra-se abaixo:
Aviso I: não realizou  não pode
Aviso II: realizou  pode

No caso do funcionário citado, temos que “realizou” é V (pois ele fez o curso)
e que “pode” é F (pois ele foi proibido de operar a máquina). Esta combinação de
valores lógicos torna a condicional do aviso I verdadeira, pois temos FV. Já a
condicional do aviso II é falsa, pois temos VF. Assim, o caso do funcionário opõe-
se apenas ao aviso II, pois torna esta frase falsa.
Resposta: E

14. FCC – TRT/11a – 2012) Uma senhora afirmou que todos os novelos de lã
guardados numa gaveta são coloridos e nenhum deles foi usado. Mais tarde, ela
percebeu que havia se enganado em relação à sua afirmação, o que permite
concluir que
(A) existem novelos de lã brancos na gaveta e eles já foram usados.
(B) pelo menos um novelo de lã da gaveta não é colorido ou algum deles foi usado.
(C) pelo menos um novelo de lã da gaveta não é colorido ou todos eles foram
usados.
(D) os novelos de lã da gaveta não são coloridos e já foram usados.
(E) os novelos de lã da gaveta não são coloridos e algum deles já foi usado.
RESOLUÇÃO:
Sendo p = todos os novelos são coloridos e q = nenhum novelo foi usado, a
afirmação da senhora foi “p e q”. Se ela se enganou, “p e q” é Falso, portanto a sua
negação é Verdadeira. 32656364884

A negação de “p e q” é “não-p ou não-q”. As negações das proposições


simples são:
Não-p = algum novelo não é colorido
Não-q = algum novelo foi usado
Portanto, “não-p ou não-q” seria: Algum novelo não é colorido ou algum
novelo foi usado.

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Poderíamos utilizar também a expressão “pelo menos um” no lugar de
“algum”. Com isso, teríamos a resposta da letra B.
Resposta: B

15. FCC – PGE/BA – 2013) Alice irá ao País das Maravilhas quando imaginar ou
perder o medo. Se Alice perder o medo,
(A) Alice não irá ao País das Maravilhas, pois não vai imaginar.
(B) Alice irá ao País das Maravilhas.
(C) Alice vai necessariamente imaginar.
(D) Alice não irá, também, imaginar.
(E) Alice não vai imaginar.
RESOLUÇÃO:
A frase do enunciado é uma condicional usando o “quando”. Ela pode ser
reescrita assim, para facilitar a análise:
Se imaginar ou perder o medo, então Alice irá ao país das maravilhas

Foi dito que Alice perdeu o medo. Com isso, a disjunção “imaginar ou perder
o medo” é Verdadeira. Uma vez que ocorreu a condição, o resultado deve
acontecer. Ou seja, Alice IRÁ ao país das maravilhas.
Resposta: B

16. FCC – MPE/AM – 2013) O professor de uma disciplina experimental de um


curso de Engenharia estabeleceu no início do semestre que, para ser aprovado, um
aluno teria de realizar pelo menos 5 das 6 experiências propostas e ter média de
relatórios maior ou igual a 6,0. Como Juca foi reprovado nessa disciplina, pode-se
concluir que ele, necessariamente,
(A) realizou apenas 4 experiências e teve média de relatórios, no máximo, igual a
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5,0.
(B) realizou 4 ou menos experiências e teve média de relatórios inferior a 6,0.
(C) realizou menos do que 5 experiências ou teve média de relatórios inferior a 6,0.
(D) não realizou qualquer experiência, tendo média de relatórios igual a 0,0.
(E) não realizou qualquer experiência ou teve média de relatórios menor ou igual a
5,0.
RESOLUÇÃO:

P A L

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Veja que o professor estabeleceu duas condições (realizar pelo menos 5 das
6 experiências e ter média de relatórios maior ou igual a 6,0) que, se respeitadas,
levam ao resultado (aprovação). Ou seja, temos a condicional:
Se realizar pelo menos 5 das 6 experiências e ter média de relatórios maior ou igual
a 6,0, então o aluno é aprovado

Juca foi reprovado, ou seja, o resultado da condicional não ocorreu. Isso


obriga a condição (realizar pelo menos 5 das 6 experiências e ter média de
relatórios maior ou igual a 6,0) a NÃO ter ocorrido também. Observe que essa
condição é uma conjunção. Para ela não ter ocorrido (não ser V), basta que uma
das proposições simples que a compõe seja Falsa. Portanto:
- Juca NÃO realizou pelo menos 5 das 6 experiências OU teve média inferior a 6,0;

Outra forma de dizer isso é:


- Juca realizou MENOS DE 5 experiências OU teve média inferior a 6,0;

Temos isso na alternativa C:


(C) realizou menos do que 5 experiências ou teve média de relatórios inferior a 6,0.
Resposta: C

17. FCC – TCE-MG – 2007) São dadas as seguintes proposições:


(1) Se Jaime trabalha no Tribunal de Contas, então ele é eficiente.
(2) Se Jaime não trabalha no Tribunal de Contas, então ele não é eficiente.
(3) Não é verdade que Jaime trabalha no Tribunal de Contas e não é eficiente.
(4) Jaime é eficiente ou não trabalha no Tribunal de Contas.
É correto afirmar que são logicamente equivalentes apenas as proposições de
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números:
a) 2 e 4
b) 2 e 3
c) 2, 3 e 4
d) 1, 2 e 3
e) 1, 3 e 4
RESOLUÇÃO:
Consideremos as seguintes proposições simples:

P A L

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TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
P A L A
p: Jaime trabalha no Tribunal de Contas.
q: Jaime é eficiente.
Utilizando essas duas proposições simples, podemos reescrever as
proposições compostas do enunciado da seguinte forma:
(1) pq
(2) ~p~q
(3) ~(p e ~q)
(4) ~p ou q
Duas proposições lógicas são equivalentes se possuem a mesma tabela-
verdade, isto é, se assumem o mesmo valor lógico (V ou F) quando p e q assumem
os mesmos valores lógicos. Vamos escrever abaixo a tabela-verdade de cada uma
das proposições dadas.
(1) pq:
p q pq

V V V

V F F

F V V

F F V

(2) ~p~q
p q ~p ~q ~p~q

V V F F V

V F F V V

F V V F F

F F 32656364884
V V V

(3) ~(p e ~q)


p q ~q p e ~q ~(p e ~q)

V V F F V

V F V V F

F V F F V

F F V F V

P A L

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P A L A
(4) ~p ou q
p q ~p ~p ou q

V V F V

V F F F

F V V V

F F V V

Observe que a tabela-verdade das proposições 1, 3 e 4 são iguais (veja a


coluna da direita de cada tabela). Portanto, essas proposições são equivalentes.
Resposta: E.

18. FCC – TRT/BA – 2013 ) Analisando a tabela de classificação do campeonato de


futebol amador do bairro antes da realização da última rodada, o técnico do União
concluiu que, caso seu time vencesse sua última partida ou o time do Camisa não
ganhasse seu último jogo, então o União seria campeão. Sabendo que o União não
se sagrou campeão, pode-se concluir que, necessariamente,
(A) o Camisa perdeu seu jogo e o União perdeu o seu.
(B) o Camisa venceu seu jogo e o União venceu o seu.
(C) o Camisa empatou seu jogo e o União empatou ou perdeu o seu.
(D) o Camisa empatou seu jogo e o União venceu o seu.
(E) o Camisa venceu seu jogo e o União empatou ou perdeu o seu
RESOLUÇÃO:
A “regra” dada pelo enunciado pode ser resumida nessa condicional:
Se União vencer ou Camisa não vencer, então União é campeão
(p ou q)  r, onde:
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p = União vencer
q = Camisa não vencer
r = União é campeão
Como o União não se sagrou campeão, vemos que r é F. Isso obriga a
condição (p ou q) a ser F também. Assim, a negação de (p ou q) será V. Esta
negação é:
~(p ou q) = ~p e ~q

P A L

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P A L A
Escrevendo (~p e ~q), temos: o União NÃO venceu e o Camisa VENCEU.
Temos essa mesma ideia na alternativa E:
o Camisa venceu seu jogo e o União empatou ou perdeu o seu
Resposta: E

19. FCC - TRE-PI - 2009) Um dos novos funcionários de um cartório, responsável


por orientar o público, recebeu a seguinte instrução:
“Se uma pessoa precisar autenticar documentos, encaminhe-a ao setor
verde.”
Considerando que essa instrução é sempre cumprida corretamente, pode-se
concluir que, necessariamente,
(A) uma pessoa que não precise autenticar documentos nunca é encaminhada ao
setor verde.
(B) toda pessoa encaminhada ao setor verde precisa autenticar documentos.
(C) somente as pessoas que precisam autenticar documentos são encaminhadas ao
setor verde.
(D) a única função das pessoas que trabalham no setor verde é autenticar
documentos.
(E) toda pessoa que não é encaminhada ao setor verde não precisa autenticar
documentos.
RESOLUÇÃO:
Temos no enunciado outra condicional p q. Lembrando que ~q ~p é
equivalente a ela, assim como q ou ~p, podemos verificar a estrutura das
alternativas do enunciado, usando:
p = pessoa precisa autenticar
q = encaminhar ao setor verde
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(A) uma pessoa que não precise autenticar documentos nunca é encaminhada ao
setor verde.
~p ~q (podíamos ler a frase dessa alternativa como: “se uma pessoa não
precisa autenticar, então ela não é encaminhada”).

(B) toda pessoa encaminhada ao setor verde precisa autenticar documentos.


q p (podíamos ler: “se a pessoa é encaminhada, então ela precisa
autenticar”).

P A L

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P A L A
(C) somente as pessoas que precisam autenticar documentos são encaminhadas ao
setor verde.
q  p (“as pessoas são encaminhadas se e somente se precisam autenticar”)

(D) a única função das pessoas que trabalham no setor verde é autenticar
documentos.
Essa frase está relacionada com q p: se uma pessoa é encaminhada para
o setor verde, então ela precisa autenticar (pois essa é a única função das pessoas
que lá trabalham).

(E) toda pessoa que não é encaminhada ao setor verde não precisa autenticar
documentos.
~q ~p (“se a pessoa não é encaminhada, então não precisa autenticar”).

Veja que este é o gabarito, pois sabemos que ~q ~p é equivalente a p q.


Resposta: E.
Obs.: você poderia simplesmente interpretar a frase do enunciado. Ele diz
que as pessoas que precisam autenticar são encaminhadas ao setor verde. Mas
não permite concluir o que ocorre com as outras pessoas. Pode ser que parte delas
também seja encaminhada ao setor verde. Agora, como todas as pessoas que
precisam autenticar vão para o setor verde, se uma pessoa não foi para o setor
verde é porque ela não precisa autenticar.

20. FCC - TRT/18ª - 2008) Considere as proposições:


p: Sansão é forte e q: Dalila é linda
A negação da proposição p e ~ q é:
(A) Se Dalila não é linda, então Sansão é forte.
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(B) Se Sansão não é forte, então Dalila não é linda.


(C) Não é verdade que Sansão é forte e Dalila é linda.
(D) Sansão não é forte ou Dalila é linda.
(E) Sansão não é forte e Dalila é linda.
RESOLUÇÃO:
A proposição p e ~q seria:
Sansão é forte e Dalila não é linda

P A L

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TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
P A L A
Trata-se de uma conjunção. Para negá-la, basta mostrar que um dos lados é
falso, ou seja:
Sansão não é forte ou Dalila é linda
Resposta: D.

21. FCC – TRT/9ª – 2004) Leia atentamente as proposições P e Q:


P: o computador é uma máquina.
Q: compete ao cargo de técnico judiciário a construção de computadores.
Em relação às duas proposições, é correto afirmar que
(A)) a proposição composta “P ou Q” é verdadeira.
(B) a proposição composta “P e Q” é verdadeira.
(C) a negação de P é equivalente à negação de Q.
(D) P é equivalente a Q.
(E) P implica Q.
RESOLUÇÃO:
Sabemos que o computador é uma máquina, portanto a proposição p é
verdadeira. E também é sabido que o cargo de técnico judiciário não cuida da
construção de computadores. Portanto, a proposição q é falsa.
Sendo p V, e q F, a disjunção “p ou q” é V. Letra A.
Note que a conjunção “p e q” é F, motivo pelo qual a letra B está errada. As
letras C, D e E não fazem sentido algum.
Resposta: A

22. FCC – TRT/9ª – 2004) Leia atentamente as proposições simples P e Q:


P: João foi aprovado no concurso do Tribunal.
Q: João foi aprovado em um concurso. 32656364884

Do ponto de vista lógico, uma proposição condicional correta em relação a P e Q é:


(A) Se não Q, então P.
(B) Se não P, então não Q.
(C)) Se P, então Q.
(D) Se Q, então P.
(E) Se P, então não Q.
RESOLUÇÃO:

P A L

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TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
P A L A
P: João foi aprovado no concurso do Tribunal.
Q: João foi aprovado em um concurso.
Note que a proposição P é mais específica que a proposição Q, pois ela não
apenas diz que João foi aprovado em um concurso, mas discrimina qual foi esse
concurso (“do Tribunal”).
Ora, se o caso mais específico ocorreu (João foi aprovado no concurso do
Tribunal), então o caso mais geral também ocorreu (João foi aprovado em um
concurso).
Portanto, a proposição “Se P, então Q” é verdadeira.
Resposta: C

23. FCC – TRT/6ª – 2006) Uma turma de alunos de um curso de Direito reuniu-se
em um restaurante para um jantar de confraternização e coube a Francisco receber
de cada um a quantia a ser paga pela participação. Desconfiado que Augusto,
Berenice e Carlota não tinham pago as suas respectivas partes, Francisco
conversou com os três e obteve os seguintes depoimentos:
Augusto: “Não é verdade que Berenice pagou ou Carlota não pagou.”
Berenice: “Se Carlota pagou, então Augusto também pagou.”
Carlota: “Eu paguei, mas sei que pelo menos um dos dois outros não pagou.”
Considerando que os três falaram a verdade, é correto afirmar que
(A)) apenas Berenice não pagou a sua parte.
(B) apenas Carlota não pagou a sua parte.
(C) Augusto e Carlota não pagaram suas partes.
(D) Berenice e Carlota pagaram suas partes.
(E) os três pagaram suas partes.
RESOLUÇÃO: 32656364884

Vamos usar as proposições abaixo para resolver a questão:


A = Augusto pagou
B = Berenice pagou
C = Carlota pagou
Portanto, as três frases podem ser escritas da seguinte forma:
Augusto: ~(B ou ~C)
Berenice: C  A
Carlota: C e (~A ou ~B)

P A L

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P A L A
Vamos assumir que C é V. Analisando a frase de Berenice, concluímos que A
é V também. Na conjunção dita por Carlota, sabemos que C é V. Como A é V, então
~A é F. Isso obriga ~B a ser V, caso contrário a disjunção (~A ou ~B) seria F, e a
frase de Carlota seria F.
Como ~B é V, então B é F. E como C é V, então ~C é F também. Portanto, (B
ou ~C) é F, o que torna a frase de Augusto V.
Assim, assumindo que C é V, foi possível tornar as 3 frases verdadeiras,
como manda o enunciado. E, neste caso, B é F e A é V. Ou seja, Carlota e Augusto
pagaram, enquanto Berenice não. Isso torna a letra A, e apenas a letra A, correta.
Resposta: A

24. FCC – TRT/9ª – 2004) Em um trecho da letra da música Sampa, Caetano


Veloso se refere à cidade de São Paulo dizendo que ela é o avesso, do avesso, do
avesso, do avesso. Admitindo que uma cidade represente algo bom, e que o seu
avesso represente algo ruim, do ponto de vista lógico, o trecho da música de
Caetano Veloso afirma que São Paulo é uma cidade
(A) equivalente a seu avesso.
(B) similar a seu avesso.
(C) ruim e boa.
(D) ruim.
(E)) boa.
RESOLUÇÃO:
Para resolver questão podemos usar um conceito análogo ao que estudamos
ao ver as negações de proposições. Assim como ~ (~p) , isto é, duas vezes a
negação de p, é igual à proposição inicial p, podemos dizer que o “avesso do
avesso” é igual ao lado original. Na música de Caetano, temos 4 vezes a palavra
32656364884

avesso. Assim, temos:


1º avesso: ruim
2º avesso: bom (retorna ao original)
3º avesso: ruim
4º avesso: bom (novamente).
Ou seja, Caetano afirma que São Paulo é uma cidade boa.
Resposta: E

P A L

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P A L A
25. FCC – TRT/9ª – 2004) Considere a seguinte proposição: “na eleição para a
prefeitura, o candidato A será eleito ou não será eleito”. Do ponto de vista lógico, a
afirmação da proposição caracteriza
(A) um silogismo.
(B)) uma tautologia.
(C) uma equivalência.
(D) uma contingência.
(E) uma contradição.
RESOLUÇÃO:
Observe que essa frase menciona os dois resultados possíveis da eleição: A
será eleito ou não. Portanto, essa frase sempre é verdadeira. Estamos diante de
uma tautologia.
Outra forma de ver seria imaginando p = A será eleito e ~p = A não será
eleito. A frase dada pelo enunciado é “p ou ~p”. Construindo a tabela-verdade dessa
proposição, você veria que ela tem o valor lógico V para qualquer valor lógico de p.
Resposta: B

26. FCC – TRT/9ª – 2004) De acordo com a legislação, se houver contratação de


um funcionário para o cargo de técnico judiciário, então ela terá que ser feita através
concurso. Do ponto de vista lógico, essa afirmação é equivalente a dizer que
(A)) se não houver concurso, então não haverá contratação de um funcionário para
o cargo de técnico judiciário.
(B) se não houver concurso, então haverá contratação de um funcionário para o
cargo de técnico judiciário.
(C) se não houver contratação de um funcionário para o cargo de técnico judiciário,
então haverá concurso. 32656364884

(D) se não houver contratação de um funcionário para o cargo de técnico judiciário,


então não houve concurso.
(E) se houver contratação de um funcionário para o cargo de técnico judiciário,
então não haverá concurso.
RESOLUÇÃO:
Assumindo p = há contratação e q = há contratação por concurso, a frase do
enunciado é a condicional pq. Sabemos que esta condicional é equivalente a ~q
 ~p, ou seja:

P A L

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P A L A
“Se não houver contratação por concurso, então não haverá contratação”
Temos isto na letra A. Lembrando que a outra proposição equivalente seria
do tipo ~p ou q.
Resposta: A

27. FCC – TRF/3ª – 2014) Considere a afirmação: Nem todas as exigências foram
cumpridas ou o processo segue adiante. Do ponto de vista lógico, uma afirmação
equivalente à acima é:
(A) Se o processo segue adiante, então nem todas as exigências foram cumpridas.
(B) O processo não segue adiante e todas as exigências foram cumpridas.
(C) Se todas as exigências foram cumpridas, então o processo segue adiante.
(D) Se nenhuma exigência foi cumprida, então o processo não segue adiante.
(E) Nem todas as exigências foram cumpridas e o processo segue adiante.
RESOLUÇÃO:
Sabemos que a condicional AB é equivalente à disjunção “~A ou B”. A
frase do enunciado é uma disjunção “~A ou B”, onde:
~A = nem todas as exigências foram cumpridas
B = o processo segue adiante

Portanto, a proposição A é igual a “todas as exigências foram cumpridas”, e a


condicional AB é:
“Se todas as exigências foram cumpridas, então o processo segue adiante”
Resposta: C

28. FCC – TRT/19ª – 2014) Considere a seguinte afirmação:


Se José estuda com persistência, então ele faz uma boa prova e fica satisfeito.
Uma afirmação que é a negação da afirmação acima é
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(A) José estuda com persistência e ele não faz uma boa prova e ele não fica
satisfeito.
(B) José não estuda com persistência e ele não faz uma boa prova ou fica satisfeito.
(C) José estuda com persistência ou ele faz uma boa prova ou ele não fica
satisfeito.
(D) José estuda com persistência e ele não faz uma boa prova ou ele não fica
satisfeito.
(E) Se José fica satisfeito então ele fez uma boa prova e estudou com persistência.

P A L

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P A L A
RESOLUÇÃO:
Para negar a condicional pq, podemos escrever a conjunção “p e ~q”. No
caso, como a condicional é “Se José estuda com persistência, então ele faz uma
boa prova e fica satisfeito”, temos que:
p = José estuda com persistência
q = ele faz uma boa prova e fica satisfeito

Repare que q é uma proposição composta, do tipo conjunção, cuja negação


é:
~q = ele NÃO faz uma boa prova OU NÃO fica satisfeito

Assim, a negação de pq é “p e ~q”, que pode ser escrita assim:

J E NÃO OU NÃO
Resposta: D

29. FCC – TRT/2ª – 2014) Durante um comício de sua campanha para o Governo
do Estado, um candidato fez a seguinte afirmação:
“Se eu for eleito, vou asfaltar 2.000 quilômetros de estradas e construir mais de
5.000 casas populares em nosso Estado.”
Considerando que, após algum tempo, a afirmação revelou-se falsa, pode-se
concluir que, necessariamente,
(A) o candidato não foi eleito e não foram asfaltados 2.000 quilômetros de estradas
no Estado.
(B) o candidato não foi eleito, mas foram construídas mais de 5.000 casas populares
no Estado.
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(C) o candidato foi eleito, mas não foram asfaltados 2.000 quilômetros de estradas
no Estado.
(D) o candidato foi eleito e foram construídas mais de 5.000 casas populares no
Estado.
(E) não foram asfaltados 2.000 quilômetros de estradas ou não foram construídas
mais de 5.000 casas populares no Estado.

P A L

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P A L A
RESOLUÇÃO:
Temos a condicional do tipo p(q e r):

(eu for eleito)  (asfaltar 2000km e construir mais de 5000 casas)

O único caso onde essa condicional tem valor lógico Falso é quando temos
VF, ou seja, quando p é V (o candidato é eleito) e “q e r” é F. Para que “q e r” seja
F, é preciso que sua negação seja V, ou seja, que “~q ou ~r” seja V. Ou seja:

“não asfaltar 2000km ou não construir mais de 5000 casas”

Portanto, para que a frase do candidato, é necessário que:


- o candidato tenha sido eleito, e
- não tenham sido asfaltados 2000km ou não tenham sido construídas mais de 5000
casas.

Portanto, a alternativa E está correta, pois é preciso, necessariamente, que o


que ela afirma seja Verdadeiro:

(E) não foram asfaltados 2.000 quilômetros de estradas ou não foram construídas
mais de 5.000 casas populares no Estado.

Naturalmente, também seria correta uma opção de resposta do tipo:

“O candidato foi eleito E não foram asfaltados 2000 quilômetros de estradas ou não
32656364884

foram construídas mais de 5000 casas populares no Estado”

Também seria correta uma afirmação que dissesse que, necessariamente, “o


candidato foi eleito”.
Resposta: E

P A L

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TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
P A L A
30. FCC – TRT/2ª – 2014) Um dia antes da reunião anual com os responsáveis por
todas as franquias de uma cadeia de lanchonetes, o diretor comercial recebeu um
relatório contendo a seguinte informação:
Todas as franquias enviaram o balanço anual e nenhuma delas teve prejuízo neste ano.

Minutos antes da reunião, porém, ele recebeu uma mensagem em seu celular
enviada pelo gerente que elaborou o relatório, relatando que a informação não
estava correta. Dessa forma, o diretor pôde concluir que, necessariamente,
(A) nenhuma franquia enviou o balanço anual e todas elas tiveram prejuízo neste
ano.
(B) alguma franquia não enviou o balanço anual e todas elas tiveram prejuízo neste
ano.
(C) nenhuma franquia enviou o balanço anual ou pelo menos uma delas teve
prejuízo neste ano.
(D) nem todas as franquias enviaram o balanço anual ou todas elas tiveram prejuízo
neste ano.
(E) nem todas as franquias enviaram o balanço anual ou pelo menos uma delas
teve prejuízo neste ano.
RESOLUÇÃO:
Se a conjunção “Todas as franquias enviaram o balanço anual E nenhuma
delas teve prejuízo neste ano” é FALSA, podemos concluir que a sua negação é
verdadeira. Esta negação é:

“Nem todas as franquias enviaram o balanço anual OU alguma delas teve prejuízo

neste ano”

32656364884

Temos uma variação disto na alternativa E.


Resposta: E

P A L

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TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
P A L A
31. FCC – TJAP – 2014) Considere a seguinte declaração, feita por um analista
político fictício: “se o partido P conseguir eleger Senador no Estado F ou no Estado
G, então terá a maioria no Senado”.
A partir da declaração do analista, é correto concluir que, necessariamente, se o
partido P
(A) não tiver a maioria no Senado, então não terá conseguido eleger o senador no
Estado G.
(B) tiver a maioria no Senado, então terá conseguido eleger o senador no Estado G.
(C) tiver a maioria no Senado, então terá conseguido eleger o senador no Estado F.
(D) não conseguiu eleger o senador no Estado F, então não terá a maioria no
Senado.
(E) não conseguiu eleger o senador no Estado G, então não terá a maioria no
Senado.
RESOLUÇÃO:
Vamos usar as seguintes proposições simples:
p = o partido P conseguir eleger Senador no Estado F
q = o partido P conseguir eleger Senador no Estado G
r = o partido P terá a maioria no Senado

Veja que a frase do enunciado é:


(p ou q)  r

Esta proposição é equivalente a:


~r  ~(p ou q)

Esta proposição é o mesmo que:


~r  (~p e ~q)
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Reescrevendo esta última:


“se o partido P não tiver a maioria no Senado, então não terá conseguido eleger o
senador no Estado F e não terá conseguido eleger senador no Estado G”

Analisando as alternativas de resposta, veja que a A está correta. Afinal, se o


partido P não tiver maioria, é porque ele não elegeu senador no estado G (e
também não elegeu senador no estado F).
Resposta: A

P A L

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TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
P A L A
32. FCC – TJAP – 2014) No Brasil, o voto é obrigatório apenas para os brasileiros
alfabetizados que têm de 18 a 70 anos. De acordo com essa informação, se Luíza é
uma brasileira que não é obrigada a votar, então, necessariamente, Luíza
(A) é analfabeta e tem menos de 18 anos ou mais de 70.
(B) é analfabeta ou tem menos de 18 anos ou mais de 70.
(C) não é analfabeta, mas tem menos de 18 anos.
(D) é analfabeta, mas pode ter de 18 a 70 anos.
(E) tem mais de 70 anos, mas pode não ser analfabeta.
RESOLUÇÃO:
O enunciado nos mostra que o único caso onde a pessoa é obrigada a votar
é quando ela preenche todas essas condições:
- é alfabetizada
- tem de 18 a 70 anos

Logo, se não for preenchida qualquer dessas condições (ou mesmo as duas),
a pessoa não é obrigada a votar. Podemos escrever:
“se a pessoa for analfabeta OU então estiver fora da faixa 18-70 anos, ela não é
obrigada a votar”

Para estar fora da faixa de 18-70 anos, ela deve ter menos de 18 ou mais de
70 anos. Ou seja:
“se a pessoa for analfabeta OU tiver menos de 18 ou mais de 70 anos, ela não é
obrigada a votar”.

Assim, podemos concluir que Luíza é analfabeta ou tem menos de 18 ou


mais de 70 anos. Pode até ser que ela cumpra as duas condições (seja analfabeta e
32656364884

tenha mais de 70 anos, por exemplo), mas isto não é necessário, pois basta ela
preencher alguma das condições para não precisar votar.
Resposta: B

P A L

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TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
P A L A
33. FCC – TJAP – 2014) Vou à academia todos os dias da semana e corro três dias
na semana. Uma afirmação que corresponde à negação lógica da afirmação
anterior é
(A) Não vou à academia todos os dias da semana ou não corro três dias na
semana.
(B) Vou à academia quase todos os dias da semana e corro dois dias na semana.
(C) Nunca vou à academia durante a semana e nunca corro durante a semana.
(D) Não vou à academia todos os dias da semana e não corro três dias na semana.
(E) Se vou todos os dias à academia, então corro três dias na semana.
RESOLUÇÃO:
Temos a conjunção “p e q”, onde:
p = Vou à academia todos os dias da semana
q = corro três dias na semana

A sua negação é “~p ou ~q”, ou seja:


“Não vou à academia todos os dias da semana ou não corro três dias na semana”
Resposta: A

34. FGV – TJ/AM – 2013) Antônio utiliza exclusivamente a regra a seguir para
aprovar ou não os possíveis candidatos a namorar sua filha:
“- Se não for torcedor do Vasco então tem que ser rico ou gostar de música
clássica”.
Considere os seguintes candidatos:
Pedro: torcedor do Flamengo, não é rico, não gosta de música clássica.
Carlos: torcedor do Vasco, é rico, gosta de música clássica.
Marcos: torcedor do São Raimundo, é rico, gosta de música clássica.
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Tiago: torcedor do Vasco, não é rico, não gosta de música clássica.


Bruno: torcedor do Nacional, não é rico, gosta de música clássica.
Classificando cada um desses cinco candidatos, na ordem em que eles foram
apresentados, como aprovado (A) ou não aprovado (N) segundo a regra utilizada
por Antônio, tem-se, respectivamente,
a) A, A, A, A e A.
b) N, A, A, A e A.

P A L

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P A L A
c) N, A, N, A e A.
d) N, A, N, N e A.
e) N, A, N, A e N.
RESOLUÇÃO:
A condicional do enunciado é do tipo p(q ou r), onde:
p = não ser torcedor do Vasco
q = ser rico
r = gostar de música clássica

Avaliando os candidatos:

- Pedro: torcedor do Flamengo, não é rico, não gosta de música clássica.


p é V, q é F, r é F. Temos V(F ou F), o que é falso. Não temos um candidato (N).

- Carlos: torcedor do Vasco, é rico, gosta de música clássica.


p é F, logo a condicional é V. Temos um candidato aprovado (A).

- Marcos: torcedor do São Raimundo, é rico, gosta de música clássica.


p é V, q é V, r é V. Temos V(V ou V), o que é verdadeiro. Temos um candidato
aprovado (A).

- Tiago: torcedor do Vasco, não é rico, não gosta de música clássica.


p é F, logo a condicional é V. Temos um candidato aprovado (A).

- Bruno: torcedor do Nacional, não é rico, gosta de música clássica.


p é V, q é F, r é V. Temos V(F ou V), que é verdadeiro. Temos mais um candidato
32656364884

aprovado (A).

Ficamos com N, A, A, A e A.
Resposta: B

P A L

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P A L A
35. FGV – TJ/AM – 2013) José afirmou: “- Todos os jogadores de futebol que não
são ricos jogam no Brasil ou jogam mal.”
Assinale a alternativa que indica a sentença que representa a negação do que José
afirmou.
a) Nenhum jogador de futebol que não é rico joga no Brasil ou joga mal.
b) Todos os jogadores de futebol que não são ricos não jogam no Brasil e não
jogam mal.
c) Algum jogador de futebol que não é rico não joga no Brasil e não joga mal.
d) Algum jogador de futebol é rico mas joga no Brasil ou joga mal.
e) Nenhum jogador de futebol que é rico joga no Brasil ou joga mal.
RESOLUÇÃO:
Podemos reescrever essa frase, sem perda de lógica, como uma condicional:

“Se um jogador de futebol não é rico, então ele joga no Brasil ou joga mal”

Para negar pq, basta escrever “p e não-q”, ou seja:

“Um jogador de futebol não é rico E ele NÃO joga no Brasil E NÃO joga mal”

Repare que, de fato, se encontrarmos um jogador não-rico que jogue fora do


Brasil e jogue bem, temos um contra-exemplo (ou seja, uma negação) da frase do
enunciado.
Resposta: C

36. FGV – SUDENE/PE – 2013) Não é verdade que “Se o Brasil não acaba com a
saúva então a saúva acaba com o Brasil”.
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Logo, é necessariamente verdade que


(A) “O Brasil não acaba com a saúva e a saúva não acaba com o Brasil.”
(B) “O Brasil acaba com a saúva e a saúva não acaba com o Brasil.”
(C) “O Brasil acaba com a saúva e a saúva acaba com o Brasil.”
(D) “O Brasil não acaba com a saúva ou a saúva não acaba com o Brasil.”
(E) “O Brasil não acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil.”
RESOLUÇÃO:

P A L

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P A L A
Temos a condicional pq onde:
p = o Brasil não acaba com a saúva
q = a saúva acaba com o Brasil

Se essa frase é falsa, sua negação é verdadeira. A negação de pq é “p e


não-q”, ou seja:
“O Brasil não acaba com a saúva E a saúva NÃO acaba com o Brasil”
Resposta: A

37. FGV – SUDENE/PE – 2013) Supondo que a afirmativa “Todos os estados do


Nordeste sofrem com a seca ou com o excesso de chuvas” seja falsa, analise as
afirmativas a seguir.
I. “Nenhum estado do Nordeste sofre com a seca ou com o excesso de chuvas”.
II. “Algum estado do Nordeste não sofre com a seca”.
III. “Algum estado do Nordeste sofre com o excesso de chuvas”.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I for obrigatoriamente verdadeira.
(B) se somente a afirmativa II for obrigatoriamente verdadeira.
(C) se somente a afirmativa III for obrigatoriamente verdadeira.
(D) se somente as afirmativas I e III forem obrigatoriamente verdadeiras.
(E) se somente as afirmativas II e III forem obrigatoriamente verdadeiras.
RESOLUÇÃO:
Para que a frase “Todos os estados do Nordeste sofrem com a seca ou com
o excesso de chuvas” seja falsa, é preciso achar um contra-exemplo, que seria:

“Algum estado do nordeste NÃO sofre com a seca E NÃO SOFRE com o excesso
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de chuvas”

Essa frase seria verdadeira. Analisando as opções dadas no enunciado:


I. “Nenhum estado do Nordeste sofre com a seca ou com o excesso de chuvas”.
ERRADO. Basta mostrar que um estado do Nordeste não sofre com a seca e
nem com o excesso de chuvas. Não é preciso mostrar que NENHUM deles passa
por isso.

P A L

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P A L A
II. “Algum estado do Nordeste não sofre com a seca”.
CORRETO. Se for verdade que “Algum estado do nordeste NÃO sofre com a
seca E NÃO SOFRE com o excesso de chuvas”, também é verdade que algum
estado não sofre com a seca.

III. “Algum estado do Nordeste sofre com o excesso de chuvas”.


ERRADO. Devíamos mostrar que algum estado NÃO SOFRE com as
chuvas.
Resposta: B

38. CESPE – TRE/BA – 2009) A negação da proposição “O presidente é o membro


mais antigo do tribunal e o corregedor é o vice-presidente” é “O presidente é o
membro mais novo do tribunal e o corregedor não é o vice-presidente”.
RESOLUÇÃO:
Para desmentir o autor da primeira frase (que é uma conjunção),
precisaríamos provar que pelo menos uma das suas afirmações não é verdadeira.
Assim, a negação seria simplesmente: O presidente não é o membro mais antigo do
tribunal OU o corregedor não é o vice-presidente. Item ERRADO.
Resposta: E

39. CESPE – TRE/ES – 2011) Entende-se por proposição todo conjunto de palavras
ou símbolos que exprimem um pensamento de sentido completo, isto é, que
afirmam fatos ou exprimam juízos a respeito de determinados entes. Na lógica
bivalente, esse juízo, que é conhecido como valor lógico da proposição, pode ser
verdadeiro (V) ou falso (F), sendo objeto de estudo desse ramo da lógica apenas as
proposições que atendam ao princípio da não contradição, em que uma proposição
32656364884

não pode ser simultaneamente verdadeira e falsa; e ao princípio do terceiro


excluído, em que os únicos valores lógicos possíveis para uma proposição são
verdadeiro e falso. Com base nessas informações, julgue os itens a seguir.
( ) Segundo os princípios da não contradição e do terceiro excluído, a uma
proposição pode ser atribuído um e somente um valor lógico.
( ) A frase “Que dia maravilhoso!” consiste em uma proposição objeto de estudo da
lógica bivalente.

P A L

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RESOLUÇÃO:

Vamos analisar as proposições dadas:


( ) Segundo os princípios da não contradição e do terceiro excluído, a uma
proposição pode ser atribuído um e somente um valor lógico.
CERTO. Como uma proposição não pode ser V e F ao mesmo tempo (não
contradição), e deve obrigatoriamente ter um desses 2 valores lógicos, podemos
concluir que uma proposição sempre terá um, e apenas um valor lógico: ou V, ou F.

( ) A frase “Que dia maravilhoso!” consiste em uma proposição objeto de estudo da


lógica bivalente.
ERRADO. Uma frase como essa não pode ser classificada em Verdadeira ou
Falsa, portanto não é uma proposição. Veja que, ainda que você discorde do autor
da frase (ou seja, você não considere o dia maravilhoso), você não pode dizer que a
opinião do autor é Falsa.
Resposta: C E

40. CESPE – TRE/MS – 2013) Considere a seguinte sentença: O vinho é produzido


pelo pisar das uvas e o azeite é obtido pelo prensar das azeitonas, da mesma
forma, o caráter do homem é forjado pelas dificuldades que ele passa. Se P, Q e R
são proposições simples e convenientemente escolhidas, essa sentença pode ser
representada, simbolicamente, por
A) (P ^ R)  Q.
B) P ^ R.
C) P  R.
D) (P v Q) ^ R.
E) (P  R) v Q. 32656364884

RESOLUÇÃO:
A “escolha conveniente” de P, Q e R pode ser:
P = O vinho é produzido pelo pisar das uvas
R = o azeite é obtido pelo prensar das azeitonas
Q = o caráter do homem é forjado pelas dificuldades que ele passa
A expressão “da mesma forma” nos dá ideia de simultaneidade, que temos
em uma bicondicional  . Assim, podemos escrever (P^R)  Q.
Resposta: A

P A L

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41. CESPE – TRE/MS – 2013) Considere a seguinte sentença: A beleza e o vigor
são companheiras da mocidade, e a nobreza e a sabedoria são irmãs dos dias de
maturidade. Se P, Q e R são proposições simples e convenientemente escolhidas,
essa sentença pode ser representada, simbolicamente, por
A) (P v Q)  R.
B) P  (R v Q).
C) P v Q.
D) P ^ R.
E) P  R.
RESOLUÇÃO:
Aqui podemos escolher:
P = A beleza e o vigor são companheiras da mocidade
R = a nobreza e a sabedoria são irmãs dos dias de maturidade.

Assim, temos a conjunção P^R. Note que é preciso saber diferenciar quando
o “e” exerce apenas o papel de enumeração (ex: a beleza e o vigor) de quando o “e”
exerce o papel de conjunção, unindo duas ideias distintas.
Resposta: D

42. CESPE – TRE/GO – 2015) Considere as proposições P e Q apresentadas a


seguir.
P: Se H for um triângulo retângulo em que a medida da hipotenusa seja igual a c e
os catetos meçam a e b, então c2 = a2 + b2.
Q: Se l for um número natural divisível por 3 e por 5, então l será divisível por 15.
Tendo como referência as proposições P e Q, julgue os itens que se seguem,
acerca de lógica proposicional. 32656364884

( ) Se l for um número natural e se U, V e W forem as seguintes proposições:


U: “l é divisível por 3”;
V: “l é divisível por 5”;
W: “l é divisível por 15”;
então a proposição ¬Q, a negação de Q, poderá ser corretamente expressa por
U  V  (¬W).
( ) A proposição P será equivalente à proposição (¬R)  S, desde que R e S sejam
proposições convenientemente escolhidas.

P A L

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( ) A veracidade da proposição P implica que a proposição “Se a, b e c são as
medidas dos lados de um triângulo T, com 0 < a ≤ b ≤ c e c2 ≠ a2 + b2 , então T não
é um triângulo retângulo” é falsa.
RESOLUÇÃO:
( ) Se l for um número natural e se U, V e W forem as seguintes proposições:
U: “l é divisível por 3”;
V: “l é divisível por 5”;
W: “l é divisível por 15”;
então a proposição ¬Q, a negação de Q, poderá ser corretamente expressa por
U  V  (¬W).
Usando as proposições U, V e W definidas neste item, a proposição Q pode
ser esquematizada assim:
(U e V)  W

Lembrando que a negação de pq é dada por “p e ¬q”, a negação desta


condicional é dada por:
(U e V) e ¬W

Isto é o mesmo que:


U e V e ¬W

Item CORRETO.

( ) A proposição P será equivalente à proposição (¬R)  S, desde que R e S sejam


proposições convenientemente escolhidas.
P é a condicional RS, onde: 32656364884

R: H for um triângulo retângulo em que a medida da hipotenusa seja igual a c e os


catetos meçam a e b
S: c2 = a2 + b2

P A L

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P A L A
Sabemos que esta condicional RS é equivalente à disjunção “¬R ou S”, ou
seja,

H NÃO é um triângulo retângulo em que a medida da hipotenusa seja igual a c e os


catetos meçam a e b OU c2 = a2 + b2

Item CORRETO.

Q: Se l for um número natural divisível por 3 e por 5, então l será divisível por 15.

( ) A veracidade da proposição P implica que a proposição “Se a, b e c são as


medidas dos lados de um triângulo T, com 0 < a ≤ b ≤ c e c2 ≠ a2 + b2 , então T não
é um triângulo retângulo” é falsa.
A proposição deste item pode ser resumida em:
Se c2 ≠ a2 + b2 , então não é um triângulo retângulo

Note que a proposição P do enunciado pode ser resumida como:


Se for um triângulo retângulo, então c2 = a2 + b2

Veja que em ambos os casos estamos suprimindo a referência ao “nome” do


triângulo (H ou T), e também à informação de que a, b e c são os seus lados, sendo
c o maior deles (estamos deixando esta informação implícita para facilitar a leitura).
Note que essas duas proposições acima são EQUIVALENTES entre si.
Confirme isto representando P por pq, onde:
p: for um triângulo retângulo
q: c2 = a2 + b2
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Fazendo isto, você verá que a proposição deste item pode ser representada
por ~q~p, que sabemos ser uma equivalência de pq.
Portanto, se a proposição P for verdadeira, a proposição deste item também
será verdadeira. Item ERRADO.
Resposta: CCE

P A L

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43. CESPE – TRE/GO – 2015) A respeito de lógica proposicional, julgue os itens
subsequentes.
( ) A proposição “No Brasil, 20% dos acidentes de trânsito ocorrem com indivíduos
que consumiram bebida alcoólica” é uma proposição simples.
( ) A proposição “Todos os esquizofrênicos são fumantes; logo, a esquizofrenia
eleva a probabilidade de dependência da nicotina” é equivalente à proposição “Se a
esquizofrenia não eleva a probabilidade de dependência da nicotina, então existe
esquizofrênico que não é fumante”.
( ) Se P, Q e R forem proposições simples e se T for a proposição composta falsa
[P  (¬Q)]R, então, necessariamente, P, Q e R serão proposições verdadeiras.
( ) A proposição “Quando um indivíduo consome álcool ou tabaco em excesso ao
longo da vida, sua probabilidade de infarto do miocárdio aumenta em 40%” pode ser
corretamente escrita na forma (P  Q)R, em que P, Q e R sejam proposições
convenientemente escolhidas.
RESOLUÇÃO:
( ) A proposição “No Brasil, 20% dos acidentes de trânsito ocorrem com indivíduos
que consumiram bebida alcoólica” é uma proposição simples.
CORRETO, pois não temos nenhum conectivo lógico.

( ) A proposição “Todos os esquizofrênicos são fumantes; logo, a esquizofrenia


eleva a probabilidade de dependência da nicotina” é equivalente à proposição “Se a
esquizofrenia não eleva a probabilidade de dependência da nicotina, então existe
esquizofrênico que não é fumante”.
A primeira proposição apresenta uma condição “todos os esquizofrênicos são
fumantes” que, sendo verdadeira, leva a um resultado “a esquizofrenia eleva a
probabilidade de dependência de nicotina”. Isto é, temos uma condicional do tipo
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PQ onde:

P: todos os esquizofrênicos são fumantes


Q: a esquizofrenia eleva a probabilidade de dependência de nicotina

Esta condicional é equivalente a ~Q~P, onde:


~P: existe esquizofrênico que NÃO É fumante
~Q: a esquizofrenia NÃO eleva a probabilidade de dependência de nicotina

P A L

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P A L A
Ou seja, a equivalência ~Q~P é realmente:
“Se a esquizofrenia não eleva a probabilidade de dependência da nicotina, então
existe esquizofrênico que não é fumante”.
Item CORRETO.

( ) Se P, Q e R forem proposições simples e se T for a proposição composta falsa


[P  (¬Q)]R, então, necessariamente, P, Q e R serão proposições verdadeiras.
Para uma condicional ser falsa, precisamos que a condição seja V e o
resultado seja F. Ou seja,
[P^(¬Q)] deve ser V; e
R deve ser F

Para a conjunção P^(¬Q) ser V, precisamos que ambas as proposições


simples sejam verdadeiras, ou seja, P deve ser V e também ¬Q deve ser V, de
modo que Q deve ser F.
Logo, para a proposição composta T ser falsa, é preciso que P seja V e Q e
R sejam F. Item ERRADO.

( ) A proposição “Quando um indivíduo consome álcool ou tabaco em excesso ao


longo da vida, sua probabilidade de infarto do miocárdio aumenta em 40%” pode ser
corretamente escrita na forma (P  Q)R, em que P, Q e R sejam proposições
convenientemente escolhidas.
A frase do enunciado pode ser reescrita, sem prejuízo de sua lógica, assim:

SE um indivíduo consome álcool ou tabaco em excesso ao longo da vida, ENTÃO


sua probabilidade de infarto do miocárdio aumenta em 40%

Podemos fazer a seguinte escolha para as proposições simples:


32656364884

P: um indivíduo consome álcool em excesso ao longo da vida


Q: um indivíduo consome tabaco em excesso ao longo da vida
R: sua probabilidade de infarto do miocárdio aumenta em 40%

Assim, a frase do enunciado realmente pode ser representada por


(P  Q)R. Item CORRETO.
Resposta: CCEC

P A L

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P A L A
44. CESPE – STF – 2008)
Filho meu, ouve minhas palavras e atenta para meu conselho.
A resposta branda acalma o coração irado.
O orgulho e a vaidade são as portas de entrada da ruína do homem.
Se o filho é honesto então o pai é exemplo de integridade.

Tendo como referência as quatro frases acima, julgue o itens seguintes.


( ) A primeira frase é composta por duas proposições lógicas simples unidas pelo
conectivo de conjunção.
( ) A segunda frase é uma proposição lógica simples.
( ) A terceira frase é uma proposição lógica composta.
( ) A quarta frase é uma proposição lógica em que aparecem dois conectivos
lógicos.
RESOLUÇÃO:
( ) A primeira frase é composta por duas proposições lógicas simples unidas pelo
conectivo de conjunção.
ERRADO. Trata-se de um “pedido” do pai. Não é possível atribuir valores
lógicos (V ou F), portanto não temos proposições.

( ) A segunda frase é uma proposição lógica simples.


CERTO. Aqui é possível atribuir valor V ou F.

( ) A terceira frase é uma proposição lógica composta.


ERRADO. Temos uma proposição simples.

( ) A quarta frase é uma proposição lógica em que aparecem dois conectivos


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lógicos.
ERRADO. Temos apenas 1 conectivo lógico, que é a condicional ou
implicação.

Resposta: E C E E

P A L

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P A L A
45. CESPE – STF – 2013) Considerando que P, Q e R sejam proposições simples,
a tabela abaixo contém elementos para iniciar a construção da tabela-verdade da
proposição P  (Q^R).

A partir dessas informações, julgue o próximo item.


( ) Completando-se a tabela, a coluna correspondente à proposição P  (Q^R),
conterá, na ordem em que aparecem, de cima para baixo, os seguintes elementos:
V, F, F, F, V, V, V, V.
RESOLUÇÃO:
Temos a tabela:
P Q R Q^R P  (Q^R)
V V V V V
V V F F F
V F V F F
V F F F F
F V V V F
F V F F V
F F V F V
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F F F F V

Temos a ordem V, F, F, F, F, F, V, V, V. Item ERRADO.


Resposta: E

P A L

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P A L A
46. CESPE – STF – 2013) Julgue o item abaixo, relacionado à lógica proposicional.
( ) A sentença: “Um governo efetivo precisa de regras rígidas, de tribunais que
desempenhem suas funções com seriedade e celeridade e de um sistema punitivo
rigoroso” pode ser corretamente representada pela expressão (P^Q)^R, em que P,
Q e R sejam proposições convenientemente escolhidas.
RESOLUÇÃO:
Não temos uma proposição composta neste item, mas apenas uma
proposição simples com o verbo precisar. Os “e” presentes nesta frase não são o
conectivo de conjunção, mas simplesmente tem função de enumeração / listagem.
Item ERRADO.
Resposta: E

47. CESPE – MPU – 2013) Nos termos da Lei n.º 8.666/1993, “É dispensável a
realização de nova licitação quando não aparecerem interessados em licitação
anterior e esta não puder ser repetida sem prejuízo para a administração”.
Considerando apenas os aspectos desse mandamento atinentes à lógica e que ele
seja cumprido se, e somente se, a proposição nele contida, — proposição P — for
verdadeira, julgue os itens seguintes.
( ) O gestor que dispensar a realização de nova licitação pelo simples fato de não ter
aparecido interessado em licitação anterior descumprirá a referida lei.
( ) A negação da proposição “A licitação anterior não pode ser repetida sem prejuízo
para a administração” está corretamente expressa por “A licitação anterior somente
poderá ser repetida com prejuízo para a administração”.
( ) A negação da proposição “Não apareceram interessados na licitação anterior e
ela não pode ser repetida sem prejuízo para a administração” está corretamente
expressa por “Apareceram interessados na licitação anterior ou ela pode ser
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repetida sem prejuízo para a administração”.


( ) A proposição P é equivalente a “Se não apareceram interessados em licitação
anterior e esta não puder ser repetida sem prejuízo para a administração, então é
dispensável a realização de nova licitação”.
( ) Supondo-se que a proposição P e as proposições “A licitação anterior não pode
ser repetida sem prejuízo para a administração” e “É dispensável a realização de
nova licitação” sejam verdadeiras, é correto concluir que também será verdadeira a
proposição “Não apareceram interessados em licitação anterior”.

P A L

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P A L A
RESOLUÇÃO:
A frase do enunciado pode ser reescrita assim:
“Se não aparecerem interessados em licitação anterior E esta não puder ser
repetida sem prejuízo para a administração, ENTÃO é dispensável a realização de
nova licitação”.
Repare que esta frase apresenta um caso onde a licitação é dispensável,
mas ela NÃO IMPEDE que a licitação seja dispensável em outros casos TAMBÉM.
Resumindo, temos:
P: (não aparecerem interessados E não puder repetir)  dispensável

Com isso em mãos, vamos analisar as alternativas:


( ) O gestor que dispensar a realização de nova licitação pelo simples fato de não ter
aparecido interessado em licitação anterior descumprirá a referida lei.
Como vimos, a frase do enunciado apresenta um caso onde a licitação é
dispensável (quando ocorrerem duas condições: não aparecer interessado e não
puder ser repetido), mas não impede que a licitação também seja dispensável
quando ocorrer apenas uma dessas condições. Item ERRADO, pois não podemos
afirmar que a lei foi descumprida.
Em outras palavras, a lei é descumprida apenas quando P for falsa. Para isso
ocorrer, precisamos ter VF, ou seja:
“não aparecem interessados” é V;
“não puder repetir” é V;
“dispensável” é F (ou seja, a licitação é indispensável).
Como não foi dito que a licitação era indispensável, nada podemos afirmar
sobre o gestor.

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( ) A negação da proposição “A licitação anterior não pode ser repetida sem prejuízo
para a administração” está corretamente expressa por “A licitação anterior somente
poderá ser repetida com prejuízo para a administração”.
ERRADO. Aqui a negação é “A licitação anterior PODE ser repetida sem
prejuízo para a administração”.

P A L

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P A L A
( ) A negação da proposição “Não apareceram interessados na licitação anterior e
ela não pode ser repetida sem prejuízo para a administração” está corretamente
expressa por “Apareceram interessados na licitação anterior ou ela pode ser
repetida sem prejuízo para a administração”.
CORRETO. A negação da conjunção “p e q” é a disjunção “não-p OU não-q”.

( ) A proposição P é equivalente a “Se não apareceram interessados em licitação


anterior e esta não puder ser repetida sem prejuízo para a administração, então é
dispensável a realização de nova licitação”.
CORRETO. Foi justamente desta forma que reescrevemos P no início desta
resolução.

( ) Supondo-se que a proposição P e as proposições “A licitação anterior não pode


ser repetida sem prejuízo para a administração” e “É dispensável a realização de
nova licitação” sejam verdadeiras, é correto concluir que também será verdadeira a
proposição “Não apareceram interessados em licitação anterior”.
Repetindo a esquematização de P:
P: (não aparecerem interessados E não puder repetir)  dispensável

Sendo o resultado desta condicional (“dispensável”) V, a condicional é V


independentemente do valor lógico da condição “não aparecerem interessados E
não puder repetir”. Assim, “não aparecerem interessados” pode ser V ou F, de modo
que não podemos afirmar que esta frase é verdadeira. Item ERRADO.
Resposta: E E C C E

48. CESGRANRIO – TJ/RO – 2008) Sejam p e q proposições simples e ~p e ~q,


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respectivamente, as suas negações. Os conectivos e e ou são representados,


respectivamente, por ^ e v. A negação da proposição composta ~pvq é
a) p^~q
b) pv~q
c) ~pv~q
d) ~p^~q
e) ~p^q
RESOLUÇÃO:

P A L

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TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
P A L A
Sabemos que ~pvq é equivalente a pq. E a negação de pq é “p e ~q”, ou
seja:
p^~q
Resposta: A

49. CESGRANRIO – TJ/RO – 2008) A negação de "Nenhum rondoniense é casado"


é
a) há pelo menos um rondoniense casado.
b) alguns casados são rondonienses.
c) todos os rondonienses são casados.
d) todos os casados são rondonienses.
e) todos os rondonienses são solteiros.
RESOLUÇÃO:
Basta verificarmos que há um rondoniense casado para demonstrar que a
frase "Nenhum rondoniense é casado" é falsa. Assim, a negação é:
a) há pelo menos um rondoniense casado.
Resposta: A

50. CESGRANRIO – TJ/RO – 2008) Considere verdadeira a declaração: "Se x é


par, então y é ímpar".Com base na declaração, é correto concluir que, se
a) x é ímpar, então y é par.
b) x é ímpar, então y é ímpar.
c) y é ímpar, então x é par.
d) y é par, então x é par.
e) y é par, então x é ímpar.
RESOLUÇÃO: 32656364884

Temos no enunciado pq , onde:


p = X é par
q = Y é ímpar
Uma frase equivalente é ~q~p, ou melhor:
Se Y é par, então X é ímpar
Resposta: E

P A L

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TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
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51. CESGRANRIO – TJ/RO – 2008) Considere verdadeira a declaração: "Se durmo
cedo, então não acordo tarde". Assim, é correto concluir que
a) se não durmo cedo, então acordo tarde.
b) se não durmo cedo, então não acordo tarde.
c) se acordei tarde, é porque não dormi cedo.
d) se não acordei tarde, é porque não dormi cedo.
e) se não acordei tarde, é porque dormi cedo.
RESOLUÇÃO:
Temos no enunciado pq , onde:
p = durmo cedo
q = não acordo tarde
Uma frase equivalente é ~q~p, ou melhor:
Se acordo tarde, então não durmo cedo
Resposta: C

52. IDECAN – AGU – 2014) Afirmar que não é verdade que “se Pedro não é
brasileiro, então João é corintiano” é equivalente a dizer que
a) ou Pedro é brasileiro ou João não é corintiano.
b) Pedro não é brasileiro e João não é corintiano.
c) Pedro não é brasileiro ou João não é corintiano.
d) se João não é corintiano, então Pedro é brasileiro.
e) se Pedro não é brasileiro, então João é corintiano.
RESOLUÇÃO:
Nessa alternativa temos uma proposição condicional, do tipo “se p, então q”,
onde:
p = Pedro não é brasileiro
q = João é corintiano
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Afirmar que não é verdade essa proposição significa NEGAR essa


proposição. Para negá-la, precisamos desmentir o seu autor. Veja que o autor desta
frase nos disse que, caso uma condição ocorra (Pedro não ser brasileiro), então
obrigatoriamente um resultado deve ocorrer (João ser corintiano). Portanto, caso a
condição ocorra (Pedro não seja brasileiro) e, mesmo assim, o resultado NÃO
ocorra (João não seja corintiano), então estamos desmentindo – ou negando – o
autor da frase. Por isso essa negação pode ser escrita assim:

P A L

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“Pedro não é brasileiro E João não é corintiano”

De maneira simbólica, a negação da condicional “se p, então q” pode ser


escrita simplesmente por “p e não-q”, onde:
não-q = João não é corintiano

Veja que temos essa negação na alternativa B, que é nosso gabarito.


b) Pedro não é brasileiro e João não é corintiano.
Resposta: B

53. IDECAN – AGU – 2014) Considere a seguinte proposição: “serei aprovado se e


somente se eu estudar muito”. A sua negação pode ser escrita como:
a) “Serei aprovado ou estudarei muito.”
b) “Estudarei muito e não serei aprovado ou serei aprovado e não estudarei muito.”
c) “Serei aprovado ou não estudarei muito e estudarei muito ou não serei
aprovado.”
d) “Serei aprovado e não estudarei muito ou não estudarei muito e não serei
aprovado.”
e) “Não serei aprovado e não estudarei muito ou estudarei muito e não serei
aprovado.”
RESOLUÇÃO:
Quem diz a bicondicional “serei aprovado se e somente se eu estudar muito”
pretende dizer que essas duas coisas (ser aprovado e estudar) só ocorrem
simultaneamente, de modo que caso uma ocorra a outra também não pode ocorrer.
Para negá-la, basta mostrarmos que é possível uma coisa acontecer e, mesmo
assim, a outra não ocorrer. Isto é, precisamos mostrar que é possível:
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- estudar e NÃO ser aprovado;


Ou
- NÃO estudar e ser aprovado

Temos isso na alternativa B:


“Estudarei muito e não serei aprovado ou serei aprovado e não estudarei muito.”
Resposta: B

P A L

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54. FGV – MPE/MS – 2013) Considere a afirmação: “Toda aranha preta é
venenosa.”
A negação dessa afirmação é:
a) Toda aranha branca é venenosa.
b) Toda aranha preta não é venenosa.
c) Se uma aranha não é preta então não é venenosa.
d) Existe um aranha preta que não é venenosa.
e) Existe uma aranha que não é preta e não é venenosa.
RESOLUÇÃO:
A negação de “Todo” é “Algum... não...”. Ou seja, a negação seria:
“Alguma aranha preta NÃO é venenosa”

Uma forma similar a isso se encontra na alternativa D.


Resposta: D

55. FGV – TJRJ – 2014) Considere a seguinte sentença:


“Se há muitos processos, então os juízes trabalham muito”.
Uma sentença logicamente equivalente a essa é:
(A) se não há muitos processos, então os juízes não trabalham muito;
(B) se os juízes trabalham muito, então há muitos processos;
(C) há muitos processos e os juízes não trabalham muito;
(D) não há muitos processos ou os juízes trabalham muito;
(E) há muitos processos e os juízes trabalham muito.
RESOLUÇÃO:
Temos no enunciado a condicional pq onde:
p = há muitos processos
q = juízes trabalham muito
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Vimos exaustivamente que esta condicional é equivalente às proposições:


~q~p
~p ou q

Escrevendo-as, temos:
- Se os juízes não trabalham muito, então não há muitos processos
- Não há muitos processos ou os juízes trabalham muito

P A L

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Note que somente a segunda frase aparece nas alternativas de resposta,
sendo este o gabarito.
Resposta: D

56. FGV – TJRJ – 2014) João e José conversam.


João diz: - Todo país que realiza eleições é democrático.
José diz: - Essa frase é falsa.
O que José disse significa que:
(A) algum país não realiza eleições e é democrático;
(B) se um país não realiza eleições então não é democrático;
(C) algum país realiza eleições e não é democrático;
(D) se um país não é democrático então não realiza eleições;
(E) todo país que realiza eleições não é democrático.
RESOLUÇÃO:
José diz que a frase "Todo país que realiza eleições é democrático" é falsa.
Ele quer dizer que pode haver exceções, isto é, pode existir algum país que realize
eleições e, mesmo assim, NÃO seja democrático.
Portanto, uma forma de expressar o que José quer dizer é:
- "algum país realiza eleições e não é democrático"

Temos isso entre as alternativas de resposta. Outras possibilidades seriam:


- nem todo país que realiza eleições é democrático
- existe país que realiza eleições e não é democrático
- pelo menos um país realiza eleições e não é democrático

E assim por diante... observe que João não havia afirmado nada sobre os
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países que NÃO realizam eleições (ele falou apenas dos países que realizam
eleições). Assim, as opções de resposta que tratam dos países que NÃO realizam
eleições estão todas incorretas.
Resposta: C

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57. FGV – TJ/SC – 2015) Considere a sentença: “Se cometi um crime, então serei
condenado”. Uma sentença logicamente equivalente à sentença dada é:
(A) Não cometi um crime ou serei condenado.
(B) Se não cometi um crime, então não serei condenado.
(C) Se eu for condenado, então cometi um crime.
(D) Cometi um crime e serei condenado.
(E) Não cometi um crime e não serei condenado.
RESOLUÇÃO:
Temos a condicional pq no enunciado, onde:
p = cometi um crime
q = serei condenado

Ela é equivalente a “~q~p” e também a “~p ou q”. Para isso, note que:
~p = NÃO cometi um crime
~q = NÃO serei condenado

Assim, temos as equivalências “~q~p” e “~p ou q” abaixo:


“Se NÃO for condenado, então NÃO cometi um crime”
e
“NÃO cometi um crime OU serei condenado”

Temos esta última na alternativa A.


Resposta: A
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Pessoal, por hoje é isso. Até a próxima aula, quando aprofundaremos o estudo da
lógica proposicional. Garanta que você entendeu bem a teoria da aula de hoje, para
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aproveitar bem a próxima aula. Abraço,

Prof. Arthur Lima (www.facebook.com/ProfessorArthurLima)

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3. LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS NA AULA
1. FCC – ICMS/SP – 2006) Considere a proposição “Paula estuda, mas não passa
no concurso”. Nessa proposição, o conectivo lógico é:
a) condicional
b) bicondicional
c) disjunção inclusiva
d) conjunção
e) disjunção exclusiva

2. FCC – Banco do Brasil – 2011) Um jornal publicou a seguinte manchete:


“Toda Agência do Banco do Brasil tem déficit de funcionários.”
Diante de tal inverdade, o jornal se viu obrigado a retratar-se, publicando uma
negação de tal manchete. Das sentenças seguintes, aquela que expressaria de
maneira correta a negação da manchete publicada é:
a) Qualquer Agência do Banco do Brasil não têm déficit de funcionários
b) Nenhuma Agência do Banco do Brasil tem déficit de funcionários
c) Alguma Agência do Banco do Brasil não tem déficit de funcionários
d) Existem Agências com déficit de funcionários que não pertencem ao Banco do
Brasil
e) O quadro de funcionários do Banco do Brasil está completo

3. CESPE – TRT/17ª – 2009) A negação da proposição “O juiz determinou a


libertação de um estelionatário e de um ladrão” é expressa na forma “O juiz não
determinou a libertação de um estelionatário nem de um ladrão”.

4. FCC – ICMS/SP – 2006) Considere as afirmações abaixo.


I. O número de linhas de uma tabela-verdade é sempre um número par.
II. A proposição “ (10  10)  (8  3  6) ” é falsa.
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III. Se p e q são proposições, então a proposição “  p  q   (~ q ) ” é uma tautologia.

É verdade o que se afirma APENAS em:


a) I e II
b) I e III
c) I
d) II
e) III

P A L

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5. FCC – ALESP – 2010) Durante uma sessão no plenário da Assembléia
Legislativa, o presidente da mesa fez a seguinte declaração, dirigindo-se às galerias
da casa:
“Se as manifestações desrespeitosas não forem interrompidas, então eu não
darei início à votação”.
Esta declaração é logicamente equivalente à afirmação:
a) se o presidente da mesa deu início à votação, então as manifestações
desrespeitosas foram interrompidas
b) se o presidente da mesa não deu início à votação, então as manifestações
desrespeitosas não foram interrompidas
c) se as manifestações desrespeitosas forem interrompidas, então o presidente da
mesa dará início à votação
d) se as manifestações desrespeitosas continuarem, então o presidente da mesa
começará a votação
e) se as manifestações desrespeitosas não continuarem, então o presidente da
mesa não começará a votação.

6. ESAF – ATRFB – 2009) A afirmação: “João não chegou ou Maria está atrasada”
equivale logicamente a:
a) Se João não chegou, Maria está atrasada.
b) João chegou e Maria não está atrasada.
c) Se João chegou, Maria não está atrasada.
d) Se João chegou, Maria está atrasada.
e) João chegou ou Maria não está atrasada.

7. FCC – ICMS/SP – 2006) Considere as seguintes frases:


I. Ele foi o melhor jogador do mundo em 2005.
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II. (x+y)/5 é um número inteiro.


III. João da Silva foi o Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo em 2000.
É verdade que APENAS:
a) I é uma sentença aberta
b) II é uma sentença aberta
c) I e II são sentenças abertas
d) I e III são sentenças abertas
e) II e III são sentenças abertas

P A L

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8. FCC – TJ/SE – 2009) Considere as seguintes premissas:
p : Trabalhar é saudável
q : O cigarro mata.
A afirmação “Trabalhar não é saudável" ou "o cigarro mata” é FALSA se
a) p é falsa e ~q é falsa.
b) p é falsa e q é falsa.
c) p e q são verdadeiras.
d) p é verdadeira e q é falsa.
e) ~p é verdadeira e q é falsa.

9. FCC - TRT/2ª – 2008) Dadas as proposições simples p e q, tais que p é


verdadeira e q é falsa, considere as seguintes proposições compostas:
(2) p  q ; (2) ~ p  q ; (3) ~ ( p  ~ q ) ; (4) ~ ( p  q )
Quantas dessas proposições compostas são verdadeiras?
A. nenhuma
B. apenas uma
C. apenas duas
D. apenas três
E. quatro.

10. FCC – TRT/BA – 2013 ) Devido à proximidade das eleições, foi decidido que os
tribunais eleitorais deveriam funcionar, em regime de plantão, durante um
determinado domingo do ano. Em relação a esse plantão, foi divulgada a seguinte
orientação:
“Se todos os processos forem analisados até às 11 horas, então o plantão será
finalizado nesse horário.”
Considere que a orientação foi cumprida e que o plantão só foi finalizado às 18
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horas. Então, pode-se concluir que, necessariamente,


(A) nenhum processo foi analisado até às 11 horas.
(B) todos os processos foram analisados até às 11 horas.
(C) pelo menos um processo terminou de ser analisado às 18 horas.
(D) todos os processos foram analisados até às 18 horas.
(E) pelo menos um processo não foi analisado até às 11 horas.

P A L

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11. CONSULPLAN – TSE – 2012) Observe as proposições lógicas simples P, Q e
R.
• P: Hoje é dia de Natal.
• Q: Eu vou ganhar presente.
• R: A família está feliz.
As proposições ~P, ~Q , ~R são, respectivamente, as negações das proposições
P, Q e R. O conectivo “e” é representado pelo símbolo , enquanto o conectivo “ou”
é representado por . A implicação é representada por .
A proposição composta (~P R) Q corresponde a
a) Hoje é dia de Natal e a família está feliz e eu vou ganhar presente.
b) Hoje não é dia de Natal e a família está feliz ou eu vou ganhar presente.
c) Se hoje não é dia de Natal e a família está feliz então eu vou ganhar presente.
d) Se hoje é dia de Natal ou a família está feliz então eu vou ganhar presente.

12. FCC – TRT/1ª – 2013) Um vereador afirmou que, no último ano, compareceu a
todas as sessões da Câmara Municipal e não empregou parentes em seu gabinete.
Para que essa afirmação seja falsa, é necessário que, no último ano, esse vereador
(A) tenha faltado em todas as sessões da Câmara Municipal ou tenha empregado
todos os seus parentes em seu gabinete.
(B) tenha faltado em pelo menos uma sessão da Câmara Municipal e tenha
empregado todos os seus parentes em seu gabinete.
(C) tenha faltado em pelo menos uma sessão da Câmara Municipal ou tenha
empregado um parente em seu gabinete.
(D) tenha faltado em todas as sessões da Câmara Municipal e tenha empregado um
parente em seu gabinete.
(E) tenha faltado em mais da metade das sessões da Câmara Municipal ou tenha
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empregado pelo menos um parente em seu gabinete.

13. FCC – TRT/1ª – 2013) Leia os Avisos I e II, colocados em um dos setores de
uma fábrica.
Aviso I
Prezado funcionário, se você não realizou o curso específico, então não pode
operar a máquina M.
Aviso II

P A L

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P A L A
Prezado funcionário, se você realizou o curso específico, então pode operar a
máquina M.
Paulo, funcionário desse setor, realizou o curso específico, mas foi proibido, por seu
supervisor, de operar a máquina M. A decisão do supervisor
(A) opõe-se apenas ao Aviso I.
(B) opõe-se ao Aviso I e pode ou não se opor ao Aviso II.
(C) opõe-se aos dois avisos.
(D) não se opõe ao Aviso I nem ao II.
(E) opõe-se apenas ao Aviso II.

14. FCC – TRT/11a – 2012) Uma senhora afirmou que todos os novelos de lã
guardados numa gaveta são coloridos e nenhum deles foi usado. Mais tarde, ela
percebeu que havia se enganado em relação à sua afirmação, o que permite
concluir que
(A) existem novelos de lã brancos na gaveta e eles já foram usados.
(B) pelo menos um novelo de lã da gaveta não é colorido ou algum deles foi usado.
(C) pelo menos um novelo de lã da gaveta não é colorido ou todos eles foram
usados.
(D) os novelos de lã da gaveta não são coloridos e já foram usados.
(E) os novelos de lã da gaveta não são coloridos e algum deles já foi usado.

15. FCC – PGE/BA – 2013) Alice irá ao País das Maravilhas quando imaginar ou
perder o medo. Se Alice perder o medo,
(A) Alice não irá ao País das Maravilhas, pois não vai imaginar.
(B) Alice irá ao País das Maravilhas.
(C) Alice vai necessariamente imaginar.
(D) Alice não irá, também, imaginar. 32656364884

(E) Alice não vai imaginar.

16. FCC – MPE/AM – 2013) O professor de uma disciplina experimental de um


curso de Engenharia estabeleceu no início do semestre que, para ser aprovado, um
aluno teria de realizar pelo menos 5 das 6 experiências propostas e ter média de
relatórios maior ou igual a 6,0. Como Juca foi reprovado nessa disciplina, pode-se
concluir que ele, necessariamente,

P A L

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(A) realizou apenas 4 experiências e teve média de relatórios, no máximo, igual a
5,0.
(B) realizou 4 ou menos experiências e teve média de relatórios inferior a 6,0.
(C) realizou menos do que 5 experiências ou teve média de relatórios inferior a 6,0.
(D) não realizou qualquer experiência, tendo média de relatórios igual a 0,0.
(E) não realizou qualquer experiência ou teve média de relatórios menor ou igual a
5,0.

17. FCC – TCE-MG – 2007) São dadas as seguintes proposições:


(1) Se Jaime trabalha no Tribunal de Contas, então ele é eficiente.
(2) Se Jaime não trabalha no Tribunal de Contas, então ele não é eficiente.
(3) Não é verdade que Jaime trabalha no Tribunal de Contas e não é eficiente.
(4) Jaime é eficiente ou não trabalha no Tribunal de Contas.
É correto afirmar que são logicamente equivalentes apenas as proposições de
números:
a) 2 e 4
b) 2 e 3
c) 2, 3 e 4
d) 1, 2 e 3
e) 1, 3 e 4

18. FCC – TRT/BA – 2013 ) Analisando a tabela de classificação do campeonato de


futebol amador do bairro antes da realização da última rodada, o técnico do União
concluiu que, caso seu time vencesse sua última partida ou o time do Camisa não
ganhasse seu último jogo, então o União seria campeão. Sabendo que o União não
se sagrou campeão, pode-se concluir que, necessariamente,
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(A) o Camisa perdeu seu jogo e o União perdeu o seu.


(B) o Camisa venceu seu jogo e o União venceu o seu.
(C) o Camisa empatou seu jogo e o União empatou ou perdeu o seu.
(D) o Camisa empatou seu jogo e o União venceu o seu.
(E) o Camisa venceu seu jogo e o União empatou ou perdeu o seu

P A L

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19. FCC - TRE-PI - 2009) Um dos novos funcionários de um cartório, responsável
por orientar o público, recebeu a seguinte instrução:
“Se uma pessoa precisar autenticar documentos, encaminhe-a ao setor
verde.”
Considerando que essa instrução é sempre cumprida corretamente, pode-se
concluir que, necessariamente,
(A) uma pessoa que não precise autenticar documentos nunca é encaminhada ao
setor verde.
(B) toda pessoa encaminhada ao setor verde precisa autenticar documentos.
(C) somente as pessoas que precisam autenticar documentos são encaminhadas ao
setor verde.
(D) a única função das pessoas que trabalham no setor verde é autenticar
documentos.
(E) toda pessoa que não é encaminhada ao setor verde não precisa autenticar
documentos.

20. FCC - TRT/18ª - 2008) Considere as proposições:


p: Sansão é forte e q: Dalila é linda
A negação da proposição p e ~ q é:
(A) Se Dalila não é linda, então Sansão é forte.
(B) Se Sansão não é forte, então Dalila não é linda.
(C) Não é verdade que Sansão é forte e Dalila é linda.
(D) Sansão não é forte ou Dalila é linda.
(E) Sansão não é forte e Dalila é linda.

21. FCC – TRT/9ª – 2004) Leia atentamente as proposições P e Q:


P: o computador é uma máquina.
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Q: compete ao cargo de técnico judiciário a construção de computadores.


Em relação às duas proposições, é correto afirmar que
(A)) a proposição composta “P ou Q” é verdadeira.
(B) a proposição composta “P e Q” é verdadeira.
(C) a negação de P é equivalente à negação de Q.
(D) P é equivalente a Q.
(E) P implica Q.

P A L

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22. FCC – TRT/9ª – 2004) Leia atentamente as proposições simples P e Q:
P: João foi aprovado no concurso do Tribunal.
Q: João foi aprovado em um concurso.
Do ponto de vista lógico, uma proposição condicional correta em relação a P e Q é:
(A) Se não Q, então P.
(B) Se não P, então não Q.
(C)) Se P, então Q.
(D) Se Q, então P.
(E) Se P, então não Q.

23. FCC – TRT/6ª – 2006) Uma turma de alunos de um curso de Direito reuniu-se
em um restaurante para um jantar de confraternização e coube a Francisco receber
de cada um a quantia a ser paga pela participação. Desconfiado que Augusto,
Berenice e Carlota não tinham pago as suas respectivas partes, Francisco
conversou com os três e obteve os seguintes depoimentos:
Augusto: “Não é verdade que Berenice pagou ou Carlota não pagou.”
Berenice: “Se Carlota pagou, então Augusto também pagou.”
Carlota: “Eu paguei, mas sei que pelo menos um dos dois outros não pagou.”
Considerando que os três falaram a verdade, é correto afirmar que
(A)) apenas Berenice não pagou a sua parte.
(B) apenas Carlota não pagou a sua parte.
(C) Augusto e Carlota não pagaram suas partes.
(D) Berenice e Carlota pagaram suas partes.
(E) os três pagaram suas partes.

24. FCC – TRT/9ª – 2004) Em um trecho da letra da música Sampa, Caetano


Veloso se refere à cidade de São Paulo dizendo que ela é o avesso, do avesso, do
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avesso, do avesso. Admitindo que uma cidade represente algo bom, e que o seu
avesso represente algo ruim, do ponto de vista lógico, o trecho da música de
Caetano Veloso afirma que São Paulo é uma cidade
(A) equivalente a seu avesso.
(B) similar a seu avesso.
(C) ruim e boa.
(D) ruim.
(E)) boa.

P A L

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25. FCC – TRT/9ª – 2004) Considere a seguinte proposição: “na eleição para a
prefeitura, o candidato A será eleito ou não será eleito”. Do ponto de vista lógico, a
afirmação da proposição caracteriza
(A) um silogismo.
(B)) uma tautologia.
(C) uma equivalência.
(D) uma contingência.
(E) uma contradição.

26. FCC – TRT/9ª – 2004) De acordo com a legislação, se houver contratação de


um funcionário para o cargo de técnico judiciário, então ela terá que ser feita através
concurso. Do ponto de vista lógico, essa afirmação é equivalente a dizer que
(A)) se não houver concurso, então não haverá contratação de um funcionário para
o cargo de técnico judiciário.
(B) se não houver concurso, então haverá contratação de um funcionário para o
cargo de técnico judiciário.
(C) se não houver contratação de um funcionário para o cargo de técnico judiciário,
então haverá concurso.
(D) se não houver contratação de um funcionário para o cargo de técnico judiciário,
então não houve concurso.
(E) se houver contratação de um funcionário para o cargo de técnico judiciário,
então não haverá concurso.

27. FCC – TRF/3ª – 2014) Considere a afirmação: Nem todas as exigências foram
cumpridas ou o processo segue adiante. Do ponto de vista lógico, uma afirmação
equivalente à acima é:
(A) Se o processo segue adiante, então nem todas as exigências foram cumpridas.
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(B) O processo não segue adiante e todas as exigências foram cumpridas.


(C) Se todas as exigências foram cumpridas, então o processo segue adiante.
(D) Se nenhuma exigência foi cumprida, então o processo não segue adiante.
(E) Nem todas as exigências foram cumpridas e o processo segue adiante.

P A L

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28. FCC – TRT/19ª – 2014) Considere a seguinte afirmação:
Se José estuda com persistência, então ele faz uma boa prova e fica satisfeito.
Uma afirmação que é a negação da afirmação acima é
(A) José estuda com persistência e ele não faz uma boa prova e ele não fica
satisfeito.
(B) José não estuda com persistência e ele não faz uma boa prova ou fica satisfeito.
(C) José estuda com persistência ou ele faz uma boa prova ou ele não fica
satisfeito.
(D) José estuda com persistência e ele não faz uma boa prova ou ele não fica
satisfeito.
(E) Se José fica satisfeito então ele fez uma boa prova e estudou com persistência.

29. FCC – TRT/2ª – 2014) Durante um comício de sua campanha para o Governo
do Estado, um candidato fez a seguinte afirmação:
“Se eu for eleito, vou asfaltar 2.000 quilômetros de estradas e construir mais de
5.000 casas populares em nosso Estado.”
Considerando que, após algum tempo, a afirmação revelou-se falsa, pode-se
concluir que, necessariamente,
(A) o candidato não foi eleito e não foram asfaltados 2.000 quilômetros de estradas
no Estado.
(B) o candidato não foi eleito, mas foram construídas mais de 5.000 casas populares
no Estado.
(C) o candidato foi eleito, mas não foram asfaltados 2.000 quilômetros de estradas
no Estado.
(D) o candidato foi eleito e foram construídas mais de 5.000 casas populares no
Estado. 32656364884

(E) não foram asfaltados 2.000 quilômetros de estradas ou não foram construídas
mais de 5.000 casas populares no Estado.

P A L

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30. FCC – TRT/2ª – 2014) Um dia antes da reunião anual com os responsáveis por
todas as franquias de uma cadeia de lanchonetes, o diretor comercial recebeu um
relatório contendo a seguinte informação:
Todas as franquias enviaram o balanço anual e nenhuma delas teve prejuízo neste ano.

Minutos antes da reunião, porém, ele recebeu uma mensagem em seu celular
enviada pelo gerente que elaborou o relatório, relatando que a informação não
estava correta. Dessa forma, o diretor pôde concluir que, necessariamente,
(A) nenhuma franquia enviou o balanço anual e todas elas tiveram prejuízo neste
ano.
(B) alguma franquia não enviou o balanço anual e todas elas tiveram prejuízo neste
ano.
(C) nenhuma franquia enviou o balanço anual ou pelo menos uma delas teve
prejuízo neste ano.
(D) nem todas as franquias enviaram o balanço anual ou todas elas tiveram prejuízo
neste ano.
(E) nem todas as franquias enviaram o balanço anual ou pelo menos uma delas
teve prejuízo neste ano.

31. FCC – TJAP – 2014) Considere a seguinte declaração, feita por um analista
político fictício: “se o partido P conseguir eleger Senador no Estado F ou no Estado
G, então terá a maioria no Senado”.
A partir da declaração do analista, é correto concluir que, necessariamente, se o
partido P
(A) não tiver a maioria no Senado, então não terá conseguido eleger o senador no
Estado G.
(B) tiver a maioria no Senado, então terá conseguido eleger o senador no Estado G.
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(C) tiver a maioria no Senado, então terá conseguido eleger o senador no Estado F.
(D) não conseguiu eleger o senador no Estado F, então não terá a maioria no
Senado.
(E) não conseguiu eleger o senador no Estado G, então não terá a maioria no
Senado.

P A L

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32. FCC – TJAP – 2014) No Brasil, o voto é obrigatório apenas para os brasileiros
alfabetizados que têm de 18 a 70 anos. De acordo com essa informação, se Luíza é
uma brasileira que não é obrigada a votar, então, necessariamente, Luíza
(A) é analfabeta e tem menos de 18 anos ou mais de 70.
(B) é analfabeta ou tem menos de 18 anos ou mais de 70.
(C) não é analfabeta, mas tem menos de 18 anos.
(D) é analfabeta, mas pode ter de 18 a 70 anos.
(E) tem mais de 70 anos, mas pode não ser analfabeta.

33. FCC – TJAP – 2014) Vou à academia todos os dias da semana e corro três dias
na semana. Uma afirmação que corresponde à negação lógica da afirmação
anterior é
(A) Não vou à academia todos os dias da semana ou não corro três dias na
semana.
(B) Vou à academia quase todos os dias da semana e corro dois dias na semana.
(C) Nunca vou à academia durante a semana e nunca corro durante a semana.
(D) Não vou à academia todos os dias da semana e não corro três dias na semana.
(E) Se vou todos os dias à academia, então corro três dias na semana.

34. FGV – TJ/AM – 2013) Antônio utiliza exclusivamente a regra a seguir para
aprovar ou não os possíveis candidatos a namorar sua filha:
“- Se não for torcedor do Vasco então tem que ser rico ou gostar de música
clássica”.
Considere os seguintes candidatos:
Pedro: torcedor do Flamengo, não é rico, não gosta de música clássica.
Carlos: torcedor do Vasco, é rico, gosta de música clássica.
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Marcos: torcedor do São Raimundo, é rico, gosta de música clássica.


Tiago: torcedor do Vasco, não é rico, não gosta de música clássica.
Bruno: torcedor do Nacional, não é rico, gosta de música clássica.
Classificando cada um desses cinco candidatos, na ordem em que eles foram
apresentados, como aprovado (A) ou não aprovado (N) segundo a regra utilizada
por Antônio, tem-se, respectivamente,
a) A, A, A, A e A.
b) N, A, A, A e A.

P A L

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c) N, A, N, A e A.
d) N, A, N, N e A.
e) N, A, N, A e N.

35. FGV – TJ/AM – 2013) José afirmou: “- Todos os jogadores de futebol que não
são ricos jogam no Brasil ou jogam mal.”
Assinale a alternativa que indica a sentença que representa a negação do que José
afirmou.
a) Nenhum jogador de futebol que não é rico joga no Brasil ou joga mal.
b) Todos os jogadores de futebol que não são ricos não jogam no Brasil e não
jogam mal.
c) Algum jogador de futebol que não é rico não joga no Brasil e não joga mal.
d) Algum jogador de futebol é rico mas joga no Brasil ou joga mal.
e) Nenhum jogador de futebol que é rico joga no Brasil ou joga mal.

36. FGV – SUDENE/PE – 2013) Não é verdade que “Se o Brasil não acaba com a
saúva então a saúva acaba com o Brasil”.
Logo, é necessariamente verdade que
(A) “O Brasil não acaba com a saúva e a saúva não acaba com o Brasil.”
(B) “O Brasil acaba com a saúva e a saúva não acaba com o Brasil.”
(C) “O Brasil acaba com a saúva e a saúva acaba com o Brasil.”
(D) “O Brasil não acaba com a saúva ou a saúva não acaba com o Brasil.”
(E) “O Brasil não acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil.”

37. FGV – SUDENE/PE – 2013) Supondo que a afirmativa “Todos os estados do


Nordeste sofrem com a seca ou com o excesso de chuvas” seja falsa, analise as
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afirmativas a seguir.
I. “Nenhum estado do Nordeste sofre com a seca ou com o excesso de chuvas”.
II. “Algum estado do Nordeste não sofre com a seca”.
III. “Algum estado do Nordeste sofre com o excesso de chuvas”.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I for obrigatoriamente verdadeira.
(B) se somente a afirmativa II for obrigatoriamente verdadeira.
(C) se somente a afirmativa III for obrigatoriamente verdadeira.

P A L

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(D) se somente as afirmativas I e III forem obrigatoriamente verdadeiras.
(E) se somente as afirmativas II e III forem obrigatoriamente verdadeiras.

38. CESPE – TRE/BA – 2009) A negação da proposição “O presidente é o membro


mais antigo do tribunal e o corregedor é o vice-presidente” é “O presidente é o
membro mais novo do tribunal e o corregedor não é o vice-presidente”.

39. CESPE – TRE/ES – 2011) Entende-se por proposição todo conjunto de palavras
ou símbolos que exprimem um pensamento de sentido completo, isto é, que
afirmam fatos ou exprimam juízos a respeito de determinados entes. Na lógica
bivalente, esse juízo, que é conhecido como valor lógico da proposição, pode ser
verdadeiro (V) ou falso (F), sendo objeto de estudo desse ramo da lógica apenas as
proposições que atendam ao princípio da não contradição, em que uma proposição
não pode ser simultaneamente verdadeira e falsa; e ao princípio do terceiro
excluído, em que os únicos valores lógicos possíveis para uma proposição são
verdadeiro e falso. Com base nessas informações, julgue os itens a seguir.
( ) Segundo os princípios da não contradição e do terceiro excluído, a uma
proposição pode ser atribuído um e somente um valor lógico.
( ) A frase “Que dia maravilhoso!” consiste em uma proposição objeto de estudo da
lógica bivalente.

40. CESPE – TRE/MS – 2013) Considere a seguinte sentença: O vinho é produzido


pelo pisar das uvas e o azeite é obtido pelo prensar das azeitonas, da mesma
forma, o caráter do homem é forjado pelas dificuldades que ele passa. Se P, Q e R
são proposições simples e convenientemente escolhidas, essa sentença pode ser
representada, simbolicamente, por
A) (P ^ R)  Q.
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B) P ^ R.
C) P  R.
D) (P v Q) ^ R.
E) (P  R) v Q.

P A L

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41. CESPE – TRE/MS – 2013) Considere a seguinte sentença: A beleza e o vigor
são companheiras da mocidade, e a nobreza e a sabedoria são irmãs dos dias de
maturidade. Se P, Q e R são proposições simples e convenientemente escolhidas,
essa sentença pode ser representada, simbolicamente, por
A) (P v Q)  R.
B) P  (R v Q).
C) P v Q.
D) P ^ R.
E) P  R.

42. CESPE – TRE/GO – 2015) Considere as proposições P e Q apresentadas a


seguir.
P: Se H for um triângulo retângulo em que a medida da hipotenusa seja igual a c e
os catetos meçam a e b, então c2 = a2 + b2.
Q: Se l for um número natural divisível por 3 e por 5, então l será divisível por 15.
Tendo como referência as proposições P e Q, julgue os itens que se seguem,
acerca de lógica proposicional.
( ) Se l for um número natural e se U, V e W forem as seguintes proposições:
U: “l é divisível por 3”;
V: “l é divisível por 5”;
W: “l é divisível por 15”;
então a proposição ¬Q, a negação de Q, poderá ser corretamente expressa por
U  V  (¬W).
( ) A proposição P será equivalente à proposição (¬R)  S, desde que R e S sejam
proposições convenientemente escolhidas.
( ) A veracidade da proposição P implica que a proposição “Se a, b e c são as
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medidas dos lados de um triângulo T, com 0 < a ≤ b ≤ c e c2 ≠ a2 + b2 , então T não


é um triângulo retângulo” é falsa.

43. CESPE – TRE/GO – 2015) A respeito de lógica proposicional, julgue os itens


subsequentes.
( ) A proposição “No Brasil, 20% dos acidentes de trânsito ocorrem com indivíduos
que consumiram bebida alcoólica” é uma proposição simples.

P A L

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( ) A proposição “Todos os esquizofrênicos são fumantes; logo, a esquizofrenia
eleva a probabilidade de dependência da nicotina” é equivalente à proposição “Se a
esquizofrenia não eleva a probabilidade de dependência da nicotina, então existe
esquizofrênico que não é fumante”.
( ) Se P, Q e R forem proposições simples e se T for a proposição composta falsa
[P  (¬Q)]R, então, necessariamente, P, Q e R serão proposições verdadeiras.
( ) A proposição “Quando um indivíduo consome álcool ou tabaco em excesso ao
longo da vida, sua probabilidade de infarto do miocárdio aumenta em 40%” pode ser
corretamente escrita na forma (P  Q)R, em que P, Q e R sejam proposições
convenientemente escolhidas.

44. CESPE – STF – 2008)


Filho meu, ouve minhas palavras e atenta para meu conselho.
A resposta branda acalma o coração irado.
O orgulho e a vaidade são as portas de entrada da ruína do homem.
Se o filho é honesto então o pai é exemplo de integridade.
Tendo como referência as quatro frases acima, julgue o itens seguintes.
( ) A primeira frase é composta por duas proposições lógicas simples unidas pelo
conectivo de conjunção.
( ) A segunda frase é uma proposição lógica simples.
( ) A terceira frase é uma proposição lógica composta.
( ) A quarta frase é uma proposição lógica em que aparecem dois conectivos
lógicos.

45. CESPE – STF – 2013) Considerando que P, Q e R sejam proposições simples,


a tabela abaixo contém elementos para iniciar a construção da tabela-verdade da
proposição P  (Q^R). 32656364884

P A L

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A partir dessas informações, julgue o próximo item.
( ) Completando-se a tabela, a coluna correspondente à proposição P  (Q^R),
conterá, na ordem em que aparecem, de cima para baixo, os seguintes elementos:
V, F, F, F, V, V, V, V.

46. CESPE – STF – 2013) Julgue o item abaixo, relacionado à lógica proposicional.
( ) A sentença: “Um governo efetivo precisa de regras rígidas, de tribunais que
desempenhem suas funções com seriedade e celeridade e de um sistema punitivo
rigoroso” pode ser corretamente representada pela expressão (P^Q)^R, em que P,
Q e R sejam proposições convenientemente escolhidas.

47. CESPE – MPU – 2013) Nos termos da Lei n.º 8.666/1993, “É dispensável a
realização de nova licitação quando não aparecerem interessados em licitação
anterior e esta não puder ser repetida sem prejuízo para a administração”.
Considerando apenas os aspectos desse mandamento atinentes à lógica e que ele
seja cumprido se, e somente se, a proposição nele contida, — proposição P — for
verdadeira, julgue os itens seguintes.
( ) O gestor que dispensar a realização de nova licitação pelo simples fato de não ter
aparecido interessado em licitação anterior descumprirá a referida lei.
( ) A negação da proposição “A licitação anterior não pode ser repetida sem prejuízo
para a administração” está corretamente expressa por “A licitação anterior somente
poderá ser repetida com prejuízo para a administração”.
( ) A negação da proposição “Não apareceram interessados na licitação anterior e
ela não pode ser repetida sem prejuízo para a administração” está corretamente
expressa por “Apareceram interessados na licitação anterior ou ela pode ser
repetida sem prejuízo para a administração”.
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( ) A proposição P é equivalente a “Se não apareceram interessados em licitação


anterior e esta não puder ser repetida sem prejuízo para a administração, então é
dispensável a realização de nova licitação”.
( ) Supondo-se que a proposição P e as proposições “A licitação anterior não pode
ser repetida sem prejuízo para a administração” e “É dispensável a realização de
nova licitação” sejam verdadeiras, é correto concluir que também será verdadeira a
proposição “Não apareceram interessados em licitação anterior”.

P A L

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48. CESGRANRIO – TJ/RO – 2008) Sejam p e q proposições simples e ~p e ~q,
respectivamente, as suas negações. Os conectivos e e ou são representados,
respectivamente, por ^ e v. A negação da proposição composta ~pvq é
a) p^~q
b) pv~q
c) ~pv~q
d) ~p^~q
e) ~p^q

49. CESGRANRIO – TJ/RO – 2008) A negação de "Nenhum rondoniense é casado"


é
a) há pelo menos um rondoniense casado.
b) alguns casados são rondonienses.
c) todos os rondonienses são casados.
d) todos os casados são rondonienses.
e) todos os rondonienses são solteiros.

50. CESGRANRIO – TJ/RO – 2008) Considere verdadeira a declaração: "Se x é


par, então y é ímpar".Com base na declaração, é correto concluir que, se
a) x é ímpar, então y é par.
b) x é ímpar, então y é ímpar.
c) y é ímpar, então x é par.
d) y é par, então x é par.
e) y é par, então x é ímpar.

51. CESGRANRIO – TJ/RO – 2008) Considere verdadeira a declaração: "Se durmo


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cedo, então não acordo tarde". Assim, é correto concluir que


a) se não durmo cedo, então acordo tarde.
b) se não durmo cedo, então não acordo tarde.
c) se acordei tarde, é porque não dormi cedo.
d) se não acordei tarde, é porque não dormi cedo.
e) se não acordei tarde, é porque dormi cedo.

P A L

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52. IDECAN – AGU – 2014) Afirmar que não é verdade que “se Pedro não é
brasileiro, então João é corintiano” é equivalente a dizer que
a) ou Pedro é brasileiro ou João não é corintiano.
b) Pedro não é brasileiro e João não é corintiano.
c) Pedro não é brasileiro ou João não é corintiano.
d) se João não é corintiano, então Pedro é brasileiro.
e) se Pedro não é brasileiro, então João é corintiano.

53. IDECAN – AGU – 2014) Considere a seguinte proposição: “serei aprovado se e


somente se eu estudar muito”. A sua negação pode ser escrita como:
a) “Serei aprovado ou estudarei muito.”
b) “Estudarei muito e não serei aprovado ou serei aprovado e não estudarei muito.”
c) “Serei aprovado ou não estudarei muito e estudarei muito ou não serei
aprovado.”
d) “Serei aprovado e não estudarei muito ou não estudarei muito e não serei
aprovado.”
e) “Não serei aprovado e não estudarei muito ou estudarei muito e não serei
aprovado.”

54. FGV – MPE/MS – 2013) Considere a afirmação: “Toda aranha preta é


venenosa.”
A negação dessa afirmação é:
a) Toda aranha branca é venenosa.
b) Toda aranha preta não é venenosa.
c) Se uma aranha não é preta então não é venenosa.
d) Existe um aranha preta que não é venenosa.
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e) Existe uma aranha que não é preta e não é venenosa.

55. FGV – TJRJ – 2014) Considere a seguinte sentença:


“Se há muitos processos, então os juízes trabalham muito”.
Uma sentença logicamente equivalente a essa é:
(A) se não há muitos processos, então os juízes não trabalham muito;
(B) se os juízes trabalham muito, então há muitos processos;
(C) há muitos processos e os juízes não trabalham muito;

P A L

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(D) não há muitos processos ou os juízes trabalham muito;
(E) há muitos processos e os juízes trabalham muito.

56. FGV – TJRJ – 2014) João e José conversam.


João diz: - Todo país que realiza eleições é democrático.
José diz: - Essa frase é falsa.
O que José disse significa que:
(A) algum país não realiza eleições e é democrático;
(B) se um país não realiza eleições então não é democrático;
(C) algum país realiza eleições e não é democrático;
(D) se um país não é democrático então não realiza eleições;
(E) todo país que realiza eleições não é democrático.

57. FGV – TJ/SC – 2015) Considere a sentença: “Se cometi um crime, então serei
condenado”. Uma sentença logicamente equivalente à sentença dada é:
(A) Não cometi um crime ou serei condenado.
(B) Se não cometi um crime, então não serei condenado.
(C) Se eu for condenado, então cometi um crime.
(D) Cometi um crime e serei condenado.
(E) Não cometi um crime e não serei condenado.

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P A L

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4. GABARITO
1 D 2 C 3 E 4 B 5 A 6 D 7 C
8 D 9 C 10 E 11 C 12 C 13 E 14 B
15 B 16 C 17 E 18 E 19 E 20 D 21 A
22 C 23 A 24 E 25 B 26 A 27 C 28 D
29 E 30 E 31 A 32 B 33 A 34 B 35 C
36 A 37 B 38 E 39 CE 40 A 41 D 42 CCE
43 CCEC 44 ECEE 45 E 46 E 47 EECCE 48 A 49 A
50 E 51 C 52 B 53 B 54 D 55 D 56 C
57 A 58 59 60 61 62 63

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P A L

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