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Equivalência Lógica
O tópico "equivalência lógica" talvez seja o mais importante de toda a lógica proposicional em
concursos públicos.
Por definição, proposições que possuem a mesma tabela-verdade são chamadas de
proposições logicamente equivalentes (ou simplesmente equivalentes).
E o que isto significa? Ora, duas proposições são equivalentes quando elas dizem
EXATAMENTE a mesma coisa; quando elas têm o mesmo significado; quando uma pode ser
substituída pela outra; quando elas possuem os mesmos valores lógicos. Ou seja, quando uma
for verdadeira, a outra também será; quando uma for falsa, a outra também será.
Comecemos com um exemplo bem simples.
p: Eu joguei o lápis.
q: O lápis foi jogado por mim.
Estas duas proposições tem o mesmo significado, apesar de serem escritas com estruturas
diferentes. Quando uma for verdadeira, a outra também será e quando uma delas for falsa, a
outra também será. Elas são, portanto, equivalentes.
Entretanto, não são proposições assim que aparecem nas provas de concurso. Na esmagadora
maioria das vezes são proposições compostas que surgem nos demais certames.
A rigor, devemos construir tabelas-verdade para garantir e verificar se duas proposições ou
mais são equivalentes entre si. Porém, há algumas equivalências que aparecem tanto nas
provas que o estudante precisa ter a habilidade de resolvê-las sem o auxílio da tabela.
Vamos tratar duas equivalências importantes.
A primeira delas ensina como transformar uma proposição composta pelo "Se..., então..." em
outra proposição composta pelo "Se..., então...". A outra ensina como transformar uma
proposição composta pelo "Se..., então..." em uma composta pelo conectivo "ou" (e vice-versa).
i) As proposições "Se p, então q" e "Se ~q, então ~p" são equivalentes.
Esta regra é MUITO IMPORTANTE. Em suma, a regra diz o seguinte (em uma linguagem bem
coloquial): para transformar uma proposição de "se..., então..." para "se..., então...", leia a frase
de trás para frente negando tudo.
Muita gente também fala assim: "volta negando". Vejamos alguns exemplos:
Se sou recifense, então sou pernambucano.
Se não sou pernambucano, então não sou recifense.
Estas duas proposições são equivalentes. Percebeu o processo de construção da segunda a
partir da primeira?
Você deve inverter a ordem das proposições e negar ambas.
Vejamos outro exemplo:
Se não estudo, então assisto Netflix.
Se não assisto Netflix, então estudo.
Vamos agora aprender como transformar de "se..., então..." para "ou".
ii) As proposições "Se p, então q" e "~p ou q" são equivalentes.
Esta regra é também muito importante e tão fácil de aprender quanto à anterior. Veja bem.
Para transformar de "Se..., então..." para "ou", devemos NEGAR O PRIMEIRO
COMPONENTE, trocar o conectivo de "se..., então" para "ou" (ou o contrário) e COPIAR O
SEGUNDO COMPONENTE.
Vejamos um exemplo.
Vou à festa ou não me chamo Guilherme.
Devemos negar o primeiro componente, trocar "ou" por "se...,então..." e copiar o segundo
componente.
Obtemos: Se não vou à festa, então não me chamo Guilherme.
Exercício comentado: