Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Não haverá verdadeira resposta à crise ecológica a não ser em escala planetária e com a
condição de que se opere uma autêntica revolução política, social e cultural reorientando os
objetivos da produção de bens materiais e imateriais.
Essa revolução deverá concernir, portanto, não só das relações de forças visíveis em grande
escala mas também aos domínios moleculares de sensibilidade de inteligência e do desejo.
(REVOLUÇÃO MOLECULAR DO DESEJO)
A instauração a longo prazo de imensas zonas de miséria, fome e morte parece daqui em
diante fazer parte integrante do mostruoso sistema de “estimulação” do capitalismo mundial
integrado. Em todo caso, é sobre tal instauração que repousa a implantação das novas
potências industriais, centros de hiperexploração. P. 5
Trata-se cada vez mais, de se debruçar sobre o que poderiam ser os dispositivos de produção
de subjetividade, indo no sentido de uma re-singularização individual e/ou coletiva, ao invés de
ir no sentido de uma usinagem pela mídia, sinônimo de desolação e desespero. P. 6
Uma mesma perspectiva ético-política atravessa [...] dos desastres legados por um urbanismo
[...] Tal problemática no fim das contas, é a produção de existência humana em novos
contextos históricos. - RELAÇÃO COM O URBANISMO
Mais do que nunca a natureza não pode ser separada da cultura e precisamos aprender a
pensar “transversalmente” as interações entre ecossistemas, mecanosfera e universos de
referências sociais e individuais. P. 13 - NATUREZA NÃO ESTÁ DESVINCULADA DA
CULTURA
As organizações internacionais têm muito controle desses fenômenos que exigem uma
mudança fundamental das mentalidades. A solidariedade internacional é hoje assumida apenas
por associações humanitárias, ao passo que houve um tempo em que ela concernia em
primeiro lugar aos sindicatos…
Aos protagonistas da liberação social cabe a tarefa de reforçar referências teóricas que
iluminem uma via de saída para a históra que atravessamos, a qual é mais aterradora do que
nunca.
Não somente as espécies desaparecem, mas também as palavras, as frases, os gestos de
solidariedade humana. Tudo é feito no sentido de esmagar sob uma camada de silêncio as
lutas de emancipação de mulheres e dos novos proletários que constituem os desempregados,
os “marginalizados”, os imigrados. P. 13
PRÁXIS ECO-LÓGICAS
Façamos votos para que no contexto das novas distribuições das cartas de relação entre o
capital e a atividade humana, as tomadas de consciência ecológicas, feministas, ant-racistas,
etc. Estejam mais prontas a ter em mira, a título de objetivo maior, os modos de produção de
subjetividades - isto é, de conhecimento, cultura, sensiblidade e sociabilidade - que dizem
respeito a sistemas de valor incorporai, os quais a partir daí estarão situados na raiz dos
agenciamentos produtivos. P. 16
A ecologia social deverá trabalhar na reconstrução das relações humanas em todos os níveis,
do socius.
SUGESTÕES
Parece-em que essa é a única via possível para que as práticas sociais e políticas saim dessa
situação, quero dizer, para que elas trabalhem para a humanidade e não mais para um simples
reequilibrio permanente do Universo das semióticas capitalistas. p .17
Desde sempre a “natureza” esteve em guerra contra a vida! Mas a aceleração do “progressos”
técnicos-científicos conjugada ao enorme crescimento demográfico faz com que se deva
empreender sem tardar, uma espécie corrida para dominar a mecanosfera. P. 27