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GIDDENS, Anthony. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2002.

1- OS CONTORNOS DA ALTA MODERNIDADE

Divórcio: buscar novos sentidos, restabelecer identidade, novo sentido do eu deve ser buscado.

Vida pessoal e a vida social: Problemas, crises e relações pessoais dizem, exprimem muito da
modernidade. A modernidade afeta as circunstâncias da vida pessoal, não apenas os aspectos exdternos,
como a reorganização de configurações familiares. Vivendo suas vidas pessoais, as pessoas colaboram
na estruturação da vida social. “Circunstâncias sociais não são separadas da vida pessoal, nem são
apenas pano de fundo pra ela. Ao enfrentar problemas pessoais, os indivíduos ativamente ajudam a
reconstruir o universo da atividade social à sua volta… O mundo da alta mmodernidade penetra
profundamente no entro da auto-identidade e dos sentimentos pessoais (p. 19 e 20).”

Oportunidades e riscos: As relações pessoais oferece oportunidades de intimidade e auto-expressão


ausentes em contextos pré-modernos. Ansiedade, perturbação, mas adaptação e novas iniciativas. Mas
tais relações são arriscadas e perigosas. “Modos de comportamento e sentimento associados à vida
sexual e conjugal tornaram-se móveis, instáveis e abertos. Há muito a ganhar; mas há um território
inexplorado a mapear, e novos perigos a evitar (p. 19)”. Como exemplo, as famílias de adoção. Antes,
por morte. Agora, por reorganização dos laços familiares. Até a terminologia é difícil! “Negociar tais
problemas pode ser árduo e psicologicamente custoso, mas também existe a oportunidade de novos
tipos de relações sociais recompensantes… essas novas formas de laços de família devem ser
desenvolvidas pelas próprias pessoas que se encontram mais direatmente aprisionadas nelas (p. 19)”
Não são mudanças externas; são estruturadas pelas pessoas nelas envolvidas.

Reflexividade: quem mexe com esse trem de casamento sabe (embora não necessariamente no nível da
consciência discursiva) o que anda acontecendo sobre ele na arena social hoje. Estamos de algum modo
conscientes da constituição reflexiva ada atividade social moderna. A auto-identidade é uma trajetória
construída por situaçoes institucionais. Cada um vive uma biografia reflexivamente organizada em
termos do fluxo de informações sociais sobre possíveis modo de vida. A idéia de “ciclo de vida” vai
perdendo sentido. “a modernidade é uma ordem pós-tradicional em que a pergunta 'como devo viver?'
tem tanto que ser respondida em decisões cotidianas sobre como comportar-se, o que vestir e o que
comer… (p. 21)”. O eu reflexivamente construído.

Modernidade: considerações gerais

Instituições e modos de comportamentos europeus pós-feudais, cujo impacto foi mundializado no sec
XX. Industrial, capitalista, vigilante e organizacional. Formas sociais distintas, como o Estado-Nação.
Descontinuidade

Razões do caráter dinâmico da vida moderna: Separação de tempo e espaço, desencaixe das instituições
sociais (fichas simbólicas e sistemas peritos, que dependem da confiança) e reflexividade (revisao a
partir de todo novo reconhecimento).

O local, o global e a transformação da vida diária

tendências globalizantes da modernidade: reorganizam tempo-espaço, dexencaixe e reflexividade


possuem propriedades universalizantes que explicam a natureza fulgurante e expansionista da vida
social moderna.

Globalização: interseção entre presença e ausência, ao entrelaçamento de eventos e relações sociais à


distância com com contextualidade locais. Dialética do local e do global. Ninguém pode eximir=se das
transformações provocadas pela modernidade.

Esvaziamento do tempo e do espaço: caracteríisticas tão desagregadoras quanto unificadoras da


modernidade. “A modernidade tardia produz uma siutação em que a humanidade em alguns aspectos
se torna um 'nós', enfrentando problemas e oportunidades onde não há 'outros' (p. 32)”.

A alta modernidade e seus parâmetros existenciais

A mudança não se adapta nem à expectativa nem ao controle humanos. A percepção de que o ambiente
social e natural estaria cada vez mais sujeito ao ordenamento racional não se verificou. Junte-se a isso a
inclusão crônica de novos conhecimentos que cria novas incertezas que se somam ao caráter falível das
pretensões póss-tradicionais.

Escolha de cursos de ação: no universo pós-tradicional, abre-se um número indeterminado de


possibilidade de cursos potenciais de ação [casar-se novamente?], com riscos correspondentes que se
abre a indivíduos e coletividades. Escolher entre elas é selecionar entre “mundos possíveis”.

Reflexividade e (im)previsão: dada a extrema reflexividade a modernidade tardia, o futoro não consiste
na expectativa de eventos ainda por vir. “os 'futuros' são reflexivamente organizados no presente em
terms do fluxo crônico de conhecimento nos ambientes sobre os quais tais conhecimento foi
desenvolvido – o mesmíssimo processo que, de maneira aparentemente paradoxal, frequentemente
confunde as expectativas que o conhecimento gera (p. 33).”

Por que modernidade e identidade?

Transformações na auto-identidade e globalização são dois pólos da dialética local-global na alta


modernidade. “Mudanças em aspectos íntimos da vida pessoal estão diretamente ligadas ao
estabnelecimento de conexoes sociais de grande amplitude” (p. 36).

Eu e reflexividade: a reflexividade se estende ao eu. Na ordem pós-tradicional, o eu se torna um projeto


reflexivo. As transições antes eram ritualizadas e previamente sabidas. As coisas permaneciam mais ou
mesmos as mesmas geração após geração. Na modernidade, por utro lado, o eu alterado tem que ser
explorado e construído como parte de um processo reflexivo, no qual se conectam mudança social e
pessoal. O indivíduo que tem que cultiva o novo sentido do eu após um divórcio. Constrói-se a partir de
formas sociais pioneiras e inovadoras, como no caso das modernas famílias de adoção. Não se restringe
a crises da vida; é uma caracterstica da atividade social geral moderna.

Modernidade e identidade: aplicação da teoria da estruturação ao estudo da modernidade tardia. Neste


livro, ele aplica, como exemplo ao caso do divórcio, à teoria da estruturação ao estudo da modernidade.

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