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Chamado de um Viking
Mariah Stone
Esta tradução foi realizada por fãs sem qualquer propósito lucrativo e
apenas com o intuito da leitura de livros que não têm qualquer previsão de
lançamento no Brasil.
Alguns termos, gírias, expressões podem ser encontrados bem como objetos que
não estão em conformidade com a Gramática Normativa.
Boa leitura!
SINOPSE
implacavelmente a justiça para as mulheres. Mas enquanto luta com machos alfa
no tribunal, ela não consegue resistir a eles em suas fantasias noturnas. Até que
uma noite, quando está prestes a dizer "sim" para outro gigante tentador, ela
percebe com um choque que não está em um sonho - mas de volta à antiga
Noruega!
O jarl viking Sigurd ama seu povo e jura mantê-lo seguro. Mas depois de
um alvo fácil para seus inimigos. Com poucos homens sobrando, sua única
ajudem - uma solução a qual despreza profundamente. Mas quando uma deusa
loira aparece do nada, o que mais isso poderia ser senão um presságio?
cenas de sexo explícito, você vai adorar o cativante conto norueguês de Mariah Stone.
PRÓLOGO
de uma montanha perto do fiorde. Ele estava ao lado de seu pai, Jarl Randver, na
praia perto de sua aldeia. Dez dúzias de seus melhores guerreiros esperavam
pelo inimigo bem ao seu lado, machados, escudos, espadas e arcos prontos para
a batalha.
Jarl Fuldarr. Isso significava que a irmã de Sigurd, Vigdis, falhou em sua missão
Também significava que seus homens não podiam enviar uma chuva de
— É minha culpa. — Disse Sigurd ao pai, que agarrou seu grande machado
com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos. — Eu não deveria tê-la
coisas importantes para as mulheres. — Seu pai apontou para os navios com seu
que quer.
Randver grunhiu quando uma sombra de dor passou por seu rosto. Já fazia
um ano que estava doente, uma doença desconhecida o consumia por dentro, a
dor roubando seu sono e drenando seu corpo. Sigurd vinha desempenhando o
papel de jarl do pai. Ele havia começado a construir uma fortaleza ao redor da
fortes os deixaram porque Sigurd não podia atacar. Sigurd precisava negociar a
paz com Fuldarr, pois eles não estavam em posição de resistir a tais
ataques. Enviar Vigdis parecia uma boa ideia. Sim, ela era uma mulher, mas era
— Eu deveria ter sido mais rígido com ela. — Disse Randver. — Ela não teria
assumido que o mundo deve tudo a ela. Deveria apenas ter cumprido seus
deveres como sua mãe e como todas as mulheres. Você não deveria ter confiado
nela. — Ele se virou para Sigurd. — Nunca confie em uma mulher, filho.
O que aconteceu com Vigdis foi culpa dele. A culpa pairou em seu peito
como uma rocha. Ele esperava não ter enviado sua irmã para a morte. Se Fuldarr
tivesse tocado em um fio de cabelo de sua cabeça, Sigurd cortaria seu coração e
para eles, mas ninguém se moveu. No maior navio, Sigurd viu Jarl Fuldarr no
brynja1 mais rico que ele já tinha visto, sua longa barba trançada, seu cabelo
escuro penteado e oleado, uma capa de pele de zibelina caindo de seus ombros -
de seu pai.
Era Vigdis, viva e inteira, suas costas retas, seus longos cabelos dourados
escondidos sob um lenço de seda - o sinal de que ela estava casada. Seu rosto
estava frio como o de uma rainha. Ela usava o vestido mais lindo que ele já vira,
a cor de um pôr do sol quente de verão, e joias de tal beleza que ele só vira uma
de zibelina aninhava sua garganta. Isso a deixava linda, assim como sua mãe. A
Couraça. É uma peça de armadura largamente utilizada, nomeadamente pelos cavaleiros e infantes,
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em diversos períodos da Idade Média. No caso dos vikings, dá pra imaginar mais ou menos isso aqui.
dor da perda atingiu o coração de Sigurd com a memória da primeira mulher
que trouxe a traição para sua família. Seu pai estava certo, como sempre.
cintilou nela.
— Então, pelo que vejo, suas negociações foram bem. — Disse Randver. —
— Fuldarr me ofereceu algo que você nunca faria. — Ela ergueu o queixo. —
Palavras iguais em sua longa mesa. Para sempre. Ele está me tratando como uma
Fuldarr. — O que você veio fazer, Fuldarr? Somos uma família agora, não
somos?
Sigurd ouvisse. — Ela contou a ele sobre todas as nossas defesas. É por isso que
Sigurd sibilou: — Não vou deixar você aqui. Existem o dobro deles.
Randver riu, e seus olhos azuis brilhantes brilharam pela primeira vez em
muito tempo. — Filho, serei grato por esta morte. Uma arma tirará minha vida e
não a doença que me agarrou pelas bolas como um menino. Odin me receberá
hoje em Valhöll, e beberei hidromel com ele e meu pai. Esperarei por você lá
deles, a morte certa de seu pai, fizeram a bile subir em sua garganta. A última
coisa que ele queria era deixar seu pai e seus melhores guerreiros na primeira
linha de defesas, mas ele sabia que Randver estava certo. A vila precisaria de
Ele não podia acreditar que sua irmã o traiu depois da maneira como ele a
protegeu por toda a vida. As palavras de seu pai deixaram marcas em seu
ao seu redor como gotas de chuva. Sigurd tocou o pingente do martelo de Thor,
que sempre lhe trazia sorte, e sussurrou: — Não vou, pai, eu prometo.
CAPÍTULO UM
Nova York, 2018
pareciam que seus melhores dias haviam ficado muito para trás.
a Cinderellas Inc. Seu supervisor as despediu assim que descobriu que estavam
grávidas. Donna ficou feliz por elas terem sido corajosos o suficiente para
processar. A maioria das mulheres em sua situação não ousava fazer isso.
o dedo indicador para as clientes, sinalizando que voltaria logo e saiu para o
corredor.
— É por isso que estou ligando. Houve uma mudança, e eu preciso que você
mantenha a calma.
— Uma mudança?
Daniel parecia um deus nórdico de terno. Um típico macho alfa, achava que
apenas mulheres bonitas deveriam ser secretárias e que todas as CEOs e políticas
do sexo feminino eram lésbicas. Três anos atrás, ele insistiu que Donna deveria
parar de trabalhar, encontrar um marido rico e dar à luz cinco filhos. Naquela
época, ela esperava secretamente que ele quisesse ser esse marido. Apesar de si
Graças a Deus ela não tinha feito isso. Não que ele já tivesse proposto. Em
retrospecto, ela estava feliz por ele ter parado de dormir com ela um dia. Ele lhe
por um pedaço de dar água na boca com um grande ego e um sorriso sexy.
Era por isso que ela namorava apenas geeks - geralmente escritores ou web
designers. Caras que respeitavam as mulheres. E daí se o sexo era tão rançoso
carreira. Nossa carreira. Isso pode ser enorme para nossa empresa. Ponha de lado
—Boa sorte.
Donna desligou e apertou as mãos para aliviar a pressão. Quando ela voltou
para a sala de espera, uma mulher mais velha estava em seu assento. Ela parecia
uma avó universal com óculos pequenos e redondos e tricotava um lenço largo
celta ou viking. Um fuso dourado estava em seu colo. Donna não teve tempo de
pensar em como ela era peculiar, porque bem ao lado da mulher, no assento de
Donna congelou como se tivesse batido em uma parede de vidro. Ela não o
via há três anos, e ele parecia ainda mais gostoso - e mais arrogante - do que
paternalista, como se ela fosse um gatinho fofo prestes a lutar contra um touro.
ódio queimou como ácido. Ele estava usando seus sentimentos passados contra
Sua cliente grávida de oito meses estava de pé, esfregando a parte inferior
das costas, encostada na parede e fazendo uma careta de dor, enquanto o filho de
uma borboleta estava sentado em sua cadeira como se esperasse por uma
Não. Isso não tinha simplesmente acontecido! A fúria acendeu seu sangue
egocêntrico! Você ocupou o assento de uma mulher grávida? Você disse a ela
para voltar para o México? Você percebe que podemos processá-lo pessoalmente
O rosto de Daniel perdeu toda a cor, e o sorriso afetou seu rosto como uma
toalha molhada.
Isso era novo. Ela nunca o tinha visto gaguejar assim. Talvez ela devesse
show, Sr. Gleason não roubou meu assento. Minha parte inferior das costas está
novamente.
disposto a esquecer seus insultos se puder te pagar uma bebida depois da vitória
Donna respirou fundo. Ela percebeu que Daniel tinha conseguido o que veio
controle.
Não, ela não daria a ele essa satisfação. Ela era uma ótima
menos ela pudesse encontrar a confiança. Todo mundo estava olhando para
lábios.
—Você sabe o que, Daniel? Eu nunca vou deixar você vencer. Você pode
processo, saiu da sala de espera para o corredor como uma estudante do ensino
médio. Felizmente, o corredor estava vazio, então ela poderia respirar por um
momento.
sotaque que Donna não conseguia identificar. —Eu não pude deixar de
A senhora sorriu. —Exatamente. Você poderia segurar isso para mim, por
favor?
Ela estendeu o fuso, que Donna notou agora serem galhos de árvores
perguntou à distância, quem usaria um fuso hoje em dia? Sua palma se fechou
em torno dele.
O metal queimava suas pontas dos dedos como uma xícara de chá quente
depois de um dia frio, suave e afiado. A sala de espera desapareceu. Era como se
algo sugasse o sangue de Donna para fora de seu corpo, mil machados cortassem
sua carne e uma fornalha derretesse seus ossos. Ela gritou de dor, mas só ouviu o
esticou, seus punhos enrolados em uma corda, levantando uma estaca que se
lado para que ficasse verticalmente. Eles precisavam de pelo menos mais um
homem atrás de Sigurd para puxar a corda e mais um para ajudar Floki.
que os deuses devem ter esculpido quando estavam criando o mundo. Parecia
que rochas de tamanhos diferentes haviam sido grudadas por uma força
de fortificação do Oeste. Do Norte, a vila era protegida pelas montanhas, mas era
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defesa, já que fazia fronteira com a praia onde qualquer invasor vindo por mar
chegaria.
salientes.
masculina. Sigurd esperava que seu pai festejasse com Odin em Valhöll, pois ele
ele. Felizmente, Sigurd havia vencido, sua segunda linha de defesas inclinando a
balança para o lado deles. Fuldarr recuou com apenas um terço de seus navios - e
com Vigdis.
Fuldarr não se recuperaria logo de tal derrota, mas nem mesmo Vörnen. A
batalha, que durou muitas horas, os tornou um alvo fácil para os invasores. Foi o
fim da temporada de ataques, graças aos deuses, então ninguém os atacou desde
então. Agora era junho, e a maioria dos vizinhos estava ocupada plantando
verduras, centeio e cevada deste ano - ainda muito cedo para invasores. Eles
final do verão, ou seriam um alvo fácil para invasores comuns. Mais preocupante
ainda era o ano que vem, quando Fuldarr provavelmente já teria reunido novas
tropas.
A corda queimou a mão de Sigurd e rangeu suavemente. Ele tinha que
homens.
cesta. Seus olhos se arregalaram e ela correu em direção a eles, a cesta jogada no
chão. Ela pegou a corda atrás de Sigurd e puxou com ele. Sigurd sentiu que a
corda cedeu com mais facilidade e a estaca começou a se mover na direção deles,
Ela apenas gemeu e puxou com mais força. A ponta do tronco se ergueu,
cometeria um erro, ela não tinha ideia de como fazer isso e faria com que os dois
fossem mortos.
A raiva cresceu no estômago de Sigurd como bile quente. Ele tinha visto o
perto da fortaleza!
A raiva deu a Sigurd uma força que ele não sabia que tinha. Ele puxou a
caminho rachou no lugar mais fino com o golpe. Areia e pequenas pedras
vala.
O ar mudou como se o calor irradiasse do solo, mas então ele se foi. Freyja, a
tivesse diminuído.
Sigurd olhou para ela. Ela era a mulher mais bonita que ele já tinha
visto. Sua pele era perfeita, suas pálpebras brilhavam com tons de poeira estelar
dourada, seus suaves lábios rosados inchavam como se pedissem um beijo. Ela
usava as roupas mais estranhas que ele já tinha visto: uma jaqueta cinza abraçava
sua cintura e braços de forma que ela tinha pouco espaço para se mover; uma
saia agarrava-se aos quadris e terminava logo acima dos joelhos, expondo
um homem estavam colados nos saltos de seus sapatos brilhantes. Ela os usava
como armas?
poderia ter sido feito com magia por anões de lendas. Pérolas estavam presas em
suas orelhas. Uma braçadeira ao redor de seu pulso tinha um círculo branco,
pequenas runas ao longo da borda e duas flechas que apontavam para eles do
centro, finas como agulhas de osso. A armadura fez tique-taque e uma das
flechas se moveu.
Mãos humanas não fizeram esses objetos. — Ela deve ser uma deusa. —
Sussurrou Sigurd.
Sigurd pressionou o ouvido contra sua jaqueta, aquecido pelo calor de seu
parecia ilesa.
A realização atingiu Sigurd. Ele olhou para seu povo. — Os deuses devem
Ele não confiava em mulheres mortais, mas deusas eram outra coisa.
trouxesse força para acabar com a fortaleza no final do verão. Com o número de
vamos fazer com ela? Ela me parece bem à primeira vista, mas preciso examiná-
galinha no chão, vacas mugindo. Ela não deveria nem mesmo dormir em um
—Por que não? — Disse Floki. — Foi bom o suficiente para Vigdis por toda a
Ela se virou para Sigurd. — Ela precisa estar no melhor lugar de toda a aldeia
e caminhou em direção à aldeia. Sua pele formigou onde seu corpo pressionou
contra o dele. Afinal, pode não haver nada de errado em ter uma deusa em sua
cama.
CAPÍTULO TRÊS
Estranho. Isso deveria ser um sonho. Ela não se lembrava de ter ido a um
acontecera em sua vida desperta permanecia nos cantos de sua psique como um
ladrão. Ela queria esquecer isso, fazer isso ir embora. Se este era
um daqueles sonhos, com um homem ao lado dela, seria melhor ela desfrutar de
sua companhia.
Ela abriu os olhos e viu a silhueta de alguém grande deitado de costas para
Isso era novo. Seus sonhos sensuais geralmente começavam perto da ação -
morrendo de fome e ela fosse sua última refeição. Quando ela estava acordada,
tábuas ásperas. Três arcas ficavam perto da porta de madeira, que tinha vãos e
oferecia pouca privacidade. Não havia janelas. O vento uivava lá fora e o cheiro
Não era seu apartamento em Nova York, isso era certo. Que fantasia
estranhamente vívida.
olhou sob o cobertor de pele. Ela usava uma espécie de camisola de linho,
Donna estava curiosa agora para saber que tipo de cara seu subconsciente
havia criado desta vez. Viking pela aparência da sala.... Ela estendeu a mão para
o ombro maciço e correu as pontas dos dedos ao longo de sua forma. O homem
Donna franziu a testa. Ok, mestre dos sonhos, isso foi muito real. Podemos
Ela deslizou para mais perto do homem, roçando a mão em sua omoplata e
descendo pelos músculos protuberantes de suas costas. Mas antes que ela
garganta.
Donna engasgou, a adrenalina enviando seu coração em uma batida
costas. Donna agarrou o cobertor de pele sob o queixo e rastejou para o canto
leão. Ele colocou a faca de lado. — Não brinque com um guerreiro adormecido.
Quando sua frequência cardíaca começou a diminuir, ela percebeu que ele a
Ela o estudou. Ele era impressionante: cabelo loiro-escuro, barba curta, olhos
da cor do céu de chumbo. O ar zumbia ao redor dele e, embora ele não a tocasse,
Isso serviria.
Quando as palavras saíram de sua boca, ela sabia que falava uma língua
Ela franziu o cenho. —Eu estou? Não me lembro como cheguei aqui.
— Você acabou de aparecer. Eu trouxe você para cá. Espero que você ache
aqui satisfatório.
Donna mordeu o lábio. Ela se lembrou da aula de história que um jarl era
antecipação aqueceu seu corpo. Ele estendeu a mão e roçou o lábio inferior com o
— Donna.
— Donna. — Ele rolou o nome dela na língua como um doce. Seu olhar
para mais perto. Seu cheiro a envolveu. Mar fresco, pinheiros e o cheiro
palmas das mãos desceram e pousaram em seu peito saliente coberto de cachos
loiros. Seus dedos percorreram seus antebraços e massagearam os músculos de
Deitar com ele? Ela estava pronta para vender sua alma para passar uma
— Sim.
Ele inclinou a cabeça e selou sua boca sobre a dela. Seus lábios firmes eram
As mãos dele desceram por suas pernas e puxaram a camisola pela cabeça
até que ele libertou Donna dela. Sua pele nua queimava com antecipação. Seus
dedos circundaram seus mamilos, mas não os tocou. Eletricidade disparou por
ela, seus seios doeram agradavelmente. Seu corpo se contorceu contra ele,
impaciente por mais, a doce fricção tornando-a flexível e quente. Ela pegou a
prendendo-os com uma das mãos, depois voltou aos seios e amassou-os com a
outra. Suas costas arquearam e ela se pressionou contra a palma da mão dele. Ela
— Eu quero que você implore. — Sua voz rouca ressoou em seu peito.
Oh, não vai demorar muito.
A mão dele desceu pelo lado dela, de volta entre as pernas, provocando os
dedos. Uma leve pincelada de seu polegar sobre seu clitóris a fez gritar. Quando
sua garganta. Um segundo dedo entrou, trabalhando mais devagar do que ela
queria, mas mandando-a para um mundo de doce agonia que não tinha ideia que
existia.
tive.
Donna estava muito quente e longe demais para entender totalmente suas
palavras.
— O que quer que você diga... por favor, não pare. — O corpo dela
Vörnen.
Isso era muito preciso. Donna abriu os olhos. Ele pairou sobre ela com uma
carranca.
O suor frio brotou em sua pele. E se isso não fosse um sonho? Ainda
excitada, Donna percebeu sua nudez. Ela se sacudiu para tirar as mãos de
— O que?
cócegas a percorreu.
O horror lustroso desceu por sua espinha. Ela tinha acabado de instigar o
tendo alucinações? Isso era muito real - e o beliscão de Sigurd doeu. Ela foi
depois de tocar aquele fuso. Ela caiu e teve uma concussão? Mas sua cabeça não
doía.
Onde quer que ela estivesse e o que quer que tivesse acontecido, uma
disso, chutando-o e mordendo. Ela tinha que saber. Mas ele era como uma
montanha.
Ainda segurando seus braços, ele se levantou. — Não pense que vou deixá-
Donna acenou com a cabeça. Ele a soltou e foi até a porta, bloqueando-a. Ele
garganta ao vê-lo poderoso. Ele era o homem mais magnífico que ela já tinha
visto.
Ele acenou com a cabeça para um dos baús com o queixo. — Aqui estão
algumas roupas para você. As que você chegou não são adequadas para nossas
condições. Talvez elas sejam perfeitas para o seu mundo — ele apontou o dedo
para o teto — mas aqui, você vai congelar nelas. Escondi suas armas em um
Donna teve vontade de rir. Ele achava que seus estiletes eram armas? Isso
era ridículo.
Ela se levantou, o cobertor de peles ainda enrolado em volta dela para cobrir
sua nudez, e caminhou até os baús. Ela abriu o que ele apontou e encontrou uma
de couro macio.
— Vire-se, Sigurd.
lugar, ainda não confio em você. Em segundo lugar, não vou negar a mim
propriedade
— Um o quê?
— Eu não vou me trocar enquanto você está tiver olhando para mim.
O queixo de Donna se ergueu e ela reprimiu sua raiva. Ela precisava ver
onde estava. Ela tinha que decidir o que era mais importante, seu orgulho ou
descobrir a verdade. — Qualquer que seja. Você quer me ver nua? Por mim,
respiração e Donna escondeu um sorriso. Sem olhar para ele, mas com as
confortáveis.
Sigurd vestiu uma túnica e pegou um machado. Ele agarrou seu cotovelo e
Ele agarrou seu braço com mais firmeza, abriu a porta e a conduziu por um
corredor gigante.
Donna olhava tudo com a boca aberta. O corredor era escuro, espaçoso e
fogo crepitava suavemente em uma longa lareira no centro da sala. Ao longo das
paredes, havia bancos com pessoas dormindo neles. As colunas eram decoradas
com padrões Viking que lembravam Donna do fuso dourado. Cheirava a feno,
cerveja e madeira.
paredes ao longo de suas costas. O ar estava fresco e quase tinha um gosto doce.
Parecia que, por algum milagre, Donna estava de fato na Noruega, em uma
volta no tempo...
Não. Impossível. Deveria ser algum tipo de reconstituição. Mas como ela
chegou aqui e como voltaria para casa? Ela era uma prisioneira aqui? Sua visão
escureceu, a terra mudou sob seus pés. Sua mão procurou por algo para se
Ela olhou para Sigurd, seus olhos se encontraram, e a sólida força em seu
Havia algo tão humano em sua reação. Ela não parecia uma deusa em
Ele cerrou os dentes. Seus músculos ainda estavam encharcados com o gosto
residual do corpo dela contra o dele. Ele não conseguia se lembrar de querer
nenhuma mulher tanto quanto ele a desejava. Tudo o que ele sentiu ao lado dela
era quase divino. Ele havia pensado que, finalmente, os deuses sorriram para ele.
Mas se ela não tinha intenção de estar aqui, por que os deuses a
Desossado, conquistou?
não existe mais? Pare de brincar! Todo mundo já ouviu falar de Nova York.
Loki. Onde fica isso? Parece que pode ser na Irlanda, embora eu nunca tenha
ouvido falar.
segurava. Ela lutou para libertá-lo. — Você vai me soltar! Eu não saberia para
onde correr!
Ela era muito pequena, mas tão agressiva. — Você está me achando um
idiota, deusa?
Sua boca abriu e fechou. Ele sorriu. Inspirado por uma ideia, ele olhou para
Sem conceder a ela uma resposta, ele a puxou para si, soltando seu cotovelo
e envolvendo os braços em volta dela, a corda em suas mãos. Seu corpo estava
pressionado contra ele e suas pupilas dilatadas, os lábios macios se abrindo. Seu
doce perfume o envolveu: frutas frescas e madeira aquecida pelo sol, e ar fresco
empurrando-o para longe, mas ele a segurou no lugar. Sua cintura era tão
estreita, tão frágil. A memória de sua pele sedosa sob seus dedos o fez engolir em
algum tipo de escrava para você? Solte-me de uma vez! Como você ousa!
Donna não poderia parecer uma escrava, mesmo que tentasse. Em vez disso,
ela parecia a deusa das tempestades, suas bochechas coradas, seus olhos
Mas ele não podia agir de acordo com seu desejo agora. A fortaleza
precisava ser construída, e ele precisava saber se a deusa poderia ter alguma
utilidade. Sem dizer outra palavra, ele caminhou pelo caminho de terra em
direção ao arco, puxando-a atrás de si. Ela cravou os pés como uma cabra
teimosa.
— Para o arco de pedra onde você apareceu. Ou o arco ou você tem poderes
Donna parou de lutar. Sigurd olhou para ela. Ela assistia a tudo com olhos
grandes e boca aberta. Ela estava pálida e mal olhou para onde caminhava. Eles
estavam passando por outras malocas, o que havia para olhar? Talvez as
esculturas magistrais de Floki nas vigas? Ele havia esculpido seu projeto pessoal
que distinguia Vörnen de outras aldeias. Sim, elas eram algo para se admirar,
mas Donna olhava para tudo como se esperasse que trolls e gigantes de
Jötunheimr saíssem das portas e de trás dos cantos das casas. Ainda era cedo,
— Um o quê?
medieval? Onde estão os postes de energia? Por que não há janelas nas
casas? Esses navios... — Ela apontou para os barcos na praia, atrás da parede
explicação lógica. Vocês são algum tipo de culto? Ou algo como os Amish, mas
na Noruega?
— Pare já com a 'deusa', por favor! Deixe-me pensar. Eu sou uma pessoa
aquela senhora.... Espere. Você disse que eu acabei de aparecer. Sob esse arco,
última casa, escondido atrás do bosque. A rocha que quase matou Donna ainda
estava no chão.
Sigurd apontou para ele. — Este é exatamente o local onde você apareceu
ontem.
meio do nada. Até o fiorde está longe, então não pude vir por mar. Há árvores
largaram? Mas não sinto dor em lugar nenhum. Como eu poderia simplesmente
aparecer?
cavalgando? Sigurd procurou por quaisquer sinais de magia que ela pudesse
experimentar estando ao lado do arco. A única magia que ele sentiu foi seu
batimento cardíaco acelerado causado pela presença dela. — Você sente alguma
cintura.
Sigurd afrouxou um pouco o nó. Seus dedos derreteram onde tocaram sua
cintura. Por que ela teve tanto efeito sobre ele? Ele estava ardendo por ela.
Isso não era bom. Ele não podia dar a ela esse poder sobre ele.
Ele engoliu em seco e pressionou. — Alguma mágica? Você pode fazer a
pedra subir?
porque ela o deixou ao lado. Ela circulou a pedra, seus passos graciosos, suas
Embora Sigurd a tivesse trazido aqui, ele não gostava que ela farejasse as
pegasse uma pedra e o esmagasse mais tarde durante o sono? — O que você está
procurando?
— Não sei. Quaisquer sinais de uma explicação lógica. Uma mordaça tratada
com clorofórmio. Uma porta escondida. Uma caixa de espelho. — Ela congelou e
olhou para ele. — Espere. Você disse que Asa estava com você? Ela é velha e tem
um fuso dourado?
guerreiros. Sigurd havia dado todo o seu ouro para reter os últimos guerreiros
fortes quando seu pai adoeceu e, desde então, eles não haviam feito um único
ataque. O ouro se foi, e apenas a prata permaneceu; mas que também estava
desaparecendo rapidamente enquanto pagava aos homens restantes. Ele só podia
esperar que eles fossem capazes de fazer ataques no próximo ano, uma vez que a
Sigurd franziu a testa, algo que Donna disse que chamou sua atenção.
Um fuso dourado. E uma velha.... Será que... — Onde você viu a velha com o
fuso?
— No tribunal de Nova York. Ela veio até mim e disse que um homem
precisava de mim, e então ela me pediu para segurar seu fuso dourado. Havia
padrões esculpidos nele, pareciam com os de suas colunas. Ela estava tricotando
conosco. Um trovador que visitou meu salão - na época em que meu pai era o jarl
- cantou uma lenda na qual as Três Nornas tinham um fuso de ouro, um de prata
e um de bronze.
As sobrancelhas de Donna se ergueram. Sigurd olhou para o arco. Sempre
pareceu que era mais do que apenas uma estranha coleção de pedras empilhadas
juntas. Deveria ser. Ele desejava agora que tivessem um padre ou uma bruxa na
vila, alguém que conhecesse seidr, a arte da magia e bruxaria. Estes saberiam
sobre o arco.
Mas mesmo Sigurd, que não era um bruxo, podia sentir algo poderoso além
das palavras naquelas rochas. Portanto, não foi surpresa que alguém como
corda esticou e ele se sentiu como um troll pegando um peixe lutando. Ele a
puxou de volta. Ele não queria que ela tocasse nas pedras sagradas. O arco
Donna apertou as mãos exasperada, mas depois olhou para ele com
— Porque eu disse.
3 Tipo um condado
— Eu não acredito nesse absurdo. Eu sou uma advogada de Nova York, pelo
amor de Deus. Não existe tal coisa como Nornas e não existe magia.
Mas enquanto dizia isso, suas palavras foram sumindo. Sigurd cruzou os
braços sobre o peito. Ela não acreditava em magia? Mentiras. Ele a agarrou pelo
Seu rosto era uma máscara de fúria, seus seios pressionados contra ele
Ela estava tão perto que ele inalou o doce aroma de seu hálito. O desejo de
— Eu não dou a mínima para o que você acredita. Você está aqui porque o
ser mais poderoso de todos os mundos te quer aqui. Comigo. Agora. Pare de agir
lógica - embora impossível – dilacerava a sua mente como uma febre alta. O
contra ela faziam seu coração disparar e sua pele zumbir com doce
antecipação. Ele estava tão perto que ela poderia beijá-lo. Mas dane-se se
Ela engoliu em seco. — Eu não sou uma deusa. — Ela não conseguia
acreditar no que estava prestes a dizer em voz alta. — Eu sou uma mulher
normal. Do futuro.
Ao ouvir suas próprias palavras, ela bufou bem na cara dele. Ele piscou, e
uma risadinha escapou dela, provocada por seu espanto, a tolice de bufar no
— Você terminou?
Ele grunhiu.
— Por que você não está pirando, Sigurd? Parece loucura. É a coisa mais
Ela sentiu o peso dos olhos de Sigurd sobre ela. — Uma mulher do futuro.
— Seu olhar viajou para cima e para baixo em seu corpo e, apesar de si mesma, o
calor pulsou por ela, fazendo sua pele formigar. — Como você sabe?
cenho. —É isso.
Ela riu. — Não, eles são apenas para caminhar. Beleza. O mundo é um lugar
mais pacífico daqui a cerca de mil anos. Bem, relativamente. A maioria das
Ah, não. A mãe dela! Ela deveria estar doente de preocupação. Quem
ajudaria as quatro clientes de Donna? Sua mãe não conseguia nem conciliar seus
próprios casos, imagina os de Donna, que era a maior que a pequena firma que
ela já teve.
— Oh, eu acredito em você. Nornas podem fazer isso. Deve ser Skuld. —
Disse ele, e Donna entendeu que Skuld era o nome de uma que significava “O
que será”.
brincando. Um homem moderno duvidaria de suas palavras. Mas ele não era um
— Não sei! Ela cometeu um erro. Não tenho ideia do que posso fazer para
O peito de Donna ficou tenso. Sem volta... Mesmo estando ao ar livre, ela se
móveis batendo nas paredes. Sua mãe discutia com seu então namorado, Joseph,
disparou, ela correu em direção à porta para ir até a mãe, mas a porta não
Donna para que ela não os incomodasse quando Joseph passava a noite. Ela ficou
o resto daquela noite enrolada em uma bola, com as mãos pressionadas contra as
orelhas e os olhos fechados para não ver as paredes de seu minúsculo quarto em
Vários anos depois, Donna descobriu que nesta noite Joseph disse a sua mãe
mãos tremeram e seu peito começou a doer. Não. Ela não poderia ter um ataque
não construirmos a fortaleza, toda a aldeia pode morrer. E você está aqui para
evitar isso, mesmo sendo apenas uma mulher. Talvez por você ser do futuro, seja
diferente. Então, me perdoe se não estou com pressa para ajudá-la a voltar.
do final do verão, e a fortaleza não cresce rápido o suficiente. O que você pode
— Não.
— Não.
— Então não vai ajudar em uma batalha. Como você vai ajudar?
deixou seus pés pesados e suas mãos fracas. — Não sei! Pergunte sua Norna.
mulheres que foram maltratadas. Por homens, por seus empregadores, pelo
governo.
marido, pai ou irmãos vingá-la. Não é tarefa de outra mulher. Além disso, não se
pode confiar a nenhuma mulher mortal uma coisa tão importante como a lei. O
A raiva cresceu dentro dela e Donna respirou fundo para se acalmar. Eram
tempos bárbaros, ela se lembrou. — Quero que você saiba que em pouco mais de
mil anos, as mulheres terão tantos direitos quanto os homens. Oficialmente, pelo
— Você é inútil para a fortaleza. Apenas fique fora do caminho. Já que você
passou pelo arco, ali deve ser a entrada então pode ser capaz de voltar. O arco
será reconstruído porque é uma parte importante das defesas, não por sua
causa. E então, se você vai ou fica, não me interessa. Mas não ouse tocar em
limpar. Não fale com ninguém. Volte para a maloca. Se você estiver com fome,
Donna ficou sem fôlego com todos os insultos. Trabalho feminino... Fique
meu quarto ao anoitecer. Eu não terminei com você lá ainda. — Ele atirou por
cima do ombro.
CAPÍTULO SEIS
Donna ficou parada por um momento, sua boca se abrindo sem um som,
choque e raiva fervendo em seu estômago como água em uma chaleira, mas
também havia outra coisa, algo que ela se proibiu de sentir. Seus músculos
Não. Não! Ela não conseguia agir de acordo com esses sentimentos. Sim,
estava atraída por ele, mas Sigurd e ela não tinham nenhum futuro. Ele era
exatamente o tipo que decidira evitar desde Daniel. E - o mais importante - ela
não pertencia a este lugar e precisava voltar. Ela, uma advogada de Nova York,
com um Viking! Ela zombou, mas o pensamento não soou tão ridículo quanto
queria.
direção ao arco e colocou as mãos sobre ele. As rochas eram frias e ásperas, sem
vida. Ela até fechou os olhos com força, na esperança de abri-los em Nova York.
O povoado estava bem acordado agora, pessoas ocupadas com seu trabalho
vacas, ovelhas e cabras nas pastagens com —ei— e — tsk tsk tsk. —As crianças
De longe, Donna viu Sigurd sair da casa grande. Ela esperava que ele a
visse, mas ele caminhou em direção ao centro da vila. Totalmente armado com
A respiração ficou presa em sua garganta ao vê-lo. Para onde ele ia? Se
Donna queria voltar, ela precisava consertar o arco. E, para isso, precisava que
Sigurd fizesse algo agora, não na hora que quisesse. Donna o seguiu.
presa ao pensar que esses adolescentes - essas crianças - estavam treinando para
a guerra. Sigurd gritou comandos e eles se agruparam, se reagruparam, lutaram
entre si e com ele. Ele os corrigiu, elogiou e deu hematomas. Eles o observavam
E ele parecia um. Quem era o deus da batalha? Thor, não é? Bem, poderia
Pela primeira vez desde que chegou, ela teve um momento para pensar e
realmente se perguntar que tipo de homem ele era. Sigurd certamente deveria ser
com seu povo que havia colocado tudo em risco para construir a fortaleza. Ele
trabalhava com suas próprias mãos ao lado de seu povo - ele disse que estava
construindo a paliçada com Floki e Asa quando ela apareceu lá. E agora, estava
tomando um cuidado pessoal para garantir que esses meninos tivessem uma
chance contra qualquer inimigo que os ameaçasse. Ele parecia ser um bom
Não, ela não deveria permitir esses sentimentos. Tudo isso era bom, mas ele
Alguém agarrou seu pulso e a girou. Um Viking que ela não tinha visto
antes pairou sobre ela. Ele era mais jovem que Sigurd e mais baixo, com uma
deveria chutar sua bunda, mas não queria agravar a situação. — Saia de cima de
mim!
Ele usava uma túnica feita em casa, embora a sua fosse mais velha que a de
— Você não parece uma deusa. Você parece uma prostituta de Freyja.
Donna engasgou, e os pelos de sua nuca e braços ficaram de pé. Ele a puxou
para si. — É melhor você vir comigo. — Ele sussurrou úmido em seu ouvido. —
Era isso. Ela teve o suficiente. Donna ergueu o braço com que ele a
segurava. O jovem perdeu sua vantagem quando seu braço foi levantado de
repente. Usando sua confusão, ela agarrou seu pulso com as duas mãos, torcendo
seu braço em uma linha reta e fazendo-o virar de costas para ela. Então Donna
empurrou seu braço esticado e ele caiu de joelhos no chão, rosnando de dor.
um trovão.
Ela olhou para Sigurd, e o choque escrito em seu rosto foi impagável. Donna
pudesse forçar um Viking a ficar de joelhos, ela poderia lidar com qualquer outra
— Deixe-me ir, sua puta! — Geirr gemeu. — Jarl, eu não sabia que ela estava
reivindicada.
Donna prendeu a respiração. Uma emoção proibida passou por ela. Suas
palavras soaram tão erradas e primitivas, mas, oh Deus, isso a fez querer se jogar
— Deixe ele ir, Donna. Ele não vai te machucar. Ninguém irá.
Ela soltou Geirr, e ele se levantou, encarando-os e olhando Sigurd por baixo
fortaleza?
Sigurd lentamente virou Donna. Ele pairava sobre ela como a montanha
sobre o fiorde, seus olhos muito cinzentos. Mas eles não estavam cheios de desejo
Ele tinha pensado que talvez as mulheres do futuro fossem diferentes, mais
Ele deveria ter sido mais cuidadoso com ela, deveria apenas tê-la trancado e
colocado guardas para se certificar de que ela não vagaria pela vila, confundindo
Enquanto ela estava tão perto dele - seus olhos grandes, seus lábios
isso. Tomá-la, torná-la sua, mergulhar em seu perfume como ele mergulhou nas
águas do fiorde, esquecer-se de si mesmo em seus braços e encontrar alívio em
suas profundezas.
Os olhos de Donna se arregalaram. —Ele veio até mim! Ele me agarrou e...-
Sigurd rosnou. — Eu disse para você ir para a maloca. Apenas fique aí. Não
Eles chegaram em seu grande salão, e Donna começou a lutar, mas ele a
virou para encará-lo, seus olhos eram uma fúria azul na escuridão do quarto.
reivindico...
Sigurd não sabia metade do que ela estava falando. Ditador? O que era isso?
Ele engoliu em seco e olhou para o objeto em questão, que estava cheio de
Sigurd deu um passo em sua direção. Ela lutaria com ele em tudo? — Eu não
acho que posso. — Sua mão subiu para o seu rosto e ele traçou a curva suave de
sua bochecha.
Sua pele parecia a de uma deusa. Nenhuma mulher que ele conheceu tinha
uma pele assim. Seus doces lábios se separaram ligeiramente com seu toque. Ela
poderia dizer o que quisesse, mas estava afetada tanto quanto ele.
Antes que a voz em sua cabeça pudesse rugir para parar e sair, ele abaixou a
cabeça em direção a ela. Ele precisava reclamá-la, disse Sigurd a si mesmo, antes
muito perdida. Ela gemeu, quase inaudível, e seu corpo pressionou contra o
dele. Ele a inspirou, sua língua arrebatando a dela, o doce sabor de sua boca
colocou em seu colo, virando-a para que suas pernas se enrolassem em seus
quadris. Seu corpo pressionado contra o dele, seus seios macios e barriga - seu
calor contra o dele. Seus olhos se encontraram, e havia fome nela que espelhava a
Não, não haveria nada disso agora. Sem pensamentos, sem perguntas, sem
hesitação.
Seus lábios cobriram os dela antes que a dúvida pudesse conquistá-la. Ele
enredou uma mão em seu cabelo enquanto deixava a outra viajar por sua
graciosa coluna vertebral, traçar o seu traseiro e descer por sua coxa, antes de
deslizar sob a bainha de seu vestido que se juntava bem acima de seus
Ela parecia como uma deusa, mas ele sabia agora que era apenas uma
mulher... e que mulher obstinada ela era. Ele enrolou o cabelo dela em seu punho
e puxou a cabeça dela um pouco para trás, expondo seu pescoço gracioso para
sua boca. Ele a beijou, devorando cada centímetro de sua pele. Então alcançou
como, mas sentia o que ela queria, o que a faria se sentir bem.
levantou com ela. Virando-se para a cama, jogou Donna sobre o local macio,
juntando-se a ela logo em seguida. Seus lábios estavam cheios, sua boca aberta,
seus olhos semicerrados. Sigurd se inclinou sobre ela com os braços esticados,
pernas de Donna e viu quando ela engasgou um pouco, com as pernas abertas, à
mercê dele. Ela mordeu o lábio e sua cabeça rolou ligeiramente para trás, seus
olhos ainda presos. Sigurd abaixou-se sobre ela, prendendo-a no colchão. Ele
agarrou seus pulsos com uma mão, puxando seus braços acima de sua cabeça,
em sua entrada quente. Sua boca encontrou a dela e a devorou. Seu corpo
Sigurd desabotoou os broches e passou a mão pela perna dela, depois voltou
pela cabeça e tirando-o. Seu corpo branco leitoso estava diante dele, seus seios
fartos, cintura delicada, quadris redondos. Sua pele... oh, sua pele... E o triângulo
Sigurd gemeu. E então ele ficou surpreso ao sentir as mãos dela em sua
Ele a olhou e ela sussurrou: — Por que você deve fazer todo o trabalho?
A túnica voou para o chão. Seus dedos alcançaram a corda que amarrava
ereção. Eletricidade e pânico dispararam por Sigurd, e seu pênis estremeceu. Ele
oral. Simplesmente não podia dar a uma mulher esse controle sobre
Seus dedos o tocaram. Um prazer intenso se espalhou por ele. Sigurd cerrou
os punhos e teve que recorrer a todas as suas forças para não se jogar sobre ela e
tomá-la. Ele a deixou explorar seu comprimento, brincar com ele, mas não
descer, mas o alarme disparou por ele e suas mãos agarraram as dela. Ela piscou
Ele imaginou seu eixo em sua boca, sua língua o provocando, deslizando
Mas ele não permitiria. Isso é o que sempre seria. Uma fantasia.
Ele a empurrou ainda mais para trás ao longo da cama, pressionando seu
corpo sobre o dela e empurrando suas pernas ainda mais abertas enquanto
observando-a. Ela era tão elegante e quente, tão apertada. Sua cabeça rolou para
baixo de prazer. Freyr, ela era tão bonita que era difícil acreditar que era mortal.
Ela gemia e chorava e implorava para ele não parar, para nunca parar.
Sigurd tomou seu mamilo em sua boca e chupou, e ela arqueou as costas
Ele se moveu cada vez mais rápido, sabendo que sua libertação viria em
breve e não queria que isso acontecesse. Mas ela estava perto também.
Com algumas estocadas duras finais, ele sentiu seu interior estremecer, e ela
sua.
Enquanto desabava sobre ela após o orgasmo mais intenso de sua vida,
Sigurd sentiu seus peitos subir e descer em uníssono e seu corpo sedoso em seus
braços. E pela primeira vez ele não queria deixar uma mulher ir.
CAPÍTULO OITO
cama gelou sua pele sem o calor dele. Ontem ela experimentou, sem dúvida, o
sexo mais alucinante de sua vida. Seu corpo parecia saciado e vivo, como se
força e energia. Ela não conseguia acreditar que cedera a Sigurd, mas se algum
dia voltasse para Nova York, pensaria nisso como se fosse uma pequena
Sigurd ainda estava em algum lugar do grande salão? Donna abriu a porta e
examinou a sala gigante, mas ele não estava lá. Deveria estar no canteiro de
obras.
cabeça, mas lembrou a si mesma que essa não era sua batalha. Graças a Deus ela
estômago roncar.
A mulher olhou para Donna. —Ah, Deusa. — Ela gesticulou para o lugar no
uma pessoa mais jovem e seu cabelo brilhava como ouro. — Você não parece ser
Donna deu uma risadinha. — E como mortal, estou, na verdade, com muita
Uma jovem com um corte de cabelo curto, com roupas que lembravam
Donna de um saco, acenou com a cabeça e correu para o canto mais distante da
sala.
— Meu nome é Asa. — A mulher voltou para suas cenouras. — Você tem
um nome?
sobre ela? O que seria seguro compartilhar com Asa, que parecia bastante
pareciam conversar enquanto realizavam suas tarefas sem pressa. Não havia um
Hilde veio com uma tigela e um copo de madeira que cheirava a mel. Donna
bolhas desciam por sua garganta. Sua cabeça zumbiu um pouco. Ela começou a
comer, mas a comida - uma combinação de queijo e iogurte com aveia - não era
tão boa. Estava um pouco salgada e picante. Ainda assim, era comida.
boca cheia.
A faca de Asa congelou por um momento, então continuou seu golpe, golpe,
golpe, mas mais devagar. — O ataque do ano passado tirou a vida de muitos
homens - pelo menos metade. Do velho jarl também. Mas o inimigo recuou com
cada um deles. Estamos com pressa de levantá-la até o final do verão para que na
próxima temporada de ataques tenhamos proteção contra nosso maior inimigo,
comunidades em seu próprio tempo, elas havia estado, até agora, à distância - na
TV ou nas redes sociais. Donna não podia imaginar que metade da população
fortaleza.
Donna se levantou, uma ideia iluminando seu humor. Ah, então Sigurd não
queria que as mulheres ajudassem. Mas ele não tinha homens suficientes e
— Mas ele poderia pedir a vocês, senhoras, para ajudar, não poderia? Isso
Donna sabia agora por que a Norna a havia enviado aqui. Sua advogada de
discriminação interior cantou. Ela lutava pelos direitos iguais das mulheres e
bochechas. Ela acenou com a cabeça e colocou a faca na tábua de corte. Depois
mulheres. Algumas tinham vindo de fora; mas todas a olhavam com curiosidade.
realmente presumindo que poderia intervir na vida dos aldeões? Ela era uma
Mas não. Se ela pudesse trazer uma mudança positiva, seria esta.
júri geralmente gostava dela. — Quantas de vocês querem ver suas famílias e
aprovação.
mais altas.
— Jarl Sigurd precisa de mais mãos. O trabalho nas defesas não é mais
importante do que esfregar a panela até que ela brilhe? Seria tão ruim deixar o
chão ficar um pouco empoeirado se isso significasse que seu irmão, marido ou
Ela olhou ao redor da sala, fazendo questão de parar para encontrar os olhos
de todas as mulheres. — Aqui está o que eu sugiro. Cada uma de vocês que pode
comigo.
— Ele disse que as mulheres não podem fazer coisas importantes direito.
podem fazer coisas importantes? Olhe para você! Você está fazendo isso o dia
está em ordem... Gostaria de ver os homens ficarem sem o seu trabalho por um
dia.
Elas murmuraram.
— Se não ajudarmos, ninguém o fará. E se ninguém o fizer, não haverá
Asa acenou com a cabeça. — Você está certa, Donna. Temos braços
fortes. Cada uma de nós pode ajudar muito. Há mais de nós do que todos os
chegaram ao canteiro de obras que margeava a praia, seu número havia dobrado.
troncos das árvores, cavando valas, afiando as toras para fazer estacas e
e, por trás, sustentada por troncos plantados no solo em ângulo. Uma torre de
vigia de madeira ficava alguns metros à esquerda, mas não tinha telhado.
construção.
— Bom. Ao menos você não verá sua esposa e filhas estupradas e mortas.
Seu olhar estava fortemente sobre ela. Finalmente, ele acenou com a
cabeça. — Tudo bem. Se a deusa pensa assim, talvez ele mude de ideia. Vocês
cinco, vão cortar os galhos desses troncos. Vocês três, afiem as pontas dessas
toras. Amba, leve seis mulheres para trazer lama e feno e misturar para a massa...
tronco e se posicionaram para levantá-lo com eles. Depois de contar até três, eles
aumentaram e o esforço deixou Donna sem fôlego. Ela estava grata agora pelo
Donna estremeceu. Ela estava carregando outra tora junto com outras três
sobrancelhas franzidas e as narinas dilatadas. Oh, ele era glorioso, todo perigo e
fixou nela, e o calor atingiu as bochechas de Donna. Ele correu em sua direção
esconder. Quando parou na frente dela, ele a observou como se ninguém e nada
mais existisse - assim como na noite passada, quando esteve dentro dela. Os
lábios de Donna se separaram, o desejo de ser tomada por ele se espalhando por
engoliu em seco.
Por que ele era tão alto? Era tão difícil lutar com ele quando ele sempre
Ele deu um passo mais perto e ela deu um passo para trás, mas ficaram a
meia polegada de distância, e o calor de seu grande corpo aqueceu sua pele. — O
que eu lhe disse? Não dê um passo para fora da maloca! Não fale com ninguém!
vim aqui para ajudá-lo a terminar a fortaleza a tempo. — Ela gesticulou ao seu
Sigurd a agarrou pelo braço e seu toque enviou uma onda de desejo por
ela. — Isso não ajuda em nada. As mulheres não podem construir a fortaleza.
Donna puxou o braço de seu aperto e uma parte dela afundou em decepção
por quebrar o contato. Mas apenas uma pequena parte. Porque ele estava sendo
um asno teimoso de novo, alguém que faria com que todos fossem mortos. E ela
Sigurd mostrou os dentes. — Tudo aqui precisa ser verificado e refeito. Você
comigo? Fizemos coisas simples, coisas que qualquer pessoa pode fazer!
isso. Não haverá mais ajuda das mulheres! Se alguma de vocês ao menos tocar na
fortaleza, será ado meu jarldom. Todo mundo me ouve? Banida! — Ele se virou
um árduo dia de trabalho. Foi bom que ele teve que trabalhar fisicamente o dia
todo, caso contrário, precisaria começar uma briga porque desejava punir
alguém. A mulher teimosa o deixava louco. Ela quase iniciou uma resistência
aberta contra ele. Mas, apesar de si mesmo, ele não podia deixar de admirar que
ela tivesse conseguido fazer Asa e Thorsten ficarem do lado dela e convencer
uniu suas sobrancelhas. Onde ela estava? Ele caminhou pelo grande salão, mas
ela não estava em lugar nenhum. Risadas e gemidos abafados correram pela
bancos. Servos e escravos estavam limpando depois do jantar. Ela não poderia
homens quisesse repetir o erro de Geirr... Ele rangeu os dentes, o calor escaldante
percorreu seu corpo enquanto imaginava as mãos de outro homem sobre ela, e
seus punhos cerraram-se com tanta força que seus dedos doeram.
claro; os dias do início do verão duravam tanto quanto o canto de uma terrível
gelado invadiu sua pele. Ele acelerou para um trote, e cada vez que olhava para
trás de uma casa, seu pulso pulava de expectativa de ver a figura dela. Mas cada
vez que ela não estava lá, seu peito se apertava mais e mais até começar a doer.
obscurecida pela paliçada, ele viu a figura dela de frente para a água. Era ela, ele
mais facilidade.
Ela se virou para ele, o rosto rígido de raiva. — Ah sim? E, claro, devo
coradas. Se ela tivesse uma espada na mão, poderia parecer com Brunhild, a
Ele virou para encará-la. Por que ela deveria obedecê-lo? Bem, isso era
— Você não é meu jarl. Você não é ninguém para mim. — Mesmo sendo
Sigurd a estudou. Ela parecia sua irmã. Vigdis costumava reclamar que, se
Ele cerrou os punhos. Esta era a mesma praia onde ele aprendera com a
traição de Vigdis. A mesma praia onde seu pai e muitos outros grandes
— Tudo que você quer é poder, não é? Ter uma palavra a dizer na grande
— Do que você está falando? Eu quero tomar decisões sobre mim. Para estar
no comando da minha vida. Para ser igual aos homens. Não devo ser
Sigurd balançou a cabeça. — E o que você está preparada para fazer para
Ele ouviu o veneno em sua própria voz, venenoso como a Serpente Midgard
privilégios. E estou pronta para lutar por isso. Para nunca desistir.
Sigurd fechou a boca antes que pudesse dizer qualquer coisa que abrisse sua
A voz dela roçou nele como pele. A ternura deu a ela mais poder do que
qualquer força.
— O que aconteceu?
Ele olhou para ela, procurando o empurrão final que o levaria ao limite e o
faria falar. O desejo de contar a ela sobre a experiência mais dolorosa de sua vida
coçava como uma velha ferida de batalha. Por que ele sentia que poderia confiar
nela? Por que ele queria compartilhar com ela essa dor?
Talvez porque ela fosse uma estranha. E um pouco como uma deusa.
Ou talvez houvesse algo sobre ela que tornava seu mundo mais brilhante e
mais esperançoso.
Donna o olhou como se esperasse pelo próximo passo. Em seus olhos, ele
— Foi minha irmã. Ela se casou com nosso inimigo em vez de negociar a
paz. Confiei a tarefa a ela, embora meu pai me dissesse durante toda a vida para
não confiar nas mulheres. Eu não queria acreditar que ele estava certo. Eu
resisti. Achei que talvez fosse apenas ele, que estava preso aos velhos hábitos.
— Meu pai costumava dizer que não podia contar com minha mãe para
nada. Ela tinha problemas de saúde e muitas vezes ficava na cama em vez de
cuidar da casa. Ela perdeu muitos filhos e ele queria muitos filhos. Por muito
— Ainda assim, eu acho que ele a amava. Ele a proibiu de ter mais filhos,
com muito medo de que morresse, e ela prometeu que não morreria, que tomaria
ervas. Mas ela queria ser uma boa esposa. E uma boa esposa dá muitos filhos ao
marido.
— Certa vez, quando meu pai fez uma incursão no exterior, um rico
eles estavam lutavam. Depois que ele saiu, ela logo começou a se sentir mal. O
mesmo tipo de enjoo que sentia todas as vezes antes de sua barriga inchar.
— Meu pai voltou e ficou furioso com ela. Eu não sabia de tudo naquela
época, mas agora entendo que ela quebrou sua palavra para ele. Ela também
pesca. Ele se lembrou de como Vigdis e ele corriam pela praia quando crianças e
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diferentes chegando. Ele costumava prender a respiração em antecipação aos
Ele se virou para encontrar os olhos de Donna. Eles estavam largos e cheios
de emoção.
— Minha irmã trouxe a morte ao meu povo. Meu pai morreu naquela
batalha, assim como metade dos homens de nossa aldeia. Eu fui um tolo por ter
confiado nela. Tudo culpa minha, eu mandei-a para Fuldarr. Afinal, meu pai
surpreso ao descobrir como era bom ter derramado todo o veneno, como pus de
Donna estava tão imóvel que parecia uma estátua, seus olhos observando,
mas não vendo o fiorde. Era como se ela lutasse contra sua própria dor
cantou um feitiço. — Dizer que todas as mulheres não são confiáveis é como
Sigurd riu. Seu coração estava leve e ele teve uma nova sensação de paz no
peito, como se seus pulmões pudessem se expandir totalmente pela primeira vez
em anos. Sua mão quente agarrou seu antebraço, disparando um raio de fogo por
ele. Deuses, ela tinha esse efeito em seu corpo. Ele queria tomá-la ali mesmo, mas
— Você pode começar por confiar em mim. — Disse ela. — Eu sou uma
mulher.
Ela havia organizado as mulheres hoje como ele nunca poderia ter
feito. Mesmo que tenha rosnado e os mandado embora, ele viu mais tarde que
todo o trabalho que elas haviam feito era bom. A fortaleza tinha crescido mais
rápida hoje do que no melhor dia apenas com homens. Ela não tinha uma
agenda, não é? Se a Norna a enviou, ela deveria estar aqui para ajudar, porque os
Além disso, ela era uma forasteira. Algo era muito diferente nela... No
entanto, era como se alguma parte dele a conhecesse por toda a vida. Talvez até
mais além.
Seus lábios se separaram. Ela estava tão afetada quanto ele. Ela acenou com
a cabeça.
Ele engoliu em seco. — Mostre-me.
CAPÍTULO DEZ
As palavras de Sigurd ecoaram nos ouvidos de Donna. Ele queria que ela
Era um teste.
coração para ela, ele não era o único em tormento. Ele mexia com seus próprios
vida. Assim como Donna e sua mãe foram machucadas - por homens.
Passando as mãos por sua túnica, ela sentiu seus músculos rígidos sob as
pontas dos dedos. A respiração dela acelerou e o peito dele começou a subir e
As mãos dela envolveram a nuca dele - nossa, ele era muito alto - e ela se
esticou para beijá-lo. Seus lábios se tocaram suavemente e uma onda de desejo a
percorreu. O gosto de sua boca a fez querer pular sobre ele, mas ela também
queria mostrar-lhe ternura. Este homem forte acabava de abrir suas feridas mais
Ele respondeu com uma gentileza que espelhava a dela. Sua boca pressionou
suavemente no início, mas logo ele incitou um beijo mais profundo, e suas mãos
deslizaram para cima e para baixo em suas costas. A felicidade se espalhou por
sua pele. A língua dele separou seus lábios para mergulhar dentro dela,
mundo existia.
Seus dedos correram pela seda de seu cabelo. Seus braços a envolveram
enquanto ela dava beijos delicados ao redor de seus lábios, sua barba, suas maçãs
do rosto salientes. Em seguida, desceu por seu pescoço, sobre a batida violenta
de seu pulso, passou pelo pingente do martelo de Thor que parecia ser quase
Ele não a deixou continuar, por enquanto. As mãos dele foram para as
nádegas dela e a ergueram como se ela não pesasse nada. As pernas dela
envolveram sua cintura. —Eu quero você só para mim. — Ele rosnou e caminhou
Ele a deixou cair perto dos arbustos, o que os protegeu da aldeia e criou uma
céu.
sua túnica, revelando seu corpo poderoso. Seu coração bateu mais rápido, e ela
ela se aproximou da linha de suas calças, ele respirou fundo. Plantou beijos
maravilhada com a beleza e a força dele. Ela adorava seu corpo, amando-o com
cada toque.
aproximaram da linha de sua calça. Ela percebeu que isso deveria ser novo para
ele, deixá-la liderar. Ele não a impediu desta vez, como fizera na noite
— Você está em boas mãos. — Ela sussurrou contra seu umbigo, movendo-
Cercada por montanhas que se erguiam nas paredes como o céu, com o
espelho do fiorde, a floresta densa - com o mundo todo parando e quieto - suas
Ela desabotoou as calças de Sigurd e as deixou cair. Sua ereção saltou livre e
Donna percebeu quanta confiança ele estava colocando nela, e quão frágil
era esse fio entre eles. Este poderoso Viking que poderia esmagá-la até a morte,
quebrar seus ossos se quisesse, que nunca se separava de seu machado e que
comandava e protegia dezenas de pessoas, tremia diante dela, mostrando a ela -
Sua confiança.
Ela deu outro beijo molhado na ponta de sua ereção, e outro tremor o
percorreu.
Isso também era novo para ela. Tinha dado boquetes algumas vezes, mas
em suas mãos.
dedos. Seu pênis inchou e se sacudiu ligeiramente. Ela sugou suavemente e ele
mais forte, encorajada por sua reação. A sensação de sua pele aveludada
deslizando em sua boca e sua dureza contra sua língua aqueceu suas veias como
fogo líquido.
— O que você está fazendo comigo... — Ele grunhiu por entre os dentes.
Ela o levou mais fundo, começou a chupar mais rápido e mais forte, bêbada
pelo poder que tinha sobre ele e do prazer que lhe dava.
Donna quase sorriu contra ele. Ela queria que ele tivesse tudo, para mostra-
Ele enrijeceu. — Se você não quiser que eu derrame, é melhor parar agora.
Sigurd ofegava agora, grunhindo, mas segurando a voz. Ele acelerou seus
impulsos em sua boca. Estavam quase violentos agora, mas ela pegou tudo o que
ele deu. E com algumas estocadas finais, sua semente derramou contra sua
sua liberação.
— Donna. — Ele gemeu o nome dela como um apelo. Ela absorveu tudo sem
Ela puxou a cabeça para trás para olhá-lo e ele caiu de joelhos, segurando
seus ombros para se apoiar. Sua testa caiu sobre a dela e ele ofegou.
O corpo de Donna zumbia com o desejo não realizado, a intensidade da
Seu Viking, este homem grande e poderoso, em suas mãos. Bem perto de
seu coração.
nublados, mas brilhavam com suavidade - e também com algo novo. Confiança,
ou talvez paz. Ele parecia mais jovem, como se tivesse acabado de acordar de um
sono profundo.
paz se espalhou por seus músculos, onde sua pele se conectava. Ele brincava com
O que ela acabara de fazer com ele - o que ele acabara de permitir que ela
fizesse - devia ser como os deuses se sentiam em Asgard todos os dias. Livres,
drogados e bêbados. O momento em que ele se abriu para ela, como nunca se
E ela o pegou.
A noite os escondia bem agora na escuridão, mas não duraria mais do que
raiva percorreu seu corpo em uma onda de calor e ele tentou se acalmar. Ele
— Eu luto com homens como você todos os dias. Caras que gostam de
colocar as mulheres no seu lugar, que tiram empregos delas ou não lhes dão
trabalho só porque são mulheres. Homens que não acham que as mulheres
devem desempenhar um papel importante, assumir o comando ou, Deus nos
Ele não tinha ideia do que ela estava falando. Certamente, aqueles homens
doíam de tensão. Ele mudou, para quebrar o contato com ela e contradizê-la, mas
— Mas eu também tenho medo de homens como você. — Sua voz baixou
para um sussurro, e ele franziu a testa. O medo não era pouca coisa para se
admitir. — Minha mãe me criou sozinha. Ela é uma mulher bonita. Inteligente. E
sempre quis que eu fosse independente, que pensasse com minha própria mente
para que nenhum homem pudesse quebrar meu espírito. Como o dela.
espírito de Donna. Seus olhos brilharam ao luar, observando a noite à sua frente.
— Seu nome era Joseph, e ele era o único relacionamento sério de minha
mãe. Eu tinha seis anos de idade. Ele costumava me trancar no meu quarto à
noite para que eu não incomodasse minha mãe e ele. Eu não conseguia nem ir ao
banheiro. Ainda me lembro dele como aquele homem grande e alto de cara
severa que sempre mandava na minha mãe e me dizia para brincar no meu
quarto. Ele era advogado na firma onde ela trabalhava. Mesmo nível, mesma
experiência. Ele conseguiu a promoção de minha mãe apenas porque ele era um
nunca mais conseguiu encontrar trabalho em Manhattan. Ela tinha uma ótima
carreira pela frente e se não fosse por ele, teria sido nomeada sócia há muito
Algumas de suas palavras não fizeram sentido para Sigurd. Mas ele
entendeu que o homem fizera algo semelhante à mãe dela que Vigdis fizera a ele
Donna continuou. — E Daniel fez comigo o que Joseph fez com minha mãe.
pronto para arrancar seu coração e jogá-lo aos corvos. Donna também, pelo que
parecia. Com seu cabelo dourado, seu corpo tenso e seu rosto queimando com
uma emoção que lembrava a fúria da batalha, ela poderia ser uma Valquíria.
— Ele não aceitou a minha promoção nem nada parecido. Mas me fez ver
independência, a luta pelos direitos das mulheres e pela lei. Tudo. E então me
conhecesse.
Sim. Houve momentos em que eu desejei isso também. Desde então - bem, desde
deles. Um macho alfa. — Ela rapidamente olhou para ele e corou. — Gosto de
você.
Donna se apoiou no cotovelo. Seu seio macio roçou sua pele, tão cheio e
— Eu não estou! Quer dizer, você é o mesmo tipo de homem. Você comanda
mulheres.
mínimo, fui muito mole com Vigdis e protegi minha mãe. E tudo o que faço é
para proteger meu povo, mesmo que proíba as mulheres de fazerem certas
Não mais. As narinas de Sigurd dilataram-se ao pensar que ela poderia ter
assumido algo assim sobre ele antes. Mas, novamente, ele a acusou de coisas
também.
— Sigurd, eu nunca disse nada disso a ninguém. Acho que nem mesmo
testemunhados pelo céu, era como se os deuses quisessem que se unissem. Ele a
queria. E precisava dela agora. Ela abriu seu coração para ele, assim como ele
tinha feito, e ele queria mostrar a ela que o espaço vazio e cru dentro dela estava
seguro.
Ele a beijou, suas mãos viajando por suas costas, que se curvavam como a
mais bela nave. Ele a rolou de costas e a cobriu com seu corpo, ainda devorando
sua boca. O calor líquido irradiou de onde seus lábios se tocaram, o toque suave
Mas quando ele estava prestes a se deliciar com seus seios, o cascalho
farfalhou ao lado.
calçado com uma bota permaneceu no cabo comprido. Sigurd protegeu Donna,
que engasgou. Ele enganchou o tornozelo do homem com um pé e o chutou sob
o joelho com o outro. O homem caiu para trás e Sigurd o prendeu no chão, o
— Donna, fique para trás. — Ele latiu, então se virou para o homem. —
Quem é você?
sob Sigurd, mas ele o segurou com força. — Ela me deu algo para você... Se você
Sigurd revistou o homem com uma das mãos. Quando seus dedos
5 Ou sacro.
Ela já estava vestida e pegou a bolsa com os olhos arregalados. Começou a
remexer, tirou uma pequena bolsa de couro e a abriu revelando uma pequena
breve.
— Meu nome é Bjarni Bjarnison, senhor. Eu sou leal a sua irmã. Ela foi gentil
falava, e Sigurd viu ternura em seus olhos. Bjarni amava sua irmã? Ela o
conter entre vinte e trinta dúzias de guerreiros. Ele só tinha cinquenta homens.
Estavam condenados.
Amante ou não de Vigdis, o homem não era confiável. Ele ainda poderia ser
pedaço. Ele amarrou as mãos do homem atrás dele e as suas pernas com outro
pedaço.
— Jarl, eu não estou mentindo. Odin sabe, você não deve maltratar o
Ela fechou a boca com uma carranca no rosto. Odin o ajudasse, o homem
de Bjarni, agarrou-o pelo colarinho e puxou-o para cima. Ele precisava trancar o
direção à grande maloca segurando Bjarni pelo braço. Era uma pena que o
Sigurd cerrou os dentes. Algo nele havia mudado. Ele confiava em Donna
mas, embora as mulheres tivessem feito um bom trabalho hoje, era apenas uma
questão de tempo antes que cometessem erros. E esses erros poderiam matar
— Fora de questão? Seja razoável! Você não vai conseguir sem mais
trabalhadores.
— Nós vamos. Vamos construir dia e noite, fazer uma pausa apenas quando
— Você não está falando sério! Este plano é absolutamente insano. Você não
existam, onde está a garantia de que vão te ajudar? Você estará exausto quando
trouxe calor ao seu rosto. Ela estava certa, ele deve ter enlouquecido por um
minuto quando algo o levou a contar a ela sobre sua maior dor. Ou talvez ela
tivesse lançado algum feitiço nele. Ele não deveria ter feito isso, precisava
permanecer forte. Lógico. A maneira como ele operou durante toda a sua vida
funcionou. Donna era uma distração temporária, uma perturbação, e ela logo iria
embora. — O que você sabe sobre nossos costumes? Você é uma estranha.
seu povo. — Apenas fique fora disso. Sem mais truques, sem mais distúrbios
como toda mulher cujo homem trabalha na fortaleza. Não há mais nada que você
possa fazer.
— Observe. — Ela se virou e caminhou para o grande salão sem esperar por
ele.
CAPÍTULO DOZE
podia acreditar nele. Homem teimoso! Ele se abriu e ela pensou que ele tinha
Muito bem.
prematuras e trazendo-lhe comida como uma serva obediente, ele era um idiota
fumaça de madeira atingiu seu nariz. Ao contrário de muitas das outras casas, a
porta de Asa não tinha fendas entre as tábuas envelhecidas. Floki, sem dúvida, as
consertou sob a supervisão de Asa. Donna se sentiu culpada por acordá-la, mas
Donna decidiu não bater, não havia necessidade de acordar toda a casa. Ela
trabalho de trancar suas casas - e entrou sem fazer barulho. As brasas da longa
sala. Ela tocou o ombro da mulher, o linho de sua camisola quente sob as pontas
dos dedos de Donna. Asa se levantou bruscamente e sua mão disparou sob o
— Asa, é Donna.
A mão de Asa cobriu sua boca. Floki sentou-se com os olhos arregalados e
Donna acenou com a cabeça. — Não há tempo a perder, mas Sigurd não vai
maneira.
banir da aldeia.
— Sim. Mas se fizermos o que ele diz, não haverá aldeia de onde ser banido.
A boca de Asa se curvou. Floki sustentou o olhar de Donna por um tempo, e
ela pensou que a contradiria de novo, mas ele disse: — Eu vou te ajudar. Vocês,
mas todos podem ver que, sem mais mão de obra, estaremos todos mortos.
Floki continuou: — Vamos construir onde está o arco. O jarl não planeja
A tensão nos músculos de Donna, que ela havia notado antes, diminuiu. Ela
disse: — Vamos apenas fazer isso, mas não em segredo. Mas também não
anunciaremos abertamente.
Donna. Mas a atmosfera na aldeia era sombria, como se uma nuvem de medo
lançasse sombras escuras sobre tudo. Junto com Donna, visitaram as mulheres de
toras, tirar os galhos, afiar as pontas e colocar as estacas na vala, o trabalho foi
mais rápido. As mulheres começaram a cantar, juntas, uma música que contava a
espaço, uma cúpula invisível sob a qual estavam unidos, trabalhando como
um. Donna nunca havia sentido esse tipo de conexão em seu próprio tempo e só
noite começou a cair. Ela ficava de ambos os lados, presa às pedras do arco, e eles
penduravam o portão nas dobradiças. Donna deu um passo para trás para
suas pálpebras pesadas. Só havia uma coisa a fazer - consertar a rocha caída do
Uma vez que o arco estivesse inteiro novamente, ela seria realmente capaz
se arrastarem.
Floki e uma das mulheres mais altas ergueram Donna nos ombros para que
ela pudesse consertar a pedra. Suas mãos tremiam - certamente de exaustão, ela
sabia, assim como sabia que o sol nasceria amanhã, que o arco estava vivo... e
mágico... e iria engoli-la. Ela podia sentir como conseguia sentir seu próprio
batimento cardíaco.
Os dedos de Donna cravaram-se nos ombros em que ela se sentava. Sua pele
arrepiou como se uma rede de lâminas de barbear a cobrisse. Algo sugou todo o
Quando seus pés tocaram o chão, ela caiu como se tivesse sido cortada e
rastejou o mais longe possível do arco. Braços a seguraram por trás e uma
segura. — Sigurd sussurrou em seu ouvido, e ela relaxou. — Eu não vou deixar
você ir ainda.
acalmando. Ela lentamente virou a cabeça para olhá-lo. Seu rosto bonito pairou
sobre ela, seus olhos se encontraram e tudo o mais deixou de existir. Ele olhou
braço dela com os dedos, e o estômago de Donna vibrou. Mas então ele quebrou
raiva. Ele se levantou e Donna também, com os pés mais firmes agora. Sigurd
roçando a parede. Ele abriu e fechou o portão e olhou para o arco de pedra. Sua
ameaça à nossa existência, eu teria todos vocês banidos da aldeia. — Ele fez uma
puna. — Uma emoção indesejada passou por Donna ao pensar em como ele
paliçada. — Isso não é útil? Não te fez sentir um pouco mais confiante em ver
Sigurd cruzou os braços sobre o peito e abriu a boca para falar quando um
O rosto de Sigurd perdeu a cor e ele correu atrás do menino. Donna e o resto
o seguiram. Já estava quase escuro. O céu índigo brilhava com ouro atrás das
viu um homem caído no chão e com a perna arranhada. Seu tornozelo estava
Ela lançou-lhe um olhar rápido. — Lesões como essas... não sei se o osso vai
cicatrizar direito.
Sigurd congelou, seu rosto era uma máscara inexpressiva. — Ele será um
aleijado?
Donna fechou os olhos, o medo escorregando por sua espinha como um
pingente de gelo.
ainda.
— Ele pode.
Ela olhou de volta para a paliçada. Fogos iluminavam pequenas partes dele,
conseguiam fazer algum tipo de trabalho. A fortaleza havia avançado desde que
Donna a vira na noite anterior, mas olhando para o que ainda precisava ser
agudos de comandos e insultos enchiam o ar. Mas os insultos não soavam como
brincadeiras de homens amigáveis. Eles estavam cheios de rancor. Isso era muito
em uníssono.
Asa pediu aos homens que carregassem o ferido para dentro de sua casa e
foi com eles. Sigurd os seguiu com uma expressão preocupada no rosto, depois
se voltou para os homens. — Parem a construção! — Ele rugiu. —Vão para casa,
desceram das torres e voltaram para casa com olhares cansados nos rostos.
o chão.
interrompeu.
Ele encontrou o olhar dela, e seu rosto estava distorcido por uma luta
interna. Oh, seu guerreiro valente, adorável e forte. O ferimento naquele homem
deveria estar torturando-o. Ele poderia ter interrompido o trabalho mais cedo. Já
poderia ter contratado a ajuda das mulheres. E embora fosse tudo verdade,
Donna não o culpava. E ela esperava que ele não se culpasse, embora tivesse
ele. O calor se espalhou por seu peito como se ele tivesse acabado de acender
E pela primeira vez desde que ela chegou, a esperança floresceu em Donna.
CAPÍTULO TREZE
ameaça de Fuldarr.
Donna. Vê-la tão perto durante o dia, enquanto ela misturava argila ou carregava
toras com outras mulheres, espalhava a sensação de paz em seu interior. Ele se
seus quadris balançavam. Ele estava ansioso pelas noites curtas, quando ela se
A Norna era uma boa casamenteira. Se Donna tivesse nascido na época dele,
ele viraria o mundo de cabeça para baixo para se casar com ela e torná-la sua
para sempre. Ela era a criatura mais linda que ele já tinha visto. Inteligente,
Deve ter sido assim que Freyr, o deus do sol e da fertilidade, se sentiu
quando pôs os olhos na bela Gerðr e esteve pronto para desistir de sua espada
Sigurd estava pronto para sacrificar tal espada também, se ele possuísse
uma.
Era dela.
totalmente em paz com a solução, mas o trabalho estava feito, e bem feito.
Majoritariamente.
A cabeça de Donna disparou para ele. O alívio relaxou suas feições e ele
respirou com mais facilidade. — Sigurd, graças a Deus você está aqui. Você deve
jarl! — Geirr interrompeu. — Brama subiu a torre, pegou meu martelo e começou
— E o que você fez, Geirr? — Brama, uma mulher mais jovem, segurava seu
ombro esquerdo com a mão direita. — Ele me empurrou, jarl, e eu caí da rampa.
— Eu não queria que ela caísse! Quem disse a ela para fazer alguma coisa na
torre?
trabalho que exigisse habilidade de construção, mas machucar uma mulher era
Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, sua bela donzela de justiça falou
novamente: — Quer saber? É isso. Esta não é a primeira vez que as mulheres são
atraída de volta para ela. — O inimigo está chegando. Não seria sensato que as
simples, não donzelas escudos? 6Loki deve ter confundido a mente de Donna.
Donna olhou para ele, suas bochechas começando a ficar vermelhas. — Faz
como Geirr brigando com as mulheres, permita que pelo menos algumas delas
Geirr riu. — Jarl, estou ouvindo direito? Eu posso ter algas marinhas em
meus ouvidos.
A mão de Sigurd se ergueu para calá-lo. — Nem uma palavra mais, Geirr. —
Ele se virou para Donna e para as mulheres que o observavam com a testa
6 Como a deusa.
quebrados e tripas derramadas. Mulheres raras aprendem a lutar bem e se
estupro. — Donna olhou de soslaio para Geirr, e ele olhou para ela.
— Cotovelos e joelhos não farão nada contra um guerreiro armado com aço
esticar e abraçar seus seios. O desejo de tocá-la enviou uma onda de calor pela
virilha de Sigurd. Travessura de Loki. Como ele ainda poderia reagir a ela assim,
— A legítima defesa não fará nada por você. — Disse ele. — Quando o
terão que dividir sua atenção para protegê-las e travar sua própria batalha ao
corpo. — Mas ainda há algo que as mulheres podem fazer para proteger a aldeia
mão dele com as suas, enviando um agradável zumbido em sua pele. Ver sua
aprovação, sua felicidade, fez o calor irradiar por todo seu corpo e seu coração
disparar em seu peito. Ele queria que ela se sentisse assim todos os dias de sua
vida.
Se eles sobrevivessem.
Ele continuou: —Isso não significa que você estará fora de perigo. Os
arqueiros inimigos vão mirar em você também. Mas você estará nas torres de
vigia.
suas mulheres. Asa falou, e ele sabia que ela expressava as vozes de muitos.
para Donna e ele imediatamente olhou para outro lugar. Em qualquer outro
lugar. — É longe o suficiente para que você não machuque ninguém enquanto
treina.
— É, Geirr. É sábio fazer qualquer coisa para proteger você, sua família e
Você não.
Sigurd sentiu os olhos de seu povo nele. Ele agarrou o cotovelo de Donna e a
levou embora.
— Não ouse minar minha autoridade na frente de meu povo. — Ele rosnou.
— Mas...-
ele passou os braços em volta dela - algo que ansiava por fazer o dia todo. A
Ele deu um beijo em seus lábios, e sua suavidade acendeu um fogo em sua
— Não.
— Então você não tem ideia do que a espera.
endureceu seus olhos, e eles se tornaram tão azuis quanto o fundo do mar no
verão. — Você tem razão. Eu não tenho ideia. Mas, Sigurd, vou aprender a atirar
com arco com as mulheres de sua aldeia. E se você acha que pode me impedir,
não tem a menor ideia de quem eu sou. E se for esse o caso, talvez seja melhor
pararmos com isso... seja o que for que haja entre nós.
Sigurd engoliu em seco e o pânico o percorreu como um raio. Ele não queria
acabar com isso, especialmente não agora, enquanto ela derretia em seus braços,
suave e deliciosa.
Mas Donna estava certa. Ele sabia que ela era uma guerreira de coração. Vê-
la arriscar sua vida o fez querer arrancar seu próprio coração, apenas para
Ele tinha que confiar nela para aprender a lutar e se proteger como confiava
em seus guerreiros.
escudo, suas armas são palavras e argumentos, mas é hora de aprender a lutar
Desde que Donna havia começado o treinamento de arco e flecha, eles não
se viam mais durante a maior parte do dia, mas suas noites eram repletas de
pulmões. Uma vez de volta ao quarto de Sigurd, ela respirava novamente. Eles
eram atraídos juntos como ondas para a costa e abraçavam-se juntos até o raiar
faziam amor.
E uma ou duas vezes, quando ele estava bem dentro dela, levando-a a níveis
cada vez maiores de êxtase, Donna pegou o “eu te amo” que quase escapou de
lugar de seu peito e subindo por sua garganta como uma bolha, apenas para ser
A morte veio bater. O medo gelou Donna até os ossos. Ela daria tudo para
madeira.
segurou sua nuca e deu um beijo em sua boca. Teve o gosto de adeus, cortando o
Sigurd se levantou, pegou seu machado, que estava ao lado dele no banco, e
de guerra e eles foram para o quarto. Donna o seguiu até lá para pegar seu arco e
flechas, e Sigurd disse a ela para colocar sua armadura de couro enquanto ele
colocava sua brynja7, que brilhava com finas correntes de ferro e devia pesar
7
Em seguida, eles correram juntos em direção às torres de vigia de mãos
posição.
lacuna do lado direito, onde Donna e Sigurd haviam feito amor duas semanas
antes. O lado leste também estava em construção, mas Fuldarr não sabia disso. O
único local concluído era o arco de pedra. Duas torres de vigia permaneciam
O portão ainda estava aberto e a visão através dele fez o coração de Donna
remos subindo e descendo. Cerca de cinco navios tinham velas vermelhas e azuis
Donna pensou na violência e nas mortes que esses navios trariam. Ela tinha
que tentar um caminho pacífico. — Sigurd, deixe-me negociar. É o que faço para
viver. Eu posso...-
— Você está louca se pensa que vou deixar você fazer isso. Você não é
fosse morto. — Vamos juntos então. Eu serei útil. Eu sou do futuro, lembra? Eu
conheço truques. Talvez possamos resolver isso pacificamente para que ninguém
morra.
pare de conspirar. Não, Donna, não haverá paz hoje. Sangue vai derramar - o
pescoço, buscando a proteção do deus. — Mas você está certa. Podemos ganhar
Sigurd levou Floki e cinco de seus guerreiros mais fortes para acompanhar
coração disparou e o suor brotou em sua pele em uma película pegajosa. O medo
derreteu seus ossos. Ela nunca tinha estado tão assustada em toda a sua
vida. Disseram que Nova York era perigosa. Nova York era moleza comparada a
isso. A guerra real veio para ela como um trem em alta velocidade. E ela não
Donna só podia correr. Sim, era uma opção. Corra, agora mesmo, para o
coração batia estava ao seu lado. O mais bravo, o mais forte, o homem mais
querido que a possuía - corpo e alma. E ela deveria ser corajosa e forte para
ele. Alguém em quem ele podia confiar - ele e seu povo. O queixo de Donna se
ergueu e ela agarrou o arco até que suas unhas se cravaram em sua carne.
Um homem alto com cabelo preto comprido e liso apareceu. Algo nele a
lembrou daquela noite em seu quarto em Manhattan, de Joseph, que passou pela
nunca mais as mesmas. Seu peito apertou e sua mente ficou confusa.
— Sobre o que você quer falar, Sigurd? Estou prestes a terminar o que
Ele gesticulou e uma mulher apareceu atrás dele. Ela era pálida e magra, seu
— Talvez você queira ver sua irmã? Tudo bem então. Vamos descer, esposa.
fazer o mesmo.
entendeu por que Fuldarr queria descer com Vigdis. Ele queria que Sigurd a
visse em todos os detalhes. Um movimento clássico para apertar os botões do
Vigdis. Uma pálpebra estava roxa e tão inchada que fechou completamente o
sua bochecha e um corte abriu seu lábio inferior. Donna olhou para Sigurd. Seu
rosto parecia esculpido em pedra, o que significava que ele estava além da
raiva. Ela se moveu em direção a ele e endireitou as costas. Se ele estava prestes a
— Isso é entre minha esposa e eu. Fique tranquilo, ela mereceu. Você não foi
o único que ela traiu. Parece que ela não consegue se conter.
Donna viu com o canto do olho como a mão de Sigurd começou a tremer e
os ossos de sua mão ficaram tão tensos com a força com que ele agarrou o cabo
Sigurd estava prestes a dizer algo, mas Donna interveio. — Porque eu sou
do futuro.
Todos os olhos caíram sobre ela. O corpo de Fuldarr enrijeceu e ele olhou
Mas ela estava indo longe demais no plano. Queria assustar Fuldarr,
precisa saber.
passado, você me enviou sua irmã. Agora está se escondendo atrás da saia de
Donna prendeu a respiração. Ela não vivia com os vikings por muito tempo,
mas já havia aprendido que o pior insulto a um viking era ofender sua
lembrete sobre seu erro com Vigdis, e o que isso custou a sua família, foi demais.
E morrer.
ele ergueu um braço, prestes a sinalizar para seus guerreiros. O rosto de Vigdis
posições.
a Fuldarr. — Espere!
Todos congelaram, seus olhos nela. Bom. Uma surpresa. Isso abalaria a sede
segredos do futuro.
Ela não queria ver o rosto de Sigurd. Ela não podia. A dor que ele deve ter
sentido, de outra mulher o trair daquele jeito, depois que ele lhe confiou sua
maior dor, depois que mudou por ela, depois que começou a ouvir seus
conselhos.
inimigo, Donna não precisava ver seu homem para saber que a dor estava
estampada nele. Fuldarr acenou com a cabeça e, com o coração apertado, Donna
correu em sua direção e ficou ao seu lado, entre ele e Vigdis. Quando ela se virou
mas ainda estava em posição, pronto para se lançar contra Fuldarr. Ela tinha que
fazer algo.
— Disse ela, com a voz trêmula. Ela se odiava. Mas estava funcionando. O peito
de Fuldarr inchou de orgulho, ele acreditava que ela estava do seu lado.
Sigurd também.
Seu rosto endureceu e, sem dizer outra palavra, ele se virou e se afastou, a
fecharam com um baque atrás dele. Ele escalou a rampa de uma das torres de
Ele ordenou a sua mente que não pensasse no que Donna acabara de fazer -
não agora - mas a memória cravou suas garras nele. Seu peito latejava por dentro
Donna ficou onde ele a havia deixado. Ele podia sentir os olhos dela sobre ele
direção à fortaleza. Eles derramaram dos navios como grãos de sacos e formaram
paredes de escudos.
Tudo sobre o que Donna acabara de fazer soava como traição. A traição
Sigurd rugiu.
A fúria cresceu dentro dele dos dedos dos pés como um fogo
purificador. Ele lutaria, oh Odin, ele lutaria. Por seu pai. Por seu povo. Pela
Sigurd tinha que ir aonde seu povo era mais vulnerável - a parte inacabada
empilhados, muitos dos quais tinham guerreiros inimigos plantados neles. Mas
escudos da Eny ficaram mais finas à medida que as flechas das mulheres
ao pensar que, sem a ajuda das mulheres, todos eles teriam sido massacrados
homens de Sigurd.
Sigurd. Donna não tinha motivo para ir a Fuldarr como Vigdis. Ela queria voltar
para seu próprio tempo e agora estava mais longe de seu objetivo do que nunca.
Ela se sacrificou. Ela fez isso por ele. Por seu povo.
a Fuldarr e se usassem o portão oeste - o arco, que, pelo que ele sabia, era livre - e
direção ao lado rochoso ocidental do fiorde, onde os navios não podiam atracar e
Quando Sigurd e seus homens saíram da floresta para a praia, eles primeiro
estava na fortaleza.
Foi uma luta difícil; havia duas vezes mais inimigos do que eles. Depois de
um tempo, Floki gritou e caiu, com uma espada no peito. Sigurd rosnou, a dor de
vingança. Ele cortou, esfaqueou e abriu caminho em direção a Fuldarr. Mas logo
Era Sigurd agora contra Fuldarr - e seu exército. Donna e Vigdis ainda
haviam exaurido e plantado uma dor surda em seu corpo, enquanto Fuldarr
estava apenas começando. Odin, dê-me força, pensou ele, e juntando os restos de
brilhando. Sigurd grunhia a cada golpe, o machado soava contra a espada como
o martelo de um ferreiro.
demorava mais para desferir cada golpe. Fuldarr usou sua hesitação para pegar o
espada no flanco de Sigurd. Seu corpo explodiu de dor e ele caiu sobre um
Sem o machado, ele puxou o scramasax. A longa e mortal adaga era uma
arma fraca contra a longa espada e o escudo de Fuldarr, mas era tudo o que
tinha. Ele tirou o resto de sua força de cada centímetro de seu corpo - e alma - e
cortou baixo, mirando na coxa de Fuldarr porém sua lâmina cortou apenas o
ar. A espada de Fuldarr veio para ele, mirando em seu ombro e Sigurd ergueu a
nela. Fuldarr pressionou Sigurd, que teve que colocar o punho do scramasax
contra a outra palma para proteger seu pescoço. Sua lâmina abriu a carne de sua
mão, cortando-o.
scramasax cada vez mais perto de seu pescoço. Sigurd rugiu e se lançou contra
ele, mas Fuldarr apenas empurrou com mais força, os olhos arregalados com o
desespero ferviam dentro dele, mas não lhe restava muita força. Ele não queria
morrer. Se ele morresse, toda a aldeia morreria. E o que aconteceria com Donna e
Vigdis? Mas estava perdendo, ele sabia no fundo de seus ossos. Não assim, Odin.
sobre o outro joelho. Com o resto de suas forças, Sigurd enfiou o scramasax
lâmina. Mas a vida o deixou e ele caiu de lado, com sangue manchando as
pedras.
Atrás dele estava Vigdis. Ela ofegou e olhou para o corpo de Fuldarr, como
se não pudesse acreditar no que acabara de fazer, com os olhos arregalados. Seu
rosto fez uma careta em uma máscara de ódio, e ela cuspiu nele. Então olhou nos
ouvido.
por ar, mas ele ergueu o punho e rugiu. Os guerreiros de Fuldarr já estavam
— Eu matei seu jarl! — Sigurd rugiu como um corno de guerra. —Vocês não
têm jarl!
Sigurd olhou para ela surpreso. Ela era o jairl agora, como a viúva, e poderia
duvidava que ela tivesse muito poder sobre eles. Ele duvidava que eles
Quando Vigdis encontrou seu olhar, um medo como ele nunca tinha visto
antes distorceu seu rosto. Ela se levantou, sem dúvida para correr em direção a
sabem, tudo isso é por sua causa, e você precisa ser punida por sua traição.
alívio. Assim que ela o fez, ele colocou a lâmina no pescoço de Vigdis para que
das pedras sob seus sapatos. Os homens lançaram olhares sombrios para Sigurd
e continuaram subindo nos navios. — Acho que eles não querem lutar pelo jarl
que usa a traição como se fosse um banho matinal. — Sussurrou ele no ouvido de
onde Sigurd e seus seis guerreiros abriram caminho em direção a Fuldarr, seus
conforto o percorreu com o toque dela. Ele deu um beijo na testa dela, a presença
dela, viva e bem, enchendo seu corpo de vida - como uma poção mágica.
Ele venceu.
último dos homens do inimigo deixou a praia, a brisa do fiorde trouxe sussurros
das ondas batendo contra os navios, e Sigurd se perguntou se ele ouviu as asas
acariciasse com pelos. Ele abriu um olho. — Suficiente. Eu posso sentir seus
olhos em mim.
Deuses, ela era a coisa mais linda que ele já tinha visto, mesmo logo depois
intestino. A única coisa que poderia obscurecer sua felicidade agora, depois que
Ele só conhecia uma maneira de fazê-la esquecer. Ele a puxou para seu peito,
e o roçar de seus seios nus contra sua pele enviou um calor abrasador por sua
virilha. Sua boca tomou a dela, desejando-a como um homem sedento anseia por
água durante uma seca. Ele a engolfou, suas mãos cavando em sua carne lisa
desesperadamente.
Ela não protestou mas respondeu com o mesmo desespero, devorando sua
boca como se fosse a última vez. Algo úmido acariciou sua bochecha e ele sentiu
— Eu machuquei você?
Ele sabia como se soubesse seu nome. Sentiu como se pudesse sentir o corpo
Não!
Ele precisava fazê-la mudar de ideia. A seda de sua pele sob suas mãos
enviou um tremor de desejo por ele. Ele acariciou a plenitude de seus seios
cachos. Seus dedos a roçaram ali, e ele os seguiu com beijos suaves e úmidos. Ela
Seus dedos acariciaram entre os lábios de seu sexo, deslizando para o calor
elegante. Encontrando o ponto mais doce, ele circulou levemente com o dedo,
pressionando apenas o suficiente para fazer as unhas de Donna cravarem em
Sigurd se inclinou para baixo, sua boca se fundindo com seu sexo, sua língua
chicoteando o ponto mais doce dela. Seu gosto, seu cheiro, fizeram sua cabeça
girar e sua ereção endurecer ainda mais. Encheu-o com o desejo de mergulhar
Ele queria trazer a ela o maior prazer que já teve, algo que a ligaria a ele, e
ganharia a batalha contra o tempo. Sua alma doeu com a ideia de perdê-la, e ele
continuou seu jogo até que ela implorou: — Por favor, Sigurd, oh, por favor... eu
Suas palavras tinham gosto de mel, mas ele queria ver até onde poderia
Sigurd a adorou até que ela gemeu como todas as vezes antes de gozar, e ele
se retirou. Donna gemeu de frustração. Ele se esticou ao lado dela, sua pele
cantando contra a dela, suas mãos acariciando seus seios, sua boca provocando
sua orelha.
— Sigurd, por favor. — Ela se virou para ele, esfregando-se contra ele.
— Ainda não.
Suas mãos procuraram os lugares que a fariam tremer de felicidade. Os
dedos dela deslizaram contra sua pele, descendo por seu estômago até sua
ereção, e ele prendeu a respiração quando roçaram seu comprimento. Ele não
estava longe de explodir, e levou toda a sua força de vontade para não espalhar
E foi isso.
Ele a ergueu e entrou nela. Era como voltar para casa depois de uma invasão
afundou no oceano de prazer com cada impulso, enchendo cada pequena parte
de si mesmo, cada fio de cabelo de seu corpo, cada gota de seu sangue com
Donna.
Ele a moveu para cima e para baixo com os braços, empurrando dentro
dela. Ela estava gozando - seus gemidos, mais altos do que nunca, ressoaram no
segurou o máximo que pode, mas finalmente caiu no precipício com ela.
Ele gozou muito e com força, dando a ela cada gota dele e muito
mais. Donna chorou e gemeu e chamou seu nome, e seu êxtase pareceu vir em
Quando ele ficou vazio, ela caiu em cima dele e ficou ofegante. Eles ficaram
Mas então, algo quebrou. Ele sentiu o medo de Donna e ela ficou tensa. Ela
deslizou para fora dele, uma carranca em seu rosto, e as tripas de Sigurd se
encheram de gelo.
Ele não queria dançar em torno da coisa, tinha que saber. — Você está me
deixando, não é?
— Eu cumpri meu propósito. Não há nada mais para mim aqui. Não há
— Se eu pedisse para você ficar... — Ele engoliu em seco. — Você faria isso?
— Eu não posso, Sigurd.
Ele apertou a mão dela e o calor se espalhou por sua pele. Seus olhos se
— Droga, Sigurd! Eu já sabia ontem à noite que precisava sair o mais rápido
possível. Eu queria passar uma última noite com você, mas se eu não for embora
hoje... Se eu não for agora... — Ela disse, sua voz diminuindo para um sussurro.
— Eu nunca serei capaz de deixá-lo. A cada segundo que passo com você, fica
— Então fique!
— Eu não posso, Sigurd. Minhas clientes... Minha mãe... Nossa empresa ...
Não vou conseguir viver comigo mesma se aquelas quatro mulheres e seus filhos
Se desnudar sua alma não pudesse convencê-la, então nada o faria. — Você
é um tesouro para meu jarldom. Seja minha esposa, Donna. Seja minha igual em
tudo, pois sei que isso é o que você deseja. Você pode controlar as mulheres,
Donna ouviu com a boca aberta. Ela se inclinou na direção dele, um largo
sorriso no rosto. Por um momento, ele pensou que ela diria sim, e a esperança
Mas Donna afastou a felicidade como água e olhou ao redor com uma
O desejo de agarrá-la e prendê-la sob seu corpo na cama e não permitir que
ela se afastasse dele queimava seus músculos, e ele cerrou os punhos para não se
encontrou suas coisas e se vestiu sem olhar para ele. Ele observou cada
movimento dela, o jogo de seus músculos sob a pele, o volume de seus seios, as
curvas de seu lindo traseiro, sua bela e fina cintura. Ele queria queimar a
Vê-la vestida com as mesmas roupas estranhas de quando ele a conheceu fez
seu peito doer. Sigurd vestiu as calças e pegou o machado. Ele gesticulou para a
eles em suas próprias roupas. Seus olhos ainda brilhando com lágrimas quando
para a pira funerária. Floki e muitos outros grandes guerreiros haviam caído
ontem defendendo seu conde e seus entes queridos, e Sigurd orou a Odin para
que deixasse todos entrarem em Valhöll e que esperassem por ele lá.
antes, e não havia vestígios de qualquer retalho que colasse a pedra caída de
parecia sólida.
olhos. Ele a trouxe para ele e tomou sua boca com fome, desesperadamente. Mas
Donna o impediu.
— Eu tenho que ir. Nós salvamos seu povo, agora eu preciso salvar o
Ele descansou sua testa contra a dela. Como era possível que ela o
lugar. Sigurd a apertou com tanta força que seus ossos devem ter rachado e
Então ele a soltou e deu um passo para trás, e o chão se mexeu sob seus pés
como se ela tivesse acabado de chutar uma viga de sustentação e ele tivesse
girou para encará-lo. Ele removeu o pingente do martelo de Thor de seu pescoço
e o deu a ela. Talvez estivesse dando sua sorte, mas ele se sentiria melhor
sabendo que ela tinha um pedaço dele com ela. Esperava que isso a protegesse.
— Você está levando meu coração com você, Deusa. — Seu hálito quente
força interior para não a deter e depois não pegar uma marreta e transformar o
arco em pó.
Quando alcançou o portão, ela o abriu e entrou. Então ela se virou para ele, e
encontrou seus olhos pela última vez. A eternidade os conectou, e ele pensou que
seu coração explodiria de amor e angústia, uma onda lançada pela tempestade
O corpo de Donna doía. Ela percebeu que estava deitada em algo frio e
soubesse a verdade. Estava de volta a Nova York. Ela se sentou ereta no chão de
mármore do corredor vazio do tribunal. Vozes abafadas falavam atrás das portas
final do corredor brilhava com a luz cinza do dia que entrava pelas janelas.
Sigurd... ele existiu? Ela bateu com a cabeça quando caiu? Tudo tinha sido
um sonho?
Ela sentiu as pontas duras de algo pressionando a pele de sua palma direita
apesar da luz fraca. Sigurd... Uma ferida gigante se abriu em seu peito como um
buraco negro. Não, ele não era um sonho. Seu corpo parecia quebrado, como se
um órgão vital tivesse sido removido e ela agora tivesse que viver incompleta,
meio viva.
Tomou banho, e água quente corrente parecia uma bênção depois de tomar
porta. Mamãe deve ter ouvido a água correndo - ela morava em um apartamento
volta no tempo.
Sua mãe deu uma risada, empurrou-a para fora do abraço e estudou-a com
os braços esticados.
— Estou bem, mãe. — Donna deixou a mãe entrar e elas foram para a sala.
— Você fez uma viagem de busca da alma ou algo assim por causa de
Daniel?
— Algo parecido.
— Isso não é típico de você. Mas eu entendo. Depois de Joseph, tive que
arrumar minha vida também. Mas por que você não me ligou? Como pode
própria. A polícia finalmente começou a procurar por você. Você se foi por nove
dias!
passou, ela não deveria ter ficado surpresa que o tempo pudesse correr em
velocidades diferentes. Ela passou duas semanas e meia com Sigurd, mas aqui
apenas nove dias se passaram. — Me desculpe mamãe. Vou ligar para elas e
—Consegui pausar as coisas, mas você sabe que as clientes precisam que
ganhemos.
— Nós vamos. — Embora Donna dissesse isso, ela não se sentia como uma
advogada guerreira. Tudo o que queria fazer era encontrar a Norna e voltar para
Sigurd. Mas ela não podia deixar aquelas quatro mães solteiras na pobreza.
— Em uma semana.
Donna esfregou o rosto com as palmas das mãos. Tudo o que ela sentia era
exaustão.
tempo de maneira séria, sua mãe a levaria para uma enfermaria psiquiátrica. — É
alguma coisa.
Oh, foi bom dizer isso a alguém. — E eu precisava ajudá-lo em algo, mas perdi a
noção do tempo.
— Quem é ele?
— Oh, querida, devemos ficar longe dos homens. Eu criei você para ser
independente. Isso é o que eles podem fazer com você. Quebram seu coração,
pessoas plantam sementes podres em nós e nós permitimos. Eu amo ele. Ele é
mundo.
E ele é um jarl Viking, ela quis acrescentar, mas manteve a boca fechada.
— Ele me mudou, mãe. Não acho que todos os homens sejam maus. Ou
todos os machos alfa. É que eles também têm sua própria dor. Todo mundo faz.
esquecê-lo. Ela esperava que fosse ficar mais fácil com o tempo, mas só ficou
mais difícil. Sua angústia por Sigurd se intensificava a cada dia. A única coisa
Com duas novas pessoas para proteger, Donna triplicou seus esforços. Ela
não podia se permitir perder. Ela tinha muito em jogo e sacrificou muita coisa
A audiência final aconteceu três meses depois que Donna voltou para Nova
presunçoso de sempre. Ele a olhou de cima a baixo. Antes, isso teria posto fogo
No tribunal, ele fez de tudo para intimidá-la, para empurrar seus botões
emocionais. Mas Donna não se importou. Algo mudou nela. Era como se Sigurd
estivesse com ela, dando-lhe força interior, acendendo o espírito Viking. Suas
fechou a boca.
— Todos as quatro?
Donna trouxe alguns papéis para Daniel e para o juiz. — Meritíssimo, estes
Sra. Hernández tinha pressão alta. Eme Garcia teve um caso de hiperêmese
tiveram uma gravidez saudável, mas ainda estava mais cansado do que antes, o
que é um sintoma normal da gravidez. Então, posso ver como a condição delas
médicos estão todas dentro de semanas a partir da data em que foram demitidas.
sala de negociação, Daniel começou com cem mil dólares, mas Donna conseguiu
para ele meio milhão. Ela o olhou em triunfo, sua mão brincando com o pingente
através dele.
Daniel revirou os olhos, mas estendeu a mão para um aperto. — Vou falar
Donna como fogos de artifício. Ela ganhou! As mulheres agora podiam começar
O que ela queria agora, mais do que tudo no mundo inteiro, era
compartilhar essa vitória com a única pessoa que não podia. O homem que ela
Donna sentiu como se estivesse afundando. Essa seria a vida dela de agora
significativa acontecia em sua vida, ela gostaria de compartilhar com Sigurd. Ela
cumpriu sua obrigação para com seus clientes. Havia mais alguma coisa
Sua mãe.
Donna amava sua mãe, mas não podia sacrificar sua felicidade por ela. Ela
precisava viver sua vida e, embora sentisse falta de sua mãe, com certeza ela
entenderia.
porta. Sigurd havia mudado. Talvez ela devesse a Daniel essa oportunidade
também.
sua própria empresa do zero. Ela precisava fazê-lo ver que era o que ela estava
oferecendo.
Daniel disse: — Você é apenas um show de duas mulheres, certo? Você e sua
mãe?
— Certo. Mas temos mais casos do que podemos atender. Nova York nunca
— Sim. Você faz. Mas como acha que seu pai se sentiria se sua empresa
vencesse os gigantes para os quais ele esperava que você trabalhasse? Ele te
chute na minha cara. Eu nunca quis me tornar isso. Essa atitude em relação às
Vörnen.
vegetação rasteira cinza de outono onde Sigurd e ela fizeram amor roubaram seu
fôlego.
O barco atracou e os turistas foram embora. Donna esperou até que todos os
outros tivessem descido. Então ela saboreou o momento em que seus pés
tocaram o chão, onde cada seixo e grão de areia ficava encharcado na presença
de Sigurd.
Sigurd havia se esquecido completamente dela, já que quem sabe quanto tempo
havia se passado em seu tempo. Ele tinha se casado? Ele teria filhos agora? O
pensamento deixou sua pele pegajosa e fez seu peito apertar até doer.
Pelo lado positivo, Daniel concordou rapidamente em se tornar sócio da
mais voltaria e não seria capaz de contatá-la por motivos fora de seu
controle. Mas que ela seria muito feliz com o homem que amava. Na manhã em
que Donna teve de ir embora, mamãe a levou ao aeroporto, mas não quis entrar.
Ela ficou em silêncio por um tempo, depois olhou para Donna com os olhos
injetados de sangue. — Você é corajosa, Donna. Você está fazendo algo que eu
Donna apertou a mão dela. — Obrigada, mãe. Eu amo você. — Ela a abraçou
e saiu do carro com o coração afundado. Minha mãe baixou a janela e disse: —
O ar em Vörnen não tinha um gosto tão doce quanto ela se lembrava, Donna
pensou enquanto rolava uma minúscula bagagem de mão na calçada gelada. Ela
usava as roupas mais práticas que conseguiu imaginar: jeans, um suéter grosso e
as botas mais quentes e duráveis que conseguiu encontrar. Sua bagagem de mão
Embora Donna sentisse falta da mãe, ela se sentia em paz com ela. Sentia-se
mãos suando e o coração batendo forte, ela caminhou direto para o arco, quase
sem reconhecer que caminho seguir. Ela estava no lugar certo? Era como se este
não fosse Vörnen. Nem galinhas, nem cabras, nem homens com machados, nem
de um banco. Tudo parecia muito normal, muito real, como se Sigurd, a fortaleza
Ela engoliu um nó duro. Mas eles tinham, deveriam ter existido. Suas botas
pesadas batiam no asfalto cada vez mais rápido, até que ela correu para o oeste
onde avistou a floresta atrás dos telhados das casas. Deve ser onde o arco estava.
E nenhum arco.
Suas mãos estavam coladas na parede de pedra, com fome de sentir aquela
água gelada.
Ela bateu nas pedras com as palmas das mãos. — Leve-me de volta, maldito!
— As partes afiadas apunhalaram sua pele, mas a dor não importava. Ela
escorregou pela rocha e apenas sentou-se lá. O sol começou a descer e ela piscou
enquanto sua luz suave fazia cócegas em seus olhos através dos galhos nus das
árvores.
estômago doía como se houvesse uma ferida irregular no centro de seu corpo.
agora? Havia algum retorno disso? Valia a pena viver esta vida, uma vida sem
Sigurd?
precisava encontrar um lugar para ficar esta noite, não que ela se importasse em
chamou sua atenção, e ela olhou para lá. No topo de uma casa com telhado baixo
de palha estava sentada uma velha. Ela estava tricotando e acenou com a mão
para Donna. As agulhas formigaram a pele de Donna quando ela reconheceu a
Norna.
entendia, a mulher mudou para o inglês: — Oh, esqueci que você não fala o
norueguês antigo neste século. Queria dizer que fiquei surpresa quando você
deixou Sigurd.
O fuso dourado estava ao lado da mulher e a boca de Donna ficou seca como
uma lixa.
proibiu-se de sentir isso. Era muito cedo para ter esperança. Suas palmas
A Norna sorriu para ela como uma boa e velha avó universal. — Sua
— Se eu fizer isso, você não será capaz de voltar. Você não terá mais
chances.
A Norna pulou do telhado como uma garotinha. Com um sorriso suave, ela
sangue tivesse sido sugado para fora dela, e ela começou a girar como o fuso
dourado.
ombros. Não havia muito o que fazer no inverno além de caçar, pescar, beber e
contar histórias que davam vida aos deuses, às Norna e aos gigantes. O inverno
neve quando você caminhava de casa em casa em busca de uma nova história ou
presente. Isso o torturava. Ele evitava olhar para o local e afugentou a esperança
Sigurd abriu o portão para caminhar em direção à aldeia e viu uma figura de
pé, de costas para ele. Ela estava vestida com roupas estranhas, tinha longos
cabelos dourados e era da mesma altura e constituição que sua deusa. Seu
Donna.
Seus olhos se encontraram. Sigurd deu um passo em sua direção, mas caiu
de joelhos, a carcaça do veado caindo na neve ao lado dele. Ela brilhava como se
as estrelas do céu tivessem descido e preenchido todo o seu corpo com sua
luz. Sua mente acabou de mostrar a ele o que ele tinha imaginado por tanto
tempo?
em um suspiro.
uma cascata dourada. Ela caiu de joelhos bem na frente dele e pegou suas mãos
verificar se realmente podia senti-las, e elas queimaram sua pele com sua
Donna estendeu a mão para beijá-lo, mas ele se recostou. Antes que pudesse
acreditar que ela realmente estava aqui, ele tinha que saber. — Por quê? — Ele
procurou seu rosto por sinais da resposta que ele ansiava por ouvir.
sol de verão.
Se Thor o tivesse atingido com um raio, ele não seria mais afetado. Uma
vibração retumbante percorreu seu corpo como se ele fosse uma corda de uma
Ele a beijou, o gosto dela tão familiar e tão doce, o cheiro dela fazendo o
mundo girar como se ele tivesse acabado de beber o hidromel que só era servido
— Vou quebrar o arco amanhã. — Ele rosnou em sua boca. — Você está
— Promete?
Vörnen, 872 DC
dele. As ondas batiam no casco do navio que balançava ao lado do cais atrás de
sua irmã. Uma brisa constante encheu a vela - o navio estava pronto para
partir. Parecia que Njord, deus do mar e dos ventos, favorecia a jornada de
Vigdis.
Sua deusa parecia radiante e saudável com sua barriga inchada. Eles ainda
não eram casados porque Sigurd queria fazer um banquete lendário de seu
ano passado, depois que Donna foi embora. Mas desde que ela voltou no
novos guerreiros vieram para servir a um jarl forte. Ele atacaria em algumas
de seus guerreiros. Nada teria sido possível sem Donna e sem as mulheres de seu
bairro.
— Deve haver prata suficiente para comprar uma rica fazenda na Islândia.
— Disse Sigurd.
Vigdis acenou com a cabeça. Sacos com provisões e baús de mar com
comida, roupas, ferramentas e prata suficiente para sua nova vida estavam
esperava por Vigdis no barco junto com uma dúzia de guerreiros que Sigurd
dera à irmã para proteção e para remar. Vigdis olhou de volta para a praia.
Sigurd balançou a cabeça. — Começou muito antes disso. Mas isso vai
acabar agora?
— Agora que vi as consequências do que fiz, não quero ser um jarl. Tudo o
que sempre quis foi ter algum poder sobre minha própria vida e alguma
influência em nossa casa. Meu pai nunca me deu a chance de fazer isso, e o
desejo cresceu como uma ferida podre. Achei que queria fazer parte do mundo
dos reis e jarls. Mas isso... — Ela circulou a praia com a mão. — Eu não quero
nada disso. Uma fazenda, um bom marido — Ela olhou para Bjarni e corou. — e
uma criança. — Ela deu um sorriso caloroso para Donna. — Isso seria o
irmão. Depois que seus guerreiros o viram na batalha, eles sabem que não
encontrarão um jarl mais forte. Então você não terá nenhuma resistência depois
de visitar as terras.
— Bom.
Ela o abraçou, e o cheiro dela tocou seu rosto por um momento, lembrando-
barco para longe do cais com os remos, Donna disse: — Você vai ao casamento,
que o braço de Sigurd estava no de Donna. Eles acenaram para Sigurd e Donna.
— Por que?
— Ela mudou. Não só porque viu os resultados de sua traição. Mas por
causa do amor. Posso ver isso tão claramente quanto vejo você. Bjarni a mudou.
Assim como você me mudou. Posso até entender por que ela ficou do lado de
nosso inimigo. Cada pessoa precisa se sentir valorizada e útil, e ela não tinha
isso. Mas eu espero que você faça. Sou grato por ter mulheres tão fortes em meu
para casa. A sensação de paz espalhou-se de seu peito para dentro de seu
aberto. Quando ele olhou para a fortaleza que a trouxe aqui, um sentimento de
integridade se espalhou por ele, reparando os restos das feridas em sua alma
barriga inchada. Seus dedos sentiram um pequeno chute e ele deu um beijo no
local. Ele olhou para Donna de onde estava ajoelhado, dominado pelo amor que
crescia em cada músculo de seu corpo e que via refletido nos olhos dela.
— A Norna está tecendo uma bela tapeçaria da minha vida. — Disse ele. —
roçaram seu cabelo e seu couro cabeludo formigou. — e algo que construímos