Você está na página 1de 5

ARTIGO ORIGINAL

FATORES RELACIONADOS AO ÓBITO E


À INTERNAÇÃO PROLONGADA EM UMA
ENFERMARIA DE GERIATRIA
Factors related to death and prolonged hospital stay in a geriatric ward
Rafaella Lígia Roque Cordeiroa, Maurício de Miranda Venturaa,
Patrícia Bombicino Damiana, Ana Lúcia Rosa Gomesa, Sara de Paula Leitea

OBJETIVO: Identificar fatores que podem determinar o período de internação superior a dez dias, assim como aqueles que
contribuem para a mortalidade de idosos internados. MÉTODO: Realizamos entrevistas com pacientes ou cuidadores principais
e levantamos dados epidemiológicos, uso de medicamentos, funcionalidade prévia à internação e o índice de Charlson. Incluímos
pacientes internados pelo pronto-socorro. Excluímos os internados eletivamente e aqueles dos quais não obtivemos
todas as informações. Inicialmente, os pacientes foram distribuídos em dois grupos: um com internação inferior a dez
dias (G < 10) e outro com mais (G ≥ 10). Em seguida foram comparados dois grupos de acordo com o desfecho óbito.
RESUMO

Utilizamos os testes do χ2 e o de Mann-Whitney U. RESULTADOS: Foram levantados 201 casos. No grupo G < 10 foram
classificados 77 pacientes, 56% mulheres. O tempo médio de internação foi de 16 dias, a média de idade de 87 anos, 46,0%
faziam uso de até 4 medicamentos e 47,5%, mais de 4. No momento da internação, 37,8% faziam uso de psicotrópicos e 37,3%
apresentavam delirium, 26,4% evoluíram a óbito. Referente ao tempo de internação, nenhuma das variáveis mostrou diferença
significativa. Para o desfecho óbito, as variáveis delirium, Escala de Katz e o índice de Charlson foram capazes de identificar
os pacientes com maior risco. CONCLUSÃO: As variáveis analisadas não permitiram identificar o paciente com maior risco
de internação prolongada. A presença de delirium, maiores valores do índice de Charlson e menores valores da escala de Katz
tiveram uma associação positiva com mortalidade.
PALAVRAS-CHAVE: idoso; tempo de internação; risco.

OBJECTIVE: To identify factors that can determine hospitalization for a period of more than ten days, and those contributing to the
death of elderly inpatients. METHODS: We conducted interviews with patients or primary caregivers and compiled epidemiological
data, medication use, functionality prior to hospitalization and the Charlson index. We included patients admitted to the emergency
room and excluded patients who were admitted electively and those from which we did not obtain complete information. Initially,
patients were distributed into two groups: one with hospitalization for less than ten days (G < 10) and the other with more than
ABSTRACT

ten days (G ≥ 10). The two groups were compared according to the outcome death. We used χ2 test and the Mann-Whitney
U test. RESULTS: We identified 201 patients. In the G < 10 group, we classified 77 patients, 56% women. The average length of
stay was 16 days, the average age was 87 years, 46.0% were using up to 4 medications and 47.5% were using over 4 medications.
At admission, 37.8% were using psychotropic drugs and 37.3% had delirium, 26.4% progressed to death. Concerning the length of stay,
none of the variables showed significant difference. For the outcome death, the variables delirium, Katz scale and the Charlson index were
able to identify patients with higher risk. CONCLUSION: The analysed variables did not allow us to identify patients at increased risk
of prolonged hospitalization. The presence of Delirium, higher Charlson index values and lower values in the Katz scale showed
a positive association with mortality.
KEYWORDS: aged; length of stay; risk.

a
Departamento de Geriatria, Hospital do Servidor Publico Estadual (HSPE) – São Paulo (SP), Brasil.

Dados para correspondência


Rafaella Cordeiro – Rua Professor Álvaro Carvalho, 111, apartamento 1204, Edifício Ibiza – Tambauzinho – CEP: 58042-010 – João Pessoa
(PB), Brasil – E-mail: rafaellaligia@hotmail.com
Recebido em: 28/02/2016. Aceito em: 30/05/2016
DOI: 10.5327/Z2447-211520161600009

146 Geriatr Gerontol Aging, Vol. 10, Num. 3, p.146-50


Cordeiro RLR, Ventura MM, Damian PB, Gomes ALR, Leite SP

INTRODUÇÃO de polifarmácia foi estabelecida como o uso contínuo de


Muito se tem discutido a respeito do envelhecimento mais de quatro medicamentos), 8 aplicação das escalas
populacional e das demandas de saúde decorrentes de Katz 9 e Pfeffer 10 para avaliar as atividades básicas
desse processo. No âmbito hospitalar, o número de e instrumentais, respectivamente, além do índice de
idosos internados tem aumentado progressivamente comorbidades de Charlson.11 Esse levantamento de dados
em decorrência de doenças crônico-degenerativas 1 foi realizado no período entre 01 de maio a 01 de setembro
descompensadas e eventos agudos aos quais esses pacientes de 2015. A data inicial da internação foi considerada aquela
estão mais predispostos, como quedas, fraturas, acidentes na qual o paciente estava efetivamente sob os cuidados do
vasculares, infarto do miocárdio e infecções. Além disso, Serviço de Geriatria.
questões relacionadas à funcionalidade e ao suporte Foram realizados dois tipos de análise. Na primeira, os
social também são determinantes no tratamento e no participantes foram distribuídos em dois grupos: aqueles
tempo de hospitalização desses pacientes, que tende a ser que tiveram um tempo de permanência de até dez dias (G
maior devido às suas comorbidades e à perda progressiva < 10) e os que permaneceram no mínimo dez dias (G ≥
da autonomia. 2 10). O período de dez dias foi escolhido por ser o tempo
Dados estatísticos indicam que internações por mínimo a partir do qual a instituição considera como
período de tempo superior a sete dias estão relacionadas a internação prolongada. A outra análise realizada considerou
maior risco de infecção hospitalar3 e perda da capacidade o desfecho óbito e tentou reconhecer características dessa
funcional com mudanças na qualidade de vida desses população que pudessem identificar algum fator de risco
pacientes, por vezes irreversíveis. 4 para esse desfecho.
Além disso, maiores chances de óbito foram associadas No estudo, foram incluídos todos os pacientes
ao grau de dependência à admissão ou piora durante o período provenientes do pronto-socorro e que aceitaram participar.
de internação, condições clínicas graves e necessidade de Foram excluídos os pacientes internados eletivamente,
cuidadores5. aqueles cujas informações a respeito de sua funcionalidade
Campbell et al.6 evidenciam que a capacidade funcional prévia e uso de medicamentos não conseguimos obter e
foi preditora de resultados de internação hospitalar, os que se recusaram a participar.
quando analisados tempo de permanência no hospital, Na análise estatística foram utilizados o teste do χ 2
mortalidade, destino pós-alta e índice de readmissão. para as variáveis qualitativas e o teste não paramétrico de
Nosso estudo visou estabelecer uma associação Mann-Whitney U para as quantitativas.
de fatores determinantes a um tempo de internação Esta pesquisa foi autorizada pelo comitê de ética do
prolongado, considerado por nós como superior a dez dias. Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), sob
Com esse objetivo, elencamos variáveis sociodemográficas, número: 47501315.0.0000.5463.
aplicação de escalas de avaliação funcional, levantamento
dos diagnósticos relacionados à internação e às morbidades
prévias, como delirium, úlcera por pressão e uso de RESULTADOS
medicamentos que pudessem justificar um tempo de Durante o estudo, foram levantados 201 casos; no
internação maior. grupo G < 10 foram classificados 77 pacientes e no G ≥
10, 124 pacientes. Os pacientes eram naturais de diversos
locais, porém todos procedentes do estado de São Paulo.
MÉTODOS Quanto ao gênero, havia 112 (56%) mulheres. O tempo
Trata-se de um estudo prospectivo e observacional médio de internação foi de 16 dias, com desvio padrão
no qual foi aplicado questionário padrão diretamente (DP) de 12 dias. A média de idade foi de 87 ± 5 anos. O
aos pacientes ou cuidador principal, sendo levantados os desfecho mostrou que 138 pacientes (68,7%) receberam
seguintes dados epidemiológicos: idade (em anos), estado alta hospitalar; 53 (26,4%) evoluíram para o óbito e os
civil (solteiro(a), casado(a), viúvo(a) ou divorciado(a)) e demais foram transferidos para a Instituição de Longa
escolaridade (em anos). Além disso, foram levantados os Permanência. Foram 13 (6,5%) os pacientes que não faziam
seguintes dados clínicos e funcionais: presença de delirium, uso prévio de medicações; aqueles que faziam uso de até
por meio da aplicação do método de avaliação confusional,7 4 corresponderam a 46,0% da amostra e os que faziam
de úlcera por pressão no momento da admissão, número uso de mais de 4 medicamentos, 47,5%. No momento
de medicações utilizadas previamente (no caso, a definição da internação, pode-se observar que 37,8% dos pacientes

Geriatr Gerontol Aging, Vol. 10, Num. 3, p.146-50 147


Internação prolongada em geriatria

faziam uso de psicotrópicos, 37,3% apresentavam delirium Em relação à mortalidade, observamos uma diferença
e 13,9% já tinham úlcera por pressão prévia. estatisticamente significativa no G ≥ 10 (p = 0,0002). Na Tabela 2
Ao analisarmos a funcionalidade dos pacientes presentes demonstramos que, no que diz respeito a gênero, estado civil,
no estudo, 50,8% tinham dependência parcial ou total em polifarmácia, uso de psicotrópicos e presença de úlcera por
relação à escala de atividade de vida diária de Katz, já em pressão, não houve diferença estatisticamente significativa.
relação à atividade instrumental de Pfeffer, 76,1% eram total- Houve diferença quando na presença de delirium, com uma
mente dependentes e 59,7% dos pacientes tinham 3 ou mais mortalidade significativamente maior (p = 0,0002). A análise
pontos em relação ao índice de comorbidade de Charlson. da mortalidade na aplicação do índice de comorbidades de
Quanto ao tempo de permanência, observamos que, como Charlson e das escalas de atividades de vida diária de Katz
demonstrado na Tabela 1, em relação ao gênero, estado civil, mostrou diferenças estatisticamente significativas, sendo os valores
polifarmácia, uso de psicotrópicos, diagnóstico de delirium de p, respectivamente, 0,014 e 0,034. Por outro lado, quando
e presença de úlcera por pressão não houve diferença esta- da aplicação da escala de atividades instrumentais de Pfeffer,
tisticamente significativa entre os dois grupos. Da mesma não houve diferença estatisticamente significativa (p = 0,249).
forma, com a aplicação das escalas de atividades de vida
diária de Katz, das atividades instrumentais de Pfeffer e do
índice de comorbidades de Charlson, também não houve DISCUSSÃO
diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos Para um hospital de nível de atenção terciário, o que
com p de 0,340; 0,872 e 0,703, respectivamente. é um período de internação prolongado? Essa definição

Tabela 1 Características analisadas em relação ao tempo


de permanência
G < 10 G ≥ 10
Tabela 2 Características analisadas em relação ao desfecho óbito
Característica Valor p Óbito
n Característica Valor p
Gênero Sim Não

Masculino 34 56 0,772 Gênero

Feminino 43 68 Masculino 23 67 0,880


Estado civil Feminino 30 81
Solteiro 1 6 Estado civil
Casado 27 45 0,204 Solteiro 2 5
Divorciado 1 7 Casado 18 54 0,482
Viúvo 48 66 Divorciado 4 4
Polifarmácia Viúvo 29 85
Sim 53 67 0,201 Polifarmácia
Não 24 57 Sim 31 91 0,957
Psicotrópicos Não 22 57
Sim 25 51 0,182 Psicotrópicos
Não 52 73 Sim 21 55 0,839
Delirium Não 32 93
Sim 25 55 0,295
Delirium
Não 52 74
Sim 31 44 0,000
Úlcera por pressão
Não 22 104
Sim 9 19 0,534
Úlcera por pressão
Não 68 105
Sim 11 17 0,095
Testes utilizados: Mann-Whitney U e c2; G < 10: grupo com período
Não 42 131
de internação inferior a dez dias; G ≥ 10: grupo com período de
internação igual ou superior a dez dias. Testes utilizados: Mann-Whitney U, Fisher e c2.

148 Geriatr Gerontol Aging, Vol. 10, Num. 3, p.146-50


Cordeiro RLR, Ventura MM, Damian PB, Gomes ALR, Leite SP

passa por determinar a partir de qual momento o paciente não foi capaz de determinar uma diferença importante
sofrerá riscos, como perda da funcionalidade, infecções na prevalência de delirium, sabidamente uma causa de
hospitalares e aumento significativo do risco de vir a prolongamento de internação. Possivelmente, deveríamos
falecer.1,12 Nosso estudo não foi desenhado para determinar avaliar um tempo de internação menor, a partir do qual, de
esse período. Nossa proposta foi analisar se características fato, observaríamos uma incidência maior de complicações.
específicas de nossa população poderiam refletir em um Outro dado que procuramos levantar foi relativo ao
tempo de internação superior a dez dias. risco de morte. Aqui sim levantamos três variáveis que
Para tanto, seria importante determinar a funcionalidade interferiram de forma significativa nesse desfecho: presença
prévia à internação desses pacientes. Foi o que buscamos de delirium, comprometimento funcional na escala de
ao elencar as características sociodemográficas dessa atividades básicas de Katz e pontuação no índice de
população, ao determinar o gênero, a média de idade comorbidades de Charlson. A literatura traz que, quando
e o grau de escolaridade. Além disso, estudamos as avaliados os desfechos tempo de internação, mortalidade e
condições de saúde, determinando o número de medicações alta hospitalar, os fatores dominantes que impactam esses
que faziam uso, utilização de psicotrópicos, presença desfechos em pacientes idosos são o status cognitivo e
de delirium e pela aplicação das escalas de avaliação funcional.13-15 Nossa análise concorda com essa afirmação,
funcional Pfeffer e Katz, além do índice de comorbidades visto que o maior número de óbitos ocorreu em pacientes
de Charlson. O que observamos é que nenhuma dessas com maior dependência funcional. O maior índice de
variáveis possibilitou reconhecer um paciente sob risco Charlson também esteve mais relacionado ao desfecho de
de internação prolongada. Diferentemente do estudo de óbito, o que também condiz com a literatura, visto que esse
Incalzi et al.13 em que, na avaliação de 308 idosos em uma índice tem como objetivo medir a gravidade do caso com
unidade de internação de doenças agudas identificaram base em diagnósticos secundários e ponderar seus efeitos
a polifarmácia, definida então pelos autores como o uso sobre o prognóstico do paciente.6 Um outro estudo mostra
de pelo menos seis medicamentos, além da presença de que mesmo entre aqueles que receberam alta hospitalar,
comorbidades, como determinantes de uma internação o comprometimento da funcionalidade e uma pontuação
prolongada. Além disso, Incalzi et al.13 também falharam ao elevada do índice de Charlson foram determinantes de
demonstrar o declínio cognitivo como sendo o responsável uma mortalidade maior durante os 24 meses seguintes.16
por um tempo de internação maior, possivelmente por Como limitação do nosso estudo podemos citar
terem considerado a pontuação no miniexame do estado a realização em um único centro, o curto período de
mental, sem correlacioná-lo a uma causa específica. A avaliação (quatro meses) e a não exclusão dos pacientes
diferença no achado dos estudos provavelmente deve-se em cuidados paliativos exclusivos.
ao nosso objetivo primário de determinar dez dias como
um tempo de internação prolongado. Incalzi et al. 13
abordaram a avaliação por uma sistemática diferente e CONCLUSÃO
não determinaram um tempo mínimo a partir do qual se As variáveis analisadas, gênero, idade, escolaridade,
considera uma internação prolongada. Uma outra diferença estado civil, uso de medicamentos, escalas de avaliação
importante diz respeito à definição de polifarmácia — a funcional e índice de comorbidades de Charlson não permitiram
nossa a partir de quatro medicamentos e a deles a partir identificar quais pacientes apresentaram um risco maior de
de seis —, obviamente associada a uma morbidade maior internação por mais de dez dias.
e, consequentemente, sob maior risco de complicações. As variáveis delirium, comprometimento nas atividades
Em outro estudo, o de Pessoa e Nacul, 14 foi realizada básicas de vida diária e as múltiplas morbidades foram
uma revisão de delirium em pacientes de unidade de determinantes para uma mortalidade maior.
terapia intensiva, demonstrando que de fato o delirium
está associado a um tempo maior de internação naquela
unidade. Portanto, devemos concluir que o período de CONFLITO DE INTERESSES
dez dias não é adequado para que se defina que a partir Declaramos que não há nenhum conflito de interesses
desse a internação torna-se prolongada, visto que ele nesta pesquisa e que nenhum autor recebeu auxílio financeiro.

Geriatr Gerontol Aging, Vol. 10, Num. 3, p.146-50 149


Internação prolongada em geriatria

REFERÊNCIAS
1. Marengoni A, Winblad B, Karp A, Fratiglioni L. Prevalence of chronic compared to usual care: study protocol for a randomised controlled trial
diseases and multimorbidity among the elderly population in Sweden. (Prevquedas Brazil). BMC Geriatr. 2013;13:27.
Am J Public Health. 2008;98(7):1198-200. 9. Lino VTS, Pereira SRM, Camacho LAB, Ribeiro Filho ST, Buksman S.
2. Rabelo LPO, Vieira MA, Caldeira AP, Costa SM. Perfil de idosos internados Cross-cultural adaptation of the Independence in Activities of Daily
em um hospital universitário. Rev Min Enferm. 2010;14(3):293-300. Living Index (Katz Index). Cad Saúde Pública. 2004;24(1):103-12.
3. Zatti CA, Ascari RA, Silva OM. Cuidados prolongados em pacientes 10. dos Santos Sanchez MA, Correa PCR, Lourenço RA. Cross-cultural
crônicos: conhecendo a realidade brasileira. UDESC em Ação. 2013;7(1). adaptation of the “Functional Activities Questionnaire-FAQ” for use in
Brazil. Dement Neuropsychol. 2011;5(4):322-7.
4. Brasil. Ministério da Saúde. Média de permanência geral. Vol. 1. Agência
Nacional de Vigilância Sanitária, 2013. Disponível em: http://www.ans.gov. 11. Lucif Jr N, Rocha JSY. Estudo da desigualdade na mortalidade
br/images/stories/prestadores/E-EFI-05.pdf. Acessado em 2016 Fev 04. hospitalar pelo índice de comorbidade de Charlson. Rev Saúde Pública.
2004;38(6):780-6.
5. Siqueira AB, Cordeiro RC, Perracini MR, Ramos LR. Impacto funcional
da internação hospitalar de pacientes idosos. Rev Saúde Pública. 12. Lola MJF. Hospitalizaçäo do idoso: um estudo dos fatores
2004;38(5):687-94. adaptativos. Mundo Saúde (Impr.). 1997;21(4):234-9.
6. Campbell SE, Seymour DG, Primrose WR. A systematic literature 13. Incalzi RA, Gemma A, Capparella O, Terranova L, Porcedda P, Tresalti E,
review of factors affecting outcome in older medical patients et al. Predicting mortality and length stay of geriatrics patients in acute
admitted to hospital. Age Ageing, 2004;33(2):110-5. care general hospital. J Gerontol.1992;47(2):M35-9.
7. Fabbri RMA, Moreira MA, Garrido R, Almeida OP. Validity and reliability 14. Pessoa RF, Nácul FE. Delirium in the critically ill patient. Rev Bras Ter
of the Portuguese version of the confusion assessment method Intensiva. 2006;18(2):190-5.
(CAM) for the detection of delirium in the eldery. Arq Neuropsiquiatr. 15. Silva TJA, Jerussalmy CS, Farfel JM, Curiati JA, Jacob-Filho W. Predictors
2001;59(2A):175-9. of in-hospital mortality among older patients. Clinics. 2009;64(7):613-8.
8. de Negreiros Cabral K, Perracini MR, Soares AT, de Cristo Stein F, 16. Inouye SK, Peduzzi PN, Robison JT, Hughes JS, Horwitz RI, Concato J.
Sera CT, Tiedemann A, et al. Effectiveness of a multifactorial falls Importance of functional measures in predicting mortality among older
prevention program in community-dwelling older people when hospitalized patients. JA MA. 1998;279(15):1187-93.

150 Geriatr Gerontol Aging, Vol. 10, Num. 3, p.146-50

Você também pode gostar